Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Os Estados Militares do Vale do Zambeze
2
Origem e Formação
Estes estados começam a surgir entre 1820 e 1860, quando decide-se criar
bases para uma restauração do poder económico e politico do vale do
Zambeze. Dessa reestruturação e dos escombros dos antigos estados e
chefaturas do vale, originam os estados militar uma versão actualizada
complexa e amplificada dos antigos prazos.
3
Os Estados Militares
4
Principais estados de vale de Zambeze
Estado de Macanga
Estado de Macanga: situado a norte de Tete, fundado por Gonçalo Caetano Pereira. Que
tinha alcunha de (Dombo-Dombo), que significava terror, emigrou de Goa por volta de
1770, comerciou marfim e escravos a norte de Tete, e chegou a controlar um centro
produtor de ouro na mesma área. Teve filhos, igualmente mercadores de escravos e de
marfim. Um dos filhos ajudou o Phiri Undi nos finais do século XVIII a tentar
restabelecer a hegemonia política que perdera no Estado Cheua, enviando-lhe um
exército de A-Chicunda e grandes quantidades de munições, que contribuíram para o
Undi debelar varias rebeliões dinásticas.
A partir de 1840, a dinastia do Caetano Pereira entra em conflito aberto com o Governo
Português em Tete, durante os reinados de Pedro Caetano Pereira, o chamado Choutama,
que veio morrer em 1849 e de Chissaca (1849/1859). Os Caetano Pereira ocuparam uma
área que anteriormente não fazia parte dos prazos.
5
Estado de Massangano
O estado de Maganja da costa: foi fundado em 1862-1898, por irmãos Bonifácio Alves da
silva. Edificaram a sua principal fortalesa em Maganja da Costa e reuniram o seu
respectivo exército Chicunda. O impressionante exercita dos irmãos Alves da Silva eram
composto por ensacas de duzentos e cinquenta homens de cada um, tendo estes à frente
um capitão.
Estado de Makololo
Estado de Makololo: fundado por volta de 1858 no baixo Chire, por carregadores de
Livingstone. Entre 1867 e 1870, um pequeno grupo de Makololos (imigrados com
tradições guerreiras, chegados a região dos Losi como guias e carregadores ao serviço de
David Livingstone) tomou o poder, porque tinha armas, mas sobre tudo porque soube
explorar os caos provocado pelas razias e pelas consequências da seca para recrutar
seguidores entre os Maganja e os refugiados de origem Yao. Foi este o início de
reconstrução social e produtiva que permitiu a reintegração da região no comércio legal.
8
Características gerais dos estados
9
Estrutura Social
Face a estrutura social desses estados era, no fundo, a mesma com a dos antigos Prazos
onde os camponeses das mushas eram forçados a dar com regularidade uma renda em
género diversos como produtos: mel de abelha, cereais, marfim. Este imposto
denominava-se mussoco e constituíam reservatório natural de onde a aristocracia dos
estados militares retirava os escravos para os mercados Brasileiros e Cubanos.
O controlo dos camponeses estava a cargo dos antigos Mambos e Fumos
independentes. Vigiados pelos Chuanga, Cativos que faziam o papel de “inspectores
administrativos e fiscais”. Policiando nomeadamente a entrega do mussoco. As
quantidades que cada musha devia entregar como renda eram controladas pólos nós de
uma corda.
10
Estrutura económica
11
Factores de decadência
13