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Sinopse
LEMA DA MÁFIA
LEIS DA MÁFIA
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
capítulo 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
EPÍLOGO I
EPÍLOGO II
Agradecimentos
avisos
ALLIE MORGAN
Eu sempre seguia todas as regras, eu era a mulher perfeita
a que obedecia e sorria nas horas certas, mas ele entrou na minha
vida e me fez quebrar minhas próprias barreiras, fazendo com que
todos os meus segredos fossem revelados.
RYAN MOORE
Passei metade da minha vida comandando a minha máfia
e vivendo das minhas próprias regras, mas nunca pensei que uma
mulher como ela pudesse ultrapassar um coração que eu sequer
imaginava que ainda tinha, ela era a filha de um possível inimigo e
um passado pior do que eu pudesse imaginar.
“Eu tinha meus segredos também, mas os delas destruíram a
sua alma…”
LEMA DA MÁFIA
“Vivemos nas sombras como verdadeiros ninjas, nós lutamos
e vencemos, o que você sabe sobre nós? Nada.
E é assim que continuará sendo.”
“Somos fantasmas agindo na escuridão da noite.”
LEIS DA MÁFIA
1- NÃO NOS ALIAMOS A GANGUES OU MC ‘S.
2- NÃO MOSTRAMOS NOSSOS ROSTOS.
3- O CHEFE E SUBCHEFE, SÃO OS ÚNICOS NO
COMANDO.
4- UM SOLDADO PODE VALER POR MIL.
5- A NOSSA LEALDADE AO CHEFE ESTÁ ACIMA DE
TUDO.
6- NÓS MATAMOS E ROUBAMOS EM NOME DA
LEALDADE A MÁFIA.
7- SEM MISERICÓRDIA, OU REDENÇÃO, PARA
QUALQUER TRAIÇÃO.
8- NÃO SE RENDER NUNCA.
PRÓLOGO
ALLIE MORGAN
RYAN moore
RYAN moore
ALLIE morgan
☠
O prédio que os meninos novatos estão é um prédio onde
alguns outros soldados mais velhos moram também, achei uma boa
ideia construir prédios e colocar alguns juntos já que a maioria não
tem ninguém.
Mas o ruim seria sofrer um ataque e perder mais de
cinquenta soldados de uma vez, mas eu duvido que algo assim
aconteça já que temos poucos inimigos no momento.
Eu desço do carro assim que Gael estaciona e ele vem atrás
de mim, entro no lugar e muitos soldados olham para mim e param
de conversar ou fazer qualquer coisa enquanto passo pelos
corredores.
— Qual o apartamento que os dois estão? — pergunto ao
Gael.
— O 17, chefe.
Entro no elevador sozinho e faço um sinal com a mão para
que ele dê uma volta no lugar para saber como as coisas estão indo
por ali, aperto o botão que leva ao apartamento e espero o elevador
subir.
Quando o elevador abre indicando o andar, eu entro no
apartamento sem bater na porta, só não esperava encontrar a cena
que vejo ao colocar meu pé no lugar.
Os garotos que eu e meu irmão escolhemos estão
amarrados em duas cadeiras, enquanto dez homens batem e judiam
deles, eu não posso acreditar nessa porra, mas eu sei que eles
estão aqui por inveja dos dois.
— Acabou a bagunça aqui. — Todas as cabeças viram em
minha direção.
— Quando chego vocês ficam em silêncio? — pergunto com
sarcasmo aos que estavam zoando os dois, todos abaixam suas
cabeças e engolem em seco.
— Olhem para mim, porra! Que merda é essa aqui?! Vocês
não têm trabalho a fazer não? — inquiro gritando de raiva com eles
que se mantêm calados.
— Senhor, desculpa, não sabíamos que viria até aqui. — Um
deles fala deixando claro o medo em suas palavras.
— Sério? Eu não ligo, agora soltem os garotos e teremos
uma pequena conversinha aqui — ordeno e um deles se aproxima
dos meninos que estão calados até agora e solta os braços deles.
Enquanto isso tiro duas pequenas adagas do meu bolso e
espero os meninos se levantarem das cadeiras, para entregar para
cada uma das adagas.
— Bom, eu não gostei do que vi aqui, eu e meu irmão
escolhemos eles dois para serem treinados como nós, e eu
confesso que não gostei da brincadeira de vocês — Faço uma
pausa e continuo — É tão injusto, e eu não sou um cara nada justo,
mas vocês dez contra eles dois é muito pouco, vocês não
concordam comigo?
— Sim, senhor — respondem em uníssono.
— Estendam as mãos para a frente cada um de vocês —
ordeno e eles fazem do jeito que disse. — Agora eu lembrarei uma
lei que vocês aprenderam antes de entrar na minha máfia, um
soldado pode valer por mil e eles dois valem por vocês dez.
O silêncio se faz presente na sala e eles sabem o que
acontecerá aqui, eu não quero perder dez soldados de uma vez,
porém, arrancar uns dedos de cada um não será algo de todo ruim.
— Vocês dois, estão preparados para fazerem de tudo em
nome da máfia irlandesa e provarem lealdade a mim? — pergunto
para Remi e o garoto que Ruan escolheu.
— Sim, senhor — respondem juntos.
— Ótimo, cortem dois dedos de cada um deles. — Aponto
para os meus outros soldados que estão com as mãos estendidas
E cumprindo a primeira ordem como soldados, eles cortam
os dedos dos outros ouço os gemidos de dor de cada soldado e
observo a expressão no rosto de cada um, mas aqui eles sabem
que não podem gritar, eles estão na presença do chefe e como
soldados treinados têm que dar exemplo.
— Agora que vocês aprenderam a lição vão para a
enfermeira, não quero ninguém morto por infeção aqui, e espero
que não se repita o que aconteceu aqui — ordeno, olhando para
cada um que segura o sangue que saem das mãos antes de passar
por mim de cabeça baixa.
Quando todos os outros saem da sala, pingando sangue por
todo o lugar olho para os dois na minha frente, eles acabam de selar
o destino deles com o diabo e isso é um caminho sem volta.
— Como é o seu nome garoto? — pergunto para o garoto
que Ruan escolhe para ele, e me lembro que o desgraçado do meu
irmão ainda não chegou.
— Jhon, senhor — respondeu, firme, e eu gosto da dureza na
sua voz, algo me diz que ele é mais parecido com o meu irmão do
que eu posso imaginar.
— Certo, limpem essa bagunça agora, Ruan já deve estar
chegando.....
Sou interrompido por um assobio que meu irmão que dá da
porta onde ele está sorrindo com as mãos no bolso do seu paletó e
olhando para mim.
— Aconteceu algum tipo de carnificina aqui e ninguém me
chamou. — O tom debochado da sua voz me faz quase revirar os
olhos.
— Você está atrasado. — Lembro-o dando as costas aos
garotos que foram limpar os pedaços de dedos no sangue e todo o
sangue derrubado.
— Desculpe, acabei me atrasando um pouco com algo. —
Sorri com malícia e eu percebe que o seu ataque dias atrás não
surtiu efeito nenhuma sobre seu maldito humor.
— Espero que não tenha se atrasado metendo seu pau em
alguma prostituta. — Ele dá risada com minha fala e arqueia as
sobrancelhas para mim.
— Não sou eu que estou transando com a filha do nosso
inimigo — rebate, e eu dou de ombros.
— Rafael é apenas um bonequinho, ele não pode causar
nenhum estrago para mim, tenho certeza de que se pressionamos
mais um pouco ele fala. — O filho da puta é interesseiro e eu tenho
quase certeza de que alguém está dando dinheiro, ou prometendo
algo ao desgraçado.
— Sei que ele não é, mas seria engraçado se ele não
falasse. — Sua sugestão faz com que eu dê de ombros.
— Se ele não falar vamos matá-lo — respondo simples, e ele
concorda com a cabeça.
— O que aconteceu aqui antes da minha chegada? —
questiona, olhando para os meninos que acabaram de limpar a
bagunça que ficou na sala.
— Os soldados que saíram daqui estavam batendo nos dois
ali. — Aponto para os dois e Ruan sorri para eles.
Sei que esse sorriso não significa uma coisa boa, tenho
certeza de que ele não pegará leve com os meninos que vão ficar
sob responsabilidade dele por um tempo.
— Não gostei de saber que meu futuro sucessor apanhou, é
você que precisa bater — diz com raiva para o menino, que o
encara sem medo.
— Eles nos pegaram desprevenidos — Remi justifica, e dou
risada.
— Viraram amiguinhos agora? — pergunto, e eles se
entreolham sem me responder
— Não importa se vocês estavam distraídos ou não, se fosse
um inimigo vocês estariam mortos, mas agora não importa mais,
vocês vão aprender que nunca devem estar desprevenido para
nada.
Observo os dois à minha frente engolir em seco com as
palavras do meu irmão, coloco minhas mãos no bolso da minha
calça, imagino que Ruan não poupará nenhum dos dois pelo
pequeno deslize. Tenho quase certeza de que eles implorarão para
sair daqui depois do seu treinamento.
CAPÍTULO 10
ALLIE morgan
RAFAEL MORGAN
Nx
RYAN moore
allie morgan
O que Ryan faz aqui? Seus olhos estão em mim a noite toda,
eu os sinto por onde ando cumprimentando todos os convidados e
ouvindo suas lamentações pela morte do meu pai. Kathe está
sentada no sofá, e parece não dar a mínima para nada que alguém
fale com ela.
Minha mãe não parece nada feliz enquanto conversa com
Felipe, seus olhos também estão em mim, a sensação é que vão me
perfurar a qualquer momento. Algo que eu não duvido muito que ela
sinta vontade de fazer.
— Você é muito quieta e simpática. — Olho para trás de mim
e localizo a voz que fala comigo.
O homem alto e negro, dono da voz, parece ter saído de um
filme, terno feito sob medida, seus bíceps bem marcados, ele é
simplesmente uau.
— Desculpe, eu não te conheço, senhor?
— Travis, me ache apenas de Travis, Allie.
— Ok, Travis, procurando alguém?
— Não, estou de passagem e queria te ver.
— Me conhece de algum lugar?
Eu não lembro dele, e de um homem como esse eu com
certeza me lembraria de uma forma ou de outra.
— Sim, ele te conhece muito bem, até porque trabalha para
mim.
A voz de Ryan me pega de surpresa e me viro para ele que
olha fixamente para Travis, que apenas leva a taça de champanhe
até a boca.
— Então você estava conversando comigo por causa do seu
chefe? — pergunto, e ele sorri de lado.
— Não, mas foi um prazer te conhecer e, chefe, Gael me
chamou até aqui, ele tinha coisas importantes a fazer.
Não entendo o que Travis quer dizer a Ryan com isso, porém,
vi no momento exato em que engole em seco e desce seus olhos
sobre mim, olhando profundamente dentro dos meus olhos,
fazendo-me arfar com toda aquela intensidade.
— Agora pode ir — decreta ao Travis, que pisca para mim
antes de sair.
Sozinha com o homem que tem todos os meus pensamentos
desde do momento que entrou pelos portões da minha casa. Ele se
aproxima de mim e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da
minha orelha.
— Esqueci de te dizer que está linda hoje. — Seu simples
elogio envia arrepios por todo o meu corpo.
— Você também não está nada mal — digo, divertida, e ele
estreita seus olhos.
— Sua raiva já passou.
Não é uma pergunta, e acabo me questionado se realmente
tinha ficado com raiva dele de alguma forma? Ou simplesmente
esquecia tudo na sua presença.
— Queria te levar para algum lugar dessa casa e te fazer
esquecer essa noite entediante.
— Eu não iria.
— Sei, por isso não te levo.
— Por qual motivo você veio até aqui hoje? — Eu realmente
não entendi o fato de ele e do irmão ter simplesmente entrado no
jantar da minha mãe.
— Não pense muito, eu estava em casa e fiquei sabendo do
brilhante jantar da sua mãe. Fiquei um pouco ofendido por não ter
sido convidado, aliás, seu pai e eu tínhamos assuntos em comum.
— Ele estava te processando.
— Sim, ele estava, e isso causou assuntos em comum entre
todos nós.
As palavras de Ryan me fazem olhar bem para ele, que tem
os olhos tempestuosos e cheios de emoções que eu não consigo
entender.
— Não sei se eu entendo.
— Não é preciso entender alguma coisa, Allie — Ryan diz,
firmemente, aproximando-se de mim e ignorando a presença do
irmão.
— Sabe que horas a sua mãe vai começar a servir o jantar?
Tenho negócios fora daqui.
A pergunta de Ruan me deixa um pouco confusa, se eles têm
negócios fora dali, por que vieram?
— O jantar será servido agora, a mamãe mandou te avisar,
Allie. Senhores Moore. — Kathe cumprimenta os dois que acenam
apenas com a cabeça.
— Vá lá, princesinha — o sussurro de Ryan no meu ouvido
me deixa de surpresa.
— Vamos. — Chamo Kathe que me olha entediada.
— Até a próxima, coisinha linda.
Ignoro as palavras de Ruan e vou atrás da minha irmã que
seguiu na frente, indo direto para a sala de jantar onde boa parte
dos convidados já estão.
ALLIE MORGAN
FELIPE DURAN
ALLIE MORGAN
RYAN MOORE
“Estou com algo seu, assim como seu irmão teve algo
meu, nas mãos.
De um velho amigo.”
RUAN MOORE
RYAN MOORE
ALLIE MORGAN
ALLIE MORGAN
ALLIE MORGAN
ALLIE MORGAN
ALLIE MORGAN
Cheguei à tarde no apartamento de Ryan, Hanna estava aqui
quando eu e Kathe chegamos, a ruiva não parecia muito à vontade
com a minha presença, talvez fosse somente impressão, elas me
ajudaram a arrumar tudo no quarto de hóspede.
Porém, foram embora após almoçamos lá pelas três da tarde,
agora é de noite e nada de Ryan aparecer, pego um vinho branco
no seu bar, sento-me no sofá e já comecei a ficar entediada.
— Porra, não vai chegar nunca — resmungo e me arrependo
de ter começado a beber.
Os antibióticos que o Dr. Peter receitou não farão efeito se eu
continuar bebendo vinho branco, coloco a taça sobre a mesinha de
centro e levanto minha blusa para olhar o corte da barriga.
— Aconteceu alguma coisa com seus ferimentos?
Assusto-me com a voz de Ryan ao meu lado, abaixo a blusa
com rapidez e sinto o corte arder um pouco, forcei demais pegando
as malas.
— Não vi você chegar — comento, olhando-o de cima a baixo
e analisando seu terno cinza.
— Eu percebi, aliás, por que está bebendo?
— Estava entediada.
Ele solta um suspiro e começa a tirar o paletó, tento ignorar
sua presença na sala, pego a garrafa de vinho e começo a andar na
direção do bar.
— Se ficou entediada, por que não saiu com a sua irmã?
Estranho sua pergunta e coloco a garrafa sobre o balcão,
virando-me de costas para ele.
— Não faço a mínima ideia de aonde minha irmã está.
E é verdade, nem passou pela minha cabeça perguntar
aonde ela ia ficar, estou sendo muito irresponsável com a minha
irmã, saí de casa e sequer pensei nela.
— Ficou preocupada?
Estremeço sentindo o corpo de Ryan nas minhas costas,
inalo seu perfume forte que toma todo o lugar igual o homem que
usa, fico parada esperando que ele se mova, mas não acontece.
— Fiquei, você tem um celular para me emprestar?
Suas mãos vão para a minha barriga e começam a fazer
círculos perto da onde levei a facada, seu rosto está ao lado do meu
ombro.
— Celular? Tenho sim, até esqueci que você estava sem
celular e documentos. Temos que resolver isso, não é?
— Precisamos resolver outras coisas primeiro. — A lembrei e
ela deu uma pequena risada, colando mais ainda nosso corpo.
— Verdade, mas hoje estou cansado, tomarei um banho,
peça uma pizza. E amanhã, nós arrumaremos um celular para você
e o principal conversar sobre nossos assuntos pendentes.
— Assim fácil? — Estou desconfiada demais para poder ser
verdade.
— Assim fácil, ou acha que sou tão ruim?
— Não faço ideia.
Admito e sinto seu corpo se afastar aos poucos do meu, viro-
me de frente para ele que me olha com seus olhos pretos cheios de
desejo reprimido.
— Vou tomar banho, aquele telefone ali tem o contato de uma
pizzaria no centro da cidade, é só ligar. — Aponta para o aparelho
na parede do corredor.
Assinto com a cabeça para Ryan que me dá uma última
olhada antes de virar e ir direto para o corredor, solto a respiração
que estava prendendo quando ele chega perto de mim.
Ando até o aparelho e procuro o contato da pizzaria que ele
falou, faço o pedido de duas pizzas de muçarela, sento-me no sofá
novamente e espero até que o entregador chegar ou Ryan sair do
banho.
— Já terminei, fez o pedido?
Ryan aparece uns 20 minutos depois com uma calça de
moletom preto igual à minha e sem camisa, seu corpo ainda me
surpreende com o quanto é malhado.
— Fiz, deve estar…
Nem termino de falar e a interfone toca, Ryan atende e eu
continuo sentada no sofá mordendo o meu polegar e me sentindo
extremamente nervosa.
— Fez um bom perdido. — Ele abre a porta e volta com duas
caixas de pizza. — Está se sentindo incomodada?
— Não, na verdade, sim — confesso e ele coloca as caixas
na mesa de centro. — Não sei se quero esperar até amanhã para
conversarmos.
— É só isso? — O deboche na sua voz não passa
despercebido enquanto se senta ao meu lado e pega um pedaço da
pizza.
— Sim, é só isso!
Reafirmo e ele revira os olhos como um adolescente
debochando de algo muito idiota.
— Vamos falar sobre de tudo amanhã de manhã, relaxe e
coma, só iremos conversar quando eu tiver provas sabe? Não quero
você abrindo sua boquinha esperta para me dizer que estou errado.
— Se estivesse errado você admitiria?
— Não.
Sua resposta me faz duvidar se Ryan abrirá o jogo comigo ou
não. Pego um pedaço da pizza também e começo a comer com
calma e pensar em alguma coisa que não seja amanhã ou o homem
ao meu lado.
— Só para te lembrar, quero saber do seu passado também.
Suas palavras me fazem querer vomitar o pedaço que eu
engoli, porém, consigo ignorar o frio na minha barriga e o medo que
eu tenho me concentrei somente no momento ali.
— Relaxe essa noite, baby.
Continuo comendo e começando a duvidar se eu realmente
quero ter uma conversa com Ryan.
CAPÍTULO 41
RYAN moore
ALLIE MORGAN
— Olá, garotinha.
Ouvi uma voz me chamar e olhei para trás, o jardim à minha
volta me parecia bastante familiar, as roseiras plantadas com
algumas outras flores rodeavam todo o lugar.
— Quem é você?
Minha curiosidade falou mais alto e comecei a me aproximar
do homem.
— Não lembra de mim, Allie? — Paralisei no lugar me
lembrando quem era aquele homem, era o Dr. Duran.
— Vá embora! — ordenei começando a ficar ofegante e muito
nervosa.
— Conseguiu o que queria? Estou morto, meu filho também e
Raine coitada nem se fala.
Não entendi o que ele queria dizer, Felipe e Raine, nunca me
perguntei por eles. Me assustei mais ainda quando ele andou na
minha direção, comecei a correr e gritar.”
RYAN MOORE
Observo Allie até o momento que ela entra no carro, Gael fica
do lado de fora observando o estacionamento, volto para dentro da
boate onde os outros soldados me esperam disfarçados.
— Senhor, a senhora Margareth está no bar.
Um deles me informa e aceno com a cabeça, quero saber o
que essa desgraçada quer dentro de um estabelecimento meu, com
certeza se acha muito esperta por vir justo no dia em que metade da
elite de Dublin está aqui.
— Veja só que engraçado, uma vadia sentada na mesa do
meu bar.
Minha aparição repentina ao lado dela parece assustar um
pouco, no entanto, Margareth ajeita sua postura e coloca sobre o
balcão o copo de whisky que está na sua mão, observo a aliança
que ela ainda usa.
— Não sou uma vadia, gostaria de um pouco mais de
respeito, senhor Moore, já que o recebi muito bem na minha casa.
— Vamos acabar com a merda dessa papo, não se aproxime
de Allie ou da sua outra filha.
Ela dá uma risada passando a mão entre seus fios loiros.
— Veja bem, rapaz, quando minha filha disse que sairia de
casa não pensei que fosse para viver com um criminoso.
Assim que ela termina de falar me aproximo dela e seguro
sua mão a esmagando com força o suficiente para ficar vermelha
por um bom tempo.
— O criminoso aqui sabe de uns crimes que você cometeu,
ele também pode te matar — sussurro no ouvido dela e continuo
apertando sua mão. — Então na hora de falar, cuidado, okay?
— Okay.
Ouço sua resposta e solto sua mão em seguida, não perderei
meu tempo com aquilo.
— E continuando, não se aproxime de Allie!
— Já entendi, e não precisava ter manchado a imagem de
Rafael daquele jeito!
Seus olhos agora estão cheios de lágrimas que são com
certeza de ódio por mim, algo não me importa.
— Aquilo não foi nada.
— Não foi para você!
Sua voz se eleva e olho ao redor para ver se alguns desses
porcos ouviu alguma coisa.
— Tchau, Margareth.
Dou as costas para ela e ando em direção à saída, que
quanto mais rápido eu sair dali, mais rápido poderei ficar com Allie
em paz sem ninguém para atrapalhar. Saio de dentro da boate e
sigo até o carro, Gael abre a porta do carro e entro.
— Vamos para casa — ordeno para meu soldado, que entra
no carro, e ouço um suspiro de Allie.
— Preciso falar com Kathe — diz, baixinho, e olho para ela
pegando sua mão.
— Vai falar, agora relaxe, chegaremos daqui a pouco —
informo, e a vejo sorrindo para mim e colocando seu celular de lado.
Ela se aproxima de mim e beijo sua cabeça, olho pela janela
do carro e antes de sairmos do estacionamento consigo ver
Margareth observando de longe o carro.
ALLIE MORGAN
ALLIE morgan
Quero agradecer a você que terminou o livro e chegou até aqui, que
acompanhou a estória do início e que gostou dos personagens tanto
quanto eu. Obrigado.