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Peça Teatral: Alice no país dos números.

1ª Cena:
Narrador: Alice chegava da escola em um lindo dia de sol. Os pássaros cantavam de tão lindo
que aquele dia estava, porém Alice estava mau humorada, pois tinha que fazer sua lição de casa
e adivinhe? Era de MATEMÁTICA!!!
Narrador: Alice então, entra em sua casa e diz a sua mãe:
Alice: - que droga de matemática!
Por que tenho que perder tempo com essas contas ridículas, em vez de brincar ou ler um bom
livro de aventura? A MATEMÁTICA NÃO SERVE PARA NADA!!!
Mãe de Alice: - minha filha, não fique assim! Você precisa estudar, precisa aprender mais sobre
a matemática, aliás, enquanto o almoço não fica pronto, vá para o seu quarto fazer sua tarefa.
Narrador: Alice sai resmungando, mas obedece a sua mãe. Ela senta em sua mesa de estudo e
começa a estudar, estuda tanto que acaba caindo no sono...
Narrador: Alice, porém tem um sonho muito diferente, pode-se dizer que mágico...
A menina Alice aparece em um lugar todo preto, porém havia ali um banco parecido com
aqueles da praça que tem ao lado de sua casa e alguns arbustos. Logo, Alice começa a explorar
todo aquele lugar... De repente, surge um estranho personagem: um indivíduo comprido, com
rosto melancólico e usando roupas como as de antigamente. Parecia uma ilustração de um velho
livro de “Diekens” que havia na casa de sua avó. Aquele estranho personagem indaga a menina
Alice:
Matemático: - Será que ouvi direito, jovem? Você disse que a matemática não serve para nada?
Narrador: - Perguntou o homem com uma expressão preocupada.
Alice: - Sim, foi isso mesmo que eu disse. Mas, quem é você? Não é um daqueles que
incomodam as meninas nos parques...
Matemático: - depende do que você entende por incomodar. Se a matemática a incomoda tanto
quanto suas lamentações absurdas fazem crer, talvez se sinta de fato, pouco à vontade na frente
de um matemático.
Alice: - Por quê? Por acaso você é matemático? Você mais parece um desses poetas que andam
por aí arrancando pétalas de margaridas.
Matemático: - Também sou poeta.
Alice: - Recite um poema, então.
Matemático: Depois, talvez. Quando a gente encontra uma menina cabeça dura que diz que a
matemática não serve para nada, precisa primeiro mostrar que está errada.
Alice: - Não sou cabeça dura! E não quero que fique aí falando de matemática!
Matemático: - Isso é um absurdo, considerando o quanto os números e a matemática lhe
interessam.
Alice: - Me interessam? Você está brincando! Os números não me interessam, não sei e nem
quero saber de nada de matemática!
Matemático: - Está enganada. Sabe mais do que pensa saber. Por exemplo, quantos anos você
tem?
Alice: - Onze.
Matemático: - E quantos anos você tinha ano passado?
Alice: - Mas que pergunta boba... dez, óbvio.
Matemático: - Então você sabe contar, e essa é a origem e a base da aritmética. Você acabou de
dizer que não serve para nada, mas já parou para pensar como seria o mundo se não existissem
os números, se não soubéssemos contar?
Alice: - Com certeza seria muito mais divertido.
Matemático: - Mas, por exemplo, você não saberia que tem onze anos. Aliás, ninguém saberia,
e, muito provavelmente, em vez de estar tão tranquila passeando no parque, talvez estivesse
trabalhando como um adulto.
Alice: - Não estou passeando, estou estudando matemática!
Matemático: - Muito bom! É muito bom mesmo que as crianças de onze anos estudem
matemática. Aliás, você sabe como se escreve o número onze?
Alice: - Claro que sei, assim:
Narrador: Assim respondeu Alice, escrevendo o número 11 em seu caderno.
Matemático: - Muito bem. E por que esses dois números 1 juntos representam o número 11?
Alice: - Porque sim. Sempre foi desse jeito.
Matemático: Não, senhora. Para os antigos romanos, por exemplo, os dois números um não
representavam onze, mas o número dois. Mas não posso explicar só o onze, na matemática as
coisas se relacionam entre si, decorrendo uma das outras de forma lógica. Por isso tenho de
contar a história dos números desde o começo.
Alice: - Então conte, mas é uma história muito comprida?
Matemático: - Você saberá...
Narrador: De repente o matemático desaparece, deixando a menina curiosa e confusa...
Alice: - Cadê você? Volte aqui, me conte a história...
Narrador: Alice então procura o matemático, porém, não o encontra. Mas a vista um coelho
vestido de roupas, usando óculos e carregando um grande relógio convidando-a para entrar em
uma Toca, dizendo a Alice que eles estavam atrasados.
A menina ficou sem entender, porém com toda a sua curiosidade seguiu o coelho e entrou na
toca. E a toca se inclinava para dentro da terra, Alice gritava agora pelo matemático e o coelho
seguindo aquela toca extensa. Ao sair da toca, a menina estava diferente, usava um laço azul em
sua cabeça e também um lindo vestido azul. Logo que olhou para si, Alice ficou surpreendida e
ao olhar para cima viu que estava em um lugar muito bonito e diferente. Havia ali uma placa
dizendo: “O país dos números”, era o jardim mais lindo, com flores coloridas, águas
cristalinas... a menina sentiu uma alegria tão imensa que quase chorou...

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