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LICENCIATURA EM DIREITO
1°ano - Laboral
O Estado de Muenemutapa
Docentes:
Discente:
Localização: Entre os rios Mazoé e Luía (actual província de Tete). Entretanto, o Estado de
Muenemutapa estendia-se a norte do Rio Zambeze, a sul do rio Limpopo e do Oceano índico,
a Este, ao Deserto de Kalahari (Namíbia), a Oeste. Foi fundada entre 1440 a 1450 por Mutota
mais tarde pelo seu filho matope.
Os chefes desses Estados designados por Fumos pagavam tributos ao Mwenemutapa reinante e
eram investidos pelo Mambo quando subiam ao trono. Em 1450, Matope sucedeu ao seu pai
Mutota.
De salientar que, os Muenemutapas dominaram a sul do Zambeze até finais do século XVII,
perdendo depois a sua posição a favor da dinastia dos Changamire. Contudo, o Estado de
Muenemutapa sobreviveu no vale do Zambeze e no sudoeste de Tete ao começo do século XX.
Os médiuns, cujo nome correcto é Swikiro, estavam estreitamente associados ao poder político
e especialmente às sucessões. Constituíam o suporte da classe dominante. Os Médiuns ou
Swikiros eram também denominados Pondoros ou Mhondoros.
Processo de sucessão
Com a morte do mambo e até à eleição do novo Mambo, o poder era exercido por uma figura
que usava o nome de Nevinga. Este era morto logo após a eleição do novo soberano.
Na comunidade karanga-shona, o Estado era personificado pela pessoa do Mambo, que devia
desligar-se da sua origem, tornando-se assim no representante supremo de todas as comunidades.
Para o efeito, no acto da sua entronização, comete o incesto com uma parente próxima, violando
desse modo o princípio mais sagrado da linhagem. Nesta lógica, a principal mulher do Mambo
era a sua própria irmã.
Termos das relações tributárias
Curva – termo das relações tributárias entre portugueses e o Muenemutapa, onde cada mercador
devia pagar diariamente uma curva (tributo) às autoridades locais para circular no território de
Mwenemutapa. Os produtos constituintes da curva eram: bens de prestígio, regra geral panos e
missangas.
Empata – termo das relações tributárias entre o Muenemutapa e os portugueses, caso esses
últimos não pagassem a curva, as autoridades locais tinham o direito a empata que é o confisco
dos bens dos comerciantes estrangeiros, o que, em última instância, garantia a preservação da
autoridade.
Referências bibliográficas:
CASTO, A.M.C.O caso do Muenemutapa;Março de 1977.
DEPARTAMENTO DE HISTORIA. História de Moçambique vol.I ;primeiras sociedades
secundarias e o impacto dos mercadores(200/300-1886).1 ed.Tempo, Março 1982.