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JÉSSICA DRIELY
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O problema, era que um segredo do seu passado, podia colocar seu futuro
em jogo, afinal ele sabia que não podia passar mais de uma noite com uma
mulher… se não tudo poderia acabar da pior forma.
Kristen Lewis é uma jovem sonhadora, que leva a faculdade a sério. Ela
odeia perder seu foco, mas quando a sua atividade extracurricular de
serviço comunitário a joga na vida de um jogador metido, Kristen se vê
presa a algo mais forte do que podia imaginar.
Um desejo arrebatador toma seus sentidos, fazendo com que Jason Lennox
se torne o seu pensamento diário.
E como uma garota inocente, ela entrega seu coração e sua virgindade
para o cafajeste, que um tempo depois a abandona, quando descobre que
está grávida.
Kristen só não imaginava que alguns anos depois, ela descobriria o motivo
de ter sido deixada para trás e que agora, ela precisaria pedir refúgio, com
sua filha nos braços, ao homem que ela jurou odiar.
+18
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Para todas as mulheres fortes que já conheci.
CAPÍTULO 01
Fechei meus olhos para aquela informação, além de darmos duro nos
estudos e no futebol americano, a faculdade ainda nos obrigava a pegar
nosso dia de folga, para ajudar em algo que nem tínhamos interesse.
Foi possível escutar alguns resmungos, pelo vestiário, o que fez com
que o treinador Aaron, perdesse a paciência e dissesse o pior.
Olhei por cima do meu ombro para o treinador Peter e assenti, sem
nem resmungar, antes que ele me marcasse na sua lista negra e me tirasse
do time titular.
Assim que o treinador saiu, Alex, que era o running back, e um dos
meus melhores amigos, parou ao meu lado e resmungou:
— Acho que ele faz de propósito umas merdas dessas, só para nos
obrigar a ficar servindo comida para a comunidade.
— Não brinca com uma merda dessa — resmunguei, mesmo que não
bebesse… não mais.
Alex pegou sua mochila, o que fez Jacob sair do seu estado pensativo
e fazer o mesmo. Assim que comecei a caminhar para fora do vestiário,
aproveitei para me despedir de todos que ficariam para trás e saí para os
corredores do centro de treinamento.
A garota usava uma calça jeans, colada no corpo, uma regata branca e
tênis da mesma cor. Sua mochila havia parado um pouco longe e os livros
estavam todos abertos no asfalto. O cabelo claro estava amarrado em um
rabo de cavalo e quando abaixei para ver se havia se machucado, seus olhos
azuis se encontraram com os meus.
Sua expressão não era uma das melhores.
— Pelo jeito você sabe muito bem quem eu sou, mas posso afirmar
que não estava correndo.
— Enfim, não foi nada, ainda bem — resmungou e tentou passar por
mim, mas me coloquei na sua frente.
— Tem certeza de que não quer ir ao hospital para ver se tá tudo ok?
— Obrigada, Jason Lennox, mas não estou com a mínima vontade de
perder meu tempo no hospital, sendo que estou bem.
— Quem não te conhece, garoto? Quer dizer, todo mundo sabe quem
vocês são. — Ela apontou o indicador na nossa direção.
— Nossa fama é boa mesmo. — Gabei-me, o que fez a garota revirar
os olhos.
Ela era bonita para um caralho, então, talvez se deixasse a sua marra
de lado, eu poderia levá-la para minha casa e verificar se estava realmente
bem.
— Acho que ficar uma semana sem foder, fez com que perdesse o
jeito com as mulheres, Jason! — Alex deu dois tapinhas no meu ombro e
voltou para dentro do carro.
— E deixa eu adivinhar, você vai atrás dela, até levá-la para a cama?
— Foi a vez de Jacob perguntar.
Tirei minha calça e olhei para o lugar que doía. Minha pele clara, já
mostrava que ficaria um roxo enorme no lugar que o carro encostou em
mim.
A batida não foi forte, mas mesmo assim, com o toque abrupto acabei
indo parar no chão. Agora, estava no meu quarto, no dormitório do campus,
vendo o estrago que foi causado.
— Não precisa, acho que eu que estava errada, por andar sem prestar
atenção.
— Sim, ele até queria me levar para a casa dele, quando recusei ir ao
hospital.
— Estavam ele e sua trupe, então imagina, o que tive que passar.
Assenti, indo até o meu armário e pegando uma bermuda, pois não
queria mais ficar de calça. As aulas estavam encerradas naquele dia e
amanhã ainda tinha o encontro com o serviço comunitário do campus.
— Você tem vinte e dois anos, está passando da hora de perder essa
virgindade.
— Você sabe que não tô com a mínima vontade de sair procurando
alguém para tirá-la. Não dou muita bola para isso, quando acontecer,
aconteceu.
Acho que não tinha uma parte do seu corpo, que não possuía algum
risco. Seu cabelo era cortado em um estilo, onde um dos lados era raspado,
restando somente um pouco de cabelo e a outra parte, um pouco maior, era
jogada para trás.
Até na sua cabeça, onde o cabelo era mais baixo, era possível ver
tatuagens.
Alice devolveu meu celular e foi fazer o que havia dito. E eu acabei
nem percebendo quando ela saiu para a festa, pois peguei no sono e acordei
mais de onze da noite.
Aproveitei para tomar banho, antes que dormisse fedida e assim que
saí da água quentinha, vesti meu pijama e voltei para a cama. Queria só
descansar, pois no outro dia, precisava acordar muito cedo.
Assim que tirei meu pijama, percebi que o local perto da minha
cintura que o carro do jogador havia batido, realmente deixou minha pele
roxa. Balancei minha cabeça, ao menos era algo menos grave do que uma
fratura.
Depois de vestir minha roupa, calcei um do meu tênis preferido, que
era confortável e dava para ficar em pé o dia todo sem problemas. Peguei
minha planilha de refeições, meu celular e caminhei para fora do quarto,
lembrando-me de trancar a porta, antes que algum maluco entrasse no
quarto e pegasse Alice dormindo.
Havia acabado de dar seis e meia da manhã, mas aquela mulher era
sempre pontual. Sendo que marcamos as seis quarenta na entrada do
ginásio.
— Bom dia, queridos! Desculpem por isso, mas hoje será um dia
muito especial. Espero que estejam felizes por auxiliarem o grupo de apoio,
vocês vão amar ajudar o próximo.
Fui passando com o pote pelos garotos, que hora ou outra soltavam
uma piadinha sem graça, e quando parei perto dos três idiotas do dia
anterior, senti minhas bochechas esquentarem.
Ali ele não era prioridade, então, não adiantava se achar demais por
ser um quarterback safado.
Virei as costas para ele, mas antes que eu desse um passo na direção
do lugar que estava, Jason murmurou:
— Estamos juntos, Kristen.
Ah, mas se ele achava que iria me levar para a cama, estava muito,
mas muito enganado.
CAPÍTULO 03
— Ah, querida! Eu sei muito bem que você ligou no abrigo para ver
se tinha um cantinho para esse velho aqui.
— Você faz isso todo final de semana? — perguntei, mesmo que ela
não conversasse comigo.
Enquanto falava, não consegui afastar meus olhos do seu rosto. Puta
que pariu! Era linda demais, os lábios eram um pouco mais grossos, o
cabelo na cor mel, fazia com que eu tivesse um pensamento muito
inadequado.
Mas como eu sabia que ali não era o momento de desejar a colega de
trabalho, acabei focando no que estava fazendo. Colhendo assinaturas de
quem passava na mesa e entregando os copos de bebidas.
— Eu acho que deixei bem claro ontem, que não quero nada com
você, certo?
Cocei minha testa e percebi pela minha visão periférica, que Jacob e
Alex se aproximavam.
— Só estou te chamando para ir comigo, podemos ir na lanchonete
fora do campus, mas em meia-hora, a pé não daria. Tenho carro e tudo
mais…
— Eu imagino que sim, mas não vai pagar, porque eu irei pagar, por
ter te atropelado.
Ela fez um biquinho lindo, com aqueles lábios infernalmente
deliciosos e parou de reclamar. Quando Matt lhe entregou seu cappuccino e
um misto quente, fiz meu pedido e disse que era para a viagem.
Ela caminhou para fora, sem me dizer nada, mas percebi pela vidraça
que entrou no carro.
— Já tá com mais uma? Você passou aqui ontem, com outra. — Matt,
pegou no meu pé.
— Essa ainda não caiu na lábia dele, Matt — Alex tirou sarro.
Eu sabia que não podia dar munição a ele, porque aí sim, que
pegavam no meu pé e foi o prazo de eu fechar a boca para as zoações
começarem.
Sorri de lado para a garota que ainda me olhava, mas que acabou
tirando sua atenção de mim, quando meus amigos voltaram para o carro.
Dei partida, para voltarmos ao campus e logo estacionava na vaga que
estava anteriormente.
— Parece uma criança, que fica se sujando, como irá para a NFL
assim?
Ela mordeu o lábio inferior, tentando conter um sorriso e eu fiquei
encarando aquela boca, até a coordenadora dar início aos trabalhos.
Gostei dela… e eu sabia que não podia ter interesse por ninguém,
sabia que as mulheres só deviam passar pela minha cama uma única vez.
Então, se aquela garota quisesse, ela podia ser minha por uma noite,
somente isso e nada mais.
CAPÍTULO 04
Como não sabia o que ele estava fazendo ali, continuei caminhando,
passando por ele sem lhe dar atenção.
Parei e o encarei.
— Não sabia que tinha que conversar com você — respondi, lhe
fazendo uma careta.
— Não sou malvada, só sou uma pessoa que tem outro objetivo ao
invés de ser mais uma da sua lista de conquistas.
Bem que eu queria dizer sim, mas para ser sincera, não queria
desviar-me do meu foco. Então, nunca aceitaria um convite daquele garoto.
Não quando ele era bem conhecido, por partir corações de garotas que não
entendiam que ele as queria somente por uma noite.
— Passar bem.
— Eu, o quê?
Alice foi para seu armário escolher sua roupa e eu fui fazer o mesmo
no meu. Nunca tinha ido a uma festa, mas provavelmente eu possuía roupas
para aquelas ocasiões.
Assim que saí para o quarto, com uma toalha enrolada no corpo e
outra no cabelo, Alice entrou no banheiro para fazer o mesmo que eu. Tirei
a toalha do cabelo e o sequei com o secador.
Aproveitei para pegar o babyliss de Alice e ligá-lo para fazer
pequenas ondas em meu cabelo, que na maioria dos dias estava sempre
“lambido”.
Mostrei meu dedo do meio para minha amiga que caiu na gargalhada.
— Você me ama.
— Sua sorte que amo mesmo.
Assim que sorriu para mim, acenou para a porta e eu segui para fora
do dormitório. Seguimos pelo corredor que levaria até o lado de fora,
descemos as escadas e só aí nos lembramos de chamar um Uber.
Ainda bem que não demorou muito para encontrarmos e depois de
três minutos estávamos dentro do carro do motorista de aplicativo.
Seguimos para a fraternidade e por sorte, não era muito longe, então, depois
de quinze minutos chegamos à casa.
Percebi que aquele não seria um lugar que eu iria, as pessoas ali não
faziam o tipo de gente com quem eu convivia. Ainda mais por parecerem
esnobes demais.
A garota parecia estar refém do seu beijo, pois esfregava seu corpo
no dele, como se quisesse que ele a fodesse ali mesmo. Talvez sentindo que
alguém o observava, Jason parou o beijo, deu um leve sorriso para a garota
e olhou para o lado, encontrando os meus olhos no mesmo momento.
Droga!
— Vamos!
Ava pegou minha mão e começou a me puxar em direção às escadas,
no entanto assim que estava prestes a subir o primeiro degrau, meus olhos
acharam a loira novamente e percebi que ela estava encostada em um canto
e parecia que estava sozinha.
— Não vou.
E eu não iria mesmo, estava louco para foder, então não podia fazer
aquela maldade com meu pau.
Assim que ela subiu as escadas, desci o degrau que havia subido e fui
na direção em que Kristen estava.
— Bom, eu vim com a minha amiga, mas ela foi dançar com um
cara, agora sumiu. Provavelmente fazendo o que você sabe que todos fazem
aqui.
— Que nojo.
— Tem certeza? Você pode ser a garota que eu queira levar para o
meu quarto essa noite.
— Tudo bem! Então fique aí, mas se quiser posso te levar em casa,
sem segundas intenções.
— Garota difícil.
— Eu sou!
Vesti minha boxer, depois o resto da roupa, enquanto ela ainda estava
deitava me observando.
— Eu?!
Soltei uma gargalhada e respondi:
— Nunca faria isso — falei, ainda sem acreditar que aquela garota
era virgem. Puta que pariu!
Meu pau ficou duro novamente e ele tinha acabado de se saciar com
Ava. Fechei meus olhos e respirei fundo para me acalmar.
— Tudo bem! Não precisa. Não sou esse monstro que você prega.
Ela cerrou o cenho e me encarou.
— Você não está muito bêbado, né? Porque não ando com quem bebe
e dirige.
— Eu não bebo.
— Sério?
— Entendi!
Merda!
CAPÍTULO 06
Nunca mais inventaria de ir a uma festa, sério, aquilo não era para
mim. Não que Alice estivesse errada, ela tinha que aproveitar, mas aquilo
não era para mim.
Não fiquei chateada com minha amiga de ter ido para a casa de um
cara qualquer, estava com raiva de não ter achado um meio de transporte
para ir embora e acabei aceitando uma carona do cara mais improvável da
história.
Jason Lennox!
Abri meus olhos ao me lembrar da forma que ele me olhava na noite
passada. Já passavam das dez, em um domingo que prometia ser um dia
agradável, já que o sol irradiava do lado de fora.
Levantei-me da cama com um pouco de esforço, já que estava
cansada da noite anterior. Como não estava acostumada a sair para festas,
me sentia exausta.
Precisava comer. Por isso, iria em alguma lanchonete ali perto. Saí do
quarto e caminhei até o lado de fora. Aproveitando para mandar uma
mensagem para Alice, avisando que havia saído.
Jason era um gato do caralho e talvez ele fizesse qualquer pessoa ter
pensamentos pervertidos com ele. Subi as fotos e cliquei no botão de seguir,
iria retribuir o gesto, já que ele tinha sido legal na noite passada.
Por sorte ele não me viu. Entrei na fila de pedidos e quando chegou
minha vez, pedi bacon com ovos para a viagem e um cappuccino.
Ele tinha me visto, então como não sabia qual seria sua reação, era
melhor sair dali o quanto antes.
Assim que pisei na calçada e dei dois passos, ouvi aquela voz grossa
atrás de mim.
Jason sorriu de lado, fazendo com que minhas pernas dessem uma
leve fraquejada por um simples sorriso.
Naquele dia, ele estava com uma bermuda preta, tênis e uma camisa
branca de manga curta.
— Você está com seus amigos, não é legal deixá-los, só para me dar
uma carona.
Seus olhos claros, que eu ainda não tinha decidido se eram verdes ou
castanho-claros, me encararam com uma intensidade tremenda.
Ah, Deus! Por qual motivo meu corpo esquentou com as suas
palavras? Que inferno! Será que ele poderia ser menos gostoso?
— Tudo bem?
— Tudo, eu nem percebi que o carro estava vindo.
— Machista! — acusei.
— Quer? — indaguei.
Jason negou e indagou:
— Amiga!
Ele fez um joinha para mim e eu saí do carro. Levando o restante do
meu café da manhã comigo.
Eu não tinha ideia do que estava fazendo, mas pela primeira vez, em
todo o meu tempo de faculdade resolvi agir de forma diferente.
Iria viver sem me preocupar ao menos uma vez… e depois lidaria
com as consequências.
— Estou pronta.
— Não sou esse tipo de pessoa que demora séculos pra se arrumar.
E naquele momento resolvi ousar. Era certo que não tentaria nada
com ela, mas se Kristen quisesse eu a levaria para minha cama, sem sombra
de dúvidas.
Senti os olhos dela sobre mim, mas continuei olhando para a frente,
pois ainda não havia encontrado nenhum sinal fechado para poder parar e
encará-la.
— Se você acha que com elogios vai me levar para cama, está
enganado.
— Meu amigo, ela tem peitos e uma bunda maravilhosa, com toda
certeza ela não é uma brother.
— Já imaginávamos.
Quando a porta do quarto foi aberta, olhei por cima do ombro e puta
que pariu, com toda certeza eu não sabia mais como respirar. Passei meus
olhos por todo o corpo de Kristen e pedi aos céus, para que eu tivesse forças
para resistir àquela garota.
— Uau! — Ouvi sua voz e só assim percebi que tinha fechado meus
olhos.
— O quê? — perguntei, virando-me de frente para ela.
— Está!
Ela soltou uma risadinha, trouxe uma de suas mãos até meu rosto e
afagou minha bochecha.
Eu não era nenhuma puritana, podia ser virgem, mas puritana não. Já
tinha sentido desejos por homens, vários na verdade, e ver Jason daquele
jeito sexy, com sunga preta, tapando o único lugar que não havia tatuagem,
me deixou meio inebriada.
Jason desceu sua boca pelo meu queixo e foi descendo ainda mais
sua língua pelo meu pescoço. Por sorte, no lugar que estávamos não tinha
ninguém, pois quando chegamos vi bastante gente em outras partes do lago.
Jason baixou suas mãos para minha bunda e impulsionou meu corpo
para cima. Entrelacei minhas pernas na sua cintura, voltando a beijar sua
boca deliciosa.
Pude ver seu sorriso sacana, mesmo que ele olhasse para cima,
encarando o céu.
— Sei que não está tentando nada disso, até porque você nem tentou
me forçar a nada, sou eu que estou louca para te beijar.
— Puta que pariu! Não fala assim, que eu vou aí e te agarro, garota
gostosa.
— Então vem, estou esperando.
Jason apertou minha cintura com força, fazendo com que eu soltasse
outro gemido. Desceu as mãos pela minha bunda e novamente me puxou
para cima. Entrelacei minhas pernas em seu corpo, enquanto sentia que ele
caminhava comigo pelo lago, até que senti o encosto da escada que descia
para a água, batendo em minhas costas.
Afastou sua boca da minha, para passar sua língua pelos meus lábios
até descê-la pelo meu pescoço. Jason deu um leve chupão na minha pele,
que me fez arrepiar.
Voltando a boca para minha. Soltou minha bunda e subiu suas mãos
para se entrelaçarem em meus cabelos e grudar meu rosto mais no seu.
Jason me beijou com vontade, eu sentia o desejo em cada uma de suas
investidas em minha boca. Ele parecia me devorar, me tomar inteira para
ele com apenas um beijo.
— O que é verdade?
— Que você enfeitiça as mulheres, por isso, é tão difícil resistir a
você.
— Te enfeiticei?
Afastei Jason e olhei por cima do ombro. Era Alex e Jacob voltando
com o caiaque, que eu nem sabia que eles haviam pegado. Sentindo um
pouco de vergonha, desci minhas pernas da cintura de Jason e ele percebeu
que eu não ficaria à vontade com seus amigos ali.
— Tudo bem, depois continuamos essa nossa conversa — murmurou.
Não menti quando disse sobre o feitiço de Jason, porque era daquela
maneira que eu me sentia. Mesmo sabendo que não podia ficar assim, pelo
quarterback dos Gators, já que sua fama era bem clara.
Mulheres para Jason Lennox, eram como objetos… Sempre usava
uma diferente em cada dia. Assim que ele submergiu ao lado do caiaque dos
amigos, eu os ouvi soltando algumas piadinhas infames.
— Oi! — Acenei para ela, que não demorou muito para se afastar e
me deixar novamente curtindo aquele momento tranquilo.
Não tinha resposta para aquilo, só sabia dizer que da noite para o dia,
eu comecei a desejar o quarterback do Florida Gators.
CAPÍTULO 09
Dei uma leve piscadinha para ela e sorri no mesmo momento que
parava em um sinal.
— E seu ego te faz ser um idiota — brincou, me dando um tapa leve
no braço.
— Acho que você viu bem o meu corpo no lago, para saber que não é
só meu braço que é forte.
— Você tá me chamando pra sair, só porque não fui para a cama com
você? — retrucou.
Olhei seu rosto, que estava com alguns fios de cabelos soltos, caindo
sobre ele. Já que depois de molhar o cabelo, os pequenos cachos que havia
feito na noite anterior, caíram e ela o prendeu com uma liga que estava em
seu braço.
Nunca tinha tido vontade de provar que podia ser um cara legal,
ainda mais, que sempre almejei nunca me envolver com ninguém, porque
eu sabia que aquilo poderia me trazer as piores consequências.
Respirei fundo ao pensar naquilo e dei partida no carro. Precisava
conversar com Alex, que era a única pessoa que sabia o que havia
acontecido há quatro anos.
Nem percebi que estava dirigindo rápido demais, pois comecei a agir
no automático. Quando vi, já estava estacionando o carro em frente de casa
e só assim, percebi o quanto estava meio desnorteado.
Por sorte, quando entrei, não vi Jacob em lugar nenhum.
— Cadê o Jacob?
— Deve ter ido foder alguém, porque recebeu uma ligação e disse
que não precisava esperar ele para ver o jogo.
Revirei os olhos e me sentei em uma das poltronas da sala.
Meu amigo deu um chute na minha perna, o que fez meus olhos se
voltarem para ele.
— Vá se foder, Alex.
— Se não fosse verdade, você não estaria aqui, sentado, me
perguntando se deve ou não acreditar em uma ameaça de anos atrás.
Amarrou as bolas na garota com uma transa?
— A palavra Deus e pau na mesma frase, por si só, já faz com que
Ele queira te rogar uma praga.
Alex me olhou assustado, o que me fez sorrir ainda mais.
E foi pensando naquilo, que voltei a abrir a porta do meu quarto e saí
para o corredor.
Retribuí o seu sorriso, mas não resisti a morder meu lábio inferior.
— Nem eu sei o que deu em mim, mas sei lá, senti que deveria viver
ao menos um pouquinho.
— Sim, porque ele tinha prometido que não iria tentar nada comigo,
já que não queria. Mas amiga, quando vi aquele corpo todo tatuado, sarado,
com músculos perfeitos, dentro de uma sunga que tapava muito pouco, não
resisti. Porra! Ele é delicioso!
— Eu não sei se caí no joguinho dele, mas tenho certeza de que foi a
melhor loucura que já tomei na vida.
Alice estava radiante, já que minha amiga sempre desejou que eu me
soltasse mais no nosso período de faculdade, mas eu nunca fui muito de me
jogar de cabeça em nada que não fossem os estudos.
— Parece ser…
— Jason? — sussurrei.
Ele abriu um sorriso fofo, fazendo até mesmo uma covinha surgir na
sua bochecha direita.
Ainda estava abismada por ele estar ali, depois de ter me deixado há
alguns minutos no dormitório.
— O quê? — indaguei.
Estendeu seu celular na minha direção e claro que Alice era muito
bocuda, acabou gritando do lado de dentro do quarto.
Virei-me de frente para ele, assim que paramos perto do seu carro.
Abracei seu pescoço e fiquei na pontinha dos pés para conseguir chegar
perto da sua boca.
Depositei um beijo leve em seus lábios, mas Jason foi mais esperto,
aprofundando o contato, enfiando sua língua dentro da minha boca e
embolando-a com a minha, em um misto desesperado, para me devorar de
forma tentadora.
— Também estou estranhando isso, mas parece que com uma garota
como você, vale a pena quebrar tudo o que for preciso.
— Tudo que sai da sua boca eu penso em perversão, acho que sua
mente deve estar perdida.
Ele elevou as sobrancelhas, fingindo estar muito chocado.
— Eu sou tão bonzinho, você que fica imaginando coisa e joga pra
cima de mim.
— Claro!
O que achei graça e rodeei meu braço na sua cintura, para ver se ela
se acalmava.
— Ei, não é real. Não precisa ficar assim, mas se preferir pode
dormir na minha cama, te abraço a noite toda e você não sentirá medo.
Kristen sorriu, com aquela boca deliciosa para mim, aqueles dentes
alinhados e brancos, perfeitos e eu não resisti ao depositar um beijo nos
seus lábios.
Ela disse que eu tinha o poder de enfeitiçar no dia anterior, mas tinha
certeza de que ela havia me enfeitiçado.
— Você não tem jeito, não é? — Indagou, quando afastou sua boca
da minha.
— Obrigada!
Franzi o cenho e olhei para ela rapidamente, mas voltei a concentrar
minha atenção no trânsito. Eu nunca mais fui imprudente no trânsito…
nunca mais, não depois daquela vez.
— Pelo quê?
— Por me tirar da minha monotonia.
Henry e Tom que ainda não tinham visto que eu estava com Kristen
sorriram para ela.
— A gata da noite.
Olhei feio para Henry, pelo que tinha dito e ele ficou sem entender o
motivo de ter me irritado.
— Cara, a Kristen é tipo oficial — Alex brincou, jogando um
beijinho para a garota ao meu lado que senti, quando apertou meus dedos.
Sabia que Kristen era tímida, por isso, fiquei apreensivo com sua
reação. Soltei sua mão e abracei sua cintura, aproximando seu corpo do
meu, percebendo que estava retesado.
— Eles são idiotas, mas são legais quando param de pegar no pé.
Ela virou um pouco a cabeça para me encarar e assentiu, mas sua
expressão estava meio congelada em um sorriso sem graça.
— Eu não vou transar com você, não agora, só quando você quiser.
Só que se eu for continuar com você, tenho que gritar para o mundo, não
acha? Porque elas… — Fiz um giro com meu indicador pelo lugar. — Não
vão parar de vir atrás de mim, entendeu?
— Mas já me beijou.
Dois dias… ela achou rápido, mas para mim, foi como se o Mar
Vermelho tivesse se aberto naquele momento. Aquela garota não precisou
de muito para fazer com que eu quisesse mais.
CAPÍTULO 12
Claro que demos uns amassos no carro, mas quando percebia que o
clima estava esquentando demais, preferi parar e pedir para ir embora.
Jason nessas três semanas se contentava com seus beijos e para mim aquilo
bastava.
Não tinha saído nenhum boato pelo campus, que ele estivesse com
outra garota. Até porque ele fazia questão de postar fotos nossas em suas
redes sociais.
Sabia muito bem o quanto era linda e nem era por me achar demais,
mas sim, um fato comprovado. Nunca tive problemas de vista, então sabia
enxergar a maravilha que eu era. E se o ego de Jason era grande, o meu era
enorme. Era uma gata do caralho.
Finalizei o trabalho e mandei direto para a impressora. Assim que
terminaram de sair as folhas, as coloquei em ordem e peguei a máquina de
encadernação, já que os professores do curso exigiam os trabalhos daquela
forma.
Ouvi a porta sendo aberta e jurei que fosse Alice, que tinha ido à
lanchonete do campus e prometeu me trazer meu almoço. Já que não iria ter
tempo para aquilo, pois às três da tarde, Jason tinha um jogo e era no
estádio da universidade, então iria assistir.
Olhei por cima do ombro e encontrei Jason, que não deveria estar
ali.
— O que você tá fazendo aqui?
Levei minhas mãos para sua nuca e fiquei acariciando seus cabelos.
— Você vai jogar incrivelmente hoje e vai conseguir uma casa boa
para entrar na NFL.
— Obrigado!
Jason aproximou a boca da minha e assim que senti seus lábios sobre
os meus, apertei mais minhas mãos em sua nuca e ele fez o mesmo com as
suas, mas no caso apertou minha cintura.
Ele queria arrancar minha alma, era a única explicação plausível que
eu conseguia imaginar.
— Come logo, daqui a uma hora temos que ir para o estádio, torcer
para o melosinho.
— Não chama ele assim — repreendi minha amiga, mas ela sabia
que eu estava brincando.
— Jason Lennox arrumou uma defensora, e olha que ela nunca nem
gostou de jogadores.
— Pensei que fosse somente mais uma vadia que estava rondando a
cama dele. Espero que ele te coloque um belo de um chifre, já que ele não
quis me namorar, não tem que namorar ninguém.
O choque foi tanto que fiquei encarando a garota sem acreditar. Sério
que ela estava me dizendo uma coisa daquelas?
— Tá maluca? — Alice tomou partido. — Vaza daqui, antes que eu
pegue esse seu rostinho bonitinho e faça ele se transformar em horroroso.
A garota acabou nos dando as costas, sem mais nenhum alarde e por
sorte o jogo começou, fazendo a atenção dos curiosos saírem de cima de
mim.
Se eu quisesse ficar com Jason, teria que me acostumar com aquelas
idiotices.
Senti até mesmo minha pele se arrepiar, ao pensar naquilo. Será que
poderia ter alguma garota que estivesse se sentindo muito desprezada e
pudesse cometer alguma loucura comigo?
Eu esperava que não, mas vivia na realidade da vida e quantas vezes
já não vi nos noticiários a morte de alguém só por puro ciúmes de outra
pessoa.
Fechei meus olhos antes de começar a tirar meu uniforme, para tomar
um banho rápido, talvez a água quente me deixasse com menos raiva.
— Derrotas acontecem, mas vocês deram o seu sangue dentro
daquele campo, não quero ver ninguém de cara fechada. Podemos não ter
vencido, mas jogamos bem e não foi nenhum fracasso, perdemos pela
diferença de dois pontos.
— Hoje foi um dia que eu não queria ter perdido. Não me importo de
perder, mas hoje era importante.
— Eu sei!
— Estou um saco hoje, talvez não seja sua melhor companhia. Posso
passar no seu dormitório e te deixar lá.
— Então, acho que hoje será um bom dia pra conhecer sua casa, não
é?
Saí do SUV, contornei o carro e abri a porta para Kristen. Peguei sua
mão e caminhamos pela calçada acimentada, passando pelo pequeno
gramado que ficava de frente para a casa. Chegamos na pequena varanda,
que possuía uma mesa e um conjunto de quatro cadeiras acolchoadas, que
na maioria das vezes, os meninos e eu usávamos para ficar jogando nossos
jogos de tabuleiro.
Tinha uma parede entre a sala e a cozinha que era a única coisa que
fazia a divisa entre elas. A casa em Gainesville, era dos meus pais, já que
tinham comprado anos atrás e quando eu consegui uma vaga na
Universidade da Flórida, não pensamos duas vezes antes de eu me mudar
para lá, já que éramos de Miami.
— Eu conheço a cafeteria?
— Me beija! — sussurrou.
Coloquei minhas mãos por baixo da sua bunda e a subi até ficar da
minha altura, ela aproveitou para entrelaçar as pernas na minha cintura e
grudou sua boca na minha.
Assim que senti sua língua se encostar na minha, apertei mais sua
bunda, com minhas mãos que amavam aquele contato que ela me permitia.
Beijei seus lábios com devoção, porque beijá-la era incrível, seu
gosto era saboroso demais e eu me sentia viciada.
Caminhei pelo corredor, com ela ainda nos meus braços e quando
chegamos à porta do meu quarto, fiquei segurando seu corpo com uma das
mãos, enquanto abria a porta com a outra.
— Satisfeita?
Percebendo que não fugiria dos meus braços, Kristen trouxe sua boca
para a minha e começou de novo a me beijar. Subi minhas mãos pela sua
cintura e apertei aquele lugar tão pequeno.
Kristen ficou somente com o top que usava. Afastei minha boca da
sua, ele era curtinho e deixava sua barriga toda exposta. Vi que seus
mamilos estavam intumescidos. E fui obrigado a sorrir ao reparar aquela
cena.
Levei meus olhos para o de Kristen e perguntei:
— Tá excitada?
— Tô!
Passou sua língua pelo lóbulo da minha orelha e fez meu pau ficar
mais duro.
Fechei meus olhos ao escutar o que saía da sua boca e apertei com
mais força a sua cintura, avançando meu quadril na direção do centro das
pernas de Kristen, que deu uma leve reboladinha.
Kristen assentiu mais uma vez, fazendo com que eu tirasse minhas
mãos de sua cintura e as levasse aos seus seios.
Kristen estava inebriada pelo que disse. Assentiu sem conseguir dizer
nada e eu a girei na cama, para ficar deitada sobre o colchão, enquanto
tirava sua bermuda e via a calcinha que usava.
— Acho que você não precisa disso agora. — Sorri para ela e abri
suas pernas.
Kristen tinha uma manchinha marrom ao lado dos grandes lábios que
parecia formar um coração.
— Temos uma marquinha de nascença aqui? — perguntei, voltando
meus olhos para os seus.
Retribuí o seu sorriso e pela primeira vez, desde que perdi minha
virgindade anos atrás, eu me senti ansioso para provar aquela garota.
Droga!
Não deixei de notar que minha garota estava encarando meu pau e fiz
questão de passar minha mão por cima da boxer, só para deixá-la ainda
mais louca.
Ao sentir sua língua passar por toda minha vagina, fui obrigada a
apertar os lençóis em minhas mãos. Eu sentia Jason passar por meu clitóris
e ousava até colocar sua pontinha na minha entrada.
— Gostou? — Jason passou a língua por seus lábios e veio para cima
de mim, me beijando com vontade.
Caralho!
Girei meu corpo, fazendo Jason cair sobre o colchão e eu fiquei por
cima dele.
Passei minhas mãos por suas coxas, parando na parte onde elas
acabavam, que era muito perto da virilha.
Sua voz estava mais grossa que o normal e eu sabia que aquilo era
pelo tesão.
— Um dia…
Sorri com suas palavras e passei novamente minha língua por aquele
lugar, o que fez Jason abrir os olhos e morder o lábio com força. Ele rosnou
e eu sorri.
— Você gosta de me ver sofrer, não é mesmo, gata?
— É bom! — sussurrei.
Chupei com mais vontade seu pau, que tinha um gosto salgado,
misturado com ácido e eu não sabia explicar, mas gostava daquele sabor e
sentia a cada vez que o engolia com minha boca, minha boceta se molhar
ainda mais.
Delicioso!
Desejoso!
Perfeito!
Voltei a abri-los, quando escutei sua voz, parecia ter tanta verdade em
suas palavras, que me senti emocionada, onde percebi que meu coração
estava disparado com aquela declaração.
— Não!
— Serei a primeira.
Jason me girou na cama e eu sabia que não iria embora tão cedo da
sua casa naquele dia.
Porque queria aproveitar o que ele poderia me dar.
Abri meus olhos lentamente, e pela persiana fechada era possível ver
que havia amanhecido. Assim que senti um braço sobre meu corpo, com
uma mão macia repousando sobre meu tórax, eu me lembrei de que Kristen
tinha passado a noite na minha cama.
Dei mais dois orgasmos para ela na noite passada, somente com meus
lábios, sem nem mesmo penetrar um dedo nela, para não fazê-la sentir dor,
por ainda estar intacta e completamente virgem.
Gozou, deixando que seu orgasmo escorresse por toda a sua fenda.
Depois de limpá-la completamente com minha língua, levantei minha
cabeça e sorri para ela.
Parei nos seus seios, depositei beijos nos dois e suguei um de seus
mamilos, fazendo com que ela desse mais um gemido gostoso.
Beijei seu queixo e passei minha língua por seu pescoço macio e
cheiroso.
— Pela sua cara, parece que não tem nada que eu vá querer aí.
Fechei a porta e sorri para ela.
— Queremos sanduíches.
Sorri de lado, mas voltei minha atenção para as ruas, não queria que
acontecesse nada, por dirigir incorretamente.
— Quando quiser pode passar aqui comigo.
Sorri para ela, pois não estava chateada com sua intromissão.
— Pois é! Para tudo tem sua primeira vez.
— Pelo menos foi o que Jason fez parecer, já que não terá jogo no
final de semana todo.
— Espero que essa música não seja uma indireta para mim.
Soltei uma gargalhada com a careta que Jason fez e eu troquei a
música.
— Não era nada para você, é só que amo a cantora, mas as músicas
dela são bem deste estilo.
— Não te trouxe aqui para fazer isso, só quero mostrar a você que
não sou um idiota que não sabe fazer coisas românticas.
Sorri de lado, peguei sua mão e coloquei sobre o meu seio.
— Kris…
Queria nosso corpo unido, queria lhe fazer mulher… a mulher mais
deliciosa que eu já poderia ter provado.
Levei minhas mãos aos seios que cabiam tão bem dentro dos meus
dedos grossos.
Desci minhas mãos por sua barriga, lentamente, até parar no cós da
calça. Abri o botão e desci o zíper. Fui descendo meu corpo até estar de
joelhos, abaixei sua calça e ajudei Kristen a se desvencilhar daquela roupa.
Sua calcinha de renda era rosa e minha boca salivou para senti-la em
minha língua. Afinal o gosto de Kristen era magnífico.
Passei minha língua pelo lugar que estava espalhando seu sabor e
levei minhas mãos para a bunda de Kristen, apertando a carne durinha.
Meu pau estava quase implorando para me enterrar nela, mas eu iria
com muita calma, não queria machucá-la.
Mas Kristen estava tão desesperada, que enlaçou meu quadril com
suas pernas e me empurrou fazendo que eu me enfiasse dentro dela. Kristen
gemeu e fechou os olhos com força.
Senti o aperto das paredes de sua boceta, elas faziam maravilhas com
meu pau. Fui entrando devagar em Kristen e quando senti a cabeça do meu
pau, parar na parede do seu útero, fiquei quieto até ela se acostumar
comigo.
Quando meus jatos pararam de jorrar, deixei meu corpo cair com
cuidado sobre a mulher ofegante que estava embaixo de mim.
— Mas eu agradeço por ter sido o primeiro, alguns não fariam ser tão
bom.
Sorri de lado e desci meus olhos pelo corpo tatuado. Parando no seu
membro, que não havia ficado mole, ele estava mais duro do que quando
parecia estar dentro de mim.
— De jeito nenhum, só estou sendo sincero, mas sei que deve estar
dolorida, então…
Mordi meu lábio inferior com aquela confissão e sorri para Jason,
que me encarava completamente fascinado.
Soltei um grito de prazer quando ele pegou meus seios em suas mãos
e os apertou. Comecei a me movimentar mais rápido, sedenta por mais,
louca por ele.
Caí sobre seu corpo, deixando ele dentro de mim, sentindo toda sua
circunferência, continuar me deixando aberta. Eu parecia me encaixar tão
bem em seu corpo.
Meu tudo.
CAPÍTULO 19
O sol estava se pondo, no momento que segurei a mão de Kristen e
saímos do chalé. Eu havia me preparado para aquele final de semana, queria
revelar meus sentimentos à garota que segurava minha mão de forma
ansiosa. Mesmo que ela tivesse se adiantado e declarado seu amor por mim,
quando estávamos fazendo amor…
Eu, por outro lado, vestia uma calça jeans e uma regata escura. Não
chegava aos seus pés, mas ao menos tentaria fazer com que aquele final de
semana fosse um dos melhores de nossa vida.
Caminhei com ela pelo caminho cascalhado, até uma clareira, que
possuía asteráceas, por todos os lugares. Ali estava uma mesa de jantar, que
pedi para os funcionários de Ginnie Springs prepararem.
— Eu te amo, garota!
Senti o corpo da minha menina tremer em meus braços e ela acabou
novamente girando e encarando meus olhos.
Kristen sorriu e puxou meu rosto, fazendo sua boca tocar com a
minha e me beijou suavemente, tão delicada que parecia que estávamos nos
conhecendo naquele momento.
Assim que nos afastamos, aquele sorriso que deixava Kristen ainda
mais linda, apareceu em seus lábios. Como podia ser tão perfeita?
Perfeita!
Era isso que aquela garota era... minha perfeição!
Era novo, mas estava ciente de que um dia teria que aquietar e ser um
homem digno. E como eu tinha me metido de cabeça em um
relacionamento, a única verdade era que eu queria Kristen para mim e se o
que eu sentisse por ela só aumentasse... eu iria querê-la por toda a minha
vida.
E com aquilo... os nossos dias foram passando e fomos ficando mais
conectados.
Seríamos felizes.
Muito felizes.
Uns filhos da puta, quem passava trabalho para o último dia de aula,
sendo que nós já estávamos aprovados?
E por fim olhamos para Jacob, que estava com uma expressão séria e
um pesar recaiu sobre mim. Não era possível!
— Gente... — Ele fez uma careta, mas logo sorriu. — Idiotas, eu
também fui aceito!
E gritamos e pulamos...
Corri até meu quarto, para pegar meu celular e enviar uma mensagem
para Kristen, eu precisava falar com minha menina.
Só que uma mensagem de um número desconhecido chamou minha
atenção.
Franzi meu cenho e a abri, só para deixar a carta que ainda segurava
cair no chão...
Não sabia se ficava feliz ou desesperada. Bom, para uma garota com
vinte e dois anos, quase vinte e três, já que faltava um mês para meu
aniversário. Era desesperador… Desesperador!
Ainda mais para alguém que nunca transou sem camisinha.
— E aí?
Que desespero!
Apontei para minha barriga, que nem demonstrava ter nada dentro
dela. Já que ainda continuava lisinha e sem nenhuma protuberância.
— Amiga, eu sei que não queriam, mas agora vão ter. Vocês já
estavam combinando de morarem juntos, então… esse será só mais um fato
que vocês terão que conviver.
— Sim e contar para o quarterback, que agora ele terá um mini ele,
ou mini você.
— Sim!
— No quarto.
Assenti e depois de bagunçar os cabelos de Alex, segui para os
corredores que levariam até o quarto de Jason. Assim que parei em frente à
sua porta, bati levemente.
Como assim?
— Vamos morar lá, como combinamos e eu preciso te falar uma
coisa. — Jason voltou seus olhos castanho-esverdeados na minha direção e
ficou me encarando como se fosse a última vez que fosse me ver. — Eu
menti sobre o trabalho.
Abri minha boca para tentar dizer algo, mas não consegui pensar no
que falar. Não quando ele parecia tão verdadeiro ao pronunciar aquelas
palavras.
— Se eu for, você nunca mais vai me ver e não saberá nada do bebê
que estou gerando.
— Adeus! — Foi o que disse, quando saí da casa de Jason sem olhar
para trás.
Nunca mais…
Jason seria o meu ódio eterno, que carregaria dentro de mim, para
que eu me lembrasse de toda a tristeza que eu estava sentindo.
Coloquei minhas mãos sobre minha barriga, enquanto caminhava de
volta ao campus… eu ficaria com meu bebê e seria a melhor mãe que ele ou
ela poderia ter.
3 anos depois
Levei minha mão livre, que não estava segurando o cigarro, ao meio
das pernas da garota que rebolava em meu pau e passei por sua boceta. Tão
molhada e sem calcinha, só estava de saia, com as pernas abertas, deixando
quem quisesse olhar para sua bocetinha molhada.
Penetrei um dedo dentro dela e a mulher gemeu, jogando o corpo
para trás.
Aquilo não era o paraíso, era meu inferno pessoal, mas que aprendi a
conviver, para nunca mais me lembrar dela…
Mas eu sabia que não podia, não quando os riscos eram grandes
demais. Ao menos eu podia vê-las assim, quando os seguranças que
contratei cuidavam delas. Mesmo que a mulher que eu sempre amaria,
nunca soubesse daquilo.
Eu transava com diversas mulheres, para tentar esquecer Kristen,
mesmo em três anos nunca tivesse conseguido. Treinava como um
condenado, jogava como um louco e tudo que passava pela minha mente
era ela… a mulher que abandonei grávida, por causa daquele filho da puta!
— Ele voltou, Alex. Ele voltou e eu tive que abandoná-la quando ela
veio me dizer que estava grávida.
E eu fiz o meu papel mais filho da puta que pude, em beijar uma
garota em sua frente, para que ela contasse a Kristen o quanto eu era um
imbecil.
E sofrer sozinho…
Sozinho…
Nunca!
CAPÍTULO 22
Agora minha garotinha tinha dois anos e três meses, era saudável,
linda, com cabelos claros como os meus e os olhos dele…
Depois de sair, como era meu último atendimento naquele dia, decidi
ir embora para conseguir chegar em casa antes de Wendy dormir.
Ela ficava quase o dia todo com a babá, mas eu não podia deixar de
trabalhar, ainda mais que meus pais, nem sabiam de sua existência.
Consegui esconder minha gravidez e até seu nascimento dos meus velhos.
Não quis assumir para eles, que o namorado com quem tanto se
preocupavam, havia me abandonado grávida. Sem contar, que eles
poderiam parar de me ajudar financeiramente, antes que minha clínica
começasse a dar bons frutos e por isso, foi pensando na minha pequena, que
nunca revelei sobre a sua chegada no mundo.
Havia três anos que eu não os via, pois quando fui abandonada pelo
homem que jurei amar, os visitei para matar as saudades e depois segui meu
rumo para Miami.
Nunca mais fui à casa deles, mas sempre fazia ligações de vídeo
quando estava na clínica ou quando Wendy estava dormindo. Aquele era
meu único arrependimento na vida, já que meus pais me amavam e me
tratavam como uma princesa e eu também os amava muito, mas não
colocaria o bem-estar da minha menina em risco.
— Nossa, me desculpe!
Era um homem mais velho do que eu, provavelmente deveria ter uns
trinta e poucos anos, mas era bem bonito, não podia negar.
— Prazer!
Não falei meu nome, já que não era obrigada a revelar a ninguém.
Ainda mais a um desconhecido.
— Vou abrir uma loja de utensílios para casa aqui neste quarteirão.
Você trabalha aqui?
— Sem problemas!
Mas era só minha mente feminina falando mais alto, já que eu sabia
muito bem que mulheres sozinhas, sempre se tornavam alvos fáceis para
qualquer tipo de abusador.
Abri um sorriso assim que vi minha menina brincando com sua bola,
que ela amava tanto e que tínhamos comprado em uma pequena feira
indiana que havia acontecido há algumas semanas em uma praça perto da
nossa casa.
A garota de vinte anos que olhava minha filha, comentou, e fez uma
carinha culpada.
— Não se preocupe.
— Estou brincando.
— Ainda bem, senhora. É porque não consigo não chamá-la assim.
— Tudo bem! — Ela foi até Wendy, que me olhava com seus
olhinhos brilhando e beijou a testa da minha menina. — Até amanhã,
querida.
Depois de me despedir de Helena me aproximei da minha pequena
pestinha, que estava sentada no sofá, segurando seu sorriso.
— Sumi…
Wendy tapou o rosto com as mãozinhas gordinhas e eu peguei sua
barriga e enchi de cócegas e beijos.
Corria na esteira, já havia mais de uma hora, o suor escorria pelo meu
rosto e caía pelo queixo. A música tocava alto no meu headphone e eu fazia
aquilo para me machucar mais um pouco. Já que eu sempre colocava uma
música ou outra que ela gostava de ouvir.
A mulher que mudou toda a minha vida, que me fez perceber como
tudo podia ser melhor se dividido com alguém que te amava, que sabia o
que você sentia, que escutava suas reclamações ou elogios. Uma mulher
que não era somente o amor da minha vida, era minha amiga e que fui
obrigado a deixá-la. Ela e nossa filha.
Ou até mesmo nas fotos das duas na praia, com a mulher que eu
amava usando um biquíni rosa com bolinhas brancas e Wendy, minha
garotinha perfeita, usando outro com a mesma cor, mas com babadinhos, a
deixando mais fofa.
— Cara, eu não sou de partir para violência, mas eu queria tanto
arrebentar a cara daquele desgraçado, matar ele, na verdade.
— Filha? — indagou.
— Sim, ela… veio para cá mais cedo. Sou tio dela. — Como eu
mentia mal, como Kristen acreditou em mim tão facilmente naquele fatídico
dia?
— Vou informar a mãe da paciente que o senhor está aqui.
Droga!
E foi por isso, que saí correndo de dentro do hospital. O que eu havia
pensado, que chegaria ali, como um completo maluco e conseguiria ver
minha filha?
Não podia ficar ali e fazer com que Kristen corresse perigo…
— Mamã?
Wendy era uma garotinha muito boa, não chorava nunca, ela só sabia
gargalhar e abrir aqueles sorrisinhos, com pequenos dentinhos de leite.
— Fiquei pesa…
— Vem aqui, então… — Peguei-a em meu colo e fiz cócegas em sua
barriga, fazendo aquela gargalhada gostosa ser ouvida por toda a clínica.
— Sim, ela é!
Tentei sorrir para ele e não demonstrar que estava com medo daquela
vibe psicopata dele. Talvez eu estivesse sendo meio neurótica, mas gostava
de assistir alguns filmes e séries meio complexos, relacionados a pessoas
perseguidoras e não sabia o motivo de aquele homem — muito bonito —,
despertar aquele sentimento aterrorizador dentro de mim.
— Acho que você não gosta de mim, Kristen — sussurrou, mas alto
o suficiente para eu ouvir através da porta de vidro.
— Tem que tomar cuidado, para o alerta AMBER não ser anunciado.
Já que sabemos que moramos em um país, com muitos sequestros.
Era a quarta vez que ele aparecia somente naquela semana ali na
porta. Todas as vezes eu o encontrei do lado de fora e agradeci
mentalmente, por naquele dia em específico, que Wendy estava comigo, eu
ainda estar dentro da clínica quando ele apareceu.
Não tinha gostado de Jasper, desde o dia que esbarrou em mim e
depois de tentar me assustar com o Alerta AMBER, eu sinceramente não o
queria mais me rondando.
Com uma das mãos, fiz malabarismo, enquanto segurava Wendy com
meu outro braço. Assim que desliguei tudo, caminhei para fora da clínica e
observei bem, antes de sair para ver se aquele imbecil não estava do lado de
fora.
Quando olhei na direção da sua loja, percebi que ele estava na porta,
olhando na minha direção. Destravei o carro e coloquei Wendy na
cadeirinha.
Depois o mais rápido que pude, entrei no meu sedan e saí dali. Sem
nem mesmo olhar na direção daquele homem. Eu teria que pedir alguns
conselhos a Alice, para saber como lidar com aquele estranho.
— Mas o que pretende fazer? Você não pode ficar próximo a ela.
Assim que parou na entrada do prédio, eu subi até o quarto andar sem
muito esforço. Era um prédio ótimo, mas com segurança zero. O que me
deixava ainda mais apreensivo em relação a Kristen e Wendy.
Quando recebi a mensagem de Tyler, o segurança que me
acompanhou até ali, informando que Kristen tinha chegado, senti meu
coração começar a correr uma maratona.
— Vai embora daqui, Jason. Eu não tenho nada para falar com você.
Limpei minha garganta e me afastei da parede. A menininha me
encarava de forma curiosa, hora ou outra olhava para as tatuagens em meus
braços.
— Te dou dez minutos, depois não quero te ver nunca mais, Jason.
Respirei fundo.
E com meu coração nas mãos entrei no apartamento, onde vivia todo
o meu mundo.
CAPÍTULO 26
Jason levantou seu rosto e me encarou, quando foi dizer algo, minha
filha se intrometeu.
— Mamã, tô cu fome.
— Oi!
— Oi! — Minha filha respondeu e se aproximou mais de Jason. —
Tomo é seu nome?
— Ah, isso aqui eu fiz quando era mais novo! Chama tatuagem.
— Ah, é?
— Ebá! Vô comê!
— Tá bom!
Aproximei-me do sofá, fazendo Jason se levantar da posição que
estava e peguei Wendy a levando para sua cadeirinha. Coloquei-a no lugar,
fechei o cinto de segurança e arrumei o prato em cima da bandeija.
— Prontinho!
— Você não tem que escolher onde conversar comigo, Jason. Eu que
escolho, só quero que diga o que veio fazer aqui, que merda de perigo é
esse que estou correndo e depois é para ir embora e nunca mais voltar.
Wendy que comia, parou de mastigar ao me ouvir falar.
Droga!
Assenti e bufei.
Quando me tornei uma pessoa tão boazinha que aceitava tudo que era
imposto, por um ser… desprezível, como Jason Lennox?!
Eu não sabia como ficaria assim que ele voltasse a sumir, mas já
imaginava que ficaria na pior.
CAPÍTULO 27
Não queria avançar mais do que o permitido por ela, então aceitei
esperar. Afinal, eu tinha que aceitar o que viesse dela depois do que a fiz
passar e mesmo que não soubesse ainda estava correndo grande perigo.
Olhei alguns porta-retratos com foto das duas. Kristen sorria em
todas, mas para quem a conhecia há tanto tempo, eu sabia que faltava algo
no brilho que a cercava.
Quando ela fez aquela tatuagem, foi alguns meses depois de Wendy
nascer, era uma frase relacionada a Peter Pan e como o nome da minha filha
era o mesmo de uma das protagonistas da história, imaginei que foi dali que
ela surgiu para ser tatuada.
Saí dos meus devaneios, quando escutei passos pelo corredor que
imaginei ser o que levava aos quartos. Kristen surgiu novamente na sala e
estava com a mesma roupa, a única diferença era que havia soltado os
cabelos, que continuavam lindos e brilhosos como sempre foram.
Eu a amava tanto…
Ela revirou os olhos, algo que não havia perdido desde a época em
que a conheci.
Deixei que toda a dor que caminhava comigo, dia após dia,
reverberasse pelo meu corpo e as lágrimas começaram a se formar em meus
olhos.
Anos antes
Dias atuais
— Eu pensava que essa fosse a pior coisa que podia ter acontecido
comigo, Kristen. Mas quando eu vi que a ameaça de Hector era real, eu tive
que me precaver. Ele me ameaçou de morte diversas vezes, meu pai,
percebendo que aquilo estava ficando assustador o denunciou para a polícia
e ele sumiu. Eu pensei que tudo tinha ficado bem, mas nunca quis provar se
a sua ameaça era verdadeira, porque decidi não ficar com ninguém por mais
de uma noite. Quando ele retornou, eu pensei em avisar a polícia, mas ele
disse que poderia ser muito pior se eu fizesse aquilo.
Fiz uma pausa para respirar e daquela vez, ainda enxugando minhas
lágrimas, Kristen indagou:
— Quer tomar uma água? — Tinha menos ódio em sua voz naquele
momento.
Tomando uma atitude que nunca pensei que veria de novo, Kristen se
aproximou de mim e segurou minha mão.
— Então por que diz que perdeu a mulher que ama? — Sua pergunta
não passava de um sussurro e ela estava de costas para mim, mas assim que
respondi, ela se virou para me encarar:
— O quê?
E daquela vez Kristen deixou as lágrimas caírem pelo seu rosto.
Aquele dia ainda estava só começando, com o tanto de tragédias que eu iria
revelar à minha pequena…
A minha Kristen.
CAPÍTULO 28
Meu corpo ainda estava trêmulo, pelo que tinha escutado, por tudo
que Jason tinha me falado. Meu Deus!
— Você o quê?
— Eu sei que parece doentio, mas eu não podia perder você, ou
melhor, eu te perdi, só que você tinha que se manter viva, minha filha tinha
que nascer, tinha que ser feliz. Só que aquele desgraçado, resolveu te cercar
e meus seguranças acham que ele não sabe da Wendy e eu não quero dar
sorte para o azar, porque eu já te tirei da minha vida, então por que ele está
vindo atrás de você?!
Meu Deus!
— Hector.
— Não tão!
Jason pegou seu telefone e depois de mexer um pouco no aparelho,
ele estendeu para mim e me mostrou uma foto. Quando vi se tratar de
Jasper, eu novamente fiquei em choque.
— Sim — sussurrou.
— Era o melhor para você. Kristen, você acha que eu preferia viver
feliz ao seu lado, mas sabendo que você corria risco? Eu não sei do que esse
psicopata é capaz.
— E mesmo agora, três anos depois, Jason. Ele aparece na porta da
minha clínica e sempre conversa comigo de forma estranha. — Minha voz
estava extremamente embargada. — Que merda adiantou você me
abandonar?
— Eu nunca quis que você pensasse que era uma criminosa ou algo
do tipo. Eu fiz isso para te proteger.
Mas também não teria Wendy e pela minha filha eu cometeria todos
os meus erros e acertos de novo.
— Posso?
O choque foi tanto que acabei soltando uma risada, não era possível
que eu estava mesmo escutando aquilo.
— Eu não vou a lugar algum. Eu tenho uma vida aqui, caso você não
saiba. Sou uma médica veterinária, com uma clínica em andamento, que
atende diversos animais e eles precisam de mim, minha amiga mora aqui,
não vou deixar minha vida para trás, por causa de um imbecil, que pensa
que pode me machucar, só porque a irmã dele morreu.
Jason abriu a boca para ir contra o que eu disse, mas o cortei.
— Não precisa falar mais nada. Eu já sei que tem um maluco atrás de
mim, vou tomar mais cuidado. Aceito os seus seguranças, já que eles estão
me seguindo desde que terminamos, certo? — Jason assentiu. — Então,
você já me deu seu aviso. Pode ir embora agora.
Apontei para a porta e Jason não acreditou no que eu falei, sua
expressão dizia aquilo.
— Kristen, eu não vou sair daqui sem você. Vim te buscar, você e
nossa filha.
Fechei meus olhos, levei dois dedos até as pálpebras que estavam
pesadas e rosnei:
— Sei me virar.
Jason soltou um suspiro e assentiu. Daquela vez, atendeu meu pedido
e saiu de dentro do meu apartamento. No momento que vi a porta fechar e a
fechadura automática travar, caí no chão de joelhos e chorei.
— Foi o que ele me disse. E pareceu ser real, na verdade, eu até já sei
quem é o idiota que fez a ameaça. Ele está me perseguindo.
— Então vamos prendê-lo, você disse que o Jason falou que ele é
como um foragido.
— Ele também disse que a ameaça de três anos atrás, incluía essa
parte. Se envolvesse a polícia, tudo poderia ser ainda pior.
— Infelizmente, sim!
— Amiga, eu te amo! Mas se um dia, você quiser perdoar o Jason, eu
continuarei te amando, no entanto, vou ficar bem com o pé atrás, sobre esse
relacionamento.
Passei a manhã quase toda com minha amiga, depois decidi voltar
para casa e ficar com a minha menina. Assim que cheguei, percebi que o
apartamento ao lado que estava vazio, teria um novo morador ou moradora.
Passei pelas caixas, sem dar muita importância para aquilo. Tinha
coisas melhores para me preocupar do que com a chegada de um novo
morador.
Abri minha porta e Helena estava sentada no chão, enquanto Wendy
pegava seus pincéis de maquiagem de brinquedo e pintava o rosto da babá.
— Meu amor, você gosta de fazer a tia Helena sofrer, né?
Minha filha adorava a sua babá e eu ficava feliz por aquilo, pois
Helena era essencial na minha vida, principalmente pelo meu tempo
escasso. Guardei minha bolsa e fui tomar banho, enquanto Helena ainda
deixava Wendy pintá-la.
Entrei em desespero…
Assenti e reclamei:
Assenti.
— Ah, cara! Dê tempo a ela, você contou a verdade agora. Como ela
pode aceitar de cara?
Passei uma das minhas mãos pelo meu cabelo, o deixando ainda mais
bagunçado.
— Sim, eu sei que está certo, mas eu queria que as coisas fossem
menos complicadas, Alex.
— A vida nunca é como queremos, Jason. Mas não fica com essa
carinha de cachorro abandonado, você um dia ainda será feliz com a loira.
Era bom ter um amigo como Alex, já que ele sempre tentava me
colocar para cima. No entanto, eu estava bem ciente, de que seria
impossível ficar com Kristen.
Encerrei a ligação com Alex, quando ele disse que precisava ir para o
treino. Informei que daqui a alguns dias estaria de volta e ele concordou.
Fui até o frigobar do quarto de hotel e peguei uma água com gás.
Estava tão para baixo, que nem queria comer nada, mas pelo menos uma
água eu tinha que tomar.
Antes que eu pudesse girar a tampa da garrafa, meu celular tocou e
eu já imaginei que seria Alex querendo me falar algo que havia esquecido.
— Estou indo!
Desliguei o telefone, deixei o copo de água com açúcar, na mesinha
de centro e puxei Wendy para os meus braços.
— Sou eu!
Helena abriu a porta para minha amiga, que veio correndo na minha
direção.
— O que aconteceu?
Olhei para Helena e ela entendeu que eu queria que Wendy não
ouvisse. A babá pegou minha filha, depois de Alice beijar sua bochecha e
foi para o quarto com ela.
E foi com aquela constatação que levantei e fui até o cartão que Jason
havia me dado. Eu o tinha deixado em cima do aparador da TV, no dia
anterior.
Estendi para minha amiga e ela foi quem discou o número dele, mas
quando ele atendeu me passou o telefone.
— Jason?
— Jason?
Meu coração parecia que iria sair do meu corpo com aquela
declaração. Eu já não estava no meu estado normal, devido à ligação
anterior, mas ouvir o que Kristen tinha acabado de falar, me tirou de um
limbo de preocupação e eu fiquei feliz mesmo estando cheio de medo.
— Tudo bem! Arrume o que for necessário, vou pedir para um dos
seguranças subir até seu apartamento, pode ser?
— Tá bom!
— Ok!
Por outro lado, peguei a mochila que havia levado e joguei todos os
meus pertences dentro dela, de qualquer jeito, pois não estava com tempo
para organizar nada.
— Bom dia!
Fechei minha mão com força. Odiava ser privado de viver da forma
que quisesse, por causa de um homem que me culpava por tudo.
Abaixei o vidro do carro e Alice estava parada ao lado da porta com
Kristen e Wendy, a última olhou para dentro do automóvel e abriu um
sorrisinho.
— Oi! — Cumprimentou-me.
E eu senti toda a minha raiva derreter quando sua voz me atingiu.
— Oi, Wendy!
— Obrigada, Alice!
— Tá bom!
Wendy se aproximou mais de mim e me abraçou com seus bracinhos
pequenos. E aquilo ali, foi o que eu precisava no momento para prometer
para mim, que eu nunca deixaria nada acontecer com ela, nem com sua
mãe.
Agora eu só teria que levá-las para minha casa e fazer com que tudo
ficasse bem.
— Tô cô medo, mamã.
Kristen pegou nossa menina em seus braços, enquanto ela fazia uma
expressão de choro.
— Tá tudo bem, meu amor! Vamos voar nas nuvens, pode ficar
calma, tá bom?
Wendy assentiu, mas se encostou na mãe, como se ela fosse a única
que conseguia lhe proteger naquele momento.
Nem que para isso, eu tivesse que cometer algum tipo de atrocidade
contra Hector.
E eu cometeria, se ele não nos deixasse em paz.
CAPÍTULO 32
Não, casa não, aquilo era uma mansão, típica da que víamos somente
em filmes. O lugar era gigantesco, com acabamentos extremamente
sofisticados, era bem-iluminada, todas as salas tinham saída para uma
piscina e era possível perceber que possuía um spa, e até mesmo mesas com
fogueira e churrasqueira — que não estavam acesas no momento. No
jardim possuía uma cascata.
Aquilo não era uma casa… não, era uma mansão gigantesca.
Estava evitando olhar para Jason, porque era difícil demais, saber que
viveríamos juntos, em um lugar que provavelmente eu poderia estar
vivendo com ele desde muito antes, se não fosse por causa do seu passado.
Concordei e murmurei:
— Eu acho que tudo será passageiro, então não precisa fazer isso.
— Claro!
Não me pressionou, o que era ótimo. Não estava nada preparada para
ter que fazer algo que eu nem havia pensado ainda.
— Mamã?
— Eu dostei dati.
— Tá bom!
Não sei que horas eram, quando abri meus olhos, mas o sol já estava
se pondo do lado de fora. Encarei a cama ao meu lado e não encontrei
Wendy.
Meu coração disparou no mesmo momento, quando percebi que
minha menina não estava ali. Será… Não eu não quis pensar em nada
relacionado a Wendy sendo levada por Hector.
— Tá!
Wendy continuou pintando o rosto de Jason e eu resolvi sair do meu
esconderijo nada secreto e entrei na sala.
Tinha tanto rosa no seu rosto, e glitter que eu não consegui controlar
o meu estado.
Levei uma das mãos à barriga, pois gargalhei tanto que chegou a
doer.
— Não deve tá tão mal assim.
Encarei Jason e assim que ele retribuiu meu olhar eu assenti, tentando
passar a ele o que eu iria dizer. A expressão de Jason congelou e eu percebi
que sua respiração ficou entrecortada.
— Meu amor, você lembra quando me perguntou o motivo de você
não ter papai?
— Puquê?
— Porque a vida é meio complicada, Wendy. — Foi Jason que
respondeu.
Minha filha voltou sua atenção para mim e naquele momento seus
olhos se arregalaram. Olhos tão iguais aos de Jason…
— Cadê ele?
Ouvi Jason suspirar e quando voltei minha atenção para ele, não
estava muito diferente de mim, com lágrimas escorrendo pelo rosto e
manchando ainda mais sua pele com a maquiagem que lhe enfeitava.
Wendy olhou o pai, que ela provavelmente ainda não fazia ideia de
quem ele era e sussurrou:
— Eu sou seu papai e me desculpa por ter ficado tanto tempo longe.
— Sou!
Não usava biquíni, até porque não estava dentro da água. Mas usava
uma daquelas bermudas jeans que poderia me levar tranquilamente à ruína
em um piscar de olhos.
— Cuidado, tá escorrendo uma babinha — Alex encheu meu saco.
— Papá, tô nadando.
Mas também não podia culpá-la, quem destruiu seu coração fui eu e
não Alex. Então eu merecia aquilo.
— Estou louco para conhecer aquela coisinha fofa. — Alex apontou
para Wendy e Kristen assentiu.
— Ela vai te adorar, quer dizer, Wendy adora todos, além de ser
encantadora.
Nós nos aproximamos da piscina e eu disse:
— Tá bom!
Alex passou o dia na minha casa, almoçamos em uma das mesas que
ficavam do lado de fora, próxima à piscina e pela primeira vez, desde que
Kristen chegou na minha casa, percebi que ela estava à vontade, enquanto
conversava com meu amigo.
— Titio, posso te pintá? — Alex cerrou o cenho, como se não
entendesse nada do que minha filha estava falando.
— Se quer ser amigo dela, tem que permitir que faça isso.
— Tudo bem, me rendo!
— Ebá! Vô pegá!
— Tá bom!
Droga!
Eu era um tarado.
— Está tão ansioso para ser maquiado que veio buscar com suas
próprias mãos?
— Kristen, acho maravilhoso que você tenha vindo para L.A. — Ele
fez uma pausa, coçou a barba que crescia no seu rosto. — Eu sei de tudo,
desde sempre. Desde as primeiras ameaças, eu sempre fui parceiro do Jason
nisso.
Engoli em seco.
— Alex, não sei o que você quer que eu faça, vindo aqui me falar
essas coisas. Se foi o Jason que…
Era difícil ter que lidar com o passado, quando o que eu mais queria
era esquecer o quanto sofri.
Jason passou seus olhos pelo meu corpo, mas tentou disfarçar o
interesse. Só naquele momento, me lembrei de que estava somente de
babydoll.
Abaixei minha cabeça, mas decidi dizer algo que talvez o fizesse
desistir daquele vício.
Tentei desviar minha atenção dele, mas foi impossível quando ele se
aproximou de mim e ficou a poucos metros afastados.
— Você consegue sobreviver na minha presença, mas eu não consigo
sobreviver na sua. Porque eu te amo, pra um caralho e te ver tão perto e não
poder te tocar, tá sendo um inferno. Então eu preciso me afastar, antes de
cometer uma loucura e te agarrar do jeito que desejo fazer desde o dia que
te mandei sair da minha vida.
Suas palavras me pegaram totalmente de surpresa, eu fiquei em
choque ao ouvir aquilo, estática e completamente quente.
— Caralho!
Foi a única coisa que escutei, antes do jogador avançar na minha
direção, me pegar em seus braços e fazer minhas pernas se entrelaçarem na
sua cintura.
Não era para fazer aquilo, mas ali estava eu completamente rendida
pelo homem que jurei odiar.
Ela sorriu e eu também, mas voltei a beijá-la sem acreditar que tinha
aquela mulher em meus braços novamente. Minha mulher, a menina que eu
amava, que me fez ser o homem mais feliz do mundo, quando estava ao
meu lado.
Abri a porta do meu quarto e assim que entrei, bati a porta com o pé,
lembrando-me de passar a chave na fechadura.
Minha mão entrou por baixo da blusa do babydoll que Kristen usava
e logo senti seu seio, que cabia tão perfeitamente entre minha palma. Seu
mamilo entumescido me deixou com mais tesão. Deitei-a em minha cama,
arranquei sua blusa, e passei meus olhos pelos seios maravilhosos.
Depositei um beijo leve sobre sua boca, mas fui descendo beijos pelo
seu pescoço, até chegar ao seu colo e logo estar passando minha língua pelo
mamilo durinho.
Meu coração parecia que iria saltar do meu peito e talvez eu morresse
hoje, mas seria a melhor morte que eu poderia ter. Uma morte ao liberar o
tesão que eu sentia por aquela mulher.
Chupei seu seio e Kristen gemeu, fazendo meu pau doer. Ele estava
duro como uma pedra e melava minha boxer, por eu desejar tanto Kristen
que não sabia controlar meu desejo.
— Jason, me chupa!
Sorri com seu pedido, tão entregue a mim e não demorei a atender
seu pedido. Assim que suguei seu botão de prazer, ela soltou o ar como um
soluço, levou suas mãos aos meus cabelos e prendeu minha cabeça entre
suas pernas.
Passei minha língua por sua extensão tomando todo o líquido que ela
liberava para mim. Hora ou outra revezava, em tirar os dedos e brincar com
seu clitóris, enquanto enfiava minha língua na sua entrada.
Ela não disse nada, até mesmo no momento que falei mais uma vez
que a amava, mas eu aceitava o que ela estivesse disposta a me dar.
E sim, eu a fodi.
Comecei a estocar dentro dela, observando seus seios balançarem
para cima e para baixo, enquanto eu penetrava sua boceta.
Saí de dentro de Kristen e estendi a mão para ela, que aceitou de bom
grado e fomos caminhando juntos para o banheiro.
— Te dando banho.
Senti as mãos fortes de Jason passando pelo meu corpo e meu olho se
revirou ao sentir o aperto em minhas costas, depois passando para minha
cintura e ele puxando meu corpo assim que grudou suas mãos em minha
barriga.
Tirou uma de suas mãos dos meus seios e levou até meu clitóris o
massageando e eu não resisti mais, acabei me entregando ao prazer e
gozando em suas mãos. E no seu pau.
Jason enrolou uma toalha em mim e me levou para sua cama. Ele
enxugou meu corpo e me deitou sobre seus lençóis, meus olhos estavam
pesados, quando senti o colchão abaixar de um lado e Jason se deitar ao
meu lado.
Ele me abraçou e ao sentir seus braços dos quais eu sentia tanta falta,
deixei que a sonolência vencesse e dormi abraçada a ele, indo contra tudo o
que eu queria, já que dormir juntos dava uma impressão completamente
diferente da que eu queria passar.
— Oi, papá!
— Tadê a mamã?
Wendy soltou minha mão e foi correndo até a mãe. A mulher que eu
amava havia trocado de roupa e eu imaginei que enquanto eu arrumava
Wendy ela tivesse saído do meu quarto.
— Oi, mamã!
— Vamô tumê?
Aproximei-me dela e segurei sua mão livre. Aquilo até parecia uma
cena de um final feliz, de algum filme que eu sempre achava brega, mas
que naquele momento eu queria muito ser o brega do final maravilhoso.
— Eu sou a Nôra!
Minha filha deu uma risadinha e soltou nossas mãos para correr até a
minha funcionária.
— Obrigado!
Ele tinha levado um tiro para proteger Wendy e a mim, mas a bala
atingiu alguns dos seus órgãos, como rim e fígado. Ele estava passando por
uma cirurgia naquele momento.
Mais comoção pôde ser ouvida do lado de fora e não demorou, para
as portas de correr, se abrirem e Harvey e Jennifer Lennox passarem por
elas.
— Eu me lembro de você.
— Você está nos dizendo, que temos uma neta que nem tínhamos
ideia? — Jennifer, perguntou deixando que algumas lágrimas escorressem
pelo seu rosto.
Ela se sentou ao meu lado e segurou minha mão e com a outra fez
carinho no rosto de Wendy.
— Oi, bonitinha!
— Oi! — respondeu meio triste.
— Do meu papá?
Fechei meus olhos, apoiando minhas mãos sobre eles e toda aquela
tragédia de mais cedo voltou à minha mente.
Quando vi o homem que conheci como Jasper, armado, e apontando
aquela pistola na nossa direção, eu jurei que seria o meu fim. As suas
palavras vingativas foram como facas dentro do meu coração.
Só que agora, depois que essa parte estava resolvida, eu só queria que
Jason saísse bem daquela sala de cirurgia.
Em algum momento daquela tarde, que já estava virando noite, o
treinador e todo o time do Los Angeles Rams chegaram ao hospital e a sala
de espera ficou pequena para aquele tanto de jogador musculoso.
Encarei-o com medo, mas quando suas palavras saíram da sua boca,
eu me tranquilizei.
— Isso mesmo.
Ele abria os olhos, mas dormia novamente, tinha três dias que
estávamos naquele vai e vem.
Havia deixado Wendy, naquele dia com meus pais, os pais de Jason e
Alice. No dia anterior quem passou a noite com Jason foi Jennifer, e antes
foi o senhor Harvey.
— Você podia acordar, ainda não acredito que você possa estar cem
por cento bem, se não mostrar seus olhos maravilhosos para mim.
Deixei as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
— Eu ainda não consigo dormir, porque toda vez que fecho meus
olhos, lembro-me de você se enfiando na frente de uma bala pela Wendy e
por mim.
Solucei e tentei me afastar, mas assim que pensei em tirar minha mão
da de Jason, ele deu uma leve apertadinha em meus dedos.
— Por que tá chorando? — Sua voz estava rouca e ele deu uma
pequena tossida.
— Você acordou?
Levei-o até sua boca e ele tomou um pouco. Deixei o copo onde
havia pegado e me voltei para ele, aproveitando para enxugar minhas
lágrimas.
— Mas no fim deu certo, você está bem e a Wendy também, certo?
— Sim, ela está bem. Quer dizer, nós estamos. Porque você salvou as
nossas vidas, Jason.
— O que foi?
Tentou me encarar, mas ele parecia estar sendo tomado pelo sono.
— O seu certo, salvou nossas vidas.
Eu ainda tinha outra coisa para falar, mas diria em outro momento,
quando ele estivesse acordado de verdade.
Foram dez dias no hospital, mas agora ele havia voltado para sua
casa, que estava mais cheia do que de costume. Tanto pelos meus pais, os
seus, minha amiga e os seus amigos.
— Desculpe, Bruce! Não foi minha intenção, juro. Era para protegê-
la.
Deixei Wendy ir ser paparicada pelas avós e subi para o meu quarto,
com Alice logo atrás de mim. Desde que ela havia chegado, não tínhamos
parado para fofocar.
— Ah, bem que eu queria, bobinha, e não era com você, e sim com
Alex ou Jacob. Você percebeu o quanto eles ficaram fortes?
Soltei uma risada, porque Alice não tinha jeito, para ela tudo acabava
em sexo.
Virei-me para ela, com uma das minhas mãos na minha cintura,
enquanto uma das minhas roupas estava na minha outra mão.
— Por que você sempre sabe quando transamos?
— Eu sei que falei que seria contra você voltar com ele, mas o cara
levou um tiro por você. Está parecendo um cachorrinho atrás do osso dele,
que no caso é você. Talvez agora, sem ameaça, as coisas possam ser
melhores.
Talvez fosse a hora de dar uma chance ao destino, que nos uniu
novamente e saber o que o futuro nos reservava.
CAPÍTULO 39
— Sim, algodão-doce?
Minha língua tomou a sua e nosso beijo, foi entre lágrimas, com um
gosto doce e salgado se misturando.
Kristen se entregou ao beijo, mas fui obrigado a me afastar, assim
que senti minha pele arder, onde o curativo estava.
— Ah, você vai mesmo! Porque agora terá que me aturar, afinal,
acho que eu posso morar aqui em Los Angeles, sem problemas.
Arregalei meus olhos para ela.
Desde que Jason soltou os stories meses atrás, sobre como ocorreu o
nosso afastamento, ele voltou a ganhar o coração da mídia e até mesmo as
fãs malucas que falavam merda para mim nas minhas redes, pararam de
encher o meu saco.
Ainda mais depois que Jason nos assumiu publicamente. E todas as
minhas fotos, que um dia ele havia tirado do seu instagram, voltaram,
porque ele não havia excluído nenhuma, só arquivado.
Agora, além das fotos antigas, as novas estampavam seu feed. Tanto
minhas com ele, Wendy e nós três juntos.
— Papai! — Wendy gritou.
— Vô pegá!
— Tá bom!
5 anos depois
Desci as crianças, que correram até Alex e Jacob e puxei Kristen para
os meus braços.
— Só se for você a carregá-los por nove meses e depois ainda ter que
dar à luz.
Beijar Kristen era sempre diferente, toda vez era uma reação nova
que eu sentia com seus lábios nos meus.
Era único, devastador, emocionante e romântico.
Aquela mulher tinha sido feita para mim e eu agradecia aos céus, por
hoje, podermos viver felizes.
— Eu te pra um caralho — sussurrei ao me afastar.
— Eu te amo, tatuado!
E com aquilo, eu nem precisava de mais nada, já tinha tudo que
queria e esse tudo se resumia ao meu para sempre com aquela mulher e
meus filhos.
Fim
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[1]
Florida Gators, nome oficial das equipes esportivas da Universidade da Flórida.
[2]
Cidade do estado da Flórida, onde fica situada a Universidade da Flórida.