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Mesopotâmia

A Mesopotâmia foi uma região localizada entre os rios Tigre e Eufrates. Atualmente,
corresponde aos territórios do Iraque, Irã e Jordânia, no Oriente Médio. O termo
mesopotâmia tem origem grega e significa “terra entre rios”, uma referência à sua
localização geográfica. Os povos que habitaram a região foram os babilônicos, assírios,
sumérios e acádios. Os persas derrotaram os acádios em 539 a.C., encerrando o apogeu
dos povos mesopotâmicos. A astronomia e a arquitetura são alguns legados culturais
deixados pelos povos que habitaram a Mesopotâmia.
Resumo sobre Mesopotâmia
 Foi uma região localizada entre os rios
Tigre e Eufrates, atualmente ela abarca
Iraque, Irã e Jordânia, no Oriente Médio.
 Seu nome tem origem grega e significa
“terra entre rios”.
 Os povos que a habitaram durante a
Antiguidade Oriental foram os sumérios,
assírios, babilônicos e acádios.
 Sua sociedade era dividida em castas e o
poder estava nas mãos de um chef
soberano.

 Sua economia se baseava na agricultura.

 Alguns dos legados culturais deixados por ela foram a astronomia e a arquitetura.

História da Mesopotâmia
A Mesopotâmia se desenvolveu em uma região chamada Crescente Fértil, que se estendeu
do Egito até as terras mesopotâmicas. Era uma região desértica, porém com rios
volumosos como o Nilo, Tigres e Eufrates. Podemos chamar os povos que habitaram a
Mesopotâmia de sociedades hidráulicas por causa da relação do seu desenvolvimento com
as águas dos rios. Por se tratar de um deserto com dois grandes rios, tal território era
disputado por vários povos.
Os povos mesopotâmicos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A
arquitetura empregada demonstra relação com a religião. Os templos eram altos e a parte
superior era utilizada para as cerimônias. A escrita foi determinante para registrar um
pouco da história da Mesopotâmia, seus feitos e seus ritos religiosos. A região, atualmente,
corresponde ao Iraque, ao Irã e à Jordânia, no Oriente Médio.
Povos da Mesopotâmia
→ Sumérios
Os sumérios foram os primeiros povos a habitaram a região da Mesopotâmia. Eles se
instalaram próximo aos rios, utilizando suas águas para bebida e também técnicas de
irrigação que as levava para regiões mais distantes das margens. Sua permanência na
Mesopotâmia foi de 3200 a.C. a 2800 a.C. Como era comum nos povos da Antiguidade
Oriental, os sumérios aproximaram a religiosidade da arquitetura. Por isso, construíram
templos religiosos onde eram realizados ritos feitos pelos sacerdotes. A escrita
cuneiforme, ou seja, aquela feita em forma de cunha e em tabletes de barro, registrava os
feitos dos soberanos sumérios como também os ritos religiosos. A produção agrícola
excedente era comercializada com os povos egípcios e indianos.
→ Acádios
Os acadianos também foram povos que habitaram a Mesopotâmia. Eles derrotaram os
sumérios, mas seu domínio sobre a terra mesopotâmica foi consolidado quando o rei
Sargão I gerou uma unificação dos povos que habitavam a região. O domínio acadiano
sobre a Mesopotâmia acabou quando foram derrotados pelos babilônicos, como eram
conhecidos os amoritas.
→ Primeiro Império Babilônico
Babilônia se tornou conhecida no Mundo Antigo por ser a sede do Império Babilônico.
Entre 2000 a.C. e 1515 a.C., os babilônicos dominaram a Mesopotâmia devido à expansão
de seu território e captura de outros povos. Hamurabi foi o rei babilônico mais conhecido
nesse período por ser o primeiro a sistematizar as leis em vigor em seu domínio. O Código
de Hamurabi previa a punição aos crimes cometidos de forma proporcional. Era baseado
na Lei do Talião, que dizia: “Olho por olho, dente por dente”. O domínio babilônico se
encerrou quando os hititas invadiram a Mesopotâmia.
→ Assírios
Os assírios eram povos conhecidos pela crueldade com que matavam seus inimigos. Eram
muito militarizados e conquistaram toda a região da Mesopotâmia, da Palestina, do Egito e
parte da Pérsia. Em 1450, a Mesopotâmia estava sob seu domínio, mas foram derrotados
pelos caldeus, em 612 a.C.
→ Segundo Império Babilônico
Ao dominar a Mesopotâmia, os caldeus fundaram o Segundo Império Babilônico. Foi no
reinado de Nabucodonosor que o império viveu seu apogeu. Sua principal característica
eram as construções arquitetônicas que esbanjavam beleza e grandeza. Uma das
construções mais significativas desse período foram os Jardins Suspensos da Babilônia.
Até hoje, arqueólogos e historiadores se questionam sobre como esse povo conseguiu
construir tamanhas construções com precários recursos. O Segundo Império Babilônico foi
derrotado pelo rei Ciro II, em 539 a.C.

História do Antigo Egito


O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida
em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam
como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte
e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por
Menés, rei do alto Egito, que se tornou o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que
deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como
a era dos grandes faraós.
Civilização egípcia
A civilização egípcia foi
extremamente sofisticada e suas
marcas estão entre nós até a
atualidade.
Os egípcios, como todos os povos
da Antiguidade, eram ótimos
astrônomos e observando a
trajetória do sol dividiram o
calendário em 365 dias e um dia em
24 horas, que é usado até hoje pela
maioria dos povos ocidentais.
Na medicina, os egípcios escreveram vários tratados sobre remédios para cura das
doenças, cirurgias e descrição do funcionamento dos órgãos.
Na escrita, a sociedade egípcia desenvolveu a escrita pelos hieróglifos.
Cultura egípcia
A principal arte desenvolvida no Egito Antigo foi a arquitetura. Profundamente marcada
pela religiosidade, as construções voltaram-se principalmente para a edificação de grandes
templos como os de Karnac, Luxor, Abu-Simbel e as célebres pirâmides de Gizé, que
serviam de túmulos aos faraós, entre as quais se destacam Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Economia egípcia
O rio Nilo era responsável por mover a economia, pois após as cheias, quando a terra
estava fértil, plantavam-se trigo, cevada, frutas, legumes, linho, papiro e algodão. De igual
maneira, o Nilo servia para pesca e garantia a unidade política ao antigo Egito, porque era
uma via utilizada para comunicar os dois pontos do território.

Os Hebreus
Quem são os Hebreus?
A partir das narrativas bíblicas, os hebreus são
povos da antiguidade que tem suas origens nas
tribos mesopotâmicas.
Ainda de acordo com os escritos bíblicos, os
hebreus, após receberem uma mensagem divina,
teriam migrado para Canaã, para se livrar da
escassez de água e alimentos que atingia a região em que viviam. O processo de migração
levou os povos hebreus até o Egito, onde foram escravizados.
Os hebreus são também chamados de israelitas ou judeus e, portanto, os antepassados dos
judeus.
Os hebreus se diferenciam dos outros povos da antiguidade pois eram os únicos povos
monoteístas.
A origem dos Hebreus
De acordo com os relatos bíblicos, os hebreus vieram da cidade de Ur, da Mesopotâmia.
De lá, se deslocaram e se estabeleceram na região da Palestina, no Vale do Rio Jordão, por
volta de 2000 a.C..
A Palestina era um território, em sua maioria, seco e árido. Contudo, o Vale do Rio Jordão
apresentava terras férteis e favoráveis ao plantio, o que possibilitou o estabelecimento no
local. Existia a presença de diversos povos de origem semita na região, como é o caso dos
cananeus, povo muito referenciado na Bíblia e que ocupava Canaã, que na verdade, se
tratava da região da Palestina também.
Os hebreus eram grupos de pastores seminômades, logo, sua atividade principal era a
atividade pastoril e a agricultura.

Fenícios
Os fenícios fazem parte de uma das mais
importantes civilizações da Antiguidade – a
civilização fenícia.
Viviam no Norte da Palestina, entre o Mar
Mediterrâneo e o território que hoje
corresponde ao Líbano, Síria e Israel.
Os fenícios são conhecidos como o povo do mar. Isso porque eles foram grandes
mercadores marítimos e contribuíram para o desenvolvimento da Astronomia.
Economia
Os fenícios dedicavam-se ao artesanato chegando a inventar o vidro transparente. Na
agricultura, cultivavam olivas e vinhas, e se dedicaram especialmente à pesca e ao
comércio marítimo.
Não desenvolveram grandes atividades agropecuárias tendo em conta que a região que
habitavam era montanhosa e pouco extensa.
Política
É importante ressaltar que nunca houve um país unificado chamado “Fenícia” tal como
entendemos hoje.
A Fenícia era formada por várias cidades-estados, tais como Arad, Biblos, Tiro, Sídon e
Ugarit. Cada uma dessas cidades era governada de forma independente que tanto podiam
ser aliadas como guerrear entre si.
O poder político se baseava nas rotas marítimas e estava nas mãos dos homens que
dominavam o mar, constituindo a Talassocracia.
O Fim dos Fenícios
Quando Ciro II, rei da Pérsia, conquistou a Fenícia, os fenícios fugiram e fundaram
Cartago.
Ao fim de três conflitos pelo domínio do Mar Mediterrâneo, durante as Guerras Púnicas,
Roma destrói Cartago e passa a dominar o comércio do Mediterrâneo.

Persas
Os persas se estenderam por um
largo território. Dentre as suas
conquistas destacamos: a
Babilônia, o Egito, os Reinos da
Lídia, Fenícia, Síria, Palestina e as
regiões gregas da Ásia Menor.
Quem deu início ao Império Persa
foi Ciro, o Grande (560 a.C – 529
a.C). Porém, o desenvolvimento da civilização se deve, principalmente a Dario I, o
Grande.
Este foi o responsável por grandes construções, principalmente a Estrada Real, cujo
objetivo era manter a hegemonia dos povos conquistados.
A política persa e o poder soberano
A expansão da Pérsia somente foi possível graça ao empreendedorismo dos imperadores
que estiveram no seu poder.
Todos os povos conquistados pelo Império Persa tinham de pagar imposto, mas não eram
obrigados a deixar de lado os seus costumes ou a sua língua.
Os persas foram um dos primeiros povos a realizar uma reforma política e administrativa.
Era preciso organizar a população que havia sido conquistada. Assim, a reforma
administrativa, realizada no governo de Dario deu origem às satrapias - províncias
governadas pelos sátrapas. Estes eram considerados os “olhos e ouvidos do rei”, pessoas
de confiança encarregadas de vigiar os sátrapas.
Desse modo, o sistema político e administrativo da civilização persa possuía um nível de
complexidade maior em relação a outras sociedades do período.
Economia persa
Os persas viviam da agropecuária, da mineração, do artesanato e dos impostos cobrados
aos povos subjugados.
A construção da Estrada Real propiciou o desenvolvimento do comércio, pois tornou as
viagens mais rápidas e seguras. A fim de poder negociar com todos as regiões do seu vasto
império, os persas instituíram uma moeda, o dárico.

Grécia Antiga
Grécia Antiga é a época da história grega que se estende do século XX ao século I a.C.
Quando falamos em Grécia Antiga não estamos nos referindo a um país unificado e sim
num conjunto de cidades independentes que compartilhavam a língua, costumes e algumas
leis. Muitas delas foram até inimigas entre si como foi o caso de Atenas e Esparta.
Política
No Período Clássico, os gregos procuraram cultivar a beleza e a virtude desenvolvendo as
artes da música, pintura, arquitetura, escultura, etc.
Com isso, acreditavam que os cidadãos seriam capazes de contribuir para o bem-comum.
Estava lançada, assim, a democracia.
A democracia era o governo exercido pelo povo, ao contrário dos impérios que eram
liderados por dirigentes que eram considerados deuses, como foi o caso do Egito dos
Faraós.
Sociedade
Cada polis tinha sua própria organização social e algumas, como Atenas, admitiam a
escravidão, por dívida ou guerras. Por sua vez, Esparta, tinha poucos escravos, mas
possuía os servos estatais, que pertenciam ao governo espartano.
Economia
A economia grega se baseava em produtos artesanais, na agricultura e no comércio.
Os gregos faziam produtos em couro, metal e tecidos. Estes davam muito trabalho, pois
todas as etapas de produção - desde a fiação até o tingimento - eram demoradas.
Os cultivos estavam dedicados às vinhas, oliveiras e trigo. A isto somavam-se à criação de
animais de pequeno porte.

Roma Antiga
A cidade de Roma nasceu como uma pequena aldeia e se tornou um dos maiores impérios
da Antiguidade.
Situada na Península Itálica, centro do Mediterrâneo europeu, Roma era o centro da vida
política e econômica da região.
Monarquia Romana (753 a.C. a 509 a.C.)
Na Roma monárquica, a sociedade era formada basicamente por três classes sociais:
 os patrícios, a classe dominante, formada por nobres e proprietários de terra;
 os plebeus, que eram constituídos por comerciantes, artesãos, camponeses e
pequenos proprietários;
 os clientes, que viviam da dependência dos patrícios e os plebeus, e eram
prestadores de serviços.
O Senado, composto pelos patrícios, assessorava o rei e tinha o poder de vetar as leis
apresentadas pelo monarca.
As lendas narram os acontecimentos dos sete reinados da época. Durante o governo dos
três últimos, que eram etruscos, o poder político dos patrícios declinou.
A aproximação dos reis com a plebe descontentava os patrícios. Em 509 a.C., o último rei
etrusco foi deposto e um golpe político marcou o fim da monarquia.

República Romana (509 a.C. a 27 a.C.)


A implantação da república significou a afirmação do Senado, o órgão de maior poder
político entre os romanos. O poder executivo ficou a cargo das magistraturas, ocupadas
pelos patrícios.
A república romana foi marcada pela luta de classes entre patrícios e plebeus. Os patrícios
lutavam para preservar privilégios e defender seus interesses políticos e econômicos,
mantendo os plebeus sob sua dominação.
Entre 449 e 287 a.C. os plebeus organizaram cinco revoltas que resultaram em várias
conquistas: Tribunos da plebe, Leis das XII tábuas, Leis Licínias e Lei Canuleia. Com
essas medidas, as duas classes praticamente se igualaram.

Crise da República
Na República romana, a escravidão era a base de toda produção e o número de escravos
ultrapassava os de homens livres. A violência contra os escravos causou dezenas de
revoltas.
Uma das principais revoltas escravos foi liderada por Espártaco entre 73 a 71 a.C. À frente
das forças rebeldes, Espártaco ameaçou o poder de Roma.
Para equilibrar as forças políticas, em 60 a.C., o Senado indicou três líderes políticos ao
consulado, Pompeu, Crasso e Júlio César, que formaram o primeiro Triunvirato.
Após a morte de Júlio César, foi instituído o segundo Triunvirato constituído por Marco
Antônio, Otávio Augusto e Lépido.
As disputas de poder eram frequentes. Otávio recebeu do senado o título de princeps
(primeiro cidadão) foi a primeira fase do império disfarçado de República.

Império Romano (27 a.C. a 476)


O imperador Otávio Augusto (27 a.C. a 14) reorganizou a sociedade romana. Ampliou a
distribuição de pão e trigo e de divertimentos públicos - a política do pão e circo. A
política do Pão e Circo, tinha como objetivo o apaziguamento da população, na sua
maioria, da plebe, através da promoção de grandes banquetes, festas e eventos esportivos e
artísticos, assim como subsídios de alimentos (distribuição de pães e trigo).

Decadência do Império Romano


A partir de 235, o Império começou a ser governado pelos imperadores-soldados, cujo
principal objetivo era combater as invasões.
Do ponto de vista político, o século III caracterizou-se pela volta da anarquia militar. Num
período de apenas meio século (235 a 284) Roma teve 26 imperadores, dos quais 24 foram
assassinados.
Com a morte do imperador Teodósio, em 395, o Império Romano foi dividido entre seus
filhos Honório e Arcádio.
Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, capital Roma, e Arcádio ficou com o
Império Romano do Oriente, capital Constantinopla.
Em 476, o Império Romano do Ocidente desintegrou-se e o imperador Rômulo Augusto
foi deposto. O ano de 476 é considerado pelos historiadores o marco divisório da
Antiguidade para a Idade Média.
Da poderosa Roma, restou apenas o Império Romano do Oriente, que se manteria até
1453.
China Antiga
Três dinastias governaram a China entre o início do segundo milênio antes de Cristo e o
ano 221 a.C.. Todas habitavam ao redor da Bacia do Rio Amarelo. Os Xia, Shang e Zhou
foram as responsáveis pelo processo de ocupação do território chinês e pela formação
étnica do país.

Dinastia Xia
O reinado da dinastia Xia, a mais antiga delas, começa em 2200 a.C. e vai até 1750 a.C.,
na região conhecida como Vale do Rio Amarelo. Os historiadores têm poucas evidências
reunidas sobre a permanência da dinastia Xia, que começou com o reinado de Yu, o
Grande, conhecido por atuar contra as inundações do rio Amarelo.
Por parte dos Xia, a China experimentou o desenvolvimento da agricultura, do comércio e
da medicina.

Dinastia Shang
Os estudiosos na dinastia Shang desenvolveram um sistema de escrita que era gravado em
ossos dos animais e peças de bronze. Os habitantes desse período dinástico desenvolveram
o uso de peças de bronze e um requintado sistema de organização social.
Pesquisadores encontraram vasos de bronze com as primeiras evidências da escrita, que
datam a 1200 a.C.
Os Shang dividiam a sociedade entre nobres, habitantes das cidades-palácios e
camponeses. O poder monárquico estava restrito ao campo religioso. Eram politeístas e
acreditavam que os mortos eram transformados em deuses.
A última capital chinesa pertencente à dinastia Shang estava situada em Anyang em 1300
a.C., cujas evidências só foram descobertas por arqueólogos no século passado.

China Imperial
Em 221 a.C., Qin Shi Huangdi tornou-se o imperador da China unificada após quase 250
anos de guerra. O reinado de Huangdi dá início ao período da China imperial e é o
responsável pela introdução do sistema de pagamentos, de pesos e medidas e da escrita.
Também nesse período começa a construção da Grande Muralha da China. Quin Shi
Huangdi morreu em 210 a.C. e, para proteger seu túmulo, um exército de 10 mil soldados
de cerâmica foi construído. Os guerreiros ficaram conhecidos como o Exército de
Terracota e, embora tenham sido produzidos em série, exibem feições individuais.

Índia Antiga
A trajetória da civilização indiana tem início em
3300 a.C., período em que se encontram vestígios
de um dos mais antigos centros urbanos formados
nas proximidades do Rio Indu. No século XVI a.C.,
o território indiano foi alvo da ocupação de uma
série de tribos nômades provenientes da região do
atual Irã, comumente conhecidas como árias. Entre
outras regiões, os árias controlaram porções do
território onde a civilização hindu fixou marcantes
traços da cultura indiana.
Esse período de ocupação marcou o início do Período Védico, que vai de 1500 a.C. até
500 a.C.
No século VI a.C., o Período Védico é marcado por intensas transformações nos campos
religioso e intelectual. É nessa época que notamos a profunda transformação empreendida
por dois grandes líderes religiosos: Siddhartha Gautama e Mahavira. Ambos pregavam
uma prática religiosa marcada pelo ascetismo e a constante reflexão espiritual. Siddharta
Gautama foi responsável pela criação do budismo e Mahavira o precursor do jainismo.
No século seguinte, os hindus (nome pelo qual a civilização indiana era designada)
sofreram com a expansão do Império Persa. Sob a liderança dos reis Ciro I e Dario I,
diversas regiões da atual Índia foram controladas pelos persas. No século IV a.C., os
macedônicos – liderados por Alexandre, O Grande – venceram os persas na Batalha de
Gaugamela e, dessa forma, passaram a controlar algumas regiões da Índia como o Porus e
Taxila.
"Com a divisão dos territórios alexandrinos, um novo império viria a se consolidar na
Índia: o Império Mauria. Inicialmente liderados por Candragupta Mauria, os maurias
expulsaram os gregos do território indiano exercendo controle sobre o território de
Mágada. Nos governos de Bindusara (298 a 272 a.C) e Açoka (272 - 232 a.C), novas
regiões vieram a ser anexadas pela política expansionista patrocinada por esses dois
monarcas.
No breve período em que se consolidou na história indiana, o Império Mauria foi
responsável por um considerável número de obras públicas que incentivaram a agricultura
e o comércio. Diversas obras de irrigação possibilitaram o desenvolvimento de uma
próspera economia agrícola rigidamente controlada pelo Estado. Prisioneiros de guerra e
camponeses eram obrigados a explorar terras pertencentes ao Estado, e as atividades
comerciais eram mantidas com os gregos, persas, malaios e mesopotâmicos.

A crise do Império Mauria possibilitou a invasão de outros povos. No século II a.C., o


Reino de Bactria controlou a porção oriental do antigo Império Macedônico, sob a
liderança de Demétrio II. Em 80 a.C., os sakas, povo oriundo da Ásia Central, realizaram a
expulsão dos gregos do território indiano e controlaram a região do Punjab. Nesse período
diversos reinos dividiram a Índia, os andhras, sungas, tâmiles, bharasivas e kushans.
Depois de um período de grande instabilidade política, a Índia viveu um novo processo de
centralização política com a ascensão do Império Gupta, no século IV.

Japão antigo
O Japão Antigo pode ser dividido em três principais períodos: Jomon (10.000-300 a.C.),
Yayoi (300 a.C.-300 d.C.) e Kofun (300-538).
1 - Período Jomon
Esse período leva o nome de um tipo de cerâmica encontrada em todo o arquipélago
japonês; seu descobridor, o zoólogo Edward Morse, chamou a cerâmica de jomon
(“desenhos do cordão”) para descrever os padrões pressionados no barro. Elas apareceram
pela primeira vez no norte, em Kyushu. Sua fabricação foi bem desenvolvida, e os
trabalhos produzidos possuem diversidade, exuberância e um alto grau de complexidade.
A população do período Jomon vivia principalmente da caça, da pesca e da coleta de nozes
e raízes comestíveis. Os grandes assentamentos encontrados nesse período mostram o
cultivo de certos tipos de culturas, como o inhame e o taro, provavelmente originários do
continente.
2 - Período Yayoi
A cultura Yayoi surgiu em Kyushu, espalhando-se gradualmente para o leste e subjugando
a cultura Jomon, até chegar aos distritos do norte de Honshu. Seu nome deriva de uma
região em Tóquio onde, em 1884, desenterrou-se uma cerâmica diferente da do período
anterior. Esta era queimada em temperaturas mais elevadas e, além disso, não possuía
muita decoração, pois tinha uso prático. Estava sempre acompanhada por objetos de metal
e era associada ao cultivo irrigado de arroz. Culturalmente, esse período representa um
avanço notável em relação ao anterior.
Nessa época também tem início a difusão de machados, facas, foices e enxadas, pontas de
flechas e espadas. Os objetos de bronze são variados, incluindo alabardas, espadas, lanças,
taku (objetos devocionais) e espelhos. As alabardas, espadas e lanças parecem ter sido
valorizadas como objetos preciosos e não por sua utilidade prática.

3 - Período Kofun
Trata-se da era mais antiga da história registrada no Japão, quando ele passa a ser
unificado sob um único reino. O símbolo do crescente poder dos novos líderes do Japão
foram os túmulos kofun, construídos em larga escala, daí o nome do período.
Há um grande desenvolvimento cultural, com forte influência da península coreana. Da
China, o budismo e o sistema de escrita foram introduzidos perto do final do período. Aqui
o clã Yamato sobe ao poder no sudoeste, estabelecendo a Casa Imperial e controlando as
rotas comerciais em toda a região.

Incas, Maias e Astecas


Incas, Maias e Astecas foram civilizações pré-colombianas que habitavam o atual
continente americano em diferentes épocas. São conhecidas por representarem grandes
impérios com complexos sistemas organizacionais e culturais.
Esses povos surgiram antes do aparecimento dos primeiros europeus em terras americanas,
por isso são classificados como pré-colombianos (referência à Cristóvão Colombo, um dos
primeiros exploradores da Europa a chegar às Américas).

Diferenças entre os Incas, Maias e Astecas


A civilização Maia surgiu por volta do ano 2.500 antes de Cristo, atingindo o seu ápice de
desenvolvimento entre os séculos VIII e IX. Nessa época, os maias dominavam a atual
região sul do México, a Guatemala, El Salvador, Honduras e Belize.
Já os Incas habitavam a região da Cordilheira dos Andes, na América do Sul, onde
atualmente estão localizados o Peru, o Chile, o Equador e a Bolívia.
O império Inca teria surgido por volta de 3 mil anos antes de Cristo e resistiu até meados
do século XVI, com a chegada dos invasores europeus. Mesmo sendo tão antiga, o
desenvolvimento da cultura inca só se intensificou a partir do século XIII.
Os Astecas, por sua vez, são os mais “novos” e os que tiveram o menor tempo de
existência. Surgiram em meados do século XIV e entraram em declínio no século XVI,
quando o seu território começou a ser atacado por invasores espanhóis.
Ao contrário dos Astecas e dos Maias, os Incas não desenvolveram um padrão de escrita.
No entanto, criaram um elaborado sistema matemático baseado em nós distribuídos ao
longo de diferentes cordas.
Outra particularidade dos Incas é a sua língua oficial: o quéchua, que nos dias de hoje
continua a ser utilizado em diversas localidades do Peru.
Os Maias não possuíam um idioma oficial, mas sim diferentes dialetos. Os Astecas, por
sua vez, falavam o nahuatl.
Na sociedade maia não existia a mobilidade social, ou seja, os membros das classes mais
baixas não conseguiam ascender a patamares sociais mais elevados. Porém, a ascensão
social era possível entre os povos astecas.

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