Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos são produtos
da imaginação da autora.
Quaisquer semelhanças com nomes, datas e acontecimentos reais são mera coincidência.
Esta obra segue as regras da Nova Ortografia da Língua Portuguesa.
Todos os direitos reservados.
É proibido o armazenamento e/ou a reprodução de qualquer parte desta obra, através de
quaisquer meios tangíveis ou intangíveis, sem o consentimento escrito da autora.
Plágio é crime.
A violação autoral é crime, previsto na lei nº 9.610/98, com aplicação legal pelo artigo
184 do Código Penal.
Criado no Brasil.
Obra Registrada.
NOTA DA AUTORA
SINOPSE
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
EPÍLOGO
OBRAS DA AUTORA
Querido leitor,
Esse livro é para todos que se aventuram na jornada do amor, com suas alegrias e
desafios. Que a história de Grace e Alexandre te inspirem a ter coragem para enfrentar as
tempestades e encontrar a beleza no crescer juntos.
A cada leitor que se encontrar nestas páginas, que encontrem também um reflexo de suas
próprias histórias e a esperança de que o amor, em todas as suas formas, é sempre uma viagem
que vale a pena.
Ao embarcarmos juntos nesta jornada, compartilhamos sonhos, emoções e aventuras
através das palavras. Escrever este livro foi uma viagem incrível e eu sou profundamente grata,
por cada um de vocês que escolheu acompanhar-me nela.
Sem mais delongas, vire a página e aprecie a leitura.
Se você ainda não me segue nas redes sociais, mas gostaria de acompanhar:
Grupo whatsapp
Instagram
Com carinho e gratidão,
Luna Sants.
"Ler, é sonhar com as mãos abertas".
(Virginia Woolf)
E, cada página virada, é uma janela para novos mundos, ideias e possibilidades
infinitas.
Será que o amor pode nascer de uma
farsa?
Grace encontra-se em um turbilhão de emoções quando seu chefe, o charmoso e astuto
Alexandre, a convida para um papel inusitado: fingir ser sua namorada durante as celebrações
de Natal com sua família em Aspen, Colorado. O plano? Convencer sua mãe de que ele superou
seu conturbado romance com Emma, a prima de criação e mulher de luxos extravagantes.
Em meio à neve cintilante e tradições familiares, o que começa como um simples ato de
encenação, logo se transforma em uma trama repleta de risadas, desejo e sentimentos genuínos.
Ao entrar no banheiro, liguei o chuveiro e relaxei debaixo da água quente. Após alguns
minutos, me enxuguei e vesti minhas roupas. Ao sair, observei Grace, mexendo na sua mala.
— Já que não quis minha companhia, o banheiro está liberado — brinquei. Ela sorriu,
pegou suas coisas e uma toalha, dirigindo-se para o banho.
Grace passou alguns minutos no chuveiro e, quando voltou, eu já estava deitado. Ela se
aproximou e eu olhei para ela.
— Acredito que deitar ao meu lado, não seja uma má ideia, o que acha? — Comentei.
— Não! Não é — respondeu contida. Eu bati com a mão ao meu lado na cama.
— Deita, Grace, fique à vontade — convidei, sorrindo. — Está cansada?
— Com sono — admitiu.
— Somos dois — concordei. Viramos de costas um para o outro e, depois de alguns
minutos, Grace quebrou o silêncio.
— Por que me convidou para tomar banho com você? — Questionou. Virei-me, ficando
de barriga para cima, enquanto ela permaneceu na mesma posição.
— Você ficou brava com o convite? — Perguntei, ela virou o corpo, ficando de lado,
olhando diretamente para mim.
— Não! — Grace achou graça. — Não é isso. Só não entendi o motivo.
— Iríamos conversar — expliquei.
— Durante o banho? — Ela perguntou confusa, um sorriso discreto desenhando seus
lábios. Eu sorri concordando.
— Sim! Qual o problema?
— Para mim, isso é muito íntimo. Para você, não? — Questionou.
— Não pensei nisso, eu só queria sua companhia — afirmei, divertido.
— Simples assim?
— Gosto das coisas simples, Grace — virei-me para ela. — Você é minha assistente,
deveria saber disso.
— Sei que gosta de tudo simples — ela sorriu meiga. — Mas um banho com alguém, não
é algo tão simples para mim.
— É, pode ser — concordei.
Rimos juntos, compartilhando um momento leve e descontraído. Enquanto a
conversa seguia, a exaustão acabou nos dominando. Aconchegamos um ao outro, nossos olhos se
fecharam e adormecemos, ainda trocando algumas risadas baixas no silêncio do quarto.
Após uma longa e divertida conversa, acabei
adormecendo ao lado de Alexandre. Quando
despertei, percebi estar deitada
confortavelmente em seu peito, com a mão em
uma posição um tanto quanto ousada. Ainda
sonolenta, senti algo crescer sob meu toque e,
sem resistir, comecei a apertar e acariciar mais
do que deveria.
— Desse jeito será impossível controlar, Grace — a voz rouca de Alexandre ecoou, mas
meus olhos ainda estavam pesados demais para abrir.
— H-hum — resmunguei, confusa.
Ele colocou sua mão sobre a minha, intensificando o toque.
— Se continuar acariciando meu pau assim, isso vai fugir do controle.
Num impulso, me levantei da cama, erguendo as mãos em sinal de rendição.
— Oh, meu Deus — exclamei, sentindo minhas bochechas corarem. Alexandre sorriu
com malícia.
— Desculpe, não foi minha intenção. Me desculpe mesmo, Alexandre. Merda! —
Gaguejei envergonhada.
Ele se levantou, revelando um volume indiscreto em sua bermuda.
— Está tudo bem, Grace — disse ele, rindo. Se aproximou, passando por trás de mim, e
sussurrou em meu ouvido: — Você tem uma mão bem gostosa.
Fiquei imóvel, paralisada pela surpresa e pelo comentário ousado. Ele, então, seguiu para
o banheiro.
Passei longos minutos no banheiro, meu refúgio temporário, deixando que a frieza dos
azulejos acalmasse a tempestade em meu coração. Ao sair, esperava encontrar Alexandre rendido
ao sono, mas as circunstâncias tinham outros planos. Ele, imerso no brilho do celular, mal
percebia o mundo ao seu redor.
Com um esforço quase palpável, forcei um sorriso ao encará-lo.
— Não seja tão indiscreto ao encontrar-se com ela — adverti, minha voz tingida com
uma seriedade, que mal disfarçava o turbilhão interior. — Lembre-se, aos olhos de todos, você é
um homem comprometido.
Seus olhos encontraram os meus, uma faísca de algo indefinido passando entre nós.
Alexandre largou o celular com um gesto lento e proposital, erguendo-se como quem dança ao
ritmo de uma melodia silenciosa, enquanto se aproximava.
— Está com ciúmes, Grace? — Ele perguntou em um sussurro, carregado de significados
ocultos.
O ar entre nós vibrava com uma tensão quase tocável.
— Claro que não! Ficou louco? — Retruquei, mas meu protesto soou fraco até aos meus
ouvidos. Ele sorriu, um sorriso que parecia conhecer todos os meus segredos, aproximou-se, seus
dedos deslizando suavemente pelo meu rosto. Senti o toque leve em meus lábios,
involuntariamente, fechei os olhos, me perdendo na sensação.
— Nesse momento, eu só queria descobrir o sabor desses lábios — ele murmurou, sua
voz era um sussurro que enviava ondas de calor através de meu corpo. Ao abrir os olhos, o
encontrei me observando intensamente, como se tentasse decifrar cada pensamento meu.
— Não irei transar com você para satisfazer o tesão que está sentindo por ela — afirmei,
tentando manter a voz firme. Ele sorriu, um sorriso que não era zombeteiro.
— O tesão que estou sentindo é por você, Grace.
— Está mentindo!
— Quero você e não ela. O desejo que estou sentindo por você é incontrolável, uma
necessidade que está me consumindo.
— Está falando isso porque a viu — acusei, mas uma parte de mim tremia com a verdade
nas suas palavras.
— Eu não estou nem aí para ela, Grace. Quem eu quero, está aqui, bem na minha frente.
— Não brinca comigo, Alexandre — implorei, minha voz quase um sussurro. — Sabe
que não podemos nos envolver assim.
— Não estou brincando — ele disse, segurando meu rosto entre suas mãos, forçando-me
a encarar a verdade em seus olhos. — Eu quero você, Grace. Você. Agora!
E então, suas palavras se perderam em um beijo que consumiu tudo ao nosso redor. Foi
intenso. Nossos lábios se movendo em um ritmo frenético, refletindo a urgência e a profundidade
do nosso desejo. Naquele momento, o resto do mundo desapareceu, e só existíamos nós dois,
perdidos em um mar de sentimentos confusos e avassaladores.
O beijo se intensificou e, cada toque, se tornou uma confissão silenciosa dos desejos que
tentávamos evitar. Alexandre puxou-me para mais perto, eliminando qualquer espaço entre nós.
Suas mãos deslizaram pelas minhas costas, provocando arrepios na minha pele.
— Eu estive lutando contra isso, Alex — murmurei entre os beijos, ele sorriu, nossos
sussurros enchendo o ar de tensão e desejo. — Mas estar perto de você... é impossível resistir.
— Eu sei — afirmou divertido.
— Alex, sabe que isso pode dar muito errado, o prudente seria... — comecei, mas minhas
palavras foram abafadas por outro beijo, mais profundo e urgente. Senti meu corpo responder ao
dele, uma chama acendendo dentro de mim. Era um turbilhão de emoções, uma mistura de
desejo, medo e algo mais, algo que eu ainda não conseguia nomear.
Minha respiração estava irregular, e eu lutava para processar o que estava acontecendo.
Por um lado, eu queria me entregar completamente àquele momento, aos desejos que cresciam
dentro de mim. Por outro, o medo de ser apenas uma distração, ainda me assombrava. Mesmo
tendo a consciência de que tudo isso é temporário, eu não quero ser alguém que ele transa,
porque está com tesão na ex e não pode tê-la.
— Alex, eu... — hesitei, procurando as palavras certas.
Ele colocou um dedo sobre meus lábios, silenciando-me.
— Não precisa dizer nada agora. Vamos apenas curtir o momento, sem cobranças ou
medo — disse ele, cada palavra impregnada de uma doçura que me desarmou completamente. O
timbre de sua voz era como um bálsamo, suavizando as arestas de minhas dúvidas e incertezas.
— Estou sendo sincero quando digo que te quero, Grace. E isso não é porque ela está
aqui. Desde ontem, meu único desejo é ter você — afirmou ele, com os olhos fixos nos meus.
Naquele momento, algo em mim se desfez, como se um nó apertado finalmente se
soltasse. Eu suspirei, um suspiro de rendição, um sinal de que as barreiras que construí ao meu
redor estavam começando a ceder. Um sorriso tímido, mas genuíno, brotou nos meus lábios, um
reconhecimento silencioso da verdade nas palavras dele.
Me entregando ao momento, minha boca buscou a dele com uma urgência, que refletia o
desejo que eu sentia. Nosso beijo, rapidamente, se transformou em algo mais: uma expressão
ardente do tesão que estávamos sentindo.
À medida que o beijo se aprofundava, o mundo ao nosso redor parecia desaparecer. Só
restava o calor de seus lábios contra os meus, a suavidade de suas mãos traçando caminhos pelas
minhas costas, o som de nossos corações batendo em um ritmo compassado e urgente.
Eu sentia cada batida do meu coração ecoar
em meu peito, uma melodia que se misturava
aos sussurros de Alexandre. A noite havia se
transformado em um cenário de desejo e
entrega, onde as linhas do nosso acordo, se
tornaram meras sombras diante da intensidade
do que vivíamos.
As palavras dele ainda repercutiam em meus ouvidos, promessas sussurradas de um
desejo que não era mais contido. Seus olhos, fixos nos meus, revelavam mais do que meros
impulsos; havia uma profundidade, que me fazia questionar sobre tudo que estava acontecendo
entre nós.
Senti meu corpo sendo gentilmente conduzido até um móvel no canto do quarto, onde ele
me sentou e se posicionou entre minhas pernas. As mãos dele deslizaram para as minhas coxas,
apertando e acariciando com uma firmeza que despertou uma onda de calor sob minha pele.
Cada toque dele era como uma faísca que alimentava uma chama crescente dentro de mim.
— Você me deseja, como eu te desejo, Grace? — Ele sussurrou, sua voz rouca vibrando
contra meus lábios.
Eu assenti, incapaz de formular palavras, minha respiração estava acelerada. Nossos
lábios uniram-se em um beijo ardente, transbordando com a intensidade do desejo que nos
consumia. Era um beijo que queimava com a força de um fogo incontrolável, refletindo o anseio
mútuo que nos envolvia.
Seu beijo era uma mistura perfeita de suavidade e urgência, explorando cada canto da
minha boca, com uma paixão que me deixava sem fôlego. Alexandre puxou-me para mais perto,
suas mãos explorando minhas costas, descendo até a minha cintura. Cada toque era um convite
silencioso para me perder completamente nele.
Meus dedos encontraram os botões de sua camisa, desfazendo-os um a um, revelando a
pele quente e os músculos bem definidos. O contraste do frio da noite de Aspen com o calor de
nossos corpos, criava uma atmosfera quase surreal. Eu o queria, mais do que jamais quisera
alguém e, naquele momento, nada mais importava.
Ele pegou-me em seus braços, guiando-me até a cama, nossos corpos entrelaçados em um
balé de desejo e entrega. Cada carícia era um novo capítulo, escrito na linguagem de suspiros e
gemidos. Nossos olhos se encontravam ocasionalmente, e eu podia ver as mesmas perguntas que
assolavam minha mente refletidas neles. O que estávamos fazendo? Era apenas um jogo, ou algo
mais estava nascendo entre nós?
Não sabia a resposta para aquelas perguntas, mas não tinha dúvidas de que o tesão entre
nós era intenso. Alexandre me deitou na cama com cuidado e se colocou por cima de mim.
Nossos beijos estavam mais ousados, a malícia era evidente. Terminei de retirar sua camisa,
jogando-a em um canto qualquer. Meus dedos tinham urgência em tocá-lo, e assim o fiz.
Deslizei minha mão pela parede de músculos que era seu corpo, sentindo cada contorno.
Meus dedos se embrenharam em seu peitoral esculpido, deslizaram pelo abdômen definido,
percorreram suas costas largas e ombros robustos. Cada centímetro explorado revelava mais de
sua beleza estonteante. A visão de seu corpo magnífico, somada ao volume que eu sentia,
deixava-me com água na boca. Essa combinação perfeita aguçava minha ansiedade,
intensificando a expectativa pelo que estava por vir.
Sua boca, antes colada à minha, agora trilhava um caminho de beijos pela minha pele. Ele
começou pelo meu queixo, desceu suavemente até o pescoço, enquanto sua mão firme apertava
minha cintura, intensificando a sensação do volume de seu corpo contra o meu. Ele deslizou
habilidosamente a blusa do meu pijama pelos meus ombros, revelando que eu não usava nada
por baixo, o seu sorriso ao perceber isso era de pura admiração. Seus olhos encontraram os meus,
cheios de desejo, enquanto eu sentia minha respiração se acelerar, especialmente ao sentir seus
dedos desenhando caminhos suaves sobre meus seios.
— Lindos, Grace — ele elogiou com uma voz rouca, antes de abocanhar cada um deles
alternadamente, provocando um prazer tão intenso, que me arrancou gemidos incontroláveis.
— Hum… — minhas mãos agarravam o lençol abaixo de mim, me perdendo nas
sensações deliciosas que sua boca causava. Ele alternava entre lamber um seio e acariciar o
outro, chupando e mordiscando meus mamilos de maneira que intensificava meus gemidos.
— Perfeitos — sussurrou ele, continuando a trilha de beijos, mordidas e chupões pelo
meu corpo. Cada toque de sua boca deixava marcas ardentes em minha pele, que certamente se
transformariam em manchas vermelhas. Enquanto ele beijava minha costela e barriga, eu o
observava. Seus olhos brilhavam de desejo e admiração.
Engoli em seco quando ele, com movimentos ágeis, retirou a calça do meu pijama,
jogando-a sobre a poltrona. Ele sorriu maliciosamente, ao deslizar minha calcinha pelas pernas e
beijá-las, subindo suavemente até a minha intimidade.
— Que perfeição, Grace — murmurou ele, antes de cobrir meu corpo com o seu,
beijando meus lábios com um desejo voraz.
Instantes depois, ele se dedicou novamente a explorar cada centímetro da minha pele com
sua boca, abrindo mais minhas pernas. Segurei o lençol com ainda mais força, e um gemido alto
escapou dos meus lábios, quando senti a intensidade de seu toque em minha carne úmida e
quente.
Alexandre prosseguiu com suas carícias, explorando cada parte de mim com uma mistura
de ternura e intensidade. Sua boca era uma fonte de prazer inesgotável, percorrendo cada canto
da minha pele, deixando-me arrepiada e totalmente entregue.
Ele voltou a me encarar, sorriu e beijou cada centímetro da minha barriga, descendo
lentamente mais uma vez, fazendo com que minha respiração se tornasse ainda mais irregular.
Ao retornar a minha intimidade, ele olhou para mim com uma expressão de adoração e
desejo. Sua língua começou a explorar delicadamente, provocando sensações que me fizeram
arquear o corpo em resposta. Seu toque era, ao mesmo tempo, suave e firme, levando-me a um
estado de êxtase que eu nunca havia experimentado antes.
— Alexandre... — mal consegui sussurrar seu nome, minha voz embargada pelo prazer.
Sua língua percorria minha pele com uma habilidade e delicadeza que me faziam perder a
noção do tempo e do espaço. Meus gemidos eram constantes, reflexo de um prazer que crescia
surpreendentemente, e eu me sentia mergulhando em um estado de loucura voluptuosa. Com
uma das mãos, agarrei seu cabelo, me deixando levar por aquela sensação avassaladora, emitindo
gemidos mais intensos do que jamais havia experimentado.
Quando ele focou sua atenção no meu clitóris, sugando-o com uma intensidade que
parecia tocar minha alma, fui arremessada para um nível de prazer quase transcendental. Era tão
poderoso, que senti como se estivesse perdendo o controle total do meu corpo.
— Gostosa demais, Grace — ele elogiou. — Goza na minha boca, quero sentir seu sabor
— sussurrou com uma voz rouca, inflamada de desejo. Minha resposta foi imediata e violenta.
Uma onda de calor avassalador percorreu meu corpo, desencadeando um tremor incontrolável.
Meu coração batia tão forte que parecia ecoar em minha garganta. Ao gritar o nome dele, minhas
pernas apertaram sua cabeça, num impulso espontâneo de êxtase.
O auge do meu prazer foi como uma explosão de sensações, um ápice de intensidade que
me fez sentir como se minha alma estivesse se desprendendo do corpo. Meu peito se movia
rapidamente, a respiração ofegante e descontrolada, enquanto sentia minhas bochechas ardendo
de calor. Nosso olhar se encontrou, um misto de ternura e intensidade refletido em seus olhos.
Ele continuou a me acariciar com sua boca, sugando cada gota do meu prazer, cada
momento intensificado pelo contato de sua língua, enquanto eu tentava fechar inutilmente as
pernas. Eu, ainda ofegante, tentava recuperar o fôlego, buscando reintegrar minha alma ao meu
corpo, que ainda tremia levemente com as ondas residuais do prazer que havia experimentado.
A sensação de conexão era profunda, não apenas física, mas também emocional. Nossos
olhares se mantinham fixos um no outro, uma comunicação silenciosa, mas intensamente
expressiva. Eu me sentia vulnerável, mas, ao mesmo tempo, segura em seus braços, sabendo que
aquele momento ficaria eternamente gravado em minha memória, como um dos mais intensos e
prazerosos da minha vida.
Novamente ele levantou o olhar para mim, seus olhos brilhando com um misto de
satisfação e desejo. Voltou a beijar-me com paixão, enquanto suas mãos percorriam meu corpo,
ampliando o campo de sensações que me envolvia. Eu me perdia cada vez mais naquele mar de
prazer, entregando-me novamente ao momento.
— Você é incrível, Grace — ele murmurou contra minha boca, enquanto suas mãos se
moviam com habilidade e carinho pelo meu corpo, até alcançar novamente minha intimidade.
Nos beijamos com desejo, enquanto eu sentia seus dedos habilidosos massageando meu
clitóris. Eu sentia cada toque, cada sussurro, cada respiração dele, como se fossem chamas que
queimavam dentro de mim, alimentando uma paixão que eu não sabia que poderia sentir. Cada
movimento seu era calculado, destinado a aumentar meu prazer, a levar-me a alturas de êxtase
que eu jamais poderia ter imaginado.
Enquanto ele continuava a explorar meu corpo, eu me entregava àquela dança de
sensações. O mundo lá fora não existia mais; só havia Alexandre, eu e a perfeita união de nossos
corpos e almas.
Com uma cumplicidade crescente, ajudei Alexandre a se livrar de sua calça. Ele me
envolveu com seu corpo e nossas bocas se encontraram, novamente, em um beijo profundo,
repleto de desejo. Seu beijo tinha um sabor viciante, despertando em mim a vontade de me
perder naqueles lábios, eternamente.
Enquanto nossos lábios se moviam em uma dança apaixonada, Alexandre começou a
roçar delicadamente sua glande robusta na minha entrada, provocando-me com movimentos
sutis. Ele brincava com meu clitóris, alternando entre carícias leves e toques mais intensos.
— Quero sentir sua pele na minha, sem proteção. Algum problema para você? —
Questionou rouco, evidenciando em sua voz o quanto de tesão sentia naquele momento. Neguei
com a cabeça; eu também queria senti-lo assim, sem nada entre nós. Ele sorriu entusiasmado e
continuou brincando com meu clitóris.
O contato de seus dentes, suavemente fechando em meus lábios, seguido de sugadas
deliciosas, aumentava ainda mais o calor do momento. Nossos sussurros se entrelaçavam,
criando uma melodia de desejo, enquanto nossas bocas se exploravam de maneira ousada.
A umidade do seu pré-gozo se misturava ao meu prazer, intensificando a conexão entre
nós. Ele encontrou meus olhos, com um olhar carregado de paixão. Sua boca então se afastou da
minha e, com um movimento suave, mas firme, ele introduziu sua glande em minha entrada. Um
gemido prolongado e profundo escapou dos meus lábios, ele sorriu, observando meu rosto com
atenção.
— Fica ainda mais linda com essas bochechas coradas — elogiou e mordiscou minha
boca. — É gostosa pra caralho, Grace — murmurou com um sorriso, empurrando-se mais
profundamente.
Nossos lábios entreabertos e os sorrisos que trocávamos, eram reflexos do prazer mútuo e
da conexão íntima que compartilhávamos. Seus movimentos, agora mais audaciosos, eram uma
mistura de força e delicadeza, entrando e saindo de mim com uma intensidade que me fazia
sentir ondas de prazer indescritíveis.
As mãos de Alexandre percorriam meu corpo, com uma mistura de posse e carinho,
apalpando, apertando e acariciando minha pele, mantendo um ritmo hipnotizante.
Momentos depois, ele ergueu seu corpo e, com um sorriso lascivo, começou a se
masturbar.
— Quero te foder de quatro — disse ele. Respondi com um sorriso e prontamente me
posicionei conforme seu desejo.
Sentindo a suavidade de sua boca em minhas costas, seguida por beijos e mordidas
carinhosas em minha bunda, a expectativa cresceu dentro de mim. E, então, ele me penetrou
novamente, de uma maneira que fez cada fibra do meu ser vibrar de prazer.
Naquela posição, a intensidade da nossa conexão se ampliava. Alexandre me penetrava
com uma paixão feroz, cada estocada profunda enviando ondas de prazer através de meu corpo.
Eu me apoiava nas mãos, sentindo cada movimento seu irradiar em mim. Seu ritmo era
implacável, uma mistura de força e precisão que me fazia perder o fôlego.
Ele segurava firmemente minha cintura, guiando nossos movimentos em uma dança
sensual e intensa. Sentia as palmas de suas mãos quentes contra minha pele, acertando minha
bunda, cada toque ampliando a eletricidade que percorria meu corpo. O som de nossos corpos se
encontrando ecoava pelo quarto, um testemunho audível do desejo que nos consumia.
De repente, Alexandre diminuiu a velocidade, suas estocadas se tornando mais profundas
e premeditadas. Cada penetração era acompanhada por um gemido seu, um som rouco que me
estimulava ainda mais. Ele inclinou-se sobre mim, sua respiração quente em meu ouvido,
sussurrando palavras de desejo que me faziam tremer.
— Você é uma delícia, Grace — ele murmurou, antes de morder suavemente o lóbulo da
minha orelha, enviando arrepios por toda a minha espinha. — É incrível — acrescentou.
Eu me virei levemente, o suficiente para que nossos olhares se encontrassem. Havia uma
fome insaciável em seus olhos, um reflexo do meu próprio desejo. Ele segurou meu rosto com
delicadeza, trazendo-me para um beijo ardente, nossas línguas se encontrando em um ritmo que
ecoava nossos movimentos.
O clímax se aproximava, inadiável e intenso. Sentia meu corpo respondendo a cada
toque, a cada palavra, a cada olhar dele. Estávamos entrelaçados não apenas fisicamente, mas em
uma comunhão de almas e desejos.
As horas passaram e nos perdemos um no outro, descobrindo os segredos e desejos que
ambos escondíamos.
Com um último movimento profundo, Alexandre e eu alcançamos o ápice juntos. Um
grito de prazer escapou de meus lábios, um reflexo puro da intensidade do momento. Ele se
aconchegou contra mim, nossos corpos ainda tremendo com o rescaldo da paixão que havíamos
compartilhado.
Depois, exaustos e satisfeitos, nos aconchegamos um no outro, o silêncio confortável nos
envolvendo como um manto. Eu me perguntava se o que vivemos naquela noite poderia ser
repetido.
Deitada em seu peito, ouvindo a respiração calma de Alexandre, eu sabia que,
independentemente do que acontecesse a seguir, aquela noite jamais seria esquecida. Uma noite
em que a linha entre a realidade e a encenação se tornou tão tênue que se desfez, deixando
apenas a verdade crua e bela do desejo que sentíamos.
A luz do amanhecer em Aspen, filtrava
suavemente pela janela, desenhando padrões
delicados no quarto. Acordar nos braços de
Alexandre, com a memória vívida da noite
anterior, era uma experiência surreal. O calor do
seu corpo e o toque de suas mãos, ainda me
excitavam de forma impressionante. Era difícil
acreditar que aquilo tinha sido real, e não apenas
um sonho fugaz.
Com relutância, desvencilhei-me de seu abraço, observando-o dormir pacificamente. Seu
rosto, normalmente cheio de confiança e determinação, agora exibia uma serenidade quase
infantil. Por um momento, permiti-me imaginar como seria acordar assim todos os dias, mas
rapidamente afastei esses pensamentos perigosos.
Me arrumei em silêncio, escolhendo um conjunto quente e elegante que havia comprado
no dia anterior. O reflexo no espelho mostrava alguém diferente, alguém que tinha cruzado um
limite e agora se preocupava com as consequências.
Não sabia como Alexandre iria reagir depois de tudo que aconteceu entre nós, mas foi
impossível não sorrir ao lembrar-me da noite passada, enquanto abraçava meu próprio corpo,
lembrando as marcas deixadas pela minha pele, devido à intensidade daquele momento.
Desci as escadas, empolgada, com um sorriso deslumbrante nos lábios. A cozinha estava
agitada, e lá estava Emma, a figura que tanto queria evitar. Seus cabelos loiros, perfeitamente
arranjados, caiam sobre os ombros, ela estava bem vestida, sorrindo para o noivo durante uma
conversa, mas seu sorriso desapareceu ao me ver, substituídos por um olhar calculista e cheio de
tensão.
— Bom dia, Grace, sente-se, irei servir seu café — cumprimentou-me a mãe de
Alexandre com um abraço caloroso. Após ela, fui cumprimentada pela irmã, pelo pai de
Alexandre e, por último, pelo noivo de Emma.
— Dormiu bem, priminha? — A voz de Emma era calma, mas carregada de deboche.
— Muito bem — respondi, tentando manter a voz firme.
Emma se aproximou, aproveitando a distração de todos, com um sorriso maldoso nos
lábios.
— Espero que não tenha se cansado demais na companhia do Alex. Ele tem um... apetite
voraz, não é? — Sussurrou para mim com ironia.
— É… ele tem! Mas não se preocupe, consigo satisfazê-lo muito bem — respondi, seu
sorriso se desfez.
— Não pense que ele será fiel a você. Provavelmente você não sabe, mas eu e o Alex
temos uma ligação única, algo que jamais será quebrado — ela continuou, seu olhar carregado de
ira.
— Você é passado na vida dele, Emma — afirmei, enfrentando seu olhar.
— Não se ache especial, Grace. Ele é assim, sempre consegue a mulher que deseja. Não
me importo dele estar em um relacionamento, assim como ele não se incomoda de eu estar
prestes a me casar — ela me encarou com raiva. — Sou a favorita dele, sempre fui e isso nunca
vai mudar. Se quiser ficar com Alex, é melhor se conformar que você nunca será a única na vida
dele.
Engoli em seco, sentindo o peso de suas palavras. Estava prestes a responder, quando
Alexandre entrou na cozinha. Seus olhos encontraram os meus, carregados de preocupação.
Ele se aproximou, segurou minha cintura e olhou para mim e Emma.
— Está tudo bem aqui? — Sua voz era calma, mas havia uma tensão escondida.
— Está tudo ótimo, não é, Grace? — Disse Emma, com uma voz melódica que disfarçava
o veneno de suas palavras.
Olhei para Alexandre e apenas assenti, respirando fundo.
Ele olhou para Emma franzindo a testa, depois aconchegou meu corpo, colocando um
braço ao redor dos meus ombros de forma protetora. Seu toque era reconfortante, e eu me permiti
relaxar um pouco.
— Precisamos conversar, Alex — Emma avisou.
— Agora não. Vamos dar uma volta, Grace — sugeriu ele, me conduzindo para fora da
cozinha.
Uma vez longe do olhar de serpente de Emma, ele me olhou com preocupação.
— O que ela disse para você? — Perguntou, seus olhos analisando cada expressão minha.
Eu hesitei por um momento antes de responder.
— Nada demais, apenas algumas indiretas. Eu estou bem, Alex. Não precisa se preocupar
— tentei tranquilizá-lo, embora o desconforto ainda pulsasse em meu peito.
Ele me observou por um momento mais, antes de parar diante de mim e acariciar
levemente meu rosto.
— Se Emma disser ou fizer algo para te incomodar, quero que me avise, ok? Eu estou
aqui para você, Grace.
Havia uma sinceridade em sua voz, que me fez olhar para ele de uma maneira diferente.
Não era apenas o meu chefe, ou meu namorado de faz de conta, nem somente o homem com
quem eu tinha compartilhado uma noite de sexo. Era alguém que parecia genuinamente se
preocupar comigo.
— Obrigada — eu disse, sentindo um calor confortável se espalhar pelo meu corpo. —
Eu acho que posso lidar com Emma.
— Eu não tenho dúvidas — ele sorriu, um sorriso que iluminou todo o seu rosto. — Você
é mais forte do que pensa, Grace. Mas quero que me conte se ela te incomodar, tudo bem? —
Assenti. Alexandre analisou calmamente cada detalhe do meu rosto, antes que seus lábios
devorassem os meus de um jeito calmo, porém ousado.
— É melhor retornarmos, antes que eu te foda aqui mesmo — sussurrou. Sorrimos e mais
uma vez nos beijamos.
Após o beijo, voltamos para a cozinha, de mãos dadas. Emma nos observava de longe,
seu olhar cheio de irritação. Mas, naquele momento, eu não me importava. Eu tinha Alexandre
ao meu lado, e isso era tudo o que eu precisava.
Cada passo que dávamos juntos, fortalecia a sensação de que, apesar das circunstâncias
incomuns, algo genuíno estava se formando entre nós. Não era apenas a atração física, nem tão
pouco apenas tesão, era algo mais profundo, uma conexão que ia além do que eu poderia ter
imaginado.
Observando Alexandre, tomei consciência do quanto ele havia se tornado importante para
mim em tão pouco tempo. A perspectiva de retornar à realidade, onde o nosso "namoro" não
passava de uma farsa, começava a se tornar algo quase insuportável. Eu compreendia a
necessidade de manter o foco e lembrar que tudo aquilo era temporário, contudo, uma parte de
mim já estava profundamente envolvida, completamente enredada na teia de sentimentos que
Alexandre havia sutilmente tecido ao meu redor. Naquele momento, um desejo secreto começou
a brotar em meu coração: a esperança de que Alexandre estivesse sentindo o mesmo por mim.
Naquela tarde, a família de Alexandre
organizou uma animada brincadeira na neve,
uma tradição familiar, em que cada dupla
construía um boneco de neve criativo. Eu, ainda
me adaptando ao frio e à alegria contagiante da
família, aceitei o desafio com entusiasmo.
Alexandre e eu formamos uma equipe e,
enquanto moldávamos a neve, trocávamos
olhares repletos de cumplicidade e desejo.
Havia uma tensão palpável entre nós, uma
mistura de paixão, desejo e diversão, que
tornava cada toque em nossas criações de neve
mais íntimo e significativo.
— O que acha de irmos para o quarto? — Alexandre questionou com um sorriso travesso.
— Precisamos terminar nosso boneco — alertei, mas ele se aproximou e mordiscou meu
lábio.
— Meu único desejo, neste momento, é estar com meu pau enterrado dentro de você,
Grace — confessou, minhas bochechas queimaram. Ele sorriu com ousadia. — Se continuar
corando desse jeito, vou te levar à força.
— Você é um safado — acusei, ainda surpresa com sua audácia.
— Isso é um sim? — Ele perguntou, divertido.
— Não! — Sorri, negando. Beijei seus lábios brevemente. — Primeiro, temos que
terminar o desafio. Depois, se você se comportar, vamos para o quarto e eu te deixo me foder
bem gostoso.
O sorriso que se formou em seus lábios era contagiante.
— Então vamos terminar logo isso — disse ele, ansioso. Beijou-me e voltou sua atenção
para o boneco de neve.
Enquanto trabalhávamos, percebi Emma nos observando à distância. Seus olhos
carregavam ciúme, e ela parecia conter suas palavras. A energia em torno dela era palpável,
mesmo à distância.
Após terminarmos nossa obra-prima de neve — um boneco estiloso, com cachecol e
chapéu — decidi ir à cozinha buscar chocolate quente para nós. Ao entrar, senti a presença de
Emma atrás de mim.
— Espero que esteja aproveitando seu breve momento — ela disse, a voz carregada de
veneno.
— Estou aproveitando muito bem, Emma, não se preocupe — respondi, mantendo a
calma.
— Não se iluda, querida. Alexandre se cansa fácil. E quando ele se cansar, sabe quem ele
vai procurar? — Ela riu, mas sem alegria.
— Emma, entenda de uma vez por todas — me virei para encará-la. — O que você e
Alexandre tinham, ficou no passado. É melhor você se acostumar com isso.
— O passado tem um jeito engraçado de voltar, Grace. E quando se trata de Alexandre,
eu nunca estou realmente fora do jogo — ela se aproximou, seu rosto a centímetros do meu.
— Alexandre fez a escolha dele. E ele me escolheu.
Emma deu um sorriso sarcástico e se afastou, mas antes sussurrou:
— Vamos ver quanto tempo isso dura, querida. Só não diga que eu não te avisei.
Apoiei as mãos na bancada, respirando fundo para controlar as lágrimas que ameaçavam
cair. Sabia, no fundo, que ela poderia estar certa, mas não estava disposta a desistir assim tão
fácil, do que eu e Alexandre estávamos vivenciando.
Voltei para fora com os chocolates quentes, tentando afastar o desconforto deixado pela
conversa com Emma. Alexandre me recebeu com um sorriso caloroso, diminuindo minha
preocupação.
Entreguei-lhe a bebida, e ele me puxou para perto, sussurrando:
— Está tudo bem, Grace? Você parece preocupada.
— Está tudo ótimo, só um pouco cansada — menti, forçando um sorriso.
Ele me olhou profundamente nos olhos, como se tentasse ler meus pensamentos, por fim,
apenas assentiu, apertando minha mão.
A tensão entre mim e Emma ainda pairava no ar, ameaçando a felicidade momentânea
que eu encontrava nos braços de Alexandre. Eu sabia que a noite de entrega que compartilhamos
havia mudado tudo, mas ainda não tinha ideia do quanto.
— Você está mesmo bem? — Alexandre perguntou novamente, sua preocupação
evidente. Forcei um sorriso e segurei seu rosto, beijando-o suavemente.
— Estou bem — garanti, me sentindo mais calma.
A tarde transformou-se em uma animada guerra de bolas de neve. Alexandre e eu, ainda
unidos como parceiros, mergulhamos na diversão, rindo e correndo pela neve. A cada olhar
trocado, eu sentia algo mais forte, algo que havia brotado desde o momento que entrei em seu
carro para nos aventurarmos nesta cidade e continuava a florescer a cada momento que
passávamos juntos.
Mas Emma estava determinada a não deixar nossa paz durar, parecia querer me lembrar a
todo momento que estava ali. Ela mirou uma bola de neve diretamente em mim, acertando meu
rosto com uma força que queimava. Alexandre veio ao meu lado imediatamente.
— Você está bem, Grace? — Sua voz denotava preocupação.
— Estou, foi só uma surpresa — respondi, limpando o rosto da neve.
Ele lançou um olhar severo para Emma, que fingiu inocência, mas seus olhos brilhavam
com satisfação maldosa.
Determinei-me a não deixar que as provocações de Emma me afetassem. Respondi
lançando uma bola de neve de volta nela, atingindo-a no ombro. Sua expressão de surpresa foi
satisfatória.
A tensão entre nós duas permanecia, uma rivalidade invisível, mas eu estava resoluta em
não permitir que ela arruinasse aquele momento, estava decidida a desfrutar cada segundo ao
lado de Alexandre.
Estava feliz e sentindo-me útil, por estar contribuindo com os preparativos da ceia. Na
sala, as risadas vindas da conversa animada entre Alexandre, seu pai e o noivo de Emma
ecoavam, mesclando-se ao ambiente festivo. A casa estava decorada com luzes cintilantes e
enfeites natalinos, cada canto irradiando calor e aconchego, criando um cenário encantador.
Já na despensa, comecei a procurar pela noz-moscada, cercada por prateleiras repletas de
ingredientes e conservas. Ao encontrar o frasco, sorri, lembrando-me das vezes que eu e Sarah
cozinhávamos juntas, criando pratos especiais que se transformavam em memórias afetivas.
Foi então que ouvi a porta se abrir e, sem me virar, soube quem era.
— Procurando algo, Grace? — Sua voz era carregada de sarcasmo. Me virei, encontrando
seu olhar desafiador.
— Apenas a noz-moscada para a torta de maçã — respondi, tentando manter a calma.
— Ah, a famosa torta de maçã. Alexandre adora — ela disse, aproximando-se e pegando
o pote das minhas mãos. — Eu sempre fiz essa torta para ele nas noites de Natal.
— Bom, este ano sou eu quem está ajudando. As coisas mudam, Emma — rebati,
pegando o frasco e segurando-o com firmeza.
— Mudam, mas não muito. Alexandre sempre volta para o que é familiar. E eu sou o
familiar para ele — Emma provocou, um brilho astuto em seus olhos.
— Alexandre está comigo agora. E eu não sou apenas uma passagem na vida dele —
respondi, sentindo uma ponta de irritação.
— Será? Vamos ver quanto tempo isso dura, Grace. As pessoas sempre retornam ao que
conhecem melhor. E Alexandre me conhece muito bem — ela sorriu, convencida.
— Alexandre e eu temos algo especial. E não é baseado em tradições passadas, mas no
que estamos construindo juntos — falei, decidida.
Emma riu, um riso sem alegria.
— É engraçado ver você aqui, tentando se encaixar em um mundo que claramente não é
o seu. Você realmente acha que pode ocupar o meu lugar? — Ela tenta me diminuir, mas eu sei
quem sou. Não estou aqui para ocupar o lugar de ninguém, piorou o dela.
— Não estou tentando ser você, Emma. Estou apenas sendo eu mesma, algo que você
deveria tentar de vez em quando.
— Alexandre sempre teve um gosto peculiar por... novidades passageiras. Mas no fim,
ele sempre volta para mim. Tudo que é novo passa, Grace, e assim será com você.
— Talvez ele só precisasse encontrar algo realmente novo e genuíno. Algo que não se
baseia apenas no passado — ela acha graça, negando com a cabeça.
— Você realmente acha que um homem como Alexandre pode ficar satisfeito com
alguém tão... simples como você? — Ela me olha com desprezo. — Ele precisa de mais, algo que
só eu posso dar.
— A simplicidade tem sua própria beleza, Emma. Algo que a complexidade do seu
mundo talvez nunca permita que você veja.
— Aproveite enquanto pode, porque todos nós sabemos que isso não vai durar.
— Somente você pensa assim. Agora, se me der licença, preciso levar a noz-moscada
para minha sogra — tento passar, mas ela me impede, entrando na minha frente.
— Aposto que Alexandre não te contou sobre todas as vezes que ele prometeu que eu era
e sempre seria a única. Homens como ele não mudam — respiro fundo e encaro os olhos dela
com determinação.
— As pessoas mudam, Emma. Talvez seja a hora de você aceitar isso e seguir em
frente.
— Continue se iludindo, Grace. Mas lembre-se, a realidade sempre volta para nos
assombrar.
— Não no nosso caso — assegurei, ela bufou antes de sair, batendo a porta.
Fiquei ali por um momento, respirando fundo. Não ia deixar Emma estragar esse
momento. Com o frasco de noz-moscada em mãos, saí da despensa, determinada a não deixar as
provocações dela me afetarem. Emma podia tentar, mas eu sabia que o que eu e Alexandre
tínhamos era real e forte.
Após nosso momento de intimidade, percebemos que o tempo havia passado mais rápido
do que imaginávamos. A ceia estava prestes a começar e precisávamos nos arrumar.
Com um sorriso compartilhado e olhares carregados de significados não ditos, tomamos
banho e começamos a nos arrumar para a ceia, sabendo que, o que acontecera naquele quarto, era
apenas o início da nossa noite.
— Acho que nos empolgamos um pouco — disse Grace, com um sorriso tímido,
enquanto se vestia.
— Com você, é impossível não me empolgar — respondi, ajudando-a a ajustar o vestido.
Havia algo incrivelmente gratificante em cuidar dela, mesmo em pequenos gestos.
Grace se aproximou e me deu um beijo rápido, mas cheio de significado.
— Vamos lá, eles devem estar esperando por nós — falo quando terminamos de nos
arrumar.
— Vamos! — Disse, segurando em sua mão.
Ao abrir a porta do quarto, a realidade da véspera de Natal nos saudou, mas com ela veio
a promessa de mais momentos como aquele, momentos de entrega e paixão.
Descemos as escadas juntos, sentindo uma conexão ainda mais forte entre nós. A família
já estava reunida na sala, e ao entrar, sentimos o entusiasmo no ambiente.
— Lá estão eles! — Exclamou minha irmã, sorrindo para nós. — Estávamos começando
a pensar que vocês tinham fugido.
— Só estávamos… — sorri, dando uma breve pausa, olhando as bochechas de Grace
ruborizar. — Nos preparando para a ceia — finalizei, trocando um olhar divertido com ela.
— Vamos, pombinhos, estou faminta — Megan brincou, abracei Grace dando um beijo
em seu ombro. Emma passou por nós e encarou ela, com os olhos faiscando de raiva.
Enquanto a noite caía, a casa se enchia de música e conversas alegres. A ceia foi colocada
na grande mesa de jantar, decorada com velas e arranjos de pinhas. Todos se reuniram, e eu não
pude deixar de sentir um calor reconfortante no peito, ao ver como todos interagiam com carinho
e afeto.
Sentado ao lado de Grace, cada troca de olhares e sorrisos discretos entre nós, era como
uma conversa secreta, uma comunicação silenciosa que só nós compreendíamos. Sua presença,
ao meu lado, tornava tudo mais especial, ela enchia o ambiente com uma energia única.
Cada risada que ecoava pela sala de refeição, adicionava uma camada de felicidade ao
ambiente já festivo, criando um mosaico de memórias afetivas, que eu sabia que guardaria para
sempre. O aroma dos pratos natalinos, a mesa elegantemente decorada e a luz suave das velas,
complementavam o cenário, fazendo dessa ceia algo digno de um cartão-postal.
Olhando para Grace, eu sabia que estava me apaixonando por ela. Sua risada fácil e seu
sorriso luminoso, contagiavam a todos ao redor, principalmente a mim. Havia uma simplicidade
e uma autenticidade nela que me encantava, e eu me sentia incrivelmente grato por tê-la ao meu
lado.
Enquanto a noite avançava, eu me permitia relaxar e desfrutar plenamente da companhia
de Grace, saboreando a felicidade genuína que emanava dela. Era um Natal de novos começos,
de promessas silenciosas e de esperanças renovadas, eu estava ansioso para viver e descobrir
cada novo momento ao lado dela.
Acordar ao lado de Alexandre na manhã de
Natal, trouxe um sentimento de felicidade e
satisfação que eu nunca havia experimentado
antes. A sensação de estar entrelaçada em seus
braços, com o calor do seu corpo me
envolvendo, era algo mágico e profundamente
reconfortante. Abri meus olhos lentamente,
encontrando o olhar dele, que já estava
acordado, me observando com um sorriso suave.
— Bom dia, Grace. Feliz Natal — ele sussurrou, e seu beijo matinal foi a melhor forma
de começar o dia.
— Feliz Natal, Alex — desejei, sentindo uma alegria genuína preencher meu coração.
A ceia da noite passada tinha sido incrível. A casa estava repleta de risadas, histórias e
uma atmosfera calorosa de união familiar. Estar ao lado de sua família, sendo acolhida e tratada
como uma deles, foi uma experiência emocionante. Eu me sentia parte de algo especial, algo que
sempre desejei.
Após nos vestirmos e descermos para tomar café da manhã, lembrei-me da ligação que
fiz para minha amiga Sarah, na véspera de Natal. Sarah estava eufórica e um tanto bêbada, ela
declarou todo seu afeto por mim, sua energia era contagiante, mesmo através do telefone, e isso
fez com que meu natal fosse simplesmente perfeito, pois mesmo estando longe de Sarah naquele
momento, a sensação calorosa de sua amizade e da conexão que tínhamos, era muito presente.
Sentada à mesa de café da manhã, compartilhei com Alexandre um pouco mais sobre
Sarah e nossas aventuras. Ele sorria, claramente encantado com as histórias.
— Vocês parecem ser muito ligadas, bem amigas mesmo — ele disse, pegando minha
mão por cima da mesa.
— Ela é minha melhor amiga — assegurei, sentindo uma onda de gratidão por ter pessoas
tão maravilhosas na minha vida.
A manhã de Natal prometia ser tranquila e relaxante, um momento para aproveitar a
companhia um do outro e da família de Alexandre, e eu não poderia estar mais feliz.
O retorno a Nova Iorque marcava não apenas o fim de um retiro de Natal, mas o início de
um novo capítulo em nossas vidas, um capítulo repleto de promessas e possibilidades. Ao
embarcarmos no helicóptero de volta, olhei para Grace ao meu lado, percebendo o quanto ela
havia se tornado essencial para mim. Nosso relacionamento, que começou sob circunstâncias
inusitadas, agora se desdobrava em algo mais profundo e significativo.
A viagem de volta foi tranquila, um momento para refletir sobre os passos que daríamos a
seguir. Conversamos sobre nossas expectativas, nossos sonhos e como equilibrar nosso
relacionamento com as exigências do trabalho. Grace, com sua inteligência e sensibilidade,
expressou suas ideias e visões para o futuro, reforçando que, juntos, poderíamos enfrentar
qualquer desafio que surgisse.
Ao chegar a Nova Iorque, a realidade do nosso dia a dia nos esperava. Retornar ao
trabalho, agora não apenas como chefe e assistente, mas como um casal, apresentava um novo
conjunto de dinâmicas a serem navegadas. Estávamos determinados a manter nossa relação
profissional respeitosa e eficaz, ao mesmo tempo em que explorávamos a profundidade do nosso
relacionamento pessoal.
Nos primeiros dias de volta ao escritório, senti uma mudança sutil, mas significativa, em
nossa interação. Havia um novo nível de entendimento e cumplicidade entre nós. Os colegas
notaram nossa proximidade crescente, mas mantivemos um equilíbrio, garantindo que nosso
relacionamento não afetasse nosso desempenho profissional.
Cada dia que passava, eu me encontrava mais encantado por Grace. Sua inteligência, seu
senso de humor e sua compaixão me impressionavam, continuamente. Estávamos indo devagar,
conscientes de que um relacionamento sólido é construído com paciência e cuidado. A cada
conversa, a cada risada compartilhada, sentíamos o nosso vínculo se fortalecer.
Nossa jornada estava apenas começando, mas eu sabia que, com Grace ao meu lado, cada
novo dia seria uma aventura a ser valorizada. Estávamos criando uma história juntos, uma
história de amor, crescimento e descoberta mútua. E eu estava ansioso para ver onde essa história
nos levaria.
Durante o horário de almoço, Grace foi a um restaurante próximo à empresa para nos
garantir uma mesa. Eu fiquei para trás, preso em uma reunião que se estendeu mais do que o
esperado. Quando finalmente consegui sair, apressei-me em direção ao restaurante, ansioso para
encontrá-la.
Ao chegar, antes de entrar, avistei Grace pela janela. Ela estava sentada, conversando
animadamente com alguém. Aproximando-me um pouco mais, percebi que ela estava com seu
ex-namorado. O choque daquela cena me fez parar. Meu coração disparou e um ciúme que eu
nem sabia que poderia sentir, começou a tomar conta de mim.
De fora, continuei observando-os. Eles pareciam estar se divertindo, rindo juntos, e
aquilo me incomodava profundamente. A cada gesto e sorriso compartilhado entre eles, um
turbilhão de dúvidas e inseguranças começava a se formar em minha mente.
"Será que tudo que vivemos foi uma ilusão?", eu me perguntava. "Será que só eu senti
algo verdadeiro?"
Fiquei ali, perdido em meus pensamentos, lutando contra a vontade de entrar e confrontá-
los. Queria ir até lá, queria saber o que estava acontecendo, mas ao mesmo tempo, algo me
impedia. Eu estava confuso, tentando entender minhas próprias emoções.
Foi quando vi Grace se levantar e abraçar seu ex-namorado. Aquele gesto, aparentemente
inocente, atingiu-me como um soco no estômago. Senti uma mistura de raiva e tristeza,
questionando se Grace realmente compartilhava os mesmos sentimentos que eu.
Nesse momento, meu ciúme estava no auge. Sentia uma dor profunda, nascida da
incerteza e da insegurança. Eu estava ali, parado, observando a mulher por quem eu estava
apaixonado nos braços de outro homem.
"Será que ela ainda tem sentimentos por ele?", essas perguntas ecoavam em minha
cabeça, cada vez mais alto. Eu estava perdido em um mar de dúvidas, incapaz de decidir o que
fazer a seguir.
Ao ver o ex-namorado de Grace segurar sua
mão e sussurrar algo, notei um brilho nos olhos
dele que me fez sentir um ciúme ainda mais
intenso. Sem conseguir me conter, entrei no
restaurante, determinado a confrontar a situação.
Grace me viu e imediatamente se iluminou, com um sorriso radiante. Ela me abraçou
calorosamente e me deu um selinho carinhoso. Eu queria retribuir o gesto, mas estava consumido
pelo ciúme e não consegui esconder minha frustração.
— Estávamos conversando para resolver o passado — explicou Grace, ainda sorrindo,
sem perceber a tempestade se formando dentro de mim.
— Percebi o quanto estavam “envolvidos” em resolver o passado — respondi, a voz
tingida de sarcasmo e irritação.
O ex-namorado de Grace percebeu a tensão e decidiu se afastar. Ele se despediu dela com
um caloroso aperto de mão, um aceno de cabeça para mim e uma última frase:
— Foi bom esclarecer as coisas, Grace. Te desejo tudo de bom na sua vida.
Grace observou ele sair e, então, nossos olhares se cruzaram. Havia uma mistura de
surpresa e confusão em seus olhos.
— Alex, o que está acontecendo? — Perguntou ela, claramente desconcertada com minha
atitude.
Minha respiração estava acelerada, e eu podia sentir o coração batendo forte no peito.
Tudo o que eu havia testemunhado naqueles breves minutos havia desencadeado uma corrente de
emoções dentro de mim. O ciúme, o medo de perder Grace, a insegurança sobre o que realmente
ela sentia por mim, tudo me enlouquecia.
Grace, ainda confusa, aguardava uma resposta. Eu sabia que precisava explicar, mas as
palavras pareciam se perder em meio ao turbilhão de sentimentos.
— Eu... eu vi vocês dois — comecei, a voz trêmula, buscando as palavras certas. — E
algo dentro de mim... eu simplesmente não consegui controlar. Você ainda sente algo por ele?
Grace me olhou com uma mistura de surpresa e preocupação.
— Alex, ele é parte do meu passado. Não há absolutamente nada entre nós agora — ela
respondeu, sua voz firme, mas carregada de suavidade, buscando me tranquilizar.
— Mas eu vi como você sorria para ele, como vocês se olhavam... — insisti, incapaz de
esconder o ciúme que fervia em mim.
— Ele me traiu, você sabe disso. Eu estava apenas sendo educada, resolvendo o que ficou
pendente — explicou ela, claramente chateada com minha insinuação.
— Eu sei, eu sei disso tudo, mas... ver você sorrindo para ele assim... me deixou em
dúvidas — confessei, sentindo um nó na garganta.
Ela suspirou profundamente, sua expressão se tornando mais séria.
— Pensei que confiasse em mim, Alexandre. Pensei que soubesse que o que sinto por
você é real — ela disse, encarando-me diretamente nos olhos, uma sinceridade inquestionável
em seu olhar.
Eu queria acreditar nela, mas a imagem deles juntos não saía da minha cabeça. "Será que
eu estou exagerando? Será que estou deixando o ciúme tomar conta de mim?" Eu me
questionava, enquanto lutava para manter a racionalidade.
Preso em minhas próprias emoções, eu olhei para Grace, tentando decifrar o emaranhado
de sentimentos que me consumia. Ela segurou as minhas mãos, buscando uma conexão, uma
forma de me trazer de volta à realidade.
— Alex, eu entendo que você possa estar chateado, mas preciso que você confie em mim
— ela falou, os olhos dela buscando os meus, procurando por uma resposta. — O que eu sinto
por você é real e forte. Não deixe que uma conversa com o meu passado abale o que estamos
construindo juntos.
Eu sabia que ela estava certa, mas algo dentro de mim ainda lutava para aceitar. A
imagem deles abraçados, mesmo que fosse uma despedida, me atormentava. Era como se todas
as minhas inseguranças tivessem sido expostas ali, naquele restaurante.
— Eu sei que deveria confiar em você, Grace, e eu confio, mas... ver você com ele... —
minhas palavras foram interrompidas pela emoção. — Me fez perceber o quanto eu realmente me
importo com você, o quanto eu tenho medo de te perder.
Ela sorriu, um sorriso que trazia alívio e compreensão.
— Você não vai me perder, Alex. Eu estou aqui, com você. E é aqui que eu quero estar
— ela disse, apertando minhas mãos com firmeza.
Havia um silêncio entre nós, um momento de reflexão onde eu pude sentir o peso das
minhas palavras e ações. Grace estava certa, e eu sabia disso. Meu ciúme e insegurança haviam
me cegado momentaneamente, mas agora eu via claramente o quanto ela significava para mim e
o quanto eu precisava confiar nela.
— Grace, eu confio em você. Sinto muito por ter duvidado, mesmo que por um
momento. Você é a pessoa mais importante na minha vida — eu disse, segurando suas mãos e
olhando nos olhos dela, tentando transmitir todo o amor e arrependimento que sentia. —
Perdão… eu só tive medo.
Ela assentiu, um leve sorriso aparecendo em seus lábios.
— Está tudo bem, Alex. Só precisamos confiar um no outro. Isso é o que nos torna fortes
— ela respondeu, apertando minhas mãos em retorno.
Nesse instante, eu soube que precisava superar meus próprios medos e inseguranças.
Grace estava ali, ao meu lado, escolhendo ficar comigo. Eu precisava acreditar no que tínhamos,
na força do que estávamos construindo.
Respirei fundo, tentando deixar para trás a sombra do ciúme, e me concentrei na mulher
incrível que estava à minha frente. Grace era o meu presente e o meu futuro, e eu estava
determinado a não deixar que minhas inseguranças arruinassem o que tínhamos.
— Eu te amo, Grace — eu disse, finalmente permitindo que essas palavras escapassem.
Ela se inclinou para frente, beijando-me com uma paixão que refletia tudo o que
sentíamos um pelo outro. Naquele beijo, havia uma promessa de dias melhores, de compreensão
e de um amor que continuaria a crescer, independentemente dos obstáculos que pudéssemos
enfrentar.
Aquele almoço, que começou com uma confusão de emoções, terminou com uma
renovação do nosso compromisso um com o outro, fortalecendo nosso vínculo de uma maneira
que eu nunca imaginei ser possível.
Quando deixamos o restaurante, Grace se aproximou de mim com uma delicadeza que
irradiava em seu olhar. Abri meus braços para recebê-la, envolvendo-a em um abraço que era
mais do que um simples gesto, era um refúgio de conforto e calor. Com carinho, segurei seu
rosto entre minhas mãos, mergulhando nos seus olhos, que brilhavam com uma mistura de amor
e sinceridade.
— Eu te amo, Alexandre — ela confessou suavemente, e essas palavras tocaram
profundamente meu coração, fazendo-me suspirar com uma mistura de alívio e alegria.
— Eu também te amo, Grace. Você é a melhor parte de mim — confessei, vendo seu
sorriso se iluminar ainda mais.
Inclinei-me para frente, aproximando nossos rostos, e com um gesto terno e cheio de
significado, nossos lábios se encontraram em um beijo apaixonado. Era um beijo que expressava
mais do que palavras poderiam dizer, carregado de sentimentos e desejos que vínhamos
cultivando. Senti a resposta imediata de Grace, seus lábios se movendo em sincronia com os
meus, enquanto suas mãos deslizavam até minha nuca, intensificando nossa conexão.
Era um momento de pura sintonia, uma celebração silenciosa e profunda do amor que
estávamos construindo. Um amor que, a cada toque e a cada olhar, se mostrava mais intenso e
verdadeiro. Naquele instante, tudo ao nosso redor desapareceu, e só existíamos nós dois, unidos
em um elo que se fortalecia a cada dia.
Cheguei ao restaurante, um lugar
aconchegante que Alexandre e eu
frequentávamos. Escolhi uma mesa, imersa em
pensamentos sobre os momentos especiais que
estávamos compartilhando nos últimos dias.
Cada instante ao lado de Alexandre era
precioso, enchendo-me de felicidade. Enquanto
o aguardava, percebi meu ex-namorado
adentrando o local. Ele me avistou e se
aproximou, com um semblante amigável.
— Grace, que surpresa te ver aqui — disse ele, esboçando um sorriso.
— Oi — respondi, um pouco surpresa. — Estou esperando o Alexandre.
— Então é verdade que vocês estão juntos — ele constatou. Assenti, confirmando.
— Sim, estamos.
Ele hesitou por um momento, antes de prosseguir.
— Grace, eu preciso te dizer algo — iniciou, claramente nervoso. — É sobre o que
aconteceu entre nós...
— Não é necessário — interrompi, tentando evitar o assunto, mas ele insistiu.
— Por favor, deixe-me falar — ele pediu. Respirei fundo e acenei em concordância.
— Tudo bem — concordei, preparando-me para ouvir.
Ele suspirou profundamente antes de falar.
— Me arrependo muito do que fiz. Trair você foi um erro terrível e eu sinto muito,
realmente — sua voz carregava uma sinceridade palpável.
— Agradeço por dizer isso. É importante para mim saber que se arrependeu de suas ações
— respondi, sentindo como se um peso fosse retirado dos meus ombros.
Ele me olhou com um semblante de alívio e gratidão.
— Fico feliz por você encontrar alguém bacana como ele, Grace. Você merece toda a
felicidade do mundo.
— Obrigada — agradeci, levantando-me para abraçá-lo. — Desejo-lhe tudo de bom
também. Espero que você encontre a felicidade que merece.
Após o abraço, ele segurou minha mão gentilmente e me olhou nos olhos com uma
expressão profunda.
— Você sempre terá um lugar especial em meu coração, Grace. Sou grato por tudo que
vivemos juntos.
O retorno a Aspen neste Natal, um ano após nosso primeiro Natal juntos, teve um sabor
especial. A viagem foi carregada de lembranças. Ao chegarmos, a sensação de familiaridade e
calor, nos envolveu imediatamente.
A companhia de Alexandre durante a viagem e agora, no aconchego daquela casa,
reforçava o quanto nossa relação havia se aprofundado. Compartilhamos sorrisos e olhares
cúmplices, relembrando os momentos que vivemos aqui, no ano anterior, e como esses dias
foram fundamentais para o relacionamento que temos hoje.
A atmosfera em Aspen estava mágica, com a neve cobrindo as paisagens, criando um
cenário de cartão-postal. As ruas iluminadas e decoradas para o Natal, enchiam o ar com um
espírito festivo que contagiava a todos.
Neste ano, assim como no ano passado, tivemos a oportunidade de participar ativamente
nos preparativos natalinos. Ajudamos a decorar a árvore de Natal, a casa, escolhemos enfeites,
fizemos brincadeiras e, novamente, nos aventuramos na cozinha, preparando pratos para a ceia.
Foi divertido e gratificante, senti-me ainda mais integrada aquela família que me acolheu tão
bem.
A presença de Megan e Andrew era sempre uma alegria extra. Observá-los juntos, agora
oficialmente como um casal, era como assistir a um conto de fadas se tornando realidade. Eles
estavam claramente apaixonados e felizes, aproveitando cada momento juntos. Era evidente que
o amor entre eles havia crescido e se fortalecido ao longo do ano.
Abigail e Willian, como sempre, foram anfitriões perfeitos. Abigail, com sua capacidade
de reunir a família e criar um ambiente de união e alegria era admirável. Durante nossa estadia,
ela compartilhou notícias sobre Emma. Ficamos felizes em saber que ela estava bem, envolvida
em um novo relacionamento e havia escolhido passar o Natal com a família de seu novo
namorado. Era um alívio saber que ela havia encontrado um caminho para a felicidade e estava
seguindo em frente com sua vida.
O Natal em Aspen foi uma celebração de amor, família e agradecimentos. Estar ali, com
Alexandre, vivenciando tudo isso, reafirmava a minha certeza de que os momentos mais simples,
ao lado das pessoas que amamos, são os mais preciosos. O amor que começamos a construir no
Natal passado havia se tornado a base de tudo o que éramos agora. E, à medida que olhávamos
para o futuro, sabíamos que, juntos, poderíamos enfrentar qualquer desafio e aproveitar cada
alegria que a vida nos trouxesse.
Neste ano que se passou, aprendi muito sobre mim mesma, sobre o que significa amar e
ser amada verdadeiramente. Alexandre tem sido um parceiro incrível, juntos, aprendemos a
superar dificuldades, celebramos conquistas e, acima de tudo, construímos uma base sólida para
o nosso futuro.
Este Natal em Aspen é uma lembrança vívida de como tudo começou. Aqui, onde nosso
amor floresceu, estamos celebrando não apenas as festas, mas também o amor, o crescimento e
as promessas que fizemos um ao outro. Este lugar sempre terá um significado especial para nós,
um lembrete dos primeiros passos que demos juntos em nossa jornada.
À medida que o ano novo se aproxima, sinto-me grata por tudo que vivemos e animada
pelo que ainda está por vir. Juntos, estamos prontos para abrir as páginas do próximo capítulo de
nossa história, uma história que, tenho certeza, será repleta de amor, aventuras e incontáveis
momentos felizes.
Caminhando de mãos dadas com Alexandre pelas ruas mágicas de Aspen, na noite de
natal, o mundo ao nosso redor parecia um quadro vivo de sonhos e promessas. Flocos de neve
dançavam suavemente ao nosso redor, cintilando sob as luzes festivas, cada um contando uma
história de amor e esperança. As decorações natalinas brilhavam, refletindo a luz de um amor
que crescia e se fortalecia a cada passo que dávamos.
Ao pararmos sob uma árvore iluminada, Alexandre me olhou nos olhos, o brilho das
luzes refletindo em seu olhar apaixonado.
— Grace — ele começou, sua voz carregada de emoção, — Cada momento ao seu lado é
um presente que a vida me deu. Neste natal, eu prometo te amar, te respeitar e te fazer feliz todos
os dias. Eu te amo, Grace, te amo muito — ele sorriu.
Eu senti meu coração bater mais forte, inundada por uma onda de amor e gratidão.
Respondi, segurando suas mãos com carinho.
— Você me trouxe alegria e cor para minha vida. Prometo ser sua parceira, sua amiga e
sua confidente. Juntos, enfrentaremos o que vier, com amor e cumplicidade — ele segurou
minhas mãos, olhando profundamente em meus olhos.
— Desde que você entrou na minha vida, tudo ganhou um novo significado. Hoje sinto
uma alegria que eu nunca imaginei que pudesse sentir.
Sua mão alcançou o bolso, tirando uma pequena caixa. Meu coração parecia estar
batendo na garganta e meus olhos se arregalaram quando ele se ajoelhou em minha frente,
segurando minha mão.
— Grace, eu quero passar o resto da minha vida com você. Sei que estamos juntos há
pouco tempo, mas você me faz o homem mais feliz do mundo. Você aceita se casar comigo?
Aceitaria morar comigo, começar nossa vida juntos, agora? — Lágrimas de felicidade brotaram
em meus olhos, e um sorriso se espalhou pelo meu rosto. — Eu quero fazer tudo direito com
você. Quero te ver ainda mais linda vestida de noiva, mas eu não quero mais esperar para dormir
e acordar ao seu lado todos os dias da minha vida. Eu te amo, Grace Taylor, e quero dividir
minha vida com você, quero fazer tudo com você — as lágrimas escorreram sem controle,
enquanto eu assentia fervorosamente.
— Sim, Alexandre, eu aceito me casar com você! — Falei aos prantos — E, sim, eu
adoraria ir morar agora com você. Não há lugar no mundo onde eu preferiria estar, do que ao seu
lado — o sorriso dele iluminou, ainda mais, aquela noite.
Ele deslizou o anel em meu dedo, um símbolo perfeito do nosso amor. Se levantou e nos
abraçamos, um abraço que selava nosso futuro juntos. Alexandre ergueu meu corpo e me girou,
antes de beijar meus lábios com paixão. Nosso beijo sob a árvore iluminada selou nossa
promessa, uma promessa de amor eterno, compartilhada sob um céu estrelado que testemunhava
nosso compromisso.
Naquela noite mágica, prometemos amar e cuidar um do outro, começando uma nova
etapa de nossa vida, juntos. Naquele momento, entendemos que, independentemente do que o
futuro nos reservasse, nosso amor seria a bússola que nos guiaria, um farol de luz e esperança em
nosso caminho.
OBRAS DA AUTORA
A Perdição do Chefe
SINOPSE:
Tomás Albuquerque, renomado advogado, conquistou prestígio entre os grandes, ainda jovem.
Sua vida parecia completa ao lado da charmosa advogada Victoria Galli, com quem está comprometido há dois anos.
Porém, há um ponto fraco em sua armadura: sua secretária, Samantha.
Samantha Martini, uma mulher cativante, que não tem receio de demonstrar seus sentimentos. Secretária dedicada e um
tanto desastrada, sua vida agitada nos fins de semana a coloca no centro da diversão com amigos, desafiando qualquer limite
imposto.
Entre relações, aparentemente, bem resolvidas e compromissos frios, surge uma conexão intensa. Tomás se vê admirado
pela doçura e beleza de Samantha, encontrando nela o afeto que lhe falta em seu relacionamento, desprovido de paixão.
Enquanto a linha entre o profissional e o pessoal se desfaz, segredos, emoções e atração proibida culminam em uma
história de amor ardente e irresistível.
A Diaba irá envolver seu Chefe para a Perdição?
Predestinada ao Don
SINOPSE:
Ele é autoritário
Ela, atrevida
Ele a escolhe para ser sua esposa
Ela não deseja se casar
Isabella, uma jovem que cresceu ansiando por uma vida distante do obscuro mundo da máfia, sonhava com um amor
verdadeiro e a liberdade de escolher seu próprio marido. Contudo, sua vida tomou um rumo inesperado, ao ser escolhida para
esposa do homem mais temido da máfia.
Enrico, o poderoso Don da máfia italiana, carregava sobre seus ombros o peso de comandar o império de sua família e
liderar a perigosa organização. Em meio a essa responsabilidade esmagadora, viu-se obrigado a escolher sua futura esposa.
Surpreendentemente, optou pela mulher menos submissa e mais desafiadora de todas.
À medida que seus mundos colidem, o destino sussurra promessas e desafios. O que o futuro reserva para esse casal
improvável, onde a paixão e o perigo entrelaçam-se em uma dança inesperada?
A Secretária Grávida do CEO Arrogante – A Espera de Benjamin
SINOPSE:
Ela é uma jovem virgem.
Ele é um CEO arrogante.
Alícia estava decidida a perder a virgindade com o namorado, mas seus planos são frustrados, ao flagrar a traição do
rapaz com a prima.
Após a decepção amorosa, ela decide deixar o Brasil e mudar para Nova Iorque, onde irá dividir o apartamento com a
irmã e a amiga.
Uma nova vida se inicia, novos projetos e um novo emprego, como secretária do CEO de uma multinacional.
James Stevens é conhecido por seu temperamento difícil.
É um homem que não se esforça para ser gentil, ao contrário, é arrogante e pouco sociável.
Mas a atração entre eles é fatal, o envolvimento inevitável e as consequências nada menos, que UM BEBÊ!
Como o CEO arrogante irá lidar com essa surpresa?
Um Novo Recomeço para Emily - De repente Grávida
[1]
O molho de cranberry é um acompanhamento tradicional em ceias, especialmente em celebrações como o Natal e o Dia de
Ação de Graças. Este molho tem várias funções e características.