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Epilogo
Uma Amante Secreta para os Navy SEALs
Sobre a Autora
Esposa dos Fuzileiros
Un Romance Militar
de harém às avessas
Krista Wolf
Copyright © 2021 Krista Wolf
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta
publicação pode ser reproduzida, distribuída ou
transmitida de nenhuma forma sem o consentimento
prévio da autora.
Imagem da capa: bancos de imagens - a história não
tem relação com os modelos.
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Capítulo 1
JULIANA
O interior do prédio era quente e acolhedor, muito diferente do frio e
impessoal que eu esperava. Parecia os fundos de um museu, ou mesmo de
uma biblioteca. Carpetes e plantas estrategicamente dispostas nos guiavam
pelo corredor enquanto eu seguia a mulher vestida com apuro à minha
frente.
– Desculpe a demora, Sra. Emerson.
Ela parou diante de uma porta de vidro fosco, dando três batidas secas
e abrindo seu melhor sorriso falso. Após olhar rapidamente pela fresta da
porta, ela finalmente a abriu.
– O diretor vai te receber agora.
“O diretor”. Soava tão importante, tão oficial. Mas o termo também
não tinha a menor importância, especialmente no contexto da minha visita.
A senhora poderia vir ao nosso escritório principal? O diretor tem
algo importante a lhe dizer.
Esse e-mail misterioso me tirou da sala de reuniões no meio de uma
apresentação e me colocou no primeiro táxi que passou. Dezesseis quadras
depois, lá estava eu.
– Sra. Emerson?
Entrei no que poderia ser o escritório de um advogado, de um médico,
ou mesmo de um reitor, a quantidade de estantes à minha volta equalizando
os três. Todas preenchidas do chão ao teto por mil livros de encadernação
de couro que poderiam nunca ser lidos nesta era digital, mas que com
certeza impressionavam.
– Ah, Sra. Emerson.
Um homem franzino e careca com óculos de armação de arame me
deu um fraco sorriso por trás da mesa. Ele se ergueu brevemente, indicando
uma das duas cadeiras de couro à minha frente.
– Por favor.
Sentei na outra cadeira, só para confundi-lo. Não que eu precisasse
confundir esse homem que nunca vira antes, mas é difícil largar velhos
hábitos.
– Obrigado por vir tão prontamente – disse ele com voz suave, macia.
– Agradeço sua disposição de...
– Estou aqui. Pode falar.
Seus olhos demonstraram surpresa com a minha interrupção, mas
também certa preocupação. Foi a preocupação que me preocupou.
– Certo – ele se inclinou na cadeira. – Direto ao ponto.
O homem pausou e limpou a garganta. Quando ele falou de novo,
parecia muito menos à vontade.
– Infelizmente, o doador que você escolheu não está disponível.
Custei alguns segundos para registrar o que ele disse. Quando entendi,
senti um balde de água fria.
– E por que não?
– Porque as amostras foram destruídas – respondeu o diretor
calmamente.
Essas palavras foram um soco no estômago. Parecia que eu tinha
perdido o ar.
– O... O quê? Como?
O homem juntou as pontas dos dedos diante do peito esquelético. De
jaleco branco e óculos, ele parecia um professor magricela de desenho
animado.
– A versão longa da história inclui uma falha mecânica inesperada e
um deslize na transferência de certas amostras ao nosso freezer extra – disse
o diretor. – A versão curta é que algumas amostras atingiram temperatura de
degradação. Elas ficaram inviáveis e infelizmente tiveram de ser
descartadas.
Minha boca de repente ficou seca. Todas aquelas semanas
selecionando perfis, lendo bios, olhando fotos. Pesando prós e contras.
Fazendo listas e eliminando candidatos.
Todo esse trabalho virara pó em um instante. Antes mesmo de eu
começar.
– E o senhor resolveu me dizer isso agora? – eu sibilei – Depois de
meses no banco de dados, quando finalmente escolhi alguém para...
– Mais uma vez, outro deslize – interrompeu o diretor. – Esse doador
devia ter sido retirado da base de dados meses atrás, quando o episódio
ocorreu.
Episódio. Caralho.
– Mas não foi, e isso é inteiramente culpa nossa, claro.
– O senhor acha? – retruquei.
O homem me olhou sombriamente, então tirou os óculos devagar e
colocou-os sobre a mesa entre nós. Por alguma razão, isso o fez parecer
mais velho, mais vulnerável.
Talvez ele também soubesse.
– Mais uma vez, nós sentimos muito, imensamente.
Seis meses!
Seis meses desde que eu começara a selecionar perfis. Vinte e quatro
semanas debruçada sobre o que eu sabia muito bem ser a decisão mais
importante da minha vida.
Sem contar os três meses anteriores de indecisão, eu me lembrei.
Juntando e logo perdendo a coragem. Começando e interrompendo o
processo em duas agências diferentes, para então começar tudo de novo.
Fora apenas na semana anterior que eu finalmente decidira qual
homem iria – biologicamente, pelo menos – ser o pai do meu filho. Ele era
o pacote completo, o espécime perfeito. Um homem alto, moreno,
fisicamente extraordinário, com bom intelecto, espirituoso e de saúde
imaculada.
Esse doador anônimo tinha aparentemente tudo: um exame genético
irrepreensível, alta contagem de espermatozoides e motilidade
impressionante. E, claro, sua carta de apresentação, que o colocou no topo
da lista. Foi a peça final de um quebra-cabeça anônimo: o quão doce e
atenciosa era sua personalidade, combinando com seu rosto lindo e olhos
azuis.
– Se a senhora tiver uma segunda opção para doador... – disse o
diretor casualmente.
Não.
–...nós aceleraremos o processo o máximo possível. A senhora será a
primeira da fila para...
NÃO!
Eu bufei, balançando a cabeça. Esse doador deveria ser a cereja do
meu bolo. A decisão que eu levara mais de um ano para tomar, num mundo
em que eu tomava decisões tão rápido e no calor do momento que ficara
algo conhecida por isso.
– Claro que é melhor tomar o tempo necessário – continuou o diretor,
com cautela. – Pense no que a senhora...
– Não. Cansei.
Rosnei a resposta acidamente, como se as palavras deixassem um
sabor amargo na minha boca. Elas ainda ecoavam de forma vazia na minha
mente quando eu me levantei bruscamente e saí do escritório.
Capítulo 2
JULIANA
As portas do elevador abriram-se com suavidade no décimo sexto
andar para o lobby de vidro da Shameless Marketing. Gente caminhava
apressada por todos os lados, sumindo atrás de mais portas de vidro. Eles
levavam notebooks, pastas, até apresentações inteiras debaixo do braço.
E todos estavam lá por minha causa.
Normalmente esse pequeno fato me dava uma onda, que eu aceitava
como bem merecida. Eu até pausava para me deleitar com o tamanho da
agência de marketing que construí do zero, ou simplesmente sentir o
perfume das flores e saborear os frutos do meu trabalho duro.
Mas hoje não.
Aric me olhou curioso quando entrei em minha sala, arqueando uma
sobrancelha bem feita até o alto de sua bela testa. Minha expressão lhe disse
para não me seguir, nem mesmo trazendo as duas xícaras de café na mesa
dele, e mesmo já sendo uma hora mais tarde do que quando eu
normalmente a tomava.
Porra.
Afundei na minha cadeira, tomando cuidado para manter a postura
ereta e não apoiar a cabeça nas mãos. Esse era o problema de um escritório
com paredes de vidro. Como chefe, você vê o que todo mundo está fazendo,
o tempo inteiro. Mas é uma faca de dois gumes igualmente afiados: eles
também podem te ver.
A estrada até ali fora longa e tortuosa. Cerca de oito anos atrás, eu
conseguira meu primeiro cliente importante num golpe de sorte, por meio
de uma aposta tudo-ou-nada que no fim deu muito certo. A partir daí eu
fizera a empresa crescer expandindo sempre que podia, reinvestindo cada
centavo que entrava. Correndo risco após rico para manter os funcionários,
muitas vezes pagando salários do meu bolso.
Aos quase trinta anos de idade, eu sacrificara quase tudo mais na
minha vida para avançar na carreira. Talvez por isso minha crise da meia
idade viera um pouco mais cedo do que de costume. Ela chegou quando eu
menos esperava, na forma de um relógio biológico extremamente
barulhento e desagradável. Mas havia outras razões por que eu queria
filhos, também. Razões mais práticas que tinham a ver com encher a casa
de amor, família e risadas num momento da vida em que eu poderia
aproveitá-los melhor.
E agora eu estava de volta à estaca zero.
Havia outras opções, é claro. Outros caminhos que me levariam à
maternidade tão rápido quanto. Mas eu não queria “outras” opções. Eu
queria a que eu escolhera cuidadosa e meticulosamente. Qualquer outra
coisa seria um segundo lugar, e o segundo lugar não significava nada.
Assim lá eu fiquei, pensando na má notícia do diretor. Visualizando
mentalmente as mesmas cinco fotos lindas do perfil do doador de esperma
do meu futuro filho. Era algo que eu já fizera dezenas, até centenas de vezes
antes, tanto on-line quanto na cabeça. Mas agora que eu sabia que não
poderia mais tê-lo, as imagens estavam lentamente ficando mais fracas.
Aric esperou doze minutos inteiros antes de entrar na minha sala, o
que foi exatamente perfeito. Menos que dez minutos e eu teria arrancado a
cabeça dele. Quinze minutos seria tempo demais.
– Não sei como se denuncia um assassinato com antecedência – disse
ele –, então achei melhor te dar isso antes que alguém morra.
Ele deslizou o copo grande de latte na minha mesa com uma mão
forte e experimentada. Eu peguei o copo e bebi bastante.
– Você provavelmente salvou uma vida – admiti.
– Esse é o meu serviço – ele sorriu. – Salvar vidas.
Aric, meu braço direito, empurrou os óculos estilosos mais para cima
sobre o nariz aquilino. Saindo do treino da tarde, seu peito largo e braços
grandes se destacavam e ele estava incrível. Tipo uma versão levemente
menos nerd do Clark Kent.
– Se você não fosse gay e bem casado, nós já seríamos os reis do
mundo – declarei com um suspiro melancólico. – Você sabe disso, não
sabe?
Aric riu.
– Eu sei. Mas vamos ser assim mesmo.
– É isso aí.
Ele me examinou com olho experiente e se sentou em uma das minhas
cadeiras. Aric nunca tinha se sentado em uma das minhas cadeiras. Ele era
do tipo que fica em pé.
– O que foi, chefe?
– Nada.
Ele estreitou os olhos com suspeita.
– Nós não perdemos nada, perdemos?
Hesitei um segundo demais depois da pergunta e sacudi a cabeça.
– A conta De’Angelo está OK?
– Está ótima – respondi.
– E a Pizza Rocket? Eles ainda estão a fim do plano que discutimos de
distribuir cupons pela cidade?
Ri pelo nariz.
– É bom que estejam. Estou com trinta e sete operadores de drone à
disposição neste fim de semana.
– É este lugar, então – ele brincou, olhando em volta. – Esse vidro
maluco. Todo mundo te vigiando. É igual morar num aquário!
Franzi o cenho, balançando a mão com desdém. Eu gostava do vidro,
na maior parte do tempo. Poder ver todo mundo me dava uma sensação de
controle.
– Então tá – disse ele. – O que poderia estar preocupando a Víbora
Viral?
Soltei o ar devagar através dos dentes cerrados.
– Já te pedi para parar com isso.
– Besteira – retrucou Aric –, você merece esse apelido. Ele vem com
reconhecimento instantâneo, e nós sabemos quão importante é isso. – Ele
balançou a linda cabeça. – Goste ou não goste, é a sua marca.
Minha marca. Era a única coisa que eu estava conduzindo bem
naquele momento. Mas eu já tinha decidido, como eu quase fiz, que eu
queria mais.
E desta vez, muito mais.
– Aric, você e o Jason falam em ter filhos?
O homem na minha frente piscou. Tenho que admitir que a pergunta
realmente viera do nada.
– Marcamos de falar disso – respondeu ele com cuidado – em algum
momento no ano que vem.
– Ano que vem?
– Quer dizer, ele tocou no assunto algumas vezes, mas eu sempre adiei
a conversa.
– E por quê?
Meu braço direito contraiu os lábios e coçou a nuca.
– Várias coisas, eu acho. Ainda somos novos para ter filhos, ou é isso
que eu sempre digo a ele. Mas essa desculpa só vai colar por mais um ano,
com sorte. Dois, no máximo.
– Ele quer filhos e você não?
– Eu não disse isso – respondeu Aric. – Quero um monte de filhos, na
verdade. Quero muito.
– Bom, você tem uma casa linda – disse eu. – E um bom marido.
Muito espaço. E eu sei que você ganha mais que o suficiente.
Com o último comentário, ele deu aquele sorrisinho obrigatório.
– Então o que te impede de ter filhos agora?
– Quer saber a verdade?
– Sempre.
Ele estendeu o dedo, apontou-o para baixo e bateu na mesa.
– Este lugar.
Fiquei no chão. Mas pensando bem, não deveria ter ficado.
– Sério?
– Sim. Bom, estamos muito ocupados – ele encolheu os ombros –,
com muitas panelas no fogo. Talvez quando as coisas se acalmarem um
pouco...
– Mas as coisas nunca se acalmam – eu rebati. – Elas só escalam.
Aric não era só meu braço direito, ele era os meus dois braços. Ele
administrava tudo na Shameless que eu não administrava, e talvez até
algumas coisas que eu administrava.
– Acho que é por isso que ainda estou esperando... – disse ele – Você
sabe. A hora certa.
A hora certa...
Ele olhou para o nada por cima do meu ombro. Ou talvez olhasse para
algo ou alguém através da parede de vidro.
– Aric?
– Sim, chefe?
– Quero que você tire o resto da noite de folga – disse eu. – Use o
cartão preto. Leve seu marido para jantar num restaurante bom, por conta
da empresa.
Seus olhos brilharam.
– Sério?
– Com certeza – eu sorri. – Uma boa churrascaria, aquele restaurante
novo asiático na Sétima Avenida, onde vocês quiserem. Você sabe muito
bem que merece. Sem você, esse lugar é só um monte de vidro.
O rosto dele ficou vermelho vivo com todos esses elogios. Desviei o
olhar, com medo de ficar da mesma cor.
– Caralho, chefe – disse ele. – Não ligo para o que dizem de você,
você é...
– E durante o jantar, peça desculpas ao Jason por mim.
– Desculpas? – estranhou Aric – Por quê?
– Por te ver mais do que ele.
Capítulo 3
JULIANA
Há boas decisões e há más decisões, cada uma com suas
consequências. Para as mais importantes, eu fazia a due dilligence. Eu
agonizava, pesquisava, estudava os dados até ter certeza de estar fazendo a
coisa certa, e não potencialmente cometendo um erro.
E há decisões como o Wayne.
– Um pouco mais?
Ele sorriu ao erguer a garrafa de vinho, e eu quase estendi a taça. Já
tinha tomado vinho suficiente para aquela noite. Talvez até um pouco mais
do que devesse, embora tivesse tomado a decisão “Wayne” horas atrás,
antes mesmo de abrir a garrafa.
Pegando o vinho de sua mão estendida, caminhei tranquilamente até o
bar e o deixei ali. A música vindo dos alto-falantes a bluetooth era boa. Tão
boa que eu balançava os quadris, dançando na sala à meia-luz onde meu ex-
namorado estava sentado satisfeito no meu novo sofá de couro.
Mmmm. Ele está bonito.
Estava mesmo. Embora eu não o visse em cerca de um ano, Wayne
tinha aparentemente mantido a forma. Ele estava com a mesma barba bem
cuidada e corte de cabelo perfeito de quando nós namorávamos, mas seus
ombros pareciam mais largos do que eu me lembrava.
– Vem cá, linda.
Ele tentou me pegar e eu dancei para longe, só para provocar. Depois
de tomar a última gota de vinho da taça, também a deixei sobre o bar.
Tem certeza que sabe o que está fazendo?
O pensamento me incomodou um pouco mais, mas o afastei. Convidar
Wayne fora uma decisão impulsiva. Mesmo assim, fora uma decisão
impulsiva com segundas intenções.
– Está pronto para mim?
Ofeguei as palavras mais do que as pronunciei. Wayne simplesmente
fez que sim com a cabeça, afundando mais nas almofadas ao colocar os
braços nas costas do sofá.
– Você sabe o que fazer.
Ainda bem que ele sabia, porque eu não ia explicar de jeito nenhum.
Continuei minha dança sensual enquanto Wayne desabotoava a camisa,
tirava as meias e desafivelava o cinto. Ele deixou as calças caras caírem em
volta dos tornozelos e as chutou para longe, bem na hora que eu me sentei
no colo dele.
Mmmmmm…
Seu corpo estava quente e acolhedor, mas talvez fosse só o vinho. Ou
fato de que já fazia... bem... um bom tempo.
– Meu Deus, gata. Eu senti sua falta...
Eu o silenciei na hora com um dedo contra seus lábios.
– Não estrague tudo.
Ele franziu as sobrancelhas com uma pergunta silenciosa. Estragar?
Rebolando no seu colo, apoiei o rosto em seu ombro e comecei a
beijar seu pescoço de leve. Ele cheirava a um misto de colônia e uísque.
Wayne respondeu à altura, agarrando com as mãos a barra do meu vestido.
Lentamente, provocantemente, ele as deslizou para cima, até descansar as
palmas no alto das minhas coxas.
Permiti que ele saboreasse essa pequena vitória por alguns momentos,
resistindo ao desejo de deixar as mãos vagarem pela extensão quente do seu
peito. Eu não queria vagar. Meu objetivo não era romance.
Não, meu objetivo era muito mais específico.
Senti antes de ver – o volume de Wayne crescia bem embaixo de mim.
Confirmei com a mão, dando uma apertadinha antes de pular do sofá e sair
rodopiando.
– Juliana! – ele riu, exasperado – Fala sér...
Ele deixou a frase no ar quando eu me virei e puxei o vestido por cima
dos quadris. Empinei a bunda e comecei a balançar para frente e para trás,
no ritmo exato da música. Quando achei que já o tinha hipnotizado o
bastante com os movimentos lentos, sedutores, comecei a baixar a calcinha.
Elas deslizaram suave e com facilidade sobre minha bunda redonda.
Juliana.
Descendo e descendo elas foram, se enrolando pela carne ardente da
parte de cima das minhas coxas...
Juliana!
Centímetro por doce centímetro elas baixaram. Até quase os joelhos...
Ah, droga.
Ergui-me rapidamente, puxando tudo para cima e ajeitando o vestido.
Peguei o controle remoto. Desliguei a música. Quando ajustei o dimmer, já
estava me sentindo uma babaca.
– Ummm... o que aconteceu?
Wayne parecia uma criança de quem acabaram de tomar o melhor
presente de Natal. O que era basicamente a situação dele.
– Desculpe – eu disse.
– Desculpe? – ele piscou – Desculpe por quê?
– Por ter que te pedir para ir embora.
Peguei a garrafa de novo e servi o resto na minha taça. Eu poderia ter
tomado o resto direto da garrafa, mas eu não era esse tipo de garota.
– Juliana, que porra é essa?
E hoje não era esse tipo de noite.
– Eu sinto muito – disse eu de novo. – Isso... não é isso que eu quero.
– Parecia que você queria um minuto atrás – Wayne fechou a cara –
quando estava subindo em cima de mim.
– É, eu sei. É por isso que estou pedindo desculpas. Eu fiz merda.
– Fez merda?
Acenei com força.
– Isso foi um erro, Wayne. É melhor você ir.
Meu ex-namorado me encarou, pasmo. Suas sobrancelhas se
juntaram, com raiva.
– Está falando sério?
– Para caramba.
Ele ainda estava seminu, sentado lá indefeso e com um volume na
cueca. Peguei as calças e as joguei em seu colo, para cobri-lo.
– Vamos – eu instei –, trabalho amanhã cedo.
– Você sempre tem que acordar cedo – Wayne retorquiu. – Acho que
nunca te vi dormir até depois das seis da manhã.
– Ótimo. Você está dando a explicação por mim.
– Até quando a gente viajou para as Maldivas anos atrás – continuou
ele –, eu acordava e você já estava na frente do computador trabalhando.
– Eu sei.
Essas palavras tinham um som amargo. Caramba, elas tinham um
sabor amargo.
– Eu te perguntava como foi o nascer do sol, mas você não sabia,
porque não tinha notado.
– Eu falei que EU SEI!
A raiva de Wayne refletia a minha. Ele suspirou frustrado e saltou do
sofá, vestindo as roupas uma por uma.
– Wayne, eu sinto muito mesmo – eu disse. – Eu te chamei por todas
as razões erradas.
– Só tem uma razão para ligar para o ex à meia-noite – rosnou ele.
– Eu sei – admiti. – E você não fez nada de errado. É que... É que...
Não é isso que eu quero.
Franzi o cenho, pensando bem nessa internalização.
Não, não é isso. Não é QUEM eu quero.
Wayne resmungou um pouco mais, xingando enquanto seus dedos se
atrapalhavam para abotoar a camisa. Lancei um último olhar comprido para
seu peitoral antes que ele sumisse por trás dos botões, e ele ajeitou o cinto.
Você ficaria ligada a ele para sempre, sabia?
É, eu sabia. E seria um pesadelo.
– Você nunca está satisfeita com o que tem, Juliana – vociferou meu
ex-namorado abruptamente. – Você sabe disso, não sabe? Esse é o seu
problema.
– Eu sei – concordei. – É mesmo.
– Não importa onde você esteja ou o que esteja fazendo, sua cabeça
sempre está em outro lugar.
Ele calçou os sapatos com raiva enquanto eu pensava no que quase
acontecera. Não fazia sentido. Eu não era assim.
O que você ia fazer, esperar ele gozar dentro? Avisar algumas
semanas depois?
A voz na minha cabeça agora debochava. Asperamente e sem dó.
Ou falaria logo antes? Diria que não estava tomando a pílula desde...
Mordi o lábio, deixando a dor obliterar tudo mais. Sim, quase fiz algo
desprezível. Sim, eu era uma total escrota por causa disso.
Mas você não foi até o final, outra voz, mais razoável, me disse.
Pisadas fortes indicaram que meu ex-namorado finalmente se vestira.
Ele marchou em minha direção, puxando o casaco do cabideiro e se dirigiu
à porta.
– Mas foi um prazer te ver, Wayne.
– Prazer? – ele deu uma risada amarga, parando por um segundo na
porta. O som da porta batendo coincidiram com suas duas palavras finais –
Nem isso.
Capítulo 4
JULIANA
– Então tá. Se você não vai me ajudar, arrume alguém que sirva.
O homem atrás do balcão balançou a cabeça devagar. Ele tinha o olhar
condescendente de alguém prestes a explicar alguma coisa simples a uma
criança, e isso me deixava louca.
Não é que eu não vou te ajudar, é que eu não posso te ajudar – disse o
homem. – Desculpe, Sra. Emerson. Eu simplesmente não tenho acesso ao...
– Cha-ma-o-di-re-tor.
Eu pedira três vezes, e nas três vezes ele se recusara. Agora eu tinha
me levantado. Voltei-me para a direção que eu sabia ser da sala do diretor.
– Sente-se, por favor – o homem implorou. – Vou ver o que eu posso
fazer.
Ele se levantou abruptamente, saindo com sua camisa amarrotada. Ao
menos a gravata estava passada, mas o resto parecia ter saído direto da
centrifugação.
Esse lugar poderia ser muito melhor administrado.
É um dos muitos defeitos de ter seu próprio negócio: o tempo todo
você acha problemas em tudo e em todo mundo. Tentei me acalmar, ser
paciente e compreensiva. Mas quanto mais incompetência e falta de
profissionalismo eu via, mas difícil era morder a língua.
Forçando-me a relaxar, eu me recostei na cadeira, descruzei os braços
e pensei nos quase acontecimentos infelizes de ontem.
Chamar Wayne para transar fora má ideia desde o princípio. Não por
causa do sexo, que eu precisava desesperadamente, mas porque ele iria
inevitavelmente se emocionar.
Porém ainda pior era a ideia de usar um ex-namorado para trazer uma
criança ao mundo. Era podre, era burrice, e era carregada de mil problemas
futuros. Sem contar que tentar engravidar de propósito sem nem discutir
isso com a outra pessoa é horrível e inegavelmente errado.
Tentei culpar o vinho, mas o vinho era só parte do problema. A
questão real é que eu achei aquilo um descaso. A clínica fizera eu me sentir
tão injustiçada, tão que perdera meu doador de esperma eleito por
enganação, que cheguei ao ponto de quase fazer algo cataclismicamente
idiota.
Por sorte eu tive o bom senso de mandar Wayne embora. Depois,
peguei as velhas fotos do perfil do homem que subitamente eu não podia
ter, e fiquei olhando para elas com um novo nível de obsessão e
apaixonamento.
Eu não conseguia parar de olhar para o jovem e estonteante gostoso
anexado à bio do doador. Quem era ele? O que ele estava fazendo agora? Se
ele doara esperma nesta cidade, era provável que ele também morasse aqui.
Verdadeiro ou falso, essa pequena dedução me jogou num buraco de
minhoca sem fim até altas horas da madrugada. Será que esse cara morava
no mesmo bairro? Se sim, nós íamos aos mesmos restaurantes? Pegávamos
metrô juntos? Teria eu passado correndo distraída no Central Park enquanto
ele lia um livro?
Todas essas fantasias me tomaram de uma vez, aumentando minhas
outras necessidades, mais animais, no momento. Logo eu estava jogada na
cama, olhando para o teto. Meus olhos se moviam por trás das pálpebras
enquanto eu deixava meus dedos vagarem, dando a mim mesma ao menos
um pouco do prazer que Wayne não pudera... enquanto lembrava dos
melhores ângulos e das minhas fotos preferidas do agora misterioso futuro
pai do meu filho.
De todas as biografias em profundidade e respectivos históricos
médicos que eu estudara, a única coisa que me cativara fora a carta de
apresentação muito querida anexada ao arquivo desse homem. Fora escrita
pelo doador e destinada ao seu futuro filho biológico. Ele falava da própria
infância e de ser tímido quando jovem. Muito docemente, ele dizia ao filho
ou filha em potencial que se também fossem tímidos, não se preocupassem
com isso, porque ia passar com o tempo.
O resto da carta falava de amizade, família e autoconfiança – só coisas
boas, com uma conclusão positiva para cada tema. Ele terminava dizendo a
sua futura progênie que ficava feliz pela incrível jornada que tinham diante
de si, pois o mundo era cheio de coisas incríveis e maravilhosas.
Foi com essa carta de apresentação que tive o clique, e foi isso o que
determinara minha decisão. Qualquer um capaz de escrever algo assim
passaria adiante características de amor, felicidade e risadas. Quem quer
que ele fosse, um homem assim sem dúvida tinha um grande coração.
– Olá, olá! – uma voz açucarada disse à minha esquerda – Sra...
Emerson, certo?
A mulher alta que entrara na sala já exibia um sorriso sacaroso no
rosto. Ela se sentou na cadeira que o amarrotado deixara vazia e olhou para
a tela do computador por vários segundos.
– Você não é o diretor – eu disse objetivamente.
– Não – continuou ela, sem que o sorriso se abalasse por meio
segundo –, mas sou a subdiretora, Sarah Fields. Me disseram que a senhora
tem uma pergunta?
Abri a tela do meu celular e o deslizei em direção a ela.
– Este homem – disse eu, batendo na tela. – Quero saber se pode me
passar o nome dele.
Ela nem olhou para baixo, apenas cruzou as mãos.
– A senhora sabe que este homem não está mais no nosso sistema –
disse ela com frieza.
– E nem devia ter entrado no sistema – retruquei –, mas como ele
estava no sistema, queria saber se ele vai doar de novo.
– Isso é decisão dele – disse a mulher –, não nossa.
– Certo – concordei. – Vocês ligaram para avisar que a amostra dele
foi descartada?
– Não – concedeu a mulher. – Isso não consta no nosso protocolo.
– Descongelar a amostra sem querer consta no seu protocolo?
Seu sorriso sacaroso transformou-se numa cara fechada.
– Claro que não.
– Então por que não fazer um esforcinho por minha causa e entrar em
contato com ele? – perguntei – O pior que ele pode fazer é dizer “não”.
– Mas...
– Ou deixe eu contatá-lo. Tenho certeza que se ele doou uma vez, não
teria problema em doar de n...
– Ele doou onze anos atrás – a mulher interrompeu – e nunca mais
voltou. Posso te dar essa informação apenas porque consta no perfil. Essa
informação é aberta para todas as clientes, como a senhora, que buscam
conceber.
– Então você pode me dar o DNA dele, mas não o nome? – rosnei –
Você pode plantar a semente dele dentro de mim, mas não pode dar seu
último endereço conhecido?
– Os dados pessoais de todos os doadores são confidenciais – disse a
mulher. – A senhora sabe disso.
– Mas foi erro seu. Falha sua.
– Estou ciente disso.
– Por que não ligar e dizer o que aconteceu com a amostra –
argumentei – e enquanto estiver no telefone, talvez já falar que alguém já
escolheu...
– Não e não – a mulher balançou a cabeça. – Não trabalhamos assim.
Uma cadeia de palavrões veio à minha mente, junto com coisas que
fariam uma mulher dessas sair correndo pela porta. Em vez de gritá-las, eu
as engoli. Estava deprimida demais até para essa pequena diversão.
– Deixa para lá.
Levantei-me usando minha última gota de força de vontade para não
ficar de ombros caídos. Silenciosamente, peguei o celular de volta.
– Você foi um anjo – disse eu abrindo a lista de contatos –, uma santa.
Apertei o botão para fazer a ligação, silenciando a mulher com um
gesto quando ela tentou dizer algo. No terceiro toque, minha amiga atendeu.
– Addison! – exclamei, alto o suficiente para que todo o escritório
escutasse – Vou te mandar uma série de fotos de alguém. Quatro, na
verdade.
Voltei o olhar para a subdiretora, que ainda estava incrédula.
– Tenho que descobrir quem é esse cara.
Capítulo 5
JULIANA
Addison era uma das minhas amigas mais antigas de Nova York –
uma policial que parou meu carro no meu primeiro mês na cidade. Ela me
citou especificamente por “dirigir feito idiota”, um termo que depois
descobri ser usado para descrever qualquer motorista que não era de Nova
York.
Acostumada com as ruas de uma cidade pequena do interior do
Maine, tive que descobrir a glória da condução agressiva nova-iorquina da
mesma forma que todos: pelo batismo de fogo. Batalhei até a reduzir a
citação a uma pequena multa, e após sair do fórum, convidei Addison para
almoçar e conversar.
Ficamos amigas desde então.
Na década que se seguiu me tornei sua mentora, conselheira
financeira, madrinha de casamento e madrinha de sua filha mais velha. Eu
fui o ombro em que ela chorou quando a mãe ficou doente. Eu era a única
pessoa para quem ela quis se abrir quando tinha crises de pânico súbitas e
extenuantes. Addison era forte, brava, implacável – ela me lembrava de
mim mesma. Eu a amava como uma irmã. Eu faria qualquer coisa no
mundo por ela, e ela por mim.
Portanto, pedir a ela para usar a recém-lançada rede de
reconhecimento facial da polícia de Nova York para encontrar meu doador
misterioso não era nada demais.
– Me dá alguns dias – disse ela. – Se esse cara andou em alguma
calçada nos últimos dezesseis meses, vou encontrá-lo.
Eu não tinha certeza se ela conseguiria, mas eu sabia que ela ia tentar
para valer. Só por isso, eu não devia ter me surpreendido quando meu
telefone tocou dois dias depois e atendi para ouvir uma única palavra:
– Devyn.
Pisquei confusa, ainda lambendo a calda de chocolate de um cupcake
do meu dedo médio.
– Espera... o quê?
– O homem que você está buscando é Devyn Bishop.
Uma notificação precedeu a imagem enviada ao meu celular: uma foto
da carteira de motorista do homem que fora gravado a fogo na minha
mente. Ele estava um pouco mais velho, mas de alguma forma, ainda mais
bonito. Seus olhos mostravam sabedoria agora. Sua mandíbula forte e barba
mal feita exalavam um sex appeal mais experiente, embora ainda viril.
Deixei cair a faca que estava usando para passar a cobertura nos
cupcakes. Meu coração, batendo com força, ameaçava sair pela boca.
– O quê... o que mais você sabe sobre ele?
– Ele é daqui – continuou Addison –, de South Brooklyn. Está
morando no deserto do Arizona agora, mas cerca de um ano atrás voltou
por alguns dias para ir no enterro da mãe.
– Como você sabe disso?
– Bati seu endereço antigo com o registro de obituários.
– Cacete – xinguei.
– É, eu sei – disparou Addison. – É invasivo. Tem câmeras em cada
puta esquina. Odeio esse sistema de merda, mas ele veio para ficar. Não
custa nada usá-lo para o bem.
Minha cabeça começou a girar com as possibilidades. Eu sabia o
nome dele. Eu sabia onde ele morava. Esse homem existia, e não apenas
nas fotos de onze anos atrás que segurei com mãos vorazes. Ele era real.
Ele era de carne. Ele era de osso! Ele era...
– Tenho um arquivo inteiro sobre ele – disse Addison –, acredite ou
não.
– Vem cá – eu disse com pressa –, traz para cá.
Ela hesitou.
– Ummm... Por que eu não deixo aí amanhã, no caminho do...
– Fiz cupcake.
Do outro lado da linha minha amiga suspirou, depois xingou, depois
suspirou de novo. Açúcar era a fraqueza de Addison, e cupcakes de confete,
sua kriptonita. Eu estava fazendo para ela como agradecimento,
independentemente se ela achasse o cara ou não.
– Já deu uma olhada na minha bunda, Juliana? – grunhiu Addison.
– Claro. Várias vezes.
– Ultimamente, eu quis dizer.
– Olha, pode comer os cupcakes ou arregaçar as mangas e socar eles –
eu disse. – Não estou nem aí, e não vou ficar ofendida. Mas eu preciso ver
esse arquivo.
– Socar eles parece divertido, na verdade – ela riu –, mas com o meu
azar, provavelmente eu iria acabar absorvendo as calorias pelos poros.
– E o seu marido vai me agradecer – retruquei. – O Evan não gosta da
sua bunda pequena. Ele já me disse isso meia centena de vezes.
– Bah – zombou minha amiga. – Minha bunda não é mais pequena
desde que ele fez a primeira dos três em mim.
– Mais motivo para comer um cupcake.
Houve um momento de silêncio em que eu soube que tinha ganhado.
Usei esses preciosos segundos para bolar as sementes de um plano, agora
que sabia onde estava meu doador em potencial.
– Chego em quarenta minutos – disse Addison finalmente – e vou
levar leite. Vamos precisar de leite para o que eu vou fazer com esses
cupcakes.
– Eu tenho leite.
– Não, você tem leite desnatado – corrigiu minha amiga com
severidade. – Não sei de que planeta você saiu, mas isso não é leite.
Eu sorri e revirei os olhos.
– Tá.
– Não, não é “tá”, Juliana. É um crime! – Ouvi ela pegando as chaves
no fundo.
– Também posso levar corante branco, a gente mistura com água e
chama de “leite”. Vai ter o mesmo gosto dessa merda na sua geladeira.
– E tem corante branco para vender? – eu ri.
– Deve ter – minha amiga afirmou, sem base nenhuma. – Ah, e me faz
um favor?
– Sim?
– Me deixa.
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Sobre a Autora
Krista Wolf é uma amante de ação, fantasia e todos
os bons filmes de terror... bem como uma romântica
incorrigível com um lado sensual insaciável.
Ela escreve histórias cheias de suspense, repletas de
mistério e recheadas de voltas e reviravoltas
excitantes. Contos em que heroínas obstinadas e
impetuosas são a força irresistível jogada contra
inabaláveis heróis poderosos e sarados.
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