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NOSSAS MENTIRAS
1ª Edição
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Wenceslau Guimarães - BA
Bibi Santos
2021
SUMÁRIO
SINOPSE
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPÍTULO 49
CAPÍTULO 50
CAPÍTULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
CAPÍTULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
EPÍLOGO
Contém cenas de sexo, violência física e psicológica.
e menores de 18 anos.
Um jogo eletrizante;
sentiam.
Vocês pediram e a autora atendeu, o misterioso Júlio Barros
vai contar sua história!
Esse livro faz parte da série Segredos e mentiras,
JÚLIO
colega Euclides.
— E aí? — cumprimentei.
casamento.
— Desgraçado!
disser que não me ama mais e for embora, vou respeitar isso.
em seguida.
médica.
Médica?
quem é o marido dela? — Fiz que não com a cabeça, ainda estava
concentrado nela, que entrou em um belíssimo carro e deu partida.
Não queria criar ideias na cabeça dele, o meu colega era muito
fofoqueiro e gostava de resenhas entre a turma do trabalho. Às
fumantes.
ISADORA
— Houve um acidente...
correr, não tinha para onde ir, esse homem me comprou e não me
libertaria com facilidade.
— Carlos...
não é nada, encontrei você no lixo, com seus pais lixo, família lixo, o
Mas a culpa era minha, era fraca, deveria ter dito não ao meu
ninguém.
rápida.
E que nunca olhasse para Marina, morreria mais ela teria uma
vida melhor.
ISADORA
boas.
Hoje pensava que tinha escolhas, mas a Marina não tinha
seu rosto.
Seu sorriso fazia tudo valer a pena, era linda, uma mulher de
tudo que fosse possível para que seu sorriso não fosse tirado como
foi o meu.
e me machuquei.
— Não mente pra mim Isadora, sei que ele te maltrata, você
lembrei a ela sem querer assustá-la, pois não tinha lugar para nos
esconder do Carlos, já tentei uma vez e foi horrível. — Estou bem,
tem visto o papai?
— Tudo bem esqueci alguns livros lá, fui buscar e não o achei
que não vou deixar fazer comigo o que ele fez com você.
corpo contra o meu, ela era tudo que tinha, muito importante para
mim. — Te amo.
hospital que pagou algumas contas por meses, fiz turnão, trabalhei
como louca para não deixar minha irmã passar dificuldades.
estrada. Muitas pessoas me invejavam, achava que dei sorte por ter
um marido rico, filantrópico, uma casa maravilhosa, roupas caras,
JÚLIO
ela.
— Quem é Isadora?
desta vez?
tinha razão, mas não sabia como contar que não estava mais no
— Delirou?
me trair assim?
Inferno de vida!
ambulância.
— Boa noite. — Com o som da minha voz ela se virou junto
motorista da ambulância.
o senhor também.
muito boa, assim poderia descobrir por que ela não foi.
— Desculpa, eu...
— Por favor, vá embora, finja que não me viu, que não falou
— No sofá, ele deixou no sofá, por favor, Júlio, não diga nada
a ninguém.
meu coração.
— Tudo bem.
dias, as pernas onde tomei mais cintadas ainda estavam roxas, por
isso a calça comprida, o rosto ainda conseguia esconder com
maquiagem.
— Não precisa.
SEU CHÁ!
esses.
que me avistou.
fantoche.
— Ele bateu em você de novo, Isa, vou a polícia , vou acabar
— Nada, você não vai fazer nada, deixa tudo comigo. — Não
iria colocá-la em risco. — Agora preciso ir.
Tinha algo nele que me atraía, mas não levaria mais ninguém
para o inferno comigo.
Senti seu olhar desviar para trás das minhas costas e sabia
quem ele via.
— Quem é ela?
— Quem é ele?
— Mary, estou bem — disse com voz calma para ela. — Você
precisa ir.
minutos.
Passei por ele e segui para fora do local. Tinha que resolver
logo isso, antes que o meu marido descobrisse.
chegaria, ninguém comentou o fato que não era meu dia de plantão.
O sigilo em nossa profissão era essencial.
machucado.
— Eu quero você...
ideal de vida, nem foi isso que imaginei para mim. Já deveria ter
terminado o curso, mas a vida tinha planos para nós e perdi essa
chance.
Mas faria tudo que pudesse para terminar esse curso, mesmo
tendo que tolerar meninas idiotas e garotos imbecis na flor da
peça dessa vez? Aguentava tudo isso pela Isadora. Ela merecia que
eu desse meu melhor.
— Ei!
lanchonete onde fazia um bico para ajudar nas contas e não deixar
— Calma.
o cara que estava no banheiro no outro dia e minha irmã disse que
Fiz minhas pesquisas e descobri quem era ele, não deixaria mais
ninguém magoar a Isadora. Daria um jeito de livrá-la do marido,
homens assim podiam fazer com mulheres como eu, preferia manter
distância.
justa neles.
ao redor.
era pecado, mas desejava todos os dias que seu corpo fosse
encontrado numa vala, que fosse torturado por ser um doente
inescrupuloso.
Achar minha mãe morta por não suportar ser pobre, em nada
me ajudou. Enfim, chorar não fazia parte de mim mais, agora era
aceitar e vencer as batalhas.
bonitos.
Ela parecia uma mulher sensata, e tinha a irmã como seu anjo
da guarda, acreditava que a Marina faria tudo por ela. Respirei
para mim.
Drica. Havia semanas que não falava com ela. Estava a evitando de
propósito e isso fazia de mim um babaca.
por uns dias, o que está acontecendo Júlio? Está com essa Isadora,
é isso?
protelando tudo isso por conveniência, era bom ter alguém quando
se voltava para casa cansado, era bom ter uma mulher quente na
cama quando necessitava, comida boa, carinho.
Mas era muito babaca da minha parte fazer isso com ela.
nosso término.
Terminar com a Drica não foi uma tarefa fácil, e ainda sentia
uma dor no peito, por isso, meus familiares vieram com tudo para
cima de mim. Mas não ia explicar nada a ninguém, era uma coisa
disso.
pessoa.
sobre o Deputado.
parte, não brincam em serviço, por isso está onde está e com a
mulher troféu desejada — continuou ignorando minha pergunta. —
Ele pode esmagar você como um inseto.
Olhei para frente para as árvores à nossa frente, não iria dar
de ouvir.
Inferno, inferno!
pôde mais ter contato conosco, não foi permitido por ele, era o
tínhamos um plano.
ISADORA
última vez tive uma arma enfiada na minha garganta, porque ele não
conseguia transar comigo novamente.
Tudo era culpa minha. Uma vez foi para Brasília e ele me
Que tudo era culpa minha, que por não conseguir sentir ereção
comigo a culpa sempre era minha. Sabia que era não sou boba, era
que era impotente foi minha vingança. Nojo de imaginar ele em cima
que ele bebia todas as noites quando estava em casa. Foi difícil
beber qualquer coisa que era dada por mim. E se mantinha alerta,
mas também tinha suas desvantagens que poderiam valer sua vida.
rápido.
limpo.
bonito, com seu porte de 1,80 de altura, cabelo com fios já grisalhos,
mantinha a forma na academia. Sorriso cativante quando queria, e
eu o odiava.
cama.
mim.
seu rosto com o travesseiro até ver a vida se esvair do seu corpo.
tentei acessar, era protegido por senha, virei, olhando para todos os
lados e meu olhar caiu na agenda preta perto do porta-retrato, era
velha, puída, como se tivesse sido manipulada várias vezes. Folheei
sua presença por minha irmã ser muito apaixonada por ele.
à boca.
meu pai gritou da churrasqueira, olhei com asco para meu cunhado
Respondi:
delegacia.
aconteceu.
— O que aconteceu?
Fugir da cidade? Isso quer dizer que não iria mais vê-las?
despedaçado.
Mas precisava fazer o certo para salvar as duas, e antes disso
— Vou indo.
Fiquei perto da janela, ouvi seus passos e logo seu rosto lindo
estava à minha frente.
— O que faz aqui? — perguntou aflita e trancou a porta. —
Ficou maluco?
— Precisava te ver.
Afastou-se.
que eu.
além disso.
suplicavam.
— Isadora!
perto da porta.
sua afirmação. Não falei para ela que conhecia seus planos. Que
Vi a Drica sair do bar com um cara, não deu para ver o rosto
dele.
Pior era o fato que não me importei com essa visão, não senti
nada ao vê-la com outro.
— Ela não é minha garota, e não é nada legal falar assim dela
— resmunguei pondo o carro em movimento. — Confere o
endereço.
para averiguação.
— Ciúmes?
MARINA
Insisti para que me contasse, mas ela disse que era algo muito
grave, que não poderia falar por telefone. Que jogasse pouca coisa
na mochila, que ficaríamos longe por um tempo, até a poeira baixar
para voltarmos.
nossa.
acontecido, poderia ter feito algo para impedir a minha irmã de casar
tudo que ela pediu, roupas, suplementos e vender uma joia dela
O dia parecia que não queria mais passar, acreditava que a Isa
cima da hora.
local combinado.
— O que você fez com o Júlio? — Tentei mais uma vez sem
a Isa?
força do impacto.
MARINA
O trovão abalou o local com sua voz gritante que parecia até
confortante aos meus ouvidos, apesar de todo medo de
olhos ardessem.
vidas. E o pior de tudo, que nada fizemos para merecer tudo isso, só
dominada, invadida.
esposa?
baixinho. — Vou me livrar das duas. — Olhou para mim com asco.
— Hoje acaba minha vergonha e meu tormento por ter que conviver
com aquela vagabunda traidora.
teve a audácia de dar meus lábios, que paguei caro, para outro
homem beijar — falou com voz débil como se fosse um louco. —
Sua irmã teve um caso com seu namoradinho policial, essa cadela
abriu as pernas para ele.
— ISADORA, ISADORA.
miserável!
JÚLIO
— Tem alguém vindo — falei para uns dos homens que iria
subir na escada, estávamos em quatro. — Sobe logo!
Sabia que poderia ser tarde para nós dois, um passo em falso
poderia ter sido meu último dia vivo, na minha família, na minha
pensamentos.
ter morrido.
mão solta.
— Meninos!
— Desculpa...
— PARA!
que minha raiva era justificável. Esse idiota tentou nos matar,
colocou toda a equipe em perigo, culpa de suas coordenadas nossa
como não pretendia perder outro soco, desci no rosto dele e o joguei
no chão.
faltantes.
Seus olhos pela primeira vez desviou para o idiota que nos
cara de novo veio e fui para cima dele que se encolheu ao canto.
— Júlio ligue para casa, seu pai precisa falar com você.
Senti o corpo perder o foco, meu pai não era de ligar e Arion
não se dignava a passar recados. Não era garoto de recado e toda
sua arrogância não permitia isso.
encarou.
— Oi pai.
medo.
JÚLIO
Arion que fosse para o inferno com sua reunião para resolver
Parei a moto em frente à casa do meu pai, acho que bati todos
trânsito.
Minha família era meu ponto fraco, meus irmãos, meu pai,
eram tudo que eu tinha, pois não tinha mais nada de valioso. Nem
desgraçado.
— Oi, filho.
Abriu os olhos e sorriu quando me viu, nada daquela voz forte
no telefone. Meu coração se apertou, eu não estava lá para ajudar.
— Como está?
— Pai não seria melhor ficar com a Nanda? Ela tem estrutura
para ajudar o senhor — comentei
— Ela já fez até oração para que ele aceite, mas o cabeça
dura não quer — Luciano explicou sentando no sofá.
quebrado.
depois.
cuzão.
— Inferno!
essa?
pressentimento ruim.
Como é?
— Vai se foder!
MARINA
lágrimas que a muito disse que não derramaria mais veio com força,
molhando minha blusa branca de renda. Não conseguia contê-las
mais amam, seus pomposos nomes, seu dinheiro, sua família, suas
casas — prometi com raiva queimando minhas entranhas. A dor
cortando minha alma. — Vou destruir tudo, não vai ficar nada, eu
prometo.
Cada um deles!
Eu juro, Isa!
tirado de mim.
Joguei o cigarro fora, sabia que ele odiava meus vícios em coisas
essa cara hostil. — Tudo como você pediu, consegui o vestido leve,
lindo, mas creio que sua pele não esteja boa o suficiente.
pagar de coitada.
— Ele não vai cair como da vez do hospital que você marcou
policial filho da puta, uma aparecida aqui outra ali, como se tivesse
com medo, me escondendo. Até a irmã dele achou que era uma
pobre médica sofrida, a cena dos olhos dela com pena de mim foi
de dar dó.
BUF!
Todos mortos.
— Carlos?
Pelo jeito ele não se espantou com o fato que sua verdadeira
esposa esteja viva.
— Ele se espantou sim, mandou procurar por ela, com vários
detetives e policiais amigos dele na busca. — Ri sem humor. — Vai
acabar ficando louco.
Ele veio, senti seu corpo atrás de mim perto da janela, sua
mão levantou para tocar meu ombro, mas desistiu, sabia que odiava
ser tocada.
— GAROTA INGRATA!
— Bento.
— Vai embora!
— Temo por você minha menina, quando tudo isso acabar não
— Não, você renasceu naquela noite, ela não está feliz com
seu comportamento.
para você.
mim, por isso ele vai pagar e sua bela família também.
das piadas sem graça do Júlio, daquele imbecil que dormiu com
nada.
Suspirei com ódio. Um dia minha paciência iria pelo ralo com a
Drica.
Joguei o telefone na cama do apartamento e saí em busca de
uma bebida.
— Ah, vim ver como meu amigo estava depois de sair de uma
missão suicida.
suas costas estavam protegidas se ele tivesse por perto. Donny era
um cara leal.
— Novidades?
— A moça que me pediu para rastrear sumiu, nada, nenhum
movimento. — Pegou uma cerveja e sentou na outra cadeira. — A
irmã também não tem nada, mas o marido está buscando por ela.
escândalo se ela estiver viva , ele a deu como morta apesar de não
ter um corpo.
estavam.
estava com medo. — Sabia que ela me enganou, sentia isso, mas
não era o perfil da Marina, mas aquele beijo deveria ter me alertado.
Não queria dever nenhum favor a ele, e nem que minha família
soubesse de nada.
Deu de ombros.
estava com febre, segundo meu pai, mas voltaria no dia seguinte.
Ela era uma mãezona e protetora com o papai.
Donny tabulou uma conversa com o meu pai sobre carros
antigos. Minha família curtia a visita dele, como disse o cara era
sedutor e boa praça com todos.
— Oi, família!
Os gritos da porta do Lu nos fez rir, ele sempre fazia esse tipo
de entrada triunfal aos berros.
para meu pai com um sorriso feliz. Apesar do susto, veio o alívio,
Marina estava viva e com certeza sua irmã também.
Com cabelos curtos, mais velha, mas os olhos, esses nunca
iria esquecer. Era a mesma Marina que me lembrava de antes.
Todo sorridente e levou a mão dela aos lábios com carinho que
Era Marina à minha frente e por que ela fingia ser outra
pessoa?
presença.
por eles, mas logo foi dissipado e ela voltou a sorrir com ar feliz e
dissimulado.
— Qual faculdade?
com ela.
Não tinha nada para sentir ciúmes, queria saber da Isa, mas
contanto que não seja o meu irmão. — Saiu mentiroso até para
mim. Que ódio! — Preciso de respostas, tenho que descobrir onde
se esconde.
espetacular.
— Cala a boca!
Ele riu e voltou para sala com uma cerveja que pegou na
geladeira.
plano.
saindo dos meus lábios naquele jantar. — Parabéns quem foi para a
cozinha.
fodendo metade das mulheres que achava. Foi fácil fingir ser
não percebia isso, pois, sou mulher e minha beleza contava mais
que meu cérebro para ele. Sua mania de achar que mulher merecia
suas emoções. Ele nunca imaginou isso, ainda fui parar no seu
santuário particular. Família.
Tranquei-me lá e aguardei.
opinião vazia.
forma rápida.
Meu braço foi segurado e fui empurrada para dentro, seu corpo
ficou entre mim e a porta.
— Você é louco!
corredor.
cigarro e andei pelo local, parecia que tudo estava correndo como
deveria.
Tinha alguns buracos no meu plano, mas não aguentaria
esperar mais um ano vivendo nas sombras como um rato, como se
tivesse cometido um crime.
perfeitas.
Vou acabar com aquele pilantra, e ele vai morrer sabendo que
— Nervosa garota?
necessário.
— Recolha as garras.
Fui ingênua.
entranhas.
— Venha comigo!
Ele riu e a mulher chutou meu rosto, tentei revidar, mas fui
— Laila?
— Sim?
— Me deixe sozinho com ela.
— Mas...
mulher nenhuma.
Que inferno de mandinga ela fez? O que ela queria com ele?
Cadê a Isa?
Droga! Droga!
Chutei o pneu da minha moto com vontade de socar a cara do
Luciano, tentei me convencer que não tinha nada com isso, mas,
tinha sim, inferno que tinha. Aquela víbora desejava algo, aquela
dissimulada.
número não mais existia, que ela nunca trabalhou naquele hospital
que fez tudo de caso pensado. Mas, por quê? Sabia que tinha dado
mancada naquela noite, sabia que fodi com tudo. Mas procurei por
buscava.
algo me dizia que ela esperava por isso, acabar com ele, com
desses.
— Cara...
raiva.
Ele deu de ombros e foi para sua pick-up preta. O que poderia
ser urgente? Acabei de chegar da droga de uma missão, já iria
minha mente, nada igual. Era equipada, tecnologia pura, aqui não
era igual ao escritório do Arion, era à base do Rômulo, de onde ele
— Sabia que meu filho está com febre? — Ele foi dizendo sem
me olhar e já percebi que o problema era grave. — Mas eu tive que
vir aqui limpar mais uma vez suas merdas! — Levantou e caminhou
como um felino.
bem pior.
Droga, droga!
— Marina!
Então foi ela que invadiu o sistema para pegar meus dados e
me levar à morte, e quase levou meus homens junto. O que
aconteceu com você Mary? O que fizeram com a mulher doce que
conheci?
ela no espelho.
astuta. — Sua voz tinha admiração por ela. — Sempre tem uma
invadiu nosso sistema, porque ela tentou atropelar seu pai, por que
ela anda seguindo você e vasculhando sua vida? Sem contar que
— Sim, meu sogro foi atropelado por ela — disse ainda calmo,
mas sabia que fervia por dentro. — Aquela mulher ali é uma bomba,
e algo me diz que a culpa é sua. — Me calei, pois tinha razão em
quebra-cabeça.
não acreditava que Marina sabia onde havia se metido e qual era a
punição para o que fez à Organização.
esconderijo.
Ela riu com desdém, mas a fagulha da raiva estava ali, bem
— tornei a falar, sabia que meu tom era incisivo e nada amigável. —
você?
subindo em cima dele com todo meu corpo, e foi meu erro. O
vestido subiu e sua bunda nua, presa por um pequeno fio dental
ficou bem no centro do meu pau. E como se tivesse vida própria, ele
mais meu corpo dela que tremeu embaixo de mim. Com o corpo
imobilizado por mim e a noção que se mexesse o corpo ralaria mais
Júlio, era muita audácia dele falar o nome da minha irmã, ou ainda
insinuar que não teve nada com o que aconteceu.
Pervertido do caralho!
cavalheiro.
Contra a vontade ele saiu de cima de mim e eu mesma me
levantei deixando ajuda dele de lado. Não queria mais as suas mãos
em mim.
nada.
— Ela chutou legal sua bunda — a moça tatuada que pelo jeito
se chamava Laila falou. — Vivi para ver o Júlio tomar uma sova de
uma mulher.
vamos ter uma conversa particular, e vou lembrar que não sou o
— Fica quieta sua vadia ou vou descer o soco nessa sua cara
bonitinha! — Laila soltou. — Apesar da admiração por você quebrar
o cuzão do Júlio, ainda acho que você é uma rata sem escrúpulos,
não curto pessoas que tentam matar velhinhos.
tentei matar.
sofrer.
— LAILA!
mãos fortes.
sombras e riu batendo nas costas do Bento que gemeu com olhos
enormes de medo. — Prazer, Marco, quase morri na missão que
você boicotou, então digamos que não sou seu fã.
— O que falou, Maria João? — Ele caminhou até ela que ficou
empertigada e os dois se encararam com raiva velada.
Família?
Inferno!
Ele sorriu e mirou uma arma bonita, que nunca tinha visto o
modelo antes, bem no meio da minha testa.
sua vida medíocre não vale nada a seus olhos, mas creio que a dele
sim, não é?
deste idiota no meu tapete caro e isso vai me deixar mais pau da
vida ainda.
um acordo.
você?
pena, sabia que ele estava vendo toda minha fragilidade, tudo que
com reverência.
Então os dois se conheciam, e pelo jeito meu amigo o
admirava e temia.
cúmplices ou amigo, mas isso ele vai ter que explicar a você, são
O que aconteceu com ela? Entendia até certo ponto sua raiva,
mas era comigo, o que minha família tinha a ver com isso?
noite.
Andei até o quarto que ocupava no lugar, todos me olhando,
quarto e bati a porta para ficarmos longe dos olhos dos curiosos.
nenhuma.
assassina?
com a outra mão apertei seu seio direito e ela gemeu desesperada
para brincar.
— Você ama dar esse cuzinho, né Kelly? Diz para mim onde
ela foi?
E com um giro ela se soltou e me jogou na cama montando em
mim.
Abri sua bunda e ela veio por cima descendo sobre meu pau.
O seu buraco recebeu, e sua cabeça tombou para trás.
bunda dela que imaginei derramando minha porra. Foi para ela meu
orgasmo.
éramos mesmo.
Iria ligar para ela sem medo de errar, como a minha última
tentativa, tinha certeza de que ele não negaria informações a ela.
o cara era sutil, mas meu ouvido era bom para essas coisas.
— Você parece que vai matar alguém! — Encostou-se à
parede ao lado e levou um copo de café estilo Starbucks — Escrito
SOU O MAIS GOSTOSO — Aos lábios.
— Minha mãe!
passava, sem contar que ele era descrito como um cavalheiro por
elas.
Meu medo era esse, o que a Organização vai querer com ela,
deu.
#sala três.
Sem dizer nada entrei no prédio com rapidez indo para sala
onde designaram.
— Como é?
Não estava acreditando no que esses dois estavam dizendo.
— Como é?
— Isso que você ouviu, então você está fora do assunto, vou
recado.
— Não acho que ela deva se meter com aquele homem, posso
resolver isso sem ela. — Apontei o dedo para ele. — Deixa a Marina
longe disso.
— Ah, me poupe Júlio, você acha que vai conseguir conter
aquela mulher? Que ela vai aceitar ficar longe? Que vai jogar anos
Engoli em seco com sua última frase. Odiava saber que ele
tinha razão.
algo nele fede, e agora sei o que é, e quero mais, quero saber tudo,
preciso de todas as informações, provas, quero o Carlos em nossas
Senador.
— Sei!
turbulentos.
MARINA
— Oi.
Uma lágrima silenciosa desceu pelo meu rosto.
— Não sei por qual caminho estou indo, não sei se estou
— Marina?
aconteceu?
Não queria falar sobre o passado, não com ele e não agora.
— Eu preciso saber, sei que você me odeia, sei que fui traidor
novo?
Saber que ele teve um caso com a minha irmã doía até hoje,
não porque condenava a Isa, mas porque sabia que ela só faria isso
se tivesse recebido dele atenção, carinho e amor, se ela tivesse
— ELE FALOU!
— Eu não sabia...
— Não! Não!
Não devia pensar nisso, não devia sentir raiva disso, não!
Não queria!
sofrer.
Infelizmente!
perfume dele.
Não queria ouvir suas mentiras, tentei sair de perto, mas ele
me segurou.
— Eu matei um homem naquela noite, o cara que eu achava
— Como?
— Não quero falar disso, tanto quanto você não quer ouvir,
olhou para longe. — Vamos nos reunir para falar do plano, o foco
agora é acabar com o Senador Carlos.
Fiz meu dever de casa sobre o Júlio, mas sentia que deixei
filho da puta.
JÚLIO
nunca tinha ido para esse lado da cidade, tinha anos que não
passava próximo à casa da Isa.
nunca acreditei nesta versão dada por ele. O corpo nunca foi
embaixo de chuva.
ordem.
E foi o que fiz, rodei a cidade de moto, não queria aceitar que
pensei que já estivesse, mas hoje foi a última pá de terra sobre meu
corpo.
— Ele merece...
— Ele merece sofrer como ela sofreu, ele merece urrar de dor
como ela fez, ele merece ter seu corpo violado, uma bala é muito
pouco.
Não queria aceitar que tudo isso foi feito com a Isadora, não
conseguia imaginar.
Mirei novamente.
morrer assim vai ser em vão, vai ser enterrado com honras, com
direito a medalhas.
Ela tinha razão, mas minha mente estava lutando para acabar
que o aguardava.
— Quero você acabando com essa farsa com meu irmão —
soltei ainda no elevador a caminho do meu apartamento.
— Ele é meu irmão e não tem nada a ver com meus erros.
Para mim ela só era estranha, gostava do seu tino para ação,
atirava como ninguém, conhecia várias técnicas de luta, e não
chorava como uma donzela indefesa.
equipe.
conseguia se conectar.
Uau!
Lembrava-me dela numa porra de calça folgada e camisa larga
Para mim era só pancada, com Donny ela atendia e até sentou
do lado dele aceitando beber da sua cerveja.
Paulista, não são ricos, mas têm contatos — explicou Laila. — Ela é
todos os lados como uma boneca. — Ela revirou os olhos para dizer
— Com certeza ela vive na sua coleira, dessa vez ele escolheu
ao imaginar a cena.
— E? — Marco indagou.
— Precisamos descobrir um ou outro, assim deixar uma
Nunca tive família, sempre foi Isa e eu, meu pai o babaca
que fui pega nos meus próprios planos, mas era uma formiga meio a
essa turma equipada.
Será que vivi esses anos todos em cima de uma mentira? Com
sequestrada por isso, sabia que tinha um rolo grande atrás dessa
história.
Ele não deveria ter passado por toda aquela tensão com Arion,
— Tenso!
noite.
— Não faço ideia dos motivos dele, mas sou grata pela ajuda.
o Bento e toda ajuda que recebi dele durante esses anos. Se não
fosse seu amor e paciência eu teria sucumbido à dor e a raiva.
— Sim, claro.
Piscou feliz e soltei um beijo para ele indo para meu quarto.
por ser discreto, além de poder sair e entrar nos misturando sem
chamar atenção.
eletricidade rolando.
parei para encará-lo. — Sei lá, está mais forte, mais bonita.
— Se tivesse ido até você naquele dia nada disso teria acontecido.
morte ou exoneração.
o meu chefe abafou o caso — respirou fundo. — Mas ele não era o
nunca falei com o Carlos, não tive contato com ele, juro a você.
— Hum?
desconfiar.
agora vamos para cima do Carlos e ele vai querer saber quem está
— Mas isso não quer dizer que tenho que morar contigo.
— Bento corre perigo e não acho que você deseje que ele seja
usado, contra você de novo.
cínico.
— Então não existe motivo para você não vir morar comigo. —
andam mais por lá, creio que esteja a salvo da minha sexualidade.
— Era um imbecil convencido. — Não tem motivos para temer a
Idiota!
JÚLIO
Tinha ido ali para esfriar a cabeça, creio que todos os rapazes
para ela.
recebeu o drinque.
com seu elogio. — Tudo pronto como você solicitou, uma amiga já
e ele nunca tocou nelas, o cara curte olhar, mas não se envolve no
ato.
que vai à festa — pediu com firmeza. — Promete? Não quero mais
como sempre.
que ela tinha que ser tão dura? Se bem que tudo que disse ter
passado, mudava uma pessoa de forma catastrófica. Tinha vontade
— Oi, rapazes!
copo à boca.
Diria belíssima.
calça.
peito.
possíveis.
pelos cabelos, encheu sua boca com seu pau e tirou e colocou
novamente seguro por seus longos cachos. — Mama, assim que
você gosta?
seu pênis duro, ajudei segurando pela bunda e invadi seu ânus por
trás.
diversas vezes.
conversar.
Assim que ele entrou no meu campo de visão soquei seu rosto
dor que saiu da garganta dele varou a noite. Mas ali ninguém o
você se não me contar tudo que sabe sobre aquela noite que você
mas antes queria que ele sofresse, que não gritasse, que pedisse
saída.
mochila.
O dia estava quente para moletom, mas era o que eu tinha no
momento.
era tão longe da cidade. Mas pagava bem e era isso que importava.
de TI.
com o irmão do Júlio não estava nos meus planos. Era um cara
família dele, realmente Arion não era um cara que gostaria de ter no
mudança para sua casa, hoje à tarde vou fazer isso, ele tinha razão.
Pela grana que tinha poderia viajar o mundo, ficar a vida toda
vontade, foi ele que me embalou noite após noite de crise de choro,
que cuidou dos meus ferimentos. Foi ele que pagou meus novos
documentos, meu curso de computação, foi ele que me entendeu
Donny que abriu a porta para mim, sem fazer perguntas sobre
o motivo de ter muitas sacolas e caixas comigo, e o porquê fiquei
Falando nele!
Hum?
— Não!
Alguém bateu à porta e como não sabia o que fazer, fui para
cozinha e Donny foi abrir, mas antes olhou pelo olho mágico. O local
era enorme, com uma TV de 60 polegadas, vídeo games, e um sofá,
Opa! — Não vou deixar minha filha ficar vindo em um local como
esse.
— E que a minha filha não vai vir aqui até essa vadiagem
conseguir me conter.
fechando a porta. — Júlio vai surtar ao saber que ela esteve aqui. —
Queria saber mais e sentei ao lado dele no sofá. — Isso vai render
sabia que ela fez mais, para tudo isso desandar assim.
— Nunca perguntei.
Marina não parecia ser o tipo que se encantava com ele. Será?
vida.
Ele tinha razão, mas não deixava de ser menos fodido para
lembrou o que fiz. — Sei que ele fodeu com sua vida, mas tem
atrapalhando você agir, por isso até que resolva está fora da
— Júlio, vê se aprende!
— VAI SE FODER!
soldado valente, e fez muito por tudo isso aqui, agora é hora de
resolver as suas coisas e depois voltar de cabeça fria, veja isso
como umas férias.
— Vou acabar fodendo tudo com a Mari, igual fiz com a Drica
— comentei cansado.
— Arion fez um trato com ela, e por isso nossos meios estão à
dois babacas!
Que raiva!
Para que indaguei isso mais cedo? Tem coisa pior para lascar
disfarce, além do local ser todo monitorado por ele, por mim e pela
Organização.
cidade.
odiava, mas não tive muita voz neste assunto, depois de minha
chave ser roubada e cópias espalhadas como forma de retaliação
da Kelly por ter levado bolo.
O que ela tinha a ver com isso? Disse que ela veio aqui foder
Pai? Michele foi sua arma contra mim, e pelo jeito ia continuar
sendo.
— Júlio, eu...
fundo.
fiquei chateado por ter outro homem na vida da menina. Mas sabia
que foi o melhor, não era presente como deveria ser, não tinha
tempo e minha vida era arriscada, a verdadeira família da Michele
resposta.
— É por conta da mulher lá de cima? — perguntou com voz
mais seguro viver em outro país. — Não iria falar da Marina para
ela, mesmo porque não era da sua conta. — Vou passar o fim de
semana com a Michele.
como ela.
para mim.
Foda-se!
— gritei da porta com minha Glock 9mm nas mãos, iria matar os
dois.
com esse idiota, vou matar todo mundo. Mesmo não tendo motivo
para ele.
Estava todo dolorido, com uma puta raiva e tinha quer ver
esses dois na maior cumplicidade na minha sala. Segui para o
verdade.
Mas ele não ia comer minha pizza, pensei indo para cozinha.
verdade.
vida dela.
— Engraçadinha!
para olhá-lo.
— Muita dor?
— Terminou a faculdade?
Enfaixei suas costelas em silêncio, o que não foi difícil já que ele
também fez o mesmo.
Humm?
— Do hospital?
Não olhei para ele ao dizer, não queria que visse a mentira
estampada no meu rosto.
— Procurei vocês por semanas, meses. — Sentei na cadeira e
ficou olhando para a garrafa de cerveja. — Achei que tinham
conseguido fugir e nunca imaginei que ela estivesse morta.
Não ia contar que não tinha nada entre mim e o Donny, ele que
FESTA...
— Sou louca!
Inferno!
Cheguei à sala e perdi o fio do pensamento, Júlio só de short
precisava transar.
CARLOS
como louco para pegá-la, explicar meu surto depois foi complexo.
— perguntei me virando.
procurar por ela, preferia que fosse assim. Era uma miniatura da Isa,
uma moça boba, sem nenhum atrativo, não tinha o glamour da
sangue.
dom, que todos me seguiriam por minha postura, nasci para isso.
Não que ele tenha dito isso como elogio, ele me odiava,
E deixei a sala.
Aquela loira sem graça, não queria aquela, muitos drinques
foram suspensos em alegria a mim. Agradeci a todos e olhei as
prostitutas contratadas.
pretendia chegar.
— No meu quarto.
— Você também.
— Se chupem, brinquem!
As duas fizeram o que pedi, era lírico, perfeito, uma cena que
— Ajoelha!
chicote nas costas, e gemeu de dor e era som para meus ouvidos.
— Deita e abre as pernas, vagabunda!
E ela correu, mas não tinha para onde fugir, todos ali sabiam e
Tudo vagabunda!
JÚLIO
encosto do capeta.
Onde eu estava com a cabeça quando imaginei que ela
gostosa.
Estava lascado!
computador.
tentando parecer legal, porém, sabia que forçava, porque não tinha
espancamento.
horrendas.
maltratou bastante, era monstruoso o seu estado, será que fez isso
com a Isadora? Foi assim que tratou a Marina? Será que por isso
de descartá-la.
Virou o corpo para me mostrar os detalhes e meu estômago
Sabia que ela não poderia mais contar a história, mas sua
Marco deu água a ela e abraçou seu corpo que soluçava alto.
Esse era o Marco, não podia ver uma mulher indefesa que ele
apoiava, dando seu ombro, sua força. Já era parte dele ser protetor.
Creio que por isso detestava a Laila, ela nunca iria chorar no ombro
— Diga que vamos resolver que ela ajudou muito ligando para
merecido.
deu dinheiro para eles fazerem barulho e partir para cima dos
homens, que jogaram o pacote na lixeira e entraram no carro
tentando passar por cima dos mendigos.
— Mari, não...
abundantes.
minha.
em pleno ar.
Já sabia seu gosto, foi tão rápido a última vez anos atrás, mas
— NÃO!
— Não!
— Estou partindo.
ele dizia.
— FUGIR, COVARDE!
VOCÊ SABE SOBRE MIM? NADA! — Ele olhou para minha mão
em seu braço e depois para meus rosto. — Fui eu que tive que
enterrar uma irmã sozinha com meus próprio punhos, fui eu que
— Marina, eu...
— E você acha que ele vai parar nela? — A voz da Laila nos
— Não senhora, ele não vai parar, se não fizermos algo ele vai
continuar, é da alma escura dele, se alimenta disto. — Jogou na
Que ódio, mais uma vez a raiva que sentia do Júlio me fez
descontrolar e abrir coisas que eram só minhas, não tinha que ter
dito em voz alta. E essa puta tatuada que pensasse o que quisesse,
inferno!
— Marco me leva para casa? — pediu Kelly que caminhou até
mim e tocou meu ombro. — Sinto muito por tudo que viveu, mas
vamos por esse idiota para comer poeira.
que vamos acabar com esse vilão e você não é covarde, é uma
guerreira.
Então fiz a coisa mais imbecil, liguei para um amigo para sair.
Tinha meses que vinha me esquivando do amigo do Bento, o Caio,
Era um tosco!
— Vou ao banheiro.
iam, ia acabar tendo que ler o meu todas as manhãs antes de sair
encontro?
que deixou seu rosto bem bonito. Ah, estou ficando maluca mesmo.
— Seu amigo?
Vou matar o Júlio! Com certeza vou derramar seu sangue hoje.
JÚLIO
Passei o dia com a minha filha e com meu pai, o velho amava
— Sua mãe não pode falar essas coisas, é feio — falei virando
Michele. — E não quero você repetindo essas coisas.
sorria feliz, meu pai estava sentado com as pernas para cima
reclamou entrando com a pequena Dodji nos braços, mas foi salva
dava bem no meio delas. Tanto minha filha como Dodjia eram
velho, estava cada dia mais bonita, mais segura de si, admirava isso
nela.
demência.
que nem fazia ideia, pois não tirava os olhos da porra do celular de
olho da minha inquilina.
— Bobo!
— Você me ama!
Foi impagável ver meu pai vermelho pelo sabão que tomou da
namorada.
papai e eu entendi.
— Ok!
— E tudo bem com você? — Queria perguntar sobre a Mari, o
que sentia, mas aí teria que falar coisas que não estava preparado.
Marina estava vestida para matar, com uma porra de vestido azul
colado, mostrando a curvatura de sua cintura.
Quem era aquele? Ela me beijou, foi bom e depois Marina saía
cara. Se ela tirou os sapatos a briga seria boa. Mas perdi o foco ao
Gostosa do caralho!
sabia que tinha razão, porém recusava a assumir que fui uma
babaca.
ficou bem na minha cara, inferno ela estava querendo arrancar meu
cara.
Marina jogou a cabeça para trás sentindo. Soprei sua vagina, e ela
dela.
um bom animal no cio bebi tudo, e ela cavalgou minha língua com
Creio que fiz o bem essa noite. Sua bunda perfeita, abri, segurei, e
estapeei, deixando meus dedos naquela pele morena perfeita. Meu
— Meu Deus!
Ela jogou a cabeça para trás e senti sua boceta se contrair.
Abri suas pernas e tomei sua boca com a minha, meu pau
se projetou bem no meu rosto, sua pele perfeita. Marina era toda
— Gostosa!
— Ai mais rápido...
lembrei que ele também, tinha a chave. Inferno, o que ele tinha que
depois.
anestesiada.
Mas o corpo estava em paz, e foi bom, muito bom esse
desejava.
situação que eu causei, deveria me sentir feliz por isso. Por ver a
mesmo.
mais que tinha dado a entender que poderia ser. E preferia brigar, a
mágoa e muita dor. Sentia-me mal por isso. Mas não tinha muito a
fazer no momento.
o magoando, mas era isso que desejava. — Você não tem por que
me cobrar.
expliquei. — Ok, a única culpa que tenho nisso tudo foi fazer você
de trouxa, achando que sou outra pessoa.
E agora foi a minha ficha que caiu, transei com o cara que não
escondia ser apaixonado por minha irmã, um dos motivos de estar
— Júlio não tem culpa. — Não sei por que o defendi, mas me
vi fazendo isso. — Você não tem direito de cobrar nada dele.
culpada, mas agora vejo que você mereceu seu imbecil cuzão
mimado.
— Maluca!
suor, delicioso, agora eu sabia do que ele era capaz, tinha que parar
de ter esse tipo de pensamentos com ele.
quando passei.
nos levaria a lugar nenhum. Poderia ser um precipício para nós dois.
Corri por uma hora de relógio, até meu corpo pedir para parar,
banho frio seria bom. Assim que entrei duas mãos me seguraram
— Vai sonhando...
Filho da mãe, não era nada romântico, era cru, mas sexy pra
Sua boca veio e não fiz nada para impedir, logo estava
Abriu minha vagina e amassou seu pau por ela, perfeito, meu
corpo tremeu de antecipação. Suspendeu minha bunda e olhou
— Vou foder você, até não existir outro nome nessa sua boca
perfeita.
Nossos gemidos foram abafados pela água que caía, e ele fez
mesmo momento.
JÚLIO
afastou.
minhas palavras com dureza, era isso que ela fazia quando se
sentia chateada, já tinha me ligado neste lado protetivo da Marina.
risco. — Ele tinha toda razão, pois não queria me afastar da Mari,
— Mari pode negar, mas nós dois sabemos que vamos fazer
sexo de novo. — Peguei o sabonete para passar nela que
encarando.
Que droga! Por que ela se importava que Donny soubesse que
— Uau! Gostei. — Laila riu olhando meu pau ainda meio duro.
além do mais você tem dois metros de altura e está pelado com
essa coisa pendurada. — Fez cara de nojo. — Realmente não tem
matá-lo!
descarado.
em aviso.
Inferno!
especial.
Ela era estranha e pelo jeito bem sem vergonha, agora vai ficar
jogando esses olhares para mim, tipo: Vi seu pau e gostei.
— Saiu, agora ele vai ter que explicar o que fazia dando festa
— Será que ele vai querer participar? — Mari não parecia certa
que desejava.
daí vira uma lacuna, depois ele já apareceu casado com a primeira
se tivessem um plano.
ficar frente a frente comigo e meu chicote. No fim uma boa bala
resolveria.
agora andava com aquela coisa para todos os lugares. Era o filhinho
e chato, mas tudo que tinha a ver com Marina me tirava do eixo.
atrás para saber, mas todos os outros três estavam olhando para
nós com curiosidade e eu não queria dar margem para fofoca.
com raiva.
E fui fazer o que eu disse que não faria, saber aonde Marina
aposta.
SENADOR CARLOS
internet tudo que era plantado virava verdade, bastava criar uma
fagulha. Mas isso também se tornava perigoso quando se desejava
controle como perdi com aquela prostituta, mas tudo isso era culpa
da vadia da minha falecida, desde que passou a aparecer para mim,
me perseguia.
saiu na mídia.
pedi tentando ficar calmo, mas queria torcer o pescoço dele açoitá-
— Mas, Senador...
— Como?
Não gostei disso, por que motivo alguém faria isso com o
incomodava, realmente depois que casei com ela minha vida virou
pagar por tudo que vinha passando. Antes que entrasse no quarto
— Carlos...
— Tira a roupa.
— Implore!
— Por favor...
— Tira a roupa!
ela.
MARINA
transado novamente com o Júlio, e pior de tudo isso é que foi bom,
não foi só bom, foi ótimo.
que a cabeça não estava boa, era aqui nesse lugar que me
encontrava. E foi um dos motivos de não ter surtado ou deixado a
depressão me dominar.
dava para ver que cresceu mais músculos pelo peitoral sem camisa.
— Droga!
— Olha a boca mocinha, as crianças não precisam desse
exemplo.
— Amor?
meu irmão.
— Marina, eu...
— Entendo.
— Tchau!
— Essa eu mereci.
Senador, creio que agora a casa dele caí. Não tinha por que me
importar com relacionamentos.
indispensável.
Não que isso fosse fácil, aquela mulher mexia comigo de uma
forma louca, nada comparado com o que sentia pela Isadora, não
sabia explicar. Realmente era loucura demais para minha cabeça já
lascada de doida.
me parando.
rápido.
— E você não teria tomado a surra que tomou. — Ele ainda riu
ao dizer isso.
posto.
O Euclides gemeu.
poder fazer nada, e era isso que eu queria, que sofresse. Apertei
suas feridas, seu braço quebrado, mexi no balão até ele ficar sem ar
— Sei...
— Não vou aceitar seu deboche sobre isso, sobre seu irmão.
tempo para respirar. — Mês passado fui a São Paulo para terminar
Acabou que discutimos e ele assumiu que é BI, nem sei o que isso
quer dizer.
nos olhando com uma onça feroz. — Não vou abandonar meu irmão
por isso, tenho duas amigas que são casadas, tem seu filhinho
lindo, e isso é normal.
ela, o caçula sempre foi seu amor, desde que mamãe morreu ela
para trás.
MARINA
— As ordens princesa.
— Não era esse momento que você diria que sou linda e tal, e
Tudo com Isaac era tão simples, ele tinha o dom de deixar as
coisas mais leves, nos fazer sentir especiais, acolhidos.
— Alguém como?
— Obrigada, amigo.
Preferi usar o silêncio e fingir que ele não estava por ali. Voltei
para o trabalho, mas lógico que ele tinha outros planos. E neles
Revirei os olhos.
— Medicina sempre foi pela Isa, depois que ela se foi não tinha
por que continuar, além de que não poderia voltar para faculdade
carro no lago, mas nós duas não estávamos lá dentro. — Foi tanto
terror naquela noite e no dia seguinte. — Passei uma noite e um dia
— Marina...
— Não diz que sente muito ou me olhe com pena, já faço isso
— Vou matar cada um deles, juro que vou matar todos eles.
Senti sua fúria e a certeza de que faria isso. Tocou meu rosto
suas cabeças.
afastamos.
— Atrapalhamos? — Donny e Marco perguntaram, nos
olhando com safadeza.
Homens!
do Júlio transando.
irmã. Assumir que gostava do cara que ainda amava ou sofria por
todo nela, as coisas iam e vinham socando minha cara. Meus erros
não me davam trégua.
acharam mal-educado.
com sarcasmo e dei o dedo do meio para eles que bufaram com
caras.
— Marina!
— Mari, Mari?
— NÃOOOOOOOOOOOOO!
consegui fazer com Isadora, mas faria pela Marina tudo que
estivesse ao meu alcance.
— Vou matar todos eles Mari, eu juro, você não vai sofrer
conseguir.
Beijei sua testa e senti uma fagulha de sentimento há muito
Preferi não fazer barulho para que ela pudesse dormir mais um
pouco.
tentei descobrir o motivo de eles estarem ali, mas até hoje não
obtive resposta.
— Oi, pai.
— Pai, posso ficar aqui com você hoje? — pediu toda fofa em
seu vestido laranja com sapatilhas rosa. De tranças, Michele tinha
ouvisse.
mentirosa do caralho, falsa dos infernos, sei que fui um cuzão com
você, mas não merecia sua vingança infantil que destruiu minha
vida.
— Foda-se!
— Bom dia.
Foi ignorada pela Drica que olhou para mim com raiva e
rancor.
— Michele!
nem sobre não ter música logo cedo. Tudo isso foi para que
Não tive um pai assim, nunca soube o que era colo do pai,
senti medo a noite e ele esteve ali do lado. Meu pai sempre foi um
imbecil egoísta.
— Fico aguardando.
— Inferno!
— Pai?
telefone.
Como?
— Contas?
— Eba!
ao mesmo tempo.
doces. Grande e estranho esse cara. Nunca diria que um cara cheio
de piercings e tatuagens gostava de desenhos de princesas e fosse
tão paciente com crianças.
— Engraçadinha!
— Cócegas não.
sem graça.
— Estamos aqui ainda — Laila brincou sorrindo
despudoradamente como se soubesse de todos os segredos do
mundo.
Uma insuportável.
Deu a mão para o Marco que de cara feia colocou uma nota de
fingindo não saber do que se tratava, mas algo me dizia que sabia.
fininho.
fosse a Isadora.
bom.
às pessoas.
sofrendo com sua mente doentia. Morrer era bom demais para o
SENADOR CARLOS
— Vamos.
Daria uma coletiva no hotel da cidade, lugar neutro e com
esposa que está aqui não me deixa mentir. — Ela continuou olhando
a frente como foi instruída. — Desejo que peguem o assassino
dessa moça, que tragam a justiça, mas peço aos meu inimigos que
não façam isso, é triste ver sua família desmoronar por conta de
calmamente.
— Senador?
alcançá-la.
— Desgraçada!
com ela fora, por ser bem otário e deixar o fato da irmã dela mexer
comigo.
Inferno, inferno.
— Eu sei, mas ela não precisa de pena e sim que a veja como
Tudo teria que ser segundos, para não dar tempo de sermos
E foi assim que aconteceu, não levava fé que daria tão certo.
mas entendia que isso era mais forma de defesa que encontrou
para se proteger.
A esposa.
Igual a Isadora.
ali discretamente.
lo.
— De confiança?
Fiz de desentendido.
— Um momento.
— Ele vai ligar para seu número, qual é? Está dirigindo perto
dos Jardins — falei dando a localização da casa do Senador.
— Não precisa dar meu número só o mande para esse
endereço, estarei lá aguardando — falou com arrogância e passou
um cartão com endereço. — Não quero nenhum comentário sobre
— Ok, Ok, se ele disser uma gracinha vou chutar o saco dele.
— Diga!
— Preciso falar com você.
— Por quê?
rua.
para não perceber que não tinha nada a ver com aquele ambiente.
— Diga cunhado?
pires.
matar um homem?
— Acha que fiz tudo que fiz na minha vida tomando chá? Com
— Imaginei que não fosse, mas o Euclides, por que não contou
antes sobre ele? Teria explicado melhor as coisas e o motivo dele
estar no cargo.
participou do plano.
achei falso.
— Não veja como uma ofensa, mas você precisa pensar mais
aproveitarem.
bar, não ajuda em nada pensar, e sexo é bem melhor para isso.
— Lógico! Você acha que faço sexo com quem? E por sinal
Que nojo!
roupa.
— Preciso ir a um lugar.
também.
a ele.
— Quem?
desesperada.
— Sinto sua dor Marina, mas você não tem culpa, chega disso,
favor, pare!
— Eu não consigo!
— Sim, você consegue. — Tocou meu rosto com carinho. —
— Seu lar é seu coração, mas hoje vou levar você para minha
casa.
minha.
feia.
amigo e partir.
Seu jeito acolhedor e misterioso, mas com dores pela vida, seu
olhar às vezes tinha tristeza. Mas ele nunca falou delas, porém
— Mulher tu tem bom gosto. — Ela voltou seu olhar para mim
Júlio explodiu.
Sua mão segurou meu braço e me trouxe para seu peito. Seus
mas como explicar que Isaac era como irmão e meu porto seguro
— Sei que fiz merda, mas juro Mari que estou nessa com você
de corpo e alma.
louco por ela, a queria de qualquer jeito, mas nunca pensei que ela
traiu o marido.
que o ama, pois não suportarei que seu amor seja de outro. —
medo insano de sofrer por conta dele. Algo me puxava para o Júlio
como um ímã, temia aquilo, temia tudo que tinha a ver com ele, a
— Júlio...
poder sobre mim. Teve uma época que achei que amava a irmã
dela, e o fato disso afastar Marina de mim, só fazia a situação e
meus sentimentos piorarem. Sentia-me péssimo, mas não a ponto
com meu dedo calejado. — Eu sinto coisas com você, que nunca
você de novo.
achava que senti ou sinto pela irmã dela. Inferno! Não era
Inferno, inferno.
— Júlio!
debochou
que não gostei do amigo dela, mas mentiria, o Isaac era intrigante e
inteligente. Se o Arion ou Rômulo o descobrirem com certeza iam
querer recrutá-lo.
tempo.
seu corpo.
seus seios pularam para minha mão, duros firmes, e pedindo minha
mão. Beijei sua barriga plana, lambi seu umbigo enquanto apertava
roupa com pressa, não queria deixá-la por nenhum segundo. Mas
tomei um susto quando ela levantou e abriu o zíper da calça e ficou
só de calcinha branca, um fio dental de tão fina. Quase não cobria a
abaixo.
era linda.
Sua mão veio para meu pênis por cima da cueca preta, duro
— Meu Deus, como você diz isso assim, agora vou gozar
rápido.
meu pau.
nunca fiz amor antes, sempre fodi sem pensar muito. Para satisfazer
cama abrindo suas pernas. Ela gemeu meu nome e cheirei sua
calcinha, sua boceta molhada, estava prontinha para mim.
— Perfeita!
— Júlio...
Passei o dedo pelo fino fio e rasguei, abri sua vulva na minha
— Caralho!
— Só me dê mais um tempinho.
Era muito bom tê-la ali, na minha cama. Estava ficando piegas
e otário igual o Davi e o cuzão do Arion. Mas quem se importava
Quase não dormi a noite, mas não foi por conta de pesadelos
e sim de muito sexo. E dessa vez sexo por prazer, por vontade, por
minha vulva.
— Como?
foram lá.
esposa.
Isso era muito importante, tentei diversas vezes, mas não fui
bem-sucedida.
— Não tenha dúvidas, Laila é boa nisso e vai ter minha irmã
por perto.
— Sua irmã?
mulher.
Júlio fez cara de azedo, seu cunhado não era a melhor pessoa
— Tenho novidades.
roupas.
— Mari?
Virei para aquele homem totalmente despido.
Dei o dedo do meio e saí do quarto com sua risada alta atrás
de mim.
se amavam.
— Medo?
Drica a ex do Júlio de mil oitocentos e bolinha, mas que
continuava achando que tinha direito, ela sorria sem humor.
bunda.
dele, sempre vai ser assim, Júlio só amou uma mulher e foi a
Isadora.
Como Júlio disse que foi obcecado por minha irmã, com
crime.
mesmo feliz. Aí vem essa desiludida para estragar meu dia. Devia
partida.
Isso contou mais pontos no meu ódio por aquela mulher. Júlio
chaves.
— Digamos que sim, mas não quero falar dist=so, quero saber
Era um safado.
em você.
tinha a Mari por lá, não queria ninguém entrando e saindo. Tirando
nossa privacidade.
— Kelly?
— Já que foi você que deu cópias da minha chave para todos,
tédio.
Desligou na minha cara, mas sabia que ela iria fazer isso.
momento.
jeito que ela gosta, dois machos com fogo para uma mulher que
joelho.
descobrir.
Laila riu.
invadiu a casa.
treinada.
— O que buscam, por favor, não me matem! — pediu com
Rasguei sua blusa e seu peito saiu para fora e ela estremeceu
Não disse nada, mas toquei a sua boca com meus dedos e ela
seio arrepiado.
câmera.
— Oi, amigo.
e arrancar seu coração, vou comer ele no jantar, e sua puta esposa
curtiu, foi bom para os dois.
choque.
trouxe.
— As contas?
e uma mulher linda, era bom demais. Há muito tempo que não sabia
o que era essa sensação de se sentir de alguém, de desejar
sangue, creio que ainda achou sexy. Pela forma que me agarrou.
um deles.
Meu pau babava louco para gozar, seu recanto era como o
paraíso.
— Júlio... Júlio...
E ela gritou apertando meu pau com sua parede vaginal e fui
Abri a porta com rapidez e eles ficaram sem graça ao ver meu
desta vez?
Babacas!
Drica.
Fechei a porta e arranquei o riso dos lábios, queria torcer o
Tentei impor um tom neutro, não queria uma Mari puta da vida
hoje.
— Como?
— Isso mesmo.
Ela foi até a bolsa e pegou um cigarro, não tinha visto fumando
depois que foi para minha casa. Aquilo queria dizer que estava
muito nervosa.
Abraçou meu corpo, prometi que Drica ia pagar por mais essa,
mulher infernal.
segurava.
SENADOR CARLOS
— Quem?
Silêncio.
— Vão me abandonar?
agora tem que conseguir limpar sua imagem, ou o partido está fora
— disse categórico, saindo e levando seus puxa-sacos.
um plano.
— Senhor?
minha vida atual, e há muitos anos não via falar daquele homem.
Armei para ele e esperei ser preso, mas não aconteceu como pedi.
Nada aconteceu como eu queria!
número.
— Inferno, quem?
— Mande matá-lo.
dessas contas.
Inferno!
JÚLIO
saía de casa. Disse aos policiais que iria conversar com a Drica e
era isso que ia fazer, já passou da hora de acabar com tudo isso.
— Michele?
— Com Fernanda — respondeu, mas eu já sabia disso,
mãe era.
birra.
— O que aconteceu?
pose de antes.
— Chamei seu marido para que saiba a mulher que ele tem
em casa.
— Chega, Drica, você acabou com minha vida uma vez, não
vou permitir de novo. — Apontei o dedo para ela que virou para o
inimigo em mim. — Olhei sua sala, uma casa organizada, uma vida
— Por isso você fodeu com minha vida? É isso? Que vil de sua
vida aqui.
— Não sei do que vocês estão falando, mas sei que não vou
sua escolha mentir para mim, ajudar o Euclides me foder, você foi
vil, vingativa, não pensou no bebê que carregava. — Joguei na cara
dela e virei para ir embora. — Sua sorte que temos a Michele e
Bati a porta e saí, mas ouvi seus gritos dentro da casa, ela que
consertasse a merda com o marido.
barulho.
dentro, com medo do que encontraria, se tivesse feito algo com meu
velho mataria o Euclides.
você.
Euclides estava sentado no sofá com uma arma apontada para
o papai e para o Márcio, agradeci mentalmente por Hilda não estar
em casa.
— O que você quer com meu filho? — disse com voz firme o
velho.
“Eu que digo quando a presa morre, quando ela caí sagrando.
— Apontei o dedo para ele. — Matei um homem que era seu
você se aproveitou disso, fez seu jogo de poder e lascou com minha
algoz.
— Ficou louco, só que eu tenho uma arma, tenho seu pai e
— Não ligue para eles, devem estar mortos uma hora dessa —
comentei calmo.
— Você não me mete medo, vou sair daqui com minhas coisas
— Tudo limpo.
com eles.
de volta.
— Seu irmão?
Suspirei.
— Pai?
— Estou bem filho, mas quero saber essa história que falou
para ele.
uma máquina.
lados.
comigo.
várias armas.
aqui é o máximo.
Donny riu.
na fechadura ela balançou, mas não caiu, aço. Projetei para frente e
coração batia como um tambor, suava frio, mas tinha em mente que
escolhida.
Não tinha medo de morrer, mas tinha muito ainda a ser feito
aqui na terra antes de partir e não seriam esses dois idiotas que me
parariam.
mas não foi bem-sucedido, saltei e plantei meus pés no seu peito e
ele desabou batendo a cabeça no chão.
o pinto.
Não tive muitas coisas para me segurar durante essa vida, mas
esses caras eu sabia que daria a vida para me proteger. Uma
sensação aqui dentro do peito me alertava sobre isso.
Parecia outra vida aquele dia. Assim como parecia outra vida a
noite que o Carlos me violou a alma e me tirou a vida que conhecia.
Seguimos caminhando e a venda foi tirada dos meus olhos.
Não era o mesmo local, e sim um galpão.
triste.
— Imagino.
Arion falou com sua voz fria. — Esse é o policial que entregou sua
irmã e você.
direito.
eles chamavam.
policiais.
apavorado.
Ele se balançou.
atendida.
ninguém me salvou.
sexy pra caralho, inferno estava duro igual rocha olhando ela
trabalhar no Euclides.
transparente.
rindo. — Olha como ele grita, percebe que ela quebrou os dedos no
lugar certo.
dela!
foi submetida.
Ele pedia clemência, mas ali não tinha clemência. Era isso que
ela, apaixonado, derramado, era meu par perfeito, como não percebi
isso antes?
sofá. Se abriu como uma flor para receber meu pênis. Entrei duro,
sem pena ou floreios, era isso que no momento precisávamos.
blusa, queria me fundir nela, reivindicar, gritar para todos que era
minha.
— Vou gozar...
— Humm?
— Eu sei, mas...
bem zangada.
— Nanda!
éramos tudo para ela, quem entrasse no caminho era inimigo. E isso
que Mari era no momento.
nosso meio, perto do meu pai, pôr o Márcio em perigo, Júlio, por
isso o nosso irmão estava chateado com você, nunca vi os dois
no hospital.
— Sim, não precisa brigar com seu irmão ou com sua família.
O quê?
— Ela tem razão, fingi no hospital para ela, fingi para você,
fingi para seu irmão, joguei meu carro no carro do seu pai, tudo isso
foi culpa minha — disse com pesar. — Só tem uma culpada aqui na
estragando o momento.
Banana!
saiu pela porta e eu corri atrás dela segurando seu corpo antes que
entrasse no elevador.
Meu coração parecia ter sido arrancado do peito por uma mão
invisível.
— Júlio?
FORA FERNANDA!
quarto.
ARION
força, se não fosse à organização creio que ela teria acabado com o
Júlio. Lógico que me daria satisfação ver isso. Como me deu
Ela mereceu ouvir tudo que o Júlio disse, não queria concordar
com ele, mas minha esposa foi terrível hoje. Desde que descobriu
tudo, ficou nesse estágio louco, ainda precisava descobrir por que o
Rômulo contou. Aquele bode velho nunca fazia nada sem motivos.
Ele tinha planos para Marina, isso era certeza, ou para alguém
dela, e não contaria antes de chegar a hora. Esse era meu amigo,
Rômulo e sua mente cheia de labirintos, ele gostava de jogos.
países.
acho que vou levar a Nanda para lá de novo esse ano e fazer amor
combinaria comigo.
pensamentos, sabia que logo ela cairia na real. Não demorou seus
— Fui cruel, não fui? — Sua voz chorosa partiu meu coração.
alma. Era protetor quando o assunto era Nanda e meus filhos, era
ela riu.
— Não fala assim, ele sofre por alguém e isso o mudou muito,
— A mulher do passado?
ela.
também estava.
MARINA
ele faria o que desse na telha, porém meu senso me alertava que
não seria bom para nenhum de nós. Família era vital. Uma hora
Júlio me culparia.
Também era bom para esquecer o que fiz ontem com aquele
homem, sabia que merecia, mas trouxe gatilhos de tudo que vivi no
Nada na minha vida foi fácil, não seria agora que começaria a
ser.
tantos deles por minha ignorância, por viver perdida dentro do meu
mundo, me oprimindo de tudo e todos, achando que não merecia,
mesquinha.
— Está doendo.
faziam.
pretensão.
Não pensava no futuro, não sabia o que achar dele, de não ter
Sozinha.
— E gostoso! — Suspirou.
Sim, fiz a coisa certa em voltar para casa, Bento sempre foi
meu lar.
Isaac era uma ferida aberta para o Bento, sua partida magoou
os dois.
SENADOR CARLOS
Impeachment! Impeachment!
Bom, isso era bom, tinha que contornar tudo isso, nem que
porta.
— DESCUBRA!
melhor abordagem.
Ouvi seus passos rápidos e a porta abriu, seu rosto sem graça
para o chão, como deveria ser. Nunca olhar para mim diretamente, a
— Abra as pernas.
voltar, dessa maneira nada aconteceria. Ela não ia ficar comigo com
facilidade, tínhamos arestas a ajustar. Problemas a resolver, um
empecilho.
com certeza faria, mas abrir mão da Marina não iria. Lutaria como
sempre fiz, com todas minhas armas. Jogaria baixo se fosse
necessário, mas ela voltaria para mim ou não me chamava Júlio
Barros Alves.
aguardado.
— Cadê ela?
Não tinha tempo para papo com o cara que dormiu com minha
mulher, mesmo que em um tempo que eu não tinha feito isso, além
dele ser o cara que ela procurava quando precisava. Isso era difícil
de engolir.
Sabia que Isaac era filho do Bento, fiz pesquisas sobre ele no
Mas tinha algo rastejando sobre sua pele, uma fúria contida
ao portão.
fui eu a estar com ela, a salvá-la, isso era doloroso para um homem
como eu.
fosse necessário.
— Como a encontrou? Onde? — Precisava saber, mesmo que
com a Mari.
— Eu sei.
— Preciso que ela entenda isso.
tudo isso acabar, ainda vai sobrar a culpa, e talvez tenha medo de
ser feliz — disse com calma. — Afinal você amou a sua irmã.
mudar a situação. Isaac tinha razão, tinha que limpar tudo para que
Mari se sentisse segura com meu amor. E não uma imagem opaca
— Eu a amo.
— Prove!
minha frente.
— Marco? — perguntei.
Ele mostrou para cima, e segui para lá com minha cerveja não
mão.
olhando.
cartório.
— Já ficamos os três.
— Como isso?
Gargalhei imaginando.
gosta dela.
os dos outros.
MARINA
mais cheio, sem as olheiras de antes, até minha pele estava melhor.
minhas agitações.
Pensei no Júlio e sorri enquanto vestia minha roupa casual,
levantando.
força e determinação.
— Não creio que seja necessário — disse com a voz dura, não
mim e isso bastava. Na realidade, sentia vergonha pelo que fiz, mas
não diria.
— Tudo bem, sei que não tem motivos para querer minha
presença, temo ter sido dura com você ontem e vim me desculpar
— falei coçando a cabeça, pois não sabia o que fazer com as mãos.
sua frente.
Sorriu com doçura. — Sou uma leoa por minha família , e o Júlio,
passou por muitas coisas esses anos todos, tanta coisa aconteceu...
— Peço perdão pelo que fiz à sua família, seus irmãos, seu
pai, e não vou dizer que não foi minha intenção, porque foi.
— Sim.
— É o que importa.
Eu sabia que não ia, tinha coisas demais em jogo para que
desse certo.
tem noção como foi complicado, mas estamos aqui juntos, firmes,
onde tem amor, tem resiliência — disse me fazendo estremecer. —
“Vai ter que abrir mão do orgulho às vezes, vai ter que abrir
mão de si mesma um pouco, para entender o outro, se pôr no lugar
de homens como meu irmão, como Arion é complexo, eles não são
comuns, calmos. São como vendavais levando tudo à frente, tem
pessoas têm.”
homem como Arion não deveria ser fácil. Eu vi como ele olhava para
ela, como seus olhos brilhavam, e o que ele era capaz de fazer para
protegê-la.
— De todas as pessoas sou a única que não deveria te julgar,
porque conheço sua dor. — Levantou com um sorriso. — Espero
que um dia possa chamar você de amiga.
um abraço forte.
Fiquei sem saber como agir, mas tocada por tudo que ouvi. Ela
— Estou bem.
— Mari...
por isso.
telefônicos.
— Pera aí, como vocês conseguiram abrir? — Marco
de ombros.
seus serviços — explicou Laila com calma, minha mente deu um nó,
— O quero sofrendo, quero que saiba que paga pelo que fez a
minha irmã.
— O que foi?
teria a perder, mais do que já tinha perdido, uma hora ou outra ele ia
saber que era eu por trás de tudo.
— Ei.
seu olhar e não tinha, só certeza do que faria. Toquei sua boca com
Sim estaria lá, não a deixaria sozinha, Mari tinha a mim agora
e daria minha vida pela dela.
— Eu confio em você.
Um raio abriu meu peito com aquele sorriso, como se o mar
revolto tivesse sido parado com as palavras dela. Minha calmaria,
afastando.
dormiu.
— Márcio...
Fui um babaca com ele, não percebi o que meu irmão caçula
passava.
— Por mim nada muda, você continua sendo o meu irmão
caçula.
— E meu filho.
Nós dois viramos para a porta onde meu pai estava em pé com
sua muleta, com lágrimas nos olhos e um belo sorriso pregado nos
lábios.
— Pai...
Precisava falar da Marina, mas isso era assunto para outro dia.
— Churrasco domingo?
— Sim, vou pegar a Michele, tem alguns dias que não consigo
Falava com minha filha, mas estava evitando topar com Drica
acolhido e amado.
— Certo.
Seria uma loucura por conta do Luciano, mas tinha que pular
essa fase e a fazer entender que poderia fazer parte de minha vida
MARINA
Muito estranho, era amor e ódio que fervilhava ali. Donny era o
único que fazia piadas, comia tudo que achava, malhava e me
Acolhimento KATSAROS.
respeitada por ela. — Daqui uns dias, não vai mais precisar dessa
peruca ridícula! — soltou e eu sorri, estava usando uma peruca
no local.
pequeno sorriso.
vai ver o que ela deseja que você veja — Laila falou baixo. — Aqui
estão seguros e longe da vista de gente ruim.
Mais uma vez assentiu sem falar, me deu uma pena, ali na
nossa frente tinha uma mulher de alma quebrada, que não esperava
mais nada em troca.
encarar.
— Não, ele já me matou, perdi tudo por conta dele, agora vou
retribuir, vou fazer pagar por tudo que nos fez, por toda dor que
causou.
medo.
ajuda de Nanda. Segundo Laila ela foi para casa de sua família para
uma visita, a mãe já desconfiava dos abusos sofridos pela filha, que
Mas sua mãe sentiu que tinha algo errado, e foi aí que a
daquele doente.
— Ela vai nos ajudar, mas não sei se um dia voltará a sorrir —
— Ficou louco?
SENADOR CARLOS
O ódio fervilhava em mim, assim que o jatinho desceu em São
tudo e todos.
perder tudo.
Um dia desses ainda daria fim nela, com aquele rosto sem
graça.
— Cadê?
um deles tremendo.
— Agora!
— Miseráveis!
— Abutres, desgraçados.
tentando me controlar.
minha vida anterior, queria que ela continuasse na minha vida para
sempre.
— Onde?
— Sim, pior quando você descobre que sua noiva casou com
seu irmão.
Olhei de lado para ele sem ter o que dizer com essa revelação,
— Sinto muito.
— Não sinta, ela está melhor com ele. — Levantou e foi para
feridas abertas.
peito.
Sorriu, mas sentia que estava tensa e sorri de volta, toquei seu
rosto e o trouxe para mim, beijando seus lábios. Queria que ele
soubesse que ela veio com ele, mas era minha.
lábios.
— Vamos entrar.
— Michele? — perguntou.
— Sinto muito.
— Júlio.
— Nanda.
simpático.
Fiquei feliz em ter ele por ali para poder ver meu cunhado com
ciúmes.
Gratificante.
— Aceito.
Ela soltou minha mão e foi com Donny para o outro lado da
sabia que tudo que fez foi para proteger os que ama.
— Eu sei.
— Você a ama?
— Muito.
— Então lute.
— Estou tentando.
me encarava de longe.
— Hoje é o dia dos pais se divertirem. — Arion piscou safado
ímã, para a mulher mais linda daquele lugar, aquela que dominava
todos os meus sentidos.
sentia ansioso.
MARINA
Ainda achava que ter ido até ali foi uma péssima ideia, mas
segundo Bento seria bom para me redimir, só que não contava com
Isaac.
resto da vida.
tão diferentes.
Ir ali trouxe mais noção disso para mim. Donny ouvia nossa
conversa calado.
bolsos, e percebi algo ali, era importante para o Júlio também o que
Fomos até seu pai que foi simpático e não comentou nada
sobre o meu nome não ser Rebeca, sua namorada era uma senhora
— Estou feliz que esteja aqui Marina — seu pai comentou com
felicidade genuína.
— Obrigada.
— Sei que tem problemas com meu filho que começou tudo
errado, que essa perna é culpa sua... — falou assim que Márcio
seus gatilhos, mas quero que saiba que há muitos anos meu filho
não traz ninguém para casa e há muito tempo não vejo o brilho e
sorriso que ela carrega hoje — disse me olhando com sinceridade.
— Por isso seja bem-vinda, para mim a felicidade deles são tudo.
— Peço perdão!
recíproco.
por ele.
antes existia. Como um curativo que tocava e curava toda ferida que
ali habitava.
Entrosados e cúmplices.
Fiquei feliz por isso, tomara que role algo legal para os dois.
— Sobe!
Sua mão segurou minha cintura e sua boca desceu sobre meu
pescoço.
— Sua família — gemi na sua boca assim que fui invadida pela
sua língua.
Lembrei de algo.
— Muito linda.
pai do meu cunhado não queria o legado e fugiu para Grécia, casou
e teve ele, não sei muito sobre essa fase, só ele para contar, mas o
— Ele fez tudo por ela, abriu mão de tudo, quase foi morto,
quase perdeu a Organização para pessoas corruptas e ruins, mas
— Acho que deve ter sido difícil ele abrir mão de tudo por ela.
dois. Sem querer dizer mais nada, entendi, ele falou até mais do que
imaginei que diria. Tocou meu rosto e puxou para mais perto.
— Júlio.
estragando o clima.
cutucando.
amigo.
disse calmo.
rindo de algo que ele disse. Falou com a Hilda com carinho.
Saiu e fui até o carro com ela querendo uma desculpa para
que ficasse.
— Obrigada por me convidar Júlio — agradeceu com os olhos
brilhando.
namorada.
— Pode ser lá em casa, sei que não é seguro ficar por aí com
tudo que vai acontecer — falei. — Posso pedir pizza para gente se
quiser.
assentiu.
que achei que nunca ficaria assim. Mas hoje entendia os caras,
ficar juntos.
Pedi pizza e o silêncio do meu apartamento foi acolhedor
depois do barulho da minha família. Mari buscou uma cerveja na
— Como?
dentro dela que segurou no sofá e impactou o corpo para mais perto
de minha mão.
— Molhada!
boceta gostosa.
minha calça com rapidez e ela olhava languida e mais linda do que
nunca.
— Traz ele para mim? — pediu e eu dei o meu pau a ela, que
pelas bolas.
— Vou gozar.
Soltei sua boca do meu pênis e a trouxe, mas ela me afastou e
me derrubou sentado no sofá e subiu em mim.
dominou.
Ela segurou meu rosto e levantei sua bunda para dar mais
impacto à cavalgada. E cada vez que ela me engolia sentia que ia
explodir.
— Ahhhh caralho....
fez o mesmo em seguida, mas veio com outra escolta, para não
chamar atenção.
soltar a entrevista que foi feita logo cedo com a esposa do Senador.
A mulher parecia uma loba, era a melhor segundo a Laila, já tinha
do que planejamos.
respondia, segurei sua mão o tempo todo e olhei feio para o homem
sentença de morte.
que tudo era por mim, que minha irmã pediu isso, e como amava,
testa.
— Ela fará ele pagar, essa vingança é mais dela que minha —
respondi e um sorriso maléfico se abriu em minha irmã.
sofria por ter que contar tudo, relembrar tudo. Isso me deixava
imponente, me sentindo um nada por não ter estado lá para salvá-la
SENADOR CARLOS
recursos, tudo que eu dei, paguei por aquela cadela e paguei caro.
jogo.
Inferno!
— Senhor?
Devia ser algo importante para ele fazer isso. O rosto que há
Marina?
Olhei para ele que deu de ombros e se encolheu, voltei o olhar
— Isadora? — falei para mim mesmo, será que ela estava viva
— Saia!
rato medroso.
tudo que seguiu depois dela. Mandei minha mente para longe, meus
sentimentos ocultos e vesti a máscara que usava há séculos de não
casulo.
ele sabe.
movimentar.
mira do Marco e Júlio, que detestava toda vez que meu amigo me
para a guerra. Ele queria, assim como eu, acabar com o Carlos
logo.
— Mas...
um cão feroz.
— Vai participar? — perguntou Júlio sentando no PUF também
negro.
curiosidade.
— Ele é uma cobra bem rasteira, uma aranha que tece a teia e
logo você cai sem perceber — Marco completou. — Já vi
arrancando o coração de um cara sorrindo.
Meu Deus, não conseguia crer que aquele senhor fosse capaz
disto.
— Se você for sua caça pode ter certeza de que vai ser pega,
ele nunca erra o alvo — completou Donny pensativo.
obrigada.
— Eu sei!
com pressa.
CARLOS
do que eu.
mim da escada.
— Senador.
focar nele.
isso, meu assessor vai ficar aqui para disfarçar minha saída. — Dei
a ordem a afundei no banco para que ninguém percebesse minha
presença no carro.
— Aeroporto?
— Sim, senhor.
isso era uma tremenda dor de cabeça. Deixaria todos acharem que
de país.
O carro parou, não esperei o motorista abrir a porta, desci e fui
— Calma, Senador.
— Cala a boca!
sabia que Mari estava tensa, pensou nisso a vida toda e agora o
beijando de novo.
piada.
desestabilizar.
— Isso não vai ficar assim, quanto vocês querem? Diz o preço.
suando de nervoso.
— Não queremos seu dinheiro, vai morrer com ele, e não pode
rostinho lindo.
a vida bem, pois tinha dinheiro e poder para isso. Mulheres eram
mortas, humilhadas e massacradas todos os dias e a justiça
que não é possível, ela foi quebrada para o mundo. — Sabia o que
ele dizia, Marina não conseguiria se encaixar depois que sua
O grito do Carlos ficou fraco, ele não tinha mais força. Mas
minha mente não estava mais nele e sim nas palavras do Donny.
— Pelo que sei do Rômulo, isso já deve estar em pauta, ela é
uma guerreira treinada, uma máquina de matar, assim como Laila,
com certeza ele não vai a deixar soltar por aí — explicou ainda
metido com toda situação que não pensei como seriam as coisas
protegê-la.
Tudo que tinha, esse louco tirou de mim, minha irmã, minha
Tudo que era mais caro me foi roubado por esse canalha.
O rancor, a raiva alimentava cada golpe que dava nele. O
queria agonizando.
Tentei soltar a mão para dar o golpe, porque era isso que meu
instinto pedia.
Miserável, era igual a ele, meu coração dizia para mim, mas
— Toma!
água molhar minha garganta quando levei aos lábios. Laila ficou em
local.
perguntasse. — São eles que vão criar o cenário para que o mundo
acredite que o Senador tirou a própria vida.
— Dorme a noite?
somos anjos Marina, somos guerreiros forjados para fazer o que for
necessário para manter a ordem e proteger quem não pode fazer
isso.
meninos eram a família dela. — Ele me deu pelo que lutar, por isso
durmo todas as noites sabendo que homens como Carlos merecem
a morte.
— Também.
Respirei fundo.
em minha mão.
dentes. — Acho que vou ter que matar um deles para servir de
exemplo.
— Mesmo assim.
— Também quero.
— Inferno, aqui não tem como.
boceta.
seu pau.
juntos.
Gemi em sua boca quando gozei apertei seu pau com minhas
o chão.
estávamos fazendo.
JÚLIO
A noite foi de muita correria para ficar tudo como deveria ser, a
Mari teve pesadelos e soube pelo Donny que velou seu sono
bem esse nem sabia como ele ficava sabendo das coisas.
Assim que pedi o relatório ao Donny e ele relatou que ela teve
Bem a cara dele, por isso o mandei, sabia que ele teria
Marina tudo que fez com Carlos, porque por mais que ele tenha
merecido, ela era humana.
em resposta.
lavagem de dinheiro.”
corridas matinais todos os dias por aqui, ele não quis gravar
algumas pessoas pode ter sido suicídio, mas não foi ainda
essa e para nós era comum plantar provas, usar dados e pessoas
para encobrir a verdade, tudo impessoal, mas desta vez era pessoal
demais.
E saiu.
agradeci.
complicado.
voltou.
pensamentos.
“Saudades”
Só com os íntimos.
Olhei para o local e foquei na Isa, era linda, fez tantos por
“Perdão, Isadora, por não estar lá, por ter no fundo feito isso
Mas sabia que gostaria de estar ali conosco, com ela, para ela,
— Eu também!
Mas ele organizou e geriu o processo, cuidou para que tudo ficasse
bem.
mais justo depois de tudo que viveu. Mas não acreditava que as
Mas via que não tinha outro caminho a ser trilhado, e agora
precisava saber o que ia fazer com minha vida. Não fazia a mínima
Não contei a Júlio que fui convidada para uma reunião como
ninguém menos que Arion.
— Olá, Marina.
— Hum, armas?
Nunca imaginei.
dó em sua voz.
forte. — Cumprirei.
encantado.
— Obrigada.
perto do Rômulo.
joelhos.
Não sorri, não achei graça, não entendia essa fixação dele em
Aguardei ele terminar, e fazer o que tinha que ser feito, era
uma mulher de palavra.
JÚLIO
novo.
amiga?
Ela recuou com minha dureza, não tinha nada a temer sobre
mim e sobre a Marina, Drica não tinha direito nenhum de cobrar
parecida com irmã? — Uma víbora era o que essa mulher era. —
— Nunca faria isso, sou grata por tudo que fez por mim e por
ela, pela sua família que ama minha filha. — Parecia indignada com
minha ameaça. — Entendo que seu trabalho é perigoso, nossa filha
ficará melhor comigo.
Nisso concordava com ela, a menina já foi usada uma vez para
você, e seu marido ficará sabendo como você mentiu para se vingar
DA PUTA!
— Nunca!
Eu sabia que foi, com certeza foi o melhor para ela mesmo que
Imaginei isso, por isso fui ao Rômulo, que era duro, mas tinha
um coração enorme.
Organização.
Parecia leve, diria que sua rigidez tinha sumido, ela nem
— Ei.
— Não!
Gargalhamos.
era fazer com que o trabalho não nos atrapalhasse. Minha vida na
juntos.
DOIS MESES DEPOIS
MARINA
Percebi que toda vez que visitava o túmulo da Isa tinha flores
fresca, achei que fosse o Júlio, mas acabei descobrindo que a viúva
Chorando, acho que assim como era meu refúgio ir ali chorar
fantasmas, sabia pelos meninos que hoje ela prestava serviço para
— Oi.
faz o amar mais ainda. Parece uma loucura, mas sinto falta dele a
noite, das suas picuinhas e ciúmes bobos. Ele sente ciúmes dos
estamos juntos, ou comer pizza e jogar cartas com o pai dele, que é
ainda me evita e fala pouco com o Júlio, mas creio que um dia ele
vai superar, espero que sim, pois não pretendo sair da vida do
Júlio.”
com lágrimas nos olhos. — Perdão por não ter conseguido te salvar.
Sempre me encontrando.
conselho.
assim?
— Não acho, se você entende que ele é o cara certo, por que
não?
feliz?
exemplo.
mas essa parte parecia morta, era para entrar e sair com as
crianças que estavam lá dentro.
Meus instintos diziam que tinha algo errado, que tinha alguma
coisa acontecendo. Que podia ser uma armadilha.
pescoço nesse país não era muito amado, a Organização era vista
— Atrasado — resmunguei.
dinheiro.
lembranças.
com medo.
— Adeus Júlio.
relógio e eu sorri.
amava, que apesar de estar junto não tinha tanta ideia do tanto de
amor e dor que poderia me causar.
morrido.
queria fazer algo, mas meus pés trancaram no chão, tinha medo,
muito medo.
frente.
Era uma equipe e um dos seus foi ferido. E pela primeira vez
meu homem.
sabia que era o médico disse e a maca foi levada com rapidez para
dentro.
— Eu vou ficar.
chegar.
Precisava disso.
ARION
Meu humor não era dos melhores, senti a raiva dominando
cada veia do meu corpo.
Odeio traidores!
alarme.
recíproco ali, um dos nossos foi traído por dinheiro, eram treinados
serem vistos.
Um era o escudo do outro, éramos uma irmandade aqui dentro
Todos se olharam.
AMADORES.
que sabíamos.
— Senhor...
— Me conte como se salvou e o Júlio não? — pedi sentando e
homens.
— Eu não...
sala.
levantando.
— Sim.
— Pode ensaiar até o fim do dia, você vai falar muito isso. —
todos assentiram.
se mexer?
não sei qual deles parece mais ansioso para entrar — brincou, eu
Inferno!
— Calma.
Se ela falasse isso de novo eu ia surtar, que ódio que não tinha
nem como mandar se lascar do jeito que me encontrava.
Calma é o caralho!
— Filho...
Meu pai.
— Glória Deus, você está vivo.
— Pai.
— Mari...
— Ela vai entrar depois de mim, aquela moça não saiu daqui
desde que você chegou, vê se toma juízo e a peça em casamento.
— Te amo, pai.
— Desgraçado!
Marina? O mundo entrou no eixo assim que ouvi sua voz,
— Amor!
Então já descobriram.
— Amor..
— Eu te amo.
— Estou vivo.
— Casa comigo?
— Para seu desgosto não vai poder ficar com a viúva — disse
com voz sumida. E ele sorriu.
— Deus me livre, aquela louca chutou meu saco, eu hein?!
Era forma de ele dizer que estava tudo bem entre nós.
amava meus irmãos, família era tudo para mim. — Você vive sendo
baleado nesse emprego perigoso para chamar atenção e eu que
sou cuzão?
— Vai se foder!
Ele caiu na risada e eu estava feliz por poder ver esse sorriso
de novo.
UMA SEMANA DEPOIS
MARINA
outra pessoa no local e assim ele conseguir projetar seu corpo para
frente e tirando a mira do atirador. A bala quase pegou no coração,
Agora queria o Euclides, mas já foi deixado claro para mim que
dentro para matar o Júlio, virou algo pessoal para a equipe. Não
acreditava que tinha tido noção de onde se meteu. Assim como eu
na época não tive essa visão. Olhei por cima, vi o que eles queriam
que eu visse na superfície, não consegui tirar as capas que tinha por
trás de tudo e quase perdi minha vida, se não tivesse feito um trato
com o Arion uma hora dessa estaria com boca cheia de formiga em
alguma cova.
— Olá.
Virei para a porta e Donny estava em pé nela.
Ele falou algo sobre isso, mas como deu febre esses dias e
frente.
passei para ver como vocês estavam, vou sair em missão, e não sei
quando voltarei — continuou, mas senti que tinha algo mais. — Vou
Davi.
— Ver sua família é tão ruim? — indaguei com calma.
isso.
sonolento.
a família não tocava no assunto ou exigia que ele parasse, era como
se eles entendessem que para ele aquilo era importante, mesmo
chance de vingar a Isa e foi ai que levantei, foi aí que parti para a
guerra de verdade que assumi quem sou hoje.
— Não quis dizer que não desejo casar, eu quero, mas não
imagino como vamos fazer isso dar certo. — Será que ele me
O sorriso voltou aos seus lábios e ele tocou meu rosto e sorriu.
isso dar certo, mas eu sei que desejo viver ao seu lado para
— Estou apavorada!
— Eu também.
— Eu te amo.
— Eu sei.
— Pai!
cruzados.
Passei por ela sem nem olhar na sua cara e empurrei seu
Nojenta do caralho.
JÚLIO
país para me ver, mas não queria que a Drica tivesse contado a
sei por que ela não entendia que não era bem-vinda. Um dia
Michele ia conhecer toda a história e temia por esse dia. Por
antigo amigo.
— Olá, Euclides.
Seria por pouco tempo, Laila faria tudo com rapidez e sem
deixar rastros.
Devia estar com a cara de idiota ao olhar para Mari entrando
no restaurante naquele vestido colado.
Uau!
Que mulher!
— Tarado!
Me sentia órfão.
muito feliz.
que o medo tentou oprimi-la e a fazer recuar, mas essa Marina não
existia mais e em segundos ela suspirou e abriu a caixa.
Só aguardei.
— Podemos! — respondi.
Deu o dedo para mim que coloquei meu anel de compromisso
nele e ela olhou para ele com carinho e depois levou a mão ao peito
com forma de carinho.
— Te amo.
Ela tinha razão. — Temos todos os contras para isso não dar certo,
mas somos teimosos demais para recuar.
com essa loucura, mas quero que saiba que estarei no dia e hora
marcada, talvez atrase um pouco — direito da noiva — como uma
boa teimosa, tentando por nós, por você e por nosso amor.
aceitar casar com o Júlio pensei que teria crises de ansiedade, mas
até o momento me sentia bem com a decisão.
em minha abertura, acho que gemi alto ao ter sua extensão toda
dentro de mim. — Adoro todo esse vigor.
Júlio bateu dentro e fora com força e focou dentro dos meus
olhos segurando minha bunda com uma mão e segurando minha
Queria rir da cara da Laila, mas não achei prudente fazer isso.
uma vendedora sem graça atrás de mim. Com certeza ela achava
que nós duas não combinávamos com o ambiente, talvez tivesse
Coitada!
Fiquei até com pena, imagine atender uma noiva e sua
madrinha nada animada? Fazer compras não era meu forte e com
certeza o da Laila também não.
convidados...
— Como?
aguardei. — Sozinha?
passei a bola para os dois. Fingi não sentir dor com o beliscão e
continuei olhando para o senhor de olhos lacrimejantes.
levei meu noivo boca solta junto, largando o casal para enfrentar a
ira do Bento.
O abracei e beijei sua boca, ele riu com gosto e aceitou meus
lábios.
boca.
— Família!
no dia que falamos sobre, ela deixou isso claro, o que me fez mais
fresco.
E ela saltou para trás abaixando para não ser socada pela
Marina.
— Cerveja? — lembrei.
— Beleza.
— Atrapalho?
particular.
parques. Fiquei cansado, mas o dia foi muito bom, e senti que
precisava de mais momentos como esses com os dois. Marina que
e sapeca.
vivia aquilo, que tive uma segunda chance de poder viver e entender
da minha filha com cara nada alegre, temia isso, Mari estava com a
paciência por um fio com a Drica. E não poderia tirar sua razão.
— Não, o assunto é com o pai da minha filha — disse com
encher o saco vou quebrar você toda, a vontade está bem aqui.
— Vai, pode ir, e vou até seu marido contar o que veio fazer no
Brasil — Marina ameaçou — E ainda te dou uma surra.
ou dentista.
— Marina...
hora certa...
cara feia.
Estava linda.
Apesar das regras, dividi o caminho com ela, peguei sua mão
e ela gargalhou.
por perto.
Sorri, ah, sorrir virou uma coisa tão comum para mim
ultimamente.
vão contar.
Donny, essa é uma longa história de amadurecimento, ganho
de maturidade e fé. Logo ele deve querer se abrir para contar sua
história ao mundo.
— Oi, Isa.
— Foi assim que tudo começou, com raiva mágoa e dor, hoje
que conheci, aquela que morreu por mim, aquela que fez tudo para
cada momento.
Que ela não iria ver o quão linda minha filha era, o quão louca
Até o tio Luciano babava o chão que ela pisava, sem contar o
tio Arion que ela cortou a gravata, e ele sorriu achando a maior
graça do mundo.
à sua volta.
— Oh mãe o pussarinho.
acertávamos.
cadeirinha.
Era um safado.
temia, mas sabia que amava o que fazia e nunca ficaria contra a
isso.
no fundo.
tenha uma turma para salvar os que não têm voz e nem direitos
dentro dessa sociedade...
ATÉ BREVE!