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1R: Os portugueses ao fazerem a sua expansão não tinham nos planos interesse de administrar
Moçambique, mais sim vinham com interesse de desenvolver o comércio com os chefes dos
impérios ou Estados da África Oriental, região em que Moçambique faz parte, onde foram
atraído pela existência de ouro que era um produto importante para a compra das especiarias do
Oriente, concretamente na Índia.
No início Os portugueses criaram feitorias na costa oriental de África (a partir de 1500), em 1502
a de Moçambique e em 1505 a Fortaleza de Sofala e a feitoria de Quiloa (FRITZ HOPPE, 1970)
para controlarem o comércio. Mas depois viu a necessidade de expandir-se para o interior do
território mas os avanços nem sempre foram pacíficos, pois os indígenas sentiam-se ameaçados
pela supremacia dos portugueses. Para além do ouro procedia-se à extracção de cobre e prata e à
comercialização do marfim; estas trocas comerciais resultariam na criação de uma feitoria na
zona da cidade de Lourenço Marques nos finais do século XVI. Moçambique continuava a
depender administrativamente da Índia (Goa).
Nos primeiros 250 anos da presença portuguesa na África Oriental, os portugueses dependiam de
Goa, onde estava o vice-reinado que governava a talassocracia portuguesa no oceano Índico. Os
governantes portugueses na Ilha de Moçambique se reportavam ao vice-rei e, dessa forma, toda a
correspondência oficial ia para Goa antes de ser mandada para Lisboa. Além disso, como todas
as outras formas de remessa no oceano Índico, as comunicações entre Moçambique e Goa eram
reguladas pelas monções. A Carreira da Índia, como a frota real era denominada, não somente
conectava Moçambique a Portugal e à Índia, mas também a outros postos avançados da
administração portuguesa no mundo índico (BOXER, 1961, p. 95-132; MATOS; THOMAZ,
1998). Um efeito peculiar dessa realidade, ao menos para historiadores, é que havia uma agitação
anual todo mês de agosto, quando a frota portuguesa se preparava para zarpar da Ilha de
Moçambique para Goa, assim a correspondência oficial costuma ter a mesma data em diferentes
cartas. O impacto mais significativo era o desembarque regular da frota portuguesa, o qual podia
dobrar a população da ilha, criando grande tensão nos seus escassos recursos (NEWITT, 2004, p.
17).
Lição nº 5
Auto-avaliação
1. Com base nas actividades tidas ao longo do texto, faça uma síntese sobre esse comércio.
O comércio do ouro
A exploração de ouro iniciou no seculo XI e era feita pelos camponeses e de seguida vendiam o
em feiras.
Com a crescente procura pelo ouro o Estado de Monomotapa controlava as regiões auríferas,
tendo despertado o interesse dos muçulmanos e mais tarde dos portugueses.
Para entrar no território do Imperio os mercadores pediam guia e ao levar o ouro para a costa
pagavam impostos em tecido, de algodão, missangas, colares, e outros adornos.
O comércio do ouro na Africa Oriental envolvia Sofala, Quíloa, Madagáscar, Mombaça e outros
postos. Era condicionado pelas monções; entre Outubro e Março (viagem de Golgo e India para
Africa Oriental), entre Abril e Setembro (regresso a Golfo e India).
Zanzibar produzia goma, tecelagem de cordas e tapetes em fibra de coco e tecelagem de tecido.
Sofala fazia ligação entre o interior e a costa. Para além do ouro, outros produtos
comercializados eram: marfim, perola, carapaças de tartaruga.
Localmente trocava-se sal, alimentos, algodão, bebidas e outros.
Desenvolveu-se a produção de embarcações de grande porte, Zambucos, Pangaios ou
Bangwas e Luzios.
R: As feiras para o comércio do ouro contribuíram para aumentar a concorrência pelo Sofala
pelos mercadores árabes e mais tarde portugueses que buscavam pelo ouro, tendo assim se
tornado num dos maiores e mais importante entreposto comercial na região de Africa Oriental.