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AULA 2

Importância da Geografia Bíblica.


É de muita importância o estudo da geografia bíblica como meio auxiliar no estudo e
compreensão da Bíblia.
Mensagens e fatos descritos na Bíblia, tido como obscuros tornam-se claros quando
estudados à luz da geografia bíblica.
Deus permitiu a inserção de grande volume dessa matéria na Bíblia.
Um exame, mesmo superficial, mostrará que a cada passo, a Bíblia menciona terras,
povos, montes, cidades, vales, rios, mares e fenômenos físicos da natureza.

O Porquê Dessa Importância


1. A Geografia é o palco terreno e humano da revelação Divina.
É ela que juntamente com a cronologia, situa a mensagem no tempo e no espaço,
quando for o caso.
2. Ela dá cor ao relato sagrado, ao localizar, situar, fixar e documentá-los.
Através dela, os acontecimentos históricos tornam-se vívidos e as profecias mais
expressivas.
3. O ensino da Bíblia torna-se objetivo e de fácil comunicação quando podemos apontar,
mostrar e descrever os locais onde os fatos se desenrolaram. Exemplos: Lc 10.30
("descia um homem de Jerusalém para Jericó");
4. As nações vêm de Deus, logo o estudo deste assunto à luz da Bíblia é profícuo sob
todos os pontos de vista (Dt. 32.8; At. 17.26).
5. Inumeráveis personagens tomam vida quando estudados à luz da Geografia.
Ver as peregrinações de Abraão, Jacó, Moisés e o Êxodo, Davi, Paulo, sem falar em Jesus.

Fontes de estudo da Geografia Bíblica

A Bíblia
É a fonte principal.
Ela faz menção de inúmeros lugares, fatos, acidentes geográficos, povos, nações,
cidades.
É evidente que isto merece um cuidadoso estudo.
A Bíblia contém capítulos inteiros dedicados ao assunto.
Exemplo Gn 10; Js 15-21; Nm 33,34; Ez 45-47.
Somente cidades da Palestina Ocidental a Bíblia registra cerca de 600.
Não registradas, há inúmeras outras como prova a arqueologia.
Um problema nesse assunto, é o fato de grande número de países, cidades, regiões
inteiras e outros elementos geográficos, terem atualmente novos nomes.
Exemplos: a antiga Pérsia é hoje o Irã; a Assíria é parte do atual Iraque; a Ásia do Novo
Testamento é hoje a Turquia; a Dalmácia do tempo de Paulo (II Tm 4.10) é hoje a
Iugoslávia e assim por diante.

A Arqueologia Bíblica
Esta, tem prestado enorme contribuição para o esclarecimento de dificuldades bíblicas
e trazido à tona a história de povos do passado, considerados como lendários, como o
caso dos hititas, mitânios e hicsos.
A arqueologia bíblica teve seu começo em 1811 com as atividades nesse sentido do
cidadão inglês Claude James Rich, na Mesopotâmia, quando lá se encontrava cuidando
de interesses ingleses.

A História Geral
Aqui é preciso certa cautela.
Muitos manuais hoje em uso no estudo secular estão eivados de erros, por seus autores
desconhecerem a Bíblia.
Temos vários casos documentados.

A Cartografia
A ciência dos mapas.
Certas editoras especializadas editam atlas e mapas bíblicos, apropriados ao estudo da
Geografia Bíblica.

Definições:
1. Planície
“Planície é uma grande porção de terra, mais ou menos plana, de origem sedimentar,
geralmente de baixa altitude”.
2. Planalto
“Planalto é uma grande porção de terra, mais ou menos plana, em altitude elevada”.
3. Vale
“Vale é uma depressão alongada entre montes ou quaisquer outras superfícies”.4.
Monte ou montanha
“Elevação notável de terreno acima do solo que a cerca”.
5. Cordilheira
“Série ou cadeia de montanhas”.
6. Deserto
“Deserto é uma região naturalmente pobre em vegetação com muito pouca chuva e
fraca densidade populacional. Ela pode ser formada por areia ou por terreno mais
rochoso”.

7. Mar
“Mar é uma grande massa de água salgada podendo ser parte de um oceano ou ao
interior de um continente. Na Bíblia o termo mar é usado para uma grande massa de
água, mesmo que ela seja água doce (exemplo: Mar da Galiléia)”.

8. Lago
“Lagos são constituídos de grandes massas de água concentradas em depressões
topográficas, cercadas de terra por todos os lados. Os lagos geralmente são alimentados
por riachos ou rios”.

9. Rio
“Curso de água natural, de extensão mais ou menos considerável, que se desloca de um
nível mais alto para outro mais baixo, aumentando progressivamente o seu volume até
desaguar no mar, num lago, ou noutro rio”.

10. Uédis
“Rio ou riacho intermitente. Só corre água em épocas próximas das chuvas”.
11. Ilha
“Ilha é uma extensão de terra cercada por água de todos os lados”.

12. Península
“Península é uma porção de terra cercada por água de todos os lados exceto por um”.

13. Istmo
“Faixa de terra que une uma península a um continente”.

14. Continente
‘Grande extensão de terra sem interrupção de continuidade”.

15. Ponto cardeal


“designação comum às direções da rosa-dos-ventos que apontam para norte, sul, leste
ou oeste”.

O MUNDO BÍBLICO
O Crescente Fértil.
Introdução:
Seus Limites:
Uma área de aproximadamente 2.184.000 km2, dentro da qual se acha uma região de
terra fértil, que foi o verdadeiro cenário do drama bíblico do Antigo Testamento.
Em forma semicircular entre o Golfo Pérsico e o Sul da Palestina.
Limita-se ao leste e nordeste pelas montanhas das cordilheiras de Zagros e Armênia, e
a oeste pelo Mar Mediterrâneo.
Em seu interior encontra-se o Deserto da Arábia.
Seu lado oriental foi o berço da raça humana e de sua primeira civilização.
Países do Crescente Fértil
1. Os da Curva Oriental:
a. Países entre as montanhas Zagros e o rio Tigre
Assíria
Elão – tinha por limites: Assíria e Média, o Golfo Pérsico e a Pérsia por limite sul e
sudeste. O Rio Tigre era sua fronteira ocidental.

b. Países entre os rios Tigre e Eufrates


Mesopotâmia (Meso: entre; Potamos: rio)
A região entre os rios: ao norte de Babilônia.
Esta planície era de fertilidade exuberante e sustentava uma vasta população.

Caldéia
Também chamada Sinar ou Babilônia.
A região ao sul da Babilônia, que se estendia até ao Golfo Pérsico.

2. Os da Curva Ocidental:
a. Síria ou Arã: entre a Cordilheira do Tauro (Taurus) ao norte, o Rio Eufrates e o Deserto
da Arábia ao leste, e a Palestina e o Mar Mediterrâneo ao oeste.

b. Fenícia: uma faixa estreita de terra entre o Mediterrâneo e o Monte Líbano.

c. Palestina: extremo sudeste do Crescente Fértil entre o Líbano ao norte, a fronteira do


Egito ao sul, o Mediterrâneo a oeste e o Deserto da Arábia ao leste.

3. Países limítrofes com o Crescente Fértil:


a. Armênia: planalto e região montanhosa entre os mares Cáspio e Negro ao norte da
Mesopotâmia e Assíria.

b. Média: limitava-se ao norte com o Rio Araxes e ao leste com o Deserto do Irã. Pérsia
a limitava ao sul e Assíria a oeste.

c. Pérsia: desde o Golfo Pérsico até a Média, entre Carmânia ao leste e Elão a oeste.
Cordilheiras do Crescente Fértil
1. Cordilheira da Armênia (Ararate) – está localizada no limite norte do Crescente Fértil
entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. É também o limite norte da Média.
2. Cordilheira de Zagros – segue rumo à curva oriental do Crescente Fértil para o Golfo
Pérsico.
3. Cordilheira do Líbano – na curva ocidental do Crescente Fértil, paralelo ao Mar
Mediterrâneo. Dividida em duas cadeias.
4. Cordilheira do Tauro (Taurus) – estende-se para o oeste para formar o litoral
meridional da Ásia Menor.

Rios do Crescente Fértil


1. Rios que regam a Curva Oriental:
a. Tigre ou Hidéquel (1.760 km)
b. Eufrates (2.880 km)
Ambos têm seus manaciais nas montanhas da Armênia.
c. Araxes – corre do lado noroeste de sua curva oriental para depois lançar suas águas
no Mar Cáspio.

2. Rios que regam a Curva Ocidental:


a. Orontes – rio da Síria que tem sua cabeceira perto do nascimento do Leonte. Corre
em direção norte até chegar próximo da Ásia Menor. Desagua no Mediterrâneo.
b. Jordão – desce do Monte Hermom por uma fenda que atravessa o país de norte a sul
e desagua no Mar Morto.
c. Nilo – o grande rio do Egito, desemboca no Mar Mediterrâneo, próximo da
extremidade ocidental do Crescente Fértil.

Os Descendentes de Noé: Jafé, Cão, Sem.

Nações Jaféticas: (Jafé = “engrandecimento”, Gn 10:2)


Formam os povos indo-europeus ou arianos. (Não se distinguiram na história antiga,
embora contituam em nossos dias as raças dominantes do mundo.)
1. Gômer – (ou Gimirai) seu nome é ainda usado na Criméia.
- uma divisão desta família emigrou para o ocidente, conhecida como cimbros.
- outro ramo se estabeleceu nas Ilhas Britânicas. Descendentes: (1) gauleses, (2)
irlandeses, (3) as raças célticas das quais surgiram em parte os franceses.

2. Magogue – os citas
- tiveram sua residência na parte nordeste da Europa e na Ásia Central e Setentrional.
3. Madai – Média
- no início os medos habitavam a região ao sul do Mar Cáspio, estendendo-se mais tarde
até o Mediterrâneo.
4. Javã – é a palavra hebraica para “grego”.
5. Tubal e Meseque
- são mencionados juntos nas Escrituras. Radicaram-se nas proximidades dos mares
Negro e Cáspio.
- são considerados ancestrais dos russos.
6. Tiras – os trácios da região ao sudoeste do Mar Negro.

Nações Camitas (Cã, Cão ou Cam: “calor”; Gn 10:6-12)


1. Os camitas tornaram-se muito poderosos nos alvores da história do mundo antigo.
2. Constituíram a raça que estava mais intimamente ligada com os hebreus, tanto seus
amigos como seus inimigos.
3. Cão foi o progenitor das raças que se estabeleceram na África, no litoral oriental do
Mediterrâneo, na Arábia e na Mesopotâmia.
a. Cuxe significa Etiópia. Um cuxita é mencionado no Antigo Testamento como fundador
da Babilônia (Nimrode). Gn. 10:9 – 12. Moisés se casou com uma cuxita (Nm 12:1).
b. Mizraim é a palavra hebraica para designar “o Egito” nas Páginas Sagradas.
c. Pute é o termo que se traduz por Líbia na História Sagrada. (Jr. 46:9; Ez 27:10; 30:5)
d. Canaã constitui o antigo povo da Palestina e Síria Meridional (parte sul) antes de ser
conquistado pelos hebreus.

Nações Semitas (Sem: “nome”; Gn 10:21-31)


1. Povoaram a Ásia desde as praias do Mediterrâneo até ao Índico, ocupando a maior
parte do território entre Jafé e Cão.
2. Desta raça Deus escolheu seu povo.

3. Nomes significativos:
a. Elão – nome de um país ao leste do Tigre e ao norte do Golfo Pérsico.
b. Assur – sinônimo de Assíria.
c. Arfaxade - progenitor dos caldeus, aos quais pertenceu Abraão, pai do povo escolhido.
d. Lude - possivelmente representava os lídios que se estabeleceram na Ásia Menor
Ocidental. Sob seu rei Creso chegou a ser uma nação poderosa.
e. Arã – palavra que sempre implica “Síria” nas Escrituras.

ESBOÇO HISTÓRICO DO CRESCENTE FÉRTIL


I. História Primitiva
Período Antediluviano
1. A civilização teve sua origem nas planícies de Sinear (ou Sinar), que se estende entre
os rios Tigre e Eufrates, desde o ponto onde mais se aproximam até as praias do Golfo
Pérsico, conhecido posteriormente como Babilônia.

2. Duas fontes de dados:


a. Gênesis 4:20-22
- criação do gado, ferraria e manufatura de instrumentos musicais.
b. Escavações de Sir Leonard Woolley, em 1929 e 1933 (d.C.).
- sinetes de marfim, cerâmicas e estátuas que não se distinguem em suas partes
essenciais dos produtos da época que sucedeu imediatamente ao dilúvio.

Período Pós-diluviano
1. Ninrode e Assur
a. Ninrode, neto de Cão, “o qual começou a ser poderoso na terra”. Foi o primeiro a
destacar-se sobre os demais. “O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné,
na terra de Sinear” (ou Sinar). Gn 10:9-12
b. Assur, filho de Sem, nesta mesma terra, também saiu para estabelecer-se na região
do Tigre, mais ao norte. Edificou as cidades de Nínive, Reobote, Resém e Calá.
2. Sumérios se estabeliceram em uma região conhecida como Suméria. Desta raça vem
a escritura mais antiga descoberta até hoje.

3. Semitas
a. Reino de Acade
- Conquistaram Sinear e organizaram ali o Reino de Acade. Sob a direção de seu grande
rei Sargão I. Este reino estendeu seu domínio desde Elão pelo sul até ao Mediterrâneo.
- Os semitas se fundiram com os sumérios, mudando sua capital para Ur, mais ao sul.

b. Amorreus – 1950 a.C.


- Estabeleceram-se ao noroeste do Crescente Fértil e subjugaram a metade oriental
dessa Terra Fértil.
- Seu rei foi Hamurabi (1948-1905 a.C.), contemporâneo de Abraão.

c. Fim da grandeza de Babilônia


- A partir do ano 1900 a.C., os casitas, tribo bárbara procedente das serras ao noroeste
do Crescente Fértil, começaram a descer de suas montanhas em busca de terras mais
propícias para estabelecer-se.
- Acabaram com a civilização amorréia. Por mil anos ficou perdida, até surgir o império
dos assírios.

Império da Assíria
A. Os descendentes de Assur, filho de Sem, saíram da planície de Sinear e se
estabeleceram na cidade que levou seu nome. Assur deu origem ao povo assírio.
B. Conquistas dos assírios.

1. Por muitos séculos os assírios seguiram uma vida tranqüila, sem empenhar-se em
conflitos com seus vizinhos.

2. No século XIII a.C. conquistaram a Babilônia.

3. A Assíria pode manter sua posição como potência preponderante do Crescente Fértil.
4. Conquistou vários países:
a. Samaria (Israel) rendeu-se à Assíria, que estava sob a liderança de Sargão II, e em
seguida o povo foi deportado para a Média e Assíria. O povo de Samaria foi substituído
por colonos assírios e cativos levados de Hamate, na Síria (2Rs 17:24-30 e 18:10,11) em
722 a.C..
b. Senaqueribe, depois de submeter o reino de Judá e apoderar-se de várias de suas
cidades, tinha planos de tomar a cidade de Jerusalém (2Rs 18:14-19,35).
c. Foi a última intervenção de Senaqueribe no Ocidente.
d. Ele foi morto pelos próprios filhos no ano 681 a.C..

Império da Síria (arameus ou sírios)


A. Sua origem
1. Desde o tempo em que Abraão habitava nessa região do Crescente Fértil que se
estende do Líbano, a sudoeste, até ao Monte Másio ao nordeste do Eufrates.

2. No tempo de Saul eram organizados em pequenos reinos independentes que levavam


o nome de suas cidades principais.

B. Sua cultura e comércio


1. Destacavam-se como comerciantes e controlavam toda essa atividade na Ásia Menor
e a metade ocidental do Crescente Fértil.

2. Na época de Salomão, já possuiam uma escrita alfabética e empregavam papiro, pena


e tinta em lugar de barro cozido.

3. O seu idioma, o aramaico, se estendeu por todo o Crescente, substituindo o assírio.


a. Foi adotado pelos hebreus durante o cativeiro e levado por eles a Canaã no tempo da
Restauração.
b. O aramaico era o idioma corrente da Palestina no tempo de Jesus.
4. Sob o governo de Hazael, a Síria tornou-se forte (2Rs 8:7-15; 10:32-33; 12:17,18 e
13:1-8). +/- 840 – 810 a.C.

5. A queda da Síria começou durante o reinado desse mesmo Hazael (2Rs 16:5-9).
Império egípcio
A. Suas origens
1. O Egito parece ter sido organizado em inúmeros pequenos estados chamados
“nomos”.
2. Foram se fundindo até formarem dois estados: o Baixo Egito, com a capital Mêmfis, e
o Alto Egito, com a capital Tebas.

B. O Baixo Egito conquistou o Alto Egito e tornaram-se um reino unido.

C. Reis do Egito que se destacam na história de Israel depois do Êxodo:


1. Sisaque – deu asilo a Jeroboão durante seu desterro e, depois da divisão do Império
de Salomão, invadiu Judá. Judá nunca se refez desse desastre.
2. Zerá – o etíope, que lutou contra Asa, rei de Judá.
3. Sô – com quem Oséias, último rei de Israel, fez uma aliança contra a Assíria.
4. Tiraca – contemporâneo de Ezequias, rei de Judá, avançou contra Senaqueribe
durante sua invasão de Judá e povos vizinhos.

5. Neco – o rei egípcio que matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido.
a. Neco destituiu Jeoacaz, levando-o cativo ao Egito e colocando seu irmão, Jeoaquim,
no trono de Judá, na qualidade de tributário.
b. Nabucodonosor derrotou e aniquilou o exército de Neco. Todas as conquistas dos
egípcios passaram para o poder dos caldeus (606 a.C.).

Império da Babilônia (dos caldeus)


A. Nabopolassar, em 616 a.C., declarou a independência dos territórios sob seu domínio.
1. Dirigiu suas armas contra a própria Assíria e tornou-se imperador de toda a parte
meridional da Mesopotâmia até às proximidades da cidade de Assur.
2. Os medos conquistaram a cidade de Assur. Nabopolassar fez uma aliança com
Ciaxares, rei dos medos e eles, em seguida, atacaram Nínive.
3. Após dois anos Nínive foi completamente destruída (612 a.C.).
4. Nabopolassar tomou como recompensa todos os territórios assírios do Crescente
Fértil.
B. Houve vitória sobre o Egito em Carquemis em 606 a.C..

C. Nabucodonosor conquistou Judá e destruiu Jerusalém (586 a.C.).

Império da Média-Pérsia (Medo-Persa)


A. Média – estendia-se ao oeste e ao sul do Mar Cáspio. Os medos eram os “madai” de
Gn 10:2.

B. Pérsia
1. A Pérsia era, nessa época, um estado vassalo da Média.
2. Sua organização era tribal, até que uma das tribos estabeleceu sua ascendência sobre
as demais e conquistou o país vizinho de Elão para formar o reino de Anxã. Os filhos do
primeiro rei dividiram o reino em dois: Anxã e Pérsia.
3. Em 555 a.C., Ciro II de Anxã conseguiu unir novamente os dois reinos, rebelou-se
contra a Média e após três anos de luta, derrotou-a e apoderou-se de todo o seu
império.
4. As grandes potências da época formaram uma aliança defensiva para poder
apresentar uma frente unida contra a agressão de Ciro, mas este tomou a iniciativa e
barrou a execução do plano.
5. Precipitou-se contra a Babilônia, cuja capital foi tomada por Dario, um de seus
generais, naquela noite de 538 a.C. em que Belsazar festejava.
6. Ciro conquistou vários povos e firmava seu império, acabando com os demais
inimigos.
7. As cidades da Grécia e Esparta fizeram um tratado de paz com a Pérsia.
8. Ciro manifestou-se muito tolerante com os estados vencidos. No primeiro ano de seu
reinado ordenou a repatriação de todos os judeus que desejassem regressar a seu país.

9. Sucessores de Ciro:
a. Cambises (529-522 a.C.)
- Houve suspensão das obras de reconstrução em Jerusalém.
b. Dario (521-485 a.C.)
- No segundo ano de seu reinado revogou a ordem da paralização das obras de
reconstrução de Jerusalém e ordenou o seu reinício (520 a.C.).
c. Xerxes (484-466 a.C.)
- Filho de Dario e Atosa, filha de Ciro, foi o Assuero do Livro de Ester.
d. Artaxerxes (465-425 a.C.)
- Filho de Xerxes, no sétimo ano de seu reinado (458 a.C.) permitiu que o sacerdote
Esdras levasse um numeroso grupo de judeus a Jerusalém e no seu vigésimo ano enviou
Neemias como governador de Jerusalém e da região circunvizinha.

Império da Grécia
A. Felipe II
1. Como rei da Macedônia, conquistou a península do sul da Grécia.
2. Unificou todos os helenos sob seu governo.
3. Alcançou êxito em seus dois primeiros objetivos contra a Pérsia, mas foi assassinado
durante as festas nupciais de sua filha.

B. Alexandre (O Grande)
1. Filho de Felipe II, subiu ao trono com 20 anos de idade.
2. Depois de reafirmar sua autoridade sobre os estados gregos, dirigiu-se contra os
persas e derrotou Dario Codomono que tinha um exército vinte vezes mais numeroso
(40 mil soldados).
3. Alexandre tratou os judeus com grande consideração.
4. Dirigiu-se ao Egito, onde fundou a cidade de Alexandria antes de avançar para o
oriente.
5. Morreu em 323 a.C. com 33 anos de idade.

C. Divisão do Império de Alexandre “O Grande” em quatro reinos após a sua morte:


1. Trácia e uma parte da Ásia Menor – General Lisímaco
2. Macedônia e Grécia – General Cassandro
3. Síria e o oriente – General Seleuco
4. Egito – General Ptolomeu, filho de Lages

Império romano
A. Itália e os romanos
1. No século depois das conquistas de Alexandre “O Grande”, a Itália, por sua posição
geográfica, constituía o centro e o coração do Mar Mediterrâneo.
2. A fundação de Roma foi obra de Rômulo e Remo no ano 754 a.C..
3. Roma se estendia em círculos concêntricos de influência cada vez mais amplos, até
que em meados do século II a.C. já dominava toda a Península Itálica.
4. O jovem Augusto (César Augusto), de forma muito inteligente, concentrou em suas
mãos todo o poder executivo. Sem que o povo romano percebesse, a república
transformou-se em império (27 a.C.).

Intromissão romana na Palestina.


1. Pompeu
a. Apoderou-se da Síria. A Síria torna-se província de Roma em 66 a.C..
b. Entrou com seu exército romano em Jerusalém, admitido por Hircano, o sumo
sacerdote (63 a.C.).
c. Saqueou a cidade mas não o Templo, mandando purificá-lo.
d. Pompeu entregou o governo civil a Hircano sem permitir-lhe o uso do título de rei e
reduziu a Judéia à dependência da província romana da Síria.

2. Galbino, procônsul da Síria


Galbino venceu Alexandre, filho de Aristóbulo II. Cansado da incompetência de Hircano,
privou-o da autoridade civil e a entregou a cinco conselhos chamados “sinédrios”.

3. Otávio (Augusto) – 27 a.C. – 14 d.C.


Com seu apoio, Herodes (O Grande) veio a possuir todo o território ocupado pelas doze
tribos, além da região da Iduméia. Herodes morreu pouco depois do nascimento de
Jesus. Augusto nomeou Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia e Peréia.

4. Tibério (14-37 d.C.)


Herodes Antipas deu o nome de Tiberíades à nova cidade por ele construída nas
margens do Lago da Galiléia. Pôncio Pilatos foi nomeado procurador da Galiléia durante
seu reinado (26-37 d.C.).
5. Calígula (37-41 d.C.)
O imperador seguinte, amigo de Herodes Agripa I, tirou Herodes Agripa do cárcere onde
havia sido colocado por Tibério e entregou-lhe o governo de duas tetrarquias ao leste
da Galiléia, com o título de rei. Também baniu Pôncio Pilatos devido à sua má
administração da Judéia.

6. Cláudio (41-45 d.C.)


a. Nomeou Herodes Agripa rei da Judéia e Samaria.
b. Herodes empreendeu uma perseguição aos cristãos, executou Tiago e encarcerou
Pedro.
c. Foi este Herodes que morreu comido por vermes.

C. Roma e os cristãos
1. Nero (54-68 d.C.)
a. Empreendeu a primeira perseguição contra os cristãos.
b. Durante esse tempo, Félix (53-60 d.C.) e Festo (61-62 d.C.) governavam como
procuradores da Judéia.
c. Por sua ordem, Paulo foi executado em Roma.

2. Vespasiano (69-79 d.C.)


a. A guerra na Palestina, paralisada desde sua partida para Roma, foi recomeçada por
seu filho Tito, o qual sitiou Jerusalém e a tomou de assalto em 70 d.C..
b. O templo foi queimado, a cidade destruída e os que conseguiram escapar da espada
foram levados como escravos para Roma, a fim de trabalharem na construção do grande
Coliseu.

3. Tito (79-81 d.C.) - Filho mais velho de Vespasiano. Os cristãos nada sofreram sob seu
governo.
4. Domiciano (81-96 d.C.).

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