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Faculdade de Direito
2º ano - Laboral
Docentes:
Discente:
1. Critério do interesse
Esse critério tem como foco a natureza do interesse que a norma visa proteger, se
é de natureza pública ou privada. Assim, o direito público visaria à satisfação de
interesses públicos e o direito privado à satisfação de interesses particulares.
Como defensores pode-se achar os profs. Marcello Caetano e Freitas do amaral
que, parafraseando-lhes, "para nós, uma norma é de direito público quando
directamente protege interesse público ( considerando interesses públicos os que
1
FERNANDES, Luís A. Carvalho. Teoria geral do direito civil. 5ª ed. Lisboa:
Universidade Católica Editora. 2009. Vol. I. Pp. 22
respeitam a existência, conservação e desenvolvimento da sociedade política) e só
indirectamente interesses privados." 2
2
Apud. MENDES,
J. De Castro. Introdução ao estudo do Direito. Lisboa: 1994. Pp. 178
3
ASCENSÃO, J. De Oliveira. O direito, Introdução e Teoria geral. 7ª ed. Coimbra:
Livraria Almedina. Pp. 320
4
MENDES, J. De Castro. Op. cit. Pp. 179
5
Idem
parafraseando este último "É o predomínio e a imediatidade do interesse que nos
permite caracterizar a "publicidade" da relação."6
Segundo este critério seria público o direito que regulasse situações em que
interviesse o Estado ou qualquer outra entidade pública; e privado o direito que
regulasse as situações dos particulares.
Marcelo Rebelo de sousa afasta este critério de divisão, para o autor "não é a
qualidade pública dos sujeitos que afecta a natureza privada das situações
jurídicas constituídas. O critério não esclarece e é, por isso, de afastar". 8
6
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 25ª ed. 2001. Pp. 320
7
ASCENSÃO, J. DE Oliveira. Op. Cit. Pp. 320
Para Oliveira Ascenção este critério também é inaceitável, pois o Estado e outros
entes públicos podem actuar, e amiúde actuam, nos mesmo termos que qualquer
outra pessoa e utilizando as mesmas armas que os particulares.
O direito público seria o que constitui e organiza o Estado e outros entes públicos
e regula a sua actividade como entes dotados de ius imperii; e direito privado
regula as situações em que os sujeitos estão em posição de paridade. Para este
critério não basta a qualidade de ente público para se tratar de uma relação
jurídica do direito público, como pretende o critério da qualidade dos sujeitos, há
que estar munido de ius imperii, o poder de autoridade que lhe permite sobrepor
a sua vontade à contraparte. Este é o critério que mais tem se aceitado pela
doutrina.
O Direito civil, que disciplina, em regra, toda a actividade dos particulares, é tão
vasto e complexo quanto esta mesma actividade. Daí resulta a necessidade,
sobretudo para efeitos de estudo, da sua divisão em sub-ramos.
8
SOUSA, M. Rebelo, GALVÃO, Sofia. Introdução ao estudo do direito. 5ª ed. Lisboa.
2000. Pp. 221
O autor mais remoto foi o jurista alemão GUSTAV HUGO numa obra publicada em
1789 que dividia o direito cilvil em cinco partes: Direitos reais, Direito das
obrigações, direito da framília, direito hereditário e processo.
Com a supressão do processo defendida por FRIEDRICH CARL VON SAVIGNY que,
segundo Frederico de Castro "a autoridade europeia de savigny gfaz que esta
obra alcance aceitação geral"9 sobretudo também por ter sido perfilhada por
outro grande jurisconsulto alemão do século XIX, BERNARD WINDCHEID.
- Direito da Família; e
9
Apud. MENDES, J. De Castro. Pp. 187
Regula as situações pelas quais uma pessoa está vinculada a realizar em benefício
de outra uma prestção. Estuda-se aqui matérias como responsabilidade civil, pois
a responsabilidade é fonte das obrigações, enquanto acarreta o dever de
indemnizar prejuízos. O sujeito activo, o credor, tem um direito de crédito: o
sujeito passivo, o devedor, tem a correspondente obrigação. A denominação
deste ramo acentua mais o aspecto passivo, e por isso se fala em direito das
obrigações.
Direito da coisas
É o sub-ramo que regula a atribuição das coisas de tal modo que um sujeito fica
com um direito oponível a terceiros que lhe outorga a possibilidade de tirar
vantagem da coisa. O direito real prototípico é a propriedade. são também
direitos reais as garantias reais das obrigações, como a hipoteca, que todavia se
estudam muitas vezes no direito das obrigaçoes por serem acessórios destas.
Apesar, são realidades distintas, os direitos reais têm carácter mais estático (são
formas de atribuição de bens) enquanto as obrigações tem carácter mais
dinámico (estão mais ligadas a transferência de bens).
Direito da família
Referências bibliográficas: