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1º Edição
Dezembro de 2022
Sinopse
Nota da autora.
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Epílogo
Leia também!
Encontre a autora
Maria Cecília
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Queridos leitores, é com grande satisfação que entrego a
vocês mais uma história mágica. Desejo um Natal abençoado, boas
festas e um ano novo repleto de realizações.
Ah vovô, por que fez isso comigo? Por que teve que partir e
me deixar responsável por tudo isso sozinha?
— Obrigada, Cecília.
Seu José, nosso atual chefe, que era muito amigo do meu
falecido avô, decide ficar na cozinha por mais alguns instantes,
terminando de preparar uma massa de pizza para ser congelada.
— Sinto muito que ainda esteja preso aqui quando todos já
foram embora — eu digo assim que me aproximo dele. Recosto-me
na porta e cruzo os braços enquanto encaro o senhor de idade.
— Sim, ele era. Eu sinto tanta falta… Ele e a vovó eram tudo o
que me restava.
— Tudo vai ficar bem, Cecília. Eu sei que vai. — Ele pisca para
mim e volta ao serviço, embora esteja pensativo. — Não precisa
ficar aqui me vendo trabalhar. Vá descansar, filha. O dia foi longo.
— Leve o bebê para dentro, vou dar uma olhada por aí, vê se
encontro… a criatura que fez isso.
— Obrigado.
Com a bebê de volta aos meus braços, corro até o quarto que
era dos meus avós e pego uma camisa do meu avô, a maior que
encontro. Por sorte, ainda não tive coragem de me desfazer da
maioria das roupas de nenhum dos dois.
— Sim — confirmo.
Ao perceber que sua fome não será saciada, ela volta a chorar
a plenos pulmões, o rostinho ficando vermelho pelo esforço.
Penso nos momentos que tive com meus avós após a morte
dos meus pais. Eu estava triste, sentia-me angustiada, mas jamais
fui deixada de lado ou abandonada por quem deveria me proteger.
A verdade é que eu não sei o que fazer. O certo é que ela fique
aqui sobre os cuidados dos profissionais da saúde até que a
assistência social venha averiguar o caso. Mas… quando eu me viro
para aquele ser humaninho tão pequeno, não consigo me imaginar
deixando a menininha em um hospital na noite de Natal, como se
ela fosse um objeto que pode ser deixado por aí, sem que ninguém
se importe.
— Sim, claro.
— Obrigado!
Mais uma vez nossos olhares se encontram e sinto um arrepio
na nuca que desce devagar até alcançar minha espinha. O homem
não desvia sua atenção um único segundo do meu rosto, me avalia
com cuidado, as íris sombreadas e profundas.
Nunca fui muito adepto a crianças. Para ser sincero, ser pai
nem sequer passou pela minha cabeça em algum momento, mas ter
encontrado essa garotinha da maneira como a encontramos, além
de ter aflorado meus nervos, me deixou mexido com a situação.
Meus passos são tão apressados que mal tenho tempo para
imaginar de quem se trata. Abro a porta e dou de cara com Tomaz
Mendonça de banho tomado e bem vestido e com camisa social
branca. Os cabelos ainda úmidos.
— Sim. É claro!
Convenhamos que essa trégua tenha feito bem para nós, mas
será passageira. Não faz sentido eu estreitar os laços de uma
relação amigável que possui os dias contados para chegar ao fim.
Sua boca está tão perto da minha agora, posso sentir sua
respiração morna em meu rosto, posso ouvir as batidas fortes de
seu coração. Contudo, usando toda a força de vontade que há
dentro de mim, eu me afasto.
Tudo que quero para Sophia é que ela fique comigo. Mas
como fazer isso se eu mal consigo cuidar de mim mesma e das
minhas contas?
— Bom, creio que… creio que isso não será possível, o senhor
sabe como funcionam essas coisas aqui no Brasil…
A bebê está dormindo agora, e por isso ele a leva direto para o
meu quarto.
— Eu sei.
— Olá…
Dou um passo para o lado para permitir que Tomaz entre, mas
sou surpreendida quando ele se aproxima de onde estou e toma
meus lábios nos seus em um beijo rápido.
— Na minha casa.
— Tomaz….
— Cretino…
— Agradeço, Roberta.
Subo as escadas logo atrás das mulheres, carregando as
coisas de Cecília e Sophia.
Apesar da pouca luz, posso notar que ele usa apenas uma
calça de moletom, deixando o abdômen à mostra. Procuro não olhar
muito para o corpo másculo e sexy à minha frente, mas é quase
impossível desviar o olhar dele à medida que me aproximo.
— Tomaz…
Com uma mão, ele firma o meu corpo e com a outra, segura
um dos meus seios para levá-lo à boca. Tomaz chupa o mamilo sem
pena, abocanha toda a aréola, suga, lambe e depois sopra. Todo o
meu corpo se arrepia, da nuca aos dedos dos pés, me fazendo
soltar um gemido.
— Diga, Cecília. Quer dar a boceta para mim? Quer o meu pau
todo enfiado em você, hum?
Inspiro com mais força, ainda não sei se aliviada por saber que
a mulher que a abandonou não a terá de volta, ou desesperada em
pensar que poderei perder minha filha para qualquer família que
nem ela e nem eu conhecemos.
— Eu estou!
Por volta das dez horas da manhã, saio com Sophia para
irmos a outro banco fazer uma última tentativa de conseguir um
empréstimo. O dia está ensolarado e o céu muito azul, no entanto a
temperatura é agradável. Somos atendidas uma hora depois e a
resposta é a mesma de antes. Não é possível conceder um
empréstimo deste patamar para uma empresa à beira da falência
que mais gasta do que fatura.
— Senhorita Cecília?
— Não. É só isso.
Está feito.
— Tomaz…. Tomaz…
— Porra, Cecília…
Pego o celular e entro no WhatsApp para fazer uma ligação via
aplicativo, mas mudo de ideia quando vejo sua foto de perfil. Ela
está tão perfeita, sorridente, os cabelos negros e lisos emoldurando
o rosto lindo, os olhos marcantes, expressivos, delineados por cílios
longos e sobrancelhas bem marcadas.
2 MESES DEPOIS
A ideia era deixar a menina sob seus cuidados até que tudo
fosse resolvido e eu pudesse retornar para casa, mas Sara fez
questão de me acompanhar ao fórum para cuidar da minha filha e
saber de todas as novidades em primeira mão.
Assim que saio da sala, encontro Sara no corredor de espera
brincando com Sophia. Minha bebê fica toda elétrica ao me ver a
abre um lindo sorriso banguela.
Agora ela tem cinco meses e alguns dias. Está tão esperta,
gordinha. O cabelinho preto caindo na testa, os olhinhos atentos a
cada movimento ao seu redor. Quando Sophia perde o interesse em
brincar com o ursinho, coloco algumas almofadas ao seu redor e a
deixo sentadinha, batendo as mãozinhas gorduchas nos desenhos
do tapete.
— Eu não entendo…
— Sim, eu sei.
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