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Copyright© 2023 Laurih Dias
Mansão Eros 03
UM CASAMENTO PARA O BILIONÁRIO
1ª Edição
Equipe Editorial:
Capa:
HB Designe Editorial
Diagramação:
Laurih Dias
Revisão Ortográfica:
Luhana Andreoli
°°°
Revisado de acordo com a Nova Ortografia da Língua Portuguesa.
Esta é uma obra de ficção. Seu intuito é entreter as pessoas. Nomes,
personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora.
Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.
Todos os direitos reservados.
Será que Caio vai seguir com o plano de ficar casado apenas
por dois anos?
“O prazer pode apoiar-se sobre a ilusão, mas a felicidade
repousa sobre a realidade.”
Sébastien-Roch Chamfort
Prólogo
Caio
I
sto aqui é
o
paraíso...
Mansão Eros, onde você é livre para o prazer, sem culpa,
sem amarras...
Chego e já olho de um lado para o outro, ajeito minha
máscara e aguardo que a porta principal se abra para a mais
elitizada festa do país.
Ninguém faz ideia das pessoas que frequentam as festas do
meu amigo Alexander, o idealizador da Mansão. A Mansão Eros é
como Las Vegas: o que acontece aqui, permanece aqui.
Todos estamos mascarados, para garantir que a nossa
identidade fique segura. Mas, na realidade, muitos se reconhecem.
Porém, jamais se comenta nada fora daqui.
Finalmente a porta se abre. Eu logo sou servido de
champanhe, e, enquanto bebo, vislumbro as pessoas ao redor,
buscando uma mulher para me divertir.
— Encontrou a diversão da noite? — Ouço a voz de Heitor.
Viro-me e dou um sorriso cínico.
— Heitor... eu não curto homens, se pensa em me fazer uma
proposta — digo e bebo mais um gole de champanhe.
Meu amigo solta uma gargalhada, e eu também começo a rir.
— Cara, você perde o amigo, mas não perde a piada —
aponta, sem parar de rir.
Eu sacudo os ombros.
— Eu não perderia a oportunidade de te sacanear —
confesso e volto a olhar ao redor.
— Viu o Alexander? — pergunta.
Balanço a cabeça e aceno.
— Acabei de encontrá-lo. Está ali, conversando com o
William — falo, sorrindo, pois acabo de notar Alexander e William,
que conversam um pouco mais à frente. — Vamos até lá dizer um
oi.
Heitor acena, e eu percebo que ele, apesar de tentar
esconder, está aborrecido com algo. É como se ele não quisesse
estar aqui.
Nós nos aproximamos dos nossos outros dois amigos.
— A máscara é apenas para dar a ideia de algo secreto. —
Escuto Alexander falando com William.
— Só ideia mesmo, porque eu já reconheci mais de uma
dúzia de pessoas — digo, e os dois olham em nossa direção. —
Isso sem contar que eu reconheci dois deputados — comento
baixinho.
— E eu juro ter visto a sogra do meu primo — completa
Heitor, fazendo graça.
Nós quatro rimos, e Alexander estende sua taça.
— Aos mosqueteiros e ao sucesso de mais uma festa! —
brinda. Embora tenha o semblante fechado, parece animado.
— Que o Alexander possa sempre nos presentear com suas
putarias! — falo, dando risada.
Alexander me olha e entorta a cabeça.
— Meu caro, minhas festas não são putarias, são apenas
uma maneira de fugir da dura realidade. Na verdade, eu só faço
uma boa ação — diz, debochado.
— Um brinde ao bom samaritano! — William solta e levanta
sua taça.
Continuamos a rir. Alexander se vira para ele.
— Você disse que não vinha, o que o fez mudar de ideia?
William olha em volta.
— Eu não sei. Resolvi vir de última hora. Amanhã viajo para a
Índia para encontrar minha mãe. Eu queria estar com meus amigos
antes de ir — conta.
Heitor esbarra em seu ombro.
— Ver os amigos mesmo... ou participar de algumas orgias?
— pergunta, malicioso.
— Confesso que eu também não pretendia vir, mas depois do
meu dia hoje, apenas foder uma mulher, sem restrições, pode me
aliviar — digo, pois tive um dia duro na empresa, e meu tio me irritou
ao extremo.
Eu não sei como meu pai suporta trabalhar com aquele
homem, deve ser um pedido da minha mãe, afinal, tio Pablo, além
de intragável, adora aparecer.
— Então, meus amigos, o que seria de vocês se não fossem
as minhas festas? — pergunta Alexander.
Um dos seguranças se aproxima dele e cochicha em seu
ouvido. Logo meu amigo amarra a cara e respira fundo. O
segurança se afasta, e percebo Alexander chateado.
— Aconteceu alguma coisa? — Heitor pergunta.
Alexander balança a cabeça.
— Um dos convidados ultrapassou os limites. Vocês sabem
como a casa funciona: tudo é permitido, porém, com a autorização
do outro. Não é não! E eu levo isso muito a sério — declara com
raiva na voz. — Preciso resolver isso, então os deixarei. Espero que
curtam a noite. — Ele sai, e todos se afastam conforme ele passa.
— Deve ter sido algo sério — diz William.
— Até mesmo o mais poderoso dos homens tem seus
problemas — Heitor comenta e bebe champanhe.
Eu olho para William.
— É verdade que aquele seu amigo emburrado se casou? —
Pergunto sobre Noah. O cara é famoso e bastante poderoso. Um
viúvo recluso, e causou surpresa quando soubemos que iria se
casar novamente.
— Sim, já faz um tempo. Sua esposa, inclusive, terá um bebê
a qualquer momento — responde.
William, até onde eu sei, é seu único amigo. Noah é um cara
que não cultiva amizades.
Heitor estremece, e eu rio.
— Coitado... — resmunga.
Às vezes Heitor parece muito amargurado. Eu não sei o que
acontece, mas deve ser por causa do pai, que vive lhe dando
problemas, além de destratar sua mãe. Ele não aceita muito bem
isso, e vez ou outra aparece com essa expressão de raiva.
— Terminou o projeto do carro novo? — pergunto para
William, e vejo que ele olha para o lado.
Sigo seu olhar e noto que meu amigo olha em direção a duas
mulheres, que, com certeza, querem diversão. Eu sorrio, bebendo
meu champanhe.
— O carro? Falta projetar o motor — William responde,
distraído.
Eu o entendo, e já está mais do que na hora de encontrar a
minha própria diversão. Olho para o meu relógio com um sorriso
satisfeito.
— Amigo, vou dar uma volta para ver se encontro algo
interessante. De preferência, uma pequena orgia, com direito a
palmadas — declaro e saio pelo salão.
Noto que os convidados começam a se espalhar. Alguns vão
em direção às suítes de troca de casais. Esse tipo de jogo não é a
minha praia, não me agrada saber que outro homem pode estar me
cobiçando.
É claro, aqui não tem nenhum tipo de preconceito. Porém, o
meu negócio são as mulheres, e até quando eu fico com as
casadas, procuro estar com elas longe de seus maridos, pois me
sinto mais à vontade.
— Procurando alguém em particular? — uma voz feminina
sopra atrás de mim. Eu me viro.
Vejo uma mulher com uma máscara roxa. Seu cabelo é
escuro e muito curto. Seu decote expõe os seios volumosos, e com
minha experiência, sei que não são naturais. E quem liga para isso?
Eu sorrio e a como com os olhos, passando a língua pelos
lábios.
— Acabo de encontrar — digo, e ela dá um sorriso muito
safado. — Você me acompanha? Pois quero muito me divertir!
Ela quase cola seu corpo ao meu, e posso sentir o aroma de
seu perfume francês.
— Só se for agora...
— Então, vamos. Uma mulher linda como você não ficará
muito tempo sozinha.
Ela dá uma gargalhada.
Eu seguro sua mão e a conduzo para uma das suítes.
A noite foi perfeita!
Saio da Mansão quando já está quase amanhecendo. João,
meu motorista, já me aguarda e abre a porta para mim. Eu sorrio
para ele, que acena antes de voltar ao volante.
— Direto para casa, senhor Conti?
— Sim, João. Depois você pode tirar o dia de folga. Não vou
precisar dos seus serviços.
Noto seu sorriso pelo retrovisor.
— Okay, senhor.
Eu me recosto no banco e retiro a máscara. Dou um sorriso e
penso em como a minha vida é boa. E ficará ainda melhor, quando
eu assumir o cargo de CEO, daqui a um ano.
Caio
A
minha vida era
perfeita, mas agora é
a porra de uma
bomba-relógio pronta para explodir e acabar com todos os meus
planos!
Por que só o meu pai não enxerga isso? Ele só vê o meu lado
que adora mulheres e a diversão que elas me proporcionam. Isso
não me define. Eu nunca permiti que a minha vida de devassidão
prejudicasse o meu trabalho na empresa. E embora meu pai não
saiba, eu jamais deixei meus compromissos por causa das minhas
farras.
Com toda certeza o tio Pablo anda o envenenando!
— Sim, senhor. Estarei aqui logo cedo. Com qual dos carros
pretende ir?
Olho em volta e dou de ombros.
Lara
E
u termino de
preparar um lanche
quando ouço o
barulho da porta. Dou um sorriso, pois sei que é meu pai.
Escuto seus passos e olho para a porta. Ele está vestido com
seu uniforme e me olha com carinho.
— Por incrível que pareça, não. O Caio foi cedo para casa
hoje, tem um compromisso logo de manhã, então vou buscá-lo.
Olho para a mesa e vejo que ele deixou o copo de suco ali.
Tento controlar a minha mania de organização. Por que será que é
tão difícil colocar o copo na pia? Mas consigo controlar a ânsia de
falar alguma coisa e deixo meu pai ir, ele precisa dormir.
Eu fico animada.
Caio
A
lguma coisa de muito
errado vem
acontecendo. Meu
pai tem me tratado com frieza, e sinto que a confiança que
depositava em mim já não existe. Ele questiona tudo o que eu faço
na empresa, e em nossa última reunião, com os principais
acionistas, ele simplesmente me ignorou.
Então é isso?
Eu sorrio.
Eu respiro fundo.
Lara
E
scuto o barulho da
porta sendo aberta e
vejo meu pai entrar.
Eles, por fim, vão embora, e eu fico sem saber nada sobre o
meu paizinho.
Após ficar sem notícias pelo que parece horas, meu nome é
chamado por uma enfermeira. Eu a acompanho até a ala da
enfermaria, onde encontro meu pai deitado numa cama, com soro e
aparelhos ligado ao seu corpo.
Ficar sem fazer nada? Vai ser a pior coisa para o meu pai. O
homem não consegue parar um segundo! E com seu chefe ligando
para ele 24 horas por dia, será ainda mais difícil manter meu pai
quieto.
— Obrigada, doutor.
— Por enquanto, é só isso. Vamos ver como ele reage à
medicação. Tenha uma boa noite.
Será que ele pode demitir o meu pai? Coisa que eu não
posso, nem em um milhão de anos, deixar acontecer. Respiro fundo
e dou uma boa olhada em meu pai. Meu coração se aperta por
deixá-lo sozinho. Encontro uma enfermeira no corredor e explico
que preciso sair, mas que volto o mais rápido possível.
Droga!
Será que esse homem vai me matar? E por onde diabos está
o senhor Conti?
Lara
O
bebum mais lindo
que eu já vi na vida
começa a tirar a
roupa no banco de trás do carro. Um calor sem medida me sobe.
Esse homem não tem vergonha? Mas vergonha do quê? Seu corpo
é trincado e cheio de músculos, e a pele morena até brilha. As
pernas são super torneadas, e as coxas grossas são maiores que a
minha cabeça! Aliás, seus braços são maiores que a minha cabeça.
Quantas horas por dia esse monumento passa na academia?
Eu não sou uma doce e inocente virgem, mas esse cara está
me tratando como uma, e eu odeio isso.
— Acabei de transar com três mulheres que nunca vi na vida,
não vejo motivo para esse desespero. — Ainda tem riso em seus
lábios, e eu fico com mais raiva ainda.
— Mesmo que seu pai faça essa cirurgia pelo plano, devo
dizer que ele deverá passar por um processo de recuperação, com
medicamentos que não são cobertos pelo plano. E é imprescindível
que ele tenha acompanhamento após a cirurgia.
Caio
A
cordo com uma puta
dor de cabeça e o
celular vibrando em
cima da mesa, a claridade das janelas deixando-me cego por um
momento. Cubro os olhos com a palma da mão e me sento,
percebendo que estou no sofá do meu apartamento. Minha garganta
arranha e a sede é infernal, como se eu tivesse passado dias sem
ingerir uma gota de água sequer.
— Espero que esse som não seja você mijando enquanto fala
comigo.
Balanço a cabeça.
— Você é louco!
Eu rio.
— Sim. E como você já sabe onde ele está, me passe o
endereço. E não adianta negar, eu sei que você já sabe tudo sobre
o João.
— Jura?
— C-omo assim?
— Você não se lembra de ontem? Eu disse que você era
minha noiva, e pretendo levar o nosso noivado adiante.
Caio
C
hegando ao hospital,
peço informações
sobre o João na
recepção. Por não ser da família, eu sou obrigado a ficar esperando
até que a Lara decida vir falar comigo e me diga como seu pai está.
A diaba com cheiro de morango só pode querer me torturar com a
sua demora, não tem outra desculpa para ela me deixar plantado
nesta cadeira há mais de meia hora.
Sei que preciso de um herdeiro, mas isso não quer dizer que
ele tem de vir agora. Eu sou homem, meus espermas não têm prazo
de validade, posso ter filhos até os 90 anos de idade, para que ter
pressa?
Batidas soam pelo ambiente e a cabeça de um homem
aparece na porta. Acompanhado de uma enfermeira, que segura
uma prancheta, o médico entra e segue para checar os sinais vitais
do João.
— Conti?
— Isso é loucura!
Lara
ocê será o meu maior problema — digo
Ele pega uma pasta que eu nem havia percebido que caiu no
chão.
— Eu ainda não... — Caio deixa a sala, não escutando o meu
protesto.
Ela deve ter uns 50 anos, veste um terno de saia na cor azul-
escuro. Tem os cabelos presos em um rabo de cavalo elegante no
topo da cabeça, a maquiagem bem-feita e as feições acolhedoras.
Eu não duvido que ela deva se sentir no céu agora por ser a
responsável por levar um paciente que necessita de um enorme
custo médico em seu tratamento.
— Oi? — Minha voz sai rouca e pesada. Pela janela, vejo que
já é noite.
— Onde você está? Passei no hospital e não te encontrei. —
Olho para a tela do celular e vejo o nome do Caio.
Caio
E
u não consigo
esquecer o gosto da
Lara e como os
nossos corpos se encaixaram com perfeição quando eu a toquei. A
mulher quase virou uma vela branca quando viu a agulha da
injeção, eu tinha o dever de ajudá-la. Eu posso ter me aproveitado
dela? Com toda a certeza deste mundo!
Eu já estava ficando louco sem tirar uma casquinha daquela
mulher, e agora que eu sei que o João está recebendo cuidados em
um bom hospital e tem uma enfermeira ao seu lado, vou cercar a
Lara até que me dê o que eu quero: sua boceta e aceitar o meu
pedido de casamento.
Ela fica calada, e com o canto dos olhos vejo que se esforça
para limpar as lágrimas em seu rosto. Estico minha mão e seguro a
sua, dando o conforto que ela precisa. Lara não fala nada, continua
em seu choro silencioso até estacionarmos em uma vaga do
restaurante. Quando eu desligo o carro, ela pega um pó na bolsa e
o passa embaixo dos olhos, então funga e sai.
— Pode ser.
O maitrê nos leva a uma mesa perto da janela. O lugar é feito
em madeira rústica e tem iluminação baixa. Uma banda de jazz toca
no palco do salão. Eu puxo uma cadeira para Lara, que se senta e
me agradece. Sento-me à sua frente e indico que o vinho pode ser
trazido.
Lara
C
aio é mais decente do
que eu imaginava,
acho que essa é a
melhor definição do que aprendi sobre ele neste jantar. Ele é um
safado que entendeu a minha dor e tentou me proporcionar um
momento de paz para que eu pudesse respirar. Sou grata por sua
atitude e fico tentada a conhecê-lo melhor, conversar mais e me
aprofundar em quem realmente é Caio Conti, sem a fachada do
sem-vergonha galinha.
Ele não vai desistir de me ter como sua noiva, e cada vez
menos eu vejo razões para recusar. Sinto que gosto de conversar
com ele. Eu não tenho namorado ou qualquer interesse romântico
que me prenda, e ter alguém para cuidar de mim enquanto eu cuido
do meu pai seria muito bom.
Disfarço uma tosse. Caio foi longe demais com essa história
de paixão, mas eu não falo nada.
Respiro fundo.
— Jairo, o Caio não está me iludindo — falo a verdade. —
Depois a gente conversa.
Ah, não!
- 12 -
Lara
C
aio dirige rápido pelas
ruas do Rio de
Janeiro, enquanto
sinto minha pressão abaixando conforme o tempo passa. Meu pai
teve outro princípio de infarto enquanto eu jantava e estava longe, e
eu me sinto péssima por tê-lo deixado sozinho em um momento
delicado como esse.
Que se exploda a faculdade ou a ideia de trabalhar dirigindo
para o Caio, além de sua proposta louca. Eu vou ficar ao lado do
meu pai até que ele saia são e salvo daquele hospital.
— Seu pai vai ficar bem, Lara. A moça disse que foi um
princípio de infarto, rapidamente controlado, e que agora ele está
estável. — Sua mão alisa minhas costas enquanto eu continuo no
meu choro.
Meu peito arde e aperta, eu não consigo controlar as lágrimas
e os soluços. O carro para, e estou prestes a sair, mas Caio tira meu
cinto de segurança e me puxa para o seu colo, embalando meu
corpo em seus braços grandes.
Dou um sorriso.
— Confuso?
Lara
ara? — Uma voz baixa me chama, vencendo o
—L sono, que luta em me manter dormindo mais
um pouquinho.
— Hum?
— Isso foi o que ela mais fez nos últimos dias. — Caio surge
ao meu lado e segura meu ombro. Sento-me na cama de meu pai,
sem forças nas pernas, de tamanha felicidade por ele ter recobrado
a consciência.
Sei como deve ser difícil para o meu pai aceitar isso. Durante
toda a vida, João batalhou por tudo o que tem hoje, e aceitar algo de
alguém nunca foi uma tarefa fácil para ele.
Eu não sou forte o suficiente para negar. Meu corpo grita por
seu toque, minhas emoções estão à flor da pele. Sei que posso
estar fazendo uma grande besteira, mas ao menos uma vez na vida
eu vou me permitir ser ousada.
Suspiro, quase derretendo em seus braços.
- 14 -
Lara
O
pensamento de que
estou ficando maluca
reverbera por minha
mente durante o trajeto para o apartamento de Caio. A minha vida
deu uma guinada de 180º quando meu pai teve o infarto. Eu fui de
preocupada com uma prova para desesperada com a situação,
temendo sua morte e não conseguir pagar as contas hospitalares.
Então, a apreensão para manter o emprego de meu pai, indo buscar
o Caio naquela festa estranha. Agora, após uma enxurrada de
emoções, estou prestes a ir para a cama com um homem que até
pouco tempo atrás era um completo desconhecido para mim.
Eu nunca fui assim, envolvimentos amorosos nunca
ocuparam uma parte importante da minha rotina. E como se isso,
por si só, não fosse o bastante para me enlouquecer, ainda tem a
proposta de casamento.
Ele acaricia meu rosto, e seu olhar, tão amável, deixa-me sem
ar.
— Do que tem medo, Lara?
Caio
É
loucura o que estou sentindo
após transar com a Lara.
— Onde você está, que não foi trabalhar? — Sua voz raivosa
não se justifica. Eu tenho plena ciência de que não perdi nenhuma
reunião importante, a minha agenda de hoje é mais de
planejamentos para o semestre, o que farei sozinho.
Ele não pode fazer isso, afinal, eu tenho parte das ações.
Porém, seu ultimato me magoa e destrói uma parte da confiança e
admiração que eu tinha por meu pai.
— Sim. E sobre o Jairo, até onde sei, ele não é nada santo,
mas sempre demonstrou ser um cara legal — comenta e dá de
ombros.
Não era bem o que eu queria, mas ela está certa, devemos
saber mais um do outro.
Lara
T
ermino de pranchar
meu cabelo com o
estômago revirando
de ansiedade. A cirurgia do meu pai, que deveria ter acontecido há
três semanas, foi adiada para esta semana. Eu passei o dia com ele
no hospital, e sua animação me deixou bastante aliviada.
— Pode vir.
Deixo o banheiro e vejo que Caio foi para a cozinha. Fico com
pena da sua carinha preocupada. Eu queria poder dar um cheiro
nele e dizer que estou melhor, em vez disso, vou para a varanda e
me sento na cadeira de balanço, continuo respirando fundo
enquanto ele toma banho.
Um tempinho depois, Caio aparece enxugando o cabelo, com
uma toalha ao redor do pescoço e só de calça.
— Acho que seu estômago não vai gostar disso, você precisa
de uma comida leve e saudável.
— Vamos pedir.
Caio ri.
— Você e essa organização irritante — comenta.
— Sim, senhor.
Ele sorri.
— Meu diamante, eu não quero que se machuque.
Admito pela primeira vez para alguém e para mim mesma que
tenho sentimentos pelo Caio, e temo que não seja somente um
gostar, e sim uma paixão que queima em meu peito. Eu tenho medo
do que será de mim quando estivermos casados.
— Merda!
Caio
P
ositivo.
Eu vou ser
pai.
— Diga logo que você quer fugir, seu cachorro! — Lara faz
birra, desviando o olhar do meu, e eu dou risada.
— Sim. Vamos.
— O que aconteceu?
Eu estou ferrado!
- 18 -
Caio
E
ntro no escritório do
meu pai soltando
fogo pelo nariz. É
impensável que ele tenha acreditado em uma merda dessas. Será
que ele não me conhece o suficiente para saber que sou incapaz de
armar contra ele?
Solto o que entala minha garganta sempre que meu pai fala
sobre eu ser o único herdeiro e ele não poder ter outros filhos. Meu
pai nunca me culpou diretamente, mas também nunca deixou de
lamentar não ter tido uma família grande, como sempre sonhou.
— Ele não fez nada disso, fui eu que quis dar um lugar ao seu
tio na empresa, como agradecimento por tudo o que fez para a
minha esposa quando jovem.
— O que disse?
— Do que precisa?
— Obrigado, Alexander!
— Não precisa agradecer, somos os quatro mosqueteiros, e
ninguém mexe com meus amigos — declara, e sua voz é fria e
afiada.
— Sobre o quê?
— Vou contar pessoalmente... e me preparar para o ataque
que virá — confesso, meio arredio. — E a outra coisa é que eu me
demiti, e preciso de um emprego.
— Eu posso te contratar como meu segurança, você é bem
grande e parrudo, daria um bom escudo.
Caio
C
hego em casa e
procuro pela Lara.
Ouço seus gemidos e
fico desconfiado, com medo de ela ter se machucado. Ou... coisa
pior. Corro em direção ao som, que vem do meu quarto. Com o
coração na mão, abro a porta, mas encontro o quarto vazio. A
origem do som vem do banheiro.
Respiro fundo, aliviado. Por um ínfero segundo, pensei que
ela pudesse estar com alguém aqui dentro. Vou até o banheiro e a
encontro agachada em frente ao vaso sanitário, vomitando.
— Certo, mamãe.
Exatamente isso!
Cacete, estou de quatro pela Lara, coisa que jurei que nunca
ficaria por mulher nenhuma.
- 20 -
Caio
L
evanto da cama me
deliciando com a visão
que é ter a Lara
largada no colchão com a respiração pesada, se recuperando de
orgasmos seguidos. Ajeito meu pau dentro da calça e saio da cama,
ela se senta rápido e me observa com o olhar.
Agora ele está feliz, casou com a mulher que ama e tem uma
filha linda e outra a caminho.
Lara me suga com vontade, faz sons e baba pelos cantos dos
lábios aumentando minha insanidade, começo a socar desenfreado
em sua garganta indo um pouco mais fundo em sua quentura
molhada.
Seus olhos se enchem de lágrimas pela ânsia de vômito e ela
segura tudo como a boa safada que é, então agarra minhas bolas
pesadas e arranha com as unhas.
É demais para mim, uma fisgada forte em minhas bolas e o
jato quente do meu gozo explode na boca de Lara, que solta meu
pau num “ploc” e cospe minha porra no chão. Um dia ainda a faço
engolir tudo, por enquanto é melhor manter meu esperma longe do
meu filho, pois não pode virar nutriente para o bebê.
Caio
O
s três já estão aqui,
não tenho para onde
fugir.
— Agora conte! — William já chega louco para ouvir as
“fofocas”, esse curioso.
— O que é?
— Jairo tem estado de olho no hospital em que você pagou
para o seu motorista fazer o tratamento, talvez tenha a ver com a
filha do João, a Lara.
— Como você descobriu isso em menos de um dia? — Fico
assustado com a rapidez do Alexander.
Sei que tem de ser um bom plano, pois mesmo sendo meu
amigo, Alexander não irá investir em algo que lhe traga prejuízo. Eu
o conheço bem, para saber que negócios para ele, nada tem a ver
com amizade.
— Não é você que sempre dizia que nunca iria entrar nessa
furada, de se casar? — Heitor bate no meu ombro e o soco.
— Não era o Caio que dizia que até com 90 anos seria capaz
de gerar um filho e não precisava de pressa? — Alexander caçoa.
Lara
O
s amigos do Caio
são intensos demais,
da suíte consigo
ouvir a zombaria que eles fazem no escritório com meu noivo. Eu
sorrio, pois parecem um bando de adolescentes!
A campainha toca, e me assusto, pois não tem mais ninguém
para chegar, então me lembro da pizza que Caio pediu, com certeza
ele avisou na portaria sobre o nosso pedido, e por isso o entregador
subiu direto.
Eu me aproximo.
— O Alexander, o mais sério do grupo, que tem cara de mal...
— cochicha e eu aceno em positivo. — Ele é o dono de uma
mansão chamada Mansão Eros, e promove festas de sexo lá, a
esposa do William entrou de penetra em uma dessas festas, foi lá
que eles se conheceram. Eu trabalhei na Mansão Eros por alguns
meses, e assim reencontrei o Heitor.
— Pode ter certeza, que depois desse susto, ele vai se cuidar
direitinho.
— Eu sei — sussurro.
— Não acredito que você vai continuar essa farsa com aquele
babaca! — Jairo se exalta, eu fecho a cara.
Lara
J
airo sumiu o resto da
semana, não me
mandou mensagem e
nem entrou em contato. Decidi optar por não o procurar, mesmo
sentindo que eu poderia o convencer a deixar o Caio em paz. Tenho
receio de o Caio achar que estou me metendo demais na sua vida.
Apesar da nossa conexão, ainda estamos nos conhecendo e
percebendo os limites do quanto podemos nos meter na vida um do
outro.
— Sim?
— Desse jeito vou pensar que você não me quer aqui para
ficar mais tempo com a Suellen, sua enfermeira.
— Você podia ter pedido minha ajuda, eu teria feito tudo pelo
João.
Caio
ocê o deixou entrar e ainda recebeu essas
—V malditas rosas vermelhas. — Eu pego o buque
com raiva e o jogo no chão, pisando nas
rosas. — Se ele sentia intimidade o suficiente para te dar isso
sabendo que você é minha namorada, com certeza a relação de
vocês não era uma simples amizade — rosno, feito um cão raivoso.
Beijo sua testa e toco sua barriga procurando pelo meu filho e
encontrando a paz nele.
— Ele disse que as flores eram para o meu pai, estranhei a
escolha de rosas vermelhas, e a embalagem, mas o Jairo sempre
foi desatento a detalhes, e eu não pensei que ele tivesse feito isso
de caso pensado.
A cada dia que passa sinto que será mais difícil deixar essa
mulher escapar, ela me lançou um feitiço e de bom grato cai em
suas graças. Almejando ter cada vez mais dela para mim. Lara solta
meus lábios e me olha com brilho divertido no olhar.
Lara
A
mulher encara o
Caio ajoelhado com
horror nos olhos
como se aquela fosse uma cena que ela nunca pensou em
presenciar. A semelhança entre eles é notória, os cabelos castanhos
claros, os olhos marrons com um brilho de vida, os lábios meio
inchados e a pele branca bronzeada, se ela não for a mãe dele, com
certeza é sua parente.
Ela franze as sobrancelhas perfeitamente delineadas e olha
de mim para ele, esperando uma explicação.
Ele me olha.
— Sim.
— É por isso que vão casar?
Aliso meu ventre feliz pelo pai que o meu bebê tem, alguém
disposto a tudo para proteger quem ele ama.
Lara
E
u nunca mais vou
casar!
Ainda nem subi no
altar e já quero correr desesperada para longe. Marieta não estava
brincando quando disse que me ajudaria. Contratamos uma
empresa para organizar o casamento em tempo recorde, corremos
de um lado para o outro provando bolos, doces, salgados,
escolhendo decoração, enquanto fazia os exames da minha
gravidez.
É tanta coisa para fazermos que mal temos tempo para nós
dois. Ando tão estressada que meu humor não é um dos melhores,
não faço ideia de como a Marieta tem me aturado, por mais que eu
tente agir com tranquilidade, fica difícil controlar meus hormônios.
Eu quero é que tudo se exploda, eu e o Caio assinemos os
papeis e pronto... casados. Não tinha necessidade de complicar
tudo com tantos bolos para provar, quem diabos gostaria de um bolo
de amendoim com cobertura de abacaxi e recheio de banana!
Vomitei quando coloquei essa bomba toxica de sabores na boca e
deixei para a Marieta escolher o sabor do bolo, de tamanha raiva
que fiquei por me fazerem provar aquilo.
Ao menos o meu vestido eu escolhi com paz e calma, a
estilista que ficou louca, com o crescimento do meu ventre toda
semana precisando refazer ajustes no vestido. Hoje mesmo ela teve
de folgar um pouco mais para a minha linda barriguinha de 10
semanas. Ainda não sabemos o sexo do bebê e queria descobrir
somente quando nascer. Já o Caio fica reclamando que temos de
saber o quanto antes para podermos decorar o quarto.
— Obrigada pai.
Caio
E
u a amo.
Depois de três
meses convivendo
com a Lara, o sentimento cresceu em meu peito, até não conseguir
mais controlar a vontade que tenho de a ter em meus braços,
cheirar seus cabelos e sentir seu corpo conectado com o meu.
Com a Lara nunca foi desse jeito, ela respeita meus limites e
espaço, não me faz cobranças e nem fica no meu pé. Isso me faz
ter vontade de enviar mensagem, dizer a ela o que estou fazendo,
perguntar sobre o seu dia e reservar duas horas do meu dia para
ficar com ela. Assistindo um filme agarradinhos, transando,
cozinhando e conversando.
Eu amo essa mulher, ela será a mãe de todos os meus filhos,
e hoje, após dizer os meus votos tenho certeza de que nunca a
deixarei partir. Espero que Lara me ame tanto quanto a amo, caso
não, passarei todos os meus dias dizendo o quanto a amo e a
fazendo querer ficar ao meu lado.
Lara
C
aio não me deixou
saber onde seria
nossa lua de mel, a
única informação que eu tenho é de que será no Rio de Janeiro, não
quero ficar longe do meu pai, e por mais que ele esteja bem
amparado pela enfermeira e o hospital, eu tenho medo de algo
acontecer sem eu estar por perto para o socorrer.
Eu organizei o casamento, mas Caio cuidou da nossa lua de
mel, acabou sendo um bom acordo para ambos. Amei nossa
cerimonia e a festa, mas agora a única coisa da qual preciso é
aproveitar o meu marido sem ninguém por perto e poder acabar
com a agonia que me consome por dentro querendo tê-lo somente
para mim.
— Ainda não.
— Mas eu quero te ver. — Faço bico, sei que ele não resiste
a isso.
— Melhor assim.
— Por que?
A cama balança, meu corpo vai para a frente e para trás com
as pernas presas entre meu peito e o seu, Caio ataca minha boca
devorando cada um dos meus gemidos para si, enquanto sopra
contra mim expondo o quanto ele gosta do sexo que fazemos.
Minha cabeça nubla, e a escuridão da venda se torna nada,
comparado a escuridão em que sou jogada quando meu orgasmo
chega e rompe tudo dentro de mim, enquanto o Caio jorra em meu
interior e geme em meu ouvido.
— Vamos.
Lara
E
U. VOU. MATAR. O.
CAIO.
Respiro fundo várias
vezes enquanto seguro a toalha ensopada que o infeliz do meu
marido deixou jogada em cima da cama e a outra que ele fez o favor
de jogar no chão do banheiro. Esse homem me dá uma agonia
enorme com a sua desorganização, enquanto eu tento manter a
casa em ordem ao mesmo tempo em que trabalho no meu TCC
para poder apresentar daqui a três semanas.
— O crédito é somente seu Caio, seu pai não fez nada, até
mesmo quando estava na empresa da família, você era brilhante e
reconhecido. Cansei de ouvir histórias do meu pai sobre como você
era bem falado e brilhante.
— Certo.
Deixo seu escritório e vou tomar meu banho em paz. Deitada
na minha cama aliso minha barriga a achando um pouco grande em
comparação a barriga de outras mulheres com o mesmo tempo de
gestação, será que estou comendo demais?
— Caio!
— Eu estou bem. — Ele abre os olhos, e dou risada da sua
cara de fantasma. — Só processando que serei pai de gêmeos.
Lara
H
oje é a grande
inauguração da
Conti
Automobilística, muitos jornalistas estão especulando que a
empresa do Caio é uma ramificação de expansão da Conti Motores
e Aviação, com esses reportes meu marido tem tido dificuldade de
fazê-los entender que ele abriu uma empresa independente, e de
outro ramo de motores, para não competir com a empresa da família
que é gerida pelo seu pai.
Estou feliz pelo meu pai ter encontrado alguém para ficar com
ele, pois ficou anos em luto e sei que minha mãe não iria querer que
ele ficasse solteiro para sempre. Amar outra mulher não significa
que ele esqueceu dela ou a deixou de amar. Só mostra que ele a
amou o suficiente para ser feliz amando-a e a outra pessoa.
— Caio?
Minha voz sai em uma suplica silenciosa para que isso seja
mentira, e que o homem que tem minha alma não esteja realmente
me traindo.
Caio
V
ejo quando a Lara
deixa o salão de
eventos e pouco
depois o filho da puta do Jairo a segue acompanhado de uma
mulher ruiva. Bebo minha água tentando controlar a fúria por esses
desgraçados terem vindo aqui hoje.
— Como?
Lara
inalmente acabou! — Jogo minha bolsa no
—F sofá e deito nele com os pés para cima
gritando feliz da vida por ter apresentado meu
TCC, e passado com a nota 9,0. Para quem escreveu grávida de
gêmeos, organizando um casamento às pressas, e ainda se
preocupando com o pai que queria ser ativo, me saí muito bem.
O vazio que senti por não ter uma mãe ao meu lado foi
preenchido pela felicidade de saber que eu seria a mãe. É estranho
pensar que eu só tive uma mãe por 10 anos, e agora eu serei uma
mãe sem preparo algum, contando com ajuda de uma babá que
garanta que eu não mate meus filhos por acidente, e com o Caio
que tem sido presente durante toda a minha gravidez.
Caio
A
inauguração da
Conti Automobilística
foi um sucesso,
vendemos nas primeiras duas semanas mais de três mil carros, em
todo o Brasil e o valor de nossas ações sobem como as mais
valorizadas da indústria, no momento.
— Pai...
— O Pablo descobriu que você sabe de tudo, e mandou me
matarem enquanto eu vinha até a empresa, ele não tem mais nada
a perder, e quer vingança. — Meu pai me sacode, exasperado. —
Tem homens indo atrás de sua mulher, Caio.
— Eu não queria dizer nada, mas acho que você tem o direito
de saber...
— Não manche sua alma por causa dele, sua esposa precisa
de você. E lembre-se do que conversamos. — Alexander com seu
olhar frio e voz de comando, faz com que eu baixe o braço.
- 34 -
Lara
A
cordo e vejo um par
de olhos castanhos
claros me
encarando, com um sorriso no rosto. Seus lábios descem de
encontro aos meus em um beijo terno. Nos separamos e sou
banhada por seu sorriso.
— Alguém morreu?
A médica sorri.
— Aqui, temos um menino — diz, olhando a tela, com a mão
livre ela digita alguma coisa. — Na verdade, o maiorzinho é um
menino e o menorzinho... uma menina — completa.
Caio
E
u estou uma
pilha de
nervos, essa
é a verdade. Meus pais, e o meu sogro, estão aqui comigo nesse
momento, enquanto a Lara é preparada numa outra sala para dar à
luz aos meus filhos. Mal posso acreditar que meus bebês vão estar
aqui a qualquer momento.
— Calma meu filho, daqui a pouco você vai passar mal —
diz meu pai, apertando meu ombro.
— Não sei como ficar calmo, pai. Preciso estar com a Lara,
eu preciso segurar sua mão — declaro e olho para a porta fechada
a minha frente.
— A enfermeira irá chamá-lo, assim que Lara estiver pronta
— acentua mamãe.
Ela sorri.
— Eu também te amo muito.
Eu balanço a cabeça.
Eu estufo o peito.
— Sou muito potente. Em uma só tacada fiz dois filhos,
enquanto vocês só fizeram um, de cada vez.
— Ser pai te tornou muito metido, olha que eles são jovens
e ainda podem ter muitos filhos.
Caio
Termino de pintar a parede do quarto de brinquedos dos
meus filhos. Depois do ataque que sofremos, ficamos um tempo no
apartamento dos meus pais, e antes do nascimento dos gêmeos
compramos essa casa nova, e mais protegida.
Dou um sorriso.
Lara
O
lho para cima e
fecho os olhos, o
sol bate em meu
rosto e sinto alguém pular na piscina. Abro os olhos e vejo Caio
emergir da água e me abraçar.
Caio desliza uma das suas mãos pela minha pele até a parte
de baixo do meu biquíni, então puxa o elástico de lado, sinto seu
pênis em meu sexo.
Eu aperto seu ombro.
Caio
O
veículo estaciona
próximo ao
chafariz, eu olho
para Lara, que está lindíssima usando uma máscara prata que
combina perfeitamente com seu vestido.
Puxo Lara pela mão, passo por entre as pessoas e sigo para
um dos corredores, onde se encontram as suítes para os que
querem algo mais reservado.
As primeiras portas já estão trancadas, o que indica que
estão ocupadas. Então entro em uma das últimas suítes disponíveis.
Fecho a porta e ataco a boca de Lara, à medida que a levo até a
cama redonda.
Agradecimentos
Agradeço a todas as pessoas que me incentivaram a
continuar escrevendo, em especial meu esposo, João Luiz, que
enquanto eu escrevia cuidava da nossa pequena sapeca Ana Lívia.
Aos meus leitores fiéis, em especial aos leitores do Wattpad,
que me estimulam a cada capítulo postado. Vocês são especiais
para mim.
A todos os autores parceiros e divulgadores. Em especial à
assessoria Jéssica Lindoso, que me cobra, incentiva, puxa a minha
orelha e surta junto comigo a cada lançamento. Enfim, às pessoas
que trabalham nos bastidores e sempre ajudam quando mais
preciso, a cada livro lançado.
Minha gratidão a todos vocês.
Próximo Lançamento:
Livro 4 da série Mansão Eros.
Alexander & Diana
Q
uem é Alexander Ball?
Um criminoso... um
herói? Afinal, seria
Alexander um homem íntegro e bom? Ou seria ele um homem mal,
impiedoso?
Alexander Ball, um homem cheio de mistérios e temido por
todos. Com fortuna incalculável, ele tem negócios em várias partes
do mundo. O proprietário da Mansão Eros, um dominador nato, com
passado nebuloso... nada o abala ou faz com que saia de sua frieza.
Até que a inocente Diana atravessa o seu caminho...
Outros Livros da Autora
Desafiados – Um amor para o Mulherengo
Miguel & Rachel
Um CEO amargurado...
Uma mulher magoada...
E uma menininha fofa que pode curar dois corações feridos...
Heitor Augusto Pigozzi é um CEO poderoso. Apesar de vir de
uma família rica, construiu sua própria fortuna. No passado, teve um
caso com Letícia Xavier, a única mulher que conseguiu mexer com
ele de maneira marcante. No entanto, ao descobrir que ela era, na
verdade, filha de um inimigo de sua família e que o estava usando,
Heitor não pensou duas vezes, expulsou-a de sua vida.
Letícia Xavier é uma mulher doce. Devido a uma ameaça e
um coração partido, decidiu ir embora do país, escondendo do
homem que amava que estava grávida. Agora, ela está de volta, e
precisa lutar para criar a filha sozinha. Desesperada, termina por
aceitar trabalhar na Mansão Eros, pois o dinheiro pago é muito bom,
e assim ela terá tempo de procurar um trabalho mais convencional.
Ela só não esperava reencontrar o pai de sua filha, um dos
frequentadores das festas secretas da Mansão, e muito menos
sentir seu mundo desmoronar apenas por imaginá-lo em tais festas.
Será que Letícia conseguirá resistir a um amor antigo e
esquecer todas as humilhações sofridas no passado?
E Heitor, o que fará, agora que descobriu que tem uma filha?
Uma menininha doce e sapeca poderá amolecer seu
coração?
Descubra em Um CEO inesquecível e embarque nessa
aventura...
Série Felizes para Sempre
Uma série que pode ser lida de forma independente e conta a
saga de quatro amigas, onde cada uma conhece o amor de suas
vidas, que são homens dominantes, generosos e apaixonantes...
Desvenda-me
Noah Gerard é um CEO poderoso, mas também um homem
frio que carrega consigo grande amargura desde que ficou viúvo.
Ele não confia em ninguém, e tudo piora quando sua mãe se
intromete mais uma vez em sua vida. Um grande mistério ronda o
seu passado, e ele quer se vingar das pessoas que o lesaram.
Aurora é uma órfã criada pelos tios, que só ficaram com sua
guarda por causa de sua herança e nunca a amaram como merecia.
O caminho dos dois se cruza, e Noah pensa em usar tudo o
que estiver ao seu alcance para atingir seus objetivos, inclusive
Aurora.
Será que ao conviver com ela seus objetivos poderão mudar?
Conseguirá o amor curar a mágoa de um homem?
Descubra em Um CEO em meu destino.