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Antiguidade Oriental

É o período compreendido entre a invenção da escrita, ocorrida, por volta de 4000 a.C. e a queda do Império
Romano, em 476 d.C..
Foi nesta época que se desenvolveram grandes impérios como o egípcio, o mesopotâmico, o persa; hebreus
e fenícios. Surge,também, a escravidão, que irá se desenvolver na Grécia e em Roma.
De uma maneira geral, o surgimento das primeiras civilizações vai ocorrer no atual Oriente Médio, lugar de
solos férteis bastante propícios ao desenvolvimento da agricultura.
HISTÓRIA DO EGITO ANTIGO
LOCALIZAÇÃO: Deserto do Saara -nordeste da África.
Evolução política
PERÍODO PRÉ-DINÁSTICO(4000 a.C – 3200 a.C.)
Divisão em nomos (pequenas unidades políticas), ou seja, as antigas vilas neolíticas. Seus chefes eram
chamados de nomarcas.
Com o passar do tempo, estes nomos vão se unindo até formar dois reinos: ALTO EGITO, ao sul e BAIXO
EGITO, ao norte.
Em 3200 a.C. Menés, rei do Alto Egito unifica os dois reinos e se torna o primeiro faraó.
PERÍODO DINÁSTICO
ANTIGO IMPÉRIO (3200 a.C. – 2300 a.C.)
Foi a época em que se estruturou a organização política.
Capital do Império: Mênfis.
GOVERNO
Monarquia Absoluta Teocrática. O faraó é considerado um deus vivo.
PACIFISMO
O Egito não tinha um Exército permanente.
Trabalho obrigatório dos camponeses (felás)
Prosperidade econômica.
Construção das pirâmides de Queóps, Quefren e Miquerinos. a fialidade das pirâmides era servir de túmulos
para os faraós ou nobres abastados, onde seus corpos e objetos seriam preservados para a vida após a
morte.
Por volta de 2300 a.C., sacerdotes e nomarcas questionam o poder do faraó, gerando uma crise no Antigo
Império.
MÉDIO IMPÉRIO (2100 a.C – 1580 a.C.)
Príncipes do Alto Egito, reestabelecem a monarquia. É a época das grandes construções como a dos diques e
canais de irrigação, que aproveitavam e distribuíam a água das enchentes do Nilo, para a fertilização do solo.
Neste período ocorreu a invasão dos hicsos, povo de origem árabe, que dominou o Egito durante quatro
séculos. Foi nesta época que os hebreus chegaram ao Egito.
Houve o desenvolvimento da metalurgia do bronze e do ferro.
Em 1580 a.C., os egípcios conseguiram expulsar os hicsos.
NOVO IMPÉRIO (1580 a.C. – 525 a.C.)
Período marcado pelo militarismo e imperialismo. Grandes conquistas militares e a invasão dos hicsos,
permitiram o desenvolvimento de uma política expansionista (aumento das fronteiras do império).
Houve a reestruturação da sociedade, grandes faraós como Ramsés II e Tutmés III. Período onde se
destacaram os militares, sacerdotes, um grande número de camponeses, além dos escravos que
trabalhavam na construção das grandes obras arquitetônicas.
Muitas campanhas militares, invasão de vários povos, causaram o enfraquecimento do Novo Império.
525 a.C., os persas dominaram o Egito na batalha de Pelusa.
ECONOMIA
Agricultura é a principal atividade econômica.
Pecuária é pouco significativa.
Trocas diretas
Artesanato e Manufatura: tecidos, jóias, móveis, ferramentas, vidros etc.
Mercado Experno controlado pelo Estado. Comerciavam com a Fenícia, Ilha de Creta, Palestina e Síria.
Desenvolveram complexo sistema hidráulico de diques e canais, para o aproveitamento das águas do Nilo.
SOCIEDADE
Hierarquizada.
Setor dominante
Família do faraó, nobres(grandes proprietários), sacerdotes e chefes militares.
Grupo não-privilegiado:soldados, artesãos e camponeses.
Escravos em pequeno número.
RELIGIÃO
Politeísta,(acreditavam em vários deuses e animais sagrados), seu deuses tinham uma representação
antropozoomórfica (possuíam formas humanas e de animais). Seus principais deuses eram: Rá,
Osíris,Ísis,Anúbis, etc.
A crença na volta da alma para o mesmo corpo levou ao desenvolvimento de técnicas para a conservação
dos corpos, entre elas, a da mumificação.
Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.
Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que
apresentavam: chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios
e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).
SISTEMA DE ESCRITA
Os egípcios desenvolveram três formas de escrita. Demótica,que era a escrita mais simples.
Mesmo assim, poucos a dominavam. Hierático, sistema mais desenvolvido nas rodas religiosas e a
Hieroglífica, escrita pictográfica feita em papiro e paredes de pirâmides. Era muito difícil e muito poucas
pessoas sabiam decifrá-las.
Chegou até nós através da Pedra Roseta, que além de hieróglifos, continha escrita em Demótico e em grego,
o que facilitou a sua sua decifração através do sábio francês Champolion.
HISTÓRIA DA MESOPOTÂMIA
Vários povos antigos habitaram essa região entre os milênios IV e I a.C. Entre estes povos, podemos
destacar : sumérios, acádios, babilônicos, assírios, caldeus.
LOCALIZAVA-SE entre os rios Tigre e Eufrates.
Corresponde hoje ao território do Iraque.
OS SUMÉRIOS
Foram considerados os primeiros povoadores da Mesopotâmia.Estabeleceram-se ao sul da região.
Organizaram-se em cidades-estados. as principais eram Ur; Uruk; Lagash; Nipur e Eridu. Patesi era o chefe
militar, político e religioso destas cidades.
GOVERNO
Descentralizado.
Este povo destacou-se na construção de um complexo sistema de controle da água dos rios. Construíram
canais de irrigação, barragens e diques. A armazenagem da água era de fundamental importância para a
sobrevivência das comunidades.
Agricultura era a atividade econômica básica.
SISTEMA DE ESCRITA
Desenvolveram a escrita cuneiforme, ou seja, os sinais tinham formas de cunhas. Desenvolvida por volta de
4000 a.C.
Usavam placas de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este período da
história, devemos as placas de argila com registros cotidianos, administrativos, econômicos e políticos da
época.
Os sumérios, excelentes arquitetos e construtores, desenvolveram os zigurates. Estas construções eram em
formato de pirâmides, com sete andares e serviam como torres de observação, locais de armazenagem de
produtos agrícolas, além de servirem também como templos religiosos.
A rivalidade entre as cidades-estados acabou provocando o enfraquecimento deste povo, que foi invadido
pelos acádios.
Fundação da cidade de Acad. Seu rei SARGÃO I dominou os sumérios e unificou a Mesopotâmia. O Império
Acádio foi destruído quando da invasão do povo guti.
AMORITAS ou BABILÔNIOS
Por volta do ano 2000 a.C., os amoritas dominaram o sul da Mesopotâmia, mas acabaram se fixando no
norte,junto a margem do Rio Eufrates. Fundaram a cidade de Babilônia, que se tornou a capital do Império.
Seu principal rei foi HAMURABI, ele elaborou o primeiro código de leis escritas da humanidade: O CÓDIGO
DE HAMURABI. Baseado nas Leis de Talião(“olho por olho, dente por dente”). De acordo com o Código de
Hamurabi, todo criminoso deveria ser punido de forma proporcional ao delito cometido.
Os babilônios também desenvolveram um rico e preciso calendário, cujo objetivo principal era conhecer
mais sobre as cheias do rio Eufrates e também obter melhores condições para o desenvolvimento da
agricultura. Excelentes observadores dos astros e com grande conhecimento de astronomia, desenvolveram
um preciso relógio de sol.
Revoltas e invasões levaram à decadência do império.
ASSÍRIOS
Ocupavam o planalto de Assur, no norte da Mesopotâmia. Eram guerreiros e fundaram um império, por
volta de 1300 a.C.. Estabeleceram sua capital em Nínive. Este povo destacou-se pela organização e
desenvolvimento de uma cultura militar.
Encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade. Eram
violentos e impiedosos com os povos dominados. Impunham aos vencidos, castigos e crueldades como uma
forma de manter respeito e espalhar o medo entre os outros povos.
O Império Assírio dominou toda a Mesopotâmia, a Síria, a Fenícia, o Egito e o Reino de Israel.
A decadência do Império foi provocada por constantes rebeliões dos povos dominados.
CALDEUS
Segundo Império Babilônico, abrangeu toda a Mesopotâmia, a Síria e a Palestina.
Seu principal rei foi NABUCODONOSOR, que dominou o Reino de Judá e edificou os Jardins Suspensos da
Babilônia e a famosa Torre de Babel.
Lutas internas enfraqueceram o império, que foi dominado pelos persas, em 539 a.C.
RELIGIÃO
Eram politeístas, acreditavam em várias divindades de origem cósmica.
A devoção mais apreciada era para ISHTAR, deusa do amor. Suas devotas eram obrigadas a demonstrar sua
devoção no templo, pelo menos por quinze dias ao ano. Os homens é que apreciavam mais esta devoção
pois eram eles que recebiam o afeto das mulheres. na real, as mulheres deveriam se prostituir como forma
de adoração à deusa.
A religião assíria admitia sacrifícios humanos, devido a sua crueldade e servia como forma de divertimento
para o povo.
ASPECTOS GERAIS
Vale dizer que os povos da antiguidade buscavam regiões férteis, próximas a rios, para desenvolverem suas
comunidades. Dentro desta perspectiva, a região da mesopotâmia era uma excelente opção, pois garantia
a população: água para consumo, rios para pescar e via de transporte.
Outro benefício oferecido pelos rios eram as cheias que fertilizavam as margens, garantindo um ótimo local
para a agricultura.
No que se refere à política, tinham uma forma de organização baseada na centralização de poder, onde
apenas uma pessoa ( imperador ou rei )comandava tudo.
HISTÓRIA DA FENÍCIA
A região da fenícia corresponde, hoje, ao Líbano.
Os fenícios dedicaram-se ao comércio e a navegação
ASPECTOS GERAIS
Desenvolveram-se, por volta de 3.000 a.C.
Localizavam-se numa estreita faixa do litoral do mar mediterrâneo.
Fundaram povoados-como Cartago, importante cidade do norte da áfrica.
GOVERNO
Descentralizado.
Dividida em cidades-estados .As principais eram bíblos, sídon e tiro.
ECONOMIA
Atividade básica: comércio.
Desenvolveram também: indústria naval, produção de tecidos e a metalurgia.
SOCIEDADE
Camada dominante: comerciantes, aristocratas e sacerdotes.
Classe intermediaria: pequenos comerciantes e artesãos
Classe dominada: trabalhadores rurais e urbanos.
RELIGIÃO
Politeísta.
Principais deuses:
Baal, deus do trovão, da tempestade, da chuva.
Astartéia, deusa da fertilidade.
Alguns rituais eram bastante cruéis, tendo inclusive sacrifícios humanos.
CONTRIBUIÇÃO
Foi a invenção do alfabeto, sinais usados para representar o som das palavras.
Criaram 22 sinais correspondentes ao som das consoantes. Mais tarde, os gregos inventaram as vogais,
aperfeiçoando o alfabeto.
Declínio
Os fenícios foram dominados em 330 a.C. , por Alexandre Magno, rei da Macedônia
HISTÓRIA DO IMPÉRIO PERSA
Se localizava a leste da mesopotâmia
Atualmente é o irã.
Ocupação..
Por volta de 1300 a.c., os medas (originários da ásia central ) e os persas ( sul da Rússia )ocuparam a região ,
dando origem a dois reinos indenpendentes.. os Medas ao norte e os persas ao sul.
Império persa
Fundado por Ciro, o grande,(560-530 a.C..), tornou-se rei dos medos e persas, após haver conquistado
Ecbátana e destronado Astíages (555 a.C..). Conquistou também a Babilônia (539 a.C.), as cidades gregas da
Ásia Menor, Fenícia e Palestina.
Cambises (filho de Ciro ) conquistou o Egito.
Dario I, primeiro estendeu o império até a índia. Organizou o império política e adiministrativamente. Dividiu
o império em satrapías,que eram governadas pelos sátrapas, construiu uma rede de estradas, integrando
todo o império, criou um sistema de correio e a moeda-padrão.
Decadência
Inicia no governo de Dario; na tentativa de conquistar a Grécia ( Guerra Medicas ) Enfraquecido , é invadido
por Alexandre Magno , rei macedônico.
Religião
Zoroastro, reformador religioso.
Duas divindades opostas; Ormus-Mazda e Arimã.
Crença na imortalidade da alma, na ressureição dos mortos e no juízo final.
Artes
A arquitetura foi a arte mais desenvolvida.
Ciro, o Grande (560-530 a.C..), tornou-se rei dos medos e persas, após haver conquistado Ecbátana e
destronado Astíages (555 a.C..). Conquistou também a Babilônia (539 a.C.). O império ia desde o Helesponto
até as fronteiras da Índia.
No Império persa a grande fonte do direito era a vontade do soberano de direito divino. Transgredir a lei
emanada do soberano era ofender a própria divindade. Os crimes de menor importância eram punidos com
chibatada que podia ser, em parte, substituída pela multa pecuniária.
Os crimes mais graves eram severamente punidos com castigos bárbaros como a marca a fogo, a mutilação,
a cegueira e a própria morte.
A pena de morte era aplicada em casos de homicídio, estupro, aborto, grave desrespeito à pessoa do rei, e
traição.
Os rebeldes recebiam punição exemplar: “eram levados à corte real onde lhes cortavam o nariz e as
orelhas; mostravam-no ao povo e em seguida eram conduzidos à capital da província em que se haviam
revoltado e aí eram executados.
Havia diversos processos de executar a pena máxima: o veneno, a impalação, a crucifixão, o enforcamento,
o apedrejamento, etc.
Apesar desses castigos severos, convém notar que a lei não permitia que se punisse com a pena de morte
alguém que houvesse cometido um único crime; nem mesmo um escravo deveria ser punido com
atrocidade por causa de uma única falta: seus méritos deveriam ser levados em consideração.
O rei era o supremo juiz, sobretudo em matéria penal. Em matéria civil encontramos, já sob o reinado de
Cambises, filho de Ciro, juízes nomeados pelo soberano.
É conhecido o caso de Sesamnés, juiz real condenado à morte por haver recebido dinheiro a fim de
pronunciar uma sentença injusta: após a sua morte, arrancaram-lhe a pele e forraram com a mesma cadeira
em que se costumava sentar para exercer suas funções. Punição aplicada por Cambises (530-522 a.C.).
Outra pena tipicamente persa foi a do escafismo, ou seja, o suplício dos botes: “tomavam-se dois botes
ajustáveis, deitava-se de costa num deles o malfeitor, cobria-se com o outro. A cabeça, as mãos e os pés
ficavam de fora, e o resto do corpo fechado.
Faziam-no comer a força e picavam-lhe os olhos, passando-lhe na face uma mistura de leite e mel, deixando-
o com o rosto exposto ao sol, que ficava coberto de moscas e formigas, restava no meio de seus próprios
excrementos e os vermes que iam surgindo no meio da podridão de suas entranhas iam-lhe devorando o
corpo.
Evidência a História que Mitríades (quem teria criado tal pena) foi vítima desta pena, obra de sua própria
criação, morrendo depois de dezessete dias de doloroso martírio”
Antiguidade Oriental – Civilização
As principais civilizações da Antiguidade oriental são a suméria, assíria, acadiana, egípcia, hebraica, fenícia,
hitita e persa.
Os cretenses, apesar de estarem localizados no ocidente, apresentam características comuns a outros povos
da Antiguidade oriental.
Mesopotâmia
Compreende a região entre os rios Tigre e Eufrates (atualmente parte do Iraque) conhecida como
Mesopotâmia – terra entre rios, em grego. É habitada desde 5.000 a.C. por tribos de origem semita. Entre
3.200 e 2.000 a.C. povos de outras origens, como os sumérios, acadianos, assírios, elamitas e caldeus,
migram para a região e fundam cidades-Estado independentes. Em 331 a.C. a região é dominada por
Alexandre, o Grande, da Macedônia.
Sumérios
Instalam-se ao sul da Mesopotâmia entre 3.200 e 2.800 a.C. Têm origem incerta. Surgem possivelmente no
vale do rio Indo. Fundam cidades-Estado como Nippur, Kish, Ur, Uruk e Lagash. Dominam os semitas até
2.300 a.C., quando são vencidos pelos acadianos. Restabelecem sua hegemonia em 2.050 a.C., mas não
resistem à invasão dos semitas do deserto, em 1.950 a.C.
Economia e sociedade sumérias
Desenvolvem a agricultura, com técnicas de irrigação, construção de canais, diques e reservatórios e a
utilização de instrumentos de tração animal. Empregam a metalurgia do bronze. Utilizam carros com rodas e
desenvolvem atividades comerciais com outras cidades.
Organização política suméria
O centro político e religioso é representado pelo templo, que funciona também como núcleo econômico
(fabricação de tijolos e ladrilhos, depósito de tributos e oferendas, empréstimos). Sua autoridade máxima é
o rei, também sumo sacerdote, com poder político e militar hereditário. Os sacerdotes são responsáveis pela
administração do templo.
Cultura e religião sumérias
Criam a escrita cuneiforme (gravação com estilete sobre tábua de argila) e desenvolvem a cerâmica e a
estatuária de pedra e metal. Possuem um sistema numérico sexagesimal para medir o dia (24 horas, 60
minutos e 60 segundos). Dividem o círculo em 360 graus e o ano em 12 meses. Praticam uma religião
politeísta, na qual coexistem os deuses da natureza e os deuses ligados aos sentimentos.
Acadianos
Originam-se de tribos semitas que habitam o vale mesopotâmico desde 2.400 a.C. Infiltram-se nas cidades-
Estado sumérias, até conquistar Kish. Estabelecem Akad como cidade hegemônica e ampliam seu domínio
sobre a Mesopotâmia meridional, Elam e parte da Ásia Menor, formando os Estados de Isin, Larsa e
Babilônia.
Primeiro Império Babilônico
Forma-se a partir de 1.728 a.C., sob o reinado de Hamurabi, depois de campanhas militares contra cidades e
povos vizinhos. Babel torna-se a capital do império e pólo econômico e cultural.
As principais obras literárias mesopotâmicas são transcritas para o acadiano. Em 1.513 a.C., o império
babilônico é derrotado e saqueado pelos hititas, povo procedente da Capadócia, na Ásia Menor. Depois são
dominados pelos cassitas, elamitas e assírios.
Hamurabi (1.728 a.C.-1.686 a.C.), sexto rei da primeira dinastia babilônica (amorritas), é o fundador do
Primeiro Império Babilônico. Consegue unificar os semitas e os sumérios. Durante seu governo, cerca a
capital com muralhas, impulsiona a agricultura, restaura os templos mais importantes e institui impostos e
tributos em benefício das obras públicas.
É autor do famoso código penal, o mais antigo da História, que leva seu nome. O Código de Hamurabi
estabelece regras de vida e de propriedade, estendendo a lei a todos os súditos do império. Determina
penas para as infrações, baseadas na lei de talião (olho por olho, dente por dente).
Sociedade acadiana
Na política, os acadianos criam um Estado centralizado e avançam na arte militar. Desenvolvem a tática do
deserto, com armamento leve, como o venábulo (lança), e grande mobilidade. Na religião, estabelecem
novos deuses e passam a divinizar também o rei.
Segundo Império Babilônico
Entre 2.000 e 700 a.C, o império assírio, de grande poder bélico, estende seus limites ao Mediterrâneo, às
montanhas armênias, às costas do mar Negro, Chipre, Egito e Núbia. Em 625 a.C., a Babilônia, Estado
acadiano, invade o território assírio, destrói todas as cidades e extermina seus habitantes.
A conquista da Assíria aumenta o poder da Babilônia, que se torna a mais notável cidade do oriente. O
progresso econômico permite o seu embelezamento, com a construção de palácios, templos e dos famosos
jardins suspensos. Em 539 a.C., Ciro, rei dos Persas, conquista a Babilônia.
Nabucodonosor (604 a.C-562 a.C), também conhecido como Nebuchadrezar II, filho do general Nabopolasar.
Dá continuidade à época de prosperidade e hegemonia babilônicas. Durante seu reinado de 42 anos, a
Babilônia atinge seu período mais glorioso e fica conhecida como a “Rainha da Ásia”. Constrói a Torre de
Babel e os famosos Jardins Suspensos.
Líder militar de grande energia e crueldade, aniquila os fenícios, derrota os egípcios e obtém a hegemonia no
Oriente Médio. Em 598 a.C. conquista Jerusalém e realiza a primeira deportação de judeus, que seguem para
a Mesopotâmia, no episódio conhecido como “o cativeiro da Babilônia”.
Assírios
Resultam da mestiçagem entre povos semitas, que emigram da Samaria (região da Palestina), e povos que
habitam o Tigre superior, por volta de 2.500 a.C. Constroem Assur e Nínive, suas principais cidades-Estado.
Economia e religião dos assírios
A propriedade da terra é repartida entre a casta sacerdotal, rei e nobreza. Escravos e servos semilivres
realizam o trabalho na agricultura e no artesanato. A agricultura se desenvolve com o surgimento da
horticultura e com o aperfeiçoamento técnico do arado. Politeístas, possuem um deus supremo, Assur.
Constroem imensos palácios e esculturas monumentais.
Egípcios
O vale do rio Nilo, com terras negras e férteis, é a base da civilização egípcia. A fertilidade resulta da
inundação anual do rio (julho a outubro) e da deposição do húmus quando as águas baixam.
Unificação egípcia
A agricultura e o intercâmbio de produtos estimulam a sedentarização e a miscigenação das tribos, que
formam, no vale do Nilo, um único povo, diferente dos beduínos que habitam o deserto. Durante o
Neolítico, são construídas cidades-Estado sobre o eixo fluvial, como Tebas, Mênfis e Tânis, que se relacionam
ativamente.
Elas se unificam por volta de 3.000 a.C., introduzindo uma monarquia centralizada na figura do faraó,
soberano hereditário e absoluto, considerado uma encarnação divina. As cidades-Estado são transformadas
em nomos, divisões administrativas da monarquia, governadas por nomarcas.
Expansão e declínio do Egito
Até 2.700 a.C. o Egito se mantém relativamente isolado de outros povos. As incursões contra os beduínos do
Sinai e a conquista das minas de cobre e pedras preciosas, por volta de 2.000 a.C., constituem os primeiros
passos para romper esse isolamento. Entretanto, disputas internas e a invasão dos hicsos, povo de origem
caucasiana, interrompem essa expansão.
Só após a expulsão dos hicsos, em 1.600 a.C., os egípcios se lançam na conquista de territórios da
Mesopotâmia, Síria, Palestina, Chipre, Creta e ilhas do mar Egeu. Em sentido contrário, o Egito sofre o
assédio de gregos, filisteus, etíopes, assírios, persas, macedônios e romanos. Em 332 a.C., Alexandre, o
Grande, invade o Egito. Em 30 a.C. tem início o domínio romano.
Economia e sociedade egípcias
A agricultura e o intercâmbio de produtos naturais são a base da economia. Após a unificação, a terra passa
dos clãs à propriedade do faraó, nobres e sacerdotes. Os membros dos clãs são transformados em servos. As
incursões em direção à Núbia, Somália, Sinai e Biblos introduzem o trabalho escravo nas minas e na
construção dos palácios, templos e pirâmides.
Ciência e cultura egípcias
Destacam-se na astronomia (elaboram o primeiro calendário lunar), arquitetura, engenharia e matemática,
lançando os fundamentos da geometria e do cálculo complexo. Criam as escritas hieroglífica (com
ideogramas), hierática (para uso religioso) e demótica (para fins comuns). Desenvolvem técnicas de irrigação
e de construção de embarcações.
Religião egípcia
Politeísta e antropozoomórfica (deuses representados por corpo ou cabeça de animais). Aos poucos ganha
predominância o culto ao deus Sol, com diferentes simbologias nas cidades-Estado. Acreditam no
julgamento após a morte e na reencarnação, fazendo oferendas aos defuntos. Entre 1.377 e 1.358 a.C.,
Amenófis IV introduz o monoteísmo, representado no culto a Aton, excluindo as divindades locais. O
monoteísmo é abolido após sua morte.

Antiguidade Ocidental
Grécia
Na península Grega disseminam-se, por volta de 3.000 a.C., povoados fortificados de tribos de cultura
agrária. Entre 1.600 e 1.200 a.C. intensificam-se as migrações de povos pastores para a península, como os
aqueus, os jônios e os dórios, que falam grego, conhecem os metais e utilizam carros de guerra.
Período homérico
Tem início com o predomínio dos aqueus e jônios, por volta de 1.600 a.C. Período pouco conhecido que
pode ser reconstituído pelos poemas Ilíada e Odisséia, atribuídos ao poeta grego Homero. Edificam
fortalezas monumentais (Micenas, Tirinto, Pilos, Gia e Atenas), desenvolvem o comércio com Tróia, Sicília e
península Itálica, fundam colônias (Mileto, Rodes, Lícia, Panfília, Cilícia, Chipre) e assimilam a cultura da ilha
de Creta.
Os guerreiros constituem a classe dominante, enquanto os agricultores e pastores são considerados servos e
escravos.
Formação da pólis grega
Resulta, entre outros fatores, de migrações dos dórios, beócios e tessálios (1.200 a.C. em diante). Os núcleos
urbanos construídos em torno das fortalezas micênicas se transformam em comunidades político-religiosas
autônomas.
Ática, Argos, Atenas, Esparta, Tebas, Mileto e Corinto estabelecem relações comerciais entre si e através de
todo o Mediterrâneo. Em torno de 1.000 a.C. o intercâmbio comercial transforma-se num processo de
colonização e escravização de outros povos.
Guerra de Tróia
Provocada pela disputa entre gregos e troianos pelas terras do litoral do mar Negro, ricas em minérios e
trigo. Segundo a lenda, o estopim da guerra é o rapto de Helena, mulher de Menelau, rei de Amicléia (futura
Esparta), por Páris, príncipe troiano.
Para resgatar Helena, os gregos entram na fortaleza troiana escondidos dentro de um gigantesco cavalo de
pau enviado como presente a Páris.
Expansão grega
Acentua-se a partir de 750 a.C., resultado do crescimento da população, da expansão do comércio, das
disputas internas e das guerras entre as póleis. Jônios, aqueus, eólios e dórios fundam colônias no Egito,
Palestina, Frígia, Lídia, na costa do mar Negro, sul da península Itálica, Sicília e sul da Gália.
Os gregos enfrentam os assírios e os medo-persas, na Ásia Menor, e os fenícios, particularmente de Cartago,
no Mediterrâneo ocidental e no norte da África. O assédio dos medo-persas resulta nas guerras médicas,
entre 492 e 479 a.C.
Guerras médicas
Têm origem no domínio persa sobre as cidades jônias da Ásia Menor, a partir de 546 a.C. Em 500 a.C. as
cidades jônias se rebelam, sendo derrotadas em 494 a.C. A partir de 492 a.C. os medo-persas ocupam a
Trácia e a Macedônia e desencadeiam a Segunda Guerra Médica.
Em 480 a.C. o exército persa comandado por Xerxes avança sobre a Tessália, Eubéia, Beócia e Ática, ao
mesmo tempo que os cartagineses atacam os gregos na Sicília. Tem início a Segunda Guerra Médica, que se
estende até 479 a.C.
Os medo-persas ocupam a Beócia e a Ática e saqueiam Atenas. Mas os gregos vencem as batalhas de
Salamina, Platéia e Micala, o que leva os persas a desistirem da conquista da Grécia, entrando logo depois
em decadência.
Péricles (495 a.C.-429 a.C.)
Filho de uma família de elite, educado por filósofos, é o maior dirigente da democracia ateniense. Torna-se
arconte (chefe político) em 432 a.C., com uma plataforma de reformas democráticas. Reelege-se,
anualmente, durante mais de 30 anos.
Célebre orador e estrategista, torna-se o principal artífice da expansão imperial de Atenas como potência
comercial da Grécia. Instala novas colônias e amplia a hegemonia ateniense sobre 400 cidades-Estado,
através da Liga de Delos, contra os persas.
Realiza grandes construções em Atenas, como o Partenon, e estimula as artes e a cultura. Morre em 429
a.C., durante a Guerra do Peloponeso, de uma peste que elimina um terço da população da Ática.
Guerra do Peloponeso
Começa em 431 a.C. Decorre do antagonismo entre os interesses econômicos e políticos de Corinto (aliada
de Esparta) e Atenas. Atenas ataca e domina Potidéia, mas seu exército é derrotado em Espartalos. A guerra
continua até a Paz de Nícias, em 421 a.C. Em 415 a.C.
Esparta e Atenas voltam a se enfrentar pelos mesmos motivos. Finalmente, em 405 e 404 a.C., os espartanos
vencem os atenienses em Egospótamos e invadem Atenas, que é obrigada a destruir sua muralha de defesa,
dissolver a Liga de Delos, entregar a esquadra, fornecer tropas e reconhecer a hegemonia de Esparta. A
aristocracia substitui a democracia pela oligarquia.
Período helenístico
Estende-se de 338 a 30 a.C., período que corresponde à expansão e o posterior declínio do império de
Alexandre, o Grande, da Macedônia. As conquistas de Alexandre e a fundação dos reinos diádocos difundem
a cultura grega no oriente.
A biblioteca de Alexandria, com 100 mil rolos de papiros, transforma-se no centro de irradiação cultural do
helenismo, incentivando um novo florescimento da geografia, matemática, astronomia, medicina, filosofia,
filologia e artes. Em 220 a.C. começa uma crise econômica e política, a ascensão de novas potências e a
reação dos povos gregos contra o helenismo, contribuindo para o seu declínio.
A tomada de Alexandria pelas legiões romanas, em 30 a.C., encerra o período.
Império Macedônico
Séculos seguidos de guerras internas e externas debilitam o poderio grego e abrem espaço para a ascensão
da Macedônia, região no norte da Grécia anteriormente ocupada por tribos trácias que foram assimiladas
pelas migrações e cultura gregas.
A expansão macedônica começa em 359 a.C., com o início das campanhas de Felipe II. As relações
econômicas e culturais entre o Mediterrâneo e o oriente se intensificam com o estabelecimento do Império
Macedônico. Felipe é sucedido por seu filho Alexandre, o Grande, que expande o império, funda mais de 70
cidades, entre as quais Alexandria, no Egito.
Essas cidades funcionam como mercados de intercâmbio com a China, Arábia, Índia e o interior da África e
facilitam a difusão cultural grega.
Alexandre, o Grande (356 a.C.-323 a.C.)
Filho de Felipe II, assume o reino da Macedônia aos 20 anos, após o assassinato do pai. Aluno de Aristóteles,
passa a apreciar a filosofia e as ciências. Estabelece completo domínio sobre a Grécia, Palestina e Egito,
avança através da Pérsia e da Mesopotâmia e chega à Índia.
Em 13 anos, Alexandre, também conhecido como Magno, cria o maior império territorial até então
conhecido. No delta do rio Nilo funda Alexandria, que logo se projeta como pólo cultural e comercial. Morre
de febre aos 33 anos, na Babilônia.
Divisão do império
O império Macedônico se organiza em nove reinos ou diádocos, considerados propriedade privada. A base
do poder desses reinos é o exército mercenário e a coleta de impostos. A morte de Alexandre, em 323 a.C.,
abre um processo de disputas em que se envolvem os diádocos, os povos submetidos e as potências
emergentes, principalmente Roma.
As guerras entre os diádocos pelo domínio do império se estendem até 280 a.C. Resultam na formação de
três grandes reinos com dinastias independentes: Macedônia, Ásia Menor e Egito.
Economia e sociedade gregas
A introdução da metalurgia do bronze e do ferro, o desenvolvimento do artesanato e a intensificação do
comércio aumentam a produtividade entre os séculos VI e IV a.C. Esses fatores, associados às migrações e às
guerras, modificam as antigas relações sociais, baseadas em clãs. Os habitantes passam a agrupar-se
principalmente nas póleis.
O trabalho na agricultura e nas demais atividades manuais fica a cargo de escravos (em geral presas de
guerra) e parceiros semilivres. As terras comunais ou gentílicas passam à propriedade de uma classe de
proprietários territoriais, a nobreza. O desenvolvimento do comércio faz surgir uma classe de comerciantes e
artesãos ricos.
Esparta
É fundada em 900 a.C., não como pólis, mas como a fusão de quatro povoamentos rurais dórios no vale do
rio Eurotas. A partir de 740 a.C., Esparta conquista Messênia e se expande para o norte da península. Em 706
a.C. funda a colônia de Tarento, na península Itálica, e começa a disputa com Argos pelo predomínio do
Peloponeso.
Em 660 a.C. os messênios rebelam-se, mas voltam a ser submetidos depois de 20 anos de guerra. Nessa
guerra, Esparta adota uma nova formação militar, a falange dos hoplitas, armados de lança e espada e
protegidos por escudo e couraça, e se transforma em um Estado militar.
O Estado espartano é dirigido por dois reis (diarquia), com apoio e controle dos nobres organizados num
conselho de anciãos (Gerúsia) e num conselho de cidadãos (Éforos). Os espartanos são educados pelo Estado
e formados para a guerra.
A economia depende do trabalho dos camponeses (os hilotas), carentes de qualquer direito, e dos
habitantes (periecos) das cidades dominadas, obrigadas a fornecer contingentes militares a Esparta.
Atenas
Pólis originada da fortaleza (Acrópole) fundada por volta de 1.400 a.C. pelos jônios. Desenvolve-se no
comércio marítimo e na fundação de colônias na península Itálica e Mediterrâneo ocidental, Ásia Menor e
costa do mar Negro. A sociedade é formada por cidadãos (possuidores de direitos políticos), metecos
(estrangeiros) e escravos (maioria da população).
Legisladores atenienses
Os mais conhecidos são Drácon, Sólon, Psístrato e Clístenes, que procuram abrandar os conflitos sociais que
explodem a partir de 700 a.C. decorrentes do endividamento dos camponeses, pressão demográfica,
ascensão dos comerciantes e arbitrariedades da nobreza.
Drácon
Em 624 a.C. publica leis para impedir que os nobres interpretem as leis segundo seus interesses. Mesmo
assim, a legislação é considerada severa, daí a expressão draconiana, mas é o primeiro passo para diminuir
os privilégios da aristocracia.
Sólon
Em 594 a.C. Sólon anistia as dívidas dos camponeses e impõe limites à extensão das propriedades agrárias,
diminui os poderes da nobreza, reestrutura as instituições políticas, dá direito de voto aos trabalhadores
livres sem bens e codifica o direito.
Pisístrato
As desordens e a instabilidade política resultantes das reformas de Sólon levam à tirania de Pisístrato, em
560 a.C., que impõe e amplia as reformas de Sólon, realizando uma reforma agrária em benefício dos
camponeses. As lutas entre aristocratas e trabalhadores livres conduzem a novas reformas, entre 507 e 507
a.C.
Clístenes
É considerado o fundador da democracia ateniense. Introduz reformas democráticas baseadas na isonomia,
o princípio pelo qual todos os cidadãos têm os mesmos direitos, independentemente da situação econômica
e do clã ao qual estejam filiados. Divide a população ateniense em dez tribos, misturando homens de
diferentes origens e condições.
Introduz a execução dos condenados à morte com ingestão de cicuta (veneno) e a pena do ostracismo
(cassação de direitos políticos daqueles que ameaçassem a democracia). A partir de suas reformas, Atenas
converte-se na maior potência econômica da Grécia entre 490 e 470 a.C.
Artes e ciências gregas
Os gregos desenvolvem a dramaturgia (Sófocles, Ésquilo, Eurípedes, Aristófanes), a poesia épica e lírica
(Homero, Anacreonte, Píndaro, Safo), a História (Heródoto, Tucídides, Xenofonte), as artes plásticas (Fídias)
e a arquitetura (Ictinas e Calícrates).
Dedicam-se ao estudo da natureza e do homem pela filosofia (Aristóteles, Platão, Heráclito, Epicuro),
astronomia (Erastótenes, Aristarco, Hiparco), física, química, mecânica, matemática e geometria (Euclides,
Tales de Mileto, Pitágoras, Arquimedes).
Mitologia e religião gregas
A mitologia é particularmente rica ao registrar toda a diversidade da religiosidade e da vida econômica e
social da Antigüidade e dos períodos anteriores à civilização grega. Na religião politeísta, praticada pela
aristocracia e difundida por Homero, os deuses Zeus, Hera, Deméter, Poseidon, Hefestos, Ares, Apolo,
Artêmis, Hermes e Atena moram no Olimpo e estão relacionados aos elementos naturais e humanos.
Organização política grega
A princípio, as póleis assimilam a forma monárquica de governo dos povos submetidos. Em diferentes
momentos, os nobres destronam os reis e estabelecem governos oligárquicos ou ditatoriais. Nobres,
artesãos, comerciantes e camponeses lutam entre si para fazer predominar seus interesses. A presença de
numerosa população escrava estrangeira traz a ameaça constante de rebeliões.
O processo de luta entre essas classes desemboca na democracia. São concedidos direitos civis aos estratos
livres da população, independentemente da classe social a que pertençam. Os escravos, não sendo parte do
povo, são mantidos alijados desses direitos. As diversas póleis gregas, com diferentes formas de governo,
travam guerras entre si pelo predomínio de seu sistema político.
Democracia grega
Forma de governo adotada por várias póleis, baseada nos princípios da soberania popular e na distribuição
eqüitativa do poder político.
Os diversos estratos da população têm os mesmos direitos civis e políticos e participam do controle das
autoridades. A forma democrática de governo criada pelos gregos é única durante a Antigüidade e só é
retomada na Idade Moderna.
Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br
Antiguidade Ocidental
A Antiguidade Ocidental se refere a civilização greco-romana.
Inicialmente, vamos estudar a Grécia. seu território é muito montanhoso, seu litoral é bastante recortado e
com muitas ilhas. A grécia tem uma parte continental, a parte peninsular e a parte insular. Este fator
territorial é que foi o responsável pela grécia não ter sido um país unificado, mas, dividido em várias cidades-
estados independentes .
Sua História se divide em 4 períodos, que seguem:
PERÍODO MICÊNICO ( séculos XV a VIII a.C.)
É marcado pela chegada e estabelecimento no mundo grego de quatro povos, em sucessivas invasões:
aqueus, jônios, eólios e dórios.
Também é conhecido como PERÍODO HOMÉRICO, pois grande parte do que sabe deste período foi escrito
por Homéro, nos poemas A ILÍADA, que conta a Guerra de Tróia; e A ODISSÉIA, que narra o regresso de
Odisseu para sua casa.
A sociedade grega, desta época, tinha por base a “grande família” ou “clã”,e havia pouca diferenciação entre
as classes. no final do período, o crescimento demográfico e a falta de terras férteis provocaram uma crise
cuja conseqüência foi a desagregação das comunidades baseadas no parentesco. As terras coletivas foram
divididas desigualmente, dando origem a propriedade privada e a uma maior diferenciação entre as classes
sociais.
PERÍODO ARCAICO (séculos VIII a VI a.C.)
É a época da expansão e colonização grega de outras terras, além do desenvolvimento de suas cidades-
estados como Tebas, Atenas, Esparta, Corinto e outras.
PERÍODO CLÁSSICO (séculos V e IV a.C.)
É o auge da civilização grega. Período de prosperidade econômica e cultural. Esparta e Atenas se tornam as
duas cidades mais importantes da Grécia.
Esparta fundada pelos dórios, era um estado militar, onde o poder estava nas mãos da aristocracia formada
pelos grandes donos de terras. Sua preocupação maior era a doutrinação da juventude, através duros
métodos educacionais.
Atenas, ao contrário, fundada pelos jônios, era uma democracia, onde todos os cidadãos podiam votar e
assim participar d governo da cidade. Neste período ocorreu a guerra contra os persas, que foram chamadas
de GUERRAS MÉDICAS, em que os gregos saíram vitoeiosos.
Desta guerra saiu fortalecida a cidade de Atenas, que passou a exercer grande influência sobre as demais
cidades gregas. Muitas cidades, no entanto, se revoltaram contra esse domínio, destacando-se Esparta, que
as liderou contra Atenas, na famosa GUERRA DO PELOPONESO.
PERÍODO HELENÍSTICO (séculos III a I a.C.)
É marcado pela decadência da civilização grega, Felipe da Macedônia domina a Grécia, incorporam parte da
cultura grega. Após sua morte , seu filho Alexandre o Grande, assume seu lugar e expande o Império
Macedônico para o Oriente.
Ao expandir o império, Alexandre também expandiu a cultura grega entre os povos do Oriente e recebeu
deles a influência de sua cultura. Este processo de interação surgiu a cultura helenística. Depois de sua
morte, em 323 a.C., seu vasto império é partilhado entre seus generais (Seleuco, Ptolomeu e Antígono).
GOVERNO
Já que a Grécia é dividida em cidades-estados independentes, seu governo é descentralizado.
Os gregos experimentaram as seguintes formas de governo:
Monarquia, o rei governa sozinho ou com um conselho de nobres
Aristocracia, os nobres assumiram o poder dos reis
Oligarquia, governo de poucos, geralmente dos que eram donos de terras
Tirania, governo de um homem que assumia o poder através da força
Democracia, o poder emana do povo, todos os cidadãos homens tomavam parte na elaboração das leis.
RELIGIÃO
Os gregos eram politeístas, eles acreditavam em vários deuses, que tinham aspectos e formas humanas
(Antropomorfismo). Sua religião se expressava através da Mitologia, com narrativas e lendas a respeito dos
seus deuses.
Os deuses gregos influenciavam a vida das pessoas e estavam por toda a parte: no céu, no mar ou sobre a
terra. Entre os deuses e os homens haviam os Heróis, homens extraordinários, verdadeiros semi-deuses,
pois haviam nascidos da união de um deus com uma mortal ou vice-versa.
Nome do deus Atribuições
ZEUS
Pai dos deuses; deus do céu. Era namorador compulsivo. Era o mais poderoso de todos. Tinha o raio como
arma.
HERA
Mãe dos deuses; protetora das mães e das esposas. Esposa ciumenta de Zeus, esforçou-se para punir as
amantes de seu marido.
ARES
Deus da guerra. Foi amante de Afrodite.
AFRODITE
Deusa do amor e da beleza. Mesmo casada com Hefestos, o traiu com Ares.
DEMETER
Deusa da terra, da fertilidade, da vegetação e das colheitas.
ÁRTEMIS
Deusa da caça.
APOLO
Deus da luz e das artes. Era tido como o mais bonito dos deuses.
HERMES
Mensageiro dos deuses, deus das estradas. Protetor dos comerciantes, viajantes e ladrões. Era o garoto de
recados do Olimpo.
HEFESTO
Deus do fogo. Protetor dos ferreiros e oleiros. Era feio, manco, gago e corno. Casado com Afrodite, recebeu
de Ares um chapéu de touro. Talvez seja daí que surgiu aquela música:”Lá vai ele, com a cabeça enfeitada”.
HÉSTIA
Deusa do fogo doméstico, dos lares. Protetora da família e das cidades.
ATENA
Deusa da sabedoria. Seu símbolo é uma coruja.
POSSÊIDON
Deus dos mares. Segurava um tridente e o estado das ondas do mar dependia de seu humor.
Outros deuses:
EROS, era o deus do amor. Divertia-se flechando os mortais. Suas vítimas ficavam perdidamente
apaixonadas; DIONÍSIO, deus do vinho, do transe alcoólico e do teatro. Preferia se divertir em orgias na Terra
a ficar no Olimpo. HADES, irmão de Zeus, governava o mundo subterrâneo, o mundo dos mortos.
ECONOMIA
O solo grego era muito acidentado e pouco favorável à agricultura. Apesar disso, a agricultura, impulsionada
pelo trabalho escravo, foi a principal fonte de recursos econômicos. O litoral recortado e repleto de ilhas,
desde cedo empurrou os gregos para o mar, dando impulso ao COMÉRCIO MARÍTIMO.
O artesanato teve uma importância relativa. Em Esparta não era muito valorizado, mas em Atenas teve
bastante importância com a produção de vidros, cerâmicas, móveis, tecidos e armas.
CULTURA
Nos mais diversos setores do saber humano, os gregos deixaram sua herança cultural que constitui a base
fundamental sobre a qual se ergueu a civilização ocidental.
No setor artístico se destacaram na escultura; na arquitetura; no teatro.
No setor científico tiveram destaque na medicina; na matemática e na história.
No campo da filosofia, os gregos deixaram grandes contribuições, como a crença na razão humana e na sua
capacidade para explicar os fenômenos do mundo. Entre os grandes filósofos podemos destacar: Sócrates,
Platão e Aristóteles.
A PÓLIS
A pólis grega era a cidade-estado onde os gregos viviam. Eram cidades independentes uma das outras. Estas
cidades-estados surgiram do desejo de proteção dos camponeses. Eles, para se protegerem dos ataques dos
inimigos, passaram a construir uma fortaleza numa colina central do vale.
Quando o inimigo atacava, buscavam refúgio com os animais dentro das muralhas da fortaleza. Com o
passar do tempo as populações foram abandonando as aldeias, instalando-se perto das muralhas. Surgindo
assim a pólis, cidade-estado grega. Cada uma tinha as suas leis, seu governo, sua própria moeda.
Os gregos conceberam a cidade-estado (pólis) como uma comunidade, isto é, uma organização cujos
assuntos eram de interesse coletivo. Qualquer grego conhecia a pólis, pois ela estava ali, diante dos seus
olhos.
As principais construções públicas existentes nas cidades gregas eram as seguintes:
– O odéon, consagrado aos exercícios da música
– As palestras, lugar onde se praticavam os exercícios corporais
– Os teatros, onde se apresentavam as obras dramáticas
– Os ginásios, onde os filósofos davam lições ao ar livre
– Os estádios, onde se realizavam as corridas a pé
– Os templos, onde os gregos realizavam seus cultos religiosos.
OS HERÓIS
Os heróis gregos não eram deuses ou simples mortais. Frutos de rápidos casos amorosos entre os deuses do
Olimpo e os homens ou mulheres que habitavam a Terra, eles nasciam com sangue misturado, metade
humano e metade divino.Tinham, portanto, uma condição intermediária.
Os gregos acreditavam que eles existiram numa época heróica, anterior a que eles viviam, e lutavam contra
monstros fantásticos. Enquanto os super-heróis atuais têm poderes especiais, os mitológicos usavam a clava,
o escudo e o arco e a flecha para guerrear. Seus diferenciais eram a inteligência, a coragem e a força.
Filhos de deuses ou deusas com humanos, eles viviam lutando e realizando proezas heróicas.
Os HERÓIS e suas PROEZAS:
HÉRACLES ou HÉRCULES para os romanos – o mais forte e popular dos heróis. Filho de Zeus com a
camponesa Alquimena, tinha na força a sua principal característica. Realizou os doze trabalhos. Depois de
matar o leão de Neméia, vestiu o couro do bicho. Sua arma preferida era a clava.
ÉDIPO
Conquistou a população de Tebas ao acertar o enigma da esfinge. Depois de se tornar rei, descobre que
casou com a mãe, fura os próprios olhos e, cego, sai caminhando a esmo.
PERSEU
Pediu emprestadas as sandálias aladas de HERMES para chegar ao local onde morava a medusa. Sem poder
olhar diretamente para o monstro, mirou-a no reflexo do escudo.
JASÃO
Comandou a equipe de argonautas que cruzou os mares para conquistar o velo de ouro (pelego de carneiro
místico). Cometeu o erro de casar-se com Medeia, que não perdoou uma traição e matou os dois filhos do
casal.
TESEU
Era o queridinho de Atenas. Entrou no labirinto do Minotauro e matou o animal. Convenceu Hércules a não
se suicidar depois que ele assassinou a própria família.
AQUILES
Filho da deusa TÉTIS com PELEU (rei da região da Ftia). Tinha o corpo fechado, apenas seu calcanhar era
vulnerável. No quesito temperamento agressivo sobrepujava todos demais. Tinha um namorado, Pátroclo. É
o protagonista da ILÍADA.
ODISSEU ou ULISSES
Baixinho, seu forte era a inteligência. Protegido da deusa ATENA. Lutou na GUERRA DE TRÓIA e depois
demorou 10 anos para voltar para casa, pois desafiou o deus Possêidon. A viagem inspirou o poema
ODISSÉIA, de Homero.
Antiguidade Ocidental - Antiguidade Clássica
A Antiguidade Clássica (também Era Clássica ou Período Clássico) é o termo utilizado para caracterizar um
longo período da história cultural centrado no Mar Mediterrâneo, compreendendo a interligação da Grécia
Antiga e a Roma Antiga.
É convencionalmente aceite o seu inicio com o primeiro registo de poesia grega de Homero (século 8-7 AC),
continuando através do aparecimento do Cristianismo e o declìneo do Império Romano (século V da nossa
era). Finalizou com a dissolução da cultura clássica e o fim da Antiguidade Tardia (DC 300-600, iniciando o
Inicio das Idades Médias (DC 500-1000).
Este período da história cobriu várias culturas e períodos.” A Antiguidade Clássica” tipicamente refere-se a
visão idealizada como disse Edgar Allan Poe, “A Glória que foi a Grécia, a Grandeza que foi Roma!”
A civilização dos antigos gregos tem influenciado a língua, política, sistemas educacionais, filosofia, ciência,
arte e arquitetura do mundo moderno, abasteceu a a Renascença na Europa Ocidental e ressurgiu durante
vários movimentos neo-clássicos nos séculos XVIII e XIX.

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