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MEU CONSIGLIERE
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Estou estressado com essa demora toda. Faz mais de 4 horas que
levaram Gena de mim, e até agora nada, nenhuma notícia. Vou acabar
matando alguém.
— Senhor! — Sebastián me chama e eu caminho até o seu consultório,
fechando a porta atrás de mim.
— Por que a demora toda? — questiono sem paciência.
— Foi preciso fazer mais exames, senhor. Ela tem duas costelas
fraturadas e muitas marcas de agressões pelo corpo, tanto novas quanto
antigas. A pancada na cabeça não causou nenhum trauma e a febre já baixou.
Pode levá-la para casa. Vou apenas passar alguns remédios para dor. —
explica.
— As fraturas não precisam de cirurgia? — Passo a mão pelos meus
cabelos.
— Não, senhor. As fraturas são consideradas simples. Ela precisa
apenas de repouso, uma alimentação saudável e nada de exercícios. Qualquer
coisa o pode me chamar. — Entrega-me os medicamentos.
Abro a porta do meu apartamento com uma Gena adormecida. É um
sacrifício. Deposito-a na cama e em seguida tiro as suas roupas. A sua pele de
anjo está toda machucada e há marcas de todos os tipos de abusos. Vou matar
lentamente aquele desgraçado. Então esse é o motivo dela estar usando
vestido de mangas longas em pleno verão. Las Vegas está num calor infernal.
É assim que ela cobre as marcas de agressões pelo seu pequeno corpo.
Tomei uma ducha rápida e vesti uma calça de moletom preta e folgada.
A garota se remexe na cama abrindo os seus lindos olhos verdes. A sua
respiração acelera quando percebe que não está sozinha. Olha em volta
provavelmente se perguntando onde se encontra. Aproximo-me da cama sem
fazer movimentos bruscos.
— Está tudo bem, anjo. — Me aproximando e ela se encolhe contra a
cabeceira da cama, com olhos arregalados e a respiração ofegante. — Ei! Está
tudo bem. — Asseguro, me sentando na ponta da cama.
— Por que estou aqui? — tem uma voz fraca.
Percebe que está nua, então puxa a coberta, cobrindo-se. As suas
bochechas ficam vermelhas de vergonha.
— Você desmaiou. Estava muito machucada e teve que ser levada para
o hospital — explico calmamente e ela analisa em volta novamente,
hesitante.
— Por que estou sem roupa? — questiona segurando o lençol sobre os
seios pequenos, que aliás são lindos. Não deveria ter notado, mas notei. Não
que eu fosse fazer alguma coisa a respeito. Não sou um estuprador de merda
e nem tenho necessidade disso.
— O médico precisava examiná-la. Suas costelas estão fraturadas. —
informo.
Gena não esbouça nenhuma reação. Não foi por esse motivo que tirei
suas roupas, apenas queria que ela se sentisse confortável.
— Você vai me machucar também? — pergunta num fio de voz,
sempre analisando as suas mãos no colo. Gena é mais quebrada do que
pensei.
— Não. Vem! Você precisa comer. — a chamo lhe entregando uma das
minhas camisetas, que veste e faz uma careta de dor.
— Preciso da minha calcinha. — diz envergonhada.
As suas bochechas estão vermelhas, uma cor em seu rosto que a deixa
ainda mais linda. Vou ao closet, pego uma cueca nova e a entrego.
Provavelmente vai ficar um pouco folgada, contudo, é o que tenho por agora.
— É nova. As suas roupas estão na secadora. Não pensei que você
acordaria agora. — explico lhe entregando.
— Obrigada! — sussurra.
Gena está vestida. A minha camisa fica abaixo das suas coxas. Estendo
a mão num comando silencioso, o que a deixa hesitada por um momento, mas
logo coloca a sua mão trêmula na minha. Pego-a no colo e ela endurece
contra mim, porém, em seguida relaxa um pouco. Provavelmente tem medo
de me dar confiança e depois eu machucá-la.
Coloco dois sanduíches na sua frente. Gena começa a comer como se
estivesse morrendo de fome. Faço de conta que não vejo nada. Talvez não
coma há dias. Vou alimentá-la direito.
— Quer mais um pouco? — indago.
Acena com a cabeça, afirmando. Depois de alimentada, a coloco na
cama. Dorme rapidamente. A sua expressão é pacífica. Deito-me ao seu lado,
deixando o máximo de espaço possível entre nós. Não quero machucá-la sem
querer.
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O meu nariz está coçando. Tento mexer os meus braços, mas tem
alguém em cima deles. O meu corpo fica tenso. Abro as pálpebras
vagarosamente. Gena está dormindo aconchegada comigo. O seu corpo
pequeno se encaixa perfeitamente ao meu. Não me mexo, apenas continuo
olhando-a enquanto dorme profundamente. Linda! Passo os meus dedos pelos
seus fios dourados. Meu celular começa a tocar. Maldição! Ela aconchega-se
ainda mais a mim. Seu corpo fica totalmente rígido e a sua respiração acelera.
Está acordada.
— Bom dia, anjo. — Beijo sua cabeça.
Ela não se mexe. O seu peito sobe e desce rapidamente. E o maldito
celular não para de tocar! Desvencilho-me do seu corpo pequeno. A sua
respiração começa a voltar ao normal. Vejo o nome do meu irmão na tela do
celular.
— Fala, porra! — atendo irritado.
Por que ele tem que me ligar tão cedo assim? O que aconteceu?
— Lucas quer saber se você vai buscar a garota Anny daqui a uma
semana. — diz impaciente. Mas quando o meu irmão tem paciência? Nunca!
Fito a linda moça que me observa atentamente. Mantenho o meu olhar
fixo nos seu. Daqui a uma semana estará quase recuperada.
— Sim. Vou buscá-la. Só isso? — questiono sem a menor paciência.
— Como está a menina? — pergunta.
Estreito os meus olhos, mesmo com ele não podendo ver. O que
pretende?
— Está bem, entretanto, com algumas costelas fraturadas e marcas de
agressões por todo o corpo, antigas e novas. — eu respondo e ela se encolhe.
— Você já decidiu o que fazer com eles, já que ficou com a menina? A
vagabunda da madrasta já teve um test drive gratuito ontem à noite para todos
que quisessem fodê-la. — Sorri.
Ele está adorando essa situação. Dou graças a Deus por tê-lo como
irmão. Nunca vou querê-lo como inimigo. É melhor não estar na sua mira,
porque você preferirá o inferno. É pura crueldade, a definição do diabo. Não
que eu não seja um monstro criado também, mas temos uma diferença:
Damen aprecia todas as maldades que faz, já para mim tanto faz, não me
importo, apenas me acostumei a elas. Contudo, não vou mentir que na
maioria das vezes gosto bastante.
— E Gefrete? — pergunto.
Ao mencionar esse nome, os olhos de Gena se enchem de lágrimas.
— Ele está sendo bem cuidado, até demais para o meu gosto. A sua
bunda provavelmente está sangrando de tanto ser usada. Preciso sair. —
Desliga.
Nem me preocupo em reclamar. Ele nunca se despede mesmo.
— O que vai acontecer comigo? — A garota fita as mãos.
— Nada. Se você tivesse escolhido a primeira opção, meu irmão te
mataria sem pensar duas vezes. — Me aproximo dela e o seu corpo fica
tenso.
Levanto-a da cama e ela faz um som estrangulado no fundo da
garganta. Provavelmente esperou ser espancada por mim. Vi tantas vezes a
minha mãe apanhar, suplicando para ser salva. Assisti os seus olhos perderem
o brilho a cada dia. Eles ficaram sem vida, até que ela não suportou mais e
pulou de uma janela do décimo andar. Vocês devem estar pensando que eu a
achei egoísta. Não penso assim. Já tínhamos 10 anos, e éramos velhos o
suficiente para cuidar de nós mesmos. De qualquer maneira, mamãe nunca
pôde nos proteger, pois sempre esteve fraca demais pelas agressões que sofria
diariamente.
— Você precisa comer. Está muito magra. — Coloco-a na cadeira.
— Obrigada! — agradece puxando minha camisa para baixo. O seu
cheiro está por todo o meu corpo.
Faço um sanduíche, o suficiente para alimentá-la bem.
— O que vai fazer comigo? — pergunta novamente.
A sua cabeça está baixa em sinal de derrota. Fica observando a comida
ainda intocada no prato.
— Nada. Você será minha esposa.
Seus olhos verdes esmeraldas enchem-se de pavor.
Vocês devem estar pensando que me senti ofendido. Na verdade não.
Ela tem razão de estar apavorada. Todos no nosso mundo conhecemos a
minha fama de "o sem coração".
— Por que eu? — seu tom de voz é choroso.
— Não se preocupe. Não vou machucá-la, nem obrigá-la a ter relações
sexuais comigo. — sou sincero. Não preciso estuprar uma mulher para fazer
sexo. Não tenho necessidade disso.
— Por que quer casar comigo?
— Você é perfeita para mim. Agora coma! Quero você saudável. —
Levanto-me e beijo a sua bochecha.
Mamãe sempre dizia: “Trate sua esposa com carinho, mesmo que não a
ame”. Umas das coisas que Damen e eu nunca esqueceremos.
Gena termina de comer e me analisa como se não soubesse o que fazer.
Ela tem que perder esse medo comigo. Gosto de mulheres submissas apenas
na cama.
— Pode fazer o que quiser, anjo. — falo olhando-a remexer as mãos no
colo.
— Posso tomar um banho? — pergunta timidamente.
— Claro que sim! Não precisa me perguntar nada. Você pode banhar,
comer, assistir... Tudo o que lhe der vontade. — Retiro a mesa.
Eu mantenho-me no lugar limpando a louça suja e Gena se levanta,
estremecendo. Começa a subir a escada em uma lentidão torturante.
— Espera! — peço fazendo-a parar completamente.
O médico disse que ela não pode fazer esforço. Sou um filho da puta
por não me lembrar disso.
— O quê? — indaga com a voz fraca.
— Você não pode fazer esforço. — Levanto-a em meus braços.
— Não precisa. Estou acostumada. — sussurra.
A raiva aumenta dentro de mim. Esses filhos da puta que se acham
machões ao espancarem mulheres frágeis! Se sentem poderosos, todavia, não
passam de covardes de merda. Fodidos molengas! Homens crescidos de
verdade não têm necessidade de agredir uma mulher inocente apenas por
diversão, pois sabem a força que tem.
— De agora em diante, desacostume-se. — ordeno colocando-a no
chão.
— Tudo bem. — murmura puxando minha camiseta para baixo.
Ela tem 1,69 no máximo. Gosto da sua altura, se encaixa perfeitamente
com a minha.
— Quando você terminar, vamos fazer compras. Precisa de roupas. —
digo.
— Não posso ir. Estou sem o que vestir. — diz suavemente me olhando
com apreensão. Provavelmente espera ser espancada por mim a qualquer
momento.
Entro no closet, pego um conjunto de saia e blusa e uma lingerie.
Mandei uma das prostitutas comprar enquanto ela ainda dormia.
— Aqui. — entrego-a.
— Podemos ir buscar minhas roupas. Não precisa comprar. — sugiro
com a mesma apreensão de antes.
Eu até poderia fazer isso, mas seu passado é doloroso. Ver algumas
coisas pode fazê-la lembrar dos maus-tratos, e isso não é bom.
— Vamos às compras. Vida nova, tudo novo! — Me aproximo e Gena
estremece, mas não sai do lugar.
Circulo a sua cintura colando o meu corpo ao seu tão frágil e beijo o
canto da sua boca. A respiração dela acelera e ela me fita com aqueles
malditos olhos grandes, temerosos.
— Espero você em meia hora, anjo. — Dou um selinho em seus lábios
suculentos, fazendo-a inalar agudamente em busca de ar. Em seguida faz um
som no fundo da garganta.
Entro no closet, pego um terno meu, desço e vou para um dos quartos
de hóspede. Tomo uma ducha demorada. O meu pau está mais duro que barra
de ferro. Não vou me masturbar. Não mesmo, porra! A água gelada faz o meu
pênis voltar a se comportar.
Depois de vestido, bato na porta do seu quarto.
— Entre! — Gena pede com a sua voz suave.
Entro. Percorro todo o seu corpo com meus olhos. Apesar de magra
demais, continua lindíssima. Meu pau pulsa na calça enquanto admiro suas
curvas. Linda pra caralho!
— Você está linda, anjo. — elogio. Ela apenas sorri timidamente.
— Obrigada!
— Vamos! — Estendo minhas mãos. Gena fita os seus pés delicados.
Sigo a visão dela. Está descalça. Ah, porra! Me esqueci de entregar os seus
saltos. Pego eles e sento Gena na beirada da cama. — Vem! Deixe-me calçá-
la! — peço.
O seu rosto fica vermelho de vergonha.
— Posso fazer isso. — Se aproxima de mim.
— Vamos, anjo! — Bato em minha perna.
Ela para frente à mim, eu seguro uma de suas pernas e calço o salto alto
em seus pés delicados.
— Obrigada!
— Está pronta? — pergunto.
Gena apenas acena com a cabeça, afirmando.
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Fiz uma omelete para mim e panquecas para Deimon, que saiu logo
depois do café da manhã, me deixando sozinha. Já comi e arrumei o
apartamento inteiro. Sento-me em frente à televisão. Ele me ensinou como
usar a Netflix. Procuro os filmes que mais gosto e sinto-me uma burra sem
saber nada. Como diz o ditado: “Um passarinho criado em cativeiro nunca
conhecerá a liberdade”. Nunca entendi o significado deste ditado, até este
momento. Mesmo sendo livre de alguma forma, não me conheço e não sei do
que gosto. Isso me deixa frustrada.
Mesmo Deimon me deixando à vontade, constantemente estou
cautelosa à sua volta. Não vou perder esse comportamento tão cedo, e isso é
triste. Sempre vou estar com medo de fazer algo errado e apanhar. No fundo
sei que prometeu nunca levantar a mão para mim, mas mesmo assim não
posso confiar. Estamos compartilhando um apartamento há menos de 80
horas. Ele continua sendo um estranho para mim. Já nos encontramos em
algumas festas, mas nunca trocamos uma palavra. Agora eu vou ser mulher
de um dos homens mais cruéis, o “monstro”, como é conhecido.
Todos dentro da Camorra são monstros criados e ensinados a serem os
piores. Nunca vou querer apertar os botões dele para descobrir os seus
limites. Apesar de ter sido gentil comigo, homens da máfia gostam de
quebrar as suas esposas. Conquistam a confiança delas e depois o verdadeiro
inferno começa. Estou morrendo de medo. Deimon pode ser como o meu
padrasto. O meu sangue gela com essa possibilidade. Não suporto mais ser
espancada. Prefiro morrer do que voltar a viver naquele inferno outra vez.
Vocês devem achar que existe outra solução, mas não há quando se
vive num mundo como o meu. Vi e vivi na pele a dor de ser espancada
diariamente, ser depressiva e não ter a menor esperança. Ainda me lembro do
dia em que encontrei a minha mãe com os pulsos cortados, numa poça de
sangue. Nunca tirei essa imagem da cabeça. Mamãe tinha só 50 anos e era
linda. Todos dizem que sou sua cópia fiel.
Às vezes me perguntava porque as pessoas não nos ajudavam, se
estávamos bem ao lado delas pedindo socorro. Simplesmente fingiam não ver
e continuavam com as suas vidas perfeitas. Não são seus problemas, não é
mesmo? Até que um dos seus filhos entre em depressão e vejam o quão
difícil é, ou até que sofram agressão do marido ou namorado. Quem se
importa com quem está sendo violentada? Ninguém! Não está sendo com
você, então está tudo maravilhoso. Que sociedade hipócrita do caralho!
Todos os anos fazem campanhas sobre violência doméstica, mas quem de
verdade pratica o que se fala? Nenhum deles! Suspiro cansada dessa situação.
Não consigo superar a morte da minha mãe. Mesmo me sentindo
aliviada, nunca julguei a sua escolha. Ela se libertou dessa vida miserável.
Até ontem eu também não tinha esperança. Ainda não tenho muita. Os meus
medos nunca me deixarão confiar em alguém o suficiente para não temer a
traição.
Vi mamãe morrer um pouco a cada dia. Os seus olhos perderam o
brilho gradualmente, assim como os meus. Ela veio da Rússia em busca de
um novo recomeço, mas entrou num inferno igual ao anterior. Não tinha mais
volta. Viu a esperança em Gefrete, o homem a quem fui ensinada a chamar de
pai. Com toda a sua gentileza ofereceu ajuda à minha mãe, que aceitou.
Depois de casada, o inferno começou. Ela sempre dizia que não era tão ruim
quanto o antigo sofrimento. Sofreu demais nesse mundo. Espero que tenha
um descanso digno na outra vida.
Sei que não sou filha de Gefrete. Mamãe disse que sou filha de um
mafioso Russo. Que Deus me ajude! Mamãe, por favor, se você está aí em
cima, ajude-me! Choro lembrando de tudo o que passei, das noites sem sono
causadas pela dor e dos dias de fome. Uma vez quase morri desidratada, mas
Gefrete nunca me deixava morrer. E se Deimon for como ele ou pior? Choro
muito até adormecer no sofá.
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Acordo com Gena se contorcendo na cama. Está tentando sair dos meus
braços sem me acordar, o que é impossível.
— Bom dia, anjo. — falo abrindo as pálpebras.
Me acostumei tão rápido com ela.
— Bom dia. Preciso usar o banheiro. — fica envergonhada.
Solto sua cintura e ela levanta correndo para o banheiro. Dou uma
gargalhada. Está se acostumando comigo, por mais incrível que pareça.
Continuo deitado. Pretendo levá-la para um almoço fora e escolher o
seu anel de noivado. Ainda não falei nada sobre o casamento com o meu
irmão, e quando Anny chegar será a hora certa de comentar o assunto.
Gena aparece vestida em uma das minhas camisas. Está mais gordinha
e linda, como pensei que ficaria. Deslumbrante! A sua pele fica cada dia mais
macia. Se deita novamente, mas não se aconchega a mim. Faço uma careta,
pego-a pelo quadril e a puxo. Ela solta um gritinho de surpresa e em seguida
começa a rir. Cada minuto que passamos juntos é gratificante.
— O seu lugar é aqui. — Rolo em cima dela.
Fico entre as suas pernas, o que a deixa rígida por um momento, mas
logo relaxa. Entendo os medos que tem e não forçaria seus limites. Acaricio
seu rosto e lábios com meus dedos macios. Sua boca está levemente aberta,
então eu abaixo a minha em direção da dela. Faz dias que estou com uma
vontade louca de prová-la.
Saboreio os seus lábios, deslizando a língua entre eles e apreciando o
seu sabor. Gena hesita por um momento, mas depois retribui o beijo com
timidez. O seu primeiro beijo é comigo. Todas as suas primeiras vezes
pertencerão a mim. Possessividade enche o meu peito.
Seu corpo delicado e macio embaixo de mim interrompe o beijo. Ela
está respirando rápido. Me analisa com os seus olhos grandes verdes. Volto a
beijá-la. Meus lábios apreciam o seu sabor doce. Enfio a língua na sua boca,
explorando cada pedacinho dela. As suas pernas se apertam em volta de mim,
uma posição perfeita para eu penetrar em sua pequena boceta.
Interrompo o beijo, senão farei uma merda. Sua respiração está
acelerada e o seu peito sobe e desce ofegante.
— Deimon! — sussurra num fio de voz.
— Aonde você quer almoçar? — pergunto.
O meu pau está pressionado contra a sua boceta e quase gemo em
apreciação. Gena é toda suave. Foda-se! Porra de perfeição!
— Não sei. — responde com aqueles olhos inocentes brilhando.
Ela será minha morte. Porra de bolas verdes do caralho! Não consigo
transar com ninguém, e isso não é normal. Suas mãos delicadas estão
posicionadas em meu peito, dando-me uma boa sensação.
— Vou escolher. — digo baixinho observando sua boca carnuda. Me
abaixo ficando completamente em cima dela.
— Deimon! — murmura com a respiração acelerada.
Me apoio em meus antebraços, esmagando seus seios, e volto a beijá-
la, mas dessa vez lentamente, saboreando os lábios deliciosos que tem. Ela
hesita alguns segundos antes de me beijar timidamente de volta. Essa timidez
está me matando.
Puxo suas pernas, colocando-as em torno do meu quadril e gemo
quando o meu pau pressiona sua boceta. A sensação esmagadora e deliciosa
me invade. Esfrego-me em seu calor. Estou me torturando, uma tortura
gostosa. Ela solta um gemidinho em surpresa enquanto exploro cada
pedacinho do seu corpo. É como um vício: nunca é o suficiente e sempre vou
querer mais dela. O meu pau está duro como pedra. Quero entrar no seu
canal, que deve ser muito apertado, maravilhosamente quente e molhado.
Gemo com o pensamento.
Ela sobe as mãos pelo meu pescoço e acaricia meus cabelos. Não sabe
se puxa ou se faz carinho. Acaricio suas pernas e esfrego nela o meu pau cada
vez mais num ritmo lento e torturante.
— Deimon, está doendo. — murmura entre os meus beijos.
— Está tudo bem. Só relaxa. — Beijo seu pescoço.
Gena solta outro gemidinho baixo, ainda tímida. Deslizo uma mão pela
lateral do seu corpo ao mesmo tempo em que movo a outra para dentro da sua
camiseta. Seguro o seu seio, massageando-o. É perfeito e cabe
adequadamente em minha mão.
— Deimon! — sussurra angustiada contra meus lábios. Ela
provavelmente nunca gozou, então não entende o prazer que seu corpo está
sentindo.
— Apenas relaxe! Vou cuidar de você. — Abro alguns botões, o
suficiente para dar acesso ao paraíso.
Abocanho o seu mamilo, sugo e lambo enquanto massageio o outro.
Gena levanta o quadril da cama em busca de mais atrito. Quero estar
enterrado dentro da sua boceta apertada, mas não será hoje. Ela não está
preparada para um passo tão grande. A chupo fortemente e ouço os seus
gemidos tímidos que estão me deixando louco.
Desço uma das mãos e esfrego o seu clitóris em círculos por cima da
calcinha. Porra! Está malditamente molhada. O tecido está completamente
encharcado.
— Isso, anjo! Goza pra mim! — ordeno quando o seu corpo estremece
gozando.
O rosto dela está vermelho e a sua boquinha rosadinha está aberta
respirando pesadamente. Seus olhos sonolentos estão brilhando de satisfação.
Minha respiração acelera. Um leve sorriso aparece no seu rostinho de anjo.
— O que foi isso? — sussurra me analisando atentamente. Mantenho-
me em cima dela.
— Você gozou. — afirmo retirando meus dedos da sua boceta.
Os seus olhos se arregalam quando percebe onde minha mão estava.
— Oh, meu Deus! Isso é errado! — sussurra assustada.
— Por quê? — Deposito um beijo em seus lábios inchados dos meus
beijos.
Meu pau continua latejando, necessitado.
— Mamãe disse que ninguém pode me tocar aí. — sussurra de novo,
corando lindamente. Está envergonhada.
— Quando nos casarmos, poderemos fazer isso e muito mais. Você
será minha esposa, anjo. — Retiro uma mecha de cabelo do seu rosto.
— É isso que um marido faz? — Cora novamente.
— Mais ou menos. Vamos a um passo de cada vez. — sugiro.
Não sei como explicar essas coisas para a uma mulher que quero
transar.
— Humm... — geme quando me mexo em cima dela.
— O que foi? — pergunto.
Preciso me aliviar. Ficar em cima dela não está ajudando. Sinto o calor
da sua boceta no meu pau.
— Bem, é que... É... É que tem algo duro fazendo coisas estranhas na
minha... É... É... É... — gagueja.
Gena é mais inocente do que pensei. Será que nunca viu ninguém sem
roupa ou o que um casal faz entre quatro paredes? Imagino as coisas que
poderei fazer com ela quando estiver pronta para mim.
— Você fala do meu pau pressionando contra a sua boceta deliciosa?
— Esfrego-me nela, que estremece ligeiramente.
— Oh! Bem... Sim. — sussurra fracamente.
— Vem! Vamos tomar um banho. — Liberto-a.
Me levanto ficando de joelhos entre as suas pernas, tendo uma bela
visão da sua boceta molhada pelo gozo. O tecido da sua calcinha está
encharcado. Gemo de frustração. Por que tem que ser malditamente gostosa?
Esse jeitinho inocente me leva à loucura.
Olho para o seu rosto e ela fita com intensidade a minha cueca. Não é
uma boa ideia banharmos juntos, pois provavelmente vou encostá-la na
parede e fodê-la até o esquecimento. Isso seria um desastre. Me aproximo da
sua boceta dando um leve beijo.
— Deimon! — grita tentando fechar as pernas, mas não deixo.
Puxo a sua calcinha para o lado, expondo a sua boceta para mim, que é
linda e toda rosadinha. Perfeita! Passo a língua por sua fenda molhada. O seu
sabor é inebriante.
— Deimon, o que está fazendo? — pergunta com a voz entrecortada.
Não sabe se reclama ou se entrega-se ao prazer.
— Provando o seu sabor. — Sugo o seu néctar.
— É estranho… Muito... Muito bom! — murmura gemendo.
Oh, meu anjo! Você não tem ideia das coisas sujas que penso em fazer
com você. Sugo o seu clitóris e ela solta um grito em surpresa, se
contorcendo de prazer.
— Deixe-me ouvi-la, anjo. — ordeno contra a sua boceta.
Gena resmunga esfregando-se em meu rosto e rebolando sensualmente
contra a minha língua, que penetra o seu canal onde desejo colocar o meu pau
em breve. Volto a chupá-la e mordisco seus lábios grossos. Ela solta um
gritinho enquanto goza novamente. Uma visão linda. As suas costas
levantaram da cama no momento que gozou lindamente. Foda-se! Será minha
em breve. Coloco sua calcinha de volta no lugar. É deliciosa como eu
imaginava. Limpo a boca, perguntando:
— Vou banhar. Você vem?
Por favor, não aceita! Ou vou fazer algo estúpido e depois me
arrepender.
— Posso dormir mais um pouquinho? — pede com as pálpebras
fechadas.
— Sim. O que você quiser. — respondo entrando no banheiro.
Tomo uma ducha com água gelada depois de ter me masturbado
imaginando fodê-la por todos os seus orifícios. Porra! Essa menina será
minha morte.
Me arrumo, pois preciso sair e comprar um anel de noivado. Gena
ainda está adormecida na cama. Acho que o orgasmo a deixou sonolenta.
Caminho até ela e sacudo suas pernas. Nada. Apenas grunhe adormecida.
— Anjo, estou saindo. — Beijo sua bochecha macia.
— Uhum. — resmunga novamente.
Não está acordada. Provavelmente nem vai se lembrar do que falei.
Pego um papel no criado-mudo e escrevo rapidamente.
“Anjo, fui trabalhar. Descansa! Está proibida de arrumar o
apartamento. Volto para te pegar ao meio-dia. Vamos almoçar fora. Deimon
Davenport”.
Saio fechando a porta do apartamento. Entro na minha Lamborghini
preta e vermelha. Tenho uma visita super feliz ao meu futuro sogro.
*****
Estaciono em frente a uma das boates de prostituição, “Your Pleasure”,
e cumprimento uns clientes que ainda estão aqui com algumas das prostitutas.
Desço a escada direto para o porão. O velho deve estar com os olhos sem
vida, exatamente como Gena estava. Felicidade corre pelas minhas veias.
— Como está a estadia? — pergunto ao hóspede de Ernesto.
Ele não responde, apenas me analisa. Olhos sem essência, exatamente
como os da Gena quando a conheci.
— Por favor, me mata! — Gefrete suplica chorando.
Filho da puta miserável! Molenga! Mal começou o seu inferno e já está
implorando. O futuro será triste para ele.
— Já? Mas você não é durão? — Me sento na sua frente.
— Por favor! Não suporto mais! — implora novamente.
— Está exatamente como sua filha estava. Lembra de quando você a
espancava até vê-la perder a consciência? — questiono calmo, mas por dentro
quero matar lentamente e esfolar esse miserável filho da puta. O seu fim não
será indolor, e sim extremamente doloroso.
— Ela não é minha filha! — grita.
Interessante! Isso não muda nada. Seus atos o colocaram aqui neste
exato lugar, nesta situação.
— Não me importo. — falo com frieza.
Ele só tem mais uma semana de vida mesmo. Ernesto já está aqui para
terminar o trabalho. A pele dele está toda roxa e o seu rosto está desfigurado.
— Seu desgraçado! Você transformou a minha mulher numa prostituta.
Tenho que vê-la ser fodida ao mesmo tempo em que sou violentado por um
monstro. — grita descontrolado.
Não me importo. Seu desespero me agrada. Solto uma risada cruel de
satisfação.
— Você via apenas alguns dos programas dela, mas a partir de agora
verá todos. Homens usando o seu corpo enquanto é fodido como o miserável
que é. — Me levanto e me aproximo da cela, encarando-o.
— Por favor! — suplica novamente.
— Não. Sogrinho, obrigado pela linda mulher. — Saio.
Ele grita descontrolado e eu sorrio triunfante. O seu fim está tão
próximo. Sinto o sabor correndo pelas veias. Não tem preço, nem explicação
vê-lo quebrado, sem esperança. Subo a escada, me afastando dos gritos de
dor do Gefrete. Ernesto tinha acabado de chegar quando saí.
— Deimon, por favor! Me tira daqui, meu amor! — Natasha implora
abraçando-me.
Empurro-a para longe. Puta do caralho!
— Primeiro: não sou seu amor. Segundo: não me interessa a sua vida
de merda. — rosno e caminho para fora da “Your Pleasure”.
Entro em uma das joalherias da minha família, pois preciso de algo
grandioso, porém simples. Olho várias opções. Algumas me agradam.
Escolho o que mais gostei e acho que vai combinar com ela. É um solitário
com várias pedrinhas em volta do aro.
Quando chego em casa, Gena está sentada assistindo o filme “Avatar”.
Quando me vê, as suas bochechas ficam vermelhas, provavelmente se
lembrando da nossa manhã. Só de pensar, meu pau pulsa. Preciso transar com
ela.
— Oi. — Caminho até ela.
Beijo a sua boca com vontade. Os seus lábios são macios e viciantes.
Estou perdido com essa garota.
Respiro com dificuldade. A boca do Deimon me faz ter sensações
estranhas. Sinto-me muito bem, mas ele interrompe o beijo. Esfrego as pernas
uma na outra aliviando um pouco a queimação em meu centro.
— Já está pronta? — pergunta.
— Sim. — Fito seus olhos verdes.
— Vou tomar um banho rápido e já volto. — Beija-me mais uma vez.
Ele faz com que eu sinta sensações tão boas! Nunca me senti assim,
satisfeita, e calma com alguém. E se me machucar depois? Não consigo parar
de pensar nisso. Que escolha eu tenho? Nenhuma.
Depois de alguns minutos aparece vestido de forma casual.
— Pronta, anjo? — Estende a mão para mim e passa o braço em volta
da minha cintura de forma possessiva.
— Vamos passar a tarde fora. — anuncia ajeitando-me em seu carro.
— Aonde vamos? — pergunto me sentindo mais à vontade com ele.
— Almoçar e depois comprar mais algumas coisas para você. — Retiro
o carro da garagem.
*****
*****
*****
*****
*****
Acordo com meu corpo quente. Deimon está com os braços em volta de
mim e minha cabeça permanece em seu ombro. Olho para seu rosto
adormecido pacificamente. Seus lábios grossos estão entreabertos enquanto
respira pesadamente. Passo as pontas dos meus dedos pela sua face. Ele
começa a abrir os olhos verdes e um sorriso brinca em seus lábios. Quero
beijá-lo.
— Bom dia. — Faço cafuné em seus cabelos sedosos e macios.
— Bom dia, meu amor. — diz.
Meus olhos se arregalam em surpresa ao ouvi-lo me chamar de “amor”.
Ele sorri beijando meus lábios rapidamente e depois se levanta.
— Já? — fico apreensiva.
Deimon me analisa, então sorri de forma sensual.
— Vou ver os bebês. Anny não consegue cuidar deles sozinha. —
Puxa-me da cama.
— Os bebês? — Cubro meus seios com as mãos.
— Anjo, já vi tudo que tem aí. — Retira meus braços de cima dos meus
seios.
Tomamos um banho rápido e nos beijamos novamente ao mesmo
tempo em que ele esfregava meu corpo. Só de pensar, fico com as bochechas
vermelhas ao lembrar-me das suas mãos sobre mim. Minha vagina pulsa.
— Vamos! — Entrelaça seus dedos aos meus.
Caminhamos pelo corredor e ele abre uma das portas lentamente. Três
bebês lindos estão balbuciando entre si.
— Cadê os bebês do titio? — Chega perto de um deles.
Eles gritam estendendo os braços e Deimon vai pegando-os e
colocando-os na cama. Dois homenzinhos e uma princesinha. São lindos e
tem os olhos do Damen.
— Pode pegar, anjo. — fala trocando as roupas dos pequenos.
Aproximo-me da cama lentamente e sento observando Deimon despi-
los, deixando-os completamente nus. O vejo entrar no banheiro e depois
voltar, pegando um dos trigêmeos nos braços.
— Cuida deles, anjo, enquanto dou banho no Bernardo. — pede
sumindo no banheiro.
Depois de alguns minutos todos os bebês estão banhados e cheirosos.
Fico impressionada vendo-o cuidar de três crianças com tanto carinho.
— Pega ela. — Me estende a princesa de olhos azuis claros. Ela sorri
como um anjinho, mostrando os dentinhos.
— E se eu deixá-la cair? — pergunto nervosa, mudando o peso do meu
corpo de uma perna para outra.
— Não vai, anjo. — me encoraja me segurando pela cintura e em
seguida beijando minha testa com carinho.
Suspiro aliviada com sua confiança e seguro a princesa em meus braços
com cuidado enquanto Deimon pega os dois meninos.
Descemos a escada rumo à piscina e ele deposita as crianças na
espreguiçadeira. Depois estica um cobertor no chão, ajeitando-os em cima.
Será um pai maravilhoso.
— São lindos! — murmuro olhando a pequena princesa em meus
braços.
— São. Quer ter filhos? — Acaricia as cabecinhas dos pequenos em
seu colo.
Gostaria de ter meus próprios filhos um dia. Eles nunca passarão pelo
que passei. Mas será que Deimon quer?
— Quero. E você? — questiono nervosa observando o seu rosto ao
mesmo tempo em que retiro meus cabelos da mãozinha da pequena.
— Quero. — Sorri para mim.
Ouço barulho de passos, viro-me na direção deles e meu coração
acelera. Deus! Ela é linda! Cabelos longos de uma cor que nunca vi e olhos
verdes perfeitos, dos quais nunca poderei competir. Abaixo a cabeça em
derrota.
— Mamã! Mamã! Mamã! — um dos bebês grita estendendo os
bracinhos gorduchos. Logo todos estão fazendo o mesmo.
Ela sorri para os filhos de uma forma maternal, com carinho e amor.
Senta no chão e vejo as três crianças caminhando com suas pernas instáveis
em sua direção, sentando entre suas pernas.
Remexo as mãos no colo, olhando-a, nervosa. Ela me encara e então
sorri falando:
— Oi. Sou Anny. — se apresenta estendendo sua mão para mim.
Encaro Deimon em busca de ajuda e ele balança a cabeça levemente.
— Gena. Prazer em te conhecer, Anny. — me apresento apertando sua
mão levemente.
— Nossa! Que bom ter uma garota aqui também. — profere analisando
o meu noivo.
Meu coração afunda um pouco quando ele sorri em sua direção.
— Você mora aqui? — a mulher questiona abraçando os filhos.
Olho para Deimon novamente, pois não sei como responder essa
pergunta. Ele acena levemente outra vez.
— Não. Daqui a três semanas. — informo remexendo as mãos
novamente.
— Humm. Pensei que você morasse aqui. — diz calmamente, bem
suave, me fitando atentamente.
— Não. Só depois do casamento. — digo.
Deimon já havia falado com o seu irmão sobre o casamento, então não
vejo por que Anny não saber. Talvez eu queira apenas que ela saiba que ele
terá uma mulher, mesmo não mostrando qualquer interesse amoroso nele.
— Você vai casar? — parece incrédula. Dá uma olhada para o meu
noivo que me fez encolher agitada. — Você vai se casar, seu merda? Não ia
me contar? — fala raivosa.
Demonstro uma expressão de pânico para ele, que permanece calmo no
seu lugar.
— Bom... Eu ia te contar. — responde calmamente.
— É por isso que queria que eu ficasse aqui por um mês? Você não
presta! — ela esbraveja lançando punhais com o olhar para Deimon. Posso
perceber um certo ar de zombaria em seu tom.
Mantenho-me calada, pois não sei como agir.
— Não é bem assim, sua chata. Só acertei o nosso casamento hoje. —
mente.
Não entendi por que ele mentiu. Também não falou se matou o meu
pai.
— Pera aí! Você estava namorando e não me contou? Porra! Estou me
sentindo traída. Só falta o Lucas agora. Você me escondendo as coisas... Vou
te matar! — fala sem parar.
Espera! Ela disse que vai matá-lo? Os meus olhos se arregalam em
surpresa.
— Oh, porra! Não me encare assim. Não namoramos. No nosso mundo
os casamentos são arranjados, então tecnicamente não te escondi nada. —
Deimon afirma e os meus olhos marejam.
Não estamos namorando? Então o que sou para ele?
— Menos mal. Se você estivesse namorando com ela e não tivesse me
falado, estaria morto. — Mira nos seus olhos.
— Sabe... Às vezes você me dá medo com esse seu jeito assassino. —
meu noivo diz balançando a cabeça.
— A culpa é de vocês. — Anny acusa.
Me sinto mal. Ele nunca vai gostar de mim como uma mulher. Não sou
bonita, sou quebrada e filha de um traidor.
— Não mesmo. Graças a Deus que a minha mulher é um anjinho.
Coitado do meu irmão por ter uma diaba como você. — Deimon a provoca.
Levanto a cabeça e vejo-o brincar com o bebê em seu colo.
— Ela é linda! — ela me elogia, me surpreendendo. Os seus olhos
verdes estão em mim quando sorri gentilmente.
— Obrigada! Você também. — Dou-lhe um sorriso tímido.
— Que nada! Se ele pisar na bola, me fala, que lhe darei uma surra. —
Sorri.
Deimon solta uma gargalhada fazendo-me sorrir. Sinto-me aliviada
quando a vejo com Damen entre beijos. Eles parecem apaixonados.
Estou na cozinha fazendo um almoço rápido com a ajuda de Anny. Ela
tem uma conversa leve.
— A minha mãe morreu cedo. — Deposito a lasanha em cima da mesa.
— A minha também. Nunca conheci o meu pai. — diz com amargura.
— E o seu pai?
Fico tensa. Os meus olhos se arregalam em apreensão.
— Nunca o conheci. — digo desviando o meu rosto do dela.
— Ok. Isso não é assunto. — fala observando os seus filhos sentados
no chão e ajeita os cabelos atrás da orelha. É uma mulher muito simples.
— Como conheceu o capo? — indago.
— Capo? — questiona.
Porra! Os meus olhos se arregalam. Ela não sabe que ele é um mafioso,
e ainda por cima o capo?
— O Damen. — reforço desviando do assunto.
— Em uma das boates. — responde.
Tivemos um almoço agradável. Foi engraçado ver Damen todo sujo de
comida enquanto Deimon o provocava dizendo que conseguia alimentar
todos os três bebês sem se sujar. Senti o capo tenso quando Anny me contou
que foi seu irmão que escolheu o nome do Bernardo. Acho que ele sentiu
vontade de participar desses momentos.
— Vamos, anjo! Está tarde. — meu noivo diz se levantando da cadeira
e beijando os cabelos de Anny.
Ouço Damen rosnar e seu irmão apenas dá de ombro.
Decidi levar Gena para dançar hoje à noite, para ter novas experiências.
Ela está linda, uma mulher incrivelmente sexy. Vejo-a nervosa ao escolher
uma roupa. Sua respiração está acelerada e me olha em busca de ajuda.
— É só uma dança, anjo. Novas experiências. — Acaricio suas mãos e
em seguida as subo pelas costas.
— Estou nervosa. — admite encarando-me muito desamparada. Dói
vê-la assim.
— Ninguém vai tocar em você além de mim. — afirmo.
Puxo os seus lábios em direção aos meus num beijo molhado. Sua
língua timidamente entra na minha boca, me provando. Solto-a e procuro
uma roupa que não revele demais. Escolho um vestido preto elegante,
totalmente confortável e com mangas longas. Fica no meio das suas coxas.
— Esse! — Entrego-a. Ela me olha em pânico. — Ôh, meu anjo, confia
em mim! Se alguém te tocar, eu mato. — garanto.
Ela respira pesadamente balançando a cabeça e afirmando. Isso
mesmo! Quero ver novamente a mulher que me beijou quando cheguei de
viagem. Essa mulher que Gena é.
Tomo um banho rápido e acompanho todos os passos dela. Sei que está
nervosa. Quero curar as suas cicatrizes aos poucos. Não vou ser hipócrita
pensando que serei a salvação de todas as suas feridas, porque não sou. Vou
mostrar-lhe o caminho e sempre estarei ao seu lado. Quando ela cair, vou
levantá-la e caminhar junto dela, dando-lhe apoio.
Gena se veste como uma mulher sensual. O vestido ficou perfeito nela.
Está deslumbrante e linda!
— Você está linda! — a elogio segurando sua cintura.
— Você não acha muito curto? — Cora lindamente.
Passo as pontas dos meus dedos sobre a sua bochecha macia.
— Está perfeita! — elogio.
Libero-a e ela pega a bolsa em cima da cama.
Resolvi ficar no meu apartamento até Gena estar mais relaxada comigo.
Depois do casamento terá Anny e meu irmão à sua volta.
Uma hora depois estaciono o meu Bugatti de frente a uma das nossas
boates de luxo. “D.D.D.” é uma das mais caras de Las Vegas. Todos sabem
quem manda nessa cidade. Aparentemente parece só uma simples boate de
luxo, mas não é apenas isso. Tem um porão no subsolo. Se algo der errado,
resolvemos as coisas lá.
Ajudo Gena a sair do carro e coloco uma mão possessiva em suas
costas. Ela é minha.
— Está cheio. — Olha apavorada em volta.
— Sim, um pouco. Vamos beber e dançar! — digo com uma voz baixa
ao pé do seu ouvido, fazendo-a tremer.
— Nunca bebi antes — diz.
— Vai beber hoje. — Beijo a ponta do seu nariz, puxando-a para os
meus braços.
Caminho com passos firmes. As mulheres param para me observar
como sempre e eu ignoro os seus olhares sugestivos. Tenho uma princesa ao
meu lado e não preciso de vadias interesseiras. Me querem por status ou
dinheiro.
Os homens estão despindo descaradamente a minha mulher. Rosno nas
suas direções. É melhor pararem com essa merda ou vou matá-los
lentamente. Esses filhos da puta! Eles desviam os olhos dela quando
percebem a ameaça que eu reflito na face.
— Por que estão nos observando? — Aperta seu corpo pequeno contra
o meu.
— A sua beleza. — Sorrio radiante para ela e a guio em direção ao bar.
Assim que chegamos bato no balcão chamando a atenção do barman.
Sento puxando Gena para o meu colo. Não quero nenhum filho da puta
colocando a mão na minha mulher, tocando-a. Não vou matar ninguém na
sua frente outra vez.
Rynce se vira para mim, me cumprimentando, e depois o seu rosto fica
pálido, como se tivesse visto um fantasma. Sua visão está no anjo sentado em
meu colo. Estreito os meus olhos para ele, que nem reage à ameaça.
— É melhor você parar de encarar a minha noiva assim. — rosno entre
dentes.
— Perdão, senhor. Bem... Ela parece com a minha mãe. — Desvia o
olhar dela, que se remexe desconfortável em meu colo.
— Tá tudo bem. — Gena fala segurando meu rosto em suas mãos
delicadas.
— Ok, cara. Só não faça isso novamente. Ela não gosta — confirmo.
Sei que a sua mãe foi morta carbonizada num acidente, mas mesmo
assim não vou aceitar que fique babando em cima dela simplesmente por
isso. Ele nos serve duas taças de vinho tinto e volta ocasionalmente a
observar Gena.
— Você pode me dar um pouco de água, por favor? — meu anjo pede
suavemente analisando o rosto de Rynce.
— Sim, senhorita! — fala.
— Só Gena. — diz com suavidade e lhe dar um sorriso tímido.
Ele assente como um robô e entrega um copo a ela.
— É ruim. — afirma olhando para o vinho na minha mão depois de
experimentar uma taça.
Dou risada da sua afirmação.
— Você não gostou? — Cubro seus lábios com os meus num beijo
rápido. Sinto os seus dedos gelados nos meus cabelos numa carícia lenta.
— E então? — pergunto novamente.
— Não. — Sacode a cabeça com veemência e descansa em meu ombro.
— Quer dançar? — sugiro esfregando suas costas em um vai e vem
suave.
— Não sei dançar. Aqui está bom. — Afunda o rosto na curva do meu
pescoço.
— Posso te ensinar. — Puxo-a mais para cima, no meu colo. Ela
apenas resmunga esfregando o nariz no meu pescoço.
— Você vai dormir? — indago divertido. É o que provavelmente iria
acontecer depois de uma taça de vinho.
— Talvez. — Fuça o meu pescoço.
Solto uma risada. As suas pálpebras estão fechadas. Está bêbada.
— Ei! Não dorme! — Sacudo-a.
— Você está sendo mau. — profere irritada.
Rio achando graça do seu jeitinho bravo.
— Sou mau? — Passo os dedos nos seus fios, trançando-os.
— Não, mas agora está sendo. — Está bêbada com apenas uma taça de
vinho. Isso foi muito rápido, muito rápido.
— Você está bêbada? — questiono.
Ela abre os olhos verdes e em seguida e balança a cabeça afirmando.
Morde o meu lábio inferior levemente.
— Quer mais? — ofereço.
Mesmo já sabendo da sua resposta, as suas bochechas estão
vermelhinhas e suaves, igualmente a um anjo com toda sua inocência.
— É muito ruim. — Faz uma careta fofa.
Deus, como fui ter tanta sorte assim?
— Quer tentar outra coisa? — sugiro.
— Quero algo gostoso, mas não você. — Sorri e pisca os olhos para
mim, atrevida. O meu sorriso aumenta.
— Você não me quer? — faço uma cara de ofendido e ela apenas ergue
os ombros como se não desse a mínima importância.
Bato no balcão novamente e nem preciso chamar, porque Rynce não
tira os olhos de nós dois. Isso me faz questionar o porquê disso. Terei uma
conversa com ele mais tarde. Não gosto de ninguém analisando o que é meu.
Gena é minha.
— Traga uma bebida doce. — ordeno no meu tom e o aviso é claro.
— Sim, senhor. — Sai para preparar a bebida.
Alguns minutos depois traz uma pinã corada numa cor azul. Gena me
olha em busca de ajuda. Pego o copo e a entrego.
— Você precisa ter confiança. — digo. Em alguns momentos não
estarei ao seu lado.
— Eu estou tentando, mas está difícil. — murmura baixinho levando a
bebida até a boca.
— Humm! É tão gostoso! Mas não tanto quanto você. — Se inclina
para a frente num beijo gostoso.
— Onde você escondeu a minha mulher? — pergunto.
— Não sei. — responde completamente bêbada.
Hoje será mais uma noite no bar da boate dos desgraçados Davenport.
Faz seis malditos meses que estou aqui.
Os meus pensamentos são interrompidos quando Deimon bate no
balcão. Viro-me lentamente. Odeio esse filho da puta miserável! Tão cheio de
si, se achando dono do mundo. Ainda não descobri nada sobre o pai deles. Os
malditos são muito cuidadosos e não deixam nem uma ponta solta. No final
todos estarão mortos de qualquer maneira.
O meu sangue some da face quando vejo o rosto da garota sentada em
suas pernas. É a cópia perfeita da mamãe. Tem olhos, cabelos e boca
iguaizinhos. Não sei ainda se a voz é exatamente idêntica. Não consigo
esconder o meu choque a tempo. Ela fica desconfortável sob meus olhos. O
maldito estreita a visão para mim em aviso.
— É melhor você parar de encarar a minha noiva assim. — o filho da
puta rosna para mim.
Noiva?
— Perdão, senhor! Bem... Ela parece com a minha mãe. — os meus
olhos parecem ter vida própria, sempre voltando para a garota logo à frente.
— Tá tudo bem. — Ela o admira com adoração. Sua voz é tão suave e
cheia de amor, igualmente a da mamãe.
Minha mãe morreu mesmo ou teve sua morte forjada?
— Ok, cara. Só não faça isso novamente. Ela não gosta. — afirma.
Volto a observar a linda garota em seu colo. Por que não gostaria? O
cara nunca apareceu com uma mulher aqui, então isso significa que ela é
importante. Ele sempre fode as prostitutas ou qualquer moça aleatória, mas é
apenas isso.
Sirvo duas taças de vinho tinto. Por várias vezes senti uma vontade
quase que incontrolável de envenená-los, mas fui proibido pelo meu irmão
mais velho. Passamos anos planejando nossa vingança e não vou colocar tudo
a perder agora.
— Você pode me dar um pouco de água, por favor? — pede.
Gostaria de saber seu nome e assim poderei saber tudo sobre ela. E o
mais importante: por que se parece tanto com a minha mãe?
— Sim, senhorita. — falo.
— Só Gena. — diz suavemente e me dar um sorriso tímido, igual
mamãe.
E se ela for minha irmã? Tenho que falar com os meus irmãos sobre
essa garota. Mas não posso entrar em contato com eles antes dos nove meses.
Observo o resto da noite ele tratá-la como um bebê. Isso me deixa
confuso, porém, não importa. Se Gena for minha irmã, a levarei comigo para
Moscou, onde é o seu lugar.
Guardo o copo que ela bebeu. Preciso saber a verdade. Um exame de
DNA é tudo que preciso. Ninguém ficará sabendo, até ser tarde demais.
Depois do nosso casamento há alguns meses, Gena vem se mostrando
uma mulher completamente diferente. A nossa cerimônia foi bem simples, e
apenas meu irmão, Anny, Jasper e Enzo estavam presentes. Não havia razões
para outras pessoas de fora participarem. Além do mais, minha esposa nunca
se deu bem com multidões.
É gratificante vê-la pegando confiança e se divertindo mais. Ontem
veio sorrindo para mim e em seguida sentou-se escanchada em meu colo.
Logo as nossas bocas estavam grudadas num beijo cheio de luxúria
acumulada. Quando separamos as nossos lábios, suas bochechas estavam
num tom de rosa delicado. O meu pau fica duro com a lembrança dela
sentada em cima dele.
Entro no quarto com um buquê de rosas nas mãos. Às vezes os gestos
mais simples têm mais significado do que algo grande.
Vocês devem estar pensando que estou falando como um maricas e não
feito o mafioso cruel que sou. Bem... Deixa eu lhes dizer uma coisa. Minha
mulher deve ser tratada como rainha e não como uma prostituta qualquer.
Abro a porta do quarto vagarosamente e ela está apenas numa lingerie
cor da pele. Linda! Porra, tão perfeita! Fico olhando-a enquanto me movo
pelo quarto em sua direção.
— Oi, anjo — Entrego-lhe o buquê de flores.
— Oh! Obrigada pelas flores! — Sorri e em seguida beija os meus
lábios rapidamente.
— Dormiu bem? — Passo as pontas dos meus dedos pela lateral do seu
corpo pequeno. Vejo os arrepios se formarem na sua pele delicada.
— Sim. — Sussurra.
Beijo o canto da sua boca carnuda e em seguida enfio a língua,
penetrando-a como se fosse a sua bocetinha. Ela geme contra os meus lábios.
— Cada dia que passa, você está mais gostosa. — Seguro as suas
nádegas enquanto as massageio com força, esmagando o meu pau entre nós
dois.
— Oh! Não estou não. — nega entre gemidinhos ofegantes. Geme
baixinho se pressionando contra mim.
Não suporto mais ficar apenas no sexo oral. Quero mais, muito mais!
— Vamos viajar! — informo assim que separamos as nossas bocas.
Nos últimos dias as coisas estão mais quentes entre nós. Quero possuir
cada parte dela.
— Para onde? — pergunta com os olhos pesados de desejo.
— Fernando de Noronha. — Desço a mão na sua bunda redonda.
— Que país? Nunca ouvir falar desse lugar. — confessa gemendo.
— Brasil. Vamos junto com Damen. — respondo lambendo o seu
pescoço elegante.
— Sim.
Tive certeza que ela não estava falando da viagem, mas sim dos meus
dedos entrando na sua calcinha encharcada. Sua bocetinha e a calcinha estão
completamente molhadas de excitação. Quero transar com ela, mas não vai
ser hoje. Quero fazer algo especial. A sua primeira vez será dolorosa e farei o
possível para ser prazeroso para ela. Darei o meu melhor. Gena tem muitas
memórias sofridas. Quero deixá-la confortável quando for me reivindicar o
seu corpo.
Ah, nossa! Eu nunca tinha ido a qualquer lugar fora de Las Vegas.
Deus! Aqui é lindo! Posso enxergar o fundo do mar em algumas partes.
Quando chegamos não deu para ver muita coisa, já que estava de noite.
Tomamos um café rapidamente pela manhã, que estava muito gostoso. Eu
estou muito ansiosa para conhecer tudo.
Deimon coloca uma sunga típica do país, me expondo a bunda durinha.
Coloco um biquíni, morrendo de vergonha, pois nunca fiquei em roupas
íntimas na frente de outras pessoas. Descemos de mãos dadas apreciando a
paisagem incrível, um paraíso na terra. Fomos por uma escada de madeira
que dá acesso à praia. Cristo! As minhas bochechas estão vermelhas de
vergonha vendo o tamanho dos biquínis das mulheres daqui.
— O que foi? — Segura meus braços.
— Nada. — falo olhando para o outro lado.
— Qual é, anjo? — Sorri sedutoramente para mim e chega mais perto.
A minha respiração acelera e o meu coração bate mais rápido com a sua
aproximação.
— Elas estão praticamente nuas. — digo envergonhada, escondendo o
meu rosto em seu peito musculoso.
Ele sorri me abraçando de volta. Quem poderia dizer que um monstro
cuidaria tão bem de mim?
— É biquíni fio dental. — Sorri contra os meus cabelos.
— É meio revelador. — murmuro.
— Você ficaria sexy em um desses. — Aperta a minha bunda.
Solto um gritinho de surpresa observando em volta. Alguém poderia
ver.
— Deimon! — digo esbaforida analisando a sua cara de diversão.
— Anjo, ninguém vai nos prender só porque estou apalpando a minha
esposa. — fala divertido e eu lhe reviro meus olhos.
Então ele faz algo que nunca fez antes: bate no meu bumbum. Não
doeu, apenas me pegou de surpresa. Olho feio para ele, que está se divertindo
com a situação toda.
— Você é mau. — acuso descendo a escada.
Chego na areia e retiro as havaianas, colocando-as nas mãos.
— Aonde vamos? — Encaro a sua bunda forte e apertada pela sunga.
— Vamos apenas relaxar hoje, mas amanhã iremos ao buraco do
galego. — Puxa-me pela mão.
— Humm. — solto um grunhido observando novamente a sua bunda.
— Para com isso! — rosna parando na minha frente.
— O que eu fiz? — Percorro a visão pelo seu corpo grande. Sinto uma
vontade louca de pular em cima dele e enchê-lo de beijos.
— Você sabe. — afirma.
— Não.
— Gena, não faz isso. Eu vou te jogar nas costas e foder você. — diz
ao pé do meu ouvido, beijando abaixo da minha orelha.
Gemo para que apenas ele possa ouvir, bem pertinho dele, fazendo-o
sorrir.
— Hoje à noite você finalmente será minha. — afirma sugando o
lóbulo da minha orelha, fazendo-me gemer novamente.
— Você está me deixando completamente molhada. — digo.
Timidamente escorrego as mãos em sua cintura e ele exala agudamente.
— Você vai me matar, porra! — Me puxa.
— Eu não fiz nada. — me defendo e ele sorri, balançando a cabeça
afirmando.
Deimon estende uma toalha na areia, se sentando em seguida, e me
puxa entre as suas pernas. Encosto a cabeça em seu peito forte e aprecio o seu
calor. Ficamos assim por um tempo. É tão gostoso estar coladinha ao seu
corpo.
— Vamos! Você quer dá um mergulho agora? — sugere com as
pálpebras fechadas.
— Quero só um pouquinho. — Abro os olhos.
Ele me ajuda a levantar. O tempo está gostoso.
Coloco o meu pé na água e está gelada. Não quero mais banhar.
— Não. Tá muito fria. — Dou um passo para trás.
Deimon estreita a visão para mim, caminhando na minha direção. Ele
não vai fazer isso!
— Não está tão fria assim. — afirma me agarrando pela cintura.
Grito em surpresa quando me arrasta sobre os ombros. Sim, ele vai!
— Me solta, Deimon! — grito.
As pessoas com certeza estão vendo a minha bunda. Ele apenas sorri do
meu desespero.
— Você vai banhar sim! — Me joga na água.
Sinto a água fria passando pelo meu corpo e em seguida braços fortes
estão me pegando sem deixar que eu me afogue. Não sei nadar.
— Malvado! — falo chateada e respiro pesadamente.
Ele está se divertindo. Passo as pernas em volta da sua cintura e na
mesma hora sua risada morre.
— Diaba! — rebate.
Captura a minha boca enquanto as suas mãos vagueiam pelo meu
corpo, causando arrepios. Nos beijamos com paixão. Alguns assobios me
fazem sair do transe.
— Que vergonha! — Enterro meu rosto em seu pescoço.
— Você é minha esposa. Não tem porque ter vergonha, anjo. — Nos
tira da água.
Deito em cima do seu corpo, pegando um pouquinho do seu calor.
— O que você gostava de fazer antes de me conhecer? — Passo os
dedos em seus cabelos macios.
— Geralmente eu rastreava. — me conta com sua respiração uniforme.
Como sempre calmo.
— O que gosta de fazer no seu tempo livre? — refaço a pergunta, já
que ele nunca me disse o que faz nos seus momentos de lazer.
— Esportes radicais, corrida de rua... — fala. Posso sentir um sorriso
na sua voz.
— Hum! Por que ninguém sabe sobre o seu irmãozinho? — já queria
saber isso há um tempo.
Ele nada diz. Fica calado um longo tempo. O meu corpo fica tenso. Eu
preciso aprender a calar essa boca grande. Mesmo que até hoje não tenha me
batido, não quero que isso mude.
Às vezes penso como seria se mamãe ainda estivesse viva. Como
estaria? Será que tenho irmãos ou irmãs? Isso nunca saberei, porque nem o
seu nome verdadeiro sei. Nunca me contou. Sempre que eu perguntava, ela
falava que era melhor eu nem saber, para a minha própria proteção.
— Damen não quer que ninguém descubra quem ele é. — responde
depois de um tempo. É como se estivesse pensando nas próprias palavras.
— Ok. — fico sem graça.
Não vou mais perguntar sobre nada. Quando ele quiser me contar algo,
fará isso. Fico quieta em cima do seu corpo, com os olhos fechados,
apreciando o calor. Esse lugar é gostoso.
— Quer comer? — sugere depois de um tempo. Eu realmente estou
faminta.
— Só um pouquinho. — digo.
Não consigo sair do lugar. Está gostoso ficar em cima do seu corpo
quente. Beijo a sua nuca e em seguida passo a ponta da língua no mesmo
lugar.
— Anjo! — rosna se mexendo embaixo de mim.
Levanto a cabeça de forma estúpida, como se ele estivesse me olhando.
Deimon está deitado de bruços.
— Sim. — Beijo o seu pescoço cheiroso.
— Diaba! — resmunga novamente.
— Diaba? — estreito meus olhos.
— Sim. Você está se tornando uma. — afirma com diversão.
— Não estou nada. — nego chateada. Diabos são feios, muito feios.
— Você precisa sair de cima de mim, anjo. — fala divertido enquanto
me mantenho em cima dele.
— Não quero. — Me seguro a ele.
De repente sou virada e estou com as costas contra a areia. Deimon fica
em cima de mim. Os seus olhos verdes estão brilhantes e há um sorriso lindo
nos seus lábios. Ele é tão sorridente! Beijo sua boca rapidamente. As minhas
bochechas estão vermelhas de vergonha.
— Você vai me matar de susto. — Estreito os meus olhos para ele, que
me beija carinhosamente.
— Antes disso, você me matará primeiro. — resmunga passando a mão
pela minha bunda.
— Deimon, as pessoas estão vendo! — Tento retirar a sua mão do meu
bumbum, mas sem sucesso.
— Oh, meu anjo, aqui as pessoas não se importam com demonstração
de carinho. — Beija o meu pescoço.
— Não? — Olho em volta e vejo casais se beijando como se estivessem
a sós.
— Não. Todos fazem o que tem vontade. — Me segura pela nuca e
captura os meus lábios num beijo. Sua língua entra na minha boca. Me agarro
nos seus braços fortes e solto um gemido baixinho.
— Você disse que ia me alimentar. — falo entre os seus beijos.
Ele sorri para mim e se levanta, me ajudando a ficar em pé.
*****
*****
*****
*****
Ela se mexe ao meu lado. Apenas depois das três horas da manhã eu
consegui dormir um pouco. Geme baixinho se movimentando e em seguida
encosta a cabeça em meu ombro.
— Bom dia, anjo. — falo.
Olho seu rostinho e ela abre aqueles malditos olhos verdes para mim.
— Bom dia. — Sua boca carnuda se repuxa num sorriso tímido.
— Como está se sentindo? — Passo minha mão pelas suas costas numa
carícia lenta.
Gena se mexe fazendo uma careta e depois morde os lábios grossos.
Puxo-os entre os dentes, libertando-os.
— Dolorida. — responde.
Suas bochechas ficam num tom de rosa delicado e passo meus
polegares por elas.
— Eu sinto muito, anjo! Se tivesse uma forma de você não sofrer, eu
faria. — sou sincero.
— Estou bem. — Acaricia minha barba. Gosto dela bem aparada.
— Quer comer agora? — Passo meus olhos pelo seu corpo
maravilhosamente nu contra o meu.
Sua pele junto da minha e seu cheiro de mulher me seduzem cada dia
mais.
— Não. Quero banhar antes disso. — Levanta a cabeça e me encara.
— Vou fazer o pedido. — Levanto-me.
— Você não vai banhar comigo? — pergunta em apreensão.
Odeio quando ela faz isso. Sei que é uma reação do seu corpo e que não
consegue evitar, mas me deixa louco.
— Sim. Só vou fazer o pedido. Me espera aqui. — afirmo.
Faço nossos pedidos e em seguida entro no banheiro, enchendo a
banheira de água e adicionando sais de banho.
— Vem! — chamo-a e retiro minha cueca boxer.
Gena se levanta da cama e estremece violentamente com o desconforto.
— Está doendo? — pergunto preocupado.
Sei que ela não é sensível a dor por causa das agressões diárias que
sofreu durante sua vida, mas não gosto de vê-la assim.
— É só desconfortável quando anda. — confessa.
Caminha até mim, sorrindo, e em seguida passa os braços em volta do
meu pescoço. Seguro-a firme contra meu corpo.
— Meu beijo de bom dia! — peço beijando seus lábios, degustando o
seu sabor.
Minhas mãos apertam sua bunda e ela geme em desconforto. Congelo
meu toque no lugar.
— Desculpa! — Solto seu bumbum delicioso e encosto-a na parede.
— Estou bem. — confirma novamente.
— Vamos tomar banho e depois alimentar você. — Passo as mãos
pelos meus cabelos.
Ela está muito sensível. Meu pau precisa se acalmar.
— Tá bom.
Ajudo Gena a entrar primeiro na banheira e logo depois me posiciono
atrás dela com cuidado. Suas costas estão pressionadas no meu peito e a sua
cabeça descansa no meu ombro. Ela solta um suspiro de satisfação quando
acaricio sua pele sedosa.
— Tão bom! — murmura baixinho se apertando entre as minhas
pernas. Sua bocetinha esfrega em meu pau.
— Anjo! — aviso.
Ela não está pronta para me ter outra vez. Suas paredes estão muito
sensíveis.
— O quê? — pergunta com aqueles malditos olhos inocentes.
Essa inocência misturada com um pouco de atrevimento está me
matando aos poucos.
— Posso bater nessa bunda. — Beijo sua cabeça.
— Desculpa! — Afasta seu bumbum delicioso do meu pau faminto.
— Você às vezes é muito inocente, anjo. — Beijo sua cabeça
novamente.
— Sou? — Vira o rosto em minha direção. Seus olhos estão nos meus.
— Sim. — Sorrio de forma reconfortante.
— Isso é bom? — pergunta suavemente.
Às vezes amo sua inocência, mas quando sou torturado por ela... Aff!
Mas sim, me cativa o seu jeitinho inocente.
— Sim. Vem! A água já está fria. — Me levanto.
Meu pau está totalmente duro, mas finjo que nada está acontecendo.
*****
*****
*****
Assim que chego em Las Vegas tenho que resolver vários assuntos.
Uma semana e isso aqui está um inferno, cheio de trabalho. Não posso deixar
Gena sozinha, porque ela não suporta ficar perto das pessoas ainda para ter
um guarda-costas. Então veio comigo enquanto resolvo alguns problemas na
boate.
— Rynce! — o chamo ajudando Gena a se sentar.
— Me chamou, senhor? — responde encarando minha mulher e em
seguida seus olhos voltam rapidamente para mim.
— Você vai cuidar da minha esposa enquanto eu vou lá em baixo
resolver alguns problemas. — falo pausadamente e ele balança a cabeça em
afirmativo. — Sabe o que isso significa: se algo acontecer com ela...
— Tudo bem, senhor. — Me olha nos olhos.
Rynce tem algo de familiar, mas ainda não consegui descobrir com
quem.
— Mas se Gena estremecer, chorar ou alguém tocá-la, eu mato você.
Ninguém encosta nela a menos que ela esteja confortável com isso.
Entendeu? — pergunto num tom mortal.
— Sim, senhor — confirma sem vacilar.
Às vezes Deimon exagera com sua proteção, apesar de eu realmente
não gostar que ninguém se aproxime de mim e muito menos me toque. Meu
coração acelera com seu cuidado. Beijo seus lábios antes de deixá-lo ir.
— Não demore! — peço.
Não gosto de ficar sozinha com um estranho por muito tempo.
— Serei rápido. Eu prometo. — Beija meus lábios rapidamente.
Fico olhando-o enquanto ele caminha em passos firmes.
— Oi. Sou Rynce. — o rapaz de cabelo loiro escuro se apresenta.
— Gena! Eu me lembro de você. — falo.
Olho em volta do bar de cores prata e alguns tons de branco e preto. A
palavra certa seria puro luxo.
— Oh! Bem, fico feliz que você se lembre de mim. — Sorri.
— Tenho memória fotográfica. — Sorrio de volta.
Ele observa cada movimento meu, mantendo o sorriso nos lábios.
— Você pode não me olhar assim? Eu não gosto. — sou sincera.
— Desculpa! Você parece com a minha mãe. — responde.
— Tudo bem. Ela morreu? — pergunto nervosa, analisando seus olhos.
Eles são tão gentis e familiares, mas ao mesmo tempo tristes e magoados.
— Morreu num acidente. E a sua mãe? — questiona.
Ele deve ser novo em Las Vegas, pois todo mundo conhece a história
da minha mãe. Todos que são da máfia.
— Ela se suicidou. — revelo. Minha respiração acelera ao lembrar-me
do momento em que a encontrei morta.
— Eu sinto muito. Quer um pouco de água? — oferece nervoso.
Lembro-me das palavras do meu marido e dou-lhe um sorriso
reconfortante.
— Está tudo bem. Eu entendo os motivos dela fazer isso. Antes do
Deimon, eu provavelmente teria o mesmo destino que ela. — Sorrio
tristemente.
— Vamos, anjo! — a voz rouca de meu esposo me chama.
Meu sorriso aumenta.
— Foi bom te conhecer, Rynce. Até a próxima! — Abraço a cintura do
Deimon.
— Até mais, senhora. — se despede e estreito meus olhos para ele. Não
gosto que me chamem de senhora.
— Só Gena! — Dou-lhe um pequeno sorriso.
— Você está bem, anjo? — Meu marido procura meu rosto.
— Estou bem. — Fico na ponta dos pés e escoro meus lábios nos seus.
Ele retribui meu beijo.
— Vamos, anjo! Você está cansada da viagem. — Me conduz para fora
da boate.
— Não estou tão cansada assim. — Entro em seu Bugatti.
— Não? — Coloca a mão na minha perna e a acaricia em um vai e vem
torturante.
— Humm. — solto um grunhido arrepiando-me com sua carícia em
minha coxa nua.
Ele sorri de forma sensual. Desde a nossa primeira vez, ele não tocou
mais em mim. Será que fiz alguma coisa de errado? Talvez não tenha gostado
do que fizemos. Olho seu rosto lindo em busca de qualquer indício, mas
como sempre não mostra nada, a não ser que deseje.
— O que foi, anjo? — Me observa enquanto sobe a mão mais para
cima da minha coxa nua, bem perto da vagina. Eu quero que ele me toque lá.
Deimon faz carinho bem na curva da minha coxa. Respiro agudamente
excitada.
— Por que não me tocou mais? — pergunto baixinho e minha
respiração acelera.
— Como assim? — questiona lentamente e me olha de um jeito
interrogativo.
— Desde a nossa primeira vez, você não me tocou mais. — digo num
fio de voz, olhando para o lado de fora da janela.
— Você estava muito sensível. O que está pensando? — Aperta minha
perna, me chamando a atenção para ele.
— Eu pensei que não gostou do que nós fizemos. — respondo com
minhas bochechas pegando fogo e ele me encara como se eu estivesse louca.
Em seguida solta uma risada.
— Ôh, meu amor, eu não gostei, eu adorei o que fizemos. — Estaciona
em frente à mansão.
— Mesmo? — Coro sob os seus olhos intensos.
— Sim. Vou provar isso quando entrarmos por aquela porta. — Passa o
dedo na minha fenda, sobre a calcinha. Gemo de excitação.
— Vai doer? — pergunto.
A minha respiração está rápida, correndo como cavalos selvagens pelo
Oeste.
— Não, meu anjo. Vou lhe dar apenas prazer. — fala ao pé do meu
ouvido, passando a língua sobre a minha orelha. Eu arrepio necessitada.
— HUMM. — gemo em seu ouvido.
— Vem! — Sai do carro.
Abro a porta saindo. Minhas pernas estão fracas. Ele segura a minha
mão, guiando-me para dentro. Subimos a escada direto para o nosso quarto.
Deimon o decorou enquanto eu ainda estava no seu apartamento. Tenho o
meu próprio closet e todas as roupas e sapatos que você possa pensar.
Os meus pensamentos são interrompidos quando meu marido beija
suavemente os meus lábios. Suas mãos descem para o meu vestido e logo o
puxa pela minha cabeça. Escorrego minha mão para dentro da sua camisa,
apertando o seu peito firme e apreciando o seu corpo forte e lindo.
— Quero você de todas as formas possíveis. — confessa entre beijos.
O meu corpo esquenta com suas carícias e palavras.
— Eu também quero você. — admito ofegante.
Minha calcinha fica molhada enquanto recebo os seus beijos e carinhos.
Desço as mãos, abrindo sua calça jeans e puxando-a para baixo revelando a
sua ereção poderosa para mim. Escoro meus dedos na sua ponta sedosa e ele
geme baixinho contra os meus lábios. Aperto-o de leve, pois não quero
machucá-lo. Escorrego a minha mão ao longo do seu comprimento numa
carícia suave. Os meus gemidos se misturam com os seus quando ele move
seus dedos longos para dentro da minha calcinha, acariciando-me em um vai
e vem torturante. O seu polegar passa por cima do meu clitóris me fazendo
contorcer em busca de mais. Deimon coloca outro dedo dentro de mim.
Exclamo em surpresa.
Meu prazer aumenta quando ele acelera seus movimentos. Um
desconforto ao longe logo é substituído pelo prazer. Aperto minha mão em
volta do seu pênis com mais força e ele geme alto. Sinto que estou quase lá.
Minhas paredes apertam seus dedos e gemo cada vez que vou chegando mais
perto.
— Deimon! — chamo seu nome entre gemidos enquanto gozo
fortemente.
Encosto a cabeça em seu peito firme. Seu pau pulsa na minha mão e
algo quente atinge minha barriga e ele solta um longo gemido como se
estivesse sentindo dor. Analiso minha barriga e em seguida o seu rosto. Seus
olhos estão pesados, cheios de luxúria e desejo.
— Mais! — peço baixinho passando o dedo no líquido branco em
minha barriga. Em seguida levo à boca, saboreando seu gosto. É salgado, não
é ruim.
— Porra! Você será minha morte! — rosna.
Seu pau fica duro novamente contra meu estômago. Olho para cima e
ele me empurra na cama, ficando entre minhas pernas. Simplesmente desliza
para dentro de mim com cuidado. Para por um momento, esperando eu me
acostumar com seu tamanho. Sinto-me preenchida e completa com seu pau
em meu interior. Gemo de prazer quando meu homem começa a se mover
lentamente. Seus gemidos vão aumentando junto com os meus. Preciso de
mais.
— Mais, por favor! — suplico em seu ouvido entre beijos.
— Graças a Deus! — fala.
Seus movimentos vão aumentando em um vai e vem delicioso: dentro,
fora, dentro, fora... Agarro suas costas enfiando minhas unhas em sua pele e
ele geme acelerando ainda mais suas investidas.
— Ohhh! Sim, amor! — gemo de prazer, sem fôlego, e ele mordisca
minha boca.
Suas estocadas são mais fortes e mais rápidas. Meus gemidos vão
ficando mais altos.
— Enrola as pernas na minha cintura. — rosna e em seguida volta a me
beijar.
Faço o que pede.
— Uau! Oh! — gemo com a sensação maravilhosa crescendo dentro de
mim.
Deimon vai mais fundo dentro do meu canal. Mais fundo e mais veloz.
Seus gemidos roucos vão ficando mais ofegantes, assim como os meus.
— Por favor! — suplico. Eu preciso da minha libertação.
Ele joga seu polegar sobre meu clitóris, esfregando-o em movimentos
rápidos. Ofego com a sensação e sinto minha boceta apertar seu pênis. Ele
rosna. Me quebro em pequenos pedaços quando gozo com força. É como se
meu corpo estivesse sendo acariciado por pequenos choques. Meu marido
solta um gemido longo e em seguida se derrama dentro de mim com mais
alguns impulsos.
— Linda! — Beija meus lábios.
— Foi muito gostoso! — falo entre beijos.
— Você é muito deliciosa! — me elogia.
Beija meu pescoço, descendo para os meus seios e sugando-os
avidamente. Seu pênis sai de dentro de mim, fazendo-me soltar um gemido.
Ele me morde de leve e depois passa a língua, acalmando o local.
A pele do seu seio onde mordi está vermelha. Vê-la se contorcer
debaixo de mim traz uma satisfação inexplicável. Abocanho seu outro
mamilo, mordiscando-o e sugando-o com vontade. Ela levanta o quadril em
busca de mais. Sua respiração está mais rápida, mais arfante. Seus olhos estão
fechados e a boca aberta em busca ar. Sei quando ela está perto.
Quero tentar algo diferente. Afasto-me dela e seus olhos verdes abrem
em confusão. Ainda estou de calça, então retiro-a junto com a cueca, sob seu
olhar.
— Vem aqui! — chamo.
Gena desce da cama, ficando ao meu lado. A cama é alta o suficiente
para a posição que eu quero.
— Deite-se aqui de barriga para baixo! Abra as pernas! — instruo.
Ela faz o que mando, colocando a bunda para cima em minha direção.
Seu ânus pequeno apertado e sua boceta molhada estão sob meus olhos.
Acaricio seu bumbum redondo e ela geme em apreciação. Passo meus dedos
em suas dobras macias, escorrendo pelo seu ânus. Ela exclama agudamente.
Hoje não, outro dia.
— Hoje não, anjo. — acalmo-a depositando beijos ao longo da sua
coluna elegante.
Minha mulher geme quando minha ponta escora sua entrada. Ainda
está segurando o peso do corpo.
— Solta o peso do corpo, diaba! — Esfrego meu pênis ao longo da sua
abertura e ela faz o que peço. Agora está do jeito que quero.
Deslizo em seu canal apertado, segurando em sua bunda. Estou
totalmente enterrado em seu corpo delicioso. Gemo com a sensação
esmagadora. Bombeio meu quadril em um vai e vem rápido. Seus gemidos
são como músicas para os meus ouvidos. Aumento mais a velocidade,
apertando meu pau contra sua bocetinha, e logo ela está gozando novamente.
Dou mais alguns impulsos antes de me derramar dentro dela com um gemido
torturado.
Ela enfia o rosto no travesseiro, me retiro de dentro do seu canal, com
um longo gemido. Deito-me na cama, puxando-a para meu corpo. Suas
pálpebras estão fechados e sua boquinha aberta.
— Você está bem? — pergunto esfregando suas costas levemente.
— Você acabou comigo. — Encosta a cabeça em meu peito.
Solto uma risada da sua afirmação.
Sinto-a cada vez melhor. Sei que Anny está ajudando bastante com seu
progresso em ter mais confiança nas pessoas ao redor.
— Manda meus irmãos analisarem esse DNA com todos eles. —
ordeno à Vikkito Ricci, um dos únicos homens que tenho para me dar
suporte. O idiota foi morrer. Estúpido! Se achou dono do mundo e dificultou
as coisas.
— Sim, senhor. — concorda.
Já colhi uma amostra do meu DNA. Se der positivo, Gena Davenport é
minha irmã. Mas a pergunta é: o que realmente aconteceu com minha mãe?
Já fiquei me questionando isso desde que a vi, se essa vingança será justa.
— O que aconteceu? — indago.
— Deimon matou meu filho ontem. — vocifera odioso.
— O que ele fez?
Uma das coisas que sei é que Damen nunca desperdiça um soldado sem
um real motivo. Matteo fez uma estupidez bem grande para ser morto.
— Tocou na prostituta dele. — responde batendo na parede.
— Prostituta? — questiono. Pensei que ele estivesse casado com Gena.
— Aquela vadia! — Ele está começando a me irritar. — Aquela
maldita! Eu estava acertando com o pai dela para casá-la com meu filho.
Quando viajamos para a Rússia, com detalhes para o seu irmão, Gefrete
morreu e o miserável do Deimon ficou com a garota. Desgraçado!
Aparentemente a vagabunda tem medo de ser tocada por qualquer um. —
Cospe e soca a parede.
— Continua! — mando.
Matteo morreu por ser um irresponsável. Não se deve tocar na
protegida de qualquer homem feito.
— A vadia faltou ter um treco, então Deimon simplesmente enfiou a
faca no meu filho, bem na minha frente. Eu pensei que essa era a punição,
mas não, eles o torturaram por um mês. Você sabe o que é ver seu filho
morrer aos poucos? — Chuta a parede.
Não sei, porque não sou estúpido. Matteo teve apenas o que mereceu.
— Não. — nego.
Se ele não fosse necessário, eu mesmo o mataria.
— Ele voltou de uma viagem e matou o meu filho. Vou matá-lo
lentamente, mas antes vou foder aquela prostituta, bem na sua frente. —
rosna fazendo meu sangue ferver de ódio.
— Presta atenção! — Agarro a sua camisa.
Minha vontade é de matá-lo, mas não posso, não por agora.
— O erro foi do estúpido do seu filho. — rosno encarando-o. Enquanto
ele for necessário para mim, não vou matá-lo. — Você terá sua vingança.
Mantenha a porra da sua cabeça fria e não faça besteira, ou você não terá ela
em cima do pescoço por muito tempo. — aviso entre os dentes.
— Sim, senhor. — Treme levemente, pois sabe do que sou capaz.
— Agora pode ir! — ordeno.
Vikkito sai sem dizer mais uma palavra. Traidores de merda! Odeio
todos eles! Erram e ainda querem estar certos. Ele não vai tocá-la. Mato-o
antes que possa dar dois passos em sua direção.
Pego minha arma, colocando-a na parte de trás da calça. Nunca baixo a
guarda em volta dos Davenport. Os malditos são como sentinelas atentos,
cuidadosos com tudo a sua volta. Não confiam em ninguém.
Pelo menos tive um pequeno progresso desde que Deimon voltou da
lua de mel, pois ele tem deixado Gena comigo todas as noites no bar. Pude
conhecê-la melhor. Ela é muito tímida, reservada, cuidadosa e adora o marido
como se fosse seu ar. Isso me incomoda um pouco.
Não descobri ainda porque não gosta de outras pessoas a tocando além
do esposo. Gena entra em pânico se alguém chega perto demais. Vi Deimon
cortar a garganta de um dos soldados pelo simples fato de ter encostado no
cabelo dela. Seus olhos se encheram de pânico e começou a chorar. Só se
acalmou quando ele a abraçou dizendo que estava tudo bem. Não consigo
tirar essa cena da minha cabeça. O que aconteceu com ela?
Desde então a garota fica comigo, ajudando-me até ele resolver alguns
problemas. A cada vinte minutos o cara vem vê-la para saber se está bem.
Seus olhos brilham quando o vê chegando.
Mantenho-me calado quando Deimon está por perto. É muito
cuidadoso com a esposa e isso me intriga. Seus olhos digitalizam todo o seu
rosto em busca de qualquer indício de desconforto nela todas as vezes que
vem. Virou um ritual.
— Você não precisa fazer isso. — Gena fala com doçura e passa as
pontas dos dedos na barba do marido.
— Não gosto de deixar você sozinha por tanto tempo assim. — Beija o
canto da boca dela.
Mantenho-me calado, apenas atendendo os clientes, mas sempre ligado
na conversa dos dois. Já descobri informações importantes. Damen está no
Brasil e tem três bebês. Tudo isso eu soube pela garota. Não consegui passar
essa informação para meus irmãos, pois é como se eu estivesse traindo-a.
— Eu não vou ter outro ataque de pânico. — ela garante.
Isso chama a minha atenção. Nunca falou sobre isso comigo. Já vi um
dos seus ataques uma vez, mas não sabia que era frequente.
— Eu mato se alguém tocá-la. — ele avisa.
Se eu fosse um maldito maricas, estaria com as pernas tremendo.
— Estou bem. Rynce não deixou ninguém me tocar. — ela responde e
em seguida estão se beijando com paixão.
Se Gena for minha irmã, não vou conseguir matá-lo. Parece que seu
marido é a única pessoa capaz de acalmá-la. Não vou ser hipócrita achando
que se o matar, vamos nos tornar uma família feliz, porque isso nunca será
possível se seu marido for morto pelos meus irmãos.
Talvez ela não seja minha irmã, e caso não for, nossa vingança
continua de pé. Tudo mudaria. Por que sua mãe se matou?
— Você parece pensativo. — a garota fala se sentando em uma das
cadeiras.
— Nada de mais. — Sorrio radiante e ela estreita a visão para mim. Em
seguida levanta a sobrancelha loira escura.
— Você tem os olhos parecidos com os da mamãe — parece pensativa.
— Os cabelos também. — murmura como se fosse para si mesma.
— O que disse? — quero saber mais.
— Nada. Só pensando alto. — Sorri.
— Ok. Tudo bem. — concordo, mesmo querendo fazer mais perguntas.
Não posso parecer muito interessado em sua vida pessoal, porque isso pode
levantar suspeita.
— Você nunca me disse sua idade. — interrompe meus pensamentos.
— 23 anos. E você? — pergunto ansioso.
— 20 anos. — Sorri.
— Novinha. — digo.
Tão nova e já casada! Não que seja diferente em Moscou.
— Você não é tão velho assim. — responde em seguida. Parece triste.
— O que foi? — Chego mais perto do que já ousei chegar, o que a faz
tencionar um pouco. Paro na mesma hora e ela relaxa logo.
— Damen está chegando amanhã, então não vou mais te ver. — Sorri
tristemente.
— Você pode vir uma vez na semana. — sugiro.
Realmente gosto da sua companhia.
— Não sei. Vou falar com meu marido. Por favor, não me entenda mal.
Eu gosto de conversar com você, tipo como um irmão mais velho. Bom… Eu
não tenho um. Você é o mais próximo disso. — Sorri.
— Vamos, anjo! — Deimon a chama.
Vejo eles saírem abraçados e ela olhando-o com adoração.
Isso mudaria muita coisa no futuro e eu não sabia, até um furacão de
cabelos pretos entrar em minha vida, me mostrando que às vezes nem tudo
que acreditamos ser verdade, realmente é.
— Seja bem-vinda de volta! — Abraço Anny.
Eu senti sua falta. Ela está sempre me ajudando.
— Obrigada! Foi bom visitar minha terra. — Me beija na bochecha.
— Que bom! — Abraço-a junto com sua pequena Beatriz. Acho lindos
os olhos azuis cristais dela.
— Como foram as coisas por aqui? — pergunta como se tivesse
passado um ano fora.
Eu sorrio e Anny abraça meu marido.
— Está indo tudo maravilhoso. — afirmo sorrindo timidamente.
— Como está, Gena? — Damen se preocupa.
— Estou bem. — confirmo.
O capo coloca a mão nas minhas costas e meu corpo tenciona um
pouco com seu contato. Sempre evita me tocar, mas ele é meu cunhado,
minha família. Retribuo o gesto, agradecendo a gentileza.
— Bem. Obrigada! Teve uma viagem tranquila? — questiono meio
nervosa, pois nunca trocamos mais do que duas palavras. Ocasionalmente
almoçamos juntos ou jantamos. Damen e Deimon passam o dia todo fora,
trabalhando.
— Foi cansativo. — responde com um fantasma de um sorriso sexy.
Pego Benjamin nos braços. Está quase fechando os olhos de cansaço.
Beijo suas bochechas gordinhas.
— Como foi a viagem? Fala para a titia! — pergunto para o bebê,
suavemente, que apenas vira a cabeça para o lado, bocejando. — Você está
bem cansado. — murmuro esfregando suas costas carinhosamente. É tão
fofo!
— Você quer ajuda? — sugiro à Anny.
Ela suspira olhando para os filhos quase dormindo de cansaço em seus
braços e no meu.
— Eu agradeço. Estou um pouco cansada. — Começa a subir a escada.
Sigo atrás dela, segurando Benjamin com firmeza, para não deixá-lo
cair.
— Eles já comeram? — Me sento na cama com cuidado para não
deixar o bebê aborrecido.
— Damen já está fazendo a papa deles. — Sorri gentilmente.
— Pode dar banho nele para mim? — pede retirando as roupas da
Beatriz, que choraminga chateada.
— Claro! — Retiro as roupas do gorduchinho.
Dou banho nele com medo de derrubá-lo. É tão lindo! Tenho vontade
de morder essas bochechas fofas. Isso é um pensamento malvado. Balanço a
cabeça, mandando-o para longe de mim. Começo a colocar a sua fralda com
cuidado, passando uma pomada de assadura.
— Como está indo você e Deimon? — Anny pergunta.
Levanto meus olhos, encontrando os seus em mim. Ela está me
encarando atentamente.
— Estamos bem. Ele é bom para mim. — afirmo com as bochechas
pegando fogo de vergonha.
— Essas bochechas coradas significa que vocês fizeram sexo. — Anny
abre um sorriso satisfeito.
Minhas orelhas esquentam junto com o meu rosto. Provavelmente estou
igual um tomate.
— É sim. — digo envergonhada, me concentrando em Benjamin.
— Você gostou? — indaga com um sorriso divertido.
— Muito! — respondo querendo enfiar a cabeça no chão, como um
avestruz, e nunca mais sair de lá.
Como ela consegue falar de sexo tão fácil assim?
— Não se envergonhe. Fico feliz que vocês estejam fazendo o
casamento funcionar. — é sincera.
— Eu realmente estou feliz. — admito terminando de vestir o bebê, que
já está dormindo no berço com os braços abertos e a boquinha fazendo um
pequeno bico fofo. — Vou fazer algo para vocês comerem. — proponho.
— Obrigada! Mas podemos pedir alguma coisa. Não é necessário fazer
nada. — sugere.
— Não é incômodo. Vou fazer alguma coisa e já volto. — Saio.
Uma macarronada será mais rápida. Pego os ingredientes, deixando
tudo em ordem, pronto para cozinhar.
— Vai fazer o que, anjo? — Deimon pergunta se sentando à minha
frente com um lindo sorriso no rosto. Meu coração palpita.
— Uma macarronada à bolonhesa. — informo encontrando seus olhos,
com um sorriso tímido.
— Está com fome? — Caminha até mim, tocando minhas costas.
— Não é para mim. Anny está com fome e me ofereci para fazer algo
para eles comerem. — digo encarando seu rosto.
— Me deixa ajudar? — propõe.
— Não precisa. — falo.
Já tinha terminado de cortar tudo que preciso.
— Se você diz. — Senta e me observa atentamente.
— É simples. — afirmo. — Pode avisar que já terminei? — peço ao
meu esposo, que estava terminando de arrumar a mesa.
— Claro, anjo!
Ele sai e eu coloco a macarronada em uma travessa, deixando pronta
para servir.
— O cheiro está uma delícia! — Damen fala me fazendo pular de
susto.
— Obrigada! Espero que goste. — Dou espaço para ele passar. Ainda
não me dou bem com proximidade masculina.
— Você tem que trabalhar isso. — meu cunhado diz enchendo o prato
de macarronada.
Ele falou sobre o pânico que tenho dos homens ou de pessoas em geral?
— No quê? — Direciono minha visão para longe do seu rosto, porque
Damen tem um jeito de olhar intenso, que é desconcertante.
— Está segura porque pertence ao meu irmão, não importa onde você
esteja. — Me observa novamente. A sinceridade brilha em suas profundezas
azuis.
— Eu sei. Estou tentando. — garanto segurando as lágrimas. Não vou
chorar como uma criança emotiva.
— Eventualmente você vai conseguir. — afirma se sentando à mesa e
começando a comer.
— Um dia eu consigo. — Dou um pequeno sorriso e Damen acena com
a cabeça.
— Sim. Você está uma delícia. — meu marido fala e minhas bochechas
esquentam de vergonha.
— O cheiro está uma delícia. — Anny elogia. Vem em seu pequeno
short, descendo a escada.
— Está uma delícia, boneca. — o capo diz e recebe um beijo dela.
— Posso ver um psicólogo? — Gena pergunta se abaixando bem na
minha frente. Sua boceta lisinha está bem na altura do meu pau.
— Você tem certeza? — Passo meu dedo em sua abertura. Ela me olha
com olhos enormes e a respiração acelerada.
— Acho que seria bom. — responde puxando o ar ruidosamente.
Coloco minha mão em suas costas, impedindo-a de se levantar. Essa
posição está perfeita para eu foder sua bocetinha. Me ajoelho beijando sua
boceta e ela geme. Chupo com vontade seus lábios e abro suas dobras com os
dedos, fodendo seu buraquinho com a língua.
— Deimon! — geme entregue a mim.
Sua boceta está molhada. Pego um pouco dos seus sucos, empurrando
meu dedo em seu ânus vagarosamente. Gemo desejando que fosse meu pau.
— Oh, meu Deus!
Movo meu dedo devagar e o ânus dela o suga. Meu pau se contorce
mais duro dentro da cueca. Lambo e chupo sua boceta. Ela grita oscilando
para a frente, gozando. Puxo a cueca para baixo, me levanto acariciando meu
pênis dolorido e pressiono contra a sua entrada apertada. Gemo me segurando
em sua cintura e colando seu corpo contra o meu. Aperto seus seios,
massageando os mamilos rígidos. Empurro mais forte em seu canal,
gemendo.
— Deixe-me ouvi-la! — peço quando Gena começa a segurar os
gemidos.
— Amor! — diz embriagada tentando não gozar.
A pressão em minhas bolas aumenta e eu coloco meu dedo em seu
clitóris, esfregando-o com rapidez. Gena goza indo para a frente. Aumento as
estocadas rápidas e curtas, gozando também. Deslizo para fora da minha
pequena esposa, vagarosamente, e a levo para a cama, me deitando com ela
em meus braços.
— Vem, anjo! — chamo-a.
— Já vou, amor! — responde correndo pelo quarto.
Jesus Cristo! Às vezes essa mulher me faz subir nas paredes. Ela corre
balançando sua bunda deliciosa na minha frente.
— Se você continuar assim, não vamos sair desse quarto, anjo. —
Ajeito meu pau dentro da calça.
Seus olhos verdes brilham em excitação.
— Seria bom. — Lambe os lábios grossos dela.
Rosno enquanto aperto a cabeça do meu pau firmemente.
— Vem aqui! — Puxo meu pênis para fora e ela caminha lentamente
em minha direção, olhando minha mão brincar com ele. — Quero sua boca!
— digo encarando seus lagos verdes esmeraldas.
Gena balança a cabeça e se ajoelha à minha frente. Acaricio seus
cabelos sedosos e ela lambe os lábios vermelhos, fazendo meu pau engrossar.
— Eu quero! — diz baixinho.
— Você quer? — Passo meus dedos pelos seus lábios sexies.
— Sim. Por favor! — suplica sensualmente.
— Não. Você está sendo uma menina má. — Beijo sua boca e deslizo a
língua nos seus lábios, explorando cada pedacinho dela.
Gena geme baixinho, segurando meu pau com mais força. Gemo em
sua boca. Ela me empurra na cadeira e desce beijando minha barriga —
lambendo para ser mais exato. — Dou gemidos ao mesmo tempo em que
analiso seus olhos verdes. Minha mulher passa a língua em minha ponta.
— Chupe seu marido, anjo! — Encaro seu rosto.
— Não. Você está sendo um menino muito mau. — acusa muito
suavemente, se levantando.
Vou mudar seu apelido de anjo para diaba, porque é isso que se tornou.
Aquele anjo tímido quase não existe mais. Não reclamo, pois gosto dessa
nova mulher.
— Você se tornou uma diaba. — digo chateado vendo-a se vestir como
se nada tivesse acontecido. — Está brincando, né? — Acaricio meu pau.
— O quê? — questiona entrando no closet.
Diaba! Isso tem dedo da Anny. Ela está ensinando muitas coisas
erradas para a minha esposa. Vai me pagar muito caro por isso.
— Venha aqui ou vou transar com você de quatro aí mesmo! — Me
aproximo enquanto acaricio meu pênis lentamente.
Os olhos dela brilham excitados. Se quiser jogar, é melhor saber que
vou ganhar o jogo.
— É mesmo? — Percorre a visão pelo meu corpo e observa minha mão
trabalhando em meu pau num vai e vem lento.
— Talvez eu queira. — Puxo seus seios para fora do sutiã e beijando-o.
Vou arrastando a língua entre eles.
— Isso! — Geme.
Empurro-a na cama e ela abre as pernas sedutoramente.
— Você vai me matar! — Beijo seus seios saborosos.
— Claro que não! — Sorri com aquele mesmo sorriso ingênuo.
— Monta em mim! — mando e deito de costas na cama.
— Sim. — aceita e fica com as bochechas coradas, escalando meu
corpo.
— Senta devagar, esposa. — Puxo seu cabelo e beijo seus lábios.
— Deixa de ser mandão! — reclama irritada e dou uma risada.
— Mandão nada, anjinho. — Dou-lhe um tapa na bunda e ela geme
baixinho.
Gena escorrega sobre meu estômago, colocando uma perna de cada
lado. Gemo quando senta em cima de mim com sua boceta molhadinha
encostando em minha pele.
— Amor! — murmura me olhando com aqueles malditos olhos cheios
de tesão.
— Sim! — Levanto seu quadril e empurro nela lentamente, gemendo
com a sensação esmagadora.
Ela geme baixinho, subindo e descendo em meu comprimento. Se
abaixa aumentando a pressão em meu pau.
— Sim! — Geme quando cavalga mais rápido.
Acaricio seu clitóris encontrando seus impulsos no meio do caminho.
— Ohhhh! — Solta mais gemidos, aumentando seus movimentos e
gozando em meu pau.
Acompanho-a e gozo em seu canal apertado. Ela desaba em cima de
mim, gemendo.
— Vamos passar o dia na cama comigo dentro de você. — afirmo
beijando seus lábios.
— Uma maravilhosa ideia. — Sorri.
— Está com fome? — Acaricio seu rostinho delicado.
— Não. Quero dormir um pouquinho. — Se aconchega a mim.
— Está tão cansada assim? — Beijo seu pescoço.
— Só um pouquinho. — Escorrega em meu pau.
— Meu anjo, ainda estou dentro de você. Se não quer ser fodida
novamente, é melhor me tirar daí. — falo gemendo torturantemente. Ainda
estou duro como ferro.
Chamo-a novamente. Meu Cristo! Já está dormindo. Viro-a lentamente
na cama, saindo de seu canal.
— Diaba! — resmungo para mim mesmo enquanto a olho dormir.
Queria sair hoje e dançar um pouco. Estamos tanto em alerta que nem
nos divertimos mais. Deixo Gena dormindo. Seu rosto está sereno e em paz.
Tomo um banho demorado.
*****
Preparo uma festa na piscina apenas para os mais próximos. Saio para
comprar alguma bebidas enquanto Anny prepara a comida. Alec decidiu vir
comigo assim que Jasper chegou. Não entendi, mas acho que ele não gosta do
meu amigo. Alec é um cara legal, bastante centrado e não fala muito, a não
ser quando sua irmã está perto. Eles brincam o tempo todo como duas
crianças.
— O que você tem contra o Jasper? — pergunto olhando a estrada já de
volta para casa.
Ele me analisa, mas não responde de imediato.
— Não gosto da relação dele com a minha irmã. Lydia é diferente. É
complicado. — Olha para fora da janela. — Por quê?
De repente o encaro interrogativamente.
— Nada. Só o jeito que você encarou ele quando chegou. — digo com
sinceridade.
— Lydia tem um passado sofrido. É complicado. Só não quero vê-la
sofrer novamente, cara. Deixa quieto! — age como se estivesse falando
demais.
— Ok. Não vou fazer mais perguntas. — garanto estacionando na
garagem.
Pego as bebidas, levando-as para a cozinha e Alec me ajuda.
— Cadê a Gena? — pergunto à Lydia, que está sentada no sofá com o
barman.
Levanto a sobrancelha para Alec num modo interrogativo e ele ergue os
ombros como se não se importasse com o que ela faz.
— Está na piscina. — Lydia informa, dando-me uma piscadela.
A levanto minha sobrancelha em questionamento.
— O quê? — Sorri com seu jeito debochado.
— Nada, ligeirinha. — Saio e ouço sua risada.
— Pare de babar, Jasper! Sua baba está escorrendo pelo queixo. — falo
bem ao pé do seu ouvido. O cara está afogando na própria saliva.
Ele me mostra o dedo e eu saio rumo à piscina, com um olhar raivoso
para Lydia. Vejo Gena com Bernardo no colo e caminhando em minha
direção enquanto conversa com ele, como se o pequeno estivesse entendendo
cada palavra dela.
— Já acordou? Dormiu pouco. Não está mais cansada? — Beijo sua
bochecha e passo meus braços em sua volta.
Ela sorri com seu jeitinho de anjo, me abraçando de volta.
— Acordei assim que você saiu. — Fica nas pontas dos pés e passa as
mãos em meus cabelos.
— Está bem? — Pego Bernardo dos seus braços.
— Sim. — confirma.
— Titio! — o menino murmura sorrindo e eu beijo sua bochecha
macia, acariciando seus cabelos sedosos.
— Como está meu sobrinho favorito? — Passo a barba em seu
rostinho, fazendo-o soltar gargalhadas felizes.
— Para, amor! Vai deixar marcas vermelhas nele. — Gena ri.
Aperto meu braço em volta da sua cintura, agarrando-a firme e
mantendo-a no lugar. Passo a barba em seu pescoço e ela grita tentando se
soltar. A seguro com mais firmeza e Bernardo berra se divertindo e
gargalhando. Seus pedidos de socorro vão aumentando.
— Me solta! Preciso usar o banheiro. — ela suplica e eu paro meus
ataques.
— A titia Gena está se comportando mal. — falo com Bernardo e ela
faz uma cara de assassina.
— Cala a boca, amor!
— Está vendo? A titia está sendo safada? — pergunto e ele bate
palmas.
— Sim! Sim! — o pequeno grita sorrindo.
— Para, amor! — Ela fica vermelha.
— Ok. Não vamos mais falar do comportamento feio da titia Gena. —
digo para o Bernardo, que me dá um sorriso desdentado.
— Vamos contar para a sua mamãe que seu titio está te ensinando coisa
errada. — Gena sorri e caminha rumo à cozinha. Minha mulher se
transformou numa diaba sexy.
— Não mesmo, diaba! — Agarro-a.
Ela sorri passando os braços em volta da minha cintura sem imprensar
o bebê entre a gente. Não vou deixá-la me dedurar para Anny. Aquela mulher
é um demônio na terra quando se trata dos filhos, que no caso são meus
sobrinhos.
— Não seja um péssimo marido. — Beija meu queixo.
— Não estou sendo um péssimo marido para você. — Beijo sua boca,
explorando cada pedacinho seu, degustando seus lábios saborosos.
— Parem de safadeza na frente do meu filho! — Anny pega a criança
dos meus braços, com um olhar feio em minha direção.
— Do que você está falando? — Volto a beijar Gena, apertando sua
bunda para enfatizar a pergunta.
— Você está me dando enjoo de tanta melação. — Anny sai com uma
risada.
— Assim como você e meu irmão transando na piscina ontem? — grito
atrás dela.
É algo que não quero ver novamente. Muito nojento! Lembro de
quando meu irmão também me pegou transando no corredor semana passada.
Gena ainda não consegue encarar Damen direito sem ruborizar.
Anny me mostra o dedo atrás das costas, para o filho não ver, e solto
uma risada do seu jeito debochado. Caminho para a sala, seguindo-a, onde
todos estão conversando. Sento na poltrona, levando Gena comigo.
— Já terminaram a lua de mel, Deimon? — Lydia pergunta sorrindo do
seu jeito peculiar.
— Nunca! Minha vida é uma lua de mel. — Dou-lhe uma piscadela.
— Eu ouvi vocês hoje de manhã. — provoca batendo palma e pula no
colo do Rynce.
Jasper fica tenso e estreito meus olhos em sua direção num
questionamento silencioso. Ele balança a cabeça de leve como se dissesse um
“depois”. Estão transando desde que se viram. Será que têm sentimentos um
pelo outro?
— Isso deve ser difícil para você, né? — pergunto para ela.
— Nem tanto. Não fico para trás. — responde tocando o colar no
pescoço. Seus olhos têm um brilho diferente.
— Se você diz. — Beijo os cabelos da Gena.
Rynce observa cada movimento meu como se estivesse me avaliando.
Isso já me incomoda há um tempo. Ele está escondendo alguma coisa e eu
vou descobrir o que é. Tenho ficado com um pé atrás em relação à ele.
Damen sabe de alguma coisa, mas não quer compartilhar comigo.
Me sinto tão feliz nesses meses, mais do que já fui em minha vida toda.
Nunca pensei que fosse possível ter o que tenho agora: amor, felicidade,
amigos que se importam comigo e, principalmente, um marido perfeito.
Sentada no colo dele sorrio das suas palhaçadas.
— Não é anjo? — pergunta.
Não sei do que está falando. Estava pensando alto e não prestei atenção
na conversa.
— O quê? — Encaro seus olhos verdes cristais.
— No que estava pensando, anjo? — Passa a mão pela minha perna e
dou meu sorriso convincente — ou pelo menos tento.
Ele sorri de volta, tocando a ponta do meu nariz.
— Só no quanto você me faz feliz. — afirmo baixinho e ele me puxa
para mais perto.
— Nós nos fazemos felizes, anjo. — Beija minha boca vagarosamente.
— Vão para um quarto! — Anny provoca.
Vejo Deimon mostrar o dedo do meio, já que ela estava no colo do
Damen se pegando com ele horas antes, com mão boba e tudo mais.
— Eles não precisam de um. — meu cunhado diz com aquela sua voz
rouca, provocando o irmão.
Minhas bochechas esquentam quando eu lembro de quando ele nos
pegou transando no corredor. Foi tão vergonhoso! Não consegui encará-lo
por dias, e ainda não consigo sem recordar da cena.
— Vocês também. Lembram do jardim? E também tem a piscina. —
meu marido provoca.
Anny engasga com a bebida e Damen dá pequenos tapas em suas
costas. Todos começam a rir, se divertindo às nossas custas.
— Por que você está corando, Gena? — Jasper pergunta me fazendo
esconder o rosto no pescoço do Deimon, envergonhada.
Meu esposo rosna para seu amigo, fazendo a sala cair na gargalhada
novamente.
— Eu corto sua língua, meu amigo. — ameaça o cara.
Os cabelos do meu pescoço arrepiam. Jasper apenas solta uma risada
rouca e os outros acompanham, se divertindo. Esse clima descontraído e o ar
leve de família me deixa muito feliz. Nunca tive isso.
— Vamos dançar? — Anny fala batendo palmas e se levantando.
Ela cambaleia, sendo amparada pelo marido. Acho que bebeu muito.
Lydia não está diferente. Seus olhos negros estão divertidos, mas não está tão
bêbada assim.
— Vamos tirar a sorte. — Lydia se mexe no colo do Rynce como se
estivesse dançando alguma coisa.
Essa é a primeira vez dele entre a gente. Acho que Lydia o trouxe
apenas para irritar Jasper, já que os dois são como cão e gato e vivem
brigando.
— Estou fora! Não danço. Só se for obrigado. — Deimon diz.
— Tirar a sorte? — Damen pergunta olhando Anny, esperando uma
resposta.
— É. Tirar a sorte. — Lydia afirma como se a resposta fosse simples.
Fica em pé e puxa Rynce pela mão.
— Eu não danço muito bem. Você sabe disso. — ele responde se
levantando.
É lindo! — admito em pensamento. — Deimon jamais deve saber, ou
ele mataria o cara por isso.
— Nem vem! Você é maravilhoso! — ela contrapõe colocando Shawn
Mendes e Camila Cabello na música Señorita para tocar. — Vamos, gatão!
Dança contemporânea não te faz menos homem. — o chama e balança o
quadril sensualmente.
Nossa! A garota é realmente sexy! Já tinha a visto dançar, e é quente.
Quando Rynce começa a acompanhá-la na dança, meu queixo cai. Ele é
maravilhoso e se move facilmente.
*****
Nunca me diverti tanto na minha vida. Hoje foi especial. Íamos sair
para comemorar nove meses de casados, mas assim foi maravilhoso. Deito na
cama com os braços abertos. Estou morta de cansaço e bêbada.
— Obrigada por hoje, marido. — agradeço piscando meus olhos para
ele, tentando parecer sensual.
Deimon vira me encarando e sorri. Em seguida amarra meus cabelos.
Talvez achou que eu fosse vomitar.
— Está tentando me seduzir, anjo? — Puxa minhas roupas com
cuidado, me despindo.
— Está funcionando? — pergunto esperançosa, segurando seu pescoço
enquanto tento beijá-lo.
Ele apenas sorri, usando a oportunidade para puxar minha blusa pela
cabeça.
— Você não precisa. — Me senta na cama.
— Não? Por que não ganhei meu beijo? — tento seduzi-lo novamente.
— Se comporta, anjo! — pede entrando no closet e pegando minhas
roupas íntimas.
Me veste como se eu fosse um bebê. Por que ele está me tratando igual
um?
— Malvado! — Choramingo enfiando meu rosto no travesseiro.
— Abra a boca! — Me puxa de volta para sentar, coloca duas pílulas na
minha boca e me entrega um copo de água.
— O que é isso? — pergunto.
Não gosto de remédio. Já tomei muitos em minha curta existência.
— Um analgésico e seu anticoncepcional. Não quero ter um filho
agora. — Beija minha cabeça.
Eu também não quero um bebê agora. Quero me curar ainda mais para
pensar num filho.
— Você é ruim! Não quer satisfazer sua esposa. — Beijo seu tanquinho
sarado, deslizando minha língua entre os gominhos.
— Em que você se transformou? — resmunga esfregando meu coro
cabeludo num cafuné gosto.
— Em sua mulher. — afirmo.
Gemo em apreensão. Os dedos do Deimon estão fazendo coisas
maravilhosas. Fecho minhas pálpebras, caindo no sono.
Minha cabeça está doendo. É como se estivesse alguém batucando
dentro dela com várias baterias. Gemo. Minha boca está seca da ressaca de
ontem. Levanto a cabeça, mas tudo está doendo. Resmungo novamente,
abrindo meus olhos. A claridade incomoda, mas tento me acostumar.
— Você bebeu demais. — Deimon fala muito alto de algum lugar do
quarto.
— Shhh! — reclamo cobrindo meu rosto.
Procuro meu marido pelo quarto e encontro-o encostado na porta,
colocando suas abotoaduras e me observando com seus lindos olhos. Está
vestido num terno preto elegante. Totalmente perfeito! Delicioso!
— Vai sair? — pergunto passando as mãos pelas pálpebras, tentando
expulsar o sono para longe.
— Sim. Uma das nossas boates foi atacada. — responde caminhando
em minha direção com seu jeito sexy e predador.
Me encosto na cabeceira da cama, analisando atentamente seus lábios
repuxarem num sorriso sexy.
— Você sabe quem foi? — fico nervosa.
Não gosto quando ele sai para resolver assuntos da máfia. Fico
preocupada todos os dias, pois tenho medo de perdê-lo.
— Vou resolver isso. Provavelmente o Cartel. — Passa as pontas dos
dedos em meu rosto e beija minha testa com carinho.
— Volta para mim! — sussurro baixinho encarando seu rosto perfeito.
Não posso viver sem ele. Deimon se tornou meu tudo, meu salvador,
meu protetor, e o mais importante de tudo, o meu amor. Toda vez que sai,
digo as mesmas palavras na esperança sempre volte para mim. Tenho medo
de que um dia não retorne. Peço a Deus que nunca permita que isso aconteça.
Ser consigliere e o segundo no comando de uma das organizações mais
poderosas do mundo é um risco constante. Está sempre na mira dos inimigos.
— Sempre! — Me entrega um copo com água e dois comprimidos
brancos, que levo à minha boca e engulo.
— Vai se sentir melhor. — afirma baixinho, acariciando meus lábios e
limpando uma gota de água.
— Obrigada, amor! — Passo meus braços em volta da sua cintura e ele
segura meus cabelos, puxando para trás com delicadeza, e beija minha boca
rapidamente.
— Preciso ir. E você precisa comer algo. — aconselha dando-me um
último beijo antes de sair do quarto.
*****
*****
*****
Meia hora depois estamos andando pelas ruas de Las Vegas, com as
garotas se divertindo. Almoçamos em um dos restaurantes mais luxuosos da
cidade e logo entramos na sorveteria.
— Quero dois de chocolate, por favor! Bem caprichado! — Gena faz
seu pedido.
Não gosto muito de sorvete, então fico apenas atento ao meu redor.
— Você não quer? — minha irmãzinha sorri daquele seu jeitinho
angelical.
Fico me perguntando como Deimon não a quebrou. Ele é um filho da
puta brutal.
— Não gosto muito de sorvete. — sou sincero.
— Eu gosto, já que nunca tinha tomado quando criança. — ela conta
tristemente.
— Você nunca fala sobre sua família. — Coloco a mão nas costas
delas.
— Não fale sobre esse assunto, garotão! — Lydia sugere cutucando
meu queixo.
— Estou bem. Minha mãe se suicidou porque não suportava mais
sofrer. — há uma dor na voz.
— E seu pai? — Faço pequenos círculos nas suas costas.
— Não sei quem é. Minha mãe fugiu dele quando descobriu que estava
grávida de mim. — afirma me dando um sorriso triste.
— Isso é triste. — Fico feliz por ela estar me dando as peças do quebra-
cabeça.
— O que mais vamos fazer? — Lydia muda de assunto e Gena
provavelmente fica muito triste lembrando o passado.
— Acho que voltar para casa. Hoje é meu aniversário e meu marido
deve estar aprontando alguma coisa. — Gena tem um sorriso genuíno ao falar
sobre o esposo.
— Parabéns! — falo calmamente.
— 21 anos. — Sorri.
Me divirto muito andando pelas ruas. Almoçamos juntos. Ryn é sempre
cuidadoso comigo. Me deixa feliz saber que ele tem o mesmo sentimento de
amizade por mim.
Meu celular toca dentro da bolsa e eu pego-o rapidamente, empurrando
o resto do meu sorvete na boca.
“Amor”.
O nome do meu marido aparece na tela do celular. Meu coração acelera
toda vez que o vejo.
— Oi, amor. Onde você está? — pergunto.
— Em casa. Cadê você? — indaga com um tom de preocupação em sua
voz rouca, mas ainda assim suave.
— Saí com a Lydia e o Ryn. — conto.
— Onde exatamente você está? Vou até você, anjo. — Bate uma porta.
Dou as instruções corretamente e depois de um tempo Deimon
estaciona o seu McLaren P1 GTR na nossa frente, incrivelmente sexy. Sorri
para mim, saindo do carro. Meus lábios se abrem num sorriso gigantesco.
— Oi, anjo. — Beija minha boca, me apertando junto ao seu corpo
grande.
— Oi. — Suspiro respirando pesadamente contra seu peito musculoso.
— Fiquei preocupado quando cheguei em casa e você não estava. —
Beija meus lábios rapidamente enquanto encara Rynce duramente.
— Anny não falou que saímos? — pergunto tocando seu tórax,
chamando sua atenção para mim.
— Ela saiu. — Beija meus cabelos.
— Desculpe! Nós resolvemos sair. Eu devia ter avisado a você. —
profiro com tristeza.
— Não se preocupe. Hoje é seu aniversário anjo, então vamos
comemorar! — responde para mim, mas seus olhos estão no meu amigo.
— Guarda esse olhar mortal. Nós que fomos buscá-lo. — Lydia diz
remexendo o quadril levemente na nossa frente.
— Não foi culpa dele, meu amor. — digo e sua visão volta para mim.
Ele balança a cabeça, afirmando.
— Tenho um presente para você em casa. — Deimon volta sua atenção
para mim.
— Vocês vão ficar bem se eu for? — pergunto para meus amigos.
— Não tem problema. — Rynce garante.
Me desembaraço do meu marido, dando um abraço apertado nele, que
me ajuda a entrar no carro.
Chegamos em casa e tem um carro estacionado com um de buquê
enorme em cima do capô preto e sem brilho. É um Mercedes com uma faixa
escrita “Feliz aniversário, anjo”.
Minha boca cai aberta e meus olhos enchem de lágrimas.
— Oh, amor! — Começo a chorar.
— Isso significa que você gostou? — Me abraça forte capturando
minha boca num beijo feroz.
— Sim! — Sorrio e pulo em seus braços, enrolando as minhas pernas
na sua cintura enquanto beijo seus lábios com ganância.
Eu fiquei com um pouco de ciúme quando Anny ganhou vários carros.
Eu gostaria de ter um só para mim. Desde que aprendi a conduzir, ele me
prometeu um. Fico tão feliz que começo a chorar.
— Shhh, anjo! Faço tudo por você. — fala no meu ouvido.
Às vezes a pessoa certa não existe. Somos todos errados e temos que
buscar alguém que aceite nossas imperfeições e nossos defeitos, e eu
encontrei alguém sem estar procurando.
— Obrigada, amor! — sussurro entre soluços.
— De nada. Vem! Tenho mais uma coisa para você. — Me coloca no
chão, limpando minhas lágrimas com as pontas dos dedos, e beija os meus
lábios rapidamente.
Me conduz direto para o nosso quarto. Em cima da cama tem uma
bandeja cheia dos meus doces favoritos e um bolo de chocolate — o que mais
gosto. — Me viro para meu esposo, que está encostado na parede me
observando com um sorriso no rosto. Meus olhos lacrimejam novamente.
Fiquei triste quando disse que tinha que sair para resolver alguns assuntos no
trabalho justo no dia do meu aniversário, porém, preparou uma surpresa para
mim. Caminho até ele passando os braços em volta da sua cintura e
escondendo o rosto em seu peito.
— Obrigada!
Deimon apenas sorri e me abraça de volta. Procuro seus lábios e dou
pequenos beijos em seu rosto, fazendo-o sorrir.
— Em toda a minha maldita vida, nunca pensei que ficaria feliz vendo
um sorriso em seu rosto. — sussurra em meu ouvido.
Levanto meus olhos, encontrando os seus verdes. Eu amo esse homem!
Tenho medo de falar em voz alta e perdê-lo.
— Você me faz feliz. — murmuro ao invés de dizer o que realmente
sinto.
*****
Preciso entrar em contato com os meus irmãos, mas não tenho certeza
se é sensato fazer isso agora. Eles não vão entender as coisas que descobri
sobre a nossa mãe. Contudo, preciso voltar para casa. Damen e Deimon já
estão de olho em mim, e é uma questão de tempo até eles descobrirem quem
sou — se é que já não sabem e estão apenas querendo saber os meus
objetivos. — Se isso acontecer, estarei morto e pedaços meus serão entregues
à minha família em sacos plásticos, e aí será uma espiral infinita de matança.
Mas agora eu tenho uma irmãzinha para pensar e proteger.
@Lydia: Estou indo te ver.
@Eu: Estou te esperando.
Visualizo a mensagem de Lydia por vários minutos e meu
subconsciente me avisa que o meu tempo havia se acabado. Fico me
perguntando se ela me mataria sem pensar duas vezes. Vejo as inúmeras
mensagens e ligações dos meus irmãos — todas ignoradas. — O que eles
estão pensando? Talvez que resolvi traí-los.
Meia hora depois Lydia bate na porta. Ela tem a chave do apartamento.
Por que não usou? Pego uma arma na gaveta, retiro a corrente e vejo ela e
Anny paradas à minha porta. Levanto a sobrancelha para a garota do capo:
uma mulher difícil, porém, tem o meu respeito e gosto bastante dela.
Podemos dizer que nos tornamos amigos.
Beijam o meu rosto e entram em meu apartamento. Vejo as armas na
parte de trás das suas calças assim que tiram os casacos, se sentando.
— Oi, Yore. — Anny cumprimenta calmamente.
Nenhuma delas pegou a arma, então isso significa que não estou
totalmente ferrado. O meu sangue gela. Caminho lentamente, sentando no
sofá logo em frente. Me fazer de ingênuo ou desentendido não funciona com
elas.
— Como você descobriu? — questiono pensando nas minhas opções.
Preciso fugir sem matá-las.
— Tenho os meus meios. — Anny inclina-se para a frente.
— Você me usou? — Lydia pergunta passando as mãos pelos cabelos
negros num gesto nervoso.
— Não. — sou sincero.
O capo não está aqui. É um bom sinal.
— O que um mafioso russo da elite faz como o barman de uma boate?
— Anny me analisa atentamente.
Mantenho o meu rosto calmo, mas por dentro estou nervoso.
— Eu estou aqui há quatro anos. Sou o filho mais novo do antigo capo
da Rússia. Há mais ou menos 22 anos minha mãe morreu carbonizada num
acidente de carro, e isso era tudo o que eu e meus irmãos sabíamos sobre o
ocorrido. Alguns meses depois, Roy, pai do seu marido, assumiu a
responsabilidade por sua morte. O meu pai, claro, não se importou. Bastante
tempo depois ele morreu misteriosamente pelas nossas mãos. Passamos anos
planejando nos vingar. Eu vim para cá com 19 anos e já são cinco anos
colhendo informações. Foi então que vi Gena. — digo calmamente fazendo
uma pausa e tomando fôlego.
— Continua! — Lydia pede.
Não sei o que fazer se elas tentarem me humilhar, talvez as mate.
Respiro profundamente olhando nos olhos de Anny. Ela é quem eu tenho que
convencer no final de tudo se eu quiser sair vivo sem uma luta.
— Gena é a cópia perfeita da minha mãe, então foi aí que percebi que
mamãe não tinha morrido anos atrás como pensávamos, mas sim a mesma ou
alguém forjou a sua morte. Na primeira vez que a vi, pensei que estava
ficando louco por causa dos anos longe de casa, contudo, guardei o copo que
ela bebeu e fiz um teste de DNA. Gena é minha irmã. — afirmo convicto.
É tudo que sei sobre o assunto. Dentro da máfia as mortes por suicídio
são estritamente proibidas de se comentar.
— Fico feliz que você tenha confiado na gente e contado a verdade. —
Anny admite se levantando e vindo na minha direção. Fico tenso com a sua
aproximação repentina. — A sua mãe fugiu com a ajuda da minha. Elas eram
irmãs. Nenhuma das duas podia ficar juntas no mesmo lugar, ou o seu pai as
encontraria. — completa se sentando na mesinha de centro na minha frente e
pegando a minha mão.
— Como sabe disso? — pergunto aceitando seu carinho, mas ainda
assim curioso sobre o fato dela saber disso mais do que eu.
— Somos primos. Lembra? — Sorri.
— Sim.
— Bom... Continuando... A minha mãe e a sua, a tia Mariana,
conseguiram fugir e vieram para Vegas em busca de uma vida melhor.
Entraram num inferno quase igual ao anterior. O padrasto da Gena batia nelas
até desmaiarem. — prossegue e suspira fortemente com pesar.
— Esses são os motivos da minha irmã não gostar de estranhos
tocando-a — afirmo mais para mim mesmo do que para outra pessoa.
— Isso. A sua mãe se matou por não suportar tanto sofrimento —
Lydia acrescenta, cutucando o meu queixo.
Levanto os meus olhos, sentido com a história. Não tenho lembranças
dela. Era muito novo quando supostamente morreu.
— Obrigado! — agradeço.
Finalmente tenho o meu fechamento. Se fosse capaz, com certeza
choraria.
— No entanto, você tem até o meu casamento para voltar para a Rússia.
O Damen está a um passo de chegar à verdade. — Anny continua.
— Eu sabia que essa hora um dia ia chegar, mas em outras
circunstâncias. — sou sincero.
— Fica para o meu casamento. No outro dia você pode ir? — pergunta.
— Claro! — concordo.
Tento não pensar que joguei cinco anos da minha vida fora. O que me
conforta é saber que tenho uma irmã no meio dessa merda toda, uma luz no
fim do túnel.
— Podemos ser amigos até você resolver isso e poder contar à Gena
que ela tem irmãos. A minha amiga merece isso. — Lydia aconselha
sorrindo.
As garotas estarem aqui e não me matarem mostra que alguma coisa eu
significo para elas.
— Claro que sim! — respondo sendo abraçado pelas duas.
— Onde o Vikkito Ricci entra na história? — Anny passa os dedos
pelos meus cabelos carinhosamente.
— Ele fica encarregado de levar a informação para os meus irmãos.
Não que eu tenha conseguido muitas. O Damen é muito esperto. — confesso.
— Informação confirmada. — Lydia fala mexendo no celular.
— Desde quando você sabe disso? — questiono. Eu tenho a impressão
de que já faz um tempo.
— Desde que percebi sua obsessão pela Gena. Estava observando-a o
tempo todo. — Anny confirma as minhas suspeitas.
Dei muita bandeira. Imagina você acabar de descobrir que tem uma
irmãzinha e não poder dizer nada. É extremamente difícil manter os olhos
longe.
— Entendo. Como você descobriu tudo isso sobre mim? — eu quero
saber. Isso é intrigante.
— Sou uma hacker. — Anny admite suspirando pesadamente. Isso
explica muita coisa.
— Uma não, a melhor de todas, a famosa Ghost. — Lydia confidencia
orgulhosa.
Levanto a sobrancelha. Todos sabem sobre ela, no entanto, ninguém a
pegava ou conseguia qualquer pista sua. Um fantasma por completo.
— Posso pelo menos passar essa semana perto da minha irmã? — Eu
gostaria de contar a verdade antes de ir embora.
— Não acho uma boa ideia. Deimon está bastante incomodado com
você olhando demais para o anjo dele. — Lydia fala com uma risada gostosa.
— Podemos pedir uma noite só das meninas e você se despede dela. —
Anny sugere.
É uma boa ideia. Não sei quanto tempo vai demorar para nos vermos
novamente.
— Obrigado por isso. — agradeço.
Depois de mais algumas perguntas, elas foram embora, me deixando
com os meus pensamentos perturbados. Será que vou me acostumar a viver
com os meus irmãos novamente como antes? Eu amo eles, mas são idiotas
passados do limite.
Mando uma mensagem pedindo para o meu irmão mandar o jatinho
particular em uma semana. Anny me dará cobertura. Agora cabe a mim
escrever o meu futuro.
DESPEDIDA
*****
Tudo está voltando ao normal vagarosamente. Gena está feliz por ter
irmãos e eu estou apreensivo, fazendo de tudo para ela se sentir à vontade
novamente.
— Você está melhor? — pergunto à minha mulher sentada em meu
colo.
— Estou. Só gostaria de conhecê-los. — murmura tristonha.
— Vai dá tudo certo. — prometo e passo a mão pelas suas mechas
sedosas.
— Eu sei. Yore disse que está esperando o nosso irmão voltar da lua de
mel. —confessa.
Eu não gosto de vê-la assim, triste. Essa expectativa de conhecer os
irmãos está me deixando ainda mais receoso, porque ela pode se decepcionar.
Me abaixo beijando seus lábios carnudos. Minhas mãos sobem por
baixo da sua blusa, apertando os seus seios pequenos. O seu gemido baixo faz
o meu pau pulsar. Gena puxa a minha camisa, colocando as pernas em volta
do meu quadril e pressionando a boceta quente bem em cima do meu pênis.
Gemo puxando-a para mais perto e aperto a sua bunda deliciosa. Ela geme
em meus lábios, rebolando no meu colo. Puxo a sua calcinha para o lado e
toco na sua boceta molhada. Fodidamente molhada para mim. Esfrego o seu
clitóris rapidamente, querendo provar o seu sabor. O meu sangue pulsa mais
rápido, indo direto para o meu pau. Abro minha calça jeans e coloco o meu
pênis para fora.
— Eu quero você! — confessa ofegante, gemendo. Os seus olhos estão
cheios de desejo.
Puxo sua blusa, rasgando-a. Eu preciso estar dentro dela. Gena arfa
quando sugo os seus mamilos pequenos na boca.
— Monta em mim! — peço contra o seu peito.
Ela levanta o quadril, colocando-me dentro dela. Gemo devorando seus
seios saborosos. Ela começa a se mover desejosa. Levanto a cintura,
encontrando os seus impulsos descoordenados.
— Vamos, gostosa! — Aperto sua bunda, esfregando seu clitóris.
As minhas bolas apertam e aquele arrepio gostoso sobe pela minha
coluna. Aumento as minhas investidas, indo mais fundo.
— Oh, amor! — Gena sussurra.
Sua bocetinha suga o meu pau enquanto ela goza, caindo sobre mim.
Mordo o seu lábio, gozando também. A minha esposa está mole em meus
braços, respirando pesadamente comigo ainda dentro dela.
— Eu te amo! — fala em meu ouvido, beijando levemente abaixo da
minha orelha.
— Também te amo, pequena! — confesso me levantando com ela em
meus braços.
Deposito-a na cama, ficando entre as suas pernas. O meu pau já está
pronto e com tesão novamente, mas o meu maldito celular toca, acabando
com o clima.
— Porra! — Paro.
Essa semana não fui trabalhar, então Damen está com as mãos cheias.
Eu preciso voltar. No entanto, o que Vikkito quer? Esse filho da puta está me
dando nos nervos!
— Os russos atacaram um dos nossos laboratórios. — fala rápido
demais.
Russos, os irmãos da minha esposa. O que eles querem?
— Já estou chegando. — Desligo.
— Eu preciso resolver algumas coisas. — digo.
Não tenho tempo de esperar Lydia acordar, mas Gena estará segura.
Nem mesmo um louco atacaria a nossa mansão. Eu não gosto de arriscar
quando se trata dela, mas por outro lado, não posso levá-la comigo.
— Vou ficar bem. — ela garante sorrindo docemente como o anjo que
é.
O meu coração se aperta. Eu tenho um mau pressentimento.
Eu estou ainda mais feliz. Tenho irmãos e gostaria de conhecê-los.
Me visto e desço para a sala. Vou assistir a um filme de ação, pois
preciso me distrair. Deimon saiu para resolver alguns problemas da máfia e
eu fiquei meio que sozinha. Lydia ainda está dormindo e Anny saiu com o
Damen e as crianças. Eu falo todos os dias com Yore. Estamos nos dando
muito bem, melhor do que antes.
@Eu: Onde você está?
@Yore: São Petersburgo.
Ele envia uma foto e eu sorrio mandando beijos.
@Eu: Quanto tempo você demora até Moscou?
Estou curiosa e fiz até uma pequena pesquisa sobre a cidade.
“Chamada de vídeo”.
Deslizo sobre a tela e atendo o meu irmão, que aparece com um lindo
sorriso.
Sinto uma dor excruciante na parte de trás da minha cabeça e apago,
entrando na escuridão.
*****
*****
13 HORAS DEPOIS
Eu estou pronto esperando dentro da sala de tortura com as armas nas
mãos. Quando a porta se abre, Nicolai entra com a minha irmã nos braços. Eu
atiro em sua perna e pego Gena com cuidado. Os meus irmãos cuidarão do
Vikkito.
— O que está fazendo? — Nicolai pergunta segurando a perna. Eu
sorrio.
— Muita coisa. — Atiro em sua cabeça.
Descanse em paz! Espero que seja no inferno.
A minha cabeça está latejando e sinto que estou sendo carregada. Toda
vez que eu acordava, Vikkito estava na minha frente e eu desmaiava
novamente. Não me lembro quantas vezes isso aconteceu. Não conseguia
fazer nada.
— Princesinha! — alguém chama de longe.
Não respondo, porque me sinto fraca. A minha boca está seca, tenho
fome e tudo lateja. Vem na minha cabeça imagens do Deimon deitado com as
cobertas até a cintura e sorrindo para mim esta manhã. Não faço a menor
ideia de que horas seja. Sinto algo macio contra as minhas costas.
— É ela?
Quem está aqui? Oh, Deus! Por favor! Eu não quero viver um inferno
novamente. Vikkito vai começar a me machucar. Me debato tentando me
soltar e me sinto sufocada. Vou em busca de ar e começo a chorar. Eu preciso
do meu ar: Deimon.
— Dei... mo... n! De... i... mo... n! A... m... o... r! — murmuro vendo
os seus lindos olhos carinhosos.
Eu puxo as minhas mãos, mas elas estão amarradas.
— N... ã... o. — balbucio soluçando.
— Abra os olhos! Sou eu, Yore. Vamos, princesinha! Respire!
Eu não consigo. As minhas mãos estão amarradas e eu não gosto de
ficar presa. Me faz lembrar do passado.
— Desamarrem as mãos dela, seus idiotas!
Estou livre.
— Abra esses lindos olhos e respire calmamente!
Eu começo a respirar com calma, mas não está ajudando.
— Abra os olhos!
Abro lentamente encontrando o meu irmão sobre mim, desamarrando
as minhas mãos. Respiro aliviada. Lágrimas de alívio descem pelo meu rosto
enquanto me lanço em Yore, o abraçando forte.
— Shhh! Você está segura agora. Você está segura agora. — repete
acariciando meus cabelos.
— Onde estou? — pergunto olhando em volta.
Três homens estão sentados perto demais de mim. Me agarro ao meu
irmão, tremendo, e o pânico começa a rasgar pela minha garganta.
— Yore! — Choro baixinho. A minha respiração começa a acelerar.
Estou entrando em pânico.
— Eles não vão te machucar. — Yore promete e me sento em seu colo.
Coloco o meu rosto em seu pescoço, tentando respirar, mas não está
funcionando.
— Se afastem! — ele manda.
Eu posso sentir os seus olhos sobre mim. Não gosto das pessoas me
encarando assim.
— Pense no que te faz feliz. — sugere acariciando as minhas costas.
O meu marido me faz feliz.
— Deimon. Onde está? — Limpo as lágrimas.
— A caminho. Não se preocupe. — Me levanta nos braços e eu
escondo o meu rosto em seu peito.
— Está sentindo dor? — pergunta caminhando pelo corredor.
— No meu rosto. — digo. Está queimando.
— Eu sinto muito! Devia tê-lo matado! — fala.
— Por que eu? — questiono.
Já sofri tanto. Não mereço isso.
— Ele é um filho da puta sádico! — Me coloca na cama.
Olho as minhas roupas sujas de sangue e estremeço.
— Obrigada! Posso usar o chuveiro? — peço.
O cheiro daquele velho está nas minhas roupas. Estremeço. Quero
vomitar.
— Vou pegar algumas roupas com a mulher do Victor. — ele afirma
sem saber se busca as roupas para mim, me deixando sozinha, ou se fica
comigo. Não quero ficar só.
— Você quer vir? — sugere.
— Sim. — Pego sua mão estendida. Seus olhos estão preocupados.
Sorrio fracamente estremecendo com a dor na bochecha.
— Vamos achar um remédio para dor primeiro. — Me guia pela
escada.
— Obrigada! — Limpo uma lágrima solitária.
— Não chore! Você ficará bem. — Me abraça.
— Eu sei. — confirmo. Mas não tenho certeza se as minhas emoções
voltarão ao normal logo.
Descemos a escada, vagarosamente, com meus passos pequenos e
inseguros, atrás do meu irmão.
— São apenas os nossos irmãos. — Yore fala assim que entramos na
sala.
— Não sei se consigo. — Não de uma vez. Sorrio tristemente.
— Entendo. Vamos com calma. — pede e me leva caminhando na
direção dos homens.
Pressiono-me nas costas dele.
— Oi. — o ruivo se aproxima e aperto ainda mais forte a mão do Yore.
— Não se aproximem. Ela não gosta que toquem nela. — meu irmão
adverte fazendo o ruivo parar, levantando as sobrancelhas. Observo-os
nervosa.
— Tudo bem. Sou Igor. — se apresenta dando um passo mais perto e
eu seguro a camisa do meu irmão com força. Ele balança a cabeça, fazendo-o
parar.
— Oi. — murmuro olhando Yore com incerteza.
Ele sorri apertando minha mão e dou um pequeno sorriso, levando-a ao
rosto.
— Está doendo? — o homem com olhos azuis cristais se aproxima um
pouco mais.
— Um pouco. — respondo.
Não dói tanto como uma pessoa normal sente quando se machuca, pois
tenho costume com dor.
— Sou Victor, o seu irmão. — Chega mais perto e eu me agarro ao
corpo do Yore, literalmente.
— Não se aproximem! Vocês querem fazê-la entrar em pânico ou
desmaiar? — ordena se afastando para trás e me levando com ele.
— Sou Ian. — fala o de cabelo castanho mel, se mantendo distante.
— Oi. — cumprimento e eles me fitam fixamente.
— Estou com sede. — afirmo. A minha garganta está seca.
— Você pode pegar algumas roupas com a sua mulher? — Yore
pergunta.
— Sim. — Victor confirma saindo.
*****
*****
*****
*****
Nas próximas horas Vikkito disse tudo o que precisava saber. Igor já
tinha vomitado no chão. Um molenga! Yore teve a sua participação quando
terminei e literalmente não se importou com a cena à sua frente. Duvido que
algo assim o incomode. Ele já fez muitas coisas repugnantes para nós, então
duvido que se impressione facilmente, depois de tudo que o meu irmão o
mandou fazer.
— Vocês são piores do que pensei. — Ian profere.
Eu posso ver que ele está tentando não vomitar e eu sorrio. O porão
estava com um fedor de urina e outras coisas.
— Você não viu nada. Isso é o que acontece com quem mexe com a
minha mulher. — Mostro os dentes.
— Você é insano! — Ian exclama.
— Você devia ver o meu irmão em ação. — falo passando por ele.
— Não. Obrigado! — Igor diz. Parece doente, um garoto ingênuo.
— Vamos mesmo fazer uma trégua? — Ian questiona duvidoso.
— Se não estivéssemos numa trégua, não estaríamos aqui conversando
tranquilamente. — Lavo as minhas mãos. Estou coberto de sangue, assim
como o meu corpo.
— O que vamos fazer em relação à nossa irmã? — Yore pergunta atrás
de mim se lavando um pouco.
— Nada. A não ser que isso aqui vire uma fortaleza como Vegas. Então
Gena poderá vir, mas acompanhada de Enzo ou de mim. — respondo sem
olhá-los. Enzo tem muito a perder: uma irmã que ama muito.
— Beleza! — Victor confirma.
Eu posso dizer que ele prefere cortar o próprio pescoço antes de
concordar com a nossa ajuda.
— Isso não é sua morte. — Encaro-o.
— Podemos começar quando quiser. — Ian lança um olhar frustrado.
Isso vai ser trabalhoso, mas não me importo com essas merdas de
demonstrações de fraqueza. Todos nós temos uma, por menor que seja.
— Beleza. Que tal começar tirando a mamata gorda daqueles velhos
filhos da puta? — sugiro.
Me refiro àqueles com ideias retrógradas, que ganham metade do
dinheiro que a máfia produz, sem trabalhar, como se fossem reis.
— Eu sempre quis fazer isso. — Yore admite. Os seus olhos se enchem
com uma alegria sombria. Se parece muito com o Damen quando tinha 13
anos, ansioso para matar.
Uma semana depois e estou de volta em casa. Me sinto mais leve,
pronta para iniciar uma nova família, ser uma nova mulher, sem amarras do
passado.
Resolvo fazer uma surpresa para Deimon, que está sempre me
surpreendendo, e eu nunca fiz nada disso para ele.
— Você tem certeza? — Lydia pergunta pela milésima vez.
Eu fiquei com medo de sair nos primeiros dias depois que fui
sequestrada, mas hoje eu decidi que quero comprar uma lingerie sexy, de
preferência vermelha e que combine com as botas que a Lydia me emprestou.
O meu rosto esquenta enquanto dirijo a minha Ferrari pelas ruas de Vegas.
— Tenho. Quero surpreender o Deimon. — falo sem desviar o olhar da
frente.
Ganhei mais três carros de presente. Eu nem uso um, imagina os
quatro.
— Tenho certeza que ele vai adorar. — minha amiga dá um sorrisinho
sacana.
Enzo ultimamente é minha sombra constante quando não estou em
casa.
— Você acha mesmo? — pergunto incerta, pois nunca fiz esse tipo de
coisa antes.
— Sim. Homem adora uma lingerie sexy. — Solta um sorriso maroto e
confiante.
Eu espero que Deimon goste. Já estou morrendo de vergonha só em
pensar no que ele dirá.
— O que mais eu posso fazer? — pergunto encostando em frente à uma
das boutiques. Aqui tem peças incríveis.
Respiro profundamente tentando esconder o meu embaraço.
— Vamos às compras. — Lydia fala cutucando meu queixo e desce.
Enzo já está ao meu lado abrindo a porta do carro para mim.
— Se me permite, senhora. — fala.
— Gena! — o corrijo com gentileza.
Ele me olha sem dizer nada e sei que ainda assim vai continuar me
chamando de senhora.
Desde o momento em que entramos na loja, a vendedora está ao nosso
redor como uma mãe galinha.
— Porque o seu guarda-costas tem que ser um gostoso? — minha
amiga pergunta baixinho conferindo Enzo descaradamente.
— Deve ser tesão dos irmãos. — falo olhando algumas peças.
— Provavelmente. Nunca prestei muita atenção nele. — desdenha.
— Ele é meio-irmão do Jasper. Você não sabe? — Me viro para ela,
que olha o moreno alto de cabelos pretos, olhos negros e uma barba rala,
assim como a do meu marido.
Lydia levanta as sobrancelhas interrogativamente.
— Sim. Uma delícia! — Confere-o descaradamente.
— Não sei.
Enzo foi escolhido para ser meu guarda-costas porque é menos
assustador que os outros, porém, eu tenho certeza que é tão mortal quanto
qualquer outro homem feito ou até mais. Ele não fala muito comigo, a menos
que eu pergunte, e as suas respostas são sempre “Sim”, “Não”, “Claro,
senhora” e “Desculpe, senhora”. Quase um mordomo.
— Isso não é uma surpresa.
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Depois do café da manhã viemos para a casa do Enzo. Ele está nos
esperando. Liguei avisando que ia ver como Luna está.
— Você acha que ela vai se lembrar do Mica? — Gena pergunta com a
mão sobre minha perna.
— Espero que sim. — falo esperançoso, saindo do carro.
Desamarro meu filho da cadeirinha. Ele está dormindo. gena estende os
braços para mim e entrego Micael para ela, que pressiona nosso filho contra o
peito.
— Nós podemos trazer o Mica mais de uma vez. — Gena sugere.
Desde que Luna entrou em coma, trazemos Micael para visitá-la pelo
menos uma vez por semana.
— É perigoso demais, anjo. — aviso.
Sempre há possibilidade de sermos seguidos. Nunca trazemos o nosso
menino em dias programados, é sempre aleatoriamente. Quando se é um
mafioso e consigliere de uma das organizações mais poderosas do mundo,
jamais se deve criar rotina.
— Eu sei. — murmura ficando na ponta dos pés, me beijando.
Seguro a sua cintura levemente, para não esmagá-la. Mica está entre
nós. A porta da mansão se abre e Enzo aparece numa calça jeans, sem
camisa. Estreito os meus olhos. Está me provocando.
— Nossa! — Gena suspira analisando Enzo.
— Se você suspirar mais uma vez, eu o mato. — rosno em seu ouvido.
Gena arregala os olhos e em seguida tapa a boca para esconder o
sorrisinho. Enzo quer morrer. Esse filho da puta! Coloco a minha mão na
base das costas da minha esposa e a guio para dentro da mansão.
— Você quer morrer? — pergunto para Enzo, mostrando-lhe os dentes.
Ele sorri e coloca a camisa, com um sorriso no rosto.
— Ainda não, chefe. Tem muita mulher para foder. — fala nos dando
passagem.
Gena engasga com uma risada.
— Que tal eu arrancar a sua língua? — sugiro.
— Não. Obrigado! Tenho muita boceta para foder com ela. — responde
para que apenas eu possa ouvir.
Rosno novamente. Não quero a minha mulher imaginando a cena,
muito menos com outro homem.
— E Luna? Como está? — questiono olhando dentro dos seus olhos.
Toda a graça some do rosto do Enzo.
— Na mesma. — Enzo diz nos guiando para o quarto.
Uma moça presa em vários aparelhos. O seu cabelo está enorme e o seu
rosto tem um semblante de paz.
— Oi, Luna. Trouxemos Mica para te visitar. — Gena pronuncia se
sentando em uma das cadeiras que ficam no quarto dela.
Ela toma cuidado com as mãozinhas de Micael. Ele está num período
em que quer agarrar tudo.
— Ela abriu os olhos ontem e depois dormiu novamente. — Enzo conta
ajeitando os cabelos da Luna.
— Talvez você devesse conversar com ela. — Gena sugere também
arrumando os cabelos da moça.
— Eu faço isso todos os dias. — Enzo profere dando uma piscadela
para a minha esposa.
Rosno num aviso. O que está havendo com esse cara? Parece fora do
personagem.
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Lydia
Eu nunca imaginei que amaria mais alguém. Depois que perdi meu
grande amor, jurei para mim mesma que isso jamais aconteceria novamente,
até encontrar aqueles malditos olhos negros como a meia noite.
Meu amor virou decepção. Pela primeira vez desejei entregar meu
coração a ele, depois de Andrey. Mas como tudo na vida dura pouco...
Uma das coisas que mais odeio na minha vida é traição.
Jasper
Quando você percebe que cometeu a maior burrada da sua vida, não
tem mais volta. Ver mágoa em seus olhos escuros me destrói a cada dia. Não
sou feliz e talvez eu não mereça isso. Fiz de tudo para conseguir seu amor.
Não sou humano... Bom, não quero ser. Eu sempre consigo o quero e Lydia
será minha custe o que custar!