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SUMÁRIO
PRÓLOGO
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO TRINTA
EPÍLOGO
PRÓLOGO
Ou ex-noiva...
Ou quase isso.
— Eu estou atrasada.
E ela também.
JORDANA:
Estou arruinada.
— Ele vai...
— Nasci pronta.
(Novamente...)
Havia?
Até que ele os ergueu, mas não foi para mim. Foi para
as cadeiras, onde as pessoas estavam sentadas.
Também olhei na minha direção, vi alguns rostos
conhecidos, outros desconhecidos, porque sabia que meu pai
tinha convidado algumas pessoas; Hector tinha amigos que
levaram companhias, mas não consegui enxergar nada de
errado.
O noivo perfeito.
E lá estávamos nós.
Eu o odiava.
— Não, não tem nada disso. Tentei falar com você meses
atrás, para... entender. Você disse que não podia, que em
algum momento conversaríamos sobre, e eu avisei. Avisei que
se não fosse naquele momento, nunca mais falaria comigo.
UM MÊS DEPOIS
Querida Lu Sofredora,
Por acaso você sabe algum lugar que ele frequenta
com a nova namorada? Se sim, coloca uma roupa bem linda e
passa lá. Garanto que você vai arrumar um boy para beijar na
boca na frente dele e deixá-lo com ciúmes.
Beijos da Bella.
— Ótimo. Te esperamos.
— Oi, vovó.
Só de pensar...
Nunca seria.
— Você pode.
— Satisfeita?
— Um pouco melhor. De qualquer forma, ainda quero
explicar o que vim falar o mais rápido possível e ir embora.
— Perdão... o quê?
— Eu não...
— J-jura? — gaguejei.
— Assunto proibido?
Esposa.
Fui obrigado a mais uma vez olhar para ela, mas não
vi mais a expressão provocadora de antes. Aquilo a
entristeceu. Isso acabou comigo.
— Dubai.
Nós dois nos entreolhamos, e meus olhos se
arregalaram, assustada com o quanto a primeira interação já
tinha dado errado.
Célia riu.
— Sabemos disso, mas ela, não. Ou sabe, mas não
entende o quanto isso pode impactar na vida pública de
alguém. Seja como for, consegui contornar a situação, mas
não sei como vai ser com vocês aqui. Hector até que está
disfarçando bem, mas dá para ver na sua cara o quanto está
ressentida.
Dois toc.
Uma pausa.
Três toc.
— Isso o quê?
Só vantagens.
— Sinto muito. Não queria...
Seria... incrível.
Querida leitora,
Beijos,
Belle.
Dois toc.
Uma pausa.
Três toc.
Filho da mãe!
— Pode entrar.
Merda!
— O que foi?
— É possível.
Sem contar que ele era lindo. Tinha uma beleza que
misturava os traços de sua mãe japonesa com o pai brasileiro.
Parecia mais maduro, mais homem do que antes, e eu tentei
sorrir, porque, afinal, era uma pessoa do meu passado.
Ele sorriu.
Seria... desconfortável.
Só que Thomas falou, a plenos pulmões, para que eu
ouvisse:
— Busquei no Google.
Impossível me enganar.
— Não tem medo que ele fale alguma coisa para a sua
avó? — perguntei, preocupado.
— Confia nele?
— Nem um pouco.
— Hector, não.
— Com certeza.
Ah, que ótimo. Ele nem estava disposto a levar as
minhas opiniões em consideração. Eu poderia ficar com o cara
que quisesse, mas Thomas obviamente já tinha decidido que
seria ele.
— O quê?
— E depois, Jo?
— Assim como?
— Não? — gemi.
— O que é isso?
Maldito!
O pior de tudo era que eu ainda teria que encontrá-lo
todos os dias até que a viagem terminasse.
— Vó!
— Ué, eu não sou cega. E também não deixo de ver
que o seu marido é uma delícia, com todo o respeito. No
nosso tempo, seu avô também era um homem e tanto. Mas
acho aquele tom ruivo do cabelo do Hector um charme.
Com que cara eu iria dizer a ela que não, depois de ter
ido tão longe para fazê-la feliz?
— Tá tudo bem?
— Você concordou?
Quase.
— É, eu quero.
— Machucada?
— O quê, vovó?
Perdi o ar imediatamente.
Algo importante.
— Prove.
— Absolutamente tudo.
Meu coração até acelerou, e eu precisei, outra vez,
respirar fundo para que os batimentos ficassem mais
controlados.
— E eu o seu.
Eu me sentia um lixo.
— O quê?
— Quero, mas...
— Não pare.
— Como assim?
Apoiei-me no cotovelo para poder erguer o tronco e
olhar para Hector. Por mais que estivesse escuro, e eu não
conseguisse ver muita coisa, era uma forma de ele entender
que eu estava colocando toda a minha atenção na conversa.
— E a gravidez?
Ele diz isso e prova o tempo inteiro, mas nunca tem tempo para
mim.
Beijos, M.
Querida M.,
Com amor,
Belle.
Achei a resposta até fofa. Nos últimos dias, já que meu
coração estava de novo apaixonado e feliz, apesar dos
pesares e do medo, eu vinha trabalhando tão animada que
voltei a dar respostas mais positivas às pessoas, por mais que
tivesse deixado de lado o tom meio motivacional e mantido o
jeitinho mais realista de falar.
— Não. Só sensíveis.
— Bom saber.
“Hector. Socorro”
Querida Belle,
Obrigada, Belle.
Com amor, H.
— A bolsa... estourou.
FIM