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PERIGOSAS NACIONAIS

Dr.
VOUGH
A Lei da Atração – Livro IV

AVA G. SALVATORE

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Dr. VOUGH
Copyright © 2018 by Ava G. Salvatore

Edição e Formatação por


Angelica Oliveira

Design de capa por


KAOA PUBLISH

Todos os direitos reservados. Não é


permitida a reprodução desta obra sem a permissão
por escrito da autora, exceto por um revisor que
pode citar passagens breves apenas para fins de
revisão.

Este livro é um trabalho de ficção. Nomes,


personagens, lugares e incidentes são produtos da
imaginação da autora ou de forma fictícia.

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DEDICATÓRIA

Para todos os meus leitores maravilhosos.


Obrigada por tanto amor e carinho. Eu sempre serei
eternamente grata por tudo.
Obrigada.

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CONTEÚDO
DEDICATÓRIA
CONTEÚDO
AGRADECIMENTOS
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
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CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
NOTA DA AUTORA

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AGRADECIMENTOS

Um enorme agradecimento a todos vocês


que me ajudaram a dar vida a esta história.
Obrigado a todos vocês que me
acompanham nesta jornada. Vocês leitores lindos e
amados que fazem o meu dia ainda melhor com
suas mensagens de carinho e respeito. Os seus
comentários e orientações me ajudam a cada dia
criar novos personagens e lindos romances.

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CAPÍTULO 1

Alena

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Quais são as chances de você encontrar com


o cara que bagunçou o seu mundo de ambos os
sentidos possíveis em mais de uma ocasião?
Sim. Eu diria que são nulas, mas
considerando a minha sorte, eu não estou surpresa
em ver o homem que eu amei mais do que a mim
mesma e esse mesmo homem foi o responsável por
quebrar o meu coração.
Eu odiava Richard Vough com todas as
minhas forças, mas eu também o amava na mesma
intensidade. Dizem que o amor e o ódio andam
lado a lado. E eu estou começando a achar que isso
é mesmo verdade.
Eu conheço os Voughs desde sempre. A
minha mãe costumava ser a sua governanta. Ela
faleceu há cinco anos e foi quando eu me mudei de
Hartford para Boston, MA.

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Eu fui viver com o meu pai depois que eu


perdi a minha mãe. Eu estava em uma fase ruim, e
não foi uma adaptação muito fácil. O meu pai teve
muito trabalho comigo. E hoje eu me sinto muito
culpada por ter me fechado tanto e praticamente me
isolado do mundo.
Eu estava de luto por vários motivos. Eu
nunca pensei que perderia a minha mãe tão cedo.
Ela era a minha rainha. A luz da minha vida. Eu
não sei como ela conseguiu viver tanto tempo
sendo maltratada por Kristen Vough.
A mulher é uma maldita cadela. Assim
como o seu marido. Porque Joseph Vough era um
dos homens mais asquerosos que eu já tive o
desprazer de conhecer. Ele tratava e acredito que
ainda trata os seus funcionários como lixo e se acha
superior a todos. Eles tinham Archie sob o seu
domínio, mas felizmente ele tomou coragem e se
rebelou. Já os irmãos mais novos, Rick e Edward
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eram ignorados pelos seus pais.


Apesar da rejeição dos seus pais, Rick e Ed
nunca deixaram que isso os afetasse. Eles viviam as
suas vidas como queriam e sem se preocupar com
nada.
Os meninos costumavam me chamar de
irmãzinha, com exceção de Rick. Ele sempre
implicava comigo. Por muitos anos eu mantive uma
paixão platônica por ele, até que ele trouxe a sua
primeira namorada para casa. Aquilo quebrou o
meu coração, então eu decidi que não queria mais
saber dele.
Eu nunca gostei muito de sair e me divertir
como as outras meninas. Eu era do tipo que gostava
de sentar e ler um bom livro por horas afim. Ainda
sou essa garota, só que com menos tempo. Mas eu
decidi deixar de lado a minha paixão por Rick e
seguir em frente.
Eu frequentava um colégio que ficava perto
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da casa dos Voughs, enquanto os meninos


estudavam em um colégio para filhos de
celebridades e até mesmo príncipes de todo o
mundo. Mas no final do dia eles passavam para me
dar uma carona de volta para casa.
A sua mãe detestava o ato gentil dos
garotos. Ela costumava dizer que os serviçais e os
patrões não poderiam confraternizar, mas os
meninos não davam a mínima para o que ela dizia.
E eu estava feliz por isso.
A minha mãe trabalhava o dia todo e não
tinha tempo para me levar ou até mesmo buscar na
escola. Então eu tinha que me virar sozinha. É claro
que eu já tinha idade suficiente para ir sozinha para
a escola. E havia um ônibus escolar que deveria me
pegar todas as manhãs, mas eu nunca chegava a
pegar. Archie já estava na faculdade, mas Rick e Ed
ainda frequentavam o colegial. Eles faziam questão
de me levar e buscar todos os dias, ignorando os
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ataques da víbora da sua mãe.


Um dia eu estava na biblioteca quando
Tommy Carlsson me pediu para ir ao baile com ele.
Ele era muito legal, e também era muito bonito. Eu
disse que sim, e aceitei ir ao baile com ele. Eu não
parei de sorrir durante todo o dia, mas quando os
meninos me questionaram sobre o motivo de
tamanha alegria, e eu contei que tinha sido
convidada para o baile. Rick ficou muito chateado.
Ele dirigiu todo o caminho de volta para casa com
uma carranca em seu rosto.
Eu queria perguntar qual era o seu maldito
problema, mas decidi não lhe dar atenção. Eu
passei anos sonhando que ele me notasse e nada
aconteceu. Então quando eu estava seguindo em
frente ele estava dando chiliques? E eles dizem que
as mulheres são complicadas.
Enfim, nada disso importa agora porque
somos adultos e não temo qualquer conexão. Ou
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assim eu penso.
- Lenny, o que você está fazendo aqui? – A
voz grossa e deliciosa rompe atrás de mim. E eu
sinto o meu corpo tencionar.
Eu me viro para encarar o homem que
assombra os meus sonhos todas as noites desde que
eu me mudei para Boston.
Richard Vough. O irmão do meio do nosso
atual presidente da república. O homem por quem
eu estive apaixonada durante metade da minha
vida.
Ele está vestindo um terno de duas peças
azul marinho com uma camisa branca por baixo.
Ele parece ainda mais delicioso que eu me
lembrava. O terno abraça a sua figura de uma
forma que diz o quanto o seu corpo é perfeito, duro
e musculoso.
Eu sinto a minha calcinha encharcar com as
lembranças dele se movendo dentro de mim, e
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como eu me senti. Eu nunca vou esquecer aquele


dia.
A sua mandíbula cinzelada como se tivesse
sido esculpida à mão. Ele parece um modelo de
uma revista masculina. Todos falam como os
irmãos Vough são bonitos, mas para mim Rick
sempre se destacou mais que os outros.
O seu queixo forte, as maçãs do rosto
proeminentes, a sua boca cheia e os seus olhos
azuis quase cinza. Abalaram o meu mundo de uma
forma que eu jamais serei capaz de superar. E então
vêm o seu cabelo dourado, como o de um surfista.
Deus, ele é lindo.
- Olá, Rick. – Eu encontro a minha voz.
- Quando tempo, Lenny. – Ele sorri
ligeiramente, e eu me derreto pelas covinhas que
aparecem em seu rosto perfeito.
- Sim. Não o bastante. – Eu sou uma cadela,
eu sei.
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Isso não é totalmente um primeiro encontro


depois de anos. Eu o encontrei em um evento
meses atrás, e não foi nada bonito.
Outro homem se aproxima, ele tem os
cabelos pretos e é bem alto assim como Rick. Os
seus olhos são verdes e ele ostenta um grande
sorriso em seu rosto.
- Quem é está beleza, Rick? – Ele sorri
impertinente.
- Caí fora, Henry. – Rick o corta.
- Olá, eu sou Alena Smith. – Eu ignoro Rick
e me apresento.
- Ora, ora. Eu já ouvi falar muito de você. –
Ele sorri ainda mais e eu vejo Rick praticamente
fuzilá-lo com o olhar.
- Gostaria de poder dizer o mesmo, mas
Rick e eu não somos amigáveis. – Eu o provoco.
- Não por minha culpa. – Rick se defende.
- Crianças. Por favor, não briguem. – Henry
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tenta aliviar a tensão crescente.


- O que você está fazendo aqui, Lenny? –
Ele pergunta mais uma vez.
- Eu estou aqui pelo congresso. – Eu falo.
- Você está na área de saúde? – Ele parece
surpreso.
- Sim. Eu sou uma Biomédica.
Os seus olhos se arregalam e ele tem
dificuldade para forma as palavras.
- Nossa! Eu... – Ele não sabe o que dizer.
Será que ele acha que a filha de uma
empregada não poderia conseguir ter um diploma
em um curso tão caro e bem renomado? Eu resisto
à vontade de mandar ele se foder, porque não sei se
é isso mesmo que ele está pensando.
- Eu estou muito feliz por você, Lenny. –
Ele diz me olhando com o que parece admiração, e
eu sinto como se um peso tivesse sido tirado dos
meus ombros.
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- Obrigada. – Eu falo suavemente.


- Bem, agora que os pombinhos já se
cumprimentaram, que tal nos registrarmos? -
Henry diz indo em direção ao balcão de
atendimento do hotel.
Eu recolho a minha mala e o sigo. Rick vem
logo atrás de mim. Depois de me registrar eu digo
adeus a Rick e Henry e fujo o mais rápido possível
para o meu quarto, mas o destino parece querer me
provocar, porque eles também tomam o elevador
para o décimo segundo andar.
- Que legal. Estamos todos no mesmo
andar. – Henry sorri quando o elevador se abre, e
ele procura o seu quarto.
Eu suspiro e vou em direção ao meu.
Esse vai ser um longo final de semana.

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CAPÍTULO 2

Alena

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Existe um ditado que diz para não ir com


muita sede ao pote, ou você acabará se dando mal.
Eu não dei a mínima para esse ditado estúpido, e
acabei sucumbindo aos desejos pecaminosos da boa
e velha Las Vegas.
Eu esfrego os meus olhos e sinto que há
uma estádio de futebol americano gritando dentro
da minha cabeça.
Que diabos!
Os meus olhos se abrem e as paredes do
hotel entram em foco do meu campo de vista. Eu
não costumo beber assim, mas ontem à noite depois
da primeira palestra sobre mutações genéticas, eu
não consegui parar.
O motivo para tamanha extravagância foi os
olhares furtivos de Rick e a forma como ele me
encurralou em mais de uma oportunidade. Eu

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estava pronta para pular em cima dele assim que ele


apareceu vestindo uma camisa azul que combinava
com os seus olhos e uma calça cargo preta. Ele
parecia tão comestível que eu senti a minha
excitação escorrer pelas minhas pernas.
Porque ele ainda tinha esse poder sobre
mim?
Eu finalmente abro os olhos e rolo para o
lado, e o meu coração vai parar na minha boca com
a visão diante de mim.
- Oh Deus! – Eu choro, observando o cara
nu ao meu lado.
Não é qualquer cara. Trata-se de Richard
fodido Vough.
- Oh meu Deus. O que eu fiz? – Eu salto da
cama, mas acabo tropeçando nos lençóis e caio de
cara no chão acarpetado.
Rick está deitado de bruços. O seu corpo
perfeito como veio ao mundo e ele parece ainda
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maior do que eu me lembrava.


Eu estou nua também.
Oh Deus, eu tive sexo com Rick.
Não apenas sexo. Eu tive sexo sujo,
selvagem e perfeito durante toda a noite com o
único homem que eu não poderia.
- Você está bem? – Ele resmunga, ao se
virar.
Eu quero gritar para ele e bater a minha
cabeça na parede várias vezes. Como eu pude ser
tão estúpida. Eu sempre fui fraca para a bebida,
mas então o meu foco muda para o que está em seu
dedo, e eu grito.
- O que nós fizemos? – Eu grito olhando
para o meu próprio dedo.
Os seus olhos se abrem confusos e injetados
de sangue. Ele parece tão ruim quanto eu.
Eu nunca mais vou beber na minha vida.
- Por favor, não grite. – Ele geme segurando
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a cabeça.
- Rick, o que isso significa? – Eu pergunto
estendendo a minha mão que ostenta um anel
barato em meu dedo anelar.
Ele se senta na cama, ele parece perfeito
com o seu cabelo bagunçado. Eu estou muito
consciente do seu olhar em meu corpo nu, então eu
pego um dos lençóis e envolvo em volta do meu
corpo.
Então tudo começa a fazer sentido para
mim. Eu bebi além da conta e ele tentou me levar
para o meu quarto, mas ele também não estava tão
sóbrio. Eu o beijei e confessei o quanto eu sentia
saudades dele. E depois tudo, o que eu lembro é de
recitar votos e como ele fez amor comigo durante
toda a noite.
- Oh meu Deus! – Eu choro. - Nós estamos
casados. – Eu sussurro.
- Eu acredito que nós estamos. – Ele diz
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com um sorriso em seu lindo rosto que de repente


eu quero socar. Como ele pode estar tão calmo?
- O que vamos fazer? Eu não posso estar
casada com você. – Eu grito andando pelo quarto
com um lençol envolto do meu corpo.
O rosto de Rick se contorce e ele parece
irritado.
- Você não pensou assim ontem a noite,
querida. – Ele zomba.
- Eu estava bêbada, Rick. Isso não poderia
ter acontecido. – Eu sempre quis isso, mas não
desse jeito.
Rick aperta o maxilar e não diz nada.
Eu olho ao redor procurando as minhas
roupas e posso sentir os seus olhos em mim, mas eu
não me importo. Tudo que eu quero é sumir daqui e
esquecer que isso realmente aconteceu.
Eu acho o meu vestido e deslizo sobre a
minha cabeça, não me importando com o seu olhar
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sobre o meu corpo nu. Ele já viu muito mais do que


isso.
- Precisamos dar um jeito nisso. – Eu falo
andando pelo quarto à procura dos meus sapatos e
bolsa.
- Dar um jeito? – Ele parece ofendido.
- Sim. Quero dizer, aqui é Las Vegas. As
pessoas se casam o tempo todo, então se podemos
casar tão facilmente, podemos nos divorciar
também.
- Eu não quero me divorciar de você. – Ele
rosna.
Eu rio, mas não há nenhum humor. – Você
não pode estar falando sério, Rick. Nós não
podemos estar casados.
Ele escorrega da cama com um movimento
rápido. Os meus olhos vão para o sul abaixo da sua
cintura e para o seu glorioso pau entre as suas
pernas. Ele se aproxima e suas mãos vão para o
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meu rosto. Eu gemo com o contato, e de repente eu


quero que ele me tome aqui e agora mesmo.
- Sim. Nós podemos, Lenny. – Ele diz
segurando os meus olhos.
- Isso é errado, Rick. – Eu tento colocar
algum sentido nessa loucura.
- Porra, Alena. Não finja que não sente isso.
– Ele coloca a minha mão sobre o seu coração que
bate muito forte dentro do seu peito.
- Isso é por causa de você. Ele nunca foi
assim para qualquer outra e você sabe disso. Pare
de fingir que não sente isso, porque eu sei que não
é verdade. Você e eu juntos somos perfeitos. – Ele
diz e segura os nossos dedos entrelaçados.
Eu quero acreditar nas suas palavras e que
isso pode dar certo, mas este tipo de coisa não
acontece com pessoas como eu. Rick e eu somos de
mundos totalmente diferentes. E a cadela louca da
sua mãe nunca permitiria isso.
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- A sua mãe vai enlouquecer. – O meu


estômago vira com a ideia de Kristen Vough
descobrir que o seu filho e eu estamos casados. A
mulher é uma cadela máster. Ela nunca irá permitir
que o seu filho envolva-se com a filha da sua antiga
governanta.
- Eu não me importo com o que ela pensa
ou deixa de pensar. Isso é sobre você e eu, Alena. –
A sua voz suaviza e ele me olha com ternura.
Eu quero acreditar que isso pode dar certo,
mas algo dentro de mim está gritando para tomar
cuidado.
- Eu não sei. – Eu suspiro.
- Sempre houve algo entre nós. E eu nunca
consegui superar aquela noite a cinco anos. E desde
então eu não consigo parar de pensar como você
parecia perfeita enquanto nós nos amávamos. – Ele
diz segurando o meu rosto entre as suas mãos.
Eu não deveria deixá-lo me tocar, porque
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toda vez que isso acontece eu acabo fazendo algo


que não deveria. O meu cérebro se liquefaz e eu
congelo diante do seu olhar intenso. Tudo que eu
quero é pular em seus braços e nunca mais sair.
- Rick. – Eu tento colocar uma distância
entre nós, mas ele não permite.
- Não lute contra isso, Alena. – A sua
respiração acaricia a minha pele. Os seus lábios
tocam os meus e eu me perco em seus braços.
Ele me beija com ternura e paixão. A sua
boca macia contra a minha deixando-me ainda mais
confusa do que quando eu acordei hoje.
Quando nos afastamos ele descansa a sua
cabeça contra a minha. – Você é minha, e eu não
vou deixar você escapar.
Eu não consigo pensar direito, ou até
mesmo respirar. O meu corpo traidor quer o seu
toque, o seu cheiro. E eu não sei o que fazer.
- Eu sei que tudo aconteceu de uma forma
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nada convencional, mas eu vou te mostrar o quanto


eu quero você. E como você é importante para
mim.
Eu desvio o meu olhar do seu. Eu não quero
ter esperanças e depois acabar ainda mais quebrada
do que eu já estou. Eu sempre quis um nós. Eu o
conheço desde sempre, ele foi o meu primeiro amor
e minha primeira vez. Mas isso não muda os fatos.
Somos pessoas diferentes, com vidas diferentes.
- Não pense muito, Lenny. – Ele diz com
um sorriso tímido, então a sua boca ataca a minha
em um beijo feroz.
Eu o beijo de volta como se esse fosse a
nossa última vez. Eu preciso de um tempo para
pensar e não posso fazer isso com ele perto de mim.
Todos nós já sabemos que eu não posso resistir a
ele.
- Eu preciso de um tempo. – Eu falo quando
nos afastamos.
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A mandíbula de Rick aperta e ele acena


com a cabeça, mas o seu olhar parece distante,
perdido. Eu sei que ele está decepcionado, mas eu
não posso evitar.
Eu sonhei com esse dia por anos, mas nos
meus sonhos tudo era diferente.
- O que você quiser. – Ele resmunga, então
se afasta e vai para o banheiro.
Eu fico congelada no lugar sem saber o que
fazer.
O que eu fiz?

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CAPÍTULO 3

Alena

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Eu encontro a minha bolsa e deixo o seu


quarto sem dizer uma palavra. Eu sei que ele está
chateado também, mas eu preciso de um tempo
para pensar em tudo que aconteceu.
Eu vim para Las Vegas para obter mais
conhecimento na minha área de trabalho, mas
acabei arranjando uma grande dor de cabeça.
- Como você pode ser tão idiota, Alena? –
Eu penso comigo mesma.
Eu entro no meu quarto de hotel e vou para
o banheiro. Eu preciso de um banho e uma aspirina.
O cheiro de Rick ainda está impregnado na minha
pele, eu gostaria de ficar assim para sempre, mas
não posso.
Eu tomo uma ducha rápida, lavo o cheiro de
Rick do meu corpo, mas ainda posso sentir a sua
boca em todos os cantos impertinentes. O meu
estômago dá um nó e eu me sinto mal por ter saído,
mas eu preciso colocar os meus pensamentos em
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ordem e com ele na minha frente isso não será


possível.
Esse é o meu primeiro ano fora da
faculdade e eu preciso focar na minha carreira.
Nada disso estava no meu cronograma. Eu nem
sabia que poderia voltar a vê-lo. Quem dirá acabar
casada com ele.
Droga de bebida!
Eu olho para o relógio em cima da
banquinha e vejo que ainda tenho algumas horas
até a próxima palestra, então eu visto uma blusa
grande e solta que eu gosto de usar para dormir.
Fechando as cortinas eu me deito, mas o sono não
vem. A minha mente tem vida própria e ela quer
pensar em Rick e como ele parecia fantástico.
***
Eu acordo com o barulho da porta e tropeço
da cama para ver quem é que está batendo tão forte
assim. Pelo olho mágico da porta eu vejo a sua
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figura máscula e imponente preenchendo todo o


espaço e o meu corpo acende com desejo.
Eu abro a porta e ele me dá um de seus
sorrisos perfeitos de derreter calcinhas.
- Oi. – Eu falo estendendo a porta para que
ele possa entrar.
- Eu queria saber se você quer sair para dar
uma volta e conversarmos um pouco. – Ele diz com
um sorriso.
Eu quero dizer que ainda não é o momento,
mas o meu corpo se agita com a ideia de ficar um
pouco mais perto dele. Eu não sei como explicar o
que eu sinto quando estou ao seu lado. É como se
tudo fosse mais simples e mais colorido, mas a
verdade é que nada sobre isso será fácil.
Rick vem de uma família muito importante
e eles não vão aceitar o nosso relacionamento tão
fácil. Então eu preciso me preparar para o que está
por vir. Preparar o meu coração.
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Eu já estive nessa mesma posição anos atrás


quando a sua mãe me queria longe do seu filho a
todo custo, e ela não mediu esforços para me
mandar para mais longe possível.
- Eu preciso trocar de roupa. – Eu falo
fechando a porta atrás de nós.
Eu odeio a estranha tensão no ar. Rick
coloca as mãos nos bolsos de sua calça e me dá um
ligeiro sorriso.
- Eu vou esperar. – Ele diz, e eu me apresso.
Eu vou até o closet e pego a primeira roupa
que vejo e corro para o banheiro. Eu posso sentir os
seus olhos em mim todo o tempo, mas eu não me
viro para encará-lo. Eu não posso, ou nunca
seremos capazes de sair desse quarto.
Eu escolhi um par de jeans e um top branco
com alças finas que deixam os meus seios ainda
maiores do que realmente são. E eu amaldiçoei
baixinho com a minha falta de atenção para
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escolher o que vestir.


Eu nem mesmo cheguei a ver o que estava
pegando, mas agora não importa. Eu não posso ir lá
e trocar. Eu não quero parecer uma tola mudando
de roupa na sua frente como uma colegial.
Eu solto o meu cabelo e aplico um pouco de
spray texturizador para dar um melhor efeito, então
estou pronta.
Quando saio do banheiro as minhas pernas
fraquejam com a visão dele em pé de frente para a
janela de vidro. Os raios de sol estão batendo
contra o seu corpo musculoso e eu resisto à vontade
de pular em cima dele como uma adolescente com
tesão.
Deus. O que há de errado comigo?
Como se sentisse a minha presença, ele se
vira e os seus olhos percorrerem o meu corpo. Eles
estão em chamas e eu sinto o meu próprio corpo
aquecer com o seu olhar de pura luxúria.
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- Eu estou pronta. – Eu quebro o silêncio.


- Você está linda. – Ele encontra as
palavras.
- Obrigada. – Eu sorrio e olho para os meus
pés.
Rick abre a porta para mim em um gesto
cavalheiresco, então caminhamos pelo corredor em
direção ao elevador. Ele estende a mão para apertar
o elevador e meus olhos vão para a sua mão, mais
precisamente para o seu dedo anelar onde o anel
ainda permanece. Então olho para a minha e vejo
que eu também não retirei o meu. Esqueci-me
totalmente deles.
Apressadamente eu tento arrancá-lo do meu
dedo, mas não consigo, está preso no meu dedo. Eu
olho para cima e vejo Rick me encarando com um
olhar decepcionado em seu rosto, e eu me sinto
uma cadela.
- Eu não... – Eu não sei o que dizer.
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- Está tudo bem. – Ele dá de ombros


cabisbaixo e eu realmente quero me chutar por ser
tão idiota. Então decido deixar o anel onde está e
entro no elevador ao seu lado.
- Para onde estamos indo? – Pergunto.
- É uma surpresa. – Ele sorri e o meu
coração dispara.
Como ele pode ser tão lindo?
Quando chegamos lá fora, há um carro nos
esperando. Rick abre a porta do carro para mim em
um gesto cavalheiresco e eu agradeço antes de
escorregar para o banco de trás. Rick vem logo
atrás de mim.
O motorista nos leva a um dos restaurantes
mais caros da cidade. E eu luto contra todos os
instintos de correr o mais longe possível.
Rick já quebrou o meu coração uma vez, e
eu não estou disposta a sentir tudo aquilo
novamente. Então não me culpe por ser uma cadela
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fria às vezes.
O restaurante é muito bonito e a comida é
deliciosa. Rick não falou nada durante o caminho e
nem mesmo aqui. Eu estou me segurando para
perguntar onde ele está indo com isso, mas estou
lhe dando mais alguns minutos.
- Você é tão linda. – Ele diz, olhando para
mim como um homem faminto vendo o seu jantar
pela primeira vez.
Eu engulo em seco e sinto a minha calcinha
encharcar.
Corpo traíra.
- O que estamos fazendo, Rick? – Pergunto.
- Eu tenho uma proposta. – Ele suspira e
toma um gole da sua bebida.
- Que tipo de proposta? – Pergunto em
alerta.
- Eu quero que continuemos casados por
pelo menos seis meses. – Ele solta e eu quase
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engasgo com a água.


- O quê?
- Sim. Eu quero continuar casado com você
por pelo menos mais seis meses. E se nesse tempo
eu não conseguir fazê-la mudar de ideia, então eu
lhe darei o divórcio e você poderá viver a sua vida
longe de mim. – Ele diz muito sério.
- Você não pode estar falando sério.
- Eu nunca estive tão certo de algo em toda
a minha vida.
- Rick, nós não podemos ficar casados.
- Nós já estamos, Alena.
- Sim. Eu sei, mas o que eu quero dizer é
que não podemos continuar casados. Isso não está
certo.
- Do que você tem medo, Alena? – Ele
pergunta como se estivesse vendo através de mim.
E talvez ele esteja.
- Nada. – Eu falo rápido demais.
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Ele ri. – Viu. Eu sabia que você seria uma


covarde.
- Eu não sou uma covarde. – Eu falo um
pouco mais alto do que pretendia, e todos os olhos
curiosos estão em nossa direção. - Sinto muito. Eu
não sou uma covarde. – Eu retruco.
- Se isso é verdade, então aceite a minha
proposta e vamos fazer esse casamento dar certo ou
nos separar de vez.
- Rick, você não está entendendo...
- Não me venha com desculpas, Alena. Eu
sei o que você sente por mim. Eu sinto isso, porque
eu sinto a mesma coisa por você. E não me diga
que eu estou louco ou imaginando as coisas, porque
eu sei como você reage ao meu toque, e quando eu
a beijo. Isso você não pode negar. – Ele rosna.
- O fato de o meu corpo se sentir atraído por
você não quer dizer que eu sinta algo mais. Isso é
loucura. – Eu falo.
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- Não negue. Eu sinto isso. – Ele alcança a


minha mão e acaricia.
Eu tremo diante do seu toque. É suave e
delicado, e faz os batimentos cardíacos
aumentarem. E se Rick estiver certo?
- Tudo bem, mas eu tenho algumas regras. –
Eu falo puxando a minha mão e o deixando com
um sorriso enorme em seu lindo rosto.
- Eu mal posso esperar, esposa. – Ele pisca
e eu sou um caso perdido.

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CAPÍTULO 4

Rick

Alena dormiu durante todo o voo de volta


para casa. Ela parecia linda, e exausta. Eu ainda
não podia acreditar que estávamos casados. Era
como um sonho se tornando realidade.
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Eu amei Alena desde sempre. Ela sempre


foi à garota que enfeitou os meus sonhos todas as
noites, e quando ela foi embora, eu senti como se
um pedaço de mim tivesse ido também.
Eu senti muito a falta dela, mesmo quando
eu estava com outras mulheres, eu sempre pensava
em como poderia ter sido ter ela ao meu lado.
Eu mal podia esperar para tê-la em minha
casa.
Nossa casa.
Alena tinha essa ideia de que ficaríamos
juntos por um curto período de tempo, e logo nos
separaríamos, mas não é isso que eu quero.
Eu a quero ao meu lado para sempre. E vou
lutar para reconquistar o amor dela. Não importa o
que.
Ela é a mulher certa para mim.
Sempre foi.
Eu termino o meu relatório e fecho o meu
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laptop. Eu quero passar o resto do tempo que nos


resta aqui, observando-a dormir.
Eu sei que parece estranho, e até mesmo
assustador, em alguns casos, mas não consigo
evitar.
Ela é tão linda.
***
O avião está pousando quando ela começa a
despertar.
Os seus seios estão empinados, e a minha
boca saliva com vontade de levá-los à minha boca.
- Ei. – Ela me dá um sorriso tímido.
- Oi. – Eu ajusto o meu pau dentro das
minhas calças, e sorrio de volta.
- Eu acho que eu estava mais cansada do
que imaginei. – Ela diz se desculpando por ter
pegado no sono.
- Você parecia cansada. Estou feliz que
conseguiu descansar um pouco. – Eu falei,
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observando a forma como ela mordeu os seus


lábios carnudos, e tentei não gemer.
- Sim. E você estava todo envolvido no
trabalho. – Ela acena para o laptop em meu colo, e
algo me bate.
- Eu não estava evitando você. Se for isso
que você está pensando. – Eu falo rapidamente, e
seu olhos se arregalam, dando-me a confirmação.
- Eu só...
- Eu tinha muito trabalho para fazer, e não
poderia adiar por mais tempo, Alena. Sinto muito
que você se sentiu assim. Não foi a minha intenção.
– Eu falei.
- Está tudo bem. Você não precisa se
explicar.
- Claro que eu tenho. Somos casados, e eu
não quero que ajam segredos entre nós. Não é
assim que um relacionamento funciona.
- Você parece entender muito de
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relacionamentos. – Ela zomba.


- Não tanto quanto eu gostaria. – Dou de
ombros. – Pelos últimos tempos, eu tenho assistido
o meu irmão e a minha cunhada, e sei o quanto é
importante à confiança e o amor.
- Eles foram um bonito casal. – Ela diz.
- Sim. Assim como nós. – Eu falo, e espero
ela rebater, mas ela não faz.
O meu motorista está nos esperando quando
deixamos o avião. Alena não diz nada, o que me
deixa um pouco aliviado que ela não esteja
correndo para longe de mim novamente.
Há cinco anos eu a deixei escapar, mas isso
não estava acontecendo agora. Eu vou lutar para
reconquistá-la. E não descansar, enquanto não
provar para ela que eu sou merecedor do seu amor
e respeito.
Essa é a minha meta de vida.

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CAPÍTULO 5

Alena

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Rick e eu seguimos em silêncio para a sua


casa.
Ele estava muito quieto, e isso estava me
deixando ainda mais nervosa. Eu não estou
acostumada com esse silêncio vindo dele.
O Rick que eu me lembro, era sempre muito
tagarela e brincalhão, mas acho que as pessoas
mudam. Não é mesmo?
Quando o motorista parou em frente há uma
bela mansão, eu não me surpreendi. Os Vough
sempre viveram no luxo. Comparada à mansão
Vough, esse lugar poderia ser considerado
razoável. Ainda que muito bonito.
As portas de madeira de lei, diziam muito
sobre o lugar. Eu sabia o que iria encontrar por trás
daquelas portas.
Muito luxo e sofisticação.

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Não poderia ser diferente.


Ele era um Vough, apesar de tudo.
Havia também alguns seguranças. Eu acho
que isso se deve ao fato de seu irmão ser o mais
novo presidente dos Estados Unidos da América.
- Bem-vinda ao lar, Lenny. – Ele disse, e
meus olhos encontraram os seus.
Rick poderia ter sido um playboy, mas ele
era muito sincero. Eu podia ver nos seus olhos que
ele queria dizer isso.
Eu apreciava isso.
- Obrigada. – Eu lhe dei um sorriso sincero.
Eu nem mesmo percebi como ele fez isso
tão rápido, mas eu acabei em seu braço enquanto
ele nos levava para dentro.
- O que você está fazendo, Rick? Coloque-
me para baixo!
- Relaxe, querida.
- Você vai me deixar cair. – Eu tentei
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descer, mas foi inútil.


- Eu não deixá-la cair, senhora Vough. – Ele
diz, apertando-me mais contra o seu peito firme. –
Agora seja uma boa menina e relaxe.
Rick me levou para dentro como se eu fosse
uma boneca de pano, eu poderia espernear e fazê-lo
soltar-me, mas a verdade é que no fundo eu estava
gostando disso. Pareceu tão real.
Eventualmente, ele colocou-me para baixo,
e me deu um rápido tour pela bela mansão. E era
tudo como eu suspeitei.
O lugar era muito bonito e elegante. Todo
decorado perfeitamente por algum designer
renomado.
Uma grande cozinha com armários escuros,
bancadas de granito branco e o piso de madeira de
madeira escura.
Um longo corredor que levava a uma sala
de estar maior do que o meu antigo apartamento
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inteiro. Sofás de couro e namoradeiras ocupavam o


espaço luxuoso. Janelas do chão ao teto e com uma
vista incrível para o parque.
Hartford é linda em todas as estações, mas a
primavera é a minha favorita. Tudo fica mais
colorido e bonito.
Quadros famosos e esculturas faziam parte
da decoração.
Eu rapidamente me senti muito fora de
lugar. Essa vida não era nada parecida com a que
eu vivi. A minha realidade era muito diferente
dessa, e isso me deu um pouco de pânico.
Eu senti as minhas pernas fraquejarem, e
logo eu estava respirando com dificuldade.
- Apenas respire, Lenny. – Rick sussurrou
atrás de mim, alisando as minhas costas para tentar
me acalmar.
O seu toque reverberou em mim. O meu
corpo relaxou quase que instantaneamente. Eu não
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entendia como ele podia me fazer sentir tão bem,


com apenas um toque.
- Obrigada. – Falei.
Talvez ele tivesse mesmo razão, em dizer
que somos almas gêmeas.
- Venha, eu vou lhe mostrar o seu quarto. –
Ele diz atrás de mim.
Eu o segui em direção as escadas, que
davam acesso ao segundo andar da casa. Nas
paredes, havia mais quadros, mas esses estavam
preenchidos com fotos dele e de seus irmãos.
Tipo um registro de memória.
- Uau! – Eu parei em frente a uma foto em
que estávamos Archie, Rick, o pequeno Ed e eu.
Os seus irmãos e eu estávamos brincando na
chuva, e eu acabei escorregando e machuquei o
meu joelho. Archie, sempre um perfeito cavalheiro,
me ajudou a levantar, enquanto Rick gritava
comigo por ser tão desastrada. No começo eu não
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entendi muito por que ele tinha ficado tão bravo


com aquilo, mas depois ele me explicou que teve
medo de que pudesse ter me machucado de
verdade.
Foi uma das coisas mais gentis que ele já
me disse em toda a minha. Mas logo depois ele
voltou a me provocar.
Eu nem sabia que ele ainda tinha guardado
essa coisa.
- Sim. Você era arredia quando criança. –
Ele diz com um sorriso.
- Eu não acredito que você guardou essa
foto horrível. – Eu falei com um sorriso.
- Claro. Eu queria ter certeza de que os
nossos filhos soubessem o quanto a mãe deles era
desastrada e teimosa.
- Eu não sou teimosa. – Eu me defendo. – E
também não sou arredia. – Eu tento esconder o meu
divertimento, mas é impossível.
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Ambos começamos a rir.


- Esse dia foi muito incrível. – Relembro.
- Sim. Eu quase tive mil ataques cardíacos,
mas foi muito divertido. – Ele diz, colocando uma
mecha de cabelo atrás da minha orelha.
Eu fecho os meus olhos, apreciando o seu
toque suave contra a minha pele. Eu sei que estou
deixando isso muito fácil para ele, mas eu não
posso evitar.
- Este é o seu quarto. – Ele sussurrou, ainda
alisando o meu rosto.
Eu abri os olhos e encontrei os seus. Eles
estavam escuros e famintos. A sua boca estava tão
perto, que tudo que eu poderia pensar era em como
eu queria que ele me beijasse.
O meu coração palpita, preso em minhas
costelas, e desesperado para se libertar. Os seu
olhos azuis me olham como se eu fosse à coisa
mais preciosa do mundo para ele.
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- É... – Eu me afastei, antes que pudesse


fazer algo que não deveria, e olhei para a porta à
nossa frente.
- Vá em frente e dê um olhada. – Ele me
incentivou, e custou tudo de mim para me mover
para longe dele.
Caminhei para dentro e quase engasguei. O
quarto era lindo. As paredes exibiam um tom de
branco muito bonito, que se encaixava
perfeitamente com os móveis e acabamentos.
No centro do quarto havia uma cama
Queen, coberta com lençóis brancos, travesseiros e
almofadas combinando. Duas mesinhas de
cabeceira com abajures. Havia uma escrivaninha
com tampo de vidro e uma cadeira encostados em
uma janela. Lareira a gás, e uma televisão montada
em cima dela. E duas portas em cada lado da
lareira. O que eu suponho que seja o closet e o
banheiro.
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- O seu closet e banheiro estão ali naquela


porta. – Ele apontou para a porta da esquerda. E
essa outra porta vai dar no meu quarto. – Informou,
e me virei rapidamente para encará-lo.
- Você não pode estar falando sério. – Eu
grito.
- Tão sério como um ataque cardíaco,
querida. – Ele me dá um sorriso ainda maior, e se
joga na cama.
- Ninguém pode saber sobre o nosso
arranjo. E a única maneira de você se livrar de
dormir comigo quando recebermos visitas, é
estando no quarto ao lado.
- Você está completamente maluco se acha
que eu vou dormir com você outra vez. – Eu
zombo.
- Não diga desdenhe, querida. Ou eu vou
acabar achando que toda essa coisa de não querer
me tocar, é tudo besteira. – Ele diz, enquanto se
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vira para sussurrar ao meu ouvido.


Eu tremo.
- Você é tão cheio de si.
- Eu estou apenas sendo honesto. – Ele beija
o meu pescoço, e eu tremo com o seu toque. – Eu
vou deixar você arrumar as suas coisas. Jantar em
uma hora. – Ele diz, e morde o lóbulo da minha
orelha, então se vai.
O meu corpo está em chamas.
Eu quero malditamente pedir para ele voltar
aqui e terminar o que começou, mas isso seria dar
munição para o bandido.
Eu afasto os pensamentos indecentes para
longe e começo a desfazer as minhas malas.
Isso vai ser interessante.

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CAPÍTULO 6

Alena

Depois de me instalar completamente, eu


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tomei um banho e vesti uma calça de moletom e


um top, e desci para procurar Rick.
Esse lugar era realmente muito grande, eu
estou com medo de precisar de um mapa para
chegar até o quarto.
A curiosidade estava tomando conta de
mim. Eu queria abrir a porta que dá para o seu
quarto, mas não tive coragem. Eu não queria que
ele me pegasse espreitando para dentro do seu
quarto.
O cheiro de massa e molho de tomate fez o
meu estômago roncar. O meu telefone vibra no meu
bolso e pego para ver quem é.
O nome da minha melhor amiga aparece na
tela. E eu me preparo para o sermão que eu vou
ouvir.
- Ei. – Eu falo ao atender.
- Como assim você se casou? – Ela grita, e
eu puxo o telefone para fora do meu ouvido, antes
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que eu fique surda.


- Não grite. – Eu disse. – Eu sei que parece
insano, mas eu vou contar-lhe tudo depois. Agora
eu tenho que ir.
- E quem é o sortudo? – O seu tom é sério. –
Como sua melhor amiga eu tenho o direito de saber
quem finalmente fisgou o seu coração. – Ele ri, mas
eu não acho graça nenhuma.
- Não é engraçado, Candice. – Eu falei. –
Eu vou contar tudo. Eu só preciso de um tempo
para processar tudo que está acontecendo.
- Tudo bem. Como foi o Congresso?
- Eu encontrei Richard Vough, e o resto
você pode adivinhar.
- Oh meu Deus! – Ela grita e novo, e eu
puxo o celular para fora da minha orelha.
- Candice! – Eu repreendo.
- Desculpe, mas isso é inacreditável. Enfim
o destino resolveu juntar vocês. Já estava mais do
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que na hora.
- Você está louca? Isso é um erro. Rick e eu
não podemos ficar casados.
- Porque não? Não me diga que você ainda
tem medo da mãe louca dele?
- Eu não tenho medo dela. E você não
conhece Kristen Vough. A mulher é como o
demônio de saias.
- Não importa. Vocês agora estão casados, e
ela não pode fazer nada sobre isso.
- Eu queria poder ter o seu otimismo. – Eu
rio. – Kristen não é como as pessoas que
conhecemos. Ela joga sujo e muito baixo. E eu sei
que ela vai fazer de tudo para nos sabotar.
- Então você precisa ser muito mais forte do
que normalmente é. A minha melhor amiga não
desiste fácil, e ela também não é uma fracote.
- Eu não sou uma fracote. – Eu me defendo.
- Isso é o que eu pensei. – Ela ri. – Você é a
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mulher mais corajosa que eu conheço e tem uma


força interior invejável. Essa cadela não tem
nenhuma chance, se você decidir ficar com o
Vough do meio.
- Obrigada, Candice.
- Não me agradeça ainda. Eu quero
conhecer esse deus grego, e quem sabe o
presidente. – Ela brica.
- Não exagere, Candice.
- Eu estou falando sério. – Ela diz. – A
minha melhor amiga acaba de se casar com o irmão
do presidente dos Estados Unidos, isso me rende
alguns acessos para a primeira família.
- Você é louca. – Eu rio.
- Sim. Todos nós já sabemos disso. – Ela ri
também.
- Lenny? – Rick chama o meu nome.
- Eu tenho que ir, Candice. Eu falo com
você mais tarde.
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- Ok. Eu quero saber todos os detalhes


sujos. – Ela diz.
- Eu já sinto sua falta.
- Eu sei, eu sei, mas agora você tem um
deus de olhos azuis para lhe distrair.
- Candice!
- Ok, ok. Eu vou parar. – Ela ri.
- Eu amo você.
- Também te amo. Ligue-me mais tarde, ou
eu vou pensar que o doutor fodeu os seus miolos.
- Adeus, Candice. – Eu grito e desligo, mas
não consigo parar o sorriso em meu rosto.
Candice é a minha melhor amiga de todos
os tempos. Ela é linda, engraçada e muito divertida.
Com ela, tudo parece mais leve e fácil.
Eu vou sentir muita falta dela, agora que eu
vou me mudar para Hartford de novo. Queria que
ela pudesse vir para cá também.
- Lenny? – Rick chamou de novo, e eu saí
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para encontrá-lo.
Deus, ele era lindo.
- Desculpe, eu estava ao telefone. – Eu falei
balançando o aparelho em minha mão.
- Eu pedi comida. Você tem que estar com
fome.
- Parece delicioso, obrigada. – Eu falei, e
me sentei ao seu lado.
Rick sabia que eu tinha uma paixão secreta
por comida italiana. Na verdade, eu amava
qualquer tipo de coisa feita com massa, queijo e
molho de tomate.

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CAPÍTULO 7

Rick

Alena e eu comemos em silêncio. Um


silêncio do qual eu não estou acostumado. Apesar
de viver sozinho, eu nunca estou em casa
realmente.
Eu passo a maior parte dos meus dias no
hospital, ou com meus irmãos. E eu me lembro de

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Alena sempre muito tagarela. É estranho sentar


para comer com ela e não ouvir as suas coisas. Ela
sempre tinha algo para dizer, mesmo quando a
minha mãe estava presente, ela não se encolhia para
Kristen Vough. Fato que eu admirava muito nela.
Eu não tento fazê-la falar. Eu sei que
quando uma mulher não quer falar, é melhor não
insistir.
Eu não quero empurrá-la. Não agora que eu
a tenho a de volta. Alena é uma mulher que tem
opinião e vontade própria. E isso é uma das coisas
que eu sempre amei nela. Ela não vai com a
enxurrada. Tudo que ela faz é muito pensado, e eu
sei que deve estar sendo muito difícil administrar o
que aconteceu.
Terminamos de comer, e ela se oferece para
limpar os pratos. Eu digo que não precisa, que
colocarei na máquina, mas ela insiste.
- Eu quero, por favor, é o mínimo que eu
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posso fazer para ajudar. – Ela me dá um sorriso que


é impossível dizer não para ela.
- Tudo bem, mas eu vou ajudá-la.
- Você lavando pratos? – Ela zomba. – Isso
eu vou pagar para ver. – Ela sorri, e meu coração
transborda.
- Ei, eu sou muito doméstico.
- Sim, eu imagino. – Ela brinca, inclinando
o quadril contra a pia.
Ela é tão linda que eu poderia ficar aqui de
pé para sempre, apenas observando-a. Eu ainda não
acredito que ela está de volta à minha vida, e que é
minha esposa. Na verdade, fazia tempo que eu ia
para um evento de medicina, onde ele não era o
meu foco total.
Ela morde os lábios e continua a lavar os
pratos. Eu poderia me acostumar com isso. Eu
gosto de vê-la em minha cozinha, parece
malditamente certo.
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Eu gostaria de poder beijá-la de novo.


Mataria por isso.
Eu estou desesperado para tê-la em meus
braços outra vez. Nunca é o suficiente com Alena.
Eu sei que disse que isso seria apenas um teste, mas
eu pretendo tornar a coisa toda muito real.
Eu a quero para sempre, e não vou desistir
tão fácil.
- Quer assistir um filme? – Eu pergunto
quando terminamos de arrumar toda a cozinha e
saímos para a sala de TV.
- Claro. Parece perfeito. – Ela sorri, e dá a
volta na sala, escolhendo um lugar no sofá para se
instalar.
- O que você tem em mente? – Pergunto.
- Eu não sei. Que tal algum com Jason
Statham? – Ela arqueia as sobrancelhas.
- Você quer dizer chutes e muita ação?
- Claro.
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- Eu sabia que tinha me casado com você


por algum motivo. – Eu sorrio, e escolho o filme,
sem antes perder a careta que ela faz com a menção
de estarmos casados.
- Você tem pipoca? – Ela pergunta.
- Hum, eu acho que sim.
- Enquanto você coloca o filme, eu vou
estourar a pipoca. – Ela sorri, e seus olhos se
iluminam.
- Não vá colocar nada doce desta vez.
- Pipoca tem que ser agridoce.
- Eu prefiro a salgada.
- Você não é divertido. – Ela balança a
cabeça, mas sorri enquanto desaparece na sala de
TV.
Eu escolho o filme e coloco no ponto, e caio
ao lado onde ela estava sentada. O lugar é bem
espaçoso, mas eu quero ficar o mais próximo
possível dela. Não deixando nenhum espaço para
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ela ter dúvidas sobre o nosso relacionamento.


O meu celular vibra no meu bolso, e eu o
pego para verificar. É uma mensagem de Hazel.
H: Como assim você se casou?
Sorrio e respondo rapidamente.
R: Quando você encontra a pessoa certa isso
é inevitável, cunhadinha.
H: Sim, eu sei o que você quer dizer. Estou
feliz por vocês Rick. Você mercê ser muito feliz. O
seu irmão e eu queremos jantar com vocês no
próximo domingo. Que tal?
R: Perfeito. Eu vou falar com ela e retorno.
H: Ok. Amo você, se cuida. April está
mandando beijos.
Sorrio, porque Hazel não é apenas a esposa
do meu irmão, ou a primeira dama desse país, mas
ela se tornou como uma irmã que eu nunca tive. E
eu a amo muito, assim como a minha pequena
princesa, April.
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R: Também amo vocês. Milhões de beijos


para a minha pequena princesa.
Alena volta com duas bacias grandes de
pipoca, e duas sodas. E se senta no sofá grande de
couro, entregando-me uma das bacias.
- Não vamos compartilhar? – Pergunto.
- Claro, mas essa é apena minha. – Ela
ergue a bacia cheia de pipoca doce, e eu faço uma
careta.
Eu detesto misturar doce com salgado, mas
por alguma razão estranha, ela ama. Ela se instala
ao meu lado, cobrindo suas pernas com o cobertor
de flanela fofinho. Dou play no filme.
Alena e eu vemos um monte de filmes. Ela
mudou as suas pernas para o meu colo, o que para
mim estava muito bom. Esse era um grande passo e
eu estava feliz que ela não saiu correndo para longe
de mim. Mas mesmo assim eu não posso evitar a
dor aguda que se instala em meu peito com a ideia
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de ter que me divorciar dela em poucos meses.


Eu não quero perdê-la. Em tão eu vou fazer
tudo que tiver ao meu alcance para fazê-la feliz.

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CAPÍTULO 8

Alena

Eu não consigo dormir, minha mente está


girando a mil por hora. Tem sido uma montanha

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russa de emoções, e hoje eu estou ainda mais


confusa do que estava ontem. Eu posso sentir o
pânico subindo em meu peito, e uma onda
sufocante toma conta de mim.
Eu estou com medo.
Medo de me apaixonar de novo por ele e ser
abandonada.
Eu jogo os lençóis para o lado, e deslizo
para fora da cama. Não há nenhuma maneira que eu
vá conseguir dormir assim.
Eu olho para a porta que dá para o seu
quarto, e me pergunto o que aconteceria se eu a
abrisse. Ignoro esses pensamento e desço para fazer
um pouco de chá, quem sabe assim eu consiga
dormir, mas quando eu chego ao final das escadas,
eu vejo Rick sentado no sofá, lendo um livro.
Ele não está usando uma camisa. Apenas
uma calça de moletom cinza que está bem abaixo
do seu quadril, mostrando uma linha fina de pelos
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que levam ao caminho da felicidade.


O que dificulta a minha concentração.
Os meus olhos percorrem o seu peito
esculpido, e a minha boca se enche com vontade de
beijá-lo completamente.
Ele parece sentir a minha presença, e sua
cabeça de move para cima. O seu cabelo loiro
escuro é uma bagunça selvagem na cabeça dele,
como se ele estivesse passado às mãos muitas
vezes.
- Oi. – Ele diz suavemente.
Os seus olhos percorrem o meu corpo, e eu
estou muito consciente da minha completa falta de
roupa.
- Não consegue dormir? – Ele pergunta, a
sua voz é rouca e sensual.
Eu balanço a cabeça. – Não.
Olhei para baixo, tentando evitar olhar para
o seu abdômen bem definido. – O que você está
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lendo?
- Amigos da Mente, por David Perlmutter.
- Outra vez? – Eu rio e rastejo para sentar
perto dele, mas não tão perto.- Você não já leu esse
livro umas mil vezes?
Ele dá de ombros. – Eu gosto da visão do
David, e sempre tenho algo novo a aprender a cada
vez que leio.
Eu rio, e coloco as minhas pernas no
encosto do sofá. – Sim, eu sei como é. Tem esse
livro de Adam Piore, que eu não consigo largar
também. – Eu me viro para encará-lo. – Porque
você está aqui?
Ele suspira e aperta a ponta do nariz. Esse é
uma de suas manias. – Eu não conseguia dormir,
então desci para tomar um pouco de leite, e acabei
aqui.
- Muita coisa para pensar? – Pergunto com
relutância.
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- Algo assim. – Ele diz.


O meu coração dá um salto com medo. Será
que ele se arrepende de estar casado comigo? Será
que ele tem dúvidas sobre nós? Eu estou
começando a perceber que os próximos meses
serão mais difíceis do que eu pensei. Quero dizer,
como na cozinha mais cedo, eu queria muito que
ele me beijasse, mas ele não o fez.
Eu não sei como vamos fazer isso
funcionar. E para completar, eu tenho que trabalhar
no mesmo lugar em que ele é o rei do pedaço.
Mesmo com todos os meus pensamentos e
dúvidas, eu não posso ignorar o fato de que este
homem sentado ao meu lado é o meu marido.
- Aqui. – Ele diz, e abre os braços. Eu
descanso a minha cabeça em seu peito, tentando
não correr as minhas mãos pelo seu corpo.
Eu posso sentir o seu coração bater, e eu me
sinto como se estivesse em casa. E eu sei que posso
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me acostumar com isso.


É como ter 17 anos novamente.
Os seus lábios tocam suavemente o topo da
minha cabeça, e eu fecho os meus olhos.
É tão bom.
- Não tenha medo, Lenny. – Ele sussurra tão
baixinho que eu quase penso ter sido fruto da
minha imaginação, mas não foi.
Ele me aperta contra o seu peito, acolhendo-
me com o calor do seu corpo. Eu sei que ele quer
que tenhamos uma chance real, mas eu estou com
medo. E ele sabe disso.
Eu não respondo, mas me inclino mas
contra o seu peito, e fecho os meus olhos. Ele me
segura como se eu fosse à coisa mais preciosa, e eu
derivo ao sono.

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CAPÍTULO 9

Rick

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Alena e eu acabamos adormecendo no sofá,


mas graças a Deus, eu acordei antes dela. Eu a
carrego para o seu quarto, colocando-a suavemente
sobre a cama.
Ela não se agita quando eu a deito sobre a
cama, e puxo os cobertores até o peito. Gostaria de
tê-la em minha cama, mas isso é um passo muito
longo. E eu preciso que ela confie em mim.
Eu quero muito mais do sexo. Alena é a
mulher da minha vida, e eu quero provar que sou
merecedor do seu amor.
Eu olho para ela por alguns segundos mais,
antes de ir para o meu próprio quarto. Eu sei que
vai ser impossível voltar a dormir, agora que eu não
a tenho em meus braços. Mas apenas vê-la tão
pacífica, me deixa muito melhor.
Ela é tão linda, e não sabe o efeito que tem
sobre mim. Eu dou uma última olhada, antes de sair
na ponta dos pés pela porta que une os nossos
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quartos.
Eu olho para o relógio, e vejo que é apenas
cinco da manhã. Eu ainda tenho mais duas horas
para poder começar a trabalhar, mas como eu sei
que não vou conseguir dormir sem ela em meus
braços, eu ando até o meu closet e pego uma
camisa branca e um par de calças preta. E sigo para
o chuveiro.
Eu amo o meu trabalho. É uma das coisas
que eu mais tenho orgulho na minha vida. E não foi
porque eu estudei em colégios caros, mas sim pelo
meu esforço e dedicação.
Ser um neurologista vai além de uma conta
bancária gorda. É preciso ter paixão pelo que se
faz, ou do contrário, não valerá a pena.
Não há nada melhor do que ver o sorriso no
rosto de uma pessoa ao acordar de uma cirurgia
complexa, e bem sucedida.
Tudo na minha vida sempre foi muito
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intenso. Os meus pais nunca ligaram para nada,


exceto o seu filho de ouro, ou pelo menos no que
eles estavam tentando transformar o meu irmão
mais velho.
Archie sempre foi um cara legal. E mesmo
quando Ed e eu erámos ignorados, ele tinha essa
maneira de nos fazer sentir queridos.
Eu amo os meus irmãos. E faria qualquer
coisa por eles. Hazel e April são as minhas novas
paixões.
Hazel é uma mulher incrível. Apesar de ser
tão jovem, ela é tão madura e decidida. Uma
mulher admirável. E eu sei que o meu irmão é o
homem mais feliz do mundo com as suas meninas.
Eu invejo a felicidade deles. Não de um
modo ruim, mas eu quero isso também. Eu quero
que Alena e eu possamos ter o mesmo tipo amor
que eles tem, como se um não pudesse existir sem o
outro.
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É muito bonito de se ver.


E eu vou fazer de tudo que estiver ao meu
alcance para fazer dela a mulher mais feliz do
mundo.
Eu termino o meu banho, seco o meu cabelo
com uma toalha e visto a minha roupa. Então eu
desço para fazer o nosso café da manhã.
Eu só tenho que estar no hospital às
10h00minmin da manhã. O que significa que eu
ainda tenho um bom tempo. Embora eu goste de
chegar mais cedo, hoje eu vou esperar por ela.
É o seu primeiro dia de trabalho no hospital,
e eu sei que ela vai estar ansiosa. E eu quero estar
lá para ela.
Eu não sou muito bom na cozinha, mas eu
consigo me virar. Eu retiro os ingredientes para
fazer panquecas do início.
Retiro o bacon e ovos para fritar, e depois
vou para as panquecas, tomando cuidado para não
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queimá-las.
O meu telefone vibra no meu bolso, e eu
retiro para ver que é o meu irmão caçula me
ligando.
- Ei. – Ele cumprimenta com um bocejo.
- E aí. – Eu digo. – Noite difícil? –
Pergunto.
Ele ri. – Você não faz ideia, irmãozinho.
- Você precisa parar de foder tudo que veste
saia e se move. – Eu falo.
- E qual seria a graça disso?
- Você precisa se apaixonar, Ed.
- Não, obrigado. Como foi Vegas? – Ele
pergunta. – Hazel disse algo sobre você estar
casado. Isso é real, ou estava muito bêbado?
Eu rio. – Sim. É verdade.
- Como assim, irmão?
- Foi Alena, Ed.
- Ah. – Ela suspira contra o telefone. – E
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como você encontrou a doce e meiga Lenny, e


acabou casado com ela?
- É uma longa história.
- Tudo bem, eu tenho tempo.
- Você é um pé no saco.
- Sim, eu também te amo, irmãozinho.
Agora derrame. – Ele insiste.
Eu desligo o fogo das panquecas para não
queimar, e dou a Ed uma breve versão de como
Alena e eu acabamos casados em Las Vegas.
- Uau! – Ele suspira. – Quero dizer, vocês
sempre tiveram aquele tesão um pelo outro, mas eu
nunca imaginei que vocês iriam acabar casados. Eu
mal posso esperar para revê-la.
- Sim. Eu também não .
- Ed, querido. – Alguma voz de mulher
sussurra o seu nome, e o bastardo apenas abre um
sorriso.
- Eu tenho que ir. Falo com você mais tarde,
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irmãozinho. E parabéns pelo casamento.


- Obrigado. – Eu rio.
Eu coloco o telefone para baixo, e uma
Alena sonolenta entra pela porta.
- Bom dia. – Ela diz com um sorriso tímido.
- Bom dia. – Eu falo de volta.
- Obrigada por me levar para a cama.
- Não precisa me agradecer, Lenny.
- Hm, que cheiro bom. – Ela diz.
- Venha, você tem um grande dia hoje, e
precisa estar bem alimentada.
- Tão mandão. – Ela ri, mas puxa uma
cadeira e se senta.
Eu quero fazer uma piada, e dizer que ela
não tem ideia do quanto eu sou mandão, mas
engulo a minha língua e a sirvo.
É difícil sentar aqui e tomar café da manhã
com ela, e não pula em cima dela a cada gemido de
prazer que ela dá ao provar algo.
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O meu pau está duro como pedra dentro das


minhas calças, e eu tento pensar em tudo que me
distraia da sua boca deliciosa lambendo e cada gota
de xarope de bordo que caí das suas panquecas.
Eu tento imaginar sobre maneiras de vencer
Archie no poker, mas tudo que eu posso pensar é
em colocá-la sobre essa mesa e espalhar xarope por
todo o seu corpo, e depois lamber cada maldita
gota, enquanto ela grita o meu nome sem parar,
quanto atinge o êxtase.
- Você está bem? – Ela pergunta, tirando-
me dos meus pensamentos.
- Claro.
Fodidamente perfeito.
Isso vai ser mais difícil do que eu imaginei.

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CAPÍTULO 10

Alena

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A minha manhã começou muito bem. Rick


fez essa café da manhã incrível, o que me deixou
mais relaxada.
Ele sabia que eu estava ansiosa e nervosa
porque hoje é o meu primeiro dia de trabalho no
Hospital Geral de Hartford, onde ele é o chefe do
departamento de Neurologia.
Ontem à noite, eu me senti segura, e acabei
adormecendo em seus braços. Foi estranho acordar
em um quarto que não era o meu. Mas essa é a sua
casa, e desde que eu lhe concedi esses meses para
vermos o que poderá acontecer, então também será
o meu lar.
Eu ainda preciso ir para Boston para pegar o
restante das minhas coisas. Eu preciso falar com o
meu pai. Embora que seja apenas por telefone.
O meu pai é marinheiro. Ele se alistou logo
depois que se separou da minha mãe, mas quando
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ela morreu, ele pediu um tipo de licença para poder


cuidar de mim.
Era isso ou um lar adotivo.
Uma batida na porta me tira dos meus
pensamentos.
- Entre.
- Você está pronta? – Rick pergunta.
- Sim. Eu só vou pegar o meu casaco e
estou pronta. – Eu falo.
- Tudo bem, eu encontro você lá embaixo. –
Ele diz e saí.
Eu tomo algumas respirações para tentar
acalmar o meu nervosismo. Esse é o meu primeiro
grande trabalho fora da minha zona de conforto.
Eu estive em Boston todos esses anos, e
minha carreira foi construída lá, mas eu sei que é
hora de alçar novos voos.
***
Rick e eu seguimos para o hospital, e
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quando chegamos lá, ele fez questão de comigo até


a administração.
Ele sabia o quanto tudo isso era assustador
para mim. Não assustador de aterrorizante, mas de
um modo grandioso.
Eu não escolhi ser biomédica. Eu sempre
quis estar na área de saúde, talvez me tornar uma
médica ou enfermeira, eu não sei. Mas um dia na
aula de práticas médicas, eu tive esse professor, o
senhor Calis.
Ele era um grande mestre.
O senhor Calis nos deu uma palestra sobre a
deficiência de profissionais realmente
comprometidos com a biomedicina. E isso diminuía
as chances de se encontrar as curas para as doenças.
A palestra me impressionou muito. E eu
comecei a pesquisar mais sobre o tema. Então um
dia, eu acabei mudando todas as minhas aulas para
poder obter um diploma de Biomedicina. E aqui
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estou eu.
Todos nós queremos fazer a diferença de
alguma forma. E essa é a minha pequena
contribuição para o mundo.
Eu quero ser capaz de estudar e encontrar
soluções, através da medicina para curar as
enfermidades.
Em mais de meio século, há biomedicina
avançou consideravelmente. Com o avanço da
tecnologia, isso se tornou ainda mais fácil. Não que
seja uma coisa simples, mas facilitou muito os
estudos.
O diretor do hospital nos recebe muito
prontamente, e começamos a falar sobre as minhas
finalidades a cerca do cargo como Biomédica, no
HGH (Hartford Hospital Geral).
- Eu sei que você será uma grande adição
para o nosso quadro de excelentes profissionais,
senhorita Smith.
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- Na verdade, John agora ela é Vough. –


Rick interrompe, e eu sinto o meu rosto corar
quando os olhos do diretor passam de Rick para
mim.
Porque ele não pode manter a boca
fechada?
- Oh, eu não sabia que vocês estavam
juntos. – O diretor parece surpreso.
- Sim. Alena e eu nos casamos
recentemente, e ainda não tivemos a oportunidade
de contar aos demais. – Rick segura a minha mão, e
entrelaça os nossos dedos.
Eu tento me afastar, mas ele é muito mais
forte.
- Eu suponho que tenho que dar os meus
parabéns. – O diretor diz sem jeito.
- Obrigado, John. – Rick sorri, e eu forço
um sorriso no meu rosto.
O diretor nos mostra a minha sala e fala
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sobre os funcionários que estarão à minha


disposição.
Ele me fala também sobre um programa de
estagiários no hospital, que recruta estudantes de
medicina para diversas especialidades, o que é uma
coisa incrível.
- Isso é incrível. – Eu falo.
- Sim. Mas isso só foi possível graças ao
seu marido. Rick tem sido um grande patrono para
o nosso hospital. – Ele diz com orgulho, e meus
olhos se deslocam para Rick. Ele parece um pouco
incomodado com o que o diretor acabou de me
confidenciar.
- Eu não sabia, mas é uma atitude louvável.
– Eu falei olhando diretamente em seus olhos.
- Sim. O governo também tem destinado
uma boa parte de recursos para a saúde, o que
facilita ainda mais o trabalho que fazemos aqui. –
John diz.
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- É realmente muito incrível, mas não me


surpreende. Rick sempre foi muito altruísta. É uma
das melhores qualidades que ele tem. – Eu falo, não
tirando os olhos dos seus.
Rick não diz nada. Mas eu posso dizer pelo
olhar que ele está me dando, que ele fez isso de
todo o coração, e não para ser engrandecido.
- Venha, eu vou lhe mostrar o nosso
laboratório. – John diz, e saí, deixando-me sozinha
com Rick.
- Porque você não me falou? – Pergunto.
- Não havia nada para falar, Lenny. – Ele dá
de ombros, e essa é a minha deixa para encerrar o
assunto, por agora.
Eu certamente quero saber mais sobre esse
programa de estagiários. E eu não posso deixar de
sentir mais orgulho dele.
Rick e seus irmãos sempre tiveram tudo,
bem pelo menos tudo que o dinheiro pode comprar.
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O amor e os cuidados dos pais, sempre fizeram


falta, mas eles nunca deixaram de serem esses caras
incríveis. E isso me deixa ainda mais orgulhosa.
Esse é o tipo de homem de toda mulher.
Lindo, por dentro e por fora. Dedicado, e
benevolente. Persistente em seus sonhos e desejos,
e acima de tudo, fiel aos que ama.
Eu tenho muita sorte de tê-lo em minha
vida.

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CAPÍTULO 11

Rick

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Tem sido uma semana longa.


Hoje era sábado e meu dia de folga. Eu
quase nem tenho tido tempo de ver ou conversar
com Alena.
Amanhã temos o jantar com Hazel e meu
irmão. Eu estou morrendo de saudades da minha
pequena princesa, April.
O meu plantão de 36 horas no hospital me
deixou longe dela, mas agora eu pretendo passar
tanto tempo quanto possível eu tenha ao seu lado.
Na verdade, não são exatamente 36 horas
seguidas. Trabalho 24 horas e descanso 7 horas. E
depois volto para cumprir o resto da carga horária.
Mas tudo isso dentro do hospital.
Como chefe do departamento de neurologia,
é meu dever auxiliar os estudantes de todas as
unidades também. Desde os estagiários aos
estudantes de doutorado.
Eu ando através das portas, e coloco a
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minha bolsa no chão e subo as escadas. Eu paro


quando ouço a voz de Alena vindo da cozinha. E o
cheiro de molho de tomate e manjericão invade a
casa.
Ela está cantando e cozinhando. Um
sentimento tomou conta de mim, e eu poderia me
acostumar com isso. A sensação de voltar para casa
e ter alguém me esperando encheu o meu coração.
Eu nunca senti nada parecido com nenhuma
mulher. Apenas Alena tinha esse poder sobre mim.
Ela era a minha kriptonita
Eu desci, e me aproximei da cozinha,
parando na porta e observando-a se mover pela
cozinha. Ela parecia ainda mais linda do que eu me
lembrava.
- Ei, você está de volta. – Ela levantou a
cabeça, e sorriu quando seus olhos caem sobre
mim.
- Sim. – Eu sorri de volta.
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- Eu fiz comida, espero que você não se


importe. – Ela diz nervosamente.
- Alena, essa é a sua casa agora. E eu quero
dizer isso. Você é livre para fazer o que quiser com
ela. – Eu falo ao me aproximar.
- Eu sei, é que ainda é tudo muito estranho.
– Ela diz.
- Eu entendo, mas você vai se acostumar. –
Eu a puxo para os meus braços e a beijo
suavemente.
Ela não recua, o que me deixa muito feliz.
Eu passei esses dias pensando em como eu queria
beijá-la, e eu não vou me privar, agora que eu a
tenho em meus braços.
O beijo é suave e lento. Ela tem gosto de
molho de tomate e vinho. E eu amo isso.
O seu cheiro é divino.
- Você vai comer agora, ou prefere tomar
um banho primeiro? – Ela pergunta quando nos
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afastamos.
- Por quê? Eu estou fedendo? – Pergunto, e
levanto o meu braço para provar o meu ponto.
Ela ri, e é uma risada gostosa.
- Não seja bobo. – Ela diz. – Eu só achei
que você gostaria de tomar um banho depois de
tantos dias no hospital.
- Bem, senhorita espertinha, eu estou muito
bem, a menos que você queira se juntar a mim. –
Eu arqueio as minhas sobrancelhas sugestivamente,
e ela cora.
- Você é impossível. – Ela balança a cabeça
e se move para por a mesa.
Eu a ajudo a colocar a mesa e sentamos
juntos para comer. Ela fez lasanha á bolonhesa. E
está divina.
- Hm... – Eu gemo em apreciação.
- Bom? – Ela pergunta com um sorriso.
- Divino. – Eu falo. – Na verdade, eu tenho
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um vinho especial que vai cair muito bem com a


comida. Eu já volto. – Falei me dirigindo para a
adega.
Eu estava tomando todo o controle que eu
tinha para não beijá-la. Mas estava sendo uma
tarefa difícil. Voltei com o vinho e alcancei a sua
taça.
- Aqui. – Eu lhe entreguei a taça com o
vinho.
- Obrigada. – Ela sorriu suavemente,
levando a taça à boca.
- Como foi a sua primeira semana no HGH?
– Pergunto.
Ela ri. – Foi tudo muito bem. Todas as
pessoas com quem eu trabalho são legais. E eu
estou adorando. E você?
- Sempre um prazer. A neurologia é a minha
vida. Eu não sei se poderia fazer outra coisa. Ela
está enraizada no meu ser.
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- Eu sei como é. – Ela diz com um sorriso.


- Eu quero propor um brinde. – Eu falo e
levanto a minha taça. – Um brinde a nós e nossas
escolhas.
- A nós. – Ela repete e bate sua taça contra a
minha.
Eu não estava louco. Ela me queria tanto
quanto eu. A tensão sexual entre nós poderia ser
sentida do Japão.
Terminamos o nosso jantar, e eu a ajudei
com a louça. Isso estava se tornando uma rotina. E
eu gostei.
- Obrigado pelo jantar. Estava delicioso. –
Falei.
- Não precisa me agradecer. – Ela sorri
timidamente, suas bochechas ficando coradas.
- Você é tão linda. – Eu falei, e me inclinei,
meus lábios tocaram os dela suavemente. Eu sei
que estava ultrapassando vários limites, mas eu
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precisava sentir os seus lábios mais uma vez.

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CAPÍTULO 12

Alena

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Ele me pegou de surpresa com o beijo, mas


eu não me afastei. Eu estava feliz por finalmente
ele estar em casa. Esses três dias que passamos
longe me deixou vulnerável.
Eu sentia falta dos meus amigos, mas eu
senti muito mais a falta dele. Eu não sei quando
aconteceu, mas Rick se tornou alguém que eu não
posso ficar longe.
Eu sei que isso não me ajuda em nada, e o
fato de que eu estou caindo mais e mais por ele a
cada dia, também não ajuda. Segurei o seu rosto
com as duas mãos e o beijei de volta.
Eu o queria tanto que doía.
O nosso beijo se tornou frenético e
selvagem. Rick se afastou, e eu gemi em protesto.
- Você tem certeza disso, Lenny? – Ele
perguntou.
- Eu nunca tive tanta certeza sobre algo. –
Eu falei ofegante.
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Ele sorriu e pegou a minha mão, levando-


me pelas escadas, e para o seu quarto. Quando
entramos, o meu coração começou a bater mais
rapidamente. O seu quarto era muito parecido com
o meu, apenas com tons escuros.
- Você é tão linda, Lenny. – Ele se inclinou
e acariciou o meu rosto.
O seu cheiro estava me deixando tonta de
desejo, e quando os seus lábios tocaram os meus
novamente, eu tremi. Esse era um beijo faminto,
selvagem. Suas mãos se moveram para cima e para
baixo em meu corpo.
A sua língua em minha boca, causando
sensações que eu nem sabia que poderiam existir.
Os seus dedos agarram a parte inferior da minha
camisa, quebrando o nosso beijo, ele se afastou e a
levantou sobre a minha cabeça. Minhas mãos foram
automaticamente para o seu cinto, eu o soltei e
desfiz o botão, deslizando minha mão dentro da sua
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cueca, agarrando o seu pau duro e enorme.


Rick gemeu, e moveu a sua boca para o
meu pescoço, lambendo e chupando a carne
sensível.
- Porra, Alena. – Ele gemeu enquanto a sua
boca fez o caminho até os meus seios. Ele desfez o
fecho do meu sutiã e levou um mamilo endurecido
à boca.
- Oh Deus! – Eu gemi.
Suas mãos se moveram mais para baixo,
para as minhas calças e a levando para fora do meu
corpo, junto com a minha calcinha. Deslizando a
mão pelas minhas pernas, ele esfregou o meu
clitóris. Os meus olhos praticamente rolaram para
fora da minha cabeça. O prazer era quase demais.
- Você está tão molhada, Lenny. – Ele
gemeu, esfregando mais rápido, deixando-me à
beira de um orgasmo. – Porra. Eu amo isso. Eu
preciso prová-la. Diga-me que eu posso. –
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Implorou.
- Oh Deus, sim! – Eu gritei quando ele
inseriu um dedo dentro de mim, movendo-o dentro
e fora.
Colocando-me sobre a sua cama gigante, ele
espalhou as minhas pernas, sua respiração fazendo
cócegas no meu centro, então sua boca caiu sobre o
meu clitóris inchado. Eu agarrei os lençóis
enquanto a sua língua circulava contra o meu botão
de nervos sensível.
Ele levantou a cabeça e sorriu, beijando ao
longo das minhas coxas e subindo para alcançar os
meus seios, mordendo-os levemente.
Eu não queria que ele parasse nunca. Mas
eu também queria prová-lo, então o tombei e subi
em cima dele, retirando as suas calças e cuecas, eu
o deixei completamente nu e a minha mercê.
Deus, ele era tão lindo.
- Deus, Lenny. – Ele gemeu, quando eu
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segurei o seu eixo firme e passei a minha língua em


torno dele. Ele tinha um gosto tão bom.
Eu levei mais fundo em minha boca,
tomando cuidado para não engasgar, ou provocar
vômito. Ele era muito grande, então seria difícil
levá-lo por completo. Os seus gemidos se tornaram
mais altos enquanto eu continuava o meu ataque,
chupando e lambendo todo o seu comprimento
rígido.
Rick tinha sido o amor da minha vida. O
único homem que eu já amei, e estar de volta
trouxe velhas lembranças, algumas doloridas, e
outras incríveis. Talvez ele tivesse razão, e essa era
a nossa segunda chance.
Eu estava me sentindo ainda mais ousada,
seus dedos agarraram os meus cabelos, enquanto eu
acariciei as suas bolas, levando-as à boca.
- Foda-se! – Ele gemeu. – Eu amo a sua
boca, Lenny. Eu vou gozar a qualquer momento se
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você não parar. – Ele gemeu mais alto, e isso me


incentivou ainda mais.
Eu o chupei mais forte, enquanto acariciava
as suas bolas, e senti o seu corpo tenso debaixo de
mim. Suas mãos agarraram o meu cabelo mais
forte, não ao ponto de doer, mas eu sabia que ele
estava prestes a explodir, e ele fez.
- Vê-la me chupar é tão gostoso, mas eu
preciso que você se afaste, se não quiser que eu
goze em sua boca. – Ele falou, mas eu não queria
me afastar. Eu queria tudo dele. - Oh meu Deus! –
Ele gritou, quando encheu a minha boca com o seu
gozo, e eu engoli cada gota.
Os seus olhos estavam fechados, e quando
os reabriu, desejo, paixão e admiração estavam
gravados em suas feições. Ele agarrou o meu rosto
e me puxou para cima dele, beijando-me como se
não pudesse obter o suficiente.
- Eu te amo, Lenny. – Ele falou,
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encontrando os meus olhos. – Eu sempre te amei. –


Ele confidenciou.
- Eu também te amo, Rick. – Confessei.
Eu sabia que isso poderia ser arriscado, mas
eu não poderia mais esconder o que eu estava
sentindo.
- Eu preciso estar dentro de você.
- Deus, sim. – Eu gemi.
Ele nos rolou para ficar em cima de mim.
Sua boca encontrou a minha, e ele se instalou entre
as minhas pernas.
Eu sempre o amei. E mesmo com as minhas
dúvidas e medos, era hora de dar-nos uma nova
chance.

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CAPÍTULO 13

Rick

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Alena sempre foi linda, de todas as formas,


mas nua e deitada na minha cama, ela era uma
deusa. O meu pau estava duro como rocha, à
necessidade de estar dentro dela era urgente.
Eu deslizei o meu dedo ao redor da sua
abertura molhada e mergulhei dentro, observando-a
gemer e perder o controle embaixo de mim.
Deus ela é linda.
Eu queria fodê-la sem sentido, para que ela
pudesse me sentir durante dias. Mas esse não era ao
momento. Alena é uma mulher selvagem na cama,
e eu amo isso, mas hoje eu quero fazer amor com
ela, lento e apaixonado.
Eu deslizei o dedo dentro e fora do seu calor
apertado, sentindo a sua umidade escorrer por meus
dedos. Ela estava muito excitada, o que me deixou
ainda mais duro e pronto para explodir.
Tudo que eu quero é passar o resto da
minha vida mostrando-a como eu a amo, e que eu
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sou o homem da sua vida.


Eu estendi a mão e abri a mesa de
cabeceira, alcançando um preservativo, e deslizei
para mim. Eu me estabeleci entre as suas pernas,
correndo as minhas mãos pelo seu corpo. Os meus
olhos grudados aos seus, enquanto eu entrava
lentamente nela.
Ambos arfamos ao mesmo tempo.
Estar dentro dela era como o céu. Os meus
lábios encontraram os seus, e eu a beijei com todo o
meu amor.
Ela me tinha tão quente que eu não poderia
durar muito tempo. Eu senti o seu corpo tenso, suas
pernas envolveram em minha cintura, e espasmos
tomaram conta do seu corpo, quando ela gozou. Eu
empurrei profundamente dentro dela, encontrando a
minha própria libertação.
Nada nunca tinha sido tão perfeito.
Envolvi-a em meus braços e adormeci com
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o seu corpo nu contra o meu. Eu a segurei bem


forte contra o meu peito, eu não queria arriscar que
ela se levantasse durante a noite e voltasse para o
seu quarto.

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CAPÍTULO 14

Alena

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Eu acordei completamente enrolada em


Rick. Não havia nenhum espaço entre nós. Os
nossos corpos estavam tão conectados, que
qualquer um pensaria que éramos um só.
Um telefone vibrava em cima da mesinha
de cabeceira, e eu estendi a mão para ver quem
estava enviando mensagens essa hora da manhã,
mas descobri o meu erro assim que eu li o que
estava na tela.
Onde vocês estão? Eu pensei que você
disse que iriam passar o domingo conosco.
Era uma mensagem da primeira dama, esse
era o telefone de Rick.
- Quem é? – Rick perguntou sonolento, e
me abraçou mais forte, beijando a curva do meu
pescoço, e enviando uma onda frenética de puro
prazer para as minhas coxas.
- É a primeira dama. E ela quer saber por
que não estamos lá ainda. – Eu falo, tentando me
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virar para encontrar os seus olhos, mas o seu aperto


é muito forte.
- Eu estou confortável. – Ele resmunga e me
aperta mais forte, seu pau duro contra a minha
bunda.
- Rick? Você marcou um encontro com a
primeira dama sem me avisar, e quer continuar na
cama?
- Hazel não vai se importar. – Ele dá de
ombros.
- Você é impossível. – Eu falei, e saí do seu
agarre, indo para o chuveiro.
Eu estava cheirando a suor, vinho e sexo. A
noite passada foi incrível. Eu liguei o chuveiro e
esperei a água atingir o ponto que eu queria, então
eu entrei. Poucos minutos depois, Rick se juntou a
mim.
***
A família Vough sempre andou cheia de
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seguranças, motoristas e todos esses profissionais


que gente rica tem, mas hoje é ainda pior.
Archie é o novo presidente dos Estados
Unidos, o que significa que a segurança foi
triplamente redobrada.
Eu não sabia o que vestir para um encontro
com o presidente e a primeira dama, então escolhi
um vestido elegante que eu ganhei da minha amiga
Trisha. Ela é estudante de moda, e trabalha em um
ateliê famoso em Boston.
O vestido é lindo. A sua cor é um verde
água, com detalhes em renda nas costas. Ele vai até
os joelhos, e acentua as minhas curvas
perfeitamente, sem deixar vulgar ou exagerado.
O meu cabelo está em ondas, e eu aplico um
pouco de maquiagem, não muito. Eu não quero
passar a impressão errada. Mas quero estar
apresentável.
Eu já tive um breve encontro com a
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primeira dama no baile. E quando ela deu a luz à


April, mas nada parecido com o que será este hoje.
Rick parecia tão sexy, e casual em suas
roupas. Ele estava usando uma camisa branca com
gola V, um par de calças cargo escuras, um sapato
azul e uma jaqueta de couro.
É muito injusto que ele possa ficar tão bem
mesmo com o básico.
- Você não precisa ficar nervosa, Lenny. Ele
é o mesmo Archie que você conheceu quando
criança. – Rick diz, ao perceber a minha agitação.
- Não. Ele é o presidente da maior nação
mundial. – Eu falo entre respirações.
- Não seja boba. – Ele se aproxima, seus
olhos procurando os meus no reflexo do espelho. –
Eu estarei com você todo o tempo. – Ele diz e beija
o meu ombro, subindo para o meu pescoço.
O que me deixa mais aliviada.
- Obrigada. – Eu falei, e sorri, agradecida
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por seu cuidado.


- Não por isso, querida. – Ele me beija uma
última vez, antes de se afastar. – Além do mais,
você terá a oportunidade de passar um bom tempo
com a minha pequena princesa, April. – O seu rosto
se abre um sorriso brilhante, e isso enche o meu
coração de amor.
Rick será um pai incrível um dia.
- Eu mal posso esperar. – Falei devolvendo
o sorriso.
Depois de pegar a minha bolsa, ele estendeu
a mão para mim e seguimos para fora. O motorista
estava nos esperando, assim como um grupo de
seguranças.
Rick abriu a porta para mim, e deslizou para
dentro logo atrás de mim. Os seguranças seguiram
no carro de trás.
O motorista nos levou até ao edifício das
empresas Vough, onde Ed era o presidente, e um
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helicóptero esperava por nós.


- O que há com viajar de carro? – Perguntei.
Ele sorriu e me ajudou a entrar na coisa. –
Nós estamos atrasados, e Hazel vai me matar se eu
demorar mais uma hora para chegar lá.
Quando chegamos à Casa Branca, uma
dúzia de seguranças do Serviço Secreto, nos
acompanharam até o jardim, onde a primeira
família estava curtindo o domingo ensolarado.
A primeira dama estava com Archie, e sua
melhor amiga, Gia, enquanto a sua avó embalava a
pequena April nos braços.
- Ei, vocês estão aqui. – Hazel sorriu
quando nos viu, e veio nos cumprimentar.
- Desculpe o atraso. – Eu falei, devolvendo-
lhe o sorriso.
- Não se preocupe. Eu sei como um Vough
pode nos manter ocupadas. – Ela diz e solta um
beijo para o marido.
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É tão bonito ver o quanto eles se amam. Eu


conheço Archie desde que eu era uma criança. Ele
sempre foi muito sério, mas é um grande cara.
- Ei, onde está a minha pequena princesa? –
Rick diz, enquanto caminha em direção à avó de
Hazel.
- Obrigada por me convidar. – Eu falo.
- Não seja boba. Você é família. E Archie e
eu queremos muito ser tios em breve também. – Ela
brinca, e eu sinto que não consigo respirar.
Rick e eu nos metemos nessa coisa de
casamento por pura imprudência. Nem de longe
estamos prontos para assumir qualquer
compromisso mais sério, quem dirá um bebê.
Não é o momento.
- Oh Deus. – Eu luto para respirar.
- Ei, respire fundo. – Hazel falou, enquanto
passava a mão nas minhas costas. – Eu estava
brincando. – Ela me dá um sorriso culpado.
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- Não. Está tudo bem, é só que... – Eu tento


me explicar, mas ela me corta.
- Eu entendo. – Ela diz.
- Ela não é perfeita? – Rick perguntou,
enquanto caminhava em nossa direção com uma
April sorridente em seus braços.
Ele estava brincando de jogá-la para cima e
pegar. A bebê estava adorando a brincadeira, mas
Archie não estava gostando nenhum um pouco de
ver a sua pequena princesa ser arremessada para
cima como um pacotinho rosa.
- Não jogue a minha filha, seu idiota. –
Archie gritou atrás dele, e Rick correu por todo o
jardim com April nos braços, e gargalhando. E um
Archie furioso atrás deles.
É uma cena muito bonita.
- Meninos. – Hazel revirou os olhos e
voltou a sua atenção para mim. – Então, como está
a vida de casada? E o seu trabalho no hospital?
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Deus, eu sinto falta de Hartford. Nunca pensei que


diria isso, mas sinto. – Ela sorri.
- Tem sido intenso, estranho, há momentos
que eu não sei se estou indo fazendo a coisa certa, e
outros não. – Eu suspiro, e ela sorri.
- Eu sei como é, mas se você o ama, tudo
fica melhor no final do dia. – Ela diz, e eu entendo
o que ela quer dizer.
- Sim. Eu não gostaria de ter feito isso com
ninguém além dele. – Confesso.
- Rick sempre foi muito reservado, mas
depois que você apareceu, ele tem despertado, e
nos presenteado a cada dia com esse ser humano
incrível que ele é. E eu estou muito feliz por vocês.
- Obrigada. – Eu sorrio. – Como você lidou
com a bruxa malvada? – Pergunto.
- Kristen acha que é o centro do mundo. Ela
não quer ser contrariada nunca. Mas eu não sei, eu
acho que o nosso amor era tão forte, que nem
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mesmo o seu ódio foi capaz de nos separar.


- Eu queria ter a sua força. Quero dizer,
você é tão nova, e já tem tantas responsabilidades.
E eu não sei como você consegue gerenciar tudo
isso sem enlouquecer.
Ela dá uma gargalhada. Um boa gargalhada,
que me deixa um pouco sem graça. E eu logo me
chuto interiormente por ser tão atrevida.
- Sinto muito. Eu...
- Não se desculpe, Alena. É só que eu não
resisti. – Ela ri mais uma vez. – Sim, é verdade,
mas há dias em que eu quero arrancar a cabeça de
quem ousar cruzar o meu caminho. – Ela
confidencia. – Não há uma receita, é a vida. Ela te
coloca nas mais inusitadas situações, e cabe a você
encontrar a melhor forma para enfrentá-la.
- O que há de tão engraçado? – Archie
pergunta quando se aproxima, e abraça a sua esposa
por trás. – É bom vê-la de novo, Lenny. – Ele diz
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com um sorriso.
- Senhor presidente. – Eu falo, me sentindo
um pouco estranha.
- Não. Nada de senhor presidente. Nós
estamos em família. As formalidades ficam para
fora daqui. – Ele diz.
- Ok. – Sorrio de volta, e um pouco mais
tranquila.
- O almoço está pronto, senhora. – Uma
senhora se aproximou e falou para Hazel, e todos
nós seguimos para a mesa montada nos jardins.
Uma tenda foi montada às sombras de uma
árvore, e embaixo dela uma mesa longa com muita
comida e bebidas.
Archie sentou em uma das pontas, e Hazel
com April ao seu lado direito. Seguidos de Rita, a
avó de Hazel e Gia. Do outro lado sentaram Rick,
Ed que chegou atrasado, e eu.
A comida estava deliciosa. Todos comemos
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, conversamos sobre diversos assuntos e rimos


bastante.
Rick não desgrudou da pequena April. Eu
sabia que ele amava a sua sobrinha, mas vê-lo em
ação com ela foi muito bonito e emocionante. No
final do dia, Ed e ele estavam brigando para saber
de quem April gostava mais. Archie bateu de leve
na cabeça de cada um de brincadeira e levou a sua
filha ara longe dos tios malucos.
Foi o melhor almoço em família que eu já
tive em muito tempo. Eu estava feliz por fazer parte
de uma família tão bonita e cheia de amor. Mesmo
que tenha sido por acidente.
Eu poderia me acostumar com isso.

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CAPÍTULO 15

Rick

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Archie e Hazel tiraram o dia de folga para


nos receber. Eu sei que ele não estava mesmo de
folga, mas ele ficou o máximo de tempo que deu
conosco.
O meu irmão era o homem mais importante
do mundo, em sua função. E quando se tratava de
trabalho, eu sabia exatamente o que ele estava
querendo dizer. Embora eu tenha que dizer que
temos profissões muito opostas.
No entanto, eu amei cada segundo de tempo
com a minha família. April estava ficando cada dia
mais linda. Eu mal podia esperar para ter uma
bonequinha como ela, minha e da Alena.
Eu sei que ainda é muito cedo, mas eu não
vou desistir.
Sentar com a minha família me fez dar
ainda mais valor para o que temos. Eu nunca tive

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isso, nós nunca tivemos isso enquanto estávamos


crescendo. Era sempre os meus irmãos e eu, e as
babás.
Os nossos pais não estavam interessados em
dividir suas vidas conosco. E ver o meu irmão hoje,
no papel de pai e esposo me faz ter ainda mais
orgulho dele. Eu sempre soube que ele era grande,
e que chegaria longe, mas eu nunca imaginei que
poderíamos estar todos reunidos como uma
verdadeira família.
Eu tenho a mulher que eu sempre amei ao
meu lado. E eu amo isso.
***
- Dr. Vough, a sua mãe está aqui para vê-lo.
– Camile, uma das minhas enfermeiras auxiliares.
- Jesus, eu passo. – Falo, movendo-me para
a sala de descanso.
- É... – Ela hesita.
Eu suspiro cansado. – O que foi, Camile?
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- Ela disse que se o senhor não a receber


que iria falar com a sua esposa, e não seria bonito.
– Ela repete as palavras da minha mãe com cautela.
- Obrigada, Camile. Eu vou falar com ela. –
Eu me viro para encará-la, e vejo quando ela
suspira de alívio. Pobre criatura, foi picada pelo
veneno de Kristen Vough.
Camile se vira para sair, mas eu a paro. –
Camile, certifique-se que a minha mãe não chegue
perto de Alena.
- Sim, senhor. – Ela diz com um sorriso e
saí.
É hora de enfrentar a fera.
A minha mãe está sentada no meu
consultório quando eu chego. Ela torce o nariz com
desgosto quando me vê pelas portas de vidro.
- Boa tarde, Kristen. A que devo a honra? –
Eu falo ao dar a volta na mesa, e sentar na minha
cadeira.
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- Não se faça de desentendido. Eu sei que


você e a filha da empregada estão juntos. E eu vim
aqui para acabar com essa palhaçada. Você é um
Vough, pelo amor de Deus. O seu irmão é o
presidente dos Estados Unidos, e você se casa com
a ralé? – Ela diz sem intervalo. A mulher poderia
falar por horas sem mesmo parar para descansar, ou
até mesmo molhar a garganta.
- Sempre tão amável, mãe.
- Não me venha com suas baboseiras. Você
não pode estar casado com aquela piolhenta. Ela e
sua mãe limpavam as nossas privadas. O que os
nossos amigos dirão?
- Esse é o seu problema, mãe. Eu não me
importo se ela foi nossa empregada ou nossa
contadora. Alena é a minha mulher, e ela vai
continuar sendo por toda a minha vida. – Eu falo, e
vejo quando seus olhos escurecem.
Kristen Vough não é uma mulher de ser
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contrariada.
- Isso é o que veremos. – Ela diz, e se
levanta. – Aproveite enquanto pode, porque sendo
um perdedor ou não, você ainda é um Vough. E eu
não vou permitir que outro filho meu junte-se as
pulgas. – Ela cospe o seu veneno, e saí.
Se eu não a conhecesse bem, eu diria que
ela está blefando, mas ela não tem escrúpulos
nenhum, e eu sei que ela fará de tudo para sabotar o
meu casamento.
Eu preciso preparar Alena para o que está
por vir. Ela não vai sossegar enquanto não fizer da
nossa vida um inferno, assim como ela fez com
Archie e Hazel.

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CAPÍTULO 16

Alena

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Tem sido uma longa semana. E tudo que eu


posso pensar é em dormir tanto quanto
humanamente seja possível.
Rick tem andado estranho esses últimos
dias. Passamos um domingo incrível com os seus
irmãos e sua família, mas algo o tinha perturbado
na segunda-feira, porque quando eu liguei
perguntando se ele gostaria de jantar comigo, ele
recusou e me deu uma desculpa esfarrapadas.
Eu não sabia o que dizer, e nem como agir,
então fingi que não me importava. Mas isso não era
verdade, doeu muito.
Os meus turnos no hospital eram alternados,
na maioria das vezes estávamos no mesmo lugar e
no mesmo horário, mas o hospital era tão grande
que nunca nos esbarrávamos.
Eu pensei várias vezes em ir até quinto

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andar do hospital, onde ficava o departamento de


neurologia. Mas pensei melhor e desisti.
- Ei, você quer sair com a gente para
comemorar? – Dylan pergunta ao se aproximar.
- Comemorar o que? – Eu pergunto.
- A vida, doce e meiga Alena. – Ele diz com
um sorriso, e eu não posso deixar de sorrir.
- Eu não sei. Eu tenho...
- Ah, não seja uma medrosa, Alena. – Ele
provoca.
- Eu não sou uma medrosa. Eu só tenho
coisas para fazer em casa. – Eu me defendo.
- Como voltar para um delicioso neuro. –
Théa diz atrás de nós, e eu sinto o meu rosto
esquentar.
- Ele nem é tão bonito assim. – Dylan
parece ofendido.
- Você está louco? – Théa grita. – O cara é
o sexo com pernas. – Ela finge se abanar, e eu rio
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da sua descrição sobre o meu marido.


Ela tem razão. Apesar de que eu senti uma
pitada de ciúmes, mas eu não poderia deixar de
concordar com ela.
Rick é muito bonito, e sexy.
- Que seja. – Dylan desiste. – Queremos que
você venha com a gente, o que acha?
- Você vai nos contar como você e um dos
solteiros mais cobiçados de todo o país acabaram
casados? – Théa pergunta.
Eu rio, porque nossa história daria um livro.
- Outro dia. – Eu sorrio de volta.
Eu não sei se Rick tem algum planos para
fazermos hoje à noite, mas uma vez que ele não me
consultou, eu acho que isso é um não. Então eu não
vejo motivos para recusar o convite dos meus
novos amigos.
- Eu vou. – Eu falo, e eles gritam com
alegria.
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- Você não vai se arrepender, doce Alena. –


Dylan diz com um sorriso, e eu não sei como reagir
as suas investidas.
Dylan é um cara legal, mas ele tem feito o
mesmo número desde o meu primeiro dia. Eu sei
que não deveria incentivá-lo, mas até agora ele não
ultrapassou nenhum limite. Enquanto isso não me
deixar desconfortável, eu não precisarei intervir.
***
Eu não tinha nada que pudesse usar para
sair e tomar umas bebidas, apenas um par de jeans
e uma camiseta branca. Nada muito glamoroso,
então combinei de passar em casa para poder me
trocar e encontrar com eles.
Dylan e eu trocamos telefone, e ele me deu
também o endereço do bar onde eles estariam.
- Eu vejo vocês em algumas horas. – Eu
falei, e me dirigi para a saída.
Rick tinha me emprestado um de seus
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carros, visto que o meu estava em Boston para ser


vendido. Eu pretendo comprar um novo com a
venda do meu velho amigo, mas por agora eu
estava feliz que ele pôde me emprestar um dos
seus.
Quando ele me sugeriu, eu fiquei um pouco
receosa, mas vi que seria a única forma de me
locomover com mais facilidade e segurança.
Eu saí em direção ao estacionamento e
encontro o carro, assim que eu estou saindo um
carro elegante e muito caro me fecha. E antes que
eu possa fazer qualquer coisa, O motorista saí e
abre a porta de trás, revelando a pessoa por trás
dele.
Kristen Vough.
O que a mãe de Rick estava fazendo aqui no
estacionamento do hospital? Deus, será que ela vai
fazer uma cena ou algo assim? Sorte a minha que
não há mais ninguém no estacionamento.
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- Alena Smith. – Ela se aproxima, e diz meu


nome como se eu fosse nada além de um inseto
nojento.
- Senhora Vough. – Eu falo, não tendo
nenhuma intenção de deixar o carro.
- Então você conseguiu enganar o meu filho
mais uma vez e se casou com ele? – Suas palavras
são puro veneno.
Eu respiro fundo e tento manter a calma. Eu
sei o que ela está tentando fazer, mas eu não vou
deixar.
- Eu não enganei o seu filho, senhora. – Eu
disse com um sorriso. – E com todo respeito, eu
não acho que isso é da sua conta.
- Sério? Você acha que o meu marido e eu
vamos permitir que um dos nossos filhos,
permaneça casado com a garota que costumava
lavar as nossas privadas? – Ela está chegando bem
perto de me ver perder a calma.
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- Eu não vejo o que uma coisa tem a ver


com a outra, senhora.
- Você não é boa o suficiente para ele. – Ela
falou, seus olhos azuis se estreitando.
- É mesmo? E desde quando a senhora se
importa com o que é bom para ele? Porque eu a
conheço muito bem, e sei o quanto ele sofreu ao
longo dos anos sem o carinho dos pais. – Eu falo, e
vejo-a se contorcer.
- Eu acho melhor você ter cuidado com as
suas palavras. – Ameaçou.
- Eu não comecei isso, senhora.
Ela ficou na minha frente, sua roupa de
marca perfeitamente alinha em seu corpo esguio.
Kristen Vough poderia ser uma cadela fria e sem
coração, mas ela era uma senhora muito bonita e
elegante. Ela se mudou entre os pés, e mudou a sua
bolsa de braço. Um sorriso maníaco se estendeu
sobre o seu rosto.
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Ácido descia por minha garganta. Como


pode alguém tão desprezível como ela me fazer
sentir tão mal?
- Com todo respeito, senhora, mas eu receio
que tenha que pedir para a senhora se afastar. – Um
dos seguranças contratados por Archie para
proteger Rick falou atrás de nós.
Eu não sabia o nome dele, mas fiquei feliz
por tê-lo aqui comigo. Eu estava a um segundo de
pular em cima dessa cadela sem coração e arranhar
a cara cheia de colágeno dela.
- E quem você pensa que é para falar
comigo desse jeito? – Ela mordeu para o pobre
homem à sua frente, que permaneceu parado com
as mãos à sua frente.
- Eu estou aqui para proteger a senhora
Vough. – Ele diz sem pestanejar.
- Eu sou a senhora Vough. – Ela cospe para
fora.
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- Eu quero dizer a mais nova senhora


Vough. – Ele diz, e eu vejo o rosto de Kristen se
retorcer.
Eu sei que é errado rir, mas eu não consegui
segurar. Os olhos de Kristen se deslocaram do
segurança para mim, e havia fogo neles.
- Se você pensa que isso acabou por aqui,
está muito enganada. Eu não vou deixar que outra
vagabunda caçadora de fortunas, coloque as suas
mãos imundas sobre outro dos meus filhos. – Ela
dispara e se vira, entrando no carro.
Eu solto a respiração que nem sabia que
estava segurando.
- A senhora está bem? – Ele pergunta.
- Oh Deus. – Eu respiro. – Eu não sei, mas
obrigada por me defender.
- É o meu trabalho, senhora.
- De qualquer forma, eu agradeço.
Ele acena, e eu tento controlar o tremor nas
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minhas pernas para poder chegar até em casa. Eu


não estou mais no clima de sair e curtir com os
meus amigos, não seria uma companhia muito
agradável, visto que o meu humor mudou
consideravelmente com a aparição da minha sogra.
Eu alcancei a minha bolsa e enviei uma
mensagem rápida para Trisha. Eu não queria
decepcioná-los, mas não mais estava no clima de
sair.
Ela me respondeu quase que
instantaneamente.
T: O que aconteceu? Você está bem?
A: Sim, apenas apareceu algo que eu
preciso lidar. Eu falo com vocês na segunda.
Divirtam-se.
T: Obrigada. Se cuide.
Eu dirigi para casa, e o segurança segui
atrás. Eu nem sabia que ele estava me seguindo.
Precisava conversar com Rick sobre isso.
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Eu não poderia ter alguém andando atrás de


mim todo o tempo.
Não era legal.

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CAPÍTULO 17

Rick

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Eu tinha acabado de voltar do treino quando


ouvi a porta da frente abrir e fechar com um
estrondo.
Alena estava em casa.
Eu estava indo tomar um banho e lavar o
suor do meu corpo, mas um gemido vindo do seu
quarto despertou a minha curiosidade.
Parecia que ela estava chorando.
Eu bati na nossa porta conjugada antes de
abrir. – Alena?
- Vá embora, por favor. – Ela falou entre
soluços, e eu não esperei para ser convidado.
Eu entrei mesmo contra a sua vontade. Ela
estava deitada, sua cabeça enterrada no travesseiro,
para engolir os seus soluços.
- Querida, o que aconteceu? – Eu pergunto
me aproximando.
- Nada. – Ela grita. – Vá embora, Rick.
- Eu não posso deixar você assim, Alena. –
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Eu falei, e dei a volta na cama, ficando ao seu lado.


- Isso foi um erro, Rick. Nós somos um
erro. – Ela diz entre soluços, e eu sinto o meu
coração rachar em meu pedaços.
O que quer que tenha acontecido, a deixou
muito mal. Eu decidi deixá-la em paz, por agora.
Eu saí do quarto e desci para encontrar
Dave. Ele era o segurança da noite, responsável por
sua segurança. Dave e Kevin se revezavam para
mantê-la segura, onde ela for.
Dave estava em seu posto na sala de
monitoramento, e assim que ele me viu se levantou.
- O que aconteceu com a minha esposa? –
Perguntei.
- A sua mãe, senhora. – Ele diz com cautela.
- Foda-se! – Eu respiro. – O que ela fez? –
Pergunto, tentando controlar a raiva circulando em
minhas veias.
- A senhora sua mãe a abordou na saída e
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lhe disse algumas coisas indesejáveis. – Ele falou.


- E porque você não interviu?
- Eu fiz, senhor. Mas eu fiz como o senhor
ordenou, e só me aproximei quando achei que as
coisas ficariam pesadas.
Ele estava certo. Eu tinha lhe dado ordens
expressas para se envolver sempre que a minha
mãe ou qualquer um ultrapassasse a linha.
- Porque você não me ligou? – Eu sei que
ele não deveria, mas eu estava com raiva e tentando
encontrar um culpado.
- Eu fiz, senhor. – Ele afirma, e eu caço
dentro dos meus bolsos por meu telefone.
Haviam três ligações dele para o meu
celular, mas eu nunca teria ouvido, porque o celular
estava no modo silencioso.
- Obrigado, Dave. – Eu falo e me viro para
sair.
Eu sabia que não seria fácil lidar com a
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minha mãe, mas não imaginei que seria assim. Eu


precisava de ajuda, e não havia ninguém melhor
para isso do que o meu irmão.
Ele e Hazel tinham sofrido muito com
investidas para separá-los. Mas nada deu certo,
graças a Deus por isso.

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CAPÍTULO 18

Alena

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Eu estava no meu limite.


Tudo estava acontecendo muito rápido, e o
encontro com a senhora Vough não fez nada para
me ajudar.
Eu gostaria de me desculpar com Rick por
ter sido um pouco grossa na noite passada, mas a
verdade é que não consegui controlar. A sua mãe
me pós no limite, e eu revivi velhos fantasmas.
Voltar a reencontrar Rick e acabar casada
com ele não estava nos meus planos. Eu nunca
imaginei que isso poderia acontecer, e sabia que era
um erro continuar com algo que não pode dar certo.
Kristen Vough nunca irá aprovar a nossa
relação, e pertencemos a mundos muito diferentes.
Eu estou começando a perceber que tudo isso foi
uma catástrofe de grandes proporções.
Eu nunca deveria ter me casado com ele,
bêbada ou não. Por que eu tenho que ser tão fraca
perto dele. O homem me põe de joelhos apenas
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com a sua presença.


Depois de chorar por horas, eu acabei
adormecendo. E quando acordei, Rick estava longe
de ser encontrado. Eu subi para tomar um banho, e
encontrei uma nota em cima da minha mesinha de
cabeceira.
Isso significa que ele veio até o meu quarto
antes de sair. O que não ajudou em nada para
aliviar o meu mal estar.
Eu já me sentia uma cadela por tê-lo tratado
tão mal, e o expulsado do quarto. A casa era dele, e
eu só estava aqui de passagem.
Eu sei que concordei em lhe dar os meses
seguintes, mas eu não sei se essa foi uma ideia
inteligente.
Eu o amo.
Amo muito, mas acho que algumas coisas
estão destinadas a serem, e outras não. E era melhor
acabar com isso agora, antes que fôssemos longe
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demais, e acabássemos sofrendo muito mais.


A água está perfeita, quente e convidativa.
Eu amo o seu chuveiro. Eu tomo o meu tempo,
esfregando-me e lavando todos os lugares, sem
deixar nenhum espaço livre da espuma perfumada
de jasmim.
Eu terminei o meu banho e encontrei uma
roupa. Eu tinha algumas coisas para comprar e o
dia estava lindo, então eu iria aproveitar, mesmo
que fosse sozinha.
Eu olho-me no espelho uma última vez, e
desço até a garagem. Assim que eu passo pelos
portões da mansão, eu vejo um carro preto atrás de
mim.
Eu não acho que vou me acostumar em ter
alguém me seguindo para todos os lugares. Mas
decido ignorar, afinal de contas, um deles me
salvou de ser ainda mais massacrada pela matriarca
dos Vough, e eu tenho que reconhecer isso.
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Eu chego ao meu primeiro destino, que é o


shopping. Quando eu era adolescente, passava a
maior parte dos meus finais de semana aqui com as
minhas amigas. E por falar em amigas, eu poderia
visitar algumas delas.
Eu perdi totalmente o contato com elas, mas
faço uma nota mental para procurá-las em outro
momento.
Eu entro e saio de lojas, procurando o que
eu preciso, e não perco de vista a sombra que me
persegue por todos os lugares. Assim que eu tenho
tudo que preciso, eu decido tomar um café.
Eu escolho o meu favorito, e enquanto
espero o meu pedido, eu aproveito para olhar
através das minhas redes sociais. Há várias fotos da
minha amiga e um novo cara em seu instagram.
Candice é uma alma livre. Ela não gosta de
ficar com o mesmo cara por muito tempo. Ela
costuma dizer que nasceu para namorar, e que é
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feliz desse jeito.


***
Já passa das seis da tarde quando eu volto
para casa. Eu andei por todos os lugares que eu
costumava fazer quando mais jovem. Hartford tinha
sido a minha casa, o meu lar, mas depois da morte
da minha mãe, eu não pensei que voltaria a este
lugar. Mas o destino tinha outros planos para mim.
Planos que eu ainda não entendo.
O cheiro de camarão me cumprimenta,
quando eu atravesso as portas. Eu amo camarão. É
a minha segunda comida favorita, depois de massa,
é claro.
- Ei, você está de volta. – Rick aparece e
sorri para mim.
- Sim.
- Eu fiz o jantar, espero que você esteja com
fome. – Ele diz sorridente.
Eu quero perguntar onde ele esteve o dia
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todo, mas não quero que ele pense que eu estou


sendo intrometida ou nada disso.
- Eu fiz risoto de camarão ao vinho branco,
especialidade da dona Rita. A mulher é uma deusa
na cozinha, e Hazel herdou os seus dons culinários.
Eu só espero que tenha ficado tão bom quanto o
que ela faz.
- Parece delicioso. – Sorrio de volta.
Rick e eu sentamos para comer, e o silêncio
preenche todo o espaço. E quando eu estou prestes
a pedir desculpas por ter sido rude com ele ontem à
noite, mas ele quebra o nosso silêncio.
- Eu quero pedir desculpas por tudo que a
minha mãe lhe disse. – Ele diz, e eu levanto a
minha cabeça, encontrando os seus olhos cheiros de
dor.
- Você não precisa se preocupar, Rick. Não
é como se você pudesse controlá-la. – Eu digo com
um suspiro.
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- Ainda assim, eu quero pedir. Ela não tinha


o direito de lhe abordar daquela forma e dizer todas
as coisas horríveis que ela disse.
- Como você sabe que eram horríveis?
- Dave me contou tudo que aconteceu.
- Dave?
- O segurança.
- Oh.
- Sim. Eu sei que é muito para você lidar,
mas eu peço que tenha paciência, e que não desista
de nós, Lenny. Eu te amo, e preciso de você ao meu
lado.
- Rick...
- Não. Por favor, eu sei que não tenho
direito de exigir nada, mas ter você de volta na
minha vida parece um sonho, e eu não quero que
isso acabe nunca.
Desta vez, ele pega as minhas mão por cima
da mesa, apertando-as com carinho. O meu coração
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dispara em uma corrida alucinante. Toda vez que


ele me toca é como se uma corrente elétrica
atravessasse o meu corpo e me desse mais vida.
- Você tem certeza disso? – A minha voz
treme, e eu engulo um inalar rápido.
- Eu nunca tive tanta certeza em minha vida.
– Ele diz. – Você é a minha melhor amiga, a
mulher por que eu estive apaixonado durante desde
sempre. E eu quero passar o resto da minha vida ao
seu lado.
- Ok. – Um sorriso se estende por todo o
meu rosto, e eu seguro as lágrimas que ameaçaram
cair.
Eu sei que precisamos conversar muito. E
que enfrentaremos muita coisa para ficarmos
juntos, mas quando ele me olha assim, como se eu
fosse o seu mundo, eu não tenho como dizer não.
- Bom. – Ele diz com um sorriso. – Eu
tenho um congresso na Califórnia para participar. E
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eu gostaria que você fosse comigo.


- Eu não posso. – Suspiro. - Eu tenho o
meu trabalho, Rick, e não posso abandoná-lo.
- Eu sabia que você iria usar isso como
desculpa, então eu tomei a iniciativa de falar com
John sobre a possibilidade de você ir comigo, e ele
adorou a ideia.
- Rick, eu não sou uma neurologista. – Eu o
lembrei.
- O Congresso é sobre Medicina Intensiva e
os poderes da mente. E algumas das palestras serão
sobre o uso da uva para a cura humana.
- Oh, eu li muito sobre esses estudos com as
uvas quando eu estava na faculdade. Mas nunca
tive a oportunidade de presenciar nenhum deles.
- Perfeito, arrume as suas malas que
partiremos amanhã logo cedo.
- Amanhã? – Os meus olhos se arregalam. -
Se eu não me engano, foi um congresso que nos
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meteu nessa confusão, Rick. – Eu falo.


- Sim, mas eu não chamaria o nosso
casamento de confusão. E eu estou ansioso para
mostrar-lhe tudo que a Califórnia tem a oferecer.
Agora, termine o seu jantar, e eu vou lhe contar
mais sobre esse congresso.
- Ok. – Sorrio, e volto a comer.
Rick me conta tudo sobre a viagem. Serão
cinco dias de evento. Palestras durante o dia, e à
noite coquetéis. Ele me mostra o quadro de
palestrantes, e comentamos sobre cada um dos
tópicos.
Rick e eu escolhemos a medicina como
profissão. Ele salvando vidas de uma maneira bem
específica, enquanto eu procuro soluções para curar
as enfermidades existentes. E eu não poderia pensar
em uma pessoa melhor para compartilhar as minhas
bases de pesquisas, assim como eu sei que ele
também sente o mesmo por mim.
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Essa viagem com certeza veio na hora certa.


Eu preciso de uma folga de toda essa agitação que
se tornou a minha vida. E eu mal posso esperar para
viajar para a cidade do sol com o meu marido.

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CAPÍTULO 19

Rick

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Quando chegamos à Los Angeles, fomos


recebidos pelo funcionário da empresa de carros
que eu contratei para nos levar para as palestras e
eventos.
Eu poderia alugar um carro e dirigir por
mim mesmo, mas eu gostaria de mostrar a Alena
todos os meus lugares favoritos na cidade do sol.
Los Angeles é muito linda. E o sol reina
absoluto aqui. Eu amo esse lugar. Esse seria um dos
lugares que eu gostaria de morar caso saísse de
Hartford.
Alena era pura alegria. Ela parecia uma
criança em uma loja de brinquedos. E eu não pude
deixar de me sentir contagiado com a mesma
alegria.
Eu sabia que ela estava com a cabeça cheia.
Muita coisa tinha acontecido nos últimos dias. E eu

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sei que ela está há um passo de perder totalmente o


controle e correr para longe de mim.
Eu não posso deixar isso acontecer.
Eu a amo e a quero ao meu lado por toda a
minha vida.
- Eu amo como aqui é quente. – Ela diz com
um sorriso, fechando os olhos e abrindo os braços
como se quisesse abraçar o mundo.
- Não tão quente como você, querida. – Eu
me inclino e sussurro ao seu ouvido, e não perco
como o seu corpo treme de excitação.
- Para onde estamos indo primeiro? – Ela
limpa a sua garganta e pergunta, enquanto o
motorista coloca as nossas malas no carro.
- O hotel. – Eu falo e abro a porta para ela.
– Eu pensei em fazer o nosso check-in, e então
sairemos para explorar a cidade.
- Parece perfeito. – Ela diz com um sorriso
ainda maior.
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O motorista entra na rodovia que leva para a


cidade, e a cada lugar que passamos, Alena parece
encantada.
A Califórnia tem essa mágica sobre todos
que a visitam. Ela é iluminada e convidativa, assim
como uma brisa fresca em um domingo de manhã.
Durante o voo ela estava quieta e pensativa.
E eu não precisava ser um gênio para saber o que
ela estava pensando. Alena tem dúvidas sobre o
nosso casamento, e eu não a culpo. As
circunstâncias que nos casamos não foram as mais
comuns, mas isso não faz de nós menos casados.
Eu não me arrependo, e faria tudo outra vez,
bêbado ou não. Foi uma das melhores decisões que
eu já tomei em toda a minha vida. E eu preciso
encontrar uma forma de mostrá-la o quanto somos
incríveis juntos, caso contrário, eu terei que
cumprir a minha promessa e lhe dar o divorcio em
alguns meses.
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O meu corpo arrepia com desgosto, apenas


em ouvir essa palavra. Não quero que ela faça parte
de nossas vidas.
Nunca.
Quando chegamos ao hotel, Alena fica
ainda mais encantada com a decoração fina e
elegante do lobby do hotel. Cópias originais de
pinturas renascentistas estão dispostas nas paredes
do hotel opulento, e enquanto eu faço o nosso
check-in, ela as admira.
- Senhor, a suíte presidencial que você
solicitou foi preparada. O carregador irá levar as
suas bagagens.
- Obrigado. – Eu falo e caminho até Alena.
- Isso é tão lindo. – Ela diz, olhando para
um quadro de Pieter Brueguel, Caçadores na neve.
- Sim. É uma cópia perfeita. – Eu digo,
abraçando-a por trás e beijando a base do seu
pescoço.
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- É uma cópia? – Ela pergunta alarmada.


- Sim. A original está no Museu de História
da Arte em Viena. – Eu falo.
- Eu não sabia que você era um especialista
em Arte. – Ela diz com um sorriso.
- Não sou especialista, mas um mero
admirador da Arte.
- Eu vejo. – Ela ri, e volta a sua atenção
para as pinturas.
Eu amo como ela pode ser leve com as
coisas mais simples e belas da vida. Alena sempre
foi essa menina brilhante e cheia de vida. E eu amo
isso.
- Vamos. – Eu digo, guiando-a em direção
ao elevador, minha mão no arco das suas costas.
- O que você quer fazer primeiro? –
Pergunto.
- Eu gostaria de conhecer o Píer de Santa
Mônica. Mas podemos fazer o que você quiser.
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- Tudo bem, o que eu quero é ver você feliz,


então o píer será. – Eu falo e a puxo para um beijo
suave.
As portas do elevador se abrem, revelando a
nossa suíte. Eu passo cartão chave na rachadura ao
lado da porta principal e deslizamos para dentro. O
lugar é amplo e tem uma vista incrível.
Eu mal posso esperar para ter um tempo só
para nós durante essa semana. A minha mulher
desafiante merece o melhor tempo possível, e eu
vou fazer de tudo para lhe dar.

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CAPÍTULO 20

Alena

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Eu nunca estado na Califórnia antes, mas


esse tive esse sonho de tomar sol e nadar no píer de
Santa Mônica. Talvez seja o resultado de assistir
muitas séries, e filmes nos quais ela fazia parte.
O dia estava lindo, e eu mal podia esperar
para conhecer mais sobre a famosa Los Angeles.
Mas quando o meu marido saiu do banheiro,
vestindo nada além de uma toalha branca em seus
quadris, gotículas de água escorrendo pelo
abdômen perfeito. Leva tudo de mim para não
saltar sobre ele.
- Ei, o que você está fazendo? – Ele
pergunta com um sorriso.
Deus, ele poderia ser mais perfeito?
- Nada. – Eu limpo a minha garganta, e vou
para o banheiro.
Eu sei que é estúpido, mas eu preciso ter

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algum autocontrole. Depois de me trocar, eu saio e


encontro na varanda, ao telefone.
- Ok. Eu vou dizer. Amo vocês. – Ele diz e
desliga, seu olhos passeando pelo meu corpo.
- Quem era? – Pergunto.
- Hm... Hazel. Ela queria saber se tínhamos
feito uma boa viagem. – Ele diz.
- Eu estou pronta. – Eu falei, e não perdi
quando os seus vaguearam por minhas pernas nuas
e de volta para o meu rosto. – O quê? – Pergunto,
com medo de ter exagerado no look.
- Nada. É só que... – Ele limpa a garganta. –
Você está linda. – Ele diz, e eu solto a respiração
que estava segurando.
- Obrigada. – Sorrio de volta. – Eu não
costumo usar shorts, mas estar aqui meio que me
deu essa vibe. E nada como um short rasgado, e
uma regata para parecer local.
- Você está certa. – Ele sorri, e pega as
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chaves, então seguimos para fora.


***
Rick e eu visitamos não só o píer, fomos ver
o letreiro de Hollywood entre outras coisas. Eu
nunca tirei tantas fotos em toda a minha vida. Cada
lugar era ainda mais bonito do que o outro.
Nós paramos em um lugar para almoçar, e
depois continuamos a nossa exploração pela cidade.
Tínhamos todo o domingo para aproveitar,
porque amanhã começava o congresso. E eu estava
muito ansiosa para isso também.
Já passava das sete da noite quando
voltamos para o hotel. Eu estava muito cansada.
Meus pés estavam muito doloridos de andar, mas
eu faria tudo novamente.
Eu também percebi que os seguranças nos
seguiram até aqui. Eles estavam vestidos de formas
casuais, e não de terno, como de costume. Mas eles
mantiveram certa distância de nós. Observando
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cada passo que dávamos.


- Você não se cansa de tê-los o tempo todo
atrás de você? – Eu pergunto enquanto estamos
esperando o elevador.
- Do que você está falando? – Ele pergunta.
- Das sombras que nos acompanham para
todos os lugares. – Eu me viro e aponto para eles,
que desviam o olhar.
Rick ri. – Não mais. Eu costumava sentir-
me estranho no começo, mas depois me acostumei.
Eu acho que nunca vou me acostumar com
alguém andando atrás de mim todo o maldito
tempo. É bizarro. – Falo.
Rick segura a minha mão, e entrelaça os
nossos dedos. – Então eu vou mantê-la ocupada,
para que você não preste atenção neles. – A sua voz
é apenas um sussurro, e eu posso senti-la em todos
os lugares do meu corpo.
Eu ainda não consigo entender como esse
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homem pode me deixar de joelhos, apenas com


suas palavras.
Assim que as portas do elevador se fecham,
ele está em cima de mim. A sua boca devora a
minha como se não pudesse ter o suficiente.
Eu posso sentir o volume sobre as suas
calças, e quando ele me agarra e me coloca em sua
cintura, eu posso senti-lo bem contra as minhas
pernas. Sua pélvis esfrega contra aquele ponto
doce, e eu gemo em sua boca.
Tão malditamente bom.

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CAPÍTULO 21

Rick

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Ela tem um gosto divino.


As portas do elevador se abrem, e eu a
carrego para dentro, colocando-a sobre a cama
gigante. A sua pele está brilhando e ela parece
ainda mais linda quando está excitada.
Tivemos um dia maravilhoso, andamos por
todos os lugares, e quase nem usamos o serviço de
carro que contratei.
Alena queria andar e sentir o sol contra a
sua pele macia. E apesar da minha resistência no
começo, eu acabei cedendo. Mas não antes de
praticamente ensopar o seu corpo com protetor
solar.
- Você é tão linda. – Eu falo, meus olhos
nunca deixando os dela.
Ela arqueou o corpo para fora da cama,
puxando-me para um beijo doce e lento. Eu não

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queria mais nada no mundo do que me enterrar em


seu calor apertado.
Parecia tão certo.
Eu a beijei, e comecei a desfazer o botão do
seu short, empurrando-o para baixo. E ela fez o
mesmo com a sua blusa. Os seios dela eram a coisa
mais linda que eu já tinha visto na vida.
Assim que todas as nossas roupas estavam
fora, eu me inclinei entre as suas pernas, beijando
cada centímetro de pele exposta.
Ela é tão macia, e cheirosa. O seu gosto é
divino, e eu poderia comê-la para sempre. Deslizo
um dedo sobre o seu botão de nervos rosado, e um
murmúrio escapa de sua garganta.
Ela está tão molhada.
Os seus quadris empurram para frente,
tentando fazer contato com o meu dedo.
Inclinando-me, eu inalo o seu almiscarar delicioso,
então a minha boca cai sobre sua buceta inchada.
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A minha língua encontra o seu clitóris


inchado. Eu lambo e chupo forte, a sua carne
sensível. As suas mãos vão para os meus cabelos,
enquanto gemidos de puro prazer escapam de sua
garganta.
- Você está tão molhada para mim. – Eu
sussurro contra a sua abertura, e ela geme ainda
mais alto.
- Oh Deus! Sim, só para você, Rick.
Eu continuo o eu ataque em sua carne
rosada, ela inclina a sua pélvis mais perto, e eu sei
o que ela está perto. Os seus gemidos tornam mais
altos e seu corpo treme debaixo do meu. Eu
empurro um dedo dentro dela, e ela grita, montando
na onda de prazer que se arrasta pelo seu corpo.
- É isso aí, querida, monte-o. – Eu sussurro
e chupo mais forte, observando se perder debaixo
de mim.
Ela é tão linda.
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Alena quebra, meu nome em sua boca soa


como uma benção. E eu quase gozo também apenas
observando-a seus olhos vidrados de pura luxúria.
Depois de alguns segundos, os seus olhos se
abrem. Ela fica linda pós-orgasmo. O seu corpo
está mole, e ela arfa quando eu retiro o meu dedo
de dentro dela.
- Eu tenho você, querida. – Eu rastejo para
cima, juntando-me a ela no centro da cama, eu a
puxo para mais perto.
Inclinando-me, eu a beijo profundamente.
Não deixando nenhum espaço para ela ter dúvidas
sobre nós, e como podemos ser felizes juntos.
Eu faço amor com ela, doce e lento. Eu
demorei muito tempo para fazer a coisa certa, mas
a verdade é que nunca ouve ninguém para mim,
além dela.
Alena é tudo para mim.
Tudo.
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CAPÍTULO 22

Alena

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A luz do sol atravessa as janelas imponentes


do nosso quarto de hotel. Sorrindo, eu rolo me
esticando. Nossa noite foi maravilhosa, e eu posso
sentir todos os meus músculos deliciosamente
doloridos.
Rick está deitado ao meu lado, uma mão
envolta da minha cintura, segurando-me no lugar.
Ele estava completamente nu, assim como eu.
Acordar ao lado dele era muito melhor do
que nos meus sonhos. Rick e eu passamos por
muitas coisas ao longo dos anos, e depois de
acordar em Las Vegas com um anel de casamento,
eu não imaginei que poderíamos fazer dar certo, o
que interrompemos anos através, mas acho que eu
estava enganada.
Tomando cuidado para não acordá-lo, eu
me arrastei para fora da cama, e fui para o

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banheiro. O quarto cheirava a sexo, e eu não


poderia deixar de sorrir com as lembranças da noite
passada. Na verdade, o dia todo foi maravilhoso.
Rick me levou por toda a cidade,
mostrando-me cada canto, e eu amei isso. O meu
marido era um dos melhores.
Depois de usar o banheiro, eu lavei o meu
rosto e escovei os meus dentes. A minha pele
estava vermelha e brilhante. O meu cabelo mais
parecia um ninho de passarinhos, mas eu não
conseguia parar de sorrir como uma boba
apaixonada.
Um zunido veio de dentro do quarto, e eu
saí para ver o que era. O seu telefone em cima da
mesinha de cabeceira estava vibrando. Eu me
aproximei, e uma mensagem iluminou a tela. O
celular não estava bloqueado, então a mensagem
apareceu alta e clara para mim. Todo o ar sumiu
dos meus pulmões, assim que eu li o que estava
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escrito na tela.
Eu tomei o quarto abaixo do seu, querido.
Assim que você terminar de brincar de casado,
você pode descer que eu vou te mostrar como é
estar com uma mulher de verdade. Como você
gosta. Lembra-se de como somos perfeitos juntos?
Danna.
Eu não podia acreditar no que estava
escrito. Não podia ser real. Rick não faria isso
comigo, com nós.
Antecipação apertou o meu estômago, e eu
senti vontade vomitar. Eu tinha que sair daqui o
mais rápido possível.
A sensação de espiral tomou conta de mim.
Eu corri pelo quarto procurando as minhas roupas
para vestir. Graças a Deus que a minha mala ainda
não tinha sido desfeita, eu iria fazer isso ontem à
noite, mas não tive tempo.
Eu engulo o caroço na minha garganta e me
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movimento pelo quarto, tomando cuidado para não


acordá-lo. Eu sei que ele vai tentar fazer me mudar
de ideia, mas tudo que eu quero é ficar o mais
longe possível.
Eu sei que preciso deixá-lo explicar o que
isso significa, mas no momento eu não posso.
Minhas mãos e pés estavam frios.
Como eu pude ser tão estúpida?
Quando tudo estava pronto, eu corri para
fora do quarto, não me incomodando com as
lágrimas que escorriam pelo meu rosto. Os
seguranças não estavam ao redor, o que foi uma
coisa boa. Mas assim que o elevador atingiu o
térreo, Dave veio em minha direção.
- Senhora, Vough.
- Eu gostaria que você me levasse até o
aeroporto. – Eu fale entre lágrimas.
- Mas...
- Se você não puder, eu mesma vou
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encontrar uma forma de sair daqui. – Eu o ameacei.


Os seus olhos estavam cheios de conflitos, e
eu sabia que era injusto colocá-lo nessa situação,
mas eu precisava sair daqui o mais rápido possível.
- Por aqui, senhora. – Dave me levou em
direção ao carro.
Era hora de voltar para casa. Nas últimas
semanas a minha vida mudou de uma maneira que
eu não pensei que fosse possível. E eu sabia que era
bom demais para ser verdade.
Eu deveria saber que Richard Vough e eu
não poderíamos ficar juntos. Talvez a sua mãe
estivesse certa.
Eu sabia que seria apenas uma questão de
tempo para ele aparecer aqui no aeroporto, então
peguei o primeiro voo que estava saindo, não me
importando com o destino.
Tudo que eu queria era ficar longe. Longe
de Rick e de toda essa dor que eu estava sentido.
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Era como se o meu coração estivesse sido


esmagado e jogado fora.
Rick Vough quebrou o meu coração pela
segunda vez, mas de uma coisa eu tenho certeza,
não haveria uma terceira vez.

A história de Alena e Rick continua em


Mrs. VOUGH.

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NOTA DA AUTORA

Obrigada por fazer parte disso. Eu amo


muito vocês. Para saberem mais sobre esse e outros
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