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Instagram: @lunaoliveiraautora
ISBN: 978-65-00-35704-2
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Belo Horizonte - MG
Nascer na máfia não é fácil, ainda mais nascer na Famiglia mais cheia
de tradições do mundo. Eu nunca fui uma garota de viver lamentando,
sempre fui de correr atrás dos meus objetivos. Inclusive, já me chamaram de
pequena manipuladora, mas o que as pessoas têm que entender é que, depois
de ver tudo que vi e sendo filha de quem sou, não vim ao mundo para desistir
sem lutar.
Pensando na trajetória da minha vida até aqui, desde quando deixei a
Itália bem no início da minha pré-adolescência não vivi um dia sequer como
uma garota normal. Todos os dias eram cercados de disputas de territórios,
conflitos armados e soldados me cercando por todos os lados.
Eu nasci na Itália, minha mãe, Luna Fiore, era minha luz e meu pai,
Giovanni Fiore, me tratava como uma princesinha, até que aos meus onze
anos de idade meu mundo cor de rosa desabou. Minha mãe descobriu que
estava muito doente, iniciou seu tratamento assim que foi diagnosticada com
um tipo raro de câncer, mas nem todo o dinheiro que meu pai possuía foi
capaz de salvá-la.
Meu pai amava minha mãe com toda sua alma e quando ela se foi, um
pedaço dele foi junto, o outro pedaço que restou se quebrou, restando a mim
catar caco por caco para que juntos pudéssemos seguir em frente.
Minha mãe amava a Itália e tinha o sangue siciliano correndo forte
nas veias, depois que ela se foi, ficou difícil demais para respirar naquele
país. Papai era um dos Capos que viviam na Sicília, a Famiglia queria
expandir os negócios para o México, entretanto, estavam enfrentando
dificuldades sem uma liderança forte, respeitável e centralizada lá para
comandar. O território era uma loucura completa, várias gangues de rua, MCs
e Cartéis disputavam o controle do submundo do crime no país.
Em uma das reuniões com os outros Capos, meu pai viu a chance do
novo começo que buscava para nós, então ele se ofereceu para se mudar para
o México e liderar os avanços da organização. O Chefe da Famiglia, Lorenzo
Bianchi, concordou com a mudança com um pouco de relutância no início,
pois meu pai era um de seus Capos de confiança, assim, receou que ele
sucumbisse facilmente nas mãos de um dos muitos inimigos.
Na minha inocência infantil, fiquei feliz quando soube da mudança,
amava a Itália e tinha algumas amigas, mas não aguentava ver papai cada dia
mais perdido em lembranças, então fiz minhas malas e prometi que faria do
México meu lar. Papai levou conosco nossa governanta, Lucrécia, que foi
encarregada de me ensinar todas as regras de etiqueta que uma mulher de
berço como eu deveria aprender.
Desde o primeiro dia da mudança percebi que nada seria como antes,
mesmo meu pai tentando me manter alienada dos perigos que nos cercavam,
não foi difícil perceber que para estar em segurança eu precisava andar com o
triplo de soldados que era acostumada e a guerra era uma nova constante no
nosso cotidiano.
A primeira atitude do meu pai foi estabelecer uma rotina pesada com
várias atividades extracurriculares todos os dias da semana, inclusive aos
domingos, para manter minha mente sempre ocupada. Além das aulas de
etiqueta, fazia aulas de dança, aulas de natação, aulas de piano, aulas de
inglês, francês e russo e já era fluente em italiano e espanhol.
A maioria das aulas eu fazia em casa, o que eu preferia já que para
colocar os pés na calçada necessitava de uma comitiva real no meu encalço, o
que chamava mais atenção para mim do que eu suportava. Entretanto,
comecei a me sentir muito sozinha, como solução papai autorizou que os dois
filhos do seu soldado e braço direito, Leonardo Ferrara, frequentassem as
aulas comigo.
Giselle e Nando eram gêmeos e tinham a minha idade, sob as ordens
de papai se mudaram para o complexo que estava sendo construído ao redor
de nossa casa. Eles se tornaram como irmãos para mim, sempre inseparáveis,
e, aproveitamos a forma diferenciada de ensino para concluir mais rápido as
matérias, orgulhando nossos pais com a nossa dedicação.
Papai comandava nosso novo território com mãos de ferro, sempre
estabelecendo limites rígidos, atirando primeiro, perguntando depois. O
tempo foi passando e eu sabia que os negócios estavam cada vez mais
difíceis, via meu pai cada dia mais estressado, mas só realmente me dei conta
de quão grave era a situação quando fui sequestrada.
Era uma tarde ensolarada, eu tinha quatorze anos e estava voltando da
aula de dança junto com os nossos soldados quando fui capturada por uma
gangue de rua que vinha causando problemas para o meu pai. Eu vi os
soldados serem baleados ao tentarem me proteger, foi a cena mais chocante
da minha vida e fez com que a garota ingênua se fosse de vez. Me
mantiveram presa em um galpão por três longos dias, amarrada a uma
cadeira, sem forças ou habilidades para lutar contra meus captores.
O grupo planejava conseguir um resgate milionário de papai, no
entanto, a Famiglia não costumava aceitar esse tipo de negociação para não
abrir precedentes. Quando achei que era o meu fim, em meio à desmaios,
escutei vários disparos, apaguei de vez e acordei nos braços de papai no
hospital.
Eu nunca tinha me sentido tão indefesa, desprotegida e impotente em
toda minha vida como foi durante os dias que passei no cativeiro. Entre todos
os sentimentos possíveis, a impotência que senti era o que me corroía por
dentro, então assim que saí do hospital, decidi que as coisas precisavam
mudar e eu nunca mais seria apenas um alvo fácil.
— Papai, eu sei que as coisas estão difíceis aqui e sei que tem sido
impossível que consiga controlar os negócios da Famiglia e me proteger 24h
por dia, imprevistos sempre poderão acontecer, por essa razão preciso te fazer
um pedido.
Meu pai me olhou tristemente, totalmente abatido desde o meu
retorno para casa. Ele assentiu, esperando que eu continuasse.
— Quero aprender a lutar para me defender, me tornar um soldado, te
ajudar nos negócios, não aceito mais ser vulnerável quando tem tantas coisas
que eu posso fazer por nós.
Papai arregalou os olhos e me disse um “NUNCA” com todas as
letras, mas como eu disse antes, sempre consigo o que quero. Dessa vez não
foi diferente, me empenhei com fervor em aprender a lutar e aos meus vinte
anos já era o braço direito de papai no México.
CAPÍTULO 01
Milena Fiore
Bônus
A viagem até o México foi longa, meu pai aproveitou o tempo para
me colocar a par sobres os negócios que Giovanni Fiore comandava e me
contar sobre os inimigos que possuíamos.
— Minha noiva ajuda mesmo na administração dos negócios?
— Giovanni não teve filhos homens, a disputa por território no
México é grande, era difícil para ele cuidar de tudo sozinho e proteger a filha,
no início queria apenas ensiná-la autodefesa, mas a menina se mostrou muito
geniosa e começou a lhe ajudar em tudo. Claro que ele não admite isso para
ninguém, mulheres não têm cargos na Famiglia.
— O Chefe sabe e pactua com isso?
— Não há nada que passe despercebido pelo seu tio, se ele não se
meteu é porque não é necessário. Milena foi treinada para suportar tortura e é
leal ao pai e à Famiglia, assim que a resgatei, ela viu que precisava se casar
para se proteger, o que mostra que é uma ragazza inteligente e sem frescuras.
Faz o que precisa, assim como você deve fazer.
— Inteligente eu não sei, mas claro que iria querer se casar comigo.
Qual delas não quer meu sobrenome? Entretanto, eu aceitei esse casamento,
mas não aceitarei que se meta mais nos negócios.
— Quando ela for sua esposa você decidirá sobre ela, mas não
mencione isso agora, enquanto ela não estiver casada ela pertence ao pai. Seja
esperto.
— Vai ser difícil me controlar se ela quiser se meter onde não é
chamada, se ela foi mimada pelo pai, aprenderá da pior forma que comigo
não tolerarei desobediência e não serei manipulado.
Meu pai continuou a conversa contando sobre Esteban González, o
primeiro que teria que eliminar para proteger minha noivinha, assim como me
deixou ciente das traições do governador que colocamos no comando.
O México era uma zona de guerra, não havia o respeito e a lealdade
conquistada na Itália a ferro e sangue.
Seria um desafio.
Minha sorte é que eu amava um desafio, não teria espaço para tédio.
Após horas de voo desembarcamos onde seria meu novo lar.
— Vamos passar na casa de Giovanni antes de ir para casa de
Leonardo, preciso lhe repassar as ordens de Lorenzo imediatamente. —
Giovanni não iria nos hospedar em sua casa por minha causa, parece que meu
sogro temia pela honra de sua princesinha, então escolheu nos hospedar na
casa de seu homem de confiança. Regras da Famiglia.
— Claro, pai, quem sabe não pego minha noivinha de surpresa e vejo
a verdadeira face de Milena antes que ela se encha de maquiagem.
Meu pai apenas sorriu do meu comentário com um ar de deboche, ele
me disse que ela era uma bela ragazza, mas me diria qualquer coisa para não
me ouvir reclamar mais.
Eu não tive curiosidade de ver nenhuma foto dela, preferia ver seu
rosto pessoalmente.
Nunca tinha ido à Cidade do México, era uma bela cidade, mas
completamente diferente da minha amada Itália.
Seria difícil me acostumar.
A casa do meu futuro sogro era bonita e grande o suficiente para uma
pessoa se perder dentro dela, mas não pretendia morar ali quando me casasse,
meu pai já havia separado algumas casas pelo bairro e eu aproveitaria essa
viagem para me decidir qual seria minha.
Giovanni embora nos esperasse só pela noite, nos recebeu com
alegria, mas quando adentramos o seu escritório, me deu uma clara ameaça
do quanto sua filha era importante para ele e que assumindo o compromisso
de me casar com ela teria que mantê-la segura, além de que ele ainda era o
Capo e eu lhe devia obediência e lealdade.
Eu não me surpreendi com suas palavras, se tivesse uma filha um dia
também não entregaria a alguém que não fosse capaz de protegê-la.
— Como sabe Giovanni eu fui treinado a minha vida toda para ocupar
uma posição de respeito na Famiglia, sou um Bianchi e cresci com o peso do
meu sobrenome, não deixarei que ninguém machuque minha mulher e serei
seu braço direito, para juntos aniquilar todos os ratos que têm se metido
contra nós.
Eu vi o semblante orgulhoso do papai com minha resposta, Giovanni
apenas assentiu sem demonstrar nenhum sentimento e prosseguimos com a
reunião.
— Milena está na aula de dança, mas pelo horário já deve estar
chegando.
— Precisamos ir para a casa de Leonardo, meu filho irá conhecê-la no
jantar como combinado.
Estávamos indo em direção à garagem quando um carro em alta
velocidade adentrou o portão, passando por cima de um canteiro de rosas e
parando bem ao nosso lado.
A porta do carro se abriu e vi minha noiva pela primeira vez e fiquei
paralisado com a situação.
Milena estava com o vestido de dança rasgado na altura da coxa, suja
de graxa, suada, tinha uma mancha de sangue nos braços e os cabelos
estavam totalmente desgrenhados.
Na mão dela havia um saco de papel do McDonald’s e um milk-shake
já pela metade.
Cazzo! Ela era linda!
— Minha filha, o que aconteceu? Seu braço — Giovanni indagou.
— O sangue não é meu papai, estou bem! Tentaram me pegar
desprotegida novamente.
— Suas roupas, minha filha...
— Esqueci de voltar as cordas para o carro. — Deu de ombros, como
se não fosse nada demais seu estado bagunçado.
— Foi Esteban González?
— Não sei, mas acho que não. Estavam em três, deixei Felipo com os
outros dois para limpar a bagunça antes que a polícia se intrometa, melhor
mandar reforços.
Ela reportava tudo tão naturalmente para o pai, chupando o canudo do
milk-shake de vez em quando, como se não fosse grande coisa para uma
garota, até que se virou para mim e percebeu minha presença.
Finalmente notei pelo menos uma pontada de constrangimento.
— Vejo que chegaram mais cedo do que o esperado. Desculpe não
estar apresentável para ocasião, se soubesse que estariam aqui tão cedo não
teria ido à aula de dança para recebê-los. Desculpe pela minha aparência um
tanto quanto desalinhada.
— Vejo que seu dia não foi fácil, prazer em conhecê-la bella mia! —
Ela sorriu pelo meu cumprimento e suas bochechas ficaram levemente
vermelhas.
— Prazer em conhecê-lo, Stefano! — Ela se virou para meu pai. —
Fico feliz em revê-lo, senhor Bianchi!
— Eu também estou feliz em revê-la, mas vejo que os inimigos não
deram tréguas em minha ausência. Estava sozinha? Os soldados não faziam
sua escolta?
Notei uma pontada de reprimenda na voz do meu pai. Ele pensou o
mesmo que eu, essa menina precisava aprender sobre obediência
urgentemente.
— A escola de dança fica a dez minutos daqui, lá dentro é seguro já
que há outras filhas de soldados que fazem aulas comigo e sempre estão
acompanhadas, não vi necessidade de levar ninguém comigo no trajeto de
carro, mas fui abordada no estacionamento.
— O que aconteceu com suas roupas? — questionei olhando para
suas pernas descobertas e a vi corar novamente.
— Eu tirei as cordas do meu carro recentemente, não tinha nada para
amarrar um dos homens que capturei — falou dando de ombros novamente.
— Você capturou um dos homens? — perguntei realmente
impressionado com ela.
— Claro! Um deles seria necessário para descobrir quem pretendia
me capturar dessa vez. Fica de presente para você! — Ela jogou as chaves do
carro em minha mão e eu peguei surpreso.
— Irei me trocar rapidamente, não comece a diversão sem mim.
Milena pediu licença e entrou na casa, deixando-me perplexo com
tudo o que aconteceu. Escutei umas batidas dentro do porta-malas, abri com a
chave que ela me entregou e vi um homem amarrado com pedaços do vestido
dela, a cara machucada e uma faca cravada em sua perna.
Fascinante.
CAPÍTULO 10
Milena Fiore
Em frente minha nova casa, fiquei fascinada com a escolha feita pelo
meu marido que possuía um ótimo gosto.
Enquanto os soldados levavam nossas malas para dentro, reparava
que ele teve o cuidado de se manter próximo à casa de papai, acatando a ideia
de manter um complexo da Famiglia para que facilitasse nas medidas de
segurança.
Eu me sentia cada vez melhor ao lado de Stefano, seu cuidado comigo
aquecia meu coração. Ele era seco com as palavras e não compartilhava suas
emoções, se escondia em uma máscara fria quase o tempo todo, mas suas
atitudes falavam mais que mil palavras.
Ele disse o que esperava do nosso casamento, basicamente o discurso
dele se resumiu em cumplicidade e fidelidade, mas o que ele não sabia é que
juntos também iríamos construir uma verdadeira história de amor.
Eu iria viver um amor avassalador com ele, me dedicaria todos os dias
a fazer com que ele me quisesse mais e mais.
Além disso, era a única forma dele me permitir continuar trabalhando.
Entrei na nossa casa, seguida por seu olhar avaliador, em resposta dei
meu melhor sorriso agradecido.
— Que casa maravilhosa! Estou apaixonada por cada detalhe,
Stefano.
— Nosso lar, esposa. Que bom que gostou, organize nossas coisas do
seu jeito, eu preciso ir encontrar Giovanni, pelo que ele me adiantou há muito
a ser feito, provavelmente volto apenas para o jantar.
— Tudo bem. Irei colocar tudo em ordem, mas amanhã quero ir com
você encontrar papai e conversar sobre como as coisas serão daqui para
frente.
— Milena, eu já disse que...
— Xiiii... Amanhã, marido, hoje preciso colocar nossa casa em
ordem. Vai lá, papai precisa de você. — Dei um beijo calmo em Stefano, ele
assentiu e saiu me deixando com as borboletas que sempre insistiam em
aparecer quando ele me tocava.
Subi as escadas e fui para o nosso quarto. Era enorme, mas precisava
de um toque feminino na decoração, iria trocar as cortinas e colocar uma
penteadeira, sem falar nas paredes que estavam sem vida alguma.
Fui listando tudo que precisava de uma modificação para repassar
para os empregados, outra coisa que também precisava verificar. Sentiria
falta de Lucrécia, precisava de uma governanta tão boa quanto ela para deixar
tudo sempre em ordem, faria um período de testes até encontrar alguém para
a função.
Liguei para Giselle e ela ficou de me visitar outro dia já que estava
ocupada fazendo um favor para o Nando hoje, mas não deixou de me
incentivar a preparar uma surpresa sexy para o meu marido.
Então fiquei de um lado para o outro o dia todo organizando tudo e
agora estava no meu quarto, ansiosa pela chegada do meu marido.
Preparei um jantar romântico, comida de restaurante, coloquei na
mesinha de canto do quarto, champanhe, velas acesas, pétalas de rosas
espalhadas por todo o quarto.
Eu estava usando um conjunto de peças íntimas vermelho rendado,
com direito a cinta liga, meias três quartos e salto alto, tudo escondido
embaixo de um sobretudo.
Se dependesse de mim a noite seria uma criança e nossa lua de mel
não terminaria tão cedo.
Depois da minha primeira vez, as coisas começaram a melhorar. Eu
ainda sentia um desconforto com ele dentro de mim, Stefano era todo
másculo, grande e seu membro era com certeza muito acima da média, mas
meu corpo estava se acostumando e eu quase consegui gozar na última
penetração.
Escutei a maçaneta se mexer e então resolvi me sentar com as pernas
cruzadas de uma forma que imaginava ser sexy.
Stefano abriu a porta e seus olhos percorreram por todo o quarto
parando diretamente em mim.
— Cazzo!
Sem demoras ele estava na minha frente, me beijando loucamente.
Interrompi nosso beijo e decidi que o jantar ficaria para depois. Sob o seu
olhar, tirei meu sobretudo e deixei que ele visse tudo que pertencia somente a
ele.
Queria matar meu marido de uma vez só.
— Esposa, você me enlouquece. Vou venerar cada pedacinho do seu
corpo essa noite.
Stefano começou a tecer beijos pela minha nuca, desceu para meus
seios e retirou cuidadosamente meu sutiã. Sugou meus mamilos, fazendo-me
delirar de desejo.
Não contente, foi descendo e lambendo minha barriga, colocando-se
de joelhos em minha frente.
Lentamente desprendeu a cinta liga da minha perna direita e foi
descendo a meia enquanto seguia uma trilha de beijos desde minha coxa até o
joelho. Quando terminou, repetiu o mesmo processo com a perna esquerda.
Por fim, retirou minha calcinha, me deixando completamente nua na
sua frente.
— Eu vou me deitar na cama e quero que você se posicione em minha
boca.
Stefano fez o que disse, ele permanecia completamente vestido, ainda
hesitante, fiz o que me pediu.
Segurei na grade da cama e posicionei minha entrada sobre sua boca.
— Seu homem vai te chupar e você irá rebolar em minha boca. Quero
tudo de você.
Dizendo isso ele começou a me lamber, brincar com meu clitóris e eu
comecei a gemer sem parar. Eu rebolava para aumentar o atrito e ele
começou a colocar os dedos dentro de mim.
Eu estava completamente perdida de desejo, naquele momento faria
qualquer coisa para que ele não parasse o que estava fazendo.
Gritei por seu nome em meio aos gemidos e quando dei por mim
estava gozando freneticamente em sua boca, meu corpo todo tremia com a
sensação do orgasmo.
Stefano me pegou e me colocou deitada sobre a cama.
— Seu gosto é maravilhoso, mas preciso estar dentro de você.
Ele tirou suas roupas num piscar de olhos e enfiou o seu pau entre
minhas pernas em uma estocada só.
Prazer.
Apenas prazer, não havia mais os resquícios de dor.
— Está gostando de me ter dentro de você?
— Ah sim... Mais forte, preciso de mais.
Stefano aumentou a velocidade e a força, segurou minhas pernas e
urrava enquanto estocava com tudo dentro de mim.
Sem como me segurar, cheguei ao ápice mais uma vez, só que
acompanhada por ele que inundava meu interior.
— Nada como encher sua bocetinha com minha porra, mas preciso de
mais.
Sem tempo para responder, ele me virou, me colocou de quatro e seu
pau, já estava pronto para outra, entrando em mim novamente.
— Eu vou te comer hoje como uma vadia, minha vadia.
As palavras sujas deveriam me ofender, porém, só me excitaram mais
e eu me vi respondendo à altura.
— Sim, sou sua putinha, me coma com força, marido.
Em meio a súplicas, gemidos e gritos cheguei ao ápice pela terceira
vez na noite, apertando o seu pau dentro de mim, fazendo com que Stefano
me acompanhasse no orgasmo mais uma vez.
Cansados, ficamos um tempo deitados retomando o fôlego. Quando
nossas respirações voltaram à frequência normal, levantei-me.
— Venha tomar um banho comigo, marido. O jantar romântico ainda
nos aguarda.
Stefano se levantou e fomos juntos para o chuveiro, onde tivemos
mais uma sessão de sexo bem molhado. Depois jantamos e apagamos
completamente exaustos pelo desempenho da noite.
Com carta branca para lidar com Joaquim Tomaso do meu jeito, segui
para Guadalajara, cidade em que o governador se encontrava com demais
ratos que faziam negócios com a Famiglia, nos traindo bem debaixo do nosso
nariz.
Nando estava ao meu lado e confesso que estava começando a simpatizar
com o soldado. Ele não tinha nenhum interesse amoroso em minha esposa,
isso era fato. Entretanto, restava saber como ele iria reagir com meu método
de resolver os problemas, com seu jeito brincalhão demais não sabia se era
capaz de aguentar ser o braço direito de um Bianchi.
Na Itália eu nunca precisei de um braço direito, tinha meu pai e irmãos se
precisasse. Evitava entregar minha confiança a soldados que poderiam me
trair na primeira oportunidade.
Aqui no México a história era outra.
O território era grande demais e eu era o novato na região. Meu sogro já
conquistou a lealdade de seus homens, mas depositava a confiança plena
apenas em Leonardo, pai de Nando, que o auxiliava no controle de todos os
negócios.
Seu conselho foi de que eu conquistasse a lealdade de Nando e o
mantivesse junto comigo o tempo todo, mas minha confiança não vinha de
graça, ao menor sinal de fraqueza ele seria substituído.
— Está muito pensativo e calado soldado, devo me preocupar?
— Não, chefe. Esta cidade me traz boas lembranças, apenas isso. Já
participou de um racha?
— Os melhores carros do mundo são italianos, isso responde a sua
pergunta?
— Conheço o pessoal envolvido com as corridas de Guadalajara, sempre
que venho e tenho tempo livre eu participo. Carros, mulheres e cerveja,
combinação perfeita, meu lugar preferido em todo o México.
— Joaquim só chegará aqui amanhã, preciso mesmo conhecer as cidades
que pretendo comandar. Vamos ver as pessoas daqui comerem poeira, você
me consegue um carro?
— É disso que eu estou falando, Stefano, tenho uma Lamborghini na
cidade com um dos meus contatos, ele é um mecânico da minha confiança,
além de ser responsável pelos desmanches de carros roubados da região.
Corridas ilegais eram fichinha para pessoas como nós, brincar com o
perigo, com a morte, fazia parte da nossa rotina diária. Mas diferente de
Nando, meu interesse nessas corridas era estritamente profissional. Não
precisava de pisar num acelerador para me sentir vivo, a sensação de ser dono
do mundo me atingia quando eu cortava uma garganta.
Assim que chegamos em Guadalajara fomos para o tal desmanche buscar
a Lamborghini de Nando. Calado na minha, apenas observei a interação do
meu soldado com as pessoas da região, pude perceber a fila de carros que
estavam sendo desmontados, várias placas sendo derretidas dando lugar a
outras com números provavelmente clonados.
Interessante.
Negócio lucrativo.
Meus planos para o México era a expansão, assim que colocasse a casa
em ordem em relação aos problemas com as drogas que vinha sufocando meu
sogro, destruindo as duas gangues que davam dor de cabeça a ele, ia começar
a introduzir a Famiglia em outras atividades.
Primeiro nos pagariam por proteção, para que possamos continuar
tocando seus negócios com segurança. Quando se derem conta, tudo estaria
nas minhas mãos.
— Essa é minha menina, o que acha chefe?
— Vai ter que servir.
— Não fala assim, ela tem sentimentos. — Nando acariciou o capô da
Lamborghini como se ela nos escutasse e seguiu dizendo: — Ele não te viu
em ação ainda, mio amore, não ligue para ele, faça todos comerem poeira.
— Você sabe que você é um mafioso, um bandido. Pare com essa
melação, pelo amor de Deus.
— Ah, chefe, não seja insensível, sou um mafioso com sentimentos,
completamente apaixonado pela minha menina.
Minha vontade era dar um soco na cara desse idiota, mas me limitei a
respirar fundo e entrar na porra do carro. Não sem antes conferir por mim
mesmo o motor e os freios.
Chegamos ao local das corridas, vários carros apostos.
— Vamos competir, meu chefe aqui vai participar da corrida principal —
Nando informou a um cara com uma prancheta na mão.
— A principal está em 50400,00$ (cinquenta mil e quatrocentos pesos
mexicanos).
— Quem compete por tão pouco? — indaguei ao Nando, mas quem
respondeu foi o cara da prancheta.
— O movimento é fraco essa época do ano, mas terá uma corrida bacana
no próximo mês, venha competir. Será a mais concorrida de todo o México, é
necessário inclusive fazer reserva com antecedência.
Somente assenti e saí andando com Nando me acompanhando. Vi uma
confusão ocorrer próximo às pistas, os olhos de Nando foram para
uma ragazza que estava claramente no meio do tumulto.
— Eu não acredito que essa maluca está aqui, mexicana do caralho,
preciso ir até ela, chefe.
Assenti.
Nando foi até a ragazza, os dois discutiram e ele aparentemente estava
muito nervoso com ela, mas então ela simplesmente o beijou e ele se
acalmou.
Ótimo.
Meu soldado parecia um cãozinho adestrado.
Os dois continuaram se pegando por um tempo, até que ele a dispensou.
Ela me causou uma sensação estranha, mesmo de longe.
— Você sabe que relacionamentos com mulheres de fora é proibido?
— Não estou em um relacionamento.
— Ótimo.
Não me convenceu nenhum pouco, infelizmente teria que intervir.
Mandaria alguém investigar a vida toda da moça antes que ele complicasse
meus planos por causa de uma boceta.
Finalmente chegou a minha vez de competir e sem trabalho algum
cheguei à linha de chegada muito antes dos meus adversários, encerrando a
noite com estilo na Lamborghini.
Ela era uma belezinha, mas Nando não precisava saber.
Antes do dia amanhecer eu e meus soldados estávamos prontos para
caçada aos traidores.
Joaquim planejava uma reunião com seus cúmplices em um sítio fora da
cidade, mas o que ele não sabia era que todos os seus seguranças já estavam
mortos e foram substituídos por nossos soldados.
Assim que recebemos a informação de que todos os traidores chegaram
ao sítio entramos no local.
— Não quero interferência de ninguém, matarei todos com minhas
próprias mãos hoje e é bom que vejam o que faço com traidores — avisei aos
meus homens. Todos assentiram e entramos na sala.
— Bom dia, Joaquim Tomaso, fiquei sabendo de uma reunião da qual não
fomos convidados. — Vi a cara de surpresa de todos que estavam sentados
junto com ele numa mesa, ao todo doze traidores.
— Stefano Bianchi?
— O próprio, mio amico.
— Achei que estava em lua de mel, soube que se casou com a filha do
nosso amigo Giovanni.
— Soube de coisas que infelizmente me fizeram interromper meus planos
para com minha esposa, o que me deixou muito puto.
— Essa reunião é apenas para... — Disparei nas pernas de um dos
homens que tentava sair de fininho do local e ele caiu no chão sem conseguir
se locomover. — Stefano, nós não...
— Cale-se, Joaquim, já sabemos o motivo de sua reunião e de todas as
outras que fizeram durante todo esse tempo em que a minha Famiglia
bancava sua campanha. Agora você irá lidar com as consequências de sua
traição.
Um dos homens estava armado e ia atirar em mim por debaixo da mesa,
mas Nando atirou em sua mão antes de que ele pudesse fazer qualquer
movimento.
Não que precisasse de sua ajuda, pois eu já havia antecipado os passos de
todos, mas foi bom ver que ele não era tão cru quanto imaginei.
— Não te desobedeci, chefe, ele ainda está respirando, ele é seu para
brincar — Nando falou com um sorrisinho psicótico de lado, levantando as
mãos para o alto.
— Você realmente é um idiota. Aproveita e revista os outros então,
vamos levá-los para o galpão.
Eu estava fodidamente puto, guardando emoções dentro de mim há dias,
já que há muito não tinha ninguém para torturar.
Minha brincadeira durou horas, deixei que meus soldados vissem como as
coisas funcionariam comigo e teve homens feitos que vomitaram durante a
sessão de tortura.
Fracotes de merda.
Nando me surpreendeu, presenciou tudo do começo ao fim com um
sorrisinho no rosto. No final o deixei me ajudar só para ter certeza se não era
pose, ele assoviava enquanto arrancava os dentes do governador com o
alicate, quase tão psicótico quanto eu.
Sem tempo ou paciência para me limpar, desejando apenas que minha
esposa estivesse preparada para lidar com o marido banhado com o sangue
dos inimigos, deixamos Guadalajara com o dever cumprido e a mensagem
dada.
Traidores não seriam tolerados, havia um Bianchi assumindo o comando.
CAPÍTULO 23
Milena Bianchi
Um dos soldados que me era fiel me avisou que meu marido cumpriu sua
missão e já estava a caminho de casa. Assim que terminei de colocar em dia
toda a contabilidade da organização, me arrumei para esperá-lo.
Ele não fugiria da nossa conversa dessa vez.
Nada na vida me preparou para o homem que adentrou minha casa.
— Pelo amor de Deus, me fala que esse sangue todo não é seu. É seu?
— Não. — Não sabia se vi um lampejo de preocupação ou algo mais no
olhar de Stefano.
— Cazzo! Você quase me mata do coração, achei que estava ferido.
Venha vou te dar um banho já que pelo visto não tem água em Guadalajara. E
se te param em uma blitz?
Stronzo[13]!
— Pensei que teria medo ou nojo de mim.
— Medo não, mas você realmente está nojento. Vem logo, tirar essa
sujeira, sua esposa está com saudades.
Ele me seguiu para o banheiro, percebi que ele estava um pouco estranho,
pensativo, provavelmente pensando nas vidas que tirou. Não falei mais nada,
apenas desabotoei sua camisa, retirei toda sua roupa e joguei em um saco de
lixo. Retirei minhas roupas também, puxei-o para dentro do box e liguei o
chuveiro.
Esse era o nosso primeiro banho juntos, normalmente ele me dava
privacidade.
Assim que ele se viu livre de toda a sujeira, me puxou para um beijo e
quando me dei conta já estava com as pernas em volta da sua cintura e com
as costas prensadas na parede gelada.
Foi intenso, ele me penetrava com vigor, sem preliminar, mas eu já estava
molhada o suficiente. Na verdade, assim que o despi meu centro latejou e o
desejo ardeu dentro de mim.
Meu corpo reagia ao dele instantaneamente.
Não demoramos a chegar ao ápice, juntos, numa sincronia perfeita.
Saímos do box, nos secamos, mas continuamos nus. Rolou uma segunda
rodada, mais tranquila e suave no quarto.
— Se soubesse que seria tão bem recebido assim, dormiria fora mais
vezes.
— Nem brinca, Stefano, você não precisa ficar longe para me ter.
— Então minha esposa gosta de dar para o maridinho dela.
— Gostar é pouco, maridinho. Sempre imaginei que sexo seria bom, mas
não sabia que seria tão bom assim. Posso te dar de manhã, de tarde e de noite,
você se casou com uma italiana de sangue quente, agora aguenta. — Dizendo
isso, coloquei a mão no pau de Stefano e ele soltou uma gargalhada.
— Esposa, me chupa — pediu com um sorriso de lado e eu, sem esperar
um segundo pedido, dei uma piscadinha para Stefano e meu lado safada falou
muito mais alto.
— Chupo com gosto, mas também quero que me foda com sua língua.
Sem mais nem menos, sentei na cara dele e me inclinei para abocanhar
seu pau, típico meia nove, como me explicou Giselle durante suas dicas hot.
Comigo, se quer receber, tem que me dar prazer também.
— Gostosa pra cacete! Cazzo!
Minha falta de experiência não pareceu incomodar Stefano, já que
consegui arrancar vários gemidos assim como ele também me fazia quase que
miar, a sensação de dar prazer e receber prazer ao mesmo tempo era boa
demais e logo me vi gozando mais uma vez, engolindo tudo como ele disse
que gostaria que eu fizesse.
Deitamos lado a lado e apagamos.
Stefano chegou em casa sujo novamente, mas dessa vez não ficou me
encarando esperando o surto como da outra vez.
Ele apenas acenou e entrou no banheiro para se lavar.
Senti que estava meio estranho, mas eu já havia conseguido falar com
Nando e sabia que tinha dado tudo certo no plano para eliminar Mártin.
Esperei que ele terminasse o banho sentada na cama do nosso quarto.
Ele saiu do banheiro de toalha e entrou no closet.
Tinha algo errado.
Entrei no closet atrás dele e o abracei por trás, dando beijinhos em
suas costas.
— Está tudo bem, marido?
— Por que não estaria?
— Não sei, me diz você, está agindo estranho.
Stefano se virou para mim e deu um sorriso frio, calculista e
totalmente diferente dos que tinha me direcionado nos últimos dias.
— Eu estou normal, Milena.
Ele se desprendeu dos meus braços e se afastou para pegar uma cueca
na minha gaveta.
— Você está com outra? Está me traindo?
Em segundos mil e uma teorias passaram pela minha cabeça,
impossível controlar. Stefano não me querendo mais, casamento de fachada e
ele ficando com um monte de mulheres...
— O quê? Não, claro que não. De onde você tirou isso, bella mia?
— Bella mia? Fala a verdade, Stefano, por que você está estranho
comigo como se não suportasse olhar para mim? Você tem outra?
Stefano teve a atitude menos esperada nesse momento.
Caiu na gargalhada.
Ele riu de lacrimejar.
Suicida.
Comecei a bater nele para que parasse de rir de mim.
— Para, para com isso sua louca. — Louca? Ah, eu ia matá-lo! —
Calma, calma! — falou levantando as mãos em rendição. — Eu jamais vou te
trair, já te fiz essa promessa, lembra? — Ele envolveu seus braços em minha
cintura, prendendo os meus para que parasse de estapeá-lo.
— Então o que há de errado e não ouse tentar me enganar, pode
parecer cedo demais, mas já conheço os seus trejeitos e sei quando está
mentindo.
— Eu tenho uma semana para dar um nome ao Chefe de quem ficará
no lugar de Joaquim Tomaso.
Uma luz se acendeu instantaneamente em minha cabeça e já sabia o
que havia de errado.
Orgulho.
Eu tentei tocar no assunto da minha lista com ele três vezes, mas ele
não quis escutar minhas sugestões, mas agora sabia que precisava de mim.
— Essa semana está ocorrendo uma série de eventos de caridade em
homenagem à Nossa Senhora de Guadalupe, a santa padroeira do país, já que
o dia dela está chegando. Podemos ir a esses eventos para que você conheça
os políticos, inclusive os que estão na minha lista, assim poderá fazer a sua
escolha.
Stefano me olhou intrigado.
— Não precisa fazer isso, Milena. Fingir que sua ajuda é menos do
que é para não ferir meu orgulho, a verdade é que sem você eu estaria
totalmente perdido.
— Não estou me desfazendo de mim para te agradar, estou apenas
tentando deixar claro para você que pode contar comigo e que isso em
nenhum momento te torna menos capaz.
— Eu não estou acostumado a ter ajuda, entende? Sempre assumi
tudo sozinho, meu pai sempre colocou toda a responsabilidade em minhas
costas enquanto meus outros irmãos estavam ocupados com outros assuntos,
ele me explicou “o quê” precisava ser feito quando eu tinha acabado de fazer
meu juramento, deu às costas e foi embora sem me explicar o “como fazer”.
— Mas agora você não está mais sozinho. Eu estou aqui e seremos
muito melhores juntos.
— Como um time?
— Sim, como um time. Eu e você contra o mundo, estilo Bonnie e
Clyde, o que acha?
— Acho que você sabe as palavras exatas para me ter de joelhos.
— Não, não, não. Quem ficará de joelhos sou eu, você acabou de sair
do banho e esse seu cheiro misturado com sabonete está me deixando com
água na boca.
Arranquei a toalha de Stefano, comecei dando beijinhos no seu
peitoral e coloquei a mão em seu pau, fui fazendo movimentos para cima e
para baixo, o masturbando.
Lembrei-me da bala Halls preta extraforte no bolso da minha calça e
da passagem do livro que Giselle me mostrou. Coloquei-a em minha boca e
mastiguei, a sensação de refrescância cresceu em minha boca e eu me
ajoelhei na frente de Stefano, assoprei a cabeça do seu pau e ergui meu olhar,
vendo-o se contorcer em prazer.
— Cazzo! Você quer me matar, esposa?
Mergulhei todo o seu comprimento de uma vez só dentro da minha
boca e ele gemeu alto de prazer. Não consegui colocar tudo para dentro, mas
o que não coube eu fui movimentando com uma mão e com a outra eu mexia
em suas bolas.
— Caralho! Eu não vou durar. Eu vou gozar.
Stefano se desmanchou de uma vez dentro da minha boca e eu me
engasguei com sua porra.
Caramba.
Ele não durou cinco minutos!
— Minha nossa, Milena! Eu não tinha uma ejaculação tão rápido
assim desde os meus quinze anos. Onde você aprendeu essas coisas? —
Stefano inquiriu, me levantando e me levando para nossa cama.
— Sou mestre em putaria através dos livros de romances disponíveis
no Kindle, marido.
— Pois agora vou fazer você experimentar do próprio veneno. Passa
para cá uma dessas balas refrescantes aí, pequena feiticeira.
Claro que eu não demorei a jogar o pacote inteiro para meu marido e
a partir de agora, bala Halls preta extraforte, estaria como item permanente
em nossa lista de compras.
CAPÍTULO 26
Stefano Bianchi
A minha relação com Stefano estava fluindo cada vez melhor, já era
perceptível nossa conexão e após ele aceitar minha ajuda para escolher o
candidato para concorrer à presidência, percebi que ele passou a me tratar de
igual para igual.
Ele discutia comigo os acontecimentos do dia, ouvia minha opinião e
tomávamos as decisões em conjunto.
Já erámos bons separados, mas juntos passamos a outro patamar.
— Hoje quero treinar com você, esposa. — Ele me acordou cedinho
com carícias no pescoço e eu fiquei tão feliz em não precisar do meu
despertador no modo soneca. — Quero ver o quão boa você consegue ser
fora da cama, será que vai conseguir me derrubar?
Eu não resisti à provocação, virei-me rapidamente subindo em cima
dele, sentei em cima de suas pernas, prendi suas mãos acima da cabeça e
mantive meu melhor olhar intimidador.
— Vai ser mais fácil do que tirar doce de criança. — Stefano sorriu,
eu subi um pouco mais em suas coxas e logo senti seu pau duro me
cutucando. — Parece que meu marido já está animadinho, vamos logo
treinar.
Antes que ele resolvesse interromper nossos planos de treino, pulei da
cama e corri para o banheiro, trancando a porta. De relance consegui ver a
frustração estampada no rosto dele.
— Ah, esposa, isso não irá ficar assim. Você me provocou e eu não
irei pegar leve com você no treino.
Ponto para mim.
FIM.
Bônus do próximo livro....
Alguns anos atrás...
Tudo na vida era uma questão de contatos e isso ela tinha de sobra.
Era difícil acreditar que a menina tinha apenas dezesseis anos, seja
pelos documentos falsos que apontavam para sua maioridade ou pelas roupas
provocantes que destacavam curvas totalmente inapropriadas para uma
adolescente.
Quando sua mãe lhe prometeu a liberdade, ela levou a sério e jurou
nunca se aprisionar a padrões, lugares ou pessoas.
Liberdade.
Era tudo que queria e tudo que ninguém nunca poderia lhe roubar.
Vestida de menina mulher, toda de preto, blusa transparente
destacando sua barriga plana, saia de couro apertada, bota de salto quinze
centímetros e o batom vermelho que faria qualquer um pecar.
Era a primeira vez que frequentava esse tipo de evento, mas jurou
para si mesma que não seria nem de longe a última vez, ela ouvia o ronco do
motor a chamar para uma vida nova, cheia de aventuras.
Sabia que quando retornasse para casa o adeus mais dolorido de toda
a sua vida a aguardava e então se permitiu curtir o momento, coisa que
pretendia fazer por todo o sempre daqui para frente, sem amarras.
Antes que ele tivesse tempo para responder qualquer coisa, o barulho
das sirenes da polícia foi ouvido por todos no local que começaram a
dispersar rapidamente para não serem pegos em uma batida e acabarem a
noite em uma delegacia.
Sem perder tempo ele abriu a porta para ela, deu a volta no carro e os
dois saíram em disparada pelas ruas de Guadalajara, escapando facilmente de
qualquer perseguição policial.
Ela abriu o vidro da sua janela, colocou o rosto para fora e o vento
bateu em seu rosto fazendo seus cabelos voarem e um sorriso nascer com a
sensação de liberdade que se apoderava do seu corpo.
— Italiano?
— Não sou o tipo de cara que uma bella ragazza como você deveria
andar.
O chute no escuro que ela deu sobre ele não poderia estar mais certo.
Apesar dele contar apenas com dezessete anos de idade, pela sua
cama já haviam se passado várias mulheres, diferente dela que escolheu esse
momento para entregar seu corpo pela primeira vez a um completo
desconhecido.
Enquanto ela retirava sua blusa, puxou junto o papel higiênico que
usava dentro do seu sutiã, como enchimento, tudo muito discreto, pois ela
não queria que ele soubesse que ainda não tinha toda a glória de uma mulher
dentro de seu sutiã.
Ufa! Consegui!
A todos vocês leitores que chegaram até aqui, sorriram com o jeitinho
de Milena e torceram para que ela conquistasse o coração de Stefano. Por
favor, não deixe de avaliar o livro no final, estarei ansiosa para ler seu
comentário.
Por último, mas nem de longe menos importantes para mim, agradeço
aos meus pais por sempre me oferecerem colo quando o peso da vida adulta é
difícil demais, por serem sempre minha base, meu alicerce e minha
inspiração para escrever estes e muitos outros finais felizes que ainda virão
por aí.
[1] Sam Roland Heughan é um ator escocês conhecido pelo seu papel de Jamie Fraser na
série Outlander.
[2] Empresa de engenharia fictícia, criada pelo Giovanni para lavagem de dinheiro.
[3] Alusão ao filme Velozes e Furiosos estrelado pelo ator Van Diesel.
[4] É um empréstimo do italiano, geralmente usada como uma expressão que interroga o
interlocutor se ele aceitou os termos ou se entendeu o que foi dito.
[5] Sim.
[6] Porra.
[7] Obrigada.
[8] Moça.
[9] Boneca.
[10] Idiota.
[11] É um termo utilizado pela Famiglia que define um código de honra, pautado em um voto de
silêncio, que impede os membros da organização passar informações para os inimigos ou cooperar com
autoridades policiais ou judiciárias, seja em direta relação pessoal, ou com fatos que envolvem
terceiros.
[13] Idiota.