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Criado no Brasil.
Para Theo Ferraz tudo era oito ou oitenta: ele amava demais ou
excluía de sua vida. Focado em alcançar a posição de CEO do Grupo
Bastou uma conversa para que Theo mudasse o foco, a paixão não
combinava com prudência. O interesse pela funcionária ultrapassou o
Theo Ferraz mereceu ganhar vida e ter meu nome nele, além de fazer
parte do meu universo literário.
Prólogo
Sempre fui o cara chato, baderneiro da escola, aquele que era odiado
e não tinha muitos amigos. Nada me motivava a melhorar, na verdade,
sempre acreditei que os outros estavam errados e que eu era o único certo.
culpar os outros era a única opção. Dei muitas dores de cabeça para ela –
além do normal – e não enxergava o caos que fazia na minha pequena
família. Eu também não me importava.
Era isso que eu queria para a minha vida, ser um CEO. Conseguia
me enxergar no mesmo lugar que aquele cara.
Eu tinha dezenove anos quando avisei minha mãe que iria prestar
vestibular, que precisaria parar de fazer bicos e trazer dinheiro para casa. Ela
não pensou duas vezes em me pôr para fora, se eu não poderia ajudar nas
despesas, que me virasse na rua da amargura, de onde ela tentava sair com
tanto custo.
A discussão foi feia naquele dia, nos humilhamos com palavras, foi
impossível viver sob o mesmo teto.
Foi então que conheci Madalena, o amor da minha vida, aquela por
Depois de dois anos, quando fomos comprar uma roupa que ela
estava precisando, eu vi aquele homem. Ele era o motivo da minha saída da
casa da minha mãe, o mesmo que me levou para os braços da minha mulher.
Meu peito se apertou, eu poderia dar a Madá o que ela queria sendo
o CEO. Eu poderia fazer aquela mulher mais feliz do que ela já era, mas
precisaria estudar para alcançar meu objetivo. Nunca fui bom na escola, tão
preocupado que eu estava em chamar atenção com minhas atitudes.
me amava, era meu dever prover sua vida de rainha. Eu não deixaria que ela
me enxotasse para fora de casa como minha mãe tinha feito.
Em um dia, ela voltou para casa dizendo que estava fazendo trabalho
com as amigas, era a reta final do curso. Sua necessidade em se dedicar era
em benefício de ambos. Para deixá-la orgulhosa, confessei que também
estava seguindo aquele caminho, que o tempo de tanto esforço iria acabar,
porque eu tinha passado para a faculdade de Administração.
porque Madá me olhou com pena, fez sua mala e disse que tinha outro
homem em sua vida, um que poderia dar-lhe o que eu não podia.
Madá era meu porto seguro, minha família, não poderia me deixar
daquela forma. Eu não poderia viver sozinho novamente.
Ela não escondeu que o endereço era do apartamento que ela dividia
com o mauricinho, na zona nobre de Lumaria. Era um lugar onde nunca
imaginei que colocaria meus pés, mas, a partir daquele dia, eu começaria a
frequentar
— Temos apenas uma hora — ela falou assim que me ajoelhei à sua
frente e minhas mãos, trêmulas, começaram a passear pelo seu corpo.
— Eu não posso estar sempre com você. — Ela se sentou, abriu suas
pernas e empurrou minha cabeça para sua boceta, que já estava molhada pela
antecipação. — Terá que aceitar ser meu amante.
E eu fiz, esquecendo que tínhamos apenas uma hora para que nós
dois pudéssemos sentir prazer.
Obedeci, porque com ela eu era intenso, por ela, faria tudo, inclusive
me rebaixar a ser o segundo. Isso me deu forças também, para me empenhar
ainda mais nos estudos. Uma vez alcançado o posto daquele homem de terno,
eu poderia não só dar uma vida melhor para Madá, mas seria digno de todo o
seu amor.
dívidas em meu nome. Enquanto isso, Madá foi se distanciando e não enviou
mais mensagens. Ela nem ao menos me comunicou se havia viajado ou
mudado de endereço, uma despedida que fosse. Era sempre ela que me
chamava, não o contrário.
Cheguei cedo para ser apresentada aos meus colegas de serviço antes
que o gerente abrisse a loja. Theo Ferraz era sério, bonito e conseguia o que
queria com sua voz de comando e olhar impetuoso. Ele era quem comandava
aquela loja de departamentos e não me deu uma segunda olhada nem quando
lhe cumprimentei com um bom-dia, animada.
Nada iria me abalar. Aprendi a duras penas que sofrer calada era
muito melhor do que viver emburrada pelos cantos. Eu fui rejeitada desde
sempre. As pessoas não sabiam, mas nunca conseguiriam me atingir, uma vez
que o buraco em meu peito mostrava que não existia um coração ali.
Bem, a única pessoa que tirava o meu melhor e pior era Isabella,
minha pequena Bella e seu jeito intenso de viver. Para minha filha, era
sempre oito ou oitenta, sorrir ou chorar e, quando colocava algo na cabeça, eu
precisava contar até mil para não me descabelar até ela ter um pouco de
paciência.
Poderiam julgar como quisessem, apenas quem era mãe sabia que o
amor da sua vida também poderia ser o caos que habitava seu ser.
informações profissionais.
Quando o casal gastou mais de dois mil reais em compras, fui até o
computador mais próximo fechar a compra com meu melhor sorriso. Fiz o
cadastro mais devagar que meus colegas, mas distraí os clientes com
informações sobre a criação da lista de casamento, explicando como
poderiam fazer a entrega dos presentes, ou a troca.
— Olivia, venha aqui, acho que tem algo estranho. — O rapaz fez
Olhei para a sala do gerente, que era toda de vidro. Ele estava
conversando com um cliente e meus lábios tremeram. Eu não poderia chorar,
não deveria falhar naquela venda, mas também não fugiria da minha
responsabilidade.
Respirei fundo uma última vez, peguei o papel das mãos do rapaz do
estoque e segui até a sala do meu chefe. Ele não parecia ser piedoso ou trocar
situação comprometedora.
— Você fez uma venda indevida? — Seu tom era perigoso. De trás
da sua mesa, ele saiu e andou em minha direção. Tudo o que eu procurava era
um buraco para me esconder.
entreguei o papel.
Foi aí que percebi seu cheiro. Algo como água fresca e madeira
impregnaram meu olfato. Sua estatura denunciava o quanto era firme por
debaixo de suas roupas e sua arrogância escondia claramente algo mais
sofrido e tenebroso em sua alma.
Não percebi que ele tinha feito algo, estava hipnotizada com o
movimento da sua mão, seus ombros tensos e a postura profissional
impecável. Ele voltou a se aproximar de mim, balançou o papel no meu rosto
e, depois de algumas piscadas ansiosas, peguei o papel e murmurei um
— Uma vez escutei uma atendente falando isso. Estou muito feliz de
poder usar esse termo.
Por conta de uma febre que eu parei de pensar em Bella como o peso
da minha vida e sim como o melhor presente que eu poderia ter. Sem ela, eu
não teria nada, nem metade da minha força de vontade. Se hoje eu havia
E ela gostava.
gerente de loja.
Quando encerrei meu turno à noite, fui direto para meu apartamento
e me arrumei para me exercitar na academia do prédio. Madá gostava dos
meus músculos, da minha barriga tanquinho e do quanto eu conseguia erguê-
la e fodê-la contra a parede.
Não tinha vergonha de admitir que muita coisa eu fazia por ela,
inclusive, a primeira e única tatuagem em meu peito era o seu nome, alguns
riscos tribais e espinhos. Apesar de ferir meu coração, Madá não saía dele. Eu
estava doido para mostrar-lhe a arte e ver se finalmente entendia que meu
amor era maior e melhor do que o daquele mauricinho.
Ele ainda era melhor do que eu, mas eu estava no caminho para estar
no topo do Grupo Gimenes. Iria ganhar rios de dinheiro, compraria muitos
presentes e faria Madá feliz como ninguém.
Assim que entrei na academia do piso térreo, percebi que havia duas
garotas nas esteiras. Cumprimentei-as de forma seca, escolhi um aparelho de
levantamento de peso e comecei o exercício, focado apenas em um objetivo,
estar em forma para a minha mulher.
Voltei a fazer meus exercícios, mas a mulher não saiu do meu lado,
na verdade, a outra parou do outro lado, me cercando.
também.
Numa sauna.
Duas mulheres.
Meu peito doeu ao pensar que a iria trair. Seria a primeira vez, eu
finalmente iria me libertar de estar apenas com ela por anos, enquanto
Madalena estava oficialmente com outro cara, mesmo me amando desse jeito
torto.
— Você quer que eu foda você e sua amiga? — perguntei com raiva
e pressionei meu corpo no dela, para mostrar que meu pau já ganhava vida.
— Quero que me mostre toda essa fúria que tem na sua voz com
você dentro de mim! — ousada, ela respondeu e esfregou seu corpo no meu.
da primeira.
— Eu vou te foder, mas não iremos além dessa noite. Sem contado
ou segundas chances, não estou interessado.
— Eu me chamo...
— Não, obrigada, não tenho interesse por esse serviço. Por favor,
não me ligue mais. Vocês não entendem que eu não atender a ligação quer
dizer que não quero nada?
Bati minha mão fechada no colchão. Eu estava puto da vida com
essa rejeição, ela estava ao lado dele.
Meu humor estava pior do que o normal. Não consegui dormir, por
isso, abri a loja antes do horário. Da minha sala, que era toda de vidro, vi
principal da loja e pedi para que ela fosse até minha sala. Com o coração
batendo forte, imaginei toda a lição de moral que daria e, se ela aguentasse a
pressão, continuaria na empresa.
quem era muito sensível, mas como bem aprendi dentro do Grupo Gimenes e
com o dono da rede de lojas, havia riscos que deveriam ser corridos para
alcançar o sucesso.
cabeça e me encarar com garra. Seus olhos estavam inchados e com olheiras.
Seu cabelo não estava alinhado com perfeição, era apenas uma bagunça
presa, numa tentativa de esconder o que ela não conseguiu fazer, que foi se
arrumar ou tomar banho antes de vir.
— Eu estou bem.
meu melhor aqui, é por causa dela. Preciso desse emprego para dar-lhe uma
condição melhor de vida, então, por favor, se você tem a intenção de me
demitir, peço que me dê mais uma chance. Eu sei que sou capaz.
encontrava em uma mulher, em uma mãe, para ser mais exato. Paixão. Ela
amava sua filha, mesmo não tendo a força de um trator, ela estava passando
por cima de muita coisa – inclusive o orgulho – apenas para manter seu
emprego.
Eu posso acreditar que você irá fazer seu melhor estando assim, mas os
clientes, não.
outro.
Abri minha boca em um enorme “o”, chocada com seu apelido para
o chefe. Ela apenas deu de ombros e falou baixo:
Olhei meu reflexo, ajeitei meu cabelo com um pouco de água para
domá-lo e orei, em silêncio, para que minha filha ficasse bem hoje e para que
meu dia fosse um sucesso.
Theo estava atendendo uma mulher junto com Vanessa. Seu olhar desviou
para o meu por segundos. Tendo como base sua postura de cobrança, senti
que aquela atitude poderia ser interpretada como curiosidade sobre como eu
estava.
— A mulherada vem aqui para ser atendida pelo Theo, elas gastam,
mas quem fica com a comissão é a gente. Ele deveria ser nosso garoto
propaganda — falou baixo e sorri, pensando no quanto existia gente que fazia
isso. Se queriam olhar, era só ficarem sentadas no banco do corredor do
shopping, que ficava na frente da loja.
— Por que ele não fica com a comissão? — perguntei, ainda olhando
para a interação das clientes e o revirar de olhos da Vanessa.
— Se for para receber o que imagino que ele recebe, eu faria até
jornada tripla. — Arrumei minha postura assim que vi novos clientes
entrando. — Vou trabalhar.
atenção redobrada. Além de conferir duas vezes, fazia uma oração silenciosa
para que nada desse errado depois da nota fiscal emitida.
— Eu vou te dar uma carona, Olivia. Não precisa ter mais pressa
— Por que está pegando tanto no meu pé? Não estou no meu horário
de serviço. Apesar de precisar muito que você tenha uma boa impressão, não
precisa simpatizar com minha personalidade, mas reconhecer minha
conclusão de que ele só poderia ser bipolar. Ora batia, ora assoprava.
Sua mão voltou ao meu braço e ele nos guiou até seu carro. Era um
automóvel bonito, preto, estava bem limpo e brilhando, muito parecido com o
dono.
Quando seu olhar caiu para a minha boca, tive a certeza de que
minha imaginação ganhou vida e que eu estava me insinuando para o meu
chefe.
Deveria ter perdido a minha mente.
devaneio. Quando virei para o lado, para pegar o cinto de segurança, ele
fechou a porta e deu a volta na frente do carro.
— Legal — falei baixo, entendendo que, para ele, esse bem material
valia muito mais do que eu poderia imaginar. Meu único apego na vida era
Isabella, o resto, era instrumento para que eu pudesse manter aquele amor.
dele comigo.
Olivia foi uma surpresa para mim. Mesmo sendo tão nova, não se confiava
em quem estava apenas de passagem.
Chocado demais para dizer qualquer coisa, quando meu carro parou
e ela se despediu, apenas observei-a se distanciar e entrar na creche para
buscar sua filha.
Ela era jovem demais, transou sem camisinha com um turista, teve
uma filha e... o quê? Como ela se mantinha? Onde estavam seus pais, os avós
da criança? Se ela era apaixonada pela filha, como seus olhos demonstravam,
com certeza seus pais também eram. Herdamos o amor que recebêramos; ou
ela era igual a mim que, por não ter o afeto da mãe, dedicava todo o amor que
nunca teve, para outra pessoa.
Madá!
Olivia saía com uma criança nos braços e uma mochila pendurada na
mão. Como ela conseguia carregar tanta coisa e fazer parecer que não pesava
nada, era um mistério
andava com o carro quadra a quadra, acompanhando seu caminhar, mas longe
o suficiente para ela não perceber.
Quando ela virou a quadra e entrou em uma rua de chão batido, com
esgoto a céu aberto e muito terreno baldio ao redor, meu peito apertou. A
única coisa que eu queria, naquele momento, era colocar as duas em meu
carro e levá-las para o meu apartamento.
vida, abstinência de sua boceta cobrindo meu pau. Que saudades eu estava
daquela vadia!
Assim que coloquei os pés na Loja Gimenes, percebi, mais uma vez,
que sair não fora uma boa escolha, porque meu supervisor estava me
esperando na sala de vidro.
nada.
frente.
— Você sabe que pode contar comigo para o que quiser. Hora extra
nunca foi um problema. — Sorri, antecipando a comemoração da minha
promoção.
— E sua mulher? Ela não vai gostar nada de saber que você vai ficar
viajando dia após dia.
Metas alcançadas com sucesso. Ser CEO estava cada vez mais
próximo.
— Estou com saudades dessa sua boca no meu pau, Madá. Fui
promovido a supervisor. Venha, vou te mostrar o que posso fazer com toda a
minha alegria.
— Ele está ao seu lado? Quer saber o que minha língua fará com seu
clitóris e sua boceta, que chora só de saber que meu pau te toca como
nenhum outro? Só eu conheço seu ponto G, Madá.
— Sua puta, será sua vez de rastejar até meu pau. Vou comer sua
boceta com força e depois vou me divertir com seu cuzinho, do jeito que você
gosta.
— Pare de falar essas coisas, estou com saudades e fico com tesão
— ela sussurrou e sorri satisfeito, porque minha Madá estava de volta, depois
de tanto tempo longe. — Eu não posso sair agora.
— Você vai sair da sua casa e, dessa vez, irá ao meu apartamento.
Finalmente seu cheiro ficará na minha cama.
casar com você sou eu! — rosnei e estacionei o carro, meu pau muito duro
me desconcentrou na direção.
minha cara, mas depois resmungou que teria que fazer greve de sexo por um
tempo com o mauricinho por causa da minha marca. Durante a trepada, ela
não tinha reclamado, inclusive, pediu que eu fosse mais forte. Eu estava mais
do que contente por me eternizar na vida dela.
não haverá nada que te impeça de vir gozar apenas no meu pau.
— Você tem teto de vidro, Theo Ferraz. E suas dívidas? Sei que está
se fazendo de rico por aí, mas tem metade do salário comprometido com
financiamentos. Eu quero luxo, glamour, não notas promissórias para me
preocupar.
E assim ela conseguia me colocar no lugar de amante e me deixar
motivado a fazer além do que eu achava que era o melhor. Faltavam dois
anos para eu pagar minhas dívidas, esse prazo com certeza coincidiria com
minha ascensão ao cargo de diretor. Então, nada iria me deter, eu ia me casar
com aquela mulher.
dentro de mim.
calça.
— Porra!
Afastei-me dos meus funcionários, lutei com unhas e dentes para não
me aproximar mais dela, só que Olivia tinha um poder que achei que só Madá
tinha comigo. Ela me atraía, seu sorriso me fazia querer sorrir, seu jeito
Eu queria foder Olivia como nunca quis com uma mulher que não
fosse Madá.
pagar minhas dívidas e ser o melhor. Para quem mesmo? Para mim? Não,
para Madá. Minhas justificativas estavam perdendo forças.
Ela fez uma careta e virou seu rosto para mim, me estudando,
pensando nas palavras que iria me dizer a seguir:
trabalho.
Senti sua mão tocar a minha no volante e congelei. O que ela estava
fazendo? Por que eu estava sentindo tanto tesão apenas com aquele toque?
— Nunca fui boa em nada. Não fui boa filha, não acho que estou
sendo uma boa mãe, mas acredito que estou fazendo um bom papel como
vendedora. Sei o que está sentindo. — Parei o carro no sinal vermelho e virei
meu rosto para ela, segurando com força o volante para não envolver sua mão
na minha. — Eu não irei ameaçar sua posição na loja, me desculpe por não
saber agradecer um gesto altruísta. Só não estou acostumada com tanta
atenção.
Ela removeu a mão ao mesmo tempo que o sinal ficou verde. Tentei
relaxar, absorver o que a direção trazia para mim, mas era impossível, ainda
mais quando meu pau resolveu ganhar vida.
humilde opinião.
Com o fone no ouvido, fiz uma ligação para meu supervisor e avisei
que tinha uma emergência pessoal para lidar, eu tinha crédito o suficiente
para faltar quando necessário. Segui com o carro até onde ela entrava no
bairro e, ousado, parei naquela rua de chão batido.
Eu já havia morado em vários cantos e bibocas, mas Olivia
conseguiu algo pior do que eu em minha miséria. Era uma quitinete térrea,
com três portas laterais em um corredor largo. Tinha certeza de que era
apenas de um cômodo, mas não me importei quando saí do carro e a abordei
na frente do portão, com meu olhar intenso.
— Seu... senhor Theo? — ela gaguejou e sua filha, que até então
estava com a cabeça deitada em seu ombro, virou-se para mim e me encarou.
Ela olhou do carro para mim várias vezes. A criança falou algo baixo
em seu ouvido, mas ela não respondeu. Olivia estava insegura, com medo... e
eu só queria abraçar as duas e levá-las para minha casa.
— Eu não me importo.
Ela procurou na sua bolsa, que estava na minha mão, a chave. Abriu
a porta e colocou sua filha no chão. Ela grudou na perna da mãe e Olivia,
com um suspiro, agachou e ficou na mesma altura de Bella.
agora?
Ela arregalou os olhos e deu um passo para dentro da casa assim que
a criança a chamou. Merda, todo o encanto acabou, mas não a minha vontade
de ter meus lábios nos dela.
vontade de dizer muito mais. Beijei sua palma, ela estremeceu e tirou a
barreira que impedia meus lábios de chegarem aos seus.
— Não posso.
pernas, meus dedos roçaram sua boceta coberta, trazendo seu corpo para mais
próximo do meu.
Nós precisávamos...
— Mamãe!
Passei muito tempo olhando para a porta, decidindo o que fazer, até
que uma buzina chamou a minha atenção e fez eu me movimentar de volta
para o meu carro.
Assim que abri o pequeno portão, sua voz me fez virar o corpo e
recebê-la com um enorme abraço.
Meu Deus, aquela mulher se encaixava perfeitamente em mim.
Ela correu, como sempre fazia quando terminava seu turno, de volta
para sua casa. Daquela vez não precisei de nenhum alarme para entrar em
meu automóvel e seguir para longe dali.
Mãe solo.
Gostei, porque uma mãe não tinha nada a ver com o estado civil.
Estar com minha funcionária tinha gosto de proibido. Ela dizer para
eu esquecer tinha características de desafio. Passei tanto tempo focado em ser
o CEO do Grupo Gimenes, uma meta que estava longe de ser alcançada e que
se aproximava um pouco mais, que me permitir ter uma segunda opção.
Desestabilizada.
— Aquele quem?
— O... o... o menino gande. — Ela apontou para a porta e, antes de
responder, conferi se ela tinha terminado. Dei um pouco de papel higiênico
Bendita hora que o Dia dos Pais passou e ela começou a entender e
gravar essas coisas.
Olhei para o teto e fiz uma oração, porque o assunto tinha encerrado
e eu não precisaria dar mais detalhes daquele homem.
O segredo sujo.
Fui para a pia da cozinha e fiz nosso lanche, antes da janta, que seria
apenas um pão com margarina.
me cercava.
Capítulo 9
Meu coração não sabia o que era se conter desde quando deixei
minha pequena na creche. Antecipando o encontro com o chefe que havia me
Eu, com certeza, iria sorrir sem graça caso ele me encarasse e não
conseguiria ignorar as batidas descontroladas do meu coração ao suspirar.
Fraca.
Quando cheguei à loja, ele já estava na sua sala de vidro. Meus olhos
não pararam em sua direção, a cada passo que dei, eu precisei me controlar de
não ir até lá ao invés de ir à sala dos funcionários deixar minha bolsa.
Voltei para minha posição na recepção, cumprimentei meus colegas
de trabalho e espiei meu chefe. Era impressão minha ou ele estava nos
observando, acreditei tê-lo visto desviar o olhar assim que meus olhos
encontraram os dele.
— Quer falar com o chefe? Pode ir, ele parece de bom humor hoje
— Jer se aproximou de mim e comentou baixo. O movimento da loja ainda
não havia entrado no pico.
— Não tira os olhos da sala dele. — Observou meu rosto, que agora
estava vermelho de vergonha. — Ah, não, mais uma apaixonada? Já te
adianto, esse aí não dá mole para ninguém.
— Ah, filha. — Ele deu um passo para trás e sorriu, sem graça,
como se essa informação fosse demais para ele. — Sem problema, foi apenas
um convite de amigo, para relaxar. Quem sabe outro dia.
— Quem sabe.
Virei as costas para ele e tentei não revirar meus olhos mil vezes. Ser
mãe solo era oito ou oitenta, ou o cara se apaixonava, achando que eu daria
sem pensar duas vezes por conta de carência, ou se afastava, não querendo
produto usado.
— Theo — falei baixo e ele virou meu rosto para me calar com um
beijo.
Sua língua invadiu minha boca e não pude fazer nada que não fosse
seguir seus comandos. Sua outra mão começou a subir pelo meu corpo até
encontrar meu seio e apertá-lo, despertando minha libido. Por instinto,
segurei seu pulso, impedindo-o de avançar além do que estava fazendo.
— Ah, eu também fazia isso, mas era porque não queria atender
ninguém. — Ela se aproximou de mim e riu. — Achei que o chefe tinha dado
bronca em você, porque ele saiu da sala pisando firme indo na sua direção.
do mesmo jeito de sempre, uma mãe solo que só conseguiria algo quando a
filha pudesse ficar sozinha em casa, já que eu não tinha ninguém, nem
amigos, nem vizinhos para me auxiliarem.
Bella não era um peso para mim, ela era minha razão de buscar uma
vida melhor para nós duas.
Assim que ela abriu a porta por completo e eu dei um passo para
dentro, percebi que não iríamos funcionar bem ali. Um cômodo, sem
privacidade. Eu já estive na mesma situação que Olivia, não me ofendia seu
baixo poder aquisitivo, apenas meus planos que não funcionariam tendo a
pequena menina nos observando.
Filho da puta!
— Você dorme com isso? — Percebi, tarde demais, que meu tom foi
muito bruto e julgador.
Ela virou abruptamente para mim, olhou para seu corpo e colocou as
mãos na sua frente, para tampar os seios, que eu já tinha constatado, estavam
livres de qualquer barreira que não fosse a blusa fina.
Nunca tive que lidar com uma criança, na verdade, acreditava que
odiava tudo o que envolvia o relacionamento mãe e filho, de tão problemática
que foi minha vida. A postura retraída, porém corajosa, da pequena Bella, me
fez ajoelhar no chão e ficar na mesma altura que ela.
— Oi. — Tentei soar o mais receptível possível.
Empatia.
Com uma fungada, ela ameaçou o choro. Assim que Olivia saiu do
banheiro, Bella correu para as pernas da mãe e chorou de forma inconsolada.
— O que você fez com minha filha? — Ela respirou fundo quando
fiquei de pé e minha altura se sobrepôs a dela. Deveria intimidar, mas Olivia
parecia diferente daquela que me recepcionou. — Eu juro que, se você tocou
um dedo nela, eu te mato. Você não tinha o direito de entrar na minha casa e
fazer mal à minha menina. — A raiva exalava pelos seus poros, fazendo com
Paixão.
Aquela mulher era capaz de tudo pela sua filha, inclusive ameaçar o
chefe.
Ela abraçou a filha, deu passos para trás e ficou na dúvida. Ela
precisava de ajuda, caralho, eu queria ser aquele que lhe estenderia a mão e
traria para meus braços, dando o conforto de que precisavam.
— Ela perguntou para mim onde estava meu pai. Toquei apenas no
seu queixo para que levantasse a cabeça e olhasse nos meus olhos, porque fiz
a mesma pergunta a ela.
— Ah, Theo, você sabe a resposta, por que fez isso? — zangou-se.
— Faz pouco tempo que passou o Dia dos Pais, ela quer entender o motivo
de não ter um e... — Respirou fundo e deu alguns passos até a cama, para
sentar-se com a menina no colo.
colocar nele arroz, carne e batata fritas para a pequena e outra porção
coloquei no prato comum. Era um bife à parmegiana.
— Theo?
— Minha intenção era que ela respondesse que não tinha pai e eu
concluísse que éramos iguais, que eu também não tinha pai, mas que nem por
dentro do paletó.
— Só queria proteger sua filha. Está mais do que certa, eu não estou
ofendido por isso — cortei suas desculpas. — Vamos comer?
— Por quê?
Ela riu e enxugou seus olhos, numa tentativa falha de limpar suas
lágrimas.
— O que quero saber é por que você está fazendo isso para mim. —
Seus olhos encontraram os meus.
— Arrogante.
Madá.
— Acho que você pode fazer melhor do que isso. — Ele me pegou
pela cintura e fez o que eu estava com vontade de sentir desde quando botei
meus olhos nele.
— Theo, aqui não — sussurrei contra seus lábios, mas não afastando
seu corpo do meu, pelo contrário, eu o trazia para mim, muito mais perto.
— Você tem solução para tudo. — Mordi seu lábio e ele gemeu. —
Mais baixo.
— Sim, eu queria sua boca mais abaixo, mas acho que não seria
legal se um dos seus vizinhos te pegasse de boca cheia.
— Obsceno!
Ele beijou meus lábios uma última vez, beijou minha testa e depois
saiu, se despedindo assim, com meias palavras e gestos completos.
Somos iguais.
Theo não tinha um pai e estava claro que ele havia se identificado
com minha filha tanto quanto ela com ele, do seu jeito. Será que ele teve uma
mãe amorosa? Será que conseguiria suprimir a ausência de um pai na vida
dela?
Foi com esses pensamentos que meu dia finalmente teve fim e um
novo começou.
***
Como ontem, ele não havia trocado nenhuma palavra comigo, muito
menos dirigido o olhar em minha direção. Com esperança de que isso não
fosse o encerramento de um conto de fadas que estava só na minha cabeça,
trabalhei. Dei o meu melhor, fechando vendas e agradando clientes, inclusive
aqueles que queriam apenas caroçar.
Com o coração na boca, andei até a sala de vidro. Assim que abri a
porta, fui tomada pelo cheiro que agora estava impregnado em minha roupa
simples da noite anterior, que tinha se tornado meu pijama oficial.
— Chamou, senhor?
— Só se for não ter dormido na minha cama ontem, mas isso será
resolvido hoje. — Ele sorriu com malícia para mim e depois ficou sério. —
— Não, mas...
— Tudo bem, vou mandar um táxi te pegar, você busca Bella, pega
uma muda de roupa para ambas e vai para o meu apartamento, devo chegar
perto das 19h.
E como se o que ele falou não fosse um absurdo, ele tirou uma chave
— Pegue a chave, vamos ter uma boa noite com sua filha e, depois,
somente eu e você.
— Confio.
— Sim, mas...
— Você mentiu porque precisava de um trabalho decente, para dar
uma condição melhor de vida para sua filha?
— É, Theo...
— Você fez o que tinha que fazer para sua família, Olivia — ele me
cortou novamente e acenou em concordância. — Se algum dia você se
apaixonar e esse homem servir como seu marido e pai da sua filha, você faria
o mesmo por ele?
— Responda!
acabado com a minha vida. Foi uma febre, bastou uma febre e Bella quase
morrer em meus braços para que tudo mudasse. Ela é meu mundo e eu faria
qualquer coisa para seu bem-estar, inclusive mentir! — As últimas palavras
saíram com raiva e emoção, ele tinha conseguido tirar algo que estava preso
no meu peito há muito tempo.
sentia em dívida e não queria apenas ter uma noite com ele.
— Mora, querida.
— Tá bom, mamãe.
Fui até a sala, verifiquei Bella, que brincava e corria feliz por causa
do espaço, e fui até o quarto de Theo, que estava uma bagunça. Aproveitando
que tinha conhecimento de faxina, pelas várias que fiz antes e depois que
Bella nasceu, organizei tudo sem ser muito invasiva. Troquei a roupa de
cama e coloquei as roupas usadas em um canto, e provavelmente sujas, no
cesto do banheiro.
Deixei os papéis onde estavam e voltei para a sala para esperar meu
chefe intenso, meu Theo.
ter relações sexuais antes de dormir, porque era isso que aconteceria com
mães solo. Certo?
Meu Deus, soava tão horrível, ao mesmo tempo que real. O que eu
não poderia deixar de considerar era que Theo parecia muito preocupado
comigo.
— Téino!
— Batata fita! Batata fita! — Bella gritou e sorri, sabendo que nunca
mais comeria uma batata frita sem me lembrar dela.
— Simples, terei que encerrar minha noite com a mão cheia de calo.
Eu já te falei, nunca irei forçar nada, mas tentarei te seduzir.
Fui até meu quarto e vi que estava organizado. Estranho, mas bom.
— Mais tarde — ela sussurrou e voltou para a sala, que não tinha
móveis, porque minha vontade era de mobiliá-la junto de Madá.
Peguei meu celular, olhei para a mensagem que tinha recebido hoje e
que ainda não havia respondido. Apertei o aparelho na mão e lutei contra a
vontade de jogar tudo para o alto e ir atrás dela, da Madá. Depois de anos
rastejando, implorando por atenção, ela tinha me enviado uma mensagem
espontânea e falado que sentia minha falta. Claro, ia fazer quase dois dias que
eu não falava com ela, porque minha cabeça e meu pau só pensavam em uma
pessoa, Olivia.
E agora?
Vendo sua mensagem, o sentimento que achei que não existia mais
— Você não estava fazendo... sei lá o quê, por isso estava saindo
cedo? — Ela ficou com vergonha e voltou a servir a filha. — Desculpe, eu
estava sendo enxerida.
— Ah, meu treinamento. — Entendi e apreciei que ela demonstrou
interesse no que eu fazia. — Serei supervisor em algumas semanas, cuidarei
Ela soltou sua mão da minha e suspirou com tristeza. Estava mexida
comigo, tinha esperanças em nós e isso me dava poder sobre ela.
Dessa vez ela não falou, nem me olhou nos olhos, apenas sorriu para
a filha, que estava alheia a nossa conversa séria. O que isso queria dizer? Ela
não queria que desse certo ou eu precisava fazer mais?
que reconheci ter muitas peças para sua idade, enquanto Olivia lavava a louça
contra a minha vontade.
chateado, mas tudo o que sentia era o quanto essa mãe se dedicava à sua
filha. Apesar de Bella ser bem diferente do que fui quando criança, ela
demandava atenção e Olivia esquecia-se de si para dar o melhor à pequena.
Voltei para o meu quarto, meu tesão estava sob controle, e meu
coração em paz. Outro dia a gente tentaria novamente, eu não tinha nenhuma
intenção de me livrar dela.
Ela enviou uma foto de seu corpo, apenas com uma minúscula
calcinha, e me teve duro em um segundo. Madá era gostosa, suas curvas me
excitavam e não ter Olivia em meus braços me deixou frustrado.
namoradinha, ela irá para o fundo do poço cheio de merda de onde você
veio.
— Me desculpa.
— Tudo bem. Só quero que saiba que eu não sou do tipo suave,
ainda mais quando me tiram do sério. Vou te foder selvagem e você tentará
manter seus gritos baixos para não acordar sua filha.
— Theo.
— Devo parar?
— Não. Eu... — Seu corpo se retesou e minha mão foi direto para o
monte de prazer entre as suas pernas.
— Será bom, Olivia, vai gozar e pedirá muito mais. — Mordi sua
orelha e passei minha língua por ela. — Te prometo uma noite de prazer e
orgasmos.
— Isso é muito.
— Sim, tudo o que faço é muito, forte e intenso. Você quer estar
comigo?
Ela virou seu rosto em minha direção e seus olhos carinhosos tinham
meu pau e minha mente ligados apenas nela. Não havia mais raiva, muito
menos celular acertado na parede ou motivos deturpados.
possuí-la por inteiro. Enquanto eu brincava com seu corpo, suas mãos
vagueavam pelas minhas costas até pararem em minha bunda, para dar um
aperto forte.
— Theo.
— Eu...
— Vamos, comece a pedir o que você quer, ou vou ficar apenas na
provocação.
Eu não sabia que era possível alguém ficar mais vermelho do que ela
já estava. Seus olhos se fecharam, eu depositei um beijo em sua boca e desci,
ávido para sentir seu gosto e gravar seu sabor na minha língua.
— Todo seu, mas não vou gozar na sua boca, quero estar dentro de
você.
Com um olhar sonhador, ela segurou meu pau e minhas mãos foram
para sua cabeça. Ainda me olhando, ela abocanhou meu membro e
praticamente o engoliu antes de liberá-lo cheio de sua baba.
Minha mão segurou seu queixo com força e seus olhos, em dúvida,
encontraram os meus.
Minha boca colou na sua assim que meu pau tomou o que era dele.
Com golpes vagarosos, mas profundos, meu corpo se curvava para encontrar
o seu profundamente e ela se movimentava para cima por causa da minha
intensidade.
como ela gostava até que encontrou o clímax pela segunda vez.
— Theo!
Assim que um pingo de suor caiu em suas costas, mesmo com o ar-
Ela ficou por um tempo de costas para mim antes de virar de frente e
olhar em meus olhos.
tanto quanto você. — Beijei sua testa e trouxe sua cabeça para o meu peito.
Sua mão passeou no meu tórax, onde a tatuagem estava, o motivo de ela
hesitar no meio da nossa foda.
Quando a fiz, tudo em que pensava era que ela seria minha
declaração de amor para Madá. Hoje, tudo o que eu via era que tinha
colocado uma enorme pedra no meu caminho.
Era o certo.
Capítulo 14
Isso era tudo o que eu conseguia ler e algo me dizia que a tal
Madalena da tatuagem era essa Madá do celular.
Passado.
que aprontasse minha filha e a deixasse na creche. Será que eu tinha algum
direito? Ele me tratava como se eu fosse mulher dele, não tinha me pedido de
namoro, mas...
— Agora não é momento de brincar, filha. Tome seu leite, vou ver
se Theo já acordou.
Ele trouxe meu rosto até o seu e me beijou, com lábios fechados,
mas não menos intenso do que seus outros beijos.
— Você é louco.
— Não, eu só faço valer a pena. — Beijou minha testa e me apertou,
inalando o aroma do meu cabelo. — Adoro seu cheiro.
— Theo, codou? — Ela foi até o lado dele na cama e empurrou seus
ombros, que estavam descobertos.
O que eu mais via nessa vida eram homens prepotentes, que poderiam ter
milhões de mulheres e nós precisávamos ser as únicas fiéis. A noite fora boa
e resgatou a mulher que havia dentro de mim. Talvez Bella sofresse mais com
essa separação do que eu, mas ela era jovem e eu sempre dei conta de tudo
sozinha. Nada mudaria, mesmo que meu coração e minha mente traidora
achassem que Theo ainda era o cara que me resgataria desse buraco.
Ele ia beijar minha boca, mas virei meu rosto para que me beijasse
na bochecha. Seus olhos me fulminaram e, com o cenho franzido, o
repreendendo, olhei da minha filha para ele, indicando que na frente dela
ficaríamos sem esse tipo de carinho. Ainda bem que ele entendeu na hora e
beijou minha testa, como tinha feito com Bella.
— Socorro, mamãe!
Ele nos alcançou – claro – abraçou meu corpo, que protegia minha
filha, e falou em meu ouvido:
— Não crie barreira entre nós. É mais forte do que qualquer coisa
que julgue sobre mim. Você é minha. — Ele se afastou, apertou o nariz de
Bella e respirou fundo. — Eu vou escovar os dentes e já poderemos ir. Olivia,
não quer deixar algumas coisas aqui? — Ele olhou nossas bolsas e franziu a
testa. — Será muito trabalho ter que levar e trazer de volta.
— De volta?
— Mas eu pensei...
minha e a colocou em cima de sua virilha, seu membro duro pulsava sob a
calça.
pra caralho.
aquele assunto.
dar. — Ele me virou para ficar de frente para ele, tirou minha blusa e
começou a se livrar do meu sutiã. — Eu vi a paixão que você tem em ser
mãe, por mais errado que isso possa parecer, me deu um puta tesão te ver
proteger aquela princesa. — Curvou seu corpo e tomou um seio na sua boca.
— E você é tão... parecida comigo. Desde o início aceitando, mesmo com
algumas dúvidas...
— Confio em você.
— Theo...
cuidar de vocês. — Ele desabotoou sua calça, mas sem remover nenhuma
peça do seu traje formal. — Desculpe, Pequena, hoje eu ficarei de roupa, mas
você sem. Vem chupar meu pau um pouco.
Toquei seu membro e, com uma coragem que nunca pensei ter,
encarei seus olhos em desafio.
Como senti falta disso, estava com saudades de me sentir plena, uma
mulher de verdade, não apenas uma mãe. Era tão bom esquecer que eu tinha
que trabalhar, que precisava correr para levar uma criança à creche, eu estava
apenas... sentindo, me libertando, gozando.
— Oh, Theo!
E foi com algumas reboladas em seu rosto que obedeci, como uma
devassa.
— Me pega na parede?
Ele poderia ser mais enigmático? Apesar de estar claro que ele não
faria nada para demonstrar que estávamos juntos, também não negaria se
fosse abordado.
— Vou arranjar uma babá, nós iremos numa balada e você vai
esfregar essa bunda em mim enquanto dançarmos.
— Qual o problema?
— E se algo acontecer?
— Mas...
olhou daquele jeito intenso que só ele sabia. — Eu posso pagar uma babá. Eu
te quero na minha vida da mesma forma que quero sua filha também. Quero
as duas, ter momentos de família montando quebra-cabeça e de tesão, te
fodendo até revirar os olhos.
Quando abri a boca para comentar sobre outro assunto, como por
exemplo suas dívidas, ele me beijou e tirou o meu ar, roubando não só meus
fluidos, mas um pedaço do meu coração.
— Quando você for embora, ela sentirá muito a sua falta. Essa será a
primeira vez que ela terá uma referência masculina.
— Você é louco.
Chegamos juntos, mas não entramos lado a lado. Recebi uma ligação
de Madá enquanto caminhávamos pelos corredores do shopping e preferi
A única coisa que eu não conseguia fazer era mandá-la para longe.
Não quando eu via como segurança a troca de mensagens e ligações com
aquela mulher. Entendia o que era traição e como fui, por muito tempo, o
profissão, eu não passava de um jogador de pôker, que vivia de all in. Isso
— Que compromisso? Por que você não quer me ver? Que tal no fim
de semana? — ela continuou manhosa e sua conversa começou a me irritar.
No fim de semana eu gostaria de sair para jantar com minhas meninas.
Segui para o meu posto e não parei, nem um segundo, para pensar no
que eu poderia ter feito com Madá. Seu temperamento era ruim, com certeza
ela planejaria algo para me irritar, só que daquela vez eu não estava sozinho.
As consequências dos surtos daquela mulher poderiam respingar em Olivia e
sua filha, algo que eu não deixaria acontecer.
Por pior que pudesse parecer, talvez eu tivesse que ver Madalena
para ter paz com Olivia. Mas isso seria resolução para outro dia, no
Foi com esses pensamentos que trabalhei até o meu horário de sair e
ir para meu treinamento.
Capítulo 18
me atrapalhando.
Porque isso é com você, você tem que encontrar a verdade por
dentro
Não fuja”
Aranda – Invisible
Apesar daquele sentimento de merda, tinha que reconhecer os
avanços que eu fazia no trabalho. O treinamento estava sendo um sucesso. Eu
havia conhecido um diretor e acreditava que ele tinha gostado da minha
postura e forma de trabalho, conhecia os resultados da minha loja e disse
estar muito contente de me transformar em supervisor. Marcou um jantar
comigo e sua família depois que comentei sobre Bella. Ele também tinha uma
filha da mesma idade e como havia se mudado há pouco tempo para a cidade,
não tinha contato com ninguém que tivesse filhos.
Nada faltaria para ela, não quando eu era o homem para cuidar de
suas necessidades.
— Theo!
— Cozinhando?
ela recebe para fazer compras também. — Olhei a testa franzida de Olivia e
decidi colocar Bella no chão, apenas para vê-la correr para a sala. — Está
tudo bem?
— Não tem, Theo. Está virando uma bola de neve. — Retesei meu
corpo, irritado com suas palavras. Odiava quando as pessoas achavam que eu
não era capaz. — Eu posso te ajudar.
lidar com as minhas coisas, eu era o homem, tinha tudo sob controle.
Caralho, eu não podia deixar que ela percebesse que minhas dívidas
eram meu calo, o que me tirava do sério e me lembrava das palavras que
Madá falava para mim. Eu odiava me sentir um merda e só conseguia
resolver isso fodendo... no meu caso, teria que me acalmar malhando.
também.
Uma mão encontrou meu pau e não precisei de mais do que dois
segundos para pensar na mulher que havia feito a janta para mim e que me
esperava em casa. Eu tinha saído com raiva, mas nada tinha a ver com ela.
Olivia.
Pequena.
O elevador não subiu rápido demais, meus pés não andaram veloz o
suficiente e quando abri a porta do meu apartamento e não encontrei
nenhuma das duas na mesa me esperando, surtei.
— Como assim?
foque no quanto sou bom, que serei supervisor e darei conta de manter a nós
três. Você será feliz ao meu lado, confia em mim.
Minha!
vez e me deu mais do que um lar. Eu... — Parei de beijar seu corpo e olhei
para seus olhos, que pareciam marejados. — Eu não sei o que pensar, apenas
sinto que posso estar te amando.
— Não tenha dúvidas comigo, pequena. Não brinque com meu ego.
— Livrei-me do meu short e decidi ficar com a camiseta, para não mostrar a
tatuagem que tanto a chateara. — Meu pau quer sua boceta, minha boca quer
seu gosto e meu coração só pensa em te fazer feliz.
— Então faça!
Invadi sua boceta com meu pau sem nem a preparar. Não precisava,
ela estava encharcada, escorregadia e... estávamos sem preservativo.
— Intenso Theo. — Ela curvou seu corpo para cima e quase gozei
com sua entrega. — Eu não tomo.
Maravilhosa.
— O que foi?
— Não precisa.
— Claro que precisa, ou você não quer? — Parei de puxá-la, mas ela
fez o que pedi, um pouco tímida.
— Não gosto mesmo, mas se você fez uma tatuagem para ela, com
certeza tem um significado importante. Se quero estar com você, tenho que
aceitar.
— Eu não faria nada com Bella acordada. — Afastei meu rosto para
procurar seus olhos. — Vocês são minhas para cuidar, quando eu me sentir
uma ameaça, sairei de cena e me acalmarei primeiro.
— Adorei o apelido.
E com um golpe, quem dominou meu pau foi sua boceta. Com
estocadas firmes, entrava e saia, fixando meu olhar no dela e nos conectando
além do físico.
da nossa excitação.
Rebolei, para que minha pélvis esfregasse em seu clitóris. Não parei
um segundo, mudando de posição e encontrando a melhor forma de estimular
o seu clitóris e o ponto G. Olivia expunha seus seios, gemia e acompanhava
os movimentos, buscando seu prazer.
— O que precisa?
— Quase...
Não parei de melecar meu pau na sua boceta, porque eu tinha que
marcá-la, para que não fugisse de mim, independente do que ela soubesse de
mim.
pescoço.
Ela ficou confusa, mas não discutiu, apenas me olhou com amor e
aprovação, reconfortando não só meu corpo, mas minha alma ferida.
Capítulo 20
— Eu posso te ajudar com as dívidas, mas não do jeito que você está
imaginando.
parecia ter ofuscado a solução para esse problema, que para ele parecia não
mais baratos para o empréstimo que você precisa e faremos o cálculo depois.
É melhor pagar uma parcela razoável, mas apenas uma, do que várias
pequenas, porque, ao juntar todas, elas vão se transformar em uma grande.
Ele comeu mais três garfadas antes de sorrir e estender sua mão para
tocar a minha.
família feliz.
— Não devo satisfação da minha vida para ninguém. Falei que minha mulher
tinha uma filha da mesma idade, então, o assunto rendeu. Não vem ao caso se
você é minha funcionária ou não, nossas vendas são as melhores e nada irá
abalar nossas estruturas.
— Posso fazer sempre que estiver por aqui. Não sei fazer nada muito
elaborado, mas aprendo rápido.
— Sim, use a força da sua boceta no meu pau para me fazer sorrir.
Bati em seu ombro e ele riu, tão calmo e descontraído que nada
parecia afetar a nossa vida.
mexer no celular. Minha vista estava muito cansada para espiar o que ele
estava fazendo.
— Sim, como um anjinho. Ela sempre teve sono bom, mas não
dorme à tarde, o que deixa meus fins de semana em função dela, mas as
noites, pelo menos, bem dormidas.
ficou entrecortada.
— Você me falou que não tem pai. Me conte sobre sua mãe então,
como foi sua vida até chegar aqui? — Mudei de assunto e agradeci aos anjos
quando senti seu corpo relaxar e o celular foi posto de lado.
E daquele jeito que só Theo sabia dizer, ele me contou sem papas na
língua ou palavras medidas sobre sua mãe não lhe dar valor, sobre ser um
encrenqueiro até a adolescência e sobre ver o homem de terno que o inspirou
a estudar, se formar e ser o que era.
Uma parte de suas dívidas era dos estudos, a outra, por causa... dela.
Ele não disse com essas palavras, mas estava claro que outros gastos
esporádicos tinham tudo a ver com Madá. A filha da mãe quase faliu Theo e
eu tinha certeza de que tudo o que ele queria ser amado.
minhas energias.
Capítulo 21
Meu.
Do jeito que ele gostava de dizer que eu era dele, eu também falava
o mesmo para ele, sentindo o amor transbordando em minhas palavras e
atitudes. Sempre fui uma mulher sonhadora, mas nunca me imaginei com um
homem como ele, centrado, direto e muito poderoso. Ele poderia não ser o
CEO do Grupo Gimenes, mas com certeza passaria por um tranquilamente.
— Claro que quer, princesa. Uma porção — Theo pediu e fiz uma
careta para ela.
Deus, será que eu estava fazendo certo? Theo era o homem da minha
vida, da nossa vida?
Ele começou a rir quando deixou o peso do seu corpo sobre mim e
soltou meus pulsos.
Theo havia falado que ela era passado, mas por que eles ainda se
Selvagem.
Suado.
Intenso.
quarto de Bella se parecia mais com o quarto de uma criança, com colchas
rosas e brinquedos. Theo não economizava nos agrados, além de presenteá-la,
ele brincava, se esquecia do mundo e se divertia com minha filha.
— Sim, meu amor, estou em casa. — Olhei para Theo, que não
perdia um momento sem me dar um olhar sensual, e sorriu. — Onde está
Amanda?
— Ela teve que sair, me ligou e vim antes para cuidar de Bella.
— Não gosto de atrapalhar sua vida. Por que Amanda não me ligou?
melhor sozinha, te quero toda noite comigo, quero comer da sua comida.
refeição, coisa que essa semana eu não tinha feito, por estar focada nos meus
estudos.
Engoli o choro, coloquei Bella para dormir, e ela não demorou nem
cinco minutos. Fui para o meu quarto e retirei minha roupa para ir ao
banheiro. Fechei a cara assim que vi Theo com o celular na mão e sua
expressão de raiva, conhecida por indicar que era Madá ao telefone, apareceu
em seu rosto.
Meu copo estava cheio. Eu não era obrigada a aceitar aquela merda!
— Para você pode ser fácil ficar longe de Bella, para mim, não é.
Além do mais, foi dinheiro gasto que poderia ser usado para comprar roupas
para minha filha.
Eu estava de costas, por isso não percebi que ele se despia enquanto
eu falava. De repente, escutei a porta do box abrir e ele me jogou na parede.
Eu estava muito chateada para querer transar, ele teria que aceitar.
colados no azulejo, e minha bunda sendo esfregada por sua ereção, ele
enrolou sua mão no meu cabelo, trouxe minha boca para a dele e me beijou.
E não havia mais nada que eu quisesse fazer que não fosse me
entregar para ele, mesmo chateada e irritada. Seus lábios famintos mostravam
o quanto ele me desejava, isso era o interruptor para as contrações do meu
ventre e para minha libido despertar.
dias, saber o tanto que ele poderia me dar prazer, mas focar apenas no
trabalho. Trocávamos olhares, às vezes um toque escondido, mas nada
acontecia naquele lugar, me deixando em ponto de ebulição quando chegava
em casa.
Sua mão foi para o meu pescoço e, com um impulso certeiro, ele me
preencheu.
Curvei meu corpo para trás, para senti-lo melhor e isso tirou alguns
gemidos de nossas bocas.
— Theo.
— Você precisa entender que quem cuida de você sou eu! — Suas
mãos desceram para meus seios e os apertaram. — Gostosa.
— É frustrante saber que você vem até mim se esvaziar depois que
você se zanga com seu passado. — Afastei meu rosto do seu peito e encarei
seus olhos. — Eu sei quando você conversa com Madá pelo celular. Toda vez
é a mesma coisa.
conta do recado!
insistente comigo como nesses últimos dias. Não há nada entre nós desde que
ficamos juntos a primeira vez, apenas...
ter você. Mas está doendo. — Ela segurou seu rosto e olhou no fundo dos
meus olhos.
Não.
— NÃO!
meu e tudo o que eu queria era entrar em seu peito e tirar sua dor.
Terminar o quê com Madá, se nunca tivemos nada depois que ela
havia terminado comigo? Eu tinha sido seu amante, não deveria ser difícil se
afastar, já que não havia nenhum acordo entre nós?
— Quando?
— Quando o quê?
sua filha e a protegeu com paixão, eu disse a mim mesmo que eu tinha de ter
você, precisava que você fosse minha!
Daquela vez foi ela quem implorou por meu pau em sua boceta.
Sentados no chão, com o chuveiro ligado ainda em cima de nós, ela me
abraçou com suas pernas e se esfregou em mim, colocou minha ereção dentro
dela, sem nenhum pudor.
— Você tem mais do que isso, minha alma é toda sua, porque você
me deu a família que sempre sonhei.
O abraço foi forte e, com um suspiro, dei banho em nós dois e nos
enxugamos, as palavras não sendo necessárias no momento. Ela não
precisava ser mais direta, meu assunto com Madá precisava ser enterrado, eu
teria que encontrá-la, só não sabia se as lembranças do passado me fariam
fraquejar e perder tudo de bom que havia conquistado com Olivia e Bella.
Capítulo 24
Levei Olivia e Bella para comprar roupas novas, até eu ganhei uma
gravata, escolhida por Bella, e encerramos o dia na casa do diretor. Para
minha surpresa, não estava apenas ele, mas o dono da rede de lojas, o CEO,
quem comandava a porra toda, aquele que me fez chegar mais longe na
carreira profissional.
— Ouvi falar muitas coisas sobre você, rapaz. E quem são essas
graciosidades? — Apesar de aparentar ter mais de cinquenta anos, Cipriano
era rico e exalava humildade. Não era casado, mas tinha duas ex-mulheres e
três filhos, nenhum interessado em manter o legado da família.
sua anuência.
errado.
Vez ou outra minha mulher nos deixava sozinhos para ver sua filha e
— De vista — falei e seu aperto de mão foi tão forte quanto o meu.
— Quem é ele?
— O namorado da Madá.
Acabei de afirmar que Madá era minha mulher e isso não só magoou
Olivia, mas a mim mesmo, que não queria ter mais nada a ver com aquela
mulher. Porra, Madá não era nada minha. Há muito eu a tinha excluído da
minha vida, eu tinha sido o segundo na vida dela, mas naquele momento, ela
tinha que ser nada para mim.
de humilhação que minha mãe dizia e percebi... eu não nasci para ser feliz.
Nunca seria o suficiente, porque eu boicotava minha própria prosperidade.
Deveria continuar na merda, esse sempre seria o meu lugar.
Peguei o meu celular e enviei uma mensagem para Madá. Por mais
que tudo estivesse perdido, eu tinha que me libertar. Sempre fui insistente,
aquela teimosia deveria servir para algo, para recuperar a confiança que
Olivia tinha perdido em mim.
Não ia estragar meu emprego, não deixaria que fodesse minha vida
com Olivia, mesmo que as vozes na minha mente dissessem que eu já tinha
estragado tudo.
Mesmo com Bella reclamando para ficar mais, fomos embora cedo,
meu controle estava por um fio, porque tive que engolir muito sapo, fingir
estar bem sendo que tudo o que queria era gritar para o mundo o que estava
preso na minha garganta.
Meu Deus, Theo tinha muito para exorcizar de sua vida, tanto quanto
eu. Havia males que nossos pais nos causavam que deixavam sequelas para o
resto de nossas vidas.
sobre Theo também não me deixou estável para pensar. O táxi estava na porta
me esperando. Entrei nele dizendo a mim mesma que, se não visse Theo hoje,
amanhã eu voltaria para o meu buraco e seguiria com a minha rotina diária.
Não contei para Theo, até porque isso poderia ser apenas uma
implicância minha. Aquele não era o meu homem, o chefe que não voltou
para casa e não me acordou com seus beijos e carinhos.
outra pessoa.
— Entendi.
Eu já havia passado por ele quando disse isso. Virei meu rosto e ele
olhava para minha bunda. Quando seu sorriso cínico me encontrou, andei
depressa e fui atender à nova cliente que entrava na loja.
passo para trás, desconfortável por ser avaliada daquela forma pela segunda
vez em tão pouco tempo.
— Então você é Olivia.. — Meu nome nos seus lábios soou tão
debochado. Meu coração acelerou, eu precisava tomar o controle da situação.
Se ela tinha namorado, porque dizia ser de Theo? Será que ela falou
isso para ele? Seria esse o motivo de ele não querer ir para casa ontem?
me conta tudo.
E desta vez eu falei, sem muitos detalhes, do dia que Theo me deu
carona, que nossa amizade evoluiu e eu estava morando com ele. Sabia que
era irracional, mas tudo que o envolvia era assim... impactante!
— Quem vai acreditar, piranha? Todo mundo sabe que você está
fodendo com o supervisor Theo.
Abri a porta da minha antiga casa e tudo o que eu não sentia era que
estava segura, em meu lar.
— O que foi, mamãe? Eu queio o Theo — ela choramingou.
— Não!
— Vem!
— Queio Theo.
— Ela saiu correndo, não levou nada com ela, estou preocupada —
Meu sangue ferveu. Não vi mais nada além da minha mulher perdida
e eu não podendo ajudá-la.
amante.
novo gerente foi um babaca com ela, além de invadir o banheiro que ela
usava. Minha mulher saiu da loja sem nenhum documento, eu não voltei para
casa ontem e estou a um passo de explodir se eu precisar me justificar mais
um pouco para o senhor.
A creche!
estivesse ali.
Peguei meu carro e fui para sua antiga casa. Um pedaço de mim
apodrecia ao pensar que ela havia procurado aquele buraco, ao invés de mim,
para se consolar.
— Não é meu.
— Fui manipulado por muito tempo. Agora que tenho você, alguém
que me apoia, me aceita e me ama, eu sei o que é bom e não quero me separar
nunca mais.
Ela retesou, seu corpo estava duro, uma lágrima caiu na minha
camisa, no meu braço.
— E se for?
— Que os anjos não sejam tão cruéis comigo a esse ponto, porque
quero viver minha vida em paz com você. Quero me casar com você.
— Você me traiu.
suficiente, eu farei o que você quiser, para que essa falha seja equalizada e
nossa vida possa continuar feliz. Eu quero você, Olivia. Me dê a
oportunidade, como você fez antes, para que eu faça valer a pena. Hoje é
diferente.
Casa comigo, esqueça essa casa e venha para seu apartamento, comigo,
quando alguma coisa de ruim acontecer. Minha vida está conectada a sua, só
há nós três a partir de hoje.
eu o faria. Nenhuma criança que saísse do seu ventre merecia uma mãe como
ela.
— Te amo, Theo.
Objetivo. Intenso.
Capítulo 27
Uma família!
Não era o que parecia nas últimas mensagens que eles haviam
trocado. Olhando de fora, eu percebia que Theo tinha muitos problemas com
sua autoestima e que minha mulher sabia disso e se aproveitava da situação.
Filha da puta!
— Não vou deixar que esse homem destrua nossa vida, nossa
família. Já marquei uma reunião com Cipriano, vou pedir sua cabeça.
— Giuliano...
Olhei para a parede e busquei controle. Contei até dez, respirei fundo
várias vezes e me imaginei dentro de um tribunal, buscando o melhor
argumento, a melhor estratégia.
— Você disse que esse cara está com outra mulher, certo? — Meu
irmão acenou. — Deixe onde está, avalie sua postura profissional e esqueça o
que aconteceu comigo. Ele merecia uma punição, mas Madalena merece
mais. Ela ama esse idiota? Ela vai vê-lo se casar com a vendedora e ser
esquecida.
Desde a outra noite, quando fui mais ríspido com ela depois que
cheguei do jantar, ela parecia mais dócil e suave.
Eu precisava me vingar.
— Obrigado pela visita, irmão. — Sorri com falsidade para ele e
para minha futura ex-mulher. — Estou com saudades da minha mulher —
— Não faça...
Quando sozinhos, ela tomou minha boca na sua e a única coisa que
eu conseguia imaginar eram as palavras do idiota sobre o quanto ela chupava
Quanta mentira! O único tratamento que fez foi usar esse horário
para se encontrar com ele. Tomar a pica dele.
Eu era um panaca!
— Estou louco para irmos naquela joalheria que você tanto ama. Me
deixe sentir sua boquinha antes.
Não avisei quando gozei em sua boca e ela quase se engasgou com
minha porra, mas chupou tudo, mostrando que era apenas teatro.
ganharia uma joia nova depois desse boquete? Sua vagabunda, eu vi a sua
conversa no celular do seu amante, sei da sua traição.
— Não brinque com um assunto desses. É sério, se esse filho não for
meu ou se você não estiver grávida... eu vou te caçar e vou te humilhar mais
do que com esse boquete.
Estando sob o meu teto, vi-a chorar uma ou duas vezes pelo amante
que nunca mais se importou com ela ou respondeu suas mensagens. Pior do
que dizer que não a queria mais, era simplesmente não responder.
Indiferença.
Meses depois...
Fiquei um tempo olhando o lugar, que era tão pior quanto o que
Olivia morou com Bella, antes de virem para a minha casa. Saí do carro,
ajeitei o terno e caminhei lentamente.
— Sim, Theo, sei que é você. O que faz aqui? — ela perguntou
assim que abriu a porta do apartamento e com um gesto me convidou a
entrar.
Ela parecia ter envelhecido anos, sua postura defensiva ainda existia
e eu tinha certeza de que qualquer atitude deveria partir de mim, como Olivia
tinha me explicado.
Que as mágoas ficassem no passado. Se precisei passar por tudo isso para
estar onde eu estava, com quem estava, faria tudo novamente.
— Olá!
Dei um passo para frente, mas ele segurou meu braço e senti um
formigamento de excitação pelo meu corpo. Há muito não sentia, o único
sexo que fazia era com o pai do meu filho quando ele estava cansado da sua
atual, por isso eu parei meus movimentos e apenas olhei fundo nos olhos do
cliente.
Como isso era possível? Logo eu, a pessoa que nunca ganhava nada
de bom nessa vida.
Estava tão enferrujada para essas coisas. Será que isso era um código
para nos conhecermos melhor e talvez, rolar algo além da conversa? Eu
queria isso?
Não tive tempo de processar, assim que parei de andar, ele me puxou
para os seus braços e beijou meus lábios com ferocidade. Havia dentes,
língua desafiadora e paixão.
Abracei seu pescoço e aos poucos, ele foi me empurrando para trás,
até que minhas costas encontrassem a parede.
Qual era o nome desse cara? Que eu lembrava, ele sabia o meu.
Virei minha cabeça para explorar sua boca de outra forma, seus
lábios começaram a judiar dos meus e seu quadril se moveu contra o meu.
Ele estava excitado apenas com um beijo?
Empurrei meu quadril conta o seu e senti mais uma vez sua ereção.
Louca de paixão como estava, era capaz de ajoelhar e fazer um boquete a céu
aberto, sem nenhum pudor.
— Meu Deus, nem sei seu nome! — ofeguei e subi minhas mãos
para seu cabelo, empurrando-o para baixo, para meus seios que clamavam
por atenção.
Ele entendeu o recado e por baixo da minha blusa, ele colocou sua
mão e abaixou o bojo, seu dedo áspero me fazendo gemer quando apertou o
bico.
Mais direto que isso, impossível. Ele não queria conversar comigo?
Não, ele queria me foder e se eu deixasse, faria isso aqui na rua.
Quando pensei no que faria durante a noite, lembrei que tinha que
buscar meu filho no colégio e não havia ninguém para me ajudar a olhá-lo
por um tempo e pior, não tinha nem dinheiro para contratar ninguém.
Não sabia explicar em palavras, apenas senti e isso era algo que não
acontecia há muito tempo. Mesmo que aquela noite fosse incerta, valeria pela
loucura do dia.
Capítulo 30
Nunca tive motivos para sorrir e pelo jeito, não teria tão cedo, ainda
mais com meu filho sendo o pior aluno da escola. Além de não se empenhar
em estudar, ele atrapalhava as aulas, os colegas e estava sendo ameaçado a se
retirar caso acontecesse uma nova ocorrência.
Com sete anos, já brigamos mais do que eu briguei com meus pais a
vida inteira. Todo dia um problema, desrespeito e vandalismo.
— Não quero mais estudar! — Ele soltou seu braço da minha mão e
peguei a chave da porta para abrir.
Abro a porta e olho para meu filho magoado. Ele hesitou antes de
entrar no apartamento e trombou seu corpo no meu quando passou pela porta
em um claro descontentamento com o que eu disse.
— Tô nem aí.
Ele me bateu?
Estapeei seus braços, sua cabeça e costas até que seu choro sofrido
se infiltrou nos meus ouvidos e o deixei em seu quarto. Entrei no banheiro e
me tranquei dentro dele, chorando tanto quanto ele.
Não servia para nada mesmo. Não tinha sucesso na vida pessoal,
muito menos na profissional. Todo dia era uma coisa diferente, mas o
resultado era sempre igual, eu indo dormir com peso na consciência e me
matando aos poucos por dentro, por não ser boa para ninguém.
Como o próprio cara falou, poderia ser minha única chance até ele
ser independente e sair de casa.
E foi assim que, pela primeira vez, abandonei meu filho dentro do
apartamento e fui curtir a vida como se eu pudesse ser outra pessoa, sem
culpa, sem tristeza, apenas meu corpo e coração maltratados.
Capítulo 31
A primeira coisa que ele fez foi me beijar. Depois de quase uma hora
esperando-o no terminal, ele apareceu e me fez esquecer qualquer
xingamento que eu tinha na ponta da língua.
Entramos no carro com pressa e enquanto ele dirigia, abriu sua calça
e mostrou seu pau já duro para que eu pegasse.
Ele gemia, às vezes forçava minha boca a chupar seu pau até
encostar na minha garganta e dirigia como se nada o atrapalhasse.
Por incrível que pareça, pensei que já iríamos voltar para a minha
casa, minha vontade de saber se Theo estava bem martelava em minha mente.
— Vamos repetir a dose. Acho que você nem gozou. — Ele beijou
minha testa. — Estava tão louco de tesão por você desde hoje de manhã que
só pensei em mim. Deixe recompensar...
Se eu queria?
Bem, pelo menos teria outra pessoa para trocar fluidos que não fosse
o pai de Theo. Ser a amante era tão degradante quanto ser apenas uma amiga
de foda.
— Pode ser — falei e me sentei na cama. — Eu preciso voltar para
minha casa.
— Sim, ele tem sete anos e não estou te pedindo para namorar ou ser
o pai dele — soltei, amarga. — Eu só quero foder.
Ser mãe solteira seria minha cruz e meu carma pelo resto da vida.
Isso não mudou a nossa vida ou como vivíamos. Apenas por alguns
dias nossa relação melhorou, porque minha rotina de trabalho sem
reconhecimento e o bullying que Theo sofria na escola e eu desconhecia fazia
toda paz sempre se tornar tempestade.
Fiquei amarga, cada dia pior e Theo, cada dia mais bruto e selvagem.
Tudo minha culpa.
Depois de anos, quando ele saiu pela porta da frente com apenas um
saco de roupas na mão e nem um adeus para mim, porque não aceitei que ele
deixasse de trabalhar para estudar, foi quando voltei a orar.
Que minha felicidade fosse sacrificada para que desse a ele a chance
que nunca tive. Para mim não havia esperança, mas ele tinha tudo para ter
uma vida melhor que a minha.
Aquele medo que ela tinha de engravidar novamente se tornou real e depois
que a resgatei de seu buraco, por ter apanhado do gerente, não se passaram
dois meses e os sintomas da gravidez vieram. Sono, enjoos e azia.
Caralho, aquela mulher ficava mais gostosa a cada dia que passava.
Aquela prova na qual ela achou que tinha ido mal realmente abalou
sua estrutura, não tinha alcançado a nota necessária. Ela precisaria passar um
tempo estudando e eu daria todo o tempo do mundo para que pensasse só
nela, porque eu daria conta.
cartório porque era o suficiente. Naquela época ela tinha medo, pois estava
Fiz tudo o que ela pediu para que pagasse minha dívida com as
merdas que cometi. Terapia deixou de ser um estorvo quando percebi que
minha vida começou a fluir cada vez mais com aquela ajuda.
Incrível como poucos meses foram necessários para que minha mãe
mudasse completamente. Ela estava empolgada com a chegada do segundo
neto e estava costurando alguns panos para que ele usasse.
Um menino.
Ainda tinha receio de que minha mãe fizesse com ele o mesmo que
fez comigo, mas Olivia sempre intervinha e me colocava na linha certa de
pensamento.
Ironia do destino?
Júnior nasceu saudável e grande, como o pai. Cada dia mais eu amava essa
mulher, mesmo ficando mais de 40 dias sem me afundar em sua boceta.
Longos 40 dias.
E então, tivemos uma visita inesperada quando Júnior fez três meses.
Eu havia entrado em contato com a mãe de Olivia, mas ela relutou muito em
conversar comigo ou com qualquer outra pessoa. O isolamento da filha e a
Ela finalmente cedeu, veio conhecer seus dois netos e não houve
melhor momento.
Quando falamos que Bella teria um irmão e que eu era o papai dele,
ela me roubou para si e, desde então, eu era seu pai.
Ponto final.
— Já sou casada com você, meu amor — ela falou e abriu os olhos,
encontrando o anel. — O que é isso?
Ela pegou o anel, olhou dele para mim várias vezes até abrir a boca,
chocada.
— Deixa eu te mostrar que, em tudo o que faço para você, o mas não
tem lugar.
Desci beijando seu corpo nu, que era como ela gostava de dormir,
até encontrar seus lábios vaginais. Lambi, brinquei com seu monte e suguei,
até ela gemer e gozar, relaxando todo o seu corpo.
— Como?
mundo.
E o fiz. Se havia uma coisa certa nessa vida, era que se colocava
algo na minha cabeça, executava, porque esse era eu, focado e intenso.
Esse sim, era um homem intenso. Viver à margem era pouco para
ele.
Agradecimentos
Eu aceito tudo como foi, do jeito que foi, ao preço que foi.
Eu sigo na vida.
Mari Sales
Sobre a Autora
Mari Sales é conhecida pelos dedos ágeis, coração aberto e
disposição para incentivar as amigas. Envolvida com a Literatura Nacional
desde o nascimento da sua filha, em 2015, escutou o chamado para escrever
suas próprias histórias e publicou seu primeiro conto autobiográfico em junho
de 2016, "Completa", firmando-se como escritora em janeiro de 2017, com o
livro "Superando com Amor". Filha, esposa e mãe de dois, além de ser
formada em Ciência da Computação, com mais de dez anos de experiência na
área de TI, dedica-se exclusivamente à escrita desde julho de 2018 e publicou
mais de 100 títulos na Amazon – entre contos, novelas e romances.
Site: http://www.autoraMariSales.com.br
Instagram: https://www.instagram.com/autoraMariSales/
Celeste não tinha outro caminho a não ser cumprir seu papel de
prometida. Faltava um mês para a Lua Azul, tempo suficiente para que
laços predestinados fossem revelados e o verdadeiro Alfa assumisse a
alcateia.
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Eles não estavam preparados para que suas vidas fossem abaladas pelas
escolhas dos seus pais. O amor era forte para unir, mas também, o argumento
necessário para deixar a outra pessoa partir.
Pai por Acidente: https://amzn.to/3m6zjeQ
Um bebê abandonado.
Ela nunca tinha sido tocada daquele jeito. Senhor Lewis não queria
sentir o coração acelerar novamente. Era a iminência de um desastre, mas
eles ignorariam qualquer emoção para se protegerem de uma nova decepção.
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Não me achava digno daquele anjo, mas não consegui aceitar outro
homem em sua vida, nem mesmo sendo um Sartori. E, para comprovar isso,
eu teria que esclarecer o mal-entendido do passado e assumir que Izabel
Mazzi sempre foi minha.
Igor era um homem que escondia suas origens. Ele preferia cuidar de
um escritório de investigação particular com seu melhor amigo do que viver
no luxo ofertado pela sua família. Ninguém precisava saber que ele tinha
outras motivações para estar próximo dos irmãos Louis.
Deveria ser uma ação simples, mas tudo o que envolvia a doceira se
transformava em uma grande confusão. E, daquela vez, teve uma pitada de
fraldas sujas, intimidações e um homem protetor para ser só dela.
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Pouco tempo foi necessário para que o desejo tomasse conta. Não
consegui mais focar apenas no grande plano, meu coração estava envolvido
demais para desapegar.
Ela não seria minha por obrigação, mas por sua própria vontade.
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Alícia estava disposta a renunciar sua própria felicidade para ser uma
boa mãe para seus filhos.
Ninguém disse que o destino jogava limpo. Ele não só unia pessoas
de lados opostos a uma guerra, mas confrontava segredos e revelava a
verdadeira face das pessoas. Cabia a Bulldog e Deborah escutarem seus
corações e não caírem na armadilha da ganância alheia.
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1- Enlace Improvável
2- Enlace Impossível
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Epílogo Bônus
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1 - Benjamin
2 - Carlos Eduardo
3 - Arthur
4 - Antonio
5 - Vinicius
6 – Rodrigo
Embora a tarefa parecesse difícil, ele encontra uma aliada para essa
missão, a jovem Rayanne, uma mulher insegura, desempregada e apaixonada
por livros, que foi contratada para organizar a biblioteca da mansão e
encontrar os diários secretos da matriarca da família.
Valkyria não sabia o que tinha acontecido com ela até acordar em
um quarto desconhecido. Até que chegasse nas mãos de Bryan, ela conheceu
o pior do ser humano, ela não sabia o que tinha feito para merecer tanto.
Disposto a libertá-la, a última coisa que ela queria era rever aqueles
que poderiam ser os causadores da sua desgraça. E, enquanto ela não decidia
o que fazer da sua vida, tornou-se parte da rotina de Bryan, conheceu seus
gostos, experimentou suas habilidades e tentou não se apaixonar pela melhor
versão de homem que já conheceu.
Um novo bebê estava a caminho, fazendo com que o mais cruel dos
vampiros voltasse a sentir. Restava saber se era tarde demais para Scorn
assumir a inevitável conexão com a mãe da sua filha.
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Ter uma rotina agitada como advogado e sensei, era quase certeza de
que Murilo deixaria algo passar. O olhar observador e quase triste de Iara
chamou atenção de Maria Augusta, professora de balé e curiosa de plantão.
Envolvidos em uma competição de Judô, em plena comemoração da escola
do Dia dos Pais, Guta e Murilo se veem envolvidos através de Iara.