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— É por isso que esse país não vai pra frente! Olha só isso, meu Deus!
Estava indignada com uma notícia que passava no jornal das oito da
manhã. Eu sempre parava para assistir e conferir ao que estava acontecendo
no mundo, gostava de ficar por dentro dos assuntos diários e algumas vezes
me deparava com fofocas relacionadas à política, outras envolvendo o nome
de Bernardo Mancini.
Ao passo que se aproximava a disputa presidencial, as aparições em
eventos sociais, visitas importantes se tornavam mais frequentes e viravam
notícias internacionais. Eu sabia lá no fundo que ele era a minha única
opção de voto e que cumpriria com êxito o seu mandato, caso fosse eleito.
Só não esperava que fosse um terço do seu pai, um homem sem escrúpulos
e que nunca olhou para a classe mais pobre do país. Francesco Mancini era
respeitado pela classe alta e poderosa, idolatrado por muitos, mas quem o
conhecia de verdade sabia que não valia nada.
Aquele político nunca teria o meu respeito, pois me recordava das
inúmeras vezes que ele destratara o meu pai, o motorista da sua sogra,
assim como nunca dirigira o olhar ou palavra à minha mãe, que preparava
as melhores refeições para servi-los. Como um homem desses ficava à
frente de uma nação? Por sorte, o seu mandato acabara e atualmente
tínhamos um representante ao nível, que fez toda a diferença.
Bernardo tinha um opositor ao seu nível, apesar de tudo indicar que
seria ele a ganhar.
Bernardo…
Fazia muitos dias que não pensava nele, tampouco na noite calorosa
que tivemos. Ao passo que o tempo passava, o babaca se tornava apenas
uma lembrança distante, mesmo que contra a minha vontade se mantivesse
vivo em meu coração. Foi duro esconder aquelas marcas deixadas por ele e
lidar com o incômodo que durou, lembrando-me que fui uma imprudente
nos braços do futuro presidente.
Graças a todos os santos e à medicina avançada, tomei no dia
seguinte, após a noite casual, a pílula que eliminaria qualquer risco que
aquele erro pudesse causar.
Já pensou? Um filho de Bernardo Mancini?
Isso estava totalmente fora de cogitação.
— O que foi dessa vez, Mona? — James, o médico do consultório,
perguntou curioso.
Estava tão perdida em pensamentos paralelos que mal o vi chegar.
— Meu Deus! Bom dia, doutor. — Fechei a transmissão a que assistia
no celular para cumprimentá-lo. — Me perdoe… Estava distraída vendo
uma reportagem.
— Suponho que seja uma coisa importante — brincou e caminhou em
minha direção. — Dessa vez não me esqueci de trazer o seu café com
donuts.
— O senhor não precisava fazer isso. — Fiquei sem jeito e sorri de
lado.
— Não custa nada comprar um mimo para a melhor atendente da
cidade. — Deu de ombros e entregou-me a sacola. — Espero que isso sirva
para melhorar seu humor. Quer me contar a que estava assistindo?
— Muito obrigada — agradeci soltando um beijo no ar e ri. — Olha,
não é nada importante. Eu só quero esquecer um pouco que moramos neste
país.
— E pretende se mudar para outro lugar, Mona?
— Por enquanto não. Quem sabe um dia? — Abri a sacola, tirando o
café com o doce, e passei a língua nos lábios. — Isto aqui é uma delícia.
Muito obrigada!
— Pare de tantos agradecimentos, garota. Vamos aproveitar que o
primeiro paciente do dia não chegou e devorar juntos esse doce. — Fez um
gesto com o polegar e deu uma risada. — Um pouco de açúcar para
começar bem o dia.
— Ainda bem que você é médico, caso eu passe mal. — Abri a tampa
e bebi um pouco do café.
James, além de ser meu chefe, também havia se tornado um grande
amigo. A clínica era particular e os seus atendimentos sempre começavam
depois das nove, então sempre tomávamos café juntos e conversávamos
sobre coisas paralelas. Ele era um homem muito atraente, engraçado, mas
reservado sobre a sua vida pessoal. Tinha o dobro da minha altura, os
cabelos loiros, olhos azuis, o perfil perfeito daqueles modelos de revistas, e
que saiu da Grécia para vir morar na Itália.
Era a única que sabia sobre ele.
— Onde vai passar o final de semana? — o médico perguntou depois
de dar uma mordida generosa em seu donut.
— Em casa? Lavando roupa? — brinquei, dando outro gole no café.
— As opções são muitas quando se mora sozinha com um cachorro de dois
anos.
— Então… Pensei que poderíamos sair juntos. Os meus amigos vão
junto, além das namoradas. — Fitou-me, encarando-me. — Eu preciso de
uma companhia para não segurar vela.
— E o que te faz pensar que aceitarei? — Deixei o copo de lado para
pegar meu doce na sacola. — Sabe que uma dona de casa não tem tanto
tempo para sair.
— Sábado, às oito e meia da noite. Prometo te trazer antes das onze.
— E eu vou fingir que sou sua namorada ou algo assim? — Franzi o
cenho, confusa.
— Mais ou menos isso — disse, arregalando os olhos logo em
seguida. — Eu não estaria te pedindo isso se não fosse tão importante.
— Sinto que não está me contando a verdade toda. — Apontei um
dedo em sua direção. — James, vamos me contando a outra versão por trás
desse convite.
— Tem certeza de que quer ouvir?
— Absoluta certeza. — Revirei os olhos. — Conta logo, ou não irei
com você.
— É que um dos meus amigos tem uma irmã por quem sempre tive
uma quedinha, mas a ragazza nunca me deu atenção. Esses dias descobri
que ela está saindo com um bastardo que tem idade para ser pai dela. — O
médico soltou uma lufada de ar. — Pensei que seria interessante fazê-la
perceber o que está perdendo ao se envolver com outro.
— E pensou justamente em mim? — Ri, sem acreditar no que tinha
ouvido.
— É, você é a segunda, depois dela, que acho mais linda nesta cidade.
— Continua me elogiando assim que é bem provável, que até o fim do
ano você acabe casado com essa menina. — Terminei de comer o doce e
limpei a boca com o lenço. — Tudo bem. Eu posso te fazer esse grande
favor, James.
— Eu sabia que podia contar com você, Mona.
— É para isso que os amigos existem. — Dei um risinho sem graça.
Uma mão lava a outra.
CAPÍTULO 9
— Dá um sorrisinho, namorada.
— Essa é a terceira vez que me pede isso, não se cansa, não? Que
coisa mais chata, doutorzinho. — Empurrei James para o lado e coloquei
uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Estou cansada de ser modelo por
hoje.
— Prometo que será a última vez. Um sorrisinho, vai! — Apontou a
câmera fotográfica e voltou a tirar fotos ignorando o meu pedido.
— Vou começar a cobrar, viu? Você tem dinheiro suficiente para pagar
e não aceito menos que um Pix com vários zeros depois do número dez. —
Dei de ombros e consegui escapar da sua sessão de fotos, caminhando para
o banco da praça.
A ideia de fingir ser namorada do meu chefe estava indo longe
demais.
Fazia mais de um mês saíamos juntos para eventos sociais de que o
médico participava, além de encontros aleatórios com seus amigos, e eu
ainda me perguntava o porquê de continuarmos com uma mentira que não
agregava nada a minha vida ou na dele. Claro que me distraía, conhecia
novas pessoas e ganhava um bônus no salário que era de grande ajuda na
hora de pagar o aluguel do apartamento, além de manter o estoque de
rações de Zoe bem abastecida.
No começo, era apenas para atrair a garota em que James estava
interessado, mas, ao passo que o plano não surtia efeito, esse deixou de ser
o foco principal, Aquela situação havia se tornado algo comum e ainda não
tínhamos colocado um ponto-final nela. Sorte que o médico era respeitoso,
nunca tentara me beijar ou forçar algo só para parecer um namoro de
verdade, pois, assim como eu, ele também estava com o coração fechado.
Blindado com sete chaves.
Só estamos unindo o útil ao agradável.
Era bom estar ao lado dele, sua companhia trazia um colorido novo
aos meus dias, mas bastava chegar em casa para a tristeza voltar com força,
a saudade do meu lar apertava o coração, as lembranças de um passado
distante vindo e voltando, até mesmo de Bernardo Mancini, que não me
deixava em paz uma única vez na vida.
Perguntava-me se aquela noite tinha tido algum significado para o
futuro presidente do país, se ele ao menos sabia que tinha sido a minha
primeira vez, mas as respostas nunca vinham. Eu nem mesmo me dava ao
trabalho de procurá-lo, pois temia ser rejeitada como no passado. No
entanto, acompanhava pelo celular as notícias sobre seu nome,
principalmente as fofocas de um suposto envolvimento com sua secretária.
Confesso que no dia em que li isso senti uma pontada no coração, um ciúme
sem fundamento, pois nunca teríamos nada além daquela noite apagada.
Nunca consegui lembrar como foi ser dele e estar em seus braços.
— Não me diga que já está cansada, Mona. — James veio em minha
direção depois de guardar a câmera na mochila que carregava nas costas.
— Sim. — Ajeitei-me no banco e cruzei os braços. — Estou muito
cansada.
Não era uma mentira.
Nos últimos dias vinha me sentindo indisposta fisicamente, levantava-
me para trabalhar porque precisava caso quisesse realizar meus sonhos e dar
um futuro de qualidade para meus pais, mas a vontade de continuar deitada
era grande. Sem contar que estava sonolenta mais que o normal, comendo
pelos cotovelos como se estivesse passando necessidade, o que nem de
longe era o caso.
O meu corpo parecia dar sinais de que algo estava errado.
Eu só não sabia exatamente o porquê.
— Vou comprar uma água com gás, ok? Quer mais alguma coisa?
— Sem gás. — Fiz careta. — Uma barrinha de cereal, se tiver.
— Uma fruta não seria melhor? Pensa que esqueci que veio o caminho
todo reclamando que estava enjoada? — O médico me encarou,
preocupado.
— Que bom que tenho você para cuidar de mim. — Encostei o rosto
em seu ombro.
— Amigos servem para isso, não é mesmo? — Abraçou-me de lado.
— Eu acho que seria bom dar uma passada no consultório para que te
examine melhor, talvez sua pressão tenha baixado um pouco com esse calor
infernal que está fazendo.
— Não. — Gemi só de pensar em ficar mais alguns minutos no carro.
— Eu só quero ir para casa e descansar… Tenho certeza de que logo ficarei
bem.
— Mona, por favor… Não custa nada cuidar da sua saúde, garota. Vou
aproveitar e solicitar alguns exames de sangue. — Suspirou fundo. — Não
precisa se preocupar com os gastos, isso está dentro do seu plano de saúde,
ok?
— Que sorte a minha ter um namorado médico — brinquei e ele riu
baixinho.
— Quanto a isso… Estou te sufocando com essa mentira, não é
mesmo? Eu sei que não voltamos a falar sobre isso desde aquele dia, mas à
medida que o tempo passa sinto que estamos levando essa brincadeira longe
demais. — Foi sincero.
— E você decidiu que agora é o momento perfeito para discutirmos
nossa relação?
— É agora ou nunca.
Afastei-me um pouco dele para olhar dentro de seus olhos e, quando
estava prestes a abrir os lábios para responder, senti uma vontade imensa de
vomitar. Levei a mão até a boca para tampá-la, mas não consegui conter a
ânsia, ajeitei-me antes que me sujasse e coloquei, logo em seguida, tudo que
tinha comido para fora.
Droga!
Pensei que tinha esvaziado o estômago, mas foi questão de segundos
até vomitar novamente, como se nunca fosse parar.
— Porra, Mona! Era tudo que faltava pra te levar agora mesmo ao
hospital!
— Não… — gemi, finalmente a ânsia diminuiu. — Me leva pra casa.
— Eu sou médico, caralho… Não posso deixá-la assim. Vou cuidar de
você, ok? — Segurou com as duas mãos em meu rosto, sem se importar
com a sujeira. — Não vou deixá-la assim. Se as minhas suspeitas forem
confirmadas…
— Hã? — Choraminguei, fechando os olhos. — Não estou
entendendo…
— Acho que vamos ter um bebê, Mona — disse tão certeiro, como se
tivéssemos ficado sexualmente, mas isso nem em sonhos andou prestes a
acontecer.
Eu e ele? Nunca!
— Ai, quero vomitar de novo — avisei, mas ele não se afastou e me
ajudou, segurando os fios dos meus cabelos que estavam bagunçados. —
Ah…
— Não sei se fico feliz ou triste. — O Médico suspirou fundo.
Fechei os olhos, voltando a colocar para fora do estômago o que não
tinha mais e que queria sair.
Feliz ou triste?
Eu não sabia o que pensar.
CAPÍTULO 11
— Faça-me sua.
E seria. Completamente minha.
Monaliza não fazia a menor ideia de que tinha acabado de assinar a
sua sentença. Foi uma das coisas mais difíceis que fiz, recuar e desistir de
tomá-la ali mesmo, na ilha, mas eu jamais a exporia daquela maneira, afinal
não estávamos sozinhos. Havia uma equipe de segurança pelas redondezas,
que cuidava da nossa proteção o tempo todo. Com um único desvio,
poderiam ter total acesso ao que eu pretendia fazer assim que a tivesse
completamente nua em meus braços.
— Você sempre foi minha, Farfalla — rosnei, colocando a mão em
seu rosto, tomando seus lábios em um beijo esfomeado, cheio de desejo e
paixão.
A garota, em um impulso, passou as pernas em volta da minha cintura
e tratei de segurá-la com força, mantendo-a grudada para que sentisse o
quanto o meu pau estava rígido contra a sua barriga, pulsando para senti-la
de uma vez por todas, pele contra pele. Mordisquei seus lábios, suguei, me
fartei do seu sabor que me deixava insano, descontrolado e possesso.
Monaliza tinha um jeito delicado, inocente, que despertava o animal
predador adormecido que vivia em mim e ansiava por fodê-la de todas as
formas possíveis até que a exaustão nos consumisse.
E era exatamente o que faria.
Prolonguei o beijo por mais alguns segundos, deixando que ela me
tocasse. Seus dedos percorriam os fios do meu cabelo, a unha raspando na
nuca, o que me deixava ainda mais excitado, o pau duro feito pedra
querendo se libertar da cueca. Eu precisava continuar com a consciência sã
ou cometeria um grande erro ao tomá-la feito um animal no cio, ali, onde
qualquer pessoa poderia facilmente assistir.
— Cazzo! Por mais que quisesse continuar devorando essa boca
deliciosa, precisamos parar ou seremos flagrados por olhos curiosos que nos
cercam — disse, selando seus lábios antes de olhar em seus olhos. —
Vamos para o nosso quarto, esposa. — Mantive-a agarrada a mim, pois
pretendia levá-la à suíte assim.
— Por um minuto quase esqueci que vossa excelência é um homem
importante e não anda sem os seus súditos — brincou, deixando uma
mordida no meu ombro. — Nunca pensei que aquele garotinho magrelo
fosse criar tantos músculos assim.
— Então você precisa ver o que também cresceu, duro, grande e
com…
— Você não vai parar de tentar me falar o tamanho do seu pau?
— Vou lhe mostrar em tempo real e fazê-la sentir, centímetro por
centímetro — soprei as palavras rouco, mordendo o seu lábio inferior. —
Só que precisamos sair daqui o quanto antes, ou vou entrar em erupção…
— Estou sentindo o tamanho da potência… Se continuar roçando
assim em mim, teremos um grande problema até chegarmos no quarto. —
Rebolou a cintura para me provocar.
Agarrei-a com um pouco de força para que ficasse quieta no meu colo.
— Vou tirá-la da água para deixá-la molhada de outra forma, esposa.
Dei a sentença, beijei seus lábios antes de nadar com ela de volta para
a superfície.
— Eu posso tomar banho antes? Sabe, meu corpo está cheio de
areia…
Tranquei logo a porta do nosso quarto e tirei as chaves. Virei-me para
encarar Monaliza, que se encontrava meio aérea, perdida, como se estivesse
com vergonha.
— Não vejo problema algum. No entanto, esposa… — Caminhei em
passos rápidos em sua direção, meu olhar percorrendo o seu corpo inteiro.
— O que pretendo fazer com você inclui deixá-la suja e marcada. Só que
essa sujeira será deliciosa, quente e a deixará ansiosa por mais, querendo
muito mais. — Fiz com que ela se deitasse na cama, aproveitei para ir logo
por cima, igual a um animal prendendo sua fêmea.
— Bernardo… — sussurrou quase em um gemido manhoso.
— Aqui nesta cama sou a porra do seu marido. — Beijei o vale dos
seus seios, vendo-a se arrepiar automaticamente. — Você é perfeita… Linda
— elogiei sem me conter, afinal de contas era a mais pura verdade.
Monaliza tinha uma beleza natural invejável, que poucas tinham, um
corpo que me atraía e fazia meu lado primitivo gritar querendo marcá-la
como minha. Eu me sentia possessivo demais, como se fosse um virgem
tendo a sua primeira vez, e mal sabia por onde começar. Os seios, em um
convite silencioso, atraíram toda a atenção, então tratei de desamarrar o
biquíni sem aviso prévio, sendo logo presenteado com a visão dos bicos
intumescidos, durinhos e que caberiam com perfeição na minha boca.
— Delizia! — Passei a língua entre um e outro, atacando-os com
sugadas fortes, mordendo enquanto com uma mão livre acariciava, apertava
com força.
— Nossa... hum! Bernardo! — Monaliza cedeu ao ataque, gemendo
baixinho.
— Preciso dos seus gemidos, Farfalla. — Revezei entre um seio e
outro, mamando desesperadamente ao passo que os deixava vermelhos e
marcados.
Desci com a outra mão em direção à calcinha, desfazendo-me logo da
última peça de biquíni que restava no caminho, e corri com o dedo em
direção a sua intimidade. Eu sabia que precisava ir com mais calma, aquela
era como se fosse a primeira vez de Monaliza, pois o nosso último
momento fora apagado da nossa cabeça. Prometi que iria reconstruir novas
memórias, mas era impossível manter o controle quando tudo que eu queria
era ir com muita sede ao pote e me fartar de uma vez.
Afastei a boca dos seios para descer com beijos pelo seu rosto, parei
na barriga e dei uma atenção carinhosa, distribuindo carícias em volta do lar
do nosso bebê. Logo me afastei para focar em dar prazer à minha esposa,
fazê-la sentir em tempo real o poder que o orgasmo causava. Monaliza logo
tentou recuar, tímida demais, e então esperei um pouco antes de descer com
o olhar para a sua pequena boceta.
— Só relaxe, Liza… Eu sou o seu marido. Não há mais ninguém aqui
neste quarto além de nós — falei carinhosamente, tentando passar
confiança. — Aqui podemos tudo e não precisa ter vergonha. Seu corpo é
perfeito, pretendo saboreá-lo pedacinho por pedacinho, com as mãos e a
boca — murmurei rouco.
— Tudo bem… Tudo bem. — Cobriu os olhos com a mão.
— Nada disso. Quero você com os olhos bem abertos para ver o que
farei, assim como pretendo mostrar o quanto meu corpo anseia pelo seu. —
Continuei a descer com os beijos até sua intimidade e sorri ao ver o quanto
era ainda mais perfeita do que sonhei. — Delizioso. Um verdadeiro manjar
ao meu dispor.
Monaliza estava completamente depilada, tão delicada e pequena, uma
joia que seria idolatrada por mim pelas próximas horas, pois não havia a
menor possibilidade de sair de dentro daquela boceta pelo tempo que
ficaríamos na ilha. Toquei em sua perna para que abrisse e eu pudesse dar
início ao meu plano de fazê-la ter prazer em minha boca. Fui agraciado pelo
Universo e caí logo com a boca em sua intimidade, passando a língua pelo
rastro de lubrificação que escorria.
Deixei suas pernas em volta do meu pescoço para ter mais controle e
conseguir me fartar da boceta suculenta que tinha em meu rosto. Cheirei-a
sem pudor e me embriaguei um pouco mais pela garota que rondava meus
pensamentos. Passei a língua em seu clitóris, rodopiei em volta do seu
monte e a vi soltar um gemido alto.
— Os seus gemidos são como melodia para os meus ouvidos —
rosnei, voltando a chupá-la, sugando o máximo que conseguia, raspei os
pelos ralos da barba.
— Ah… Por favor. — Esfregou-se sem-vergonha em meu rosto,
rebolou em busca de mais, querendo encontrar o prazer que se formava ao
passo que a tocava.
Molhei dois dedos na boca antes de penetrá-la com cuidado. Monaliza
era incrivelmente apertada e encontrei um pouco de resistência no caminho,
mas persisti até que eles deslizaram com facilidade, vindo e voltando.
Mamei em sua boceta, saboreando cada pedacinho dos lábios, dando
atenção ao clitóris e ao ponto de prazer que a fazia ficar mais excitada e
rebolar com mais precisão.
Estoquei com força os dedos em sua boceta delicada, minha esposa
por contrato gemia alto, banhava a minha boca com lubrificação ao passo
que estava prestes a alcançar o ápice. Não dei trégua na chupada, lambendo
com intensidade até que ela gritou, prendendo o meu rosto com as pernas ao
atingir o seu primeiro orgasmo.
— Bernardo. Ai, meu D… — Não conseguiu terminar de falar.
— Não, querida. A porra do seu marido. — Prolonguei o seu prazer,
sem querer sair da boceta que me prendera pelas bolas. — Que perfezione,
Liza… Tão minha.
CAPÍTULO 25
Eu não sabia se tinha sido uma boa ideia aceitar ir a um jantar com
Bernardo, mas acabei aceitando em especial por ser o seu aniversário; ele
queria comemorar comigo, uma vez que seu irmão estava viajando com a
namorada pelas ilhas gregas. O convite veio de forma inesperada pelo
celular e acabei concordando em ir com ele.
Que mal tinha?
O presidente passou em casa para me buscar e o percurso foi
silencioso.
— Aceita uma taça de vinho? — Bernardo perguntou sem delongas.
Estava sentado ao meu lado, o corpo relaxado enquanto bebericava a
sua bebida.
— Estou amamentando Bella. Vou ficar só com um suco. — Escolhi
no cardápio e entreguei ao garçom, que em seguida foi embora com os
nossos pedidos.
O restaurante era luxuoso, bem decorado, um clima agradável e havia
um músico tocando no piano uma canção suave que eu desconhecia.
— Como foi a gestação? Conte-me um pouco mais. — Deixou a taça
de lado na mesa.
— Limitada. Eu tive problema na placenta e então me vi obrigada a
me cuidar mais, bem como manter repouso total para que conseguisse
chegar bem aos nove meses. — Soltei um suspiro ao recordar. — Graças a
Deus tudo correu bem.
— Foi tudo culpa minha. Se eu não tivesse dito aquelas coisas…
Involuntariamente, toquei em sua mão que estava na mesa.
— Em partes, sim, mas não é totalmente culpado — tentei explicar. —
Eu iria descobrir logo mais que estava com descolamento na placenta, era
só questão de tempo. A médica que cuidou da minha gestação explicou que
isso acontece com três a seis mulheres entre mil grávidas. O que aconteceu
foi só um gatilho.
— Ainda assim fui culpado pela desgraça. — Colocou a outra mão
por cima da minha. — Falei coisas das quais me envergonho, pois fui cego
naquele dia e deixei que o ciúme me consumisse. A verdade é que nunca
senti isso por ninguém, Liza. Só de pensar que outro poderia tomar o que é
meu e ser pai de Bella… Fui um monstro.
— Eu nunca pensei que fosse capaz de fazer aquilo, quando deixei
bem claro que era virgem até aquela noite no cassino.
— Eu acreditei. Nunca duvidei disso, entende? — Não tirou o olhar
do meu. —Um sentimento me dominou quando vi aquele bastardo quase te
beijar e não suportei pensar na possibilidade de que poderia ser o pai da
minha filha. Não sei como isso veio aos meus pensamentos, mas foi o que
me fez agir errado.
— E sem querer partiu meu coração, que já estava quebrado.
— O meu se quebrou junto, Liza. Não vivi mais desde que a vi partir.
Aqui. — Pegou minha mão, levando-a ao coração. — Só continuou batendo
por você, mesmo que estivesse tão longe dos meus braços. Eu estou
pagando caro por ter feito o que fiz, mas irei viver em função de conquistar
ao menos dez por cento do seu perdão.
— Se é tudo de que precisa, então lhe darei quinze por cento. — Dei
um sorrisinho de lado. — Não ouse me machucar assim outra vez, ou irei
pegar Bella e sumir do mapa. Sei que nunca irei perdoá-lo completamente,
mas irei me esforçar para dar um voto de confiança me baseando em seu
comportamento daqui em diante.
— Isso é tudo de que preciso, Liza. Uma única e pequena chance.
— É tudo que terá de mim. — Afastei minha mão. — Passei por um
inferno e demorei muito para me reconstruir. Eu nunca mais irei me sujeitar
a passar por outro momento de fragilidade, isso sob hipótese alguma.
— Eu morro antes mesmo que isso aconteça, Liza. Estou dando a
minha palavra — selou uma promessa. — O amor é paciente e bondoso.
Não se vangloria e não se orgulha… — Citou o texto da bíblia completa e
finalizou. — O amor jamais acaba. — Estendeu a mão para pegar na
cadeira um papel que eu não tinha visto antes.
Franzi logo o cenho, confusa.
— Aqui está o nosso divórcio. É finalmente uma mulher livre, Liza.
— Entregou-me. — A mentira acabou.
— Não estava esperando por isso… — Segurei o documento com as
mãos trêmulas.
— Eu prometi e estou cumprindo com cada palavra. Apesar de que
isso não quer dizer que irei deixar de tentar reconquistá-la. Esse é apenas o
primeiro passo que estou dando em busca de tê-la de volta em minha vida,
mas desta vez pelos motivos certos. Ainda quero me casar com você, mas
será um degrau de cada vez, Liza.
Fiquei encarando os papéis sem reação. Então o acordo tinha acabado.
— Monaliza. Promete… — Engoliu em seco antes de falar. —
Promete que vai pensar se em algum momento vou ter uma segunda chance
com você?
— É tudo que quer? — Olhei-o dentro dos olhos. — Sem mais
acordos?
— Sem acordos e sem mentiras. Apenas uma faísca de uma chance.
— Uma faísca de chance — sussurrei, deixando o documento de lado.
Talvez fosse tudo de que precisávamos dali em diante. Uma segunda
chance.
CAPÍTULO 34
Bento Fontana é um bilionário arrogante, herdeiro de um império que acumula milhões todos os dias.
Ele só tinha um único objetivo que era continuar se mantendo implacável, expandindo os negócios
pelo mundo inteiro. Até se ver devastado pela morte do seu pai e descobrir que um testamento o
levaria para as terras onde abandonou anos atrás...
Ele só tinha que dar um fim a um ciclo e seguir sua vida. Isso até cruzar no meio do caminho com a
misteriosa garota das flores.
Flora Azevedo é uma jovem garota destemida que acabou de completar seus dezoito anos e não quer
nada além de continuar trabalhando com seu pai como auxiliar de veterinária. Flora tem uma mania
de enxergar o lado doce da vida, acredita quem em tudo sempre há dois lados e foi dado a isso que se
viu intrigada na teia de mentiras com o herdeiro Fontana.
Ele estava só de passagem e ela era só um meio para ajudá-lo a conquistar seu objetivo, nem que para
isso fosse preciso fingir um namoro de mentira. Uma paixão avassaladora e intensa.
Ele partiu prometendo voltar;
Ela descobriu toda a verdade;
Ele iria reconquistá-la isso até...
Um acidente trágico muda todo o cenário.
Flora não esperava descobrir que o homem por quem se apaixonou e ficou grávida era uma farsa e
nada a preparou para reencontrá-lo com uma noiva.
Ela protegeria sua filha do pai...
Ele não se lembrava dela e tampouco do bebê.
O que acontecerá quando a verdade vier à tona? E as peças perdidas encontrarem seu lugar?
E se você acordasse na cama do homem que mais odeia na vida?
Natália Brown só tinha um único objetivo: pagar as parcelas do seu apartamento e se tornar uma
advogada de sucesso, mas com o trabalho de garçonete em uma boate esse sonho estava cada vez
mais longe de se realizar. Mas uma coisa é certa; ela odiava com todas as forças seu chefe tatuado.
Miguel Sanchez vivia nas alturas, navegando entre dois mundos, aproveitando a vida enquanto
quebrava algumas regras pelo caminho. O bilionário tatuado não se prendia a ninguém e com um
passado traumático que o tornou um homem quebrado, isso estava fora de cogitação. Até ela chegar.
Um plano sórdido;
Um acordo de prazer;
Dois inimigos declarados; e
Um bebê inesperado e rejeitado.
Atormentado e preso em sua própria escuridão, Apolo Makris não acreditava mais em redenção
desde que perdeu sua esposa com o fruto desse amor no ventre. O CEO de uma das maiores redes de
hotelaria da Grécia se afundou em culpa e amargura. Ele jamais se perdoaria por ter sido o
responsável pelo trágico acidente, carregando a solidão no peito e tornando-se cheio de amarras que o
prendiam de continuar seguindo sua vida.
Um episódio marcante fez com que o comando das suas empresas fosse tirado de suas mãos sem que
pudesse fazer nada para contê-los e impedi-los.
Lidiane Galini, é uma garota jovem, garçonete e que lutava para proteger a sua irmãzinha que ficou
sob sua proteção desde que foi abandonada. Ela não queria nada além do sorriso no rosto da pequena
Anne Galini, por quem era capaz de tudo. Inclusive, aceitar e assinar um contrato.