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Gabriel
CAPA
Ellen Ferreira
DIAGRAMAÇÃO
A. E. Gabriel
REVISÃO E COPIDESQUE
Patrícia Suellen
ERROS DO PASSADO
1° Edição digital ǀ Criado no Brasil.
Todos os direitos reservados. São proibidos o
armazenamento e/ou a reprodução de qualquer parte dessa obra,
através de quaisquer meios ㅡ tangível ou intangível ㅡ sem o
consentimento escrito da autora. A violação de direitos autorais é
crime estabelecido pela lei nº 9.610. /98 e punido pelo artigo 184 do
Código Penal.
“Viver sem Catarina Santiago não é uma opção, ela é os
meus oito segundos, meus fodidos oito segundos.”
Catarina Santiago está de volta a pequena cidade do interior
de São Paulo com sua Brasília amarela, mais conhecida como
Madimbum, e seu gato gordo Costela, uma mulher decidida, forte,
cheia de garra e com uma língua afiada que está disposta a
recomeçar, mesmo que seja no lugar que ela prometeu a si mesma
jamais voltar. Uma mulher marcada pelo passado e por suas
escolhas, que se vê diante do homem que ela mais amou na vida, o
homem que a destruiu e que ela prometeu jamais revê-lo.
Zé Vicente Ferreira deixou de viver a vida há muitos anos e a
única coisa que o faz se sentir vivo são os únicos oito segundos que
sua vida passa diante dos seus olhos. Um peão amargurado, bruto,
rústico e xucro que se tornou o segundo maior fazendeiro do país
após a mulher da sua vida ir embora. E agora esse amor está de
volta, e ele ainda é capaz de fazer a adrenalina correr por suas
veias, deixando-o vivo novamente. Um peão bruto que está disposto
a tudo para ter a mulher que sempre amou de volta, mesmo que
isso signifique ir a fundo em erros que ambos cometeram por
desencontros e mal-entendidos do passado. Uma mulher que agarra
boi na unha se vê diante do seu passado e do seu futuro.
Quando a paixão explode entre eles, Zé Vicente fará de tudo
para criar raízes no coração de Catita novamente.
Em um enlace do destino eles descobrirão o verdadeiro
significado da palavra família.
Uma nova chance.
Um novo começo.
Olá docinho, #EDP é um livro ficcional baseado em fatos
consoantes a realidade, estudos, pesquisas e lugares, Cerrado Azul
é totalmente ficcional baseado em minha cidade Itararé-SP que faz
divisa com o Paraná, os acontecimentos que envolvem nossa
personagem portadora de PCD[AEG1], são fictícios, mas que
condizem com a realidade extrema do acidente. Todos os assuntos
aqui tratados no livro foram escritos com o máximo de
responsabilidade e pesquisa.
Lembrando que este livro foi escrito com o intuito de ser
totalmente ficcional, o livro contém expressões chulas, memes,
referências regionalismo do interior, trechos de músicas, gírias,
enfim a linguagem coloquial, bem como falas infantis, crendices
regionais do interior e conselhos de pessoas mais velhas que se
dispuseram a ajudar a compor as crendices regionais do livro, então
leia amabilidade e mente aberta e lembre-se que essa é uma obra
de ficção, sem qualquer objetivo de ser semelhante à realidade ou
ser formal, mesmo contendo conteúdo ligado a realidade e que faz
parte da vida de muitos brasileiros.
Ela também faz menção a algumas religiões como a
umbanda, então leia de coração aberto aos conselhos do livro e
com respeito, tudo aqui citado referente a religião teve autorização
dos membros da religião que convivem com a autora, no caso eu. E
foram lhe dados com muito carinho e amor, embora esse seja um
romance com conteúdo erótico, ele traz coisas que eu espero que
sejam capazes de chegar ao seu coração de uma forma positiva.
Espero que a família Santiga Ferreira aqueça seu coração e
faça você se apaixonar por um peão bruto e de coração mole e por
uma doutora que agarra boi na unha.
Com amor, Dri.
Semanas Depois...
Ela pulou da cama, nua e foi em direção ao seu banheiro, me
virei de bruços, sem forças para ir atrás dela, minhas pernas
estavam moles e ainda estava duro querendo mais e mais dela, a
aliança de noivado brilhava em meu dedo, me dando um motivo
mais que suficiente para levantar e ir atrás dela, o galo cantou de
longe, ouvi meu pai tocar o berrante, chamando o gado, não eram
nem quatro e meia, mas meu pai estava na lida e ainda nem tinha
dormido, ia precisar levantar em menos de meia hora, e porra nem
fodendo que eu iria usar esse tempo para dormir.
Me levantei, peguei meu boné do chão, jogando-o em cima
da escrivaninha dela, meu boné bateu no teclado e acendeu o
computador, uma foto minha e dela apareceu e depois várias
páginas se abriram, ouvi o chuveiro ser ligado, mas ignorei e senti
uma dor estranha no peito ao notar um arquivo, uma lista anexada a
um e-mail, com o nome dela em primeiro lugar.
Catarina Alípio Santiago
Mais e mais páginas abriram, fotos da faculdade na cidade
grande, e-mails convocando-a para fazer a inscrição na faculdade,
e-mails de pessoas parabenizando-a, foi como tomar um soco no
estômago. Ele recebeu essa porra há uma semana e não disse
nada? Ela passou em primeiro lugar e não me disse?
Eu bati no botão e a tela ficou escura, cambaleei para trás,
porra ela quer casar comigo e depois me largar aqui? Um soco no
bucho teria doido menos, ela aceitou casar comigo sabendo que
tinha passado na universidade? Ela vai fazer o que me largar aqui e
ir para cidade grande? Meus olhos foram para a parede cheia de
anotações, livros e mais livros, cadernos e folhas na mesa dela e
meu coração se apertou.
Que porra eu to fazendo? Prendendo-a comigo? Eu repeti
dois anos na escola por falta, nunca tirei um 10 na minha vida,
nunca fui bom em matemática ou ciências, sempre odiei português e
até hoje não descobri para que porra serve a crase, era assim, eu
nunca gostei de estudar, na nossa cidade sempre só teve a escola
das freiras e porra entre mim e o diabo aquelas mulheres iam
preferir o diabo a me ter como aluno de novo, quantas vezes eu não
fugi para apenas tocar gado com meu pai ou dirigir as máquinas na
colheita de milho, ou soja?
Peguei minhas roupas no chão, apressado, diacho, eu nunca
me senti assim, ela iria para cidade grande, me deixaria ao perceber
a porra que fez casando comigo. Ela conheceria gente nova, o
mundo e eu? O que eu tinha pra oferecer? Eu abri a porta do quarto
vestindo minha calça e pegando a cueca que caiu, senti o ar me
faltar, quando cheguei ao meu quarto entrei fechando a porta,
fazendo os quadros da parede tremerem.
Olhei para o saco pendurado na porta do meu guarda-roupa,
o terno que minha mãe pediu para trazerem da cidade grande, que
porra eu estava fazendo conosco?
Dou um passo para trás ao sentir ele tocar meu rosto, ouvi
um limpar de garganta e me viro vendo meu padrinho com um
sorriso no rosto.
— Sabia que voltaria, moranguinho. Mas não que correria
para mim na primeira oportunidade. Precisamos conversar. — Deus,
eu me odeio, como pude sair feito uma idiota na primeira
oportunidade atrás dele. A voz rouca e baixa dele bate contra minha
nuca, respirando fundo, me afasto dele, ignorando a voz.
Não eu não vou por esse caminho, essa é merda do caminho
que eu falei que evitaria e na primeira oportunidade vou em direção
a ele, mas que merda há comigo? Eu preciso me manter longe dele,
que diabos há de errado? Ele fodeu comigo e na primeira
oportunidade eu me vejo desejando-o?
Me afasto dele, e subo as escadas novamente. Sinto meu
peito apertar, droga. Passo por meu padrinho e por Manoel, respiro
fundo fingindo que nada disso acabou de acontecer.
— Tentem não se matar, irmãzinha — Manoel ironiza, me
abraçando, rio amarga.
— A não ser que ela queira me matar de amor, eu estou
disposto. — Bingo, Zé Ferreira está de volta. Respiro fundo e me
viro, em menos de meia hora aqui, ele já prova meu ponto, ele será
meu diabo particular.
— Por que isso agora? — questiono, fazendo-o sorrir, mas o
sorriso não chega ao olhar duro e xucro como o de um cavalo.
— Porque você sempre foi minha alma gêmea, neném, eu
era a merda de um inconsequente. — Respiro fundo, notando
apenas nós dois na sala. Droga, eles me deixaram aqui sozinha
com ele? Ele dá um passo à frente, acabando com o espaço entre
nós.
— Fique longe, não faça isso. — Minha voz sai fraca, Deus,
por que eu insisti em voltar? Burra achei que ele não ia mexer
comigo, como está fazendo agora, meu estômago revira e eu dou
um passo para trás.
— Ele te machucou? — Abro meus olhos, ofegando, ele está
a centímetros de mim.
— Fique fora dessa merda, peão — alerto, recuperando
minha linha firme, a risada rouca e baixa me faz engolir em seco.
— Se eu voltar a perguntar sobre essa merda e eu não tiver a
porra da resposta, eu vou descobrir por meus meios onde esse
fodido se enfiou e os advogados dele vão receber o couro dele em
uma linda bota texana. — A voz perigosa se arrasta.
— Quando eu disse que estava de volta a sua vida, eu não
joguei palavras ao ventou, moranguinho. — O apelido se arrasta de
forma doce, mas firme e perigosa.
— Não importa, eu e Costela estamos bem. Essa merda já
está resolvida. Quero deixar isso no passado. Como fiz com muitas
coisas em minha vida. — Ele me olha e seus olhos claros vacilam
por um instante, mas um sorriso se curva em sua boca, o cheiro
amadeirado está em meu sistema novamente, me fazendo uma
idiota na frente do homem que eu devo odiar, mas não consigo.
— Se sempre foi uma péssima mentirosa, moranguinho, e eu
não me importo de descobrir por meus meios. — Pisca e se afasta.
— Não saia das minhas vistas.
Sorrio, sim eu rio da maldita cara de babaca dele.
— Você não tem posição alguma em minha vida para me
dizer até onde eu devo estar. Eu te coloquei no topo das minhas
prioridades, coloquei nossos sonhos, a família que planejamos
juntos, mas eu não passava de uma garota burra de vinte anos que
se deslumbrou por um sorriso bonito e uma transa gostosa. — Ele
trava a mandíbula. Meus olhos lacrimejam, mas me mantenho firme.
— Era isso que queria ouvir? Não finja que não me deixou
esperando por você, não me diga que não fez a cidade toda ter
pena de uma idiota que te esperou no altar. Foi sua escolha não
estar lá. Há quanto tempo estava me traindo com aquelas
mulheres? — questiono sentindo meu peito doer, ofego e fecho os
olhos.
— Eu não te traí. — A voz dele está serrada, dura, gargalho e
afasto as lágrimas que descem.
— Deus, não me diga que foi uma alucinação minha? Ver
você sentado com várias putas bebendo no dia do nosso
casamento, por Deus, não me diga que assim como Daniel tentará
me pôr como louca? Vá à merda. — Antes que eu possa me virar,
ele me puxa contra ele.
— Jamais me compare a esse maldito novamente. — Puxo
meu braço e cambaleio um pouco me sentindo uma idiota.
— O quão difícil é para você entender, que a única coisa que
os separa nessa merda toda é que Daniel me deixou machucados
físicos e você fodeu com meu coração, agora adivinhe qual doeu
mais, peão? — O rosto dele se transforma em uma máscara de
mágoa e culpa. — Isso mesmo, sabe por quê? Por que te amei,
como jamais vou ser capaz de amar alguém novamente. Você foi
um maldito amor inocente que se transformou em uma paixão
avassaladora que me varreu os pés, que me levou tudo, jamais
amei Daniel, era isso que queria ouvir? Eu estou te dizendo. Agora
me deixe em paz, siga sua vida, José Vicente, não há mais nada
aqui para você pisotear, não restou nada. Meu acidente não foi sua
culpa, eu quis ver com os meus próprios olhos o que as fofoqueiras
falavam, que você estava em um maldito puteiro rodeado de putas.
Saio da sala deixando-o sozinho, meu corpo treme de cima a
baixo, o soluço rompe meus lábios, quando abro a primeira porta
que vejo, desço as escadas da frente e abro Madimbum e me jogo
no banco, travo a porta e me quebro, Deus o quão burra eu sou? A
ponto de achar que eu seria forte o suficiente?
Ofego entre soluços, minha costela dói, me faltando o ar. Meu
coração palpita, não consigo abrir a porta quando Manoel bate no
vidro, me chamando, me mantenho aqui quieta, me sentindo
miserável e minúscula.
Abaixo o vidro e respiro fundo, Costela mia no colo dele, ele
dá a volta na frente do carro e eu abro a porta pra ele.
— Chega para lá. — Ele me empurra, antes que ele feche a
porta e solte Costela, Bisteca corre em nossa direção latindo.
Entra no carro com tudo, me fazendo rir e soluçar, Costela
pula para o banco de trás e eu ajudo o vira-lata caramelo a ir para o
banco de trás também, Costelinha morde a pata do vira-lata e ele
puxa a orelha dele com os dentes, rio e fecho meus olhos.
Qual é a possibilidade dos nossos bichos se tornarem
melhores amigos? Deus.
— Como diacho cabe aqui dentro, irmãzinha? — Olho para
ele e sua cabeça quase encosta o teto, ele está todo espremido no
banco, rio. Uma coisa idiota passa por minha cabeça, Zé Vicente
sentado ali, espremido no banco, se é que ele vai conseguir. — Eu
ainda sou seu irmãozinho, me diga por que não nos contou? — Ele
me olha magoado me estendendo um pedaço de doce, mordo e
engulo em a seco.
— Não queria que pensassem que eu queria dinheiro ou algo
assim, que eu não sou capaz de ajustar minhas próprias merdas. —
Dou de ombros.
— O rabo seco te machucou, não é? — Levanto minha
camiseta, e ele ofega. — Deus, isso está preto. — Dou um riso sem
graça.
— Não se preocupe. Tudo vai melhorar agora, eu acho —
digo, desanimada. Ele me abraça.
— Eu sinto tanto — ele lamenta. Ofego. — Zé não sabe
explicar, mas ele deve ter uma boa explicação. — Apoio minha
cabeça contra o banco.
— Eu só queria entender o porquê ele me fez tantas
promessas e depois fez questão de quebrar todas — confidencio,
mordendo o doce. — E de quebra pisotear meu coração.
— Catita... — Ele usa meu apelido antigo de forma doce.
— É hora de esquecer isso, implorar por um prato de arroz e
feijão. — Pisco. — Há algum lugar lá fora que foi feito para mim, tem
que ter. — Rio da minha própria desgraça. — Seja sozinha ou não.
— Ainda quer ser mãe? — Ele ri e desce, abro a porta
traseira e Costelinha e Bisteca saem, já está escuro, ambos se
embolam na grama de forma engraçada.
— Inseminação artificial está na lista e a adoção também,
mas não por agora, eu ainda não tenho o suficiente para
proporcionar ao meu filho tudo que eu tive.
— Se tentou com o abeia? — afirmo, talvez Deus tivesse me
dado a chance de perceber o erro que eu estava cometendo,
nossas diversas tentativas foram falhas. Isso nos frustrou e aí as
traições dele começaram. Passei por tantas tentativas e tantos
médicos, mas nada me fazia ter meu bebê. Mesmo eu sendo uma
pessoa deficiente agora, eu sou saudável e os médicos nunca
entenderam por qual motivo nossas tentativas nunca deram certo.
— Graças a Deus não deu certo. — Rio, me sentindo leve, o
quão infernal seria? Ele tocou minha prótese e me olha curioso.
— Você sabe que eu vou ser padrinho, né? — Sorrio
concordando. — Como é... você sabe. — Ele constrangido se
embola nas palavras.
— Ter uma perna mecânica? — Eu rio e o abraço. — Posso
te matar com um chute bem-dado. — Ele gargalha com minhas
palavras.
Olho para Manoel e sorrio, ele me abraça.
— É bom te ter de volta, irmãzinha, e você realmente fez
essa lata velha andar.
— Coloca isso no beiço.[AEG29] — Jogo a sacola com gelo
na direção do Pauleta e ele resmunga, lavo a mão na pia da minha
cozinha. Pauleta reclama igual a um burro veio, seu nariz começa a
inchar.
— Seu puto dos infernos, porra, patrão, olha o que você fez!
— Aponta para própria cara, bufo.
— Para de resmungar que ainda tem muito gado pra vacinar
hoje. — Aponto pra caminhonete pela porta de tela da minha
cozinha.
— Se me bate e ainda quer que eu trabalhe? — Me olha com
cara de piedade.
— Se é pago pra o que então, diacho? Não pago à toa não —
reclamo, me sentando à sua frente.
Vejo ele me ignorar e seus olhos correm pela minha cozinha.
Minha cozinha é bem planejada, do jeitinho que eu sempre quis, a
geladeira tem algumas fotos do meu moranguinho.
— Se não tem o tino no lugar não. — Aponta pra minha
geladeira.
É primeira vez que alguém sem ser minha mãe ou Conça
entra aqui. Depois que eu soquei ele, joguei-o na caminhonete da
fazenda e o trouxe pra cá. Não queria problemas ou falação na
minha cabeça. Manoel ia perguntar e não ia sair da porra da minha
bunda até eu lhe dizer a verdade.
— Não provoca, diacho. — Me levanto — Vá, arreda
[AEG30]o pé daqui.
— Você quer é ir ficar de butuca [AEG31]lá na casa grande.
— Empurro-o pra fora, pela porta da minha cozinha. E jogo o saco
de gelo em sua direção.
— Você tá inventando moda. — Passo a mão em meus
cabelos nervoso, na cidade não é novidade meu amor pela
Catarina, as mulheres da Gata Dourada sabem que jamais me terão
por completo ou vou assumir uma puta daquele lugar. Quero
Catarina e isso não é novidade para ninguém.
Subo no meu cavalo, deixando Pauleta rindo atrás de mim,
vou a galope em direção à casa grande. O mato no meu caminho já
começa a pintar sinal que eu tenho trabalho. Odeio mato. Grande.
Sinal de bicho peçonhento.
Avisto a casa grande, galopo até o estabulo. Desço do cavalo
e o levo até a baia, os cavalos do meu pai se agitam ao me ver
puxar o meu garanhão. Ajeito meu chapéu e vou em direção à casa
grande, ouço risos e o povo falando tudo alto. Ando mais rápido e
vou pelo fundo da casa.
— Mas se é um desgramado, se achegando por trás. —
Conça dá um pulo e coloca o cesto de roupa na mesa.
— Tá devendo pro mascate[AEG32]? — Ela me mostra o
dedo do meio. — Ela veio? — Sou direto, curto e grosso.
— Olha lá, hein, não vai monta o porco[AEG33], seu
azoretado. — Beijo o rosto da Conça e vou em direção à porta da
sala. Quando chego à porta, é como levar um soco, essa é primeira
vez que vejo sua perna, a perna mecânica colorida chama atenção
de longe, o short curto gruda em suas coxas grossas marcando tudo
nela, engulo em seco.
Me afasto da porta sinto como se tivesse levado um soco na
boca do estômago. Me viro disposto a sair daqui, as risadas deles
me chamam a atenção. Eu não ouço nada certo. Vê-la ali me liga,
como um fio desencapado, meu corpo reage na hora.
Eu terei Catarina na fazenda. A manterei aqui, nós temos
trabalho suficiente pra ela aqui. Farei ela ficar de qualquer jeito.
O meu sangue corre rápido, ela está aqui, a pouco metros, e
eu não consigo pensar em nada inteligente para dizer a ela. Minha,
só minha, minha mente traiçoeira me acusa de forma dura.
— Merda. — Saio da casa e chuto o nada. A vida é tão larga
e fodida quanto as vadias do Gata Dourada. — Diacho de coisa.
Ciente que Catarina está a alguns cômodos longe de mim e
livre, me faz bufar, quando a voz dela entra em meus ouvidos, eu
me viro devagar. Sou jogado ao inferno e volto.
Ela está aqui, linda, pequena e cheia de curvas. Tudo que eu
planejei para quando ela voltasse, cai por terra. Ela me enfrenta
como sempre faz de forma gostosa a única coisa que tenho vontade
de fazer, é pegá-la em meus braços, fazê-la me perdoar e jamais
soltá-la.
A vida pode ter sido uma vaca comigo, mas ter o gosto de
saber que Daniel Bragança não vai mais machucar alguém, me
deixa aliviada, eu deveria ter medo, me sentir culpada, ou até
mesmo com pena, mas nem isso eu consigo sentir, é como se um
peso fosse retirado das minhas costas.
— O processo já está sendo extinto e arquivado, quis eu
mesmo dar a notícia, senhorita Santiago. — A voz do promotor de
justiça me traz um alívio e um sensação ruim que eu não sentia
desde que conheci Nelson e me envolvi com Ferreira. — Vi que foi
protocolado um contrato de união estável e uma formalização de
adoção, fico feliz que a senhorita, agora senhora tenha seguido em
frente depois da brutalidade que foi lhe causada e os danos que eu
sei que ele deixou, sei que está longe, mas o Ministério Público
ainda mantém em pé a proposta de tratamento do CDCM[AEG106].
— Fico grata, Vossa Excelência, mas eu estou recebendo
todo apoio que preciso e fico ainda mais agradecida por ter sido o
senhor a me comunicar. — Me viro para trás e de longe eu vejo o
peão parado na janela me olhando com um olhar aflito e cansado,
ele está no modo peão de escritório, e eu o amo demais.
— Sou eu quem agradeço, seu advogado deve entrar em
contato ainda hoje, senhorita, pelo que ele me disse há pouco.
— Grata, Vossa Excelência. — Quando ele encerra a ligação,
eu sinto meu rosto molhado em lágrimas, engulo o choro e respiro
fundo.
Me dando conta que nas últimas semanas eu sequer
consegui pensar direito, Nelson e o peão preencheram minha vida
de uma maneira que não houve espaço para que meu casamento
com Daniel ter forças para me assombrar.
Ele me deixou uma marca, a marca da violência, mas ela se
tornou tão insignificante que acabou ficando no fundo da minha
alma, paro em frente ao lago de carpas de minha madrinha e me
abaixo, meu reflexo na água faz com que uma enxurrada de
lembranças venham em minha cabeça.
A voz clara, rouca, grossa e pesada de Zé me atinge como
um raio em lembranças dolorosas.
“Sou seu e você é minha, moça bonita.”
“Casa comigo, moça bonita.”
“Vou te fazer feliz”
As manchetes de jornal invadem minha mente.
“Jovem do interior tem perna amputada após picada de
serpente venosa.”
“Jovem quase morre por conta de picada de Jararaca no
interior de São Paulo.
“Afilhada de Aparecido Ferreira é encontra e luta pela vida
em hospital da capital de São Paulo.”
É como uma maldita linha do tempo, uma maldita linha do
tempo de erros do passado.
Zé Vicente bêbado entre aquelas mulheres, meus últimos
momentos sendo uma pessoa sem uma deficiência, a dor da picada
da jararaca.
É como uma maldita linha do tempo, parece como um filme,
onde eu ainda não cheguei ao final, mas dói.
“Sim, eu aceito ser sua esposa, Daniel Bragança.”
De repente tudo se desmorona, e eu me vejo perdendo tudo.
“Vadia, gorda, aleijada.”
As palavras de Daniel me cortam, mas de repente eu vejo Zé,
ofego entre as lágrimas me querendo em frente ao lago de carpas.
“Você não sabe o como é bom estar de volta, peão.”
Rio entre lágrimas, minhas mãos se afundam na grama.
“O pequeno menino todo sujo e cheio de machucados
deitado na cama.”
Zé entrando nessa comigo, dando sentido a minha vida e não
largando minhas mãos.
“Escute, menino. Nada vai te machucar mais. Acredite você
ou não”
Depois a voz dele admitindo algo que fez e isso faz meu
coração queimar como fogo, como um braseiro em uma noite
estrela de lua cheia, ar tranquilo e apenas com o barulho das
cigarras.
“Eu prometo te amar a cada batida do meu coração, eu
prometo te amar a cada novo sol, prometo amar a cada novo cantar
do galo, a cada nova gota de chuva, a cada nova lua que encher o
céu. Eu prometo simplesmente te amar.”
A voz de Conça invade minha mente, um conselho que ela
me deu há anos. Que seu avô ouviu de seu bisavô após ter ouvido
de um sábio preto velho.
“O tempo que você gasta em sua vida derramando lágrimas é
o mesmo tempo que você gastaria construindo algo de bom em sua
vida, fia, joelho ferido se cura, cicatrizes não doem, pois são um
lembrete do quão fortes são as pelejas[AEG107] que vencemos.”
É hora de viver, Catarina.
Hora de viver!
Puxo meu vestido para baixo e mordo os lábios, o barulho
alto da música dá pra se ouvir de longe, depois da tarde de hoje,
decidi que faria algo para colocar na cabeça desse peão que eu sou
dele, quando ele se sentou ao meu lado mais certeza eu tive ao
olhar nos olhos dele que ele é o meu peão e sempre vai ser, meu
cavalo xucro e ignorante, precisamos nós acertar, amar e fazer isso
dar certo, é hora de viver, construir uma família e deixar nosso
legado, ter um amor como meus pais tiveram, quente como verão e
que quando chega o inverno é capaz de aquecer, respeito, amor,
companheirismo e acima de tudo confiança.
Quero um amor como o dos meus padrinhos, quero o nosso
amor, ele não diz nada quando eu desci as escadas devagar
puxando o vestido e com uma jaqueta sua de couro nas mãos, ele
com uma carranca enorme, apenas bufa e cruza os braços. Ele está
usando uma camisa preta, uma calça jeans justa e botinas que eu
nunca o vi usar desde que cheguei, ele está banhado em perfume e
um dos seus caríssimos chapéus descansa em seu joelho, Zé me
come com o olhar, mas nada diz, ele parece plantado no sofá, vou
em direção à porta, a cada nova buzinada da advogada do diabo,
ele fica um tom mais vermelho, prestes a explodir, com um leve
aceno de cabeça e um sorriso eu saio, escuto um grito de ódio vir
da casa assim que eu fecho a porta, nós caímos na gargalhada, e a
advogada fatal do diabo me olha com satisfação. Mas assim que
chegamos à cidade a diversão vai embora e o nervosismo me toma.
— Quer parar de tremer, mulher? — Mabel brinca. — Aqui
eles sabem quem eu sou, não se preocupe, se nossos homens
vierem, as meninas já estão cientes que devem ficar longe — ela
diz, arrogante, e eu entro no lugar.
— Nossos homens? O que houve com o Palito desprezível?
— Rio nervosa, por um minuto penso em meu menino se
aventurando pelas matas com meu padrinho, pescando e fazendo
memórias.
— Deus, jamais direi algo assim em voz alta novamente. —
Ela faz uma cara de desgosto e me olha.
Quando eu entro dentro do bar que um dia me causou
tamanha dor, é como voltar no tempo e avançar anos-luz, pois o
lugar está totalmente reformado, mas é escuro, as paredes de
madeira, o cheiro forte de bebida, as músicas antigas, as máquinas
de jogos, as mesas dispostas, e Mabel me indica uma mesa no
canto quando sentamos uma moça praticamente nua vem em nossa
direção, engulo em seco, mas sei que assim que o touro bravo
entrar aqui, ele terá olhares apenas para mim, ainda mais quando
descobrir que eu estou sem calcinha. Eu sei o quão puto por ser
rejeitado ele está, e se eu começar a dançar, ele fará o inferno na
terra quando colocar as mãos em mim.
Quando a moça coloca a aguardente em nossa mesa, eu viro
em um gole e ela desce queimando, como fogo, me remexo e já
estou pronta para outra dose. A moça ri, Mabel pega a garrafa da
bandeja dela e ri.
— Deixa a garrafa que hoje é pras manguaceiras[AEG108]
darem trabalho amanhã — Mabel fala e nosso sotaque puxa forte
nela.
— Tá certo, patroa. — A moça diz e Mabel faz uma carreta.
— Então a Jezabel é dona de um puteiro? — Gargalho, e
vejo alguns homens subirem com algumas mulheres para cima e
virando outra dose mordo os lábios pensando seriamente em levar
José Vicente lá para cima, somos casados mesmo, mas eu tenho
outra ideia em mente.
Antes que ela me responda a porta do inferno é aberta e o
diabo e seu assistente entram pela porta do bar, parando tudo,
absolutamente tudo, e quando meus olhos vão para o peão tatuado
meu coração para também, os olhos dele são certeiros em mim, Zé
não desvia em nenhum momento enquanto ele e o irmão se sentam
do outro lado do Gata com a mesa de frente à nossa. Faço algo que
sei que só ele vai ver pela posição que está, olho dos lados e afasto
minhas pernas sutilmente e me inclino virando outra dose, e as
fecho.
E o homem literalmente fica pior que pedra no lugar, mesmo
sendo tudo escuro, eu posso vê-lo esticar as pernas e afastá-las,
engulo em seco e sinto o suor brotar por meu corpo, mordo os
lábios e me inclino um pouco mais e deixo meus seios à mostra,
vejo-o levar a mão ao jeans e dar um leve apertão, o sorriso sujo
que passa por seus lábios me faz engolir em seco. Quando a
música começa tocar eu sei exatamente o que fazer.
— Que tal fazermos uma visitinha a pista de dança, Jezabel?
— Ela vira outra dose e olha de forma intensa para Manoel com o
olhar cheio de desejo, ele está puto, braços cruzados e
provavelmente querendo esganar a advogada do diabo.
Me levanto e ajeito meu vestido, olho para meu peão e passo
a língua pelos lábios.
A visão dela descendo as escadas fode minha cabeça, eu
não consigo pensar direito, e porra o vestido aperta tudo que eu
quero apertar, quanto mais a Jezabel infernal do meu irmão buzina
do lado de fora, mais me irrita, eu me arrumei antes dela, tomei
banho e me garanti colocando a melhor roupa que eu tenho e
usando quase toda a porra do vidro de perfume.
Ela me come com os olhos, porque diabos não enchemos o
cu de pinga em casa e eu a fodo aqui mesmo, mas não ela quer ter
o gosto de sair e que eu enfiar a boca na sua boceta na primeira
oportunidade que eu tiver, eu estou irritado, puto é pouco, mas essa
mulher é minha e essa noite se eu ainda não coloquei vou botar
uma cria nossa nela, os olhos dela brilham toda vez que minha
madrinha menciona filhos nossos, e se ela quer ser mãe vou dar a
ela quantos filhos pudermos fazer, infelizmente eu não tive mais
irmãos, pois na gravidez de Manoel minha mãe teve problemas e
seu útero foi retirado, mas eu vou dar aos meus pais todos os netos
possíveis, já comecei com meu Nelsinho agora falta o resto, e pelo
andar da carruagem, meu irmão também quer botar um filho na
Jezabel, porra eu sequer consigo chamar ela de Mabel mais, meu
irmão também está querendo botar netos para dona Esperança da
advogada do diabo.
Eu errei agindo daquela maneira, enquanto eu estou
enfurnado assinando papéis ela está lá fora sendo respeitada pelos
meus homens, eles a tratam como se fossem um deles, e pelas
conversas que eu andei ouvindo eles dariam a vida por ela, por
Nelson e pela dupla dinâmica que está sempre com eles. Todas as
noites os dois dormem com Nelsinho e ela dorme em meus braços,
mesmo quando estamos trocando farpas ela sempre acaba em
meus braços e eu não quero mudar isso de forma alguma isso é
nossa família, eu os amo, inclusive amo o gato gordo, que parece
ter entrado em forma de tantos se embrenhar nos matos com
Nelson e Costela. Logo ele vai pra escola, e não há nada de
diferente no mundo que eu vá querer que não seja eles.
Nelson me olha com admiração, com curiosidade, com amor,
segundo Conça com mesmo olhar que eu e meu irmão olhávamos e
ainda olhamos para ele, Catarina me olha como minha mãe olha
para meu pai, e eu sei pelas histórias que ele contou, que eu sou
louco igual a ele e José Manoel com aquela cara de pamonha olha
do mesmo jeito para Jezabel. Somos diferentes deles, mas estamos
tendo, construindo o que eles fizeram, o legado Ferreira vai
caminhar por diversas gerações. E pelo andar da carruagem, meu
irmão está nessa empreitada comigo.
— Mas nem fodendo você vai sair de casa, com nosso fio na
barriga e agarrar boi na unha, tá ficando louca, mulher? — Eu
desabo no peito suado do meu peão, sem conseguir respirar,
sentindo-o dentro de mim pulsar, mordo os lábios e ofego sem
fôlego, mas ele não está apenas suado e vermelho, olhos brilhando
escuros, cheios de desejo.
— M-ma-as eu n-nem disse nada. — Consigo dizer, e me
apoio no peito dele, descobrimos juntos que cavalgar nele sem a
prótese é bem mais confortável e Deus, ele vai tão fundo, que eu o
quero sempre assim. — Mas estou grávida e não doente, você vai
ter que agarrar boi na unha por mim de agora em diante, peão.
Digo e beijo seus lábios, os olhos dele escorrem para meus
seios nus.
— Porra, eles estão ficando enorme, e porra não vou
reclamar nenhum momento se você me deixar colocar meu pau aí,
só pra fazer um teste. — Ao invés de ralhar com ele, eu gemo com a
ideia suja, de ter ele meus seios e minha língua deslizando por ele,
ele vindo em meus lábios. — Imaginou, né, safada.
— Sim — digo, mas mesmo assim sinto meu rosto corar.
— Se até esse menino sair daí eu ainda tiver um pau e você
não me esfolar, eu boto outro logo em seguida apenas pra testar a
potência da dona — brinca, ele perdeu aos poucos a mania de me
chamar de moça e começou com a dona dele, arrasto, sujo e nada
inocente.
— Amo sua boca suja, peão — comento, aproveitando um
pouquinho mais desse homem, intenso e meu.
— Eu amo, você por inteira, minha dona.
Meses depois...
Trêmula eu seguro o buquê de flores, e aperto o braço do
meu padrinho.
— Fia, se você demorar um pouco mais, vai enfartar o
homem. — A voz de Conça fala, engulo em seco, minha barriga de
nove meses está enorme, nosso bebê chuta a todo o instante, e
juntos, decidimos que só vamos descobrir o que ele é quando
finalmente tivermos ele ou ela nos braços e juntos também
decidimos casar antes... Respiro fundo e mordo os lábios
— Pronta, fia? — Meu padrinho pergunta e mordo os lábios,
confirmando a ele.
— Estamos. — Acaricio minha barriga.
Quando a música começa, e a cada passo que eu dou, vendo
nosso filho e nossa dupla dinâmica no altar com o homem da minha
vida, meu coração dispara, mordo os lábios quando vejo meu peão
chorão limpar os olhos, Mabel de um lado, Manoel do outro, sem se
olharem e isso corta meu coração, não quero que eles deixem os
erros do coração os separarem.
Antes que eu chegue ao altar no centro da fazenda, meu
peão está vindo na minha direção, ele tira o chapéu da cabeça e o
coloca na minha, pega a mão do pai, todos os funcionários riem, e a
beija me puxando para ele.
— Tá demorando demais, veio. — Ele me puxa, e termina de
me levar até o altar, Bisteca e Costela deitam em meu vestido e
Nelson segura uma caixinha com toda a força do mundo. — Seu
padre, perdão, já estamos casados é só o senhor abençoar. —
Todos gargalham, e eu o belisco, rindo.
Não há declarações bonitas, apenas meu peão bruto dizendo
sim, me apressando e me beijando, como se eu fosse fugir, rio,
quando eu me afasto sem fôlego, todos aplaudem e coro, mas a voz
de Manoel me para.
— Porra o Bisteca mijou no seu vestido — Manoel diz e toca
nosso vira-lata que olha sem entender. Quando eu olho para baixo
há uma poça em meus pés.
— Nossa Senhora do Bom Parto, vai nascer. — A voz de
Conça me faz levar a mão na barriga e sorrir quando a fisgada me
atinge, meu peão me ampara. E me olha vermelho.
— Respire, José — digo calma e desço. Ele fica plantado e
eu me viro, olhando para ele com todo amor do mundo, todos riem e
tentam se afastar — Vai ficar aí parado e perder nosso maior acerto,
meu peão?
FIM
Um ano e meio depois...
A bolinha gorda se apoia na cerca e ri quando a vaca lambe
sua cara, meu filho atende a pequena irmã, minha doutora sai de
dentro da baia suada e com um lindo sorriso no rosto.
— Bom dia, meu peão. — Ela vem em minha direção, doce,
cansada e suando, minha mulher beija meus lábios. — Teremos
mais Shires, no próximo verão, amor, espalhados pelo Brasil. — Ela
sorri, respiro fundo.
— Que tal a doutora encerrar por hoje. Lua? — Antes que os
dois deem de cara na bosta de vaca puxo a pequena coisinha
pelada, apenas de fralda e short, e sorrio, quando meu rapaz limpa
a mão suja de esterco em minha calça.
— Quanta merda, pai — reclama e ri, beijo a coisinha gorda
que coloca as mãos sujas em meu rosto. Nelson pega a irmã do
meu colo, a coloca junto com Bisteca e Costela no carrinho de mão
e sai em disparada, em direção à casa grande.
Antes que minha mulher grite eles já estão longe, a risada
gostosa da minha Lua chama atenção de vários peões, Nelson tem
todo cuidado do mundo com a irmã, onde ela está ele está atrás,
mesmo com um adulto sempre perto é o nosso quarteto. Tiro o
chapéu da cabeça e coloco na cabeça da minha esposa, ela ofega
quando eu a puxo e a beijo.
— Mabel ligou, dona. — Digo e respiro fundo. — Os
Bragança querem falar com você, amor — digo e ela ofega é
estremece em meus braços. — Ela já está a caminho.
Depois da merda toda que rolou entre Mabel e meu irmão
mesmo eles sendo padrinhos de Lua, Mabel jamais olhou na cara
do meu irmão novamente. E ele seguiu em frente mais fora da
cidade o quanto pôde, afastado, mas meus filhos ainda são seus
pontos fracos, basta a pequena chamar titio Mamo e ele volta de
onde estiver, assim como Isabel que ama meus filhos loucamente.
— O quê? — Ela me olha sem acreditar. — Depois de tanto
tempo? Eu... Não... Adalto Bragança está vindo para fazenda. Eu só
não vou lhe meter bala porque o que ele tem a dizer é necessário e
você merece ouvir — informo, e ela suspira.
GAEL
A redenção do monstro
Era uma vez...
Sabe por quantos pesadelos somos capazes de passar sem acordar? Ou
quantos demônios carregamos em nossos sonhos? Gabriel Morgan Mitchell,
Major Mitchell, mais conhecido como Gael, veterano da intervenção militar na
Líbia em 2011, se refugiou em seu castelo em Herefordshire na Inglaterra. Aos 38
anos, carrega consigo memórias que o perseguem, um homem quebrado, frio
como a mais branca neve do inverno, traz marcas que gostaria de esquecer, após
ser vítima de uma granada, Mitchell ficou conhecido como "O Monstro". Isolado e
sozinho, apenas com a companhia de seus fiéis empregados, Gael conta com
uma incontável lista de empregadas demitidas aos longos dos anos. Ninguém o
suporta.
Gustave, seu irmão mais novo decidido a mudar essa história, vem de
Londres disposto a encontrar a "criada" perfeita.
Annie Aiken Lavely, é digamos que a personificação da palavra azar, aos
28 anos, mãe solo e sem expectativas para a sua vida, já tão fadada a desgraças,
se muda de Londres para a pequena e inóspita Hereford, morando em uma
quitinete com uma pequena coisinha chamada Holly, sua filha de quatro anos,
Annie se candidata à vaga de emprego, no castelo do temido Monstro. Vejam só...
casa e comida de graça, ou nem tanto.
Annie tem a difícil tarefa de se adaptar aos caprichos do monstro, que não
esconde seu desejo de colocá-la na rua. Disposta a tudo, para conseguir manter
Holly segura, ela decide acatar a cada pedido incabível do seu querido patrão.
O que Annie não contava era que seu adorável patrão repararia em seu
avantajado corpo. Loira e com incríveis olhos claros e vestindo bem mais que 58,
Annie não sabe, mas o maior desejo do seu patrão é marcar sua imaculada pele
de porcelana. E Gael nem imagina, entretanto, o maior desejo de Annie é velo
rodando lindamente na privada.
Porém, nem todo monstro vira príncipe. O maior medo do ser humano é o
próprio medo! Por medo e inseguranças passadas, Gael se vê perdendo tudo que
um dia sonhou, que com o passar do tempo desacreditou que pudesse ser
possível, Gael perdeu sua pequena e desajeitada família.
Meses depois de ter a felicidade em suas mãos, Gael tem agora o que
mais desejou, a solidão, no entanto, a solidão não é a mesma de antes, até
porque agora Gael não quer mais o isolamento que tanto impôs, e sim sua família
de volta, disposto a ser insuportável, inconveniente e ainda mais gostoso, vai
fazer de tudo para ter a sua megerinha de volta.
Afinal, quando os Mitchell querem, eles vão lá e pegam.
DOMINIC
Sabotagem do amor
Dominic Maldonado passou os últimos cinco anos sabotando a vida da
nada convencional Boonie Portman, impedindo que ela tivesse encontros
amorosos e amizades masculinas, Dom como é chamado por todos, tem uma
forte habilidade de estragar as tentativas frustradas de Boo de desencalhar, afinal
aos dezoito anos nunca havia beijado ninguém. Dom aos vinte anos colecionava
uma grande lista de garotas que já tinham passado por sua cama, e várias
mulheres atrás dele, o qual se orgulha.
Diferente das meninas que Mac transava, Boo sempre vestiu vários
números a mais que elas, ou as garotas da sua idade, sempre chamou a atenção
dos garotos mais velhos, para o total desespero de Dom. Após uma tragédia Boo
se muda de Parnoveil, uma pequena cidade no interior Nevada para Nova York,
fazendo com que Dom se sinta abandonado e ao sair do exército, acaba entrando
para a gangue provavelmente mais conhecida de motoqueiros americanos, Os
Anjos do Inferno ou Hell’s Angels, com o passar do tempo, Dom acaba se
tornando o presidente do mais perigoso clube de motoqueiros da América,
enquanto Boo se forma em gastronomia e realiza seu sonho de se tornar uma
Chef Pâtisserie, agora de volta à Parnoveil, Boo quer começar do zero abrindo
sua confeitaria gourmet, e quem sabe encontrar o verdadeiro amor, ou vara
abençoada como sua abuela Carmem diz, porém, Dom ao saber que seu docinho
está de volta não facilitará em nada a vida do seu bombom. Afinal é de perigo que
elas gostam, ou ele acha que gostam.
IVAN
O preço da vingança
O gênio da lâmpada pode conceder apenas três desejos, mas Ivan Sarnov
tem apenas um, concretizar sua tão sonhada vingança. Não importa qual seja o
preço. O russo é apenas um vazio sem nada que precisa ser preenchido, o
lutador clandestino teve sua vida forjada no submundo da máfia russa. Entretanto,
o que ele menos esperava acontece, ele se vê completo quando conhece Solange
Esposito, uma mexicana diferente de tudo que já viu. Sol, a menina-mulher que vê
o mundo de outra forma, totalmente diferente, mãe solo e dedicada, se vê presa
na teia do inconveniente russo Ivan. Mas ela não pode se dar ao luxo de se
envolver, não mais. Rosita precisa dela e ela da pequena menininha especial,
como ar para respirar. Ivan se vê perdido em uma vida que não é sua, mas que
deseja profundamente que seja.
De longe ele observa tudo o que nunca teve e o pouco que teve foi lhe
tirado da maneira mais vil possível. O frio Ivan se vê realizado com o amor da
pequena Rosita, ou florzinha como ele a chama Sol... Ivan consegue ver a luz
emanando do seu lindo raio de sol. Solange, não tem ideia do quão perigoso é
para o seu coração se apaixonar por um russo problemático e recluso, que entra
em sua vida sem pedir licença. Fogo e gasolina, Ivan e Sol são como vinho e
vinagre, distintos. Ele não sabe nada sobre ela, só que Sol tem a bunda mais
deliciosa que ele já teve o prazer de pôr seus olhos e que faz o melhor café do
mundo todo. Ivan se vê preso, entre o que sempre sonhou e o que perdeu.
Deixando o seu monstro interior tomar conta das suas atitudes, Ivan se vê
abandonando tudo que sempre quis, pois em sua vida só existe espaço para uma
única coisa, a sua tão desejada vingança. Mas a que preço? Quanto vale um
amor estilhaçado e um coração partido? Será tarde demais para perceber que a
sua vingança terá um preço alto?
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[AEG1] A sigla PcD significa pessoa com deficiência. Identifica as pessoas que
tenham algum tipo de deficiência, que pode ser de nascimento ou adquirida
durante a vida. ... Antes disso, usava-se a expressão“portador de deficiência”, que
não é considerada adequada, pois destacava mais a deficiência do que a
condição humana.
[AEG2]Regionalismo, usando para se referir ao estomago ou a barriga no geral.
[AEG3]Regionalismo, Puxa; expressão de raiva, descontentamento,
aborrecimento, indignação, Diabo;
[AEG23]
O picão-preto é uma planta medicinal, também conhecida popularmente por
Picão.
[AEG24]Berne, tapuru ou dermatobiose é uma infecção produzida por um
estágio larval, tipo de doença conhecida da mosca Dermatobia hominis,
popularmente conhecida no Brasil como mosca-berneira, que infecta diversos
animais, principalmente bovinos.
[AEG25]Regionalismo, mulher.
[AEG26]
Vasilha grande, de cobre ou ferro, us. nos engenhos para cozimento e
transformação do caldo de cana em açúcar.
[AEG27]Regionalismo, reclamar.
[AEG28]
O cabresto é uma espécie de arreio feito de corda ou couro, mas que, no entanto,
não possui freio ou embocadura, servindo para controlar a marcha de animais
como o cavalo, por exemplo.
[AEG29]Regionalismo, boca.
[AEG30]Regionalismo, saia daqui.
[AEG31]Regionalismo, ato de sondar, ficar de olho, ficar a espreita.
[AEG32]Regionalismo, viajante, mascate, vendedor de bugigangas.
[AEG33]Regionalismo, fazer algo de errado.
[AEG34]Regionalismo, ato de trair traição.
[AEG35]Regionalismo, usado para entonar perguntas.
[AEG36]Um Liner é como um revestimento produzido especialmente para o coto
amputado. Funciona de forma parecida a uma meia.
Coto é como se refere ao que se restou de uma amputação.
[AEG37]Minha cabeça
[AEG38]Lepecid é indicado como auxiliar no controle às miíases cutâneas
(bicheiras) de bovinos.
[AEG39]A ivermectina é um remédio antiparasitário capaz de paralisar e
promover a eliminação de vários tipos de parasitas, sendo principalmente indicado
para o tratamento da oncocercose, elefantíase, pediculose (piolhos), ascaridíase
(lombriga) e escabiose.
[AEG40]Regionalismo, chato.
[AEG41]É chamado no interior casamento da raposa a chuva coronal que é
formada por gigantescas precipitações de plasma, ou gás eletrificado, que
gotejam da atmosfera externa do Sol de volta à sua superfície. O famoso, chuva
com sol. Ou chuva com sol casamento de viúva.
[AEG42]Sem tamanho
[AEG43]Roupa de lida, roupas que são usadas apenas no campo enquanto os
peões trabalham.
[AEG44]Regionalismo, canto do olho.
[AEG45]A orelha de padre, também conhecida como orelha de pau ou bruaca, é
um bolinho de massa fina frito.
[AEG46]Referência a mau-olhado.
[AEG47]Referência a mau-olhado, mas geralmente se dá por alguém cobiçar
demais a criança, diferente do mal olhando que geralmente vem acompanhado de
raiva e outras coisas.
[AEG48]Geralmente se refere ao fato da criança virar de ponta cabeça.
[AEG49]Regionalismo, para.
[AEG50]A maioria é da raça girolando e todos os animais são mochos, ou seja,
não têm chifres. O criador explicou para o Nosso Campo que, quando o gado tem
chifres, o manejo fica mais difícil. ... Para interromper o crescimento dos chifres, o
pecuarista tem que queimá-los quando o animal é ainda bezerro.
[AEG51]Referência a feridas.
[AEG52]Djanho: geralmente é utilizado para representar descontentamento com
algo ou alguém.
Essa é uma gíria muito popular no Paraná e possui muitas aplicações. Pode ser
considerado um xingamento, sinônimo de diabo. Porém a gente prefere
considerar um advérbio de intensidade, até porque se você ouvir alguém falar que
está um “frio do djanho“, provavelmente você já saiba que está muito frio.
[AEG53]Regionalismo, expressão habitual, o significado remete a uma
quantidade vultosa, significativa de pessoas.
[AEG54]A Shire é uma raça de cavalos de tração originária da Inglaterra. É
reconhecida como a maior dentre todas as raças de cavalo.
[AEG55]Manga-larga marchador, também conhecido apenas como manga-larga,
é uma raça de cavalos brasileira. É descendente dos cavalos Alter-Real (uma
estirpe do cavalo lusitano), que chegaram ao Brasil no início do século XIX por
meio da Corte portuguesa e que, depois, foram cruzados com cavalos comuns
marchadores formados pelos fazendeiros da região sul de Minas Gerais e do
estado de São Paulo.
[AEG56]Barracão, celeiro ou casebre.
[AEG57]A Fazenda Nova Piratininga é um mundaréu de terras concentradas no
noroeste de Goiás, no município de São Miguel do Araguaia onde o estado faz
divisa com o TO e MT.
[AEG58]reclama
[AEG59]Ser avarento; não partilhar; não oferecer o que possui; negar a alguém
alguma coisa: ela ridicava as verduras do seu quintal. Ser muito apegado ao
dinheiro: sempre ridicava. Etimologia (origem da palavra ridicar). Ridico + ar.
[AEG60]Referência a rua principal da cidade da autora, que acaba no cemitério
municipal.
[AEG61]Referência a cadeia
[AEG62][Regionalismo: Goiás, São Paulo e Minas Gerais] Simplório, pacóvio,
toleirão.
[AEG63]Porção de mato isolado que se difere da vegetação que o rodeia.
Bosque em pequenas dimensões. Etimologia (origem da palavra capão).
[AEG64]Referência à parte superior da bunda o vale entre as bandas da bunda
abaixo do cóccix
[AEG65]Expressão regional, rápido, rapidinho.
[AEG66]Regionalismo, pessoa boa
[AEG67]Regionalismo, termo para mulher.
[AEG68]O atendimento aos jovens autores de ato infracional sentenciados com
medidas socioeducativas de privação e restrição de liberdade, no Estado de São
Paulo
[AEG69]Centro de Progressão Penitenciária Feminino de São Miguel Paulista -
CPP
[AEG70]No regime de comunhão total de bens todos os bens serão do casal.
Dessa forma, quando os cônjuges se casam, os bens que eles já possuíam
passam a fazer parte do patrimônio do casal. E tudo que adquirirem também
passará a fazer parte do patrimônio do casal.
[AEG71]Joio significa coisa daninha que surge entre as boas e as tentam
corromper.
[AEG72]Grande quantidade de lenha, carvões ou objetos incendiados; braseira,
brasido.
[AEG73]Boi ou vaca PO significa bovino de pura origem. De acordo com a
Embrapa, essa classificação indica que existe um mapeamento de todos os
ancestrais do bovino em questão registrados no livro genealógico da raça.
[AEG74]
A fluidoterapia é considerada um tratamento de suporte, tendo como principais
objetivos expandir a volemia, corrigir desequilíbrios hídricos e eletrolíticos,
suplementar calorias e nutrientes, auxiliar no tratamento da doença primária.
[AEG75]Dexametasona é um esteroide. É utilizado no tratamento de diversas
doenças e condições (como reações alérgicas graves, asma, distúrbio reumático,
distúrbios da pele e distúrbios oculares) que requerem a redução da inflamação
ou supressão do sistema imunológico.
[AEG76]Indicado como adjuvante nas intoxicações causadas pela ingestão de
alimentos deteriorados, plantas tóxicas e medicamentos. Nas degenerações das
células hepáticas e infiltrações gordurosas.
[AEG77]Acidente relacionado a serpentes com jararaca são classificados
Botrópico (jararacas), Crotálico (cascavéis), Laquético (surucucus-pico-de-jaca) e
Elapídico (corais-verdadeiras).
[AEG78]Regionalismo se refere à “que”
[AEG79]
Tira de pano, peça de couro ou qualquer outra vestimenta usada para proteger as
pernas.
[AEG80]O ovo de pata é muito usado na medicina popular como remédio para
anemia. A receita sugere a mistura de um ovo, um vidro de biotônico Fontoura e
uma lata de leite condensado. No entanto, a nutricionista afirma que a utilização
do ''remédio'' para combater a anemia é crendice popular.
[AEG81]
A cachaça Velho Barreiro foi lançada na década de 60 pela família Höffer em
Itapetininga, São Paulo. O nome seria uma homenagem a um ancestral da família
Höffer, que teria um pássaro joão-de-barro a quem ele chamava de “Velho
Barreiro”.
[AEG82]Regionalismo, criança pequena
[AEG83]
[AEG84]Os Pretos-Velhos são uma linha de trabalho de entidades dessa religião
de matriz africana; são espíritos que se apresentam sob o arquétipo de velhos
africanos que viveram nas senzalas, majoritariamente como escravos, que
morreram no tronco ou de velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do
cativeiro.
[AEG85]Esse é um conselho de um preto velho, deixado para autora por Zaeli
Painço, dona Lili.
[AEG86]Regionalismo, como é chamada a arvore de mexerica no interior.
[AEG87]Regionalismo, pedir abrigo.
[AEG88]Regionalismo, serviço
[AEG89]
Bolsa com alça de ombro para carregar tralha de pesca, comida, sementes,
pequenos objetos. Sacola simples, rudimentar. Embornal, bornal.
[AEG90]Regionalismo, Aquelas direções
[AEG91]Carne na lata é feita com Pernil suíno, gordura suína e temperos alho e
sal. Autêntico torresmo pururuca feito no fogão a lenha, com porco caipira.
[AEG92]
O tatupeba, também conhecido como papa-defunto, peba, peludo, tatu-cascudo,
tatu-de-mão-amarela, tatu-peludo, tatupeva e tatupoiú é um tatu da América do
Sul encontrado em grande parte do Brasil, norte da Argentina, Paraguai, Uruguai,
Bolívia e Suriname.
[AEG93]Programa de TV onde duas pessoas passam 21 dias em um ambiente
selvagem, sem comida, sem água e sem roupas. Eles precisam sobreviver da
maneira que vieram ao mundo, buscando comida, lutando contra o clima e as
adversidades.
[AEG94]
MINI-ESPINGARDA B-300 cal. 28,32 e 36 (300 mm) - Com Coronha Longa em
Madeira.
[AEG95]
[AEG98]
Taquara é a denominação comum a várias espécies de gramíneas nativas da
América do Sul, a maioria com caules ocos e segmentados em gomos, em cujas
intersecções se prendem as folhas.
[AEG99]A laminite, chamada popularmente de aguento, é uma das doenças
locomotoras mais conhecidas de equinos por aparecer com frequência nas
propriedades. Essa enfermidade é caracterizada pela inflamação aguda ou
crônica das lâminas do casco, causando dor intensa e desconforto aos animais
acometidos.
[AEG100]A fenilbutazona é um remédio antirreumático, anti-inflamatório,
analgésico e antipirético muito utilizado no tratamento de reumatismos, como
espondilite, gota ou artrite reumatoide, por exemplo.
[AEG101]Aguardente é uma bebida espirituosa destilada de elevado teor
alcoólico resultante da destilação de vinhos, licores ou produtos vegetais como os
cereais ou tubérculos. Exemplos de aguardentes são a bagaceira, a aguardente
vínica, o brandy e o conhaque, a vodca, a tequila, o rum, a grappa, o gim, a
cachaça.
[AEG102]Jezabel ou Izebel, também conhecida como Jezebel foi uma princesa
fenícia e esposa de Acabe, rei de Israel. Conhecida por ser feiticeira e teorias que
a ligam a bruxaria antiga. Suprimindo os rituais mosaicos, Jezabel passou a
cultuar Baal de forma ostensiva e dominadora, sacrificando crianças em nome da
santidade e inocência. Sua atuação mística superava as expectativas dos
Israelitas que aceitavam tudo de forma normal.
[AEG103]substantivo masculino Aquele que é teimoso, obstinado, persistente.
[AEG104]Ser avarento; não partilhar; não oferecer o que possui; negar a
alguém alguma coisa.
[AEG105]O cabresto é uma espécie de arreio feito de corda ou couro, mas que
no entanto não possui freio ou embocadura, servindo para controlar a marcha de
animais como o cavalo, por exemplo.
[AEG106]O Centro de Defesa e de Convivência da Mulher (CDCM) oferece
proteção e apoio a mulheres em razão da violência doméstica e familiar,
causadora de lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico ou dano moral. A rede
socioassistencial conta com 15 CDCMs que possuem 1.610 vagas para mulheres,
proporcionando atendimento social, orientação psicológica e encaminhamento
jurídico. Com o funcionamento de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h, o objetivo
do serviço é contribuir para o fortalecimento da mulher e o resgate de sua
cidadania.
[AEG107]Luta; combate realizado com ou sem armamentos.
Trabalho; tarefa árdua e cansativa: estava na peleja para viver.
[AEG108]
Gíria usada para se referir a uma mulher que bebe muito. Tenho um pouco de
medo de sair com ela, ela é muito manguaceira e sempre dá trabalho.
[AEG109]
Referência a personagem do filme O homem que desafiou o diabo. Mãe de
Pantanha é uma bruxa do folclore nordestino que oferece aos homens duas noites
de prazer. Na primeira, ela materializa a mulher dos nossos sonhos eróticos e
segunda noite o homem “fica” com ela mesma. A personagem possui dentes na
vagina.
[AEG110]Sofá, Breja e Netflix
Mac Julia part. Pejota
[AEG111]
Referência ao personagem do filme o homem que desafiou o diabo.
[AEG112]Maior feira do agronegócio do Argentina, que acontece de 10 a 13 de
março, em San Nicolás
[PSS113]Não era oito para nove anos?
[AEG114]Regionalismo, preso.
[AEG115]Deslocamento de abomaso em vacas leiteiras. ... É o distúrbio
abomasal mais frequentemente detectado e é a principal causa de cirurgia
abdominal em bovinos leiteiros. Trata-se de uma doença multifatorial, que
acomete principalmente vacas leiteiras de alta produção durante o período pós-
parto.
[AEG116]
A preferida das famílias paulistas. A Tuiubaina é produzida há mais de seis
décadas e mantém o mesmo sabor e tradição. Título de melhor tubaína do Brasil
conquistado na Confrebras 2015-2016 (“Os Melhores Sabores do Brasil”).
Reconhecida como a “tubaína da florzinha”, por manter seu rótulo tradicional com
flores, a Tuiubaina foge ao banalizado sabor de “chiclete” e é o refrigerante mais
conhecido na microrregião de Tatuí, cidade-sede de sua produção. Os aromas
exclusivos da Tuiubaina, obtidos a partir de um especial mix de essências, dão ao
refrigerante de tutti-frutti sabor mais refrescante e menos adocicado, tornando-o o
preferido das famílias paulistas. A Tuiubaina é distribuída em todo o Estado de
São Paulo, com ênfase na capital, grande São Paulo e interior até a divisa com
o Paraná.
[AEG117]Referência a dedicatória do trecho do livro 'Memórias Póstumas de
Brás Cubas' de Machado de Assis
[AEG118]
Referência ao personagem do filme o homem que desafiou o diabo.