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Horácio Mário
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
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Horácio Mário
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 4
1. O Comercio de Ouro em Moçambique séc. XV- XVII .......................................................... 5
1.2. Contextualização ................................................................................................................. 5
1.2.1. Penetração Mercantil Portuguesa ..................................................................................... 5
1.2.2. O comércio do ouro e a penetração portuguesa no Mwenemutapa .................................. 6
1.2.3. O processo de organização nas minas .............................................................................. 7
1.3. Características gerais do comércio do ouro ......................................................................... 8
1.4. Consequências do comércio do ouro ................................................................................... 9
1.5. Decadência do Império de Muenemutapa ........................................................................... 9
Conclusão ................................................................................................................................. 11
Bibliografia ............................................................................................................................... 12
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Introdução
Objectivo geral
Objectivos específicos
Metodologia
O presente estudo utiliza o método empírico e dedutivo, por intermédio de uma abordagem
quantitativa e qualitativa; quanto ao procedimento, é uma pesquisa bibliográfica, mediante a
revisão de estudos e artigos científicos realizados sobre o tema e websites de periódicos
científicos na base da norma APA, visando esclarecer a relevância do tema em estudo O
comércio de ouro em Moçambique.
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1.2. Contextualização
A primeira década do século XVII marcou o início de uma nova era no Estado dos
Muenemutapas. A classe dominante encontrava-se envolvida em profundas contradições.
Gatsi-Lucere, o imperador, sentindo-se militarmente impotente para debelar a revolta
comandada por Mthuzianye, viu-se obrigado a solicitar apoio militar português.
Segundo Serra (2000), O processo de trabalho nas minas era geralmente organizado no
quadro das relações de parentesco e a divisão das tarefas no decorrer do processo produtivo
fazia-se de acordo com esse quadro. Eram sobretudo mulheres e crianças que trabalhavam nas
minas ou, pelo menos cabiam-lhes as tarefas mais duras e perigosas, nomeadamente a de
penetrar nas escuras galerias à procura de ouro.
Não foi o comércio que veio criar a exploração, ele veio antes
se escrever-se nas anteriores relações de produção e exploração
intensificando-as e fazendo desviar o campesionato para uma
produção que não era interior a estrutura social. Essa actividade
produtiva nas minas e nos cursos fluviais, a qual, antes da penetração
portuguesa se fazia nas épocas mortas, fora do plantio e das colheitas
agrícolas, passou a efectuar-se também nos períodos produtivos
agrícolas (Serra, 2000, p,72)
A penetração mercantil portuguesa não agiu unicamente ao nível da classe dominante, mas
igualmente, ao nível do próprio campesionato. O processo de comprometimento do novo
imperador culminou com a assinatura, no mesmo ano (1629), do tratado que transformou o
império num Estado Vassalo de Portugal.
Com esse ouro faziam concorrência aos portugueses não só na costa africana, como no
Índico asiático. Mas os portugueses precisavam dele para a compra das especiarias na Índia,
por isso lutaram para assumir o controlo total do comércio e da produção do ouro e
conseguiram em meados do século XVII. (Barros 1978), explica que o comércio do ouro teve
algumas características gerais que forão:
9. Rivalidades entre Portugal e estados afro-asiáticos como árabes e outros pelo comércio
do ouro;
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Segundo Correa (1858), desde o século XVI, o actual território moçambicano era
conhecido pelas suas actividades de mineração principalmente de ouro (branco e amarelo).
Com o decorrer do tempo a mineração do ouro iria diminuir reunindo desta forma as seguintes
consequências deste comércio:
1. Fuga das comunidades nas áreas onde a actividade mineira era muito intensa;
Olhando para estas consequências o comércio do ouro trouxe instabilidade nos estados
moçambicanos porque com a penetração portuguesa eles criaram instabilidade com estados,
com objectivo te tomar o controlo das minas de ouro
Segundo Serra (2000), a decadência do Estado de Muenemutapa iniciou por volta de 1480,
após a morte de Matope devido a vários factores dos quais se destacam:
3. As lutas pela independência dos Mambos sobre influencia dos árabes favoráveis a tais
independências uma vez que eles obteriam vantagens no comercio do ouro com o
território do império;
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Conclusão
A fixação dos portugueses em Moçambique iniciou no século XVI com a ocupação de Sofala
em 1505 e da Ilha de Moçambique em 1507. Em 1530 os portugueses construíram feitorias
em Tete e Sena (1530) e fixaram-se em Quelimane em 1544. Numa primeira fase as
autoridades locais detinham total domínio e os estrangeiros eram obrigados a pagar tributos
(curva e empata) e a observar o ritual (descalçar, tirar o chapéu, estar desarmado e bater
palmas para entrar na corte) em sinal de respeito ao soberano. Em 1607, e em troca de apoio
militar para fazer face às revoltas internas, o mambo Gatsi Lucere cedeu terras aos
portugueses, abrindo uma fase de aliança entre os shona e os portugueses. Em 1627, após a
morte de Gatsi Lucere, subiu ao trono Caprazine, que era contra os portugueses, este tentou
retirar os privilégios destes.
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Bibliografia
Bocarro, A. (2002). O caminho das índias e a fixação das feitorias portuguesas, Lisboa