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FENÍCIOS

DISCIPLINA: HISTÓRIA
PROFESSORA: ROBERTA SAUAIA MARTINS
Os Fenícios
◦ Fenícios são grupos de povos semitas que se
estabeleceram na região que, atualmente,
conhecemos como Líbano e parte da Síria, na costa
Oriental do Oriente Médio, em torno de 3.000 a.C.
◦ Estabeleceram-se em uma área estreita de faixa de
terra, cercada por montanhas. Havia também
pequenos rios temporários que transbordavam e
secavam em épocas de verão, o que facilitou a
fertilidade do solo para agricultura de cereais,
legumes, linho e algodão, além do cultivo de
oliveiras, figueiras e videiras.
◦ A exploração das madeiras das florestas próximas
às montanhas garantiu a extração de madeiras de
ótima qualidade (pinhos, cedros e ciprestes) para a
fabricação de navios e construções.
◦ Além de desenvolverem a agricultura com o cultivo
de cereais, videiras e oliveiras, a pesca e o
artesanato, destacaram-se no comércio marítimo.
A História e as cores
◦ Os tecidos bordados e tingidos que
tiveram importante papel na produção
artesanal fenícia eram tingidos com uma
tintura natural.
O corante fenício era feito a partir da secreção de muco de duas
◦ Essa tintura natural era extraída de um
espécies de moluscos: Murex brandaris e Murex trunculus. A
molusco denominado múrice, a qual mucosa é de um tom amarelado, porém quando exposta ao sol
fornecia vários tons de púrpura. muda para tons de roxo. Quando os fenícios produziam corante
suficiente para uma única peça, cerca de 12 mil moluscos eram
◦ A cor púrpura representava a riqueza, a
triturados, fermentados em sal durante três dias e cozidos com
divindade e o poder durante a estanho ou chumbo por até dez dias. Após esse processo, o
Antiguidade. A denominação “Fenícia” tecido era mergulhado inúmeras vezes nesse corante até ser
significa “terra da púrpura”, um grande obtido o tom perfeito.
indício da importância de seus tecidos e
saberes sobre as práticas de tingi-los.
◦ A cor, além de ser um elemento natural, ou
seja, que pode ser encontrado de
diferentes formas na natureza, também é
um elemento social e cultural, sendo
usada e significada de várias formas pelos
diferentes grupos sociais ao longo da
História. Murex brandaris Murex trunculus
Organização e comércio fenício
◦ Apesar da existência da agricultura, as principais atividades
desenvolvidas pelos fenícios eram relacionadas à fabricação de
embarcações, comércio e artesanato.
◦ Organizaram-se em cidades-Estado independentes, nas quais os
principais governantes eram denominados sufetas.
◦ Suas principais cidades-Estado eram Biblos, Sídon, Tiro, Béritos e
Arados.
◦ O excelente comércio fenício permitiu com que os mesmos
expandissem suas rotas marítimas e seus domínios territoriais pelos
Mediterrâneo.
◦ Não apenas expandiram suas rotas, como se tornaram uma potência
marítima que disputava a supremacia no Mediterrâneo com outros
povos.
◦ Alguns historiadores denominam essa forma de experiência, em que
uma potência marítima de “talassocracia” (grego, thálassa: mar e Navio de carga dos fenícios grandes navegadores
kratía: poder/ governo).
(Ilustração: peopleofonefire. com)
◦ A partir de 1200 a. C, os mercadores fenícios já estavam presentes na
península Ibérica, no sul da Palestina, em Cartago e no norte da
África, bem como no Egito.
◦ Cartago foi fundada pelos fenícios em 814 a. C. Um dos principais
entrepostos comerciais marítimo e colônia subordinada a Tiro.
◦ Os técnicas de navegação desenvolvidas pelos fenícios
favoreceram ainda mais o desenvolvimento dos
conhecimentos em astronomia.
◦ As necessidades e atividades ligadas ao comércio também
contribuíram para o aprimoramento do conhecimento
matemático.
◦ As atividades comerciais com outros povos favoreceu um
grande intercâmbio cultural e de conhecimentos.
◦ Para melhor organizar as suas atividades, inclusive, as
transações comerciais, os fenícios desenvolveram um
alfabeto fonético simplificado, composto de 22 letras. Mais
prático para a comunicação e transações comerciais do
que os alfabetos hieroglíficos.
◦ O alfabeto fenício permitia o registro das palavras por meio
da combinação de letras que equivaliam a sons, poupando
os usuários de memorizar milhares de diagramas.
◦ Assimilados por gregos e romanos, o alfabeto fenício é a Alfabeto fenício
base do alfabeto ocidental atual.
PERSAS
O Império Persa
◦ Já os povos que ocupavam o planalto iraniano,
região chamada pelos gregos de persis ou parsa,
usualmente denominada Pérsia, produziram uma
civilização responsável por um dos maiores
impérios do mundo antigo.
◦ Apesar da pobreza do solo, o planalto iraniano foi
ocupado desde o sexto milênio antes da Era
Cristã, recebendo grandes levas de populações
indo-europeias por volta de 2000 a.C.
◦ Atividades de agricultura e pastoreio.
◦ O território foi unificado por Ciro I (559 a.C.-529
a.C.), rei persa que submeteu os povos vizinhos, os
medos. Procurando expandir seus domínios, os
persas invadiram a Mesopotâmia, a Palestina e a
Fenícia e chegaram à Ásia Menor (no Ocidente) e
à Índia (no Oriente).
◦ Lembrando que os medos, entre 600 a.C a 559 a.C
chegaram a dominar os persas, obrigando-os a
pagar tributos.
Ciro, o Grande.

◦ Ciro, o principal conquistador, foi bastante hábil ao se aliar


às elites locais dos territórios conquistados, em vez de
simplesmente submetê-las ao seu domínio. Desse modo,
garantiu relativa estabilidade a um vasto império.
◦ O período de maior florescimento persa ocorreu no
reinado de Dario I (524 a.C.- -484 a.C.), que dividiu o
império em províncias, as satrapias.
◦ Os sátrapas eram encarregados de cobrar impostos em
nome do imperador e eram fiscalizados, por sua vez, por
inspetores oficiais, conhecidos como “olhos e ouvidos do
rei”.
◦ Dario também mandou construir estradas que ligavam os
principais centros urbanos do império (Susa, Pasárgada,
Persépolis), criou um eficiente sistema de correios, para
maior controle das províncias, e implantou uma unidade
monetária chamada dárico.

Dario I
Zoroatrismo
◦ Religião desenvolvida na antiga Pérsia conhecida como
zoroastrismo, fundada pelo profeta Zaratustra (chamado pelos
gregos de Zoroastro), por volta de 600 a.C.
◦ Acredita-se que Zoroastro viveu na Ásia central, em um território
que corresponderia atualmente entre o Irã e Afeganistão.
◦ Crença de suma importância aos seguidores dessa religião e
filosofia é que no mundo existia uma divindade suprema,
onipotente e onisciente (Aúra-Masdar ou Ahura Mazda). Esse
divindade era a representação do bem, da paz, da verdade.
◦ Havia também uma outra força oposta, uma força maléfica
denominada de Ahriman, a representação do mal, das
doenças, dos desastres, da mentira etc.
◦ Haveria, assim, no Universo (e dentro de cada sujeito) uma O Faravahar (ou Ferohar),
batalha entre forças do mal e do bem. representação da alma humana
antes do nascimento e depois da
◦ O livre arbítrio de cada indivíduo. morte, é um dos símbolos do
◦ Influência do zoroastrismo em religiões como judaísmo, zoroastrismo.
cristianismo e islamismo.
HEBREUS
Os hebreus
◦ Povos de origem semita que por volta de 2.000 a.C
começaram a ocupar a região de Canaã, uma
área territorial entre o Mediterrâneo e o deserto da
Síria. Estabelecimento do povo hebreu onde,
atualmente, está Israel.
◦ Praticavam a agricultura e o pastoreio, embora com
grandes dificuldades por causa do clima seco.
◦ Presença de outros povos semitas, como amoritas e
cananeus (derrotados pelas tribos hebraicas).
◦ Os hebreus, nas primeiras fases de sua história,
organizavam-se em famílias e tribos dirigidas por
anciãos, os chamados patriarcas.
◦ Muitas das informações de que dispomos sobre os
hebreus são provenientes da Bíblia, mais
especificamente do Antigo Testamento.
◦ Torá (livro sagrado aos judeus): Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio.
Os hebreus e as terras de Canaã
◦ O primeiro grande líder hebreu, segundo a tradição, foi Abraão, considerado o
primeiro patriarca (chefe do clã). Pregava uma nova religião monoteísta. O deus
único, Javé (também chamado Iahweh ou Jeová), teria prometido a ele e seus
descendentes uma terra onde “jorraria leite e mel”.
◦ No período dos patriarcas, os hebreus se deslocavam com frequência pelas
terras de Canaã. Secas prolongadas e lutas por áreas férteis com outros povos da
região provocaram o deslocamento para o Egito (Vale do Nilo) em cerca de
1.700 a.C.
◦ Embora a princípio essa ocupação tenha sido pacífica, posteriormente eles foram
escravizados. A resistência à escravidão provocou o fortalecimento da unidade
religiosa monoteísta.
◦ A fuga dos hebreus do Egito, conhecida como Êxodo, ocorreu sob a liderança do
patriarca Moisés. Durante essa fuga, ainda segundo a Bíblia, Deus lhe ditou os Dez
Mandamentos.
◦ Após 40 anos de jornadas pelo deserto, os hebreus acabaram retornando à
Palestina, já sob a liderança de Josué. Outros grupos, semitas e não semitas,
muito provavelmente, os acompanharam na partida dos hebreus do Egito para
Canaã.
As lutas por Canaã e o Reino de Israel
◦ Quando os hebreus retornam para Canaã, encontram a região ocupada por outros povos,
principalmente cananeus e filisteus.
◦ Lutas e conflitos para dominar a Terra Prometida.
◦ Segundo os relatos bíblicos, os hebreus ocuparam a cidade de Jericó e, divididos em
tribos, passaram a nomear juízes(chefes militares, líderes políticos e religiosos) para
combater os filisteus que ocupavam o litoral da Palestina.
◦ Entre esses chefes guerreiros destacaram- -se Gideão, Sansão e Samuel, que tentaram
promover a união das várias tribos. Após a provável instalação dos hebreus na Palestina,
ocorreram várias tentativas de unificar as tribos em um reino único, mas essa unificação só
aconteceu com a liderança de Saul, em 1010 a.C., considerado o primeiro rei dos hebreus.
◦ Davi, o sucessor de Saul, conseguiu lançar as bases para a formação de um verdadeiro
Estado hebraico, com governo centralizado, exército permanente e organização
burocrática. Davi derrotou os filisteus, conquistando grande parte de Canaã. Jerusalém
tornou-se capital reino de Israel.
◦ Sob o comando de Salomão, filho de Davi, o Estado hebraico antigo atingiu seu apogeu,
com grande desenvolvimento comercial. Para os cultos foi construído um grande templo
dedicado a Jeová: o Templo de Jerusalém (conhecido como Templo de Salomão), na
capital hebraica.
Muro das Lamentações, Jerusalém- Israel
Divisão do Estado hebraico e dominações
estrangeiras
◦ Os elevados impostos e o trabalho compulsório dos
camponeses, todavia, acabaram gerando
descontentamentos.
◦ O Estado unificado não sobreviveu à morte de Salomão.
Logo surgiram disputas pela sucessão, que resultaram na
divisão dos hebreus em dois reinos, por volta de 926 Ea. C: o
de Israel, com capital em Samaria, e o de Judá, com capital
em Jerusalém.
◦ Em 722. a.C, o Reino de Israel foi invadido por tropas assírias.
◦ Em 587 a. C, o Império Neobabilônico (Caldeus) de
Nabocodonosor II incorporava toda a região. Depois de
saquear Jerusalém e destruir o Templo de Salomão,
Nabucodonosor levou um grande número de habitantes do
reino de Judá como escravos para a Mesopotâmia. Episódio
conhecido como “Cativeiro da Babilônia”.
◦ Com a invasão persa à Babilônia, em 539 a.C., os hebreus
escravizados foram libertados e puderam retornar à
Palestina, embora politicamente fossem submetidos aos
persas. Os hebreus constituem seu Estado na região de Judá
(daí a denominação de judeus).
◦ Além dos persas, posteriormente a região de Judá
esteve sob o domínio de vários povos:
◦ Macedônios: Alexandre Magno (O Grande) rei da
Macedônia, por volta de 332 a. C conquistou toda
a região.
◦ Egípcios e Sírios.
◦ Por volta de 63 a. C, Roma que estava em plena
expansão, dominou toda a região, passando a
chama-la de Judeia. Jerusalém foi destruída e o
Templo de Salomão incendiado.
◦ A resistência à ocupação romana foi reprimida
brutalmente.
◦ Em meados do século I, Jerusalém foi destruída e
os hebreus se dispersaram por outras regiões. Esse
movimento tornou-se conhecido como diáspora e
se estendeu por centenas de anos.

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