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VOCÊ!
ELISETE DUARTE
Copyright © 2016 Elisete Duarte
Agradecimentos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Em breve!
Biografia
Outras obras
Agradecimentos
Fernando
***
Mary
Fernando
Sábado...
“Cachorra”, pensei me
masturbando deliciosamente pensando
nela, em seus lábios finos, porém
promissores. Eu precisava saber...
— Eu também, Fernando. —
Balançou a cabeça, chateado, eu ergui a
sobrancelha em silêncio aguardando a
explicação. — Acontece que não
esperava que um movimento contra a
construção do shopping fosse alcançar a
proporção que chegou.
— Malditos ambientalistas! —
praguejei impaciente e me levantei,
passando a mão pelo cabelo úmido
deixando os dois ali agitados sobre o
sofá.
***
Mary
Ufa!
Peguei meu celular no banco do
passageiro verificando as horas, ainda
tinha três horas até a reunião marcada na
construtora, pensei que talvez pudesse
tomar um banho e trocar de roupa antes
de enfrentar as feras. Disquei o número,
porque já era hora de avisar a minha tia
de que estava chegando. Ela atendeu ao
terceiro toque.
E ele também.
Engoli em seco.
Notando que eu havia percebido
sua mudança, seus olhos subiram e
fixaram em meus lábios, antes de se
encontrarem com os meus. Por um
instante, ficamos perdidos olho a olho,
então ele respirou fundo, balançando a
cabeça de forma frenética, e pegou um
lenço do bolso da calça social preta.
— Deixa eu te ajudar... — E
passou o lenço branco de tecido macio,
entre o vão dos meus seios, me fazendo
respirar com muita rapidez, suas mãos
tremiam sobre minha pele com seus
olhos fixos no trabalho, enquanto a outra
pressionava em minhas costas. Fiquei
excitada e com a respiração ritmada
com ele mordiscando o lábio inferior
sentindo a textura da minha pele, seus
dedos sempre davam um jeito de
escorregaram do tecido para me tocar,
eu sabia que era proposital e deveria
mandá-lo se danar.
Oh là là!
Fernando
— Eu vou gozar...
Safada!
***
Mary
Mary, Mary...
Sacudi a cabeça com força para
sacudir mesmo meu cérebro que a todo
instante formava aquela linda imagem.
— Obrigada.
***
Fernando
— Eu preciso ir urgente ao
hospital — informou ela, aflita, me
olhando com preocupação.
***
Mary
A moça exuberante vinha em
minha direção com passos apressados,
com expressão séria, ou eu diria de
alguém prestes a cair no choro. Eu fiquei
me perguntando o que teria acontecido
dentro da sala para deixá-la naquele
estado. Na verdade... me deu um
tremendo frio na barriga em pensar no
tipo de pessoas que eu seria recebida.
Eu fiquei momentaneamente
paralisada com a visão diante dos meus
olhos.
— Fernando Albuquerque —
ajudou-me com ironia. Eu levantei a
cabeça para enfrentá-lo. Não era porque
o seu olhar era intimidador que eu ia
enfiar o rabo no meio das pernas.
A fúria me dominou.
Oras, quem ele pensa que é?
— Hummm...
— Eu espero, no mínimo, um
parecer, comentário ou o que seja, mas é
necessário saber a sua posição. — Ele
continuou com o olhar impenetrável.
Segui até a cadeira em frente à sua mesa
e me sentei debruçando sobre a mesa,
estendendo o papel, e ele bufou antes de
endireitar a cadeira e encarar-me.
Fernando
Droga!
E que bunda!
— Me desculpe, Fernando —
disse Juliano assim que entrei no quarto,
já passava das 15h. Ele estava branco
como cera e seus olhos tinha um
contorno vermelho indicando o quanto
ele estava abatido. Em pé ao lado de sua
cama, Késsia alisava seu cabelo da testa
em direção à cabeça. — Estava aqui
preocupado, e como foi a reunião? A
Késsia me disse que você atendeu a
ativista.
Supergostosa!
— Eu a achei tranquila —
interveio a Késsia, dando de ombros.
Olhei em sua direção com o
pensamento lá distante, lá na minha sala.
Exatamente no momento em que
agarrado ao seu quadril, encaixei sua
apetitosa bunda em meu pau, e um
arrepio percorreu meu corpo alertando o
rapaz dentro das calças e suspirei fundo.
— Pode deixar.
***
Mary
— Eu também... — respondi
apenas. Houve um prolongado silêncio,
eu podia ouvir sua respiração pesada.
Não era isso exatamente que ele gostaria
de ouvir. Porém, a sua educação e
compreensão não o deixava insistir.
***
Fernando
***
Mary
Fernando
***
Mary
Fernando
Mary
***
Fernando
Fernando
— Diga.
— Não posso chegar neste estado
na casa da minha tia, tudo o que gostaria
neste momento é causar
constrangimento. Será que a gente não
poderia ir a algum lugar até esta
bebedeira passar?
— Simplesmente delicioso —
sussurrou sobre ele.
Mary
Domingo...
Mary
***
***
Fernando
Eu, hein?!
— Sério?
Eu olhava ao redor,
completamente encantado, o pequeno
apartamento, além de lindo era
inspirador pelas cores, referências e
tendências de decoração.
— Leonardo? Leonardo! —
Joguei-me de joelho ao seu lado,
desesperado e arrependido.
— Ninguém desrespeitou
ninguém! — ele explodiu ali, saltou e se
colocou a minha frente, ficamos os dois,
olho a olho se enfrentando — A Mary é
uma mulher madura, ela foi comigo para
o apartamento porque quis, por livre e
espontânea vontade.
— Alcoolizada... — completei
com os ciúmes tomando conta só em
imaginar ele colocando as mãos naquele
corpo que eu queria só para mim. Ele
reprimiu os lábios com um rubro de
ódio tomando seu rosto.
Mary
Segunda-feira...
***
Fernando
Ah, vá!
***
Mary
— Finalmente! — exclamei me
levantando da cama com o silêncio que
ganhou ao redor. Todos pareciam ter
saído daquela espelunca. Tomei um
banho naquele banheiro horrível com
pentelhos espalhados pela bacia, pia
onde se fazia higiene bucal, um nojo. —
Seus nojentos!
Droga!
Surpreendentemente o frio e a
chuva fizeram me sentir ainda mais
aconchegada com nossas roupas
ensopadas.
Meu Deus!
Ele me sacudiu.
Fernando
Me concentrar em minhas
obrigações era o melhor a fazer, eu só
precisava separar as duas coisas, juntas
eu não daria em lugar algum.
— Imagina! — Educadamente e
discreta como sempre ela saiu da sala.
Vesti o terno sem a cueca, pois a
que estava usando estava encharcada.
Penteei meus cabelos e segui para
enfrentar o mundo real.
— Qual documento?
— Sua gulosa!
— Eu também... — disse em um
gemido. — Vamos gozar juntos, vem...
Grunhi.
— Desabafar? — Balancei a
cabeça, desanimado, segurando-a para
não cair e esborrachar sobre a mesa.
— Garçonete? — Claudinho
chamou acenando com a mão para a
moça que circulava com a bandeja em
meio à boate e se levantou.
— Do todo-poderoso homem de
negócios, decidido, o temido... —
Consegui com muito esforço esticar o
peito. — agora eu me resumi a um
merda, cara. Estou até duvidando da
minha masculinidade.
Terça-feira...
Sentia minha cabeça latejar, e
aquela incomoda pressão sobre meu
peito, e com muita dificuldade abri meus
olhos, o quarto estava à meia-luz, com
um raio de luz atravessando o vão da
cortina aberta. Tateei aquilo pesando em
meu peito quando senti aqueles cabelos
macios, e desci minhas mãos sentindo a
pele quentinha e macia.
Mary
— Obrigada.
— Não há de que — ele falou
voltando ao trabalho e eu saí rumo a tal
padaria.
Fernando
— Ontem à tarde.
Mary
— Fernando... — Cheguei à
conclusão de que ele me largou sozinha
neste lugar, com um frio que me fazia
arrepiar. Desesperada, ainda fora de
órbita, repassava meus olhos ao redor,
quando os fixei naquela enorme janela
de madeira, estilo colonial. De imediato
recordei, ter visto uma assim em alguma
revista que retratava uma casa de
fazenda. Ela estava trancada a cadeado
com a vidraça aberta, que permitia uma
quantidade suficiente de luz junto a um
vento gelado que invadia o ambiente.
Abracei meus braços gelados notando
então que estava apenas de calcinha e
sutiã.
Em desespero me aproximei da
porta, colocando meu ouvido, a madeira
de qualidade bloqueava todo e qualquer
som, joguei meus olhos agora mais
concentrados, sobre a janela e suspirei
aliviada. Porém, ainda era dia, isso
significava que não fiquei tanto tempo
assim desacordada. Ou fiquei? Passou
pela minha cabeça que talvez estivesse
ali há dias.
***
Fernando
Levantei, me aproximando da
porta, e fiquei ali estático com aquela
vontade de abri-la, ciente de que eu não
podia. Meu corpo todo vibrava e sabia
que eu cederia aos meus desejos. Mudei
minha rota e segui para o banheiro, o
frio e a água gelada ajudariam colocar
as ideias no lugar no meu miolo mole.
Eu me arrepiava embaixo do
tecido fino. Em um roçar suave, nossos
corpos, que estavam em chamas,
suavam. Eu não tinha pressa, eu
desejava que tudo fosse devagar e,
claro, que pudesse se prolongar.
Comparando, agora eu entendia o que
era um sentimento de amor. Você quer a
pessoa sempre, e só para você. Invadi
sua boca com minha língua, havia fome
no beijo dela, no meu... Minhas mãos
subiam e desciam levemente por sua
cintura, eu sentia todo seu corpo
arrepiado como o meu. Nossa união era
perfeita.
Minha excitação estava no ápice,
contudo eu achei mais prudente
interromper, primeiro precisávamos
acabar com o fantasma que nos
assombrava, pois só conhecendo um
pouco mais dela e ela de mim é que
nossa relação poderia evoluir. Sem
soltar de sua cintura e lábios, eu me
sentei na cama, arrastei minha bunda até
que minhas costas encontrasse a
cabeceira e arrastei-a comigo. Em
seguida, coloquei-a sentada no meio das
minhas pernas, agarrado a sua cintura;
ela puxou o edredom cobrindo-nos. Sem
que eu precisasse dizer nada, as nossas
almas se entendiam, assim como ela me
entendeu. A necessidade de nos
conhecer era mútua.
***
Mary
— Qual?
— No departamento de Serviço
Social. — Notei que ele riu orgulhoso.
— Eu não chamaria de
envolvimento. Eu vivia de verdade os
problemas das pessoas que chegavam ao
balcão de atendimento. Eram tantos,
Fernando!
— Sua mãe?
Ele concordou.
— E não é?
Fernando
— Acabei me esquecendo de
pegar. — Deu de ombros olhando com
preocupação para mim. — Nem vou
perguntar o que aconteceu, já deduzi que
foi coisa séria. Você precisa se cuidar,
Fernando, eu nunca tinha visto você
perder a cabeça com tanta frequência —
advertiu-me. Eu afirmei com a cabeça e
soltei o ar com força.
— Se cuida, cara!
— Sim, é ela.
Eu estava me sentindo
malditamente carente e solitário, triste e
enciumado. Só em pensar que logo ela
levaria o sobrenome de outro homem me
matava aos poucos. Eu queria gritar para
qualquer pessoa ali ouvir, que eu a
amava...
— Mas Fernando...
— Por favor, mamãe, me dá uns
minutinhos, por favor — implorei com
uma voz calma e serena. Eu sabia
exatamente como agir agora e nada me
faria mudar de ideia.
— Fernando — o Juliano me
chamou sem que eu respondesse,
enquanto segui em direção ao elevador.
***
Mary
— Eu também, querido —
respondi forçando um sorriso feliz. —
Eu vou tomar um banho e aí a gente mata
a saudade, tá?
Ele fez uma carinha triste e se
aproximou. Suas mãos vieram ao meu
quadril e me puxou ao seu encontro, o
simples contato me causou repulsa. Eu
não estava me sentindo à vontade, só
precisava arrumar um jeito de fugir sem
magoá-lo.
— Delícia... — Saiu
involuntariamente e alto.
— Está uma delícia mesmo... —
Luiz Augusto batia a porta do banheiro.
A casa era tão pequena que se podia
escutar em qualquer cômodo. — Sai
logo daí, gata... Estou morrendo de
saudades, passei dias demais comendo
você com a mão... Agora quero sentir
seu calor, eu te amo!
— Como assim?
Eu lamentava e me punia me
xingando em pensamento de tudo quanto
era nome feio, daqueles bem cabeludos,
que nem ousava deixar sair pela minha
boca. Não podia preocupá-la.
Fernando
Mary
— Ah — ele respondeu
simplesmente com seus olhos fixos em
meu rosto.
***
Fernando
Entramos no quarto nos beijando,
por um lado não falar dos problemas se
tornou interessante, pelo menos ela
estava ali em meus braços. Com ela eu
me sentia abraçado pelo mundo. Mas
significava que poderia ser a última vez,
com certeza ela não queria falar por
causa do seu marido. Eu me tornava um
amante, algo que nunca me importei, no
entanto agora eu senti ciúmes do
calhorda tocar nela. Ela tinha que ser só
minha.
Sentei-me na cama, ela montou
sobre mim, nossos lábios não
conseguiam se separar. Meu mundo se
tornou colorido, ganhou um brilho que
nunca vi antes. Eu a tinha ali em meus
braços. E nada mais importava. Eu não
sabia se era a última vez, porém eu
sabia que ela era a mulher da minha
vida.
— No momento, prometemos
manter o foco só em nós — falei a fim
de amenizar o clima que, de repente, se
tornou tenso.
— Eu também te amo.
Mary
— Alô...
— Eu juro também.
Eu assenti.
Fernando
Grunhi, desanimado.
Mary
— O senhor Fernando?
— Primeiro eu — falei
rapidamente. Antes de qualquer coisa,
eu precisava arrancar um sorriso
daquele rosto infeliz que eu amava do
fundo da minha alma.
— Exatamente — respondi na
maior expectativa. — Você poderia
tocar seu projeto sem nenhum obstáculo
pelo caminho, e eu sei que será bem-
sucedido. Além, é claro, de alegrar
muitos corações que seriam gratos a
você eternamente por melhorar a vida
deles. A energia positiva que você
receberá pelo feito iluminará a sua alma,
com certeza! — E com as mãos na
cintura encarei-o, aguardando seu
comentário. Ele sacudia a cabeça, rindo,
eu fiquei insegura quanto ao seu olhar se
era de orgulho ou crítico e a dúvida me
deixou superagitada. — E aí, o que
achou da ideia?
— Mesmo?
— Independente de qualquer
coisa? — Movimentei a cabeça de um
lado ao outro, confusa. — Eu realmente
não entendi a sua colocação.
— Na medida do possível. —
Notando o clima pesado, Fernando
tomou a frente.
— Independente de qualquer
coisa, Mary — ele começou a falar
sobre meus cabelos, o calor de sua
respiração me deixou saudosa, era uma
despedida, eu sabia que sim. Ele
avançou um passo e nossos corpos
estremeceram ao contato. —, eu preciso
que você acredite em mim, eu a amo
com a força do meu coração.
Fernando
— Eu peguei as filmagens no
técnico de informática, hoje. Vamos lá,
eu quero compartilhar minhas aventuras
com vocês.
— Preparados? — Leonardo
perguntou todo agitado. Eu comecei a rir
do jeitinho do meu irmão. Ele obrigava
a mim e a mamãe assistir as suas
filmagens de todas as suas viagens pelo
mundo.
— A estação de Perdizes. —
Assim que ela falou, eu já corri em
direção à sala para pegar as chaves do
meu carro. — Eu vou ficar com o seu
celular, depois eu te devolvo.
— Antes de assumir um
compromisso tão sério como este, eu
preciso resolver as pendências que já
haviam em minha vida. — Ela me
fuzilou. — Eu sinto muito.
***
Mary
— Você é um fofo...
— Tchau.
— Mary?
— Não, por favor. — Sinalizei
com o braço para ele não se aproximar
— Não torne este momento mais
doloroso do que já é.
ELISETE DUARTE
Elisete Duarte, nasceu em 1 de
novembro de 1967, na cidade de Osasco
(SP), hoje vive em Barueri com seu
marido e seu filho.
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