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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de

Propriedade Intelectual
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Disciplina

Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual
PI – AULAS 2 e 3
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Aula 2 e 3
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2. Introdução e Evolução Histórica da


Propriedade Intelectual

3. Acordos Internacionais e Marcos


Regulatórios de PI no Brasil
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Plano de Aula 2
Objetivo
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Introduzir a evolução histórica da propriedade intelectual (PI) e suas


leis.
Competências
Conhecimento de noções básicas sobre tópicos de PI e sua evolução
histórica.
Habilidades
• Aplicar o conhecimento da evolução histórica da PI para melhor
entendimento dos acordos, leis e regulamentações.
• Compreender a importância da PI como ativo intangível.
• Distinguir diferentes tipos de ativos de PI.
• Relacionar as principais leis e regulamentações referentes à PI.
Conteúdo programático
• Conceitos e definições de PI
• Direitos e importância da PI
• Validade da Propriedade Intelectual e do Direito Autoral
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• Histórico da Propriedade Intelectual


• Leis, decretos e regulamentações.
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Propriedade Intelectual

Plano da Aula 3
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Objetivos
Com base nos principais acordos internacionais de propriedade intelectual, a
aula visa formar entendimento e massa crítica sobre o atual regime de
apropriação do conhecimento no país e sua institucionalização setorial nas
Leis, Políticas e Instrumentos de suporte ao Sistema Nacional de Ciência,
Tecnologia e Inovação. Mais especificamente, objetiva explanar como os
aspectos políticos, técnicos e econômicos destes acordos internacionais
estão refletidos no país e interferem em sua capacidade de produzir e
proteger conhecimentos.
Competências
Conhecimento dos principais acordos internacionais de PI. Análise
compreensiva e reflexão crítica sobre os instrumentos e regulações
propostas, capacidade de aplicação e associação a instrumentos normativos
e contratuais (em contratos de P&D e transferência de tecnologia).
Habilidades
Utilizar fontes de informação, conceitos, indicadores e bibliografia sobre o
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tema; ter noções do processo legislativo e de métodos de resolução de


controvérsias em PI. 4
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Propriedade Intelectual

Plano da Aula 3
Conteúdo programático:
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Acordos Internacionais e a posição do Brasil nestes Acordos


• Convenção União de Paris (CUP)
• Convenção União de Berna (CUB)
• Institucionalização e organização da OMPI
• PCT – Acordo de Cooperação em Matéria de Patentes
• Acordo de Madrid
• UPOV - Union Internacionale pour la Protection des Obtentions Végétales
• CDB - Convenção sobre Diversidade Biológica
• TRIPS/OMC
Sistema de Propriedade Intelectual no Brasil
• O INPI e atores que regulamentam e operam a PI
• Revisão do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil
• Lei da Inovação Tecnológica
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• Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação


• Dados e Estatísticas de PI (Nacional x Internacional) 5
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Referências básicas
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BRUCH, Kelly L. Propriedade Intelectual para Engenharia. Disponível em


https://medium.com/@kellybruch/propriedade-intelectual-f3ce2f6f0a95. 2017.
GRAU-KUNTZ, Karin. O que é propriedade Intelectual. In: IP IURISDICTIO. Disponível em
http://ip-iurisdictio.org/o-que-e-propriedade-intelectual/. Agosto/2015.
HESSE, Carla. The Rise of intellectual property, 700 B.C – A.D 2000: an idea in the
balance. Dedalus, Cambridge, 2002. Disponível em
http://www.amacad.org/publication/intellectual-property-700-bc-ad-2000.
MACEDO, M. F. G.; BARBOSA, A. L. F. Patentes, Pesquisa & Desenvolvimento: um
manual de propriedade industrial. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000.
MALAVOTA, Leandro Miranda. Patentes, marcas e transferência de tecnologia durante o
regime militar: um estudo sobre a atuação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial
(1970- 1984). Rio de Janeiro, 2006. (Dissertação de Mestrado/UFRJ).
WIPO. Intellectual Property Handbook. Disponível em: http://www.wipo.int/about-ip/en.
http://www.wipo.int/edocs/pubdocs/en/intproperty/489/wipo_pub_489.pdf Acesso em:
09/01/2017.
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Referências complementares
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ARAUJO, E. F.; BARBOSA, C. M.; QUEIROGA, E. S.; ALVES, F. F. Propriedade


Intelectual: proteção e gestão estratégica do conhecimento. R. Bras. Zootec., v.39, p.1-
10, 2010.

BARBOSA, Denis Borges. Uma Introdução à Propriedade Intelectual. 2.ed.


Rio de Janeiro: Ed. Lumen Juris: 2010.

BOFF, S. O. PIMENTEL, L. O. Propriedade do Conhecimento Científico e


Tecnológico. Tradução da conferência apresentada no Congresso Hacia um Instrumento
Regional Interamericano sobre La bioetica: Experiencias e Expectativas, na Universidade
Nacional Autônoma do México, Cidade do México, em 06.09.2007.

PEIXOTO NETO, Pedro Accioly de Sá. O Direito fundamental à Propriedade Intelectual:


uma análise à luz do princípio do desenvolvimento tecnológico e econômico. Revista
Eletrônica Direito e Política, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência
Jurídica da UNIVALI, Itajaí, v.8, n.2, 2º quadrimestre de 2013.

Machlup, F., & Penrose, E. (1950). The Patent Controversy in the Nineteenth
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Century. The Journal of Economic History, 10(1), 1-29. doi:10.1017/S0022050700055893.


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Referências complementares

SCUDELER, M. A. OLIVEIRA, M. C. S. C. de. A Contribuição do Sistema de


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Patentes para o Desenvolvimento Econômico e Tecnológico: uma análise


sumária do perfil inovativo do país a partir dos depósitos de patente perante o
INPI. Disponível em:
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=1294afe6156ef3b5.
YAMAMURA, S. et al. Propriedade intelectual em tratados
internacionais: controvérsias e reflexos sobre políticas nacionais de
CT&I. Disponível em
http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/27787-27797-1-
PB.pdf. Acesso em 25 de janeiro de 2019.
ZUCOLOTO, G. Propriedade Intelectual em Debate. In: ConferênciaI
Internacional LALICS 2013 “Sistemas nacionais de inovação e políticas de CTI
para um desenvolvimento inclusivo e sustentável”, Rio de Janeiro, 2013.
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INTRODUÇÃO:

Conhecimento e Propriedade Intelectual na história


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(Baseado em Hesse, 2002)


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Apropriação do conhecimento
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Uma rápida passagem pelas grandes


civilizações da história da humanidade revela
uma ausência completa de qualquer noção
sobre apropriação do conhecimento ou suas
expressões.
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Mundo Grego Antigo


- O que o poeta fala são palavras dos deuses, não são suas próprias criações
- O conhecimento e a habilidade de o revelar à humanidade era tido como uma dádiva que as
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musas ofereciam ao poeta


Civilização Chinesa - Confucionismo
- “Eu transmito ao invés de criar; Eu acredito e amo os antigos”
- A sabedoria vem do passado e a tarefa do sábio é desenterrá-la, preservá-la e transmiti-la

O Mundo Islâmico
- Todo o conhecimento é tido como vindo do Deus
- O Alcorão é o grande livro do qual emana todos os outros conhecimentos

O Mundo Judáico-Cristão
- Moisés recebeu a lei de Javé e a transmitiu livremente para o povo escolhido para ouvi-la
- O Novo Testamento santifica a ideia do conhecimento como um dádiva de Deus numa das
passagens do apóstolo Mateus (10:8)
“De graça recebestes; de graça dai”.
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- Esta passagem foi interpretada pelos teólogos medievais como “o conhecimento é uma dádiva
de Deus, conseqüentemente não pode ser vendido”
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Apesar desta tradição...

Na prática, tudo foi diferente e o


conhecimento e sua transmissão sempre
foram muito valorizados...das formas mais
perversas.
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Código de Hamurábi, 1750 a.C.


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O mais antigo conjunto de leis já encontrado em


escavações arqueológicas e que se refere à antiga
Mesopotâmia

Lei No. 188:


“Se um artesão tiver adotado uma criança e
lhe tiver ensinado o seu ofício, ela não pode
ser tomada de volta.”

Lei No. 189:


“Se ele não lhe tiver ensinado o seu ofício,
esse filho adotado pode voltar à casa do pai.”
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Código de Justiniano Imperador Bizantino (séc. V)

Sobre os fabricantes
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3. Dos Imperadores Arcádio e Honório a Ósio, Chefe


dos Ofícios.

“Marcas indeléveis…devem ser


colocadas nos braços dos aprendizes
de ofícios, para que desta maneira
possam ser facilmente reconhecidos,
no caso de tentarem esconder-se, e
para que os que tenham assim sido
marcados, bem como seus filhos,
possam ser identificados sem qualquer
dúvida por sua guilda...”
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Mosaico bizantino (547-548) da Igreja de San Vitale, em Ravena, Itália.


Justiniano, imperador do Império romano do Oriente. Disponível em
“memoriavivadahistoria.blogspot.com.br”.
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Lei veneziana de 1454


“Se um trabalhador levar para outro país qualquer arte ou ofício
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em detrimento da República, receberá ordem de regressar; se


desobedecer, seus parentes mais próximos serão presos, a fim de
que a solidariedade familiar o convença a regressar; se persistir na
desobediência serão tomadas medidas secretas para matá-lo,
onde quer que esteja” (Leo Huberman, A história da riqueza do homem)

Qual era o Espírito da Lei?


Veneza era um centro de excelência na produção de artefatos de vidro. Para evitar
que seus mestres artesãos fossem trabalhar em outros países e por conseguinte
ensinar a arte vidreira de Veneza a estrangeiros, todos os fornos foram
transferidos para a ilha de Murano e os artesãos aprisionados a ela por toda a
vida.

Tais medidas visavam assegurar o segredo da fabricação do vidro veneziano e


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quem divulgasse tal segredo era morto como traidor, e se algum mestre
escapasse, a família era aprisionada.
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Portugal e a expansão marítima no final do século XV


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D. João II “instituiu uma política de que


qualquer conhecimento a respeito de
padrões de vento, correntes ou portos e
quaisquer noções dos costumes locais
adquiridas por marinheiros ou mercadores em
viagens sancionadas pela coroa seriam
segredos comerciais pertencentes ao Estado
português (...) O conhecimento adquirido
nessas viagens era uma vantagem
extremamente valiosa, e os navegadores
eram obrigados a jurar segredo antes de entrar
em serviço”

“Nos anos 1480, João proclamou que a violação do édito real que estabelecia
a proibição de partilhar informações com países ou marinheiros estrangeiros
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acarretaria a punição de tortura por desmembramento, seguida de morte.”


(Stephen R. Brown, 1494)
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Sobre como os portugueses organizaram o processo de colonização do


Brasil
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Cap. IV - O escravo negro na vida sexual e de família do brasileiro


(Do Livro: “Casa, Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre,
Editora Record, 28ª Edição, 1992, p. 308)

“(...) Vieram-lhe da África "donas de casa"


para seus colonos sem mulher branca;
técnicos para as minas; artífices em
ferro; negros entendidos na criação de
gado e na indústria pastoril;
comerciantes de panos e sabão;
mestres, sacerdotes e tiradores de
reza maometanos”
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Propriedade Intelectual

A proteção e apropriação de conhecimento ficaram bem mais


civilizadas com o advento dos Direitos de Propriedade Intelectual
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Um conceito recente na história da humanidade


• Um conceito de propriedade intelectual só veio surgir quando o ser humano
começou a acreditar que o conhecimento resulta do trabalho da mente humana
sobre seus sentidos/sentimentos em relação ao mundo e não de revelações divinas
ou de ‘textos antigos’.

• Ou seja, o ser humano se afirma como produtor de conhecimento e, por ser


o produtor, também seu proprietário.

• Esta é uma história recente cuja consolidação se deu a medida em que todas as
relações sociais, políticas e econômicas foram se transformando através de um
processo de completa mercantilização e monetização das condições de
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sobrevivência.
• Origem teórica: Locke, Adam Smith, David Ricardo: teoria do valor-trabalho
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Disseminação de legislações regulando a forma de apropriação do


conhecimento e estabelecendo os Direitos de Propriedade Intelectual
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•Estatuto dos Monopólios (Inglaterra – 1623)

•Primeira Lei de Patentes dos EUA (“Patent Act” - 1790)

•Lei Nacional relacionada a Patentes – França 1791

•Alvará de 28 de abril de 1809 de Dom João VI (Brasil


Colônia)
•Convenção da União de Paris (1883) que cria o
sistema internacional de propriedade industrial
•Convenção da União de Berna (1886) para proteção
das obras literárias e artísticas
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O estatuto dos Monopólios de 1624


Bases do Sistema de Patentes
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O Parlamento inglês promulgou o Estatuto dos


Monopólios, declarando nulos todos os monopólios
concedidos pela Coroa Inglesa, salvo as patentes por
invenções.
“Todos os monopólios e todas as comissões,
outorgas, licenças, privilégios e cartas patentes
feitos ou outorgados até agora, ou que o sejam
no futuro a qualquer pessoa ou pessoas,
corpos políticos ou societários que sejam, para
exclusividade de compras, vendas,
fabricações, trabalhos ou usos neste Reino ou
quaisquer outros monopólios, sejam de poder,
liberdade ou faculdade… são totalmente
contrários às leis deste Reino, e serão tidos
como nulos e sem efeito e de forma alguma
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deverão ser postos em uso ou executados.


Fonte: http://www.denisbarbosa.addr.com/arquivos/palestras/secXXI.pdf 20
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Legados da Patent Act/USA e Lei de Patentes/França

“Não há direito natural aos bens intelectuais”


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Propriedade Intelectual é uma


criação exclusivamente do Direito Legislado
• “A intervenção do Estado é “...o direito de exclusiva aos
fundamental na proteção à bens intelectuais é dado “de
Propriedade Intelectual”
acordo com a vontade e
• “Deixado à liberdade do
mercado, o investimento na conveniência da sociedade,
criação do bem intelectual seria sem pretensão nem
imediatamente dissipado pela
liberdade de cópia” demanda de quem quer que
• “a criação da Propriedade seja”. É um movimento de
Intelectual é - completa e política, e política econômica
exclusivamente - uma
elaboração da lei, que não mais do que tudo, e não um
resulta de qualquer direito reconhecimento de um
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imanente, anterior a tal


legislação”
estatuto fundamental do
Fonte: http://nbb.com.br/pub/propriedade13.pdf homem...” 21
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Evolução do conceito de Propriedade


Intelectual
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Leitura recomendada Malavota, (2006: Cap. 2); Bruch (2017) e


Grau-Kuntz (2015) 22
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA
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- Bordeux – França
1236 - Bonafusus de Sancta Columbia e Companhia
1ª. Proteção industrial - Privilégio exclusivo para tecer e tingir tecidos de lã
(15 anos).

- República da Veneza
1416 - Francisco Petri
1ª. Concessão de - Construir moinhos - uso da força da água
direitos sobre
invenção
 Concedidas inicialmente aos fabricantes de vidros e espelhos da ilha de Murano,
nos arredores de Veneza, estabelecendo como princípios básicos:
 novidade;
 aplicação industrial;
 exclusividade;
 salvaguarda dos interesses do Estado;
 licença de exploração;
 sanção a terceiros que utilizassem a invenção sem autorização do titular
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O documento que assegurava o privilégio, incorporava a


descrição do invento
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA
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1623
Parlamento Inglês
criou a concessão
de cartas patentes
Estatuto dos
Monopólios

1788
Constituição Americana
Promover o progresso
das ciências e das artes

1790
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Lei de Patentes,
Patent Act - USA
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1791
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Lei de Patentes,
França

1809
Alvará D. João VI
Estimular investimentos
industriais no Brasil
colônia

1873
Viena - 1º.
Encontro
internacional para
estabelecer
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parâmetros
comuns para PI
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1883 196 países


Convenção da União de Paris (CUP)
signatários
1º. Acordo internacional para
harmonizar os sistemas jurídicos

- Estabeleceu os requisitos mínimos.


- Assinado originalmente por: Bélgica, Brasil, Espanha, El
Salvador, França, Guatemala, Itália, Holanda, Portugal, Sérvia e
Suíça.

Revisões:
Bruxelas (1900), Washington (1911), Haia (1925), Londres
(1934), Lisboa (1958), Estocolmo (1967)
PI – AULAS 2 e 3

https://www.google.com.br/search?q=conven%C3%A7%C3%A3o+de+paris+1883&client=firefox-
b&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjW9OCqr7vRAhVFGZAKHRDPDGkQ_AUICigD&biw=1138&bih=528#imgrc=hXtCf3waYEf
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CONVENÇÃO DA UNIÃO DE PARIS (CUP) - 1883


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• Revolução industrial e a ampliação do comércio internacional

• Motivada pela necessidade de conferir aos inventores uma


ferramenta de proteção internacional que os permitisse garantir a
prioridade de suas criações em outros países.

• Os inventores até então evitavam divulgar suas invenções nas


feiras internacionais do século XIX, temendo que, na ausência de
uma norma internacional que os assegurasse a possibilidade de
proteção de seu invento em outros países com base na
apresentação realizada, suas criações fossem surrupiadas e
depositadas por terceiros no estrangeiro.
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CONVENÇÃO DA UNIÃO DE PARIS (CUP)


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•É o primeiro acordo internacional relativo à Propriedade Intelectual,


assinado em 1883 em Paris, para a Proteção da Propriedade Industrial,
tendo o Brasil como um dos 14 signatários originais.

•A Convenção não tenta uniformizar as leis nacionais, prevê ampla


liberdade legislativa para cada País, exigindo apenas paridade: o
tratamento dado ao nacional beneficiará também o estrangeiro (princípio
do tratamento nacional)

• Várias foram as modificações introduzidas no texto de 1883 através


de revisões: Bruxelas (1900), Washington (1911), Haia (1925), Londres
(1934), Lisboa (1958) e Estocolmo (1967).

•O Brasil aderiu a essa Convenção União de Paris, por meio do Decreto


PI – AULAS 2 e 3

n° 4.541 de 1922, e aprovou o texto atual através do Decreto n° 75.699,


de 6 de maio de 1975 e do Decreto nº 1.263, de 10 de outubro de 1994.
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PRINCÍPIOS BASILARES DA CUP

•Tratamento Nacional - os domiciliados ou os que possuem


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estabelecimentos industriais ou comerciais efetivos no território de um


dos países membros da Convenção, são equiparados aos nacionais
do país onde foi requerida a patente, o desenho industrial ou a marca.
•Prioridade Unionista - o primeiro pedido de patente ou desenho
industrial depositado em um dos países membros serve de base para
depósitos subseqüentes relacionados à mesma matéria, efetuados
pelo mesmo depositante ou seus sucessores legais.
•Interdependência dos Direitos - as patentes concedidas (ou
pedidos depositados) em quaisquer dos países membros da
Convenção, são independentes das patentes concedidas (ou dos
pedidos depositados) correspondentes, em qualquer outro país
signatário ou não da Convenção.
•Territorialidade - a proteção conferida pelo estado através da
PI – AULAS 2 e 3

patente ou do registro do desenho industrial tem validade somente nos


limites territoriais do país que a concede
Fonte: http://www.wipo.int/treaties/en/
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CONVENÇÃO DE BERNA SOBRE DIREITOS AUTORAIS (1886)


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• A produção literária também passou a ser objeto de cópia e cada


país adotava as suas próprias leis para proteção.
• Regulamentar a proteção da propriedade literária, científica e
artística no âmbito internacional.

A Convenção de Berna, adotada em 1886, trata da proteção das


obras e dos direitos de seus autores.
Ele fornece aos criadores, como autores, músicos, poetas, pintores,
etc., os meios para controlar como suas obras são usadas, por
quem e em que termos.
Baseia-se em três princípios básicos e contém uma série de
disposições que determinam a proteção mínima a conceder, bem como
disposições especiais disponíveis para os países em desenvolvimento
que pretendem utilizá-los.
PI – AULAS 2 e 3
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Criação de um Órgão Internacional


• Promover a proteção da propriedade
1967 intelectual no mundo por meio da
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World Intellectual cooperação entre os Estados.


Property Organization • Promover a criação de novos tratados
(WIPO/OMPI) internacionais e modernização das
legislações nacionais.

1974 Em 1974, a OMPI tornou-se agência


WIPO/UM especializada das Nações Unidas para
OMPI/ONU administrar questões relativas à
propriedade intelectual

Convenção que institui a OMPI, assinada em Estocolmo, em 14 de julho de 1967 e alterada


em 28 de setembro de 1979, definiu em seu Artigo 20, § viii
“Direitos relativos às obras literárias, artísticas e científicas, às interpretações e às
emissões de radiodifusão, às invenções em todos os domínios da atividade humana, às
descobertas científicas, aos desenhos e modelos industriais, às marcas industriais,
comerciais e de serviço, bem como às firmas comerciais e denominações comerciais, à
PI – AULAS 2 e 3

proteção contra a concorrência desleal e todos os outros direitos inerentes à atividade


intelectual nos domínios industrial, científico, literário e artístico.”
Fonte: WIPO .Intellectual Property Hankbook. Disponível em: http://www.wipo.int/about-ip/en/
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ACORDOS INTERNACIONAIS
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UPOV - UNION INTERNACIONALE POUR LA PROTECTION DES


OBTENTIONS VÉGÉTALES

- Em 1961, criada a UPOV


(União Internacional para
Proteção das Espécies
Vegetais).
- Atas (Revisões da
Convenção da UPOV
ocorridas nos anos de 1972, Fonte: http://www.upov.int/members/fr/
1978 e 1991).
Acordo multilateral que
- Patentes ou sistema sui
generis determina normas comuns
para o reconhecimento e a
- O Brasil aderiu à UPOV em
PI – AULAS 2 e 3

proteção da propriedade de
abril de 1999, na versão
novas variedades de plantas
modificada de 1978.
obtidas pelos melhoristas.
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ACORDOS INTERNACIONAIS
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PCT - TRATADO DE COOPERAÇÃO DE PATENTES

- Assinado em 1970, em
Washington, com o objetivo de
simplificar o procedimento para
múltiplos depósitos, ou seja, no
caso de uma solicitação para
proteção patentária em vários
países.
-O depósito do pedido de
patente, através do referido
Tratado, é denominado “pedido
internacional de patentes”.
- O Brasil é signatário do PCT
PI – AULAS 2 e 3

desde 9 de Abril de 1978.


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ACORDOS INTERNACIONAIS
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PCT - TRATADO DE COOPERAÇÃO DE PATENTES

• O Tratado de Cooperação em matéria de Patentes (PCT) auxilia


os requerentes na proteção internacional das suas invenções,
• ajuda os organismos de patentes na concessão de patentes e
• facilita o acesso do público a uma grande quantidade de
informações técnicas relacionadas com essas invenções.
• Ao apresentar um pedido de patente internacional ao abrigo do
PCT, os requerentes podem simultaneamente procurar
proteção para uma invenção num grande número de países
(atualmente 152 países).
PI – AULAS 2 e 3

Fonte: http://www.wipo.int/treaties/en/
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

ACORDOS INTERNACIONAIS

ACORDO DE MADRID - O Sistema Internacional de Marcas


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

 O sistema de registro internacional de marcas é regido por dois


tratados: o Acordo de Madrid relativo ao Registro Internacional de
Marcas, que data de 1981, e o Protocolo referente ao Acordo de
Madrid, que foi adotado em 1989, entrou em vigor em 1 de dezembro
de 1995 e começou a ser aplicado em 1 de abril de 1996.

 O Regulamento de Execução Comum ao Acordo e ao Protocolo


entrou também em vigor nesta data. O sistema é administrado pela
Secretaria Internacional da OMPI, que cuida do Registro
Internacional e publica a Gazeta da OMPI de Marcas Internacionais.

 O Brasil atualmente é signatário.


PI – AULAS 2 e 3

Fonte: http://www.wipo.int/edocs/pubdocs/pt/marks/418/wipo_pub_418.pdf
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
PI – AULAS 2 e 3

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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

ACORDOS INTERNACIONAIS

ACORDO DE MADRID - O Sistema Internacional de Marcas


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

 Qualquer Estado que seja parte na Convenção de Paris para a


Proteção da Propriedade Industrial pode passar a ser parte no
Acordo, no Protocolo, ou em ambos. Adicionalmente, as organizações
intergovernamentais podem ser parte no Protocolo (mas não no
Acordo) desde que cumpridas as seguintes condições: que ao menos
um dos Estados membros da organização seja parte na Convenção
de Paris e que a organização mantenha uma Administração regional
para o registro de marcas com efeito em todo o território da
organização.

O Sistema de Madrid é uma solução única para registrar e gerenciar


marcas em todo o mundo. Preencha uma solicitação, em um idioma
(inglês, francês ou espanhol), e pague um conjunto de taxas para
PI – AULAS 2 e 3

proteger sua marca nos territórios de até 98 membros. Gerencie seu


portfólio de marcas através de um sistema centralizado.
Fonte: https://www.wipo.int/edocs/pubdocs/pt/marks/418/wipo_pub_418.pdf
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

ACORDOS INTERNACIONAIS
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

ACORDO TRIPS/ADPIC: Agreement on Trade-Related Aspects of


Intellectual Property Rights/ Acordo sobre Aspectos dos Direitos de
Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio
- Abril/1994: Aprovado como parte integrante do Acordo Constitutivo da
Organização Mundial do Comércio (OMC), que encerrou a Rodada
Uruguai do GATT. (http://www.scielo.br/pdf/ea/v9n23/v9n23a16.pdf)

- Patamares mínimos obrigatórios de proteção à propriedade


intelectual, prevendo ainda que o patenteamento de alimentos,
medicamentos e similares, será patenteável”, cabendo “aos Membros
determinar livremente a forma apropriada de implementar as disposições
deste Acordo, no âmbito de seus respectivos sistema e práticas jurídicas”.
-Ratificações do TRIPS são um requerimento compulsório para adesão
PI – AULAS 2 e 3

à OMC.
- Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

ACORDOS INTERNACIONAIS
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

ACORDO TRIPS/ADPIC

- Período de transição para as economias em desenvolvimento,


entre as quais a brasileira, só se exigindo sua implantação
completa a partir de 2004.
- O Brasil, decidiu antecipar a vigência das regras, revogando o
anterior Código de Propriedade Industrial e implementando um
conjunto de leis, que serão abordados posteriormente.
PI – AULAS 2 e 3

Fonte: http://www.wipo.int/treaties/en/
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Outros Acordos Internacionais Relevantes


PI – AULAS 2 e 3

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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

ACORDOS INTERNACIONAIS
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

TRATADO DE BUDAPESTE
Budapest Treaty World Map
- Um dos objetivos do tratado
é a eliminação ou limitação
de múltiplos depósitos de
materiais biológicos.

- IDAs-International
Depositary Authority

- Brasil não é signatário


PI – AULAS 2 e 3

Fonte: http://www.wipo.int/treaties/en/
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

ACORDOS INTERNACIONAIS
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

TRATADO DE NAIROBI
- Trata da proteção do símbolo
olímpico, firmado em 1981 e em vigor
desde 1982
- Todos os Estados signatários do
Tratado de Nairobi estão sob a
obrigação de proteger o símbolo
olímpico - cinco anéis entrelaçados -
contra o uso para fins comerciais (em
propagandas, em mercadorias, como
marca, etc.) sem a autorização do
Comitê Olímpico Internacional.
- Atualmente 52 países são
signatários.
PI – AULAS 2 e 3

Fonte: http://www.wipo.int/treaties/en/
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

ACORDOS INTERNACIONAIS
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

A CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA (CDB)

Estabelecida durante a ECO-92 é um guarda-chuva legal/político para


diversas convenções e acordos ambientais mais específicos.
•A conservação da diversidade
biológica.

• A utilização sustentável de seus


componentes.

• A repartição justa e equitativa dos


benefícios derivados da utilização dos
recursos genéticos.
PI – AULAS 2 e 3

Lei da Biodiversidade, 2015 (Art. 1º, CDB)


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

ACORDOS INTERNACIONAIS
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA


• No Brasil, o tema sobre o acesso ao era regulado pela Medida
Provisória 2.186-16/01 que instituiu regras para o acesso, a remessa
e a repartição de benefícios.
• Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN)
• A Medida Provisória 2.186-16/01 foi revogada através da Lei nº
13.123, de 20 de maio de 2015, criando assim um Novo Marco
Legal da Biodiversidade.
• O Decreto nº 8.772, de 11 de maio de 2016, é que regulamenta Lei
nº 13.123/2015.
PI – AULAS 2 e 3

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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

ACORDOS INTERNACIONAIS
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CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA: ALGUNS


PROTOCOLOS ADICIONAIS

•Protocolo de Cartagena (Colômbia) sobre


Biossegurança (2002)

•Protocolo de Nagoya (Japão) sobre Acesso a


Recursos Genéticos e Repartição de Benefícios
Derivados de sua Utilização (2010)
PI – AULAS 2 e 3
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

ACORDOS INTERNACIONAIS
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

PROTOCOLO DE CARTAGENA
Visa assegurar um nível adequado de
proteção no campo da transferência,
da manipulação e do uso seguros dos
organismos vivos modificados
(OVMs) resultantes da biotecnologia
moderna que possam ter efeitos
adversos na conservação e no uso
sustentável da diversidade biológica,
levando em consideração os riscos
para a saúde humana decorrentes do
movimento transfronteiriço.
- MOP (Meeting of Parties)
- Decreto Nº 5.705, de 16 de
PI – AULAS 2 e 3

fevereiro de 2006
Fonte: http://www.wipo.int/treaties/en/
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

ACORDOS INTERNACIONAIS
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

PROTOCOLO DE NAGOYA
-O Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos Genéticos e a
Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Advindos de sua Utilização
é um acordo complementar à CDB.
- COP10 (10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade
Biológica ) e MOP5
- Acordo internacional, de caráter vinculante, ou seja, os países que o
ratificarem tem que cumprir com que está escrito no acordo, e entrou
em vigor em 12 de outubro de 2014.
- O Brasil é signatário mas não ratificou o documento.
PI – AULAS 2 e 3
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

ACORDOS INTERNACIONAIS
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

TIRFAA(FAO)-TRATADO INTERNACIONAL DE RECURSOS


FITOGENÉTICOS PARA A AGRICULTURA E ALIMENTAÇÃO
-Único acordo multilateral que contém cláusulas legalmente
vinculantes com relação aos recursos fitogenéticos, definidos como
“qualquer material genético de origem vegetal com valor real ou
potencial para a alimentação e a agricultura”.
-Esse tratado tem como objetivos principais a conservação e o uso dos
recursos fitogenéticos para a alimentação e a agricultura, e a justa e
equitativa distribuição dos benefícios que resultem de seu uso.
- Sistema Multilateral de Acesso e Repartição de Benefício (SMARB)

- Decreto Nº 6.476, de 5 de Junho de 2008


PI – AULAS 2 e 3

Fonte: http://www.wipo.int/treaties/en/
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Vivemos cercados por Propriedade Intelectual


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
PI – AULAS 2 e 3
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Os Direitos de Propriedade Intelectual


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

A Propriedade Intelectual (PI) é um conjunto de princípios e


regras que regulam a aquisição, o uso e a perda de direitos
relativos aos desenvolvimentos intelectuais frutos da criatividade
e inventividade humanas.

A Propriedade Intelectual tem por objeto elementos diferenciadores, incluindo:


Novidade – uma diferenciação quanto ao tempo (criações técnicas)
Originalidade – uma diferenciação quanto ao autor (criações intelectuais)
Distinguibilidade – uma diferenciação quanto ao objeto (signos distintivos)

A Propriedade Intelectual abrange o direito


exclusivo de utilizar, fruir e dispor do objeto
protegido.
- “Utilizar” significa o uso pelo próprio
dono.
- “Fruir” significa tirar proveito, colher frutos
PI – AULAS 2 e 3

do uso feito por terceiros (licenciar).


- “Dispor” significa passar adiante,
desfazer-se, ceder.
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
PI – AULAS 2 e 3

Fonte: Bruch, 2017


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Alguns marcos da Propriedade


Intelectual no Brasil
PI – AULAS 2 e 3

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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Propriedade Intelectual no Brasil


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Eu o Príncipe Regente faço saber aos que o presente Alvará


1809 com força de lei virem, ... I. Sendo muito conveniente que os
inventores e introdutores de alguma nova máquina e
Alvará D. João VI invenção nas artes gozem do privilégio exclusivo, além
Estimular investimentos do direito que possam ter ao favor pecuniário, que sou
industriais (1º. marco legal) servido estabelecer em benefício da indústria e das artes,
ordeno que todas as pessoas que estiverem neste caso
apresentem o plano de seu novo invento à Real Junta
do Comércio; e que esta, reconhecendo lhe a verdade e
fundamento dele, lhes conceda o privilégio exclusivo por
quatorze anos, ficando obrigadas a fabricá-lo depois,
para que, no fim desse prazo, toda a Nação goze do
fruto dessa invenção.
Fonte: http://www.denisbarbosa.addr.com/arquivos/palestras/secXXI.pdf

1824
Constituição Brasileira
Art. 179: Os inventores terão a propriedade
Assegura aos inventores
propriedade de descobertas e de suas descobertas ou produções. A lei
PI – AULAS 2 e 3

invenções. assegura privilégio exclusivo temporário,


ou lhes remunerará em ressarcimento da
perda que hajam de sofrer pela vulgarização.
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Propriedade Intelectual no Brasil


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1830 • Tentativa de tratar do assunto.


1ª. Lei Brasileira • Patente era deferida somente ao
Aspectos da Concessão de inventor nacional.
Patentes

Artigo 1°: O privilégio exclusivo da invenção


principal vigorará até 15 anos, e o do
melhoramento da invenção concedido ao seu
autor terminará ao mesmo tempo que aquele.
1882 Se durante o privilégio, a necessidade ou
Lei 3.129 utilidade pública exigir a vulgarização da
Regula concessão de invenção, ou o seu uso exclusivo pelo
patentes no Império
Estado, poderá ser desapropriada a patente,
mediante as formalidades legais.
...
Os inventores privilegiados em outras nações
poderão obter a confirmação de seus direitos
PI – AULAS 2 e 3

no império.

PARA LEITURA: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-


41612016000400879
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Propriedade Intelectual no Brasil


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1883 Convenções se sucederam ao longo do século


XX: Washington (1911); Haia (1925); Londres
Convenção da União de Paris (CUP) (1934); Lisboa (1958); Estocolmo (1967).
1º. Acordo internacional para
harmonizar os sistemas jurídicos

• Inventos industriais pertencerão aos autores... Aos


autores de obras literárias e artísticas é garantido o direito
1891 exclusivo de reproduzi-Ias... Os herdeiros dos autores
gozarão desse direito pelo tempo que a lei determinar... A
Constituição
lei assegurará também a propriedade das marcas de
fábrica.

1923 Decreto 16.264, vinculada ao Ministério


Diretoria Geral de PI da Agricultura, Indústria e Comércio.

Garantido o direito de propriedade,


1934 que não poderá ser exercido contra
PI – AULAS 2 e 3

Constituição o interesse social ou coletivo....


Inclui função social da Desapropriação far-se-á mediante
propriedade prévia e justa indenização.
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Propriedade Intelectual no Brasil


Competência privativa da União o poder de
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

1937 legislar sobre os privilégios de invento, a


Constituição proteção dos modelos, marcas e outras
designações de mercadorias.

1945 Art. 1º: Este Código regula os direitos e


Decreto 7.903 obrigações concernentes à propriedade
1º. Código de Propriedade industrial; cuja proteção assegura.
Industrial

Constituição
1946 Brasileira de
Constituição
1967
introduziu
1967 significativas
Constituição alterações.
PI – AULAS 2 e 3

1969
EMENDA CONSTITUCIONAL
Nº 1
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Propriedade Intelectual no Brasil


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

1970
Criação do INPI

•Aperfeiçoamento, disseminação e gestão do sistema de concessão e


garantia de direitos de propriedade intelectual para a indústria.

• Serviços: registros de marcas, desenhos industriais, indicações


geográficas, programas de computador e topografias de circuitos, as
concessões de patentes e das distintas modalidades de transferência de
tecnologia.

• Acervo de + 200 milhões de documentos de patentes.


PI – AULAS 2 e 3
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Propriedade Intelectual no Brasil


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

1971 Artigo 5º - ... assegurará aos autores de


Código de Propriedade inventos industriais privilégio temporário para
sua utilização, bem como proteção às
Industrial - Lei 5.772
criações industriais e outros signos distintivos,
tendo em vista o interesse social e
desenvolvimento tecnológico e econômico do
país.
1988 Artigo 5 - .... aos autores pertence o direito
Constituição exclusivo de utilização, publicação ou reprodução
de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo
tempo que a lei fixar;

1994
Decreto nº 1.355.
Ratifica o TRIPS

1996
PI – AULAS 2 e 3

Lei de Propriedade
Industrial - Lei 9.279
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Propriedade Intelectual no Brasil


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

1997
Lei de Cultivares

1998
Lei de Direitos
Autorais

1998
Lei de Programa de
Computador

2007
Lei Topografia de
PI – AULAS 2 e 3

Circuitos Integrados
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

1988 - CF Brasileira
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Art. 1º - A República (...) tem como fundamentos: (...)


IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Art. 170 - A ordem econômica, fundada na valorização


do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim
assegurar a todos existência digna, conforme os
ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
(...)
IV - livre concorrência; (...)
PI – AULAS 2 e 3

60
www.amodireito.com.br
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

1988 - CF Brasileira
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Art. 5º
. - : (...)
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de
utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas,
inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento
econômico das obras que criarem ou de que
participarem aos criadores, aos intérpretes e às
PI – AULAS 2 e 3

respectivas representações sindicais e associativas.


61
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

1988 - CF Brasileira
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Art. 5º. ......


“Não é em todo sistema
....... constitucional que a
XXIX - a lei assegurará aos Propriedade Intelectual
autores de inventos industriais tem o prestígio de ser
incorporado literalmente no
privilégio temporário para sua texto básico. Cartas de teor
utilização, bem como proteção mais político não chegam a
às criações industriais, à pormenorizar o estatuto das
propriedade das marcas, aos patentes, do direito autoral
nomes de empresas e a outros e das marcas; nenhuma,
aparentemente, além da
signos distintivos, tendo em brasileira, abre-se para a
vista o interesse social e o proteção de outros direitos”
desenvolvimento tecnológico (BARBOSA, 2010, p. 2)
PI – AULAS 2 e 3

e econômico do País;
62
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
PI – AULAS 2 e 3

Fonte: http://btd.egc.ufsc.br/wp-content/uploads/2013/07/Alu%C3%ADzia-Aparecida-Cadori.pdf
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

SISTEMA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL NO BRASIL -


ATORES
PI – AULAS 2 e 3
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

SISTEMA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL NO BRASIL - ATORES


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

ATORES E USUÁRIOS:

MCTI – CTNBio - Finep – CNPq – Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais


ME – INPI - BNDES – INMETRO - CAMEX
MS – Anvisa - SUS
MEC – CAPES – Universidades – NITs - Fundações de Apoio
MAPA – Embrapa
MD e Forças Armadas
Ministério das Relações Exteriores – ABC
Ministério da Cidadania – IPHAN – IBRAN
MMA - CGEN
Secretarias Estaduais, Fundações de Amparo e
CNI, Sistema “S”
Associações profissionais (Fortec, Anprotec, ABPTI, ANPEI)
PI – AULAS 2 e 3
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

MARCO REGULATÓRIO FEDERAL DE PROPRIEDADE


INTELECTUAL NO BRASIL
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Lei n.° 5.648 de 1970 – Lei de criação do INPI


Lei n.° 9.279 de 1996 – Lei de Propriedade Industrial
Lei n.° 9.456 de 1997 – Lei de Proteção de Cultivares
Lei n.° 9.610 de 1998 – Lei de Direitos de Autor
Lei n.° 9.609 de 1998 – Lei da Proteção da Propriedade Intelectual
de Programas de Computador
Lei n.° 11.484 de 2007 – Lei de Topografia de Circuitos Integrados
Lei n.° 10.973 de 2004 – Lei de Inovação Tecnológica
Lei n.° 13.243 de 2016 – Novo Marco Legal de Inovação
PI – AULAS 2 e 3
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

LEI DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA n. 10.973 de 2004


Decreto de Regulamentação n. 5.563 de 2005
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

OBJETIVOS

Estabelece diretrizes, regras e parâmetros para a


gestão, proteção, compartilhamento, licenciamento,
percebimento de receitas e titularidade da Propriedade
PI – AULAS 2 e 3

Intelectual nas ICTs Públicas.


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

LEI 13.243 Novo Marco Legal de CT&I


Altera da Lei de Inovação e mais 8 normativos correlatos
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Altera:
1. Lei de Inovação - Lei 10.973/2014;
2. Estatuto do Estrangeiro – Lei 6.815/1980;
3. Lei de Licitações – 8.666/1993;
4. Lei do RDC – Regime Diferenciado de Contratações Públicas - Lei
12.462/2011;
5. Lei da Contratação Temporária de Excepcional Interesse Público -
Lei 8745/1993;
6. Lei das Fundações de Apoio – Lei 8958/1994;
7. Lei de Importação de Bens e Insumos para Pesquisa - Lei
8010/1990;
8. Lei de Isenção ou Redução do Imposto de importação e Adicional de
Frete para Renovação da Marinha Mercante – Lei 8032/1990;
9. Lei do Plano de Carreira do Magistério Superior – Lei 12.772/2012 e
PI – AULAS 2 e 3

outras no próprio texto do Projeto de Lei .


Fonte: Gesil S. Amarante Segundo, FORTEC (2016)
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Decreto 9.283/2018
Regulamenta as leis 10.973/2004 e 13.243/2016
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Decreto Nº 9.283, de 7 de fevereiro de 2018

 Regulamenta a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, a Lei nº


13.243, de 11 de janeiro de 2016, o art. 24, § 3º, e o art. 32, § 7º, da Lei
nº 8.666, de 21 de junho de 1993, o art. 1º da Lei nº 8.010, de 29 de
março de 1990, e o art. 2º, caput, inciso I, alínea "g", da Lei nº 8.032, de
12 de abril de 1990, e altera o Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de
2009.

 Visa estabelecer medidas de incentivo à inovação e à pesquisa


científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à
capacitação tecnológica, ao alcance da autonomia tecnológica e ao
desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.
PI – AULAS 2 e 3

Fonte: Gesil S. Amarante Segundo, FORTEC (2016)


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Sistemas de Inovação
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Sistemas de Inovação são definidos como uma rede de


organizações e instituições nos setores público e privado, e
as relações entre eles, cujas atividades e iniciativas de
interação, importam, modificam e difundem novas
tecnologias.

• Sistemas nacionais, regionais ou locais de inovação são


essencialmente delineados em uma base espacial assumindo
que eles são, em grande parte, determinados por
organizações e instituições caracterizadas por uma
determinada esfera territorial de influência e interação.
EDQUIST, C. Systems of innovation: technologies, institutions and organizations. S.1: Routledge, 1997.
PI – AULAS 2 e 3

FREEMAN, C. Technology and economic performance: lesson from Japan. Londres: Frances Pinter, 1987.
MARKARD, J.; TRUFFER, B. Technological innovation systems and the multi-level perspective: Towards an integrated framework.
Research Policy, v. 37, n. 4, p. 596-615, may 2008.
NELSON, R. National Innovation Systems: A Comparative Analysis. Oxford University Press, New York/Oxford, 1993.
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

No Brasil: Sistema Nacional de Inovação


(SNCTI)
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Estratégia Nacional de Ciência,


Tecnologia e Inovação (ENCTI) 2016 -
2022:
http://www.finep.gov.br/images/a-
finep/Politica/16_03_2018_Estrategia_Nacional_de_Ciencia_T
ecnologia_e_Inovacao_2016_2022.pdf
Acesso em 04 dez 2018.

The Brazilian Innovation System: a mission-oriented policy


proposal (Mariana Mazzucato e Caetnao Penna) - CGEE
- Estudo sobre o sistema de inovação brasileiro com subsídios
para desenvolver e monitorar uma política de inovação
estratégica.
- O estudo baseia-se na identificação de pontos fortes do
Sistema Nacional de de Inovação para apresentar
proposições que superem suas fragilidades
- Sugere iniciativas políticas que permitam que o SNI torne-se
PI – AULAS 2 e 3

orientado por missões, por meio de políticas intencionais do


Estado e em parceria direta com o setor privado
https://marianamazzucato.com/wp-content/uploads/2016/03/Full-Report-The-Brazilian-
Innovation-System-CGEE-Mazzucato-and-Penna.pdf
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Referências
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS AGENTES DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Propriedade Industrial no
Brasil: 50 Anos de História. São Paulo: ABAPI, 1998. 128p.
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• ABRANTES, A. C. S. Treinamento em Propriedade Industrial – Patentes. DIRPA/INPI. 2005


• BARBOSA, Denis Borges. Uma Introdução à Propriedade Intelectual. Rio de Janeiro: Ed. Lumen Juris:
2003
• BOCCHINO, Leslie de Oliveira et al. Propriedade Intelectual - conceitos e procedimentos. Brasília:
Advocacia-Geral da União, 2010.
• CADORI, Aluízia Aparecida .A gestão do conhecimento aplicada ao processo de transferência de
resultados de pesquisa de instituições federais de ciência e tecnologia para o setor produtivo: processo
mediado pelo núcleo de inovação tecnológica. Florianópolis, SC, 2013. 465 p.
• FABRIS, R. G. A defesa das ideias. 2016. Disponível em: http://www.rgf.adv.br/a-defesa-das-ideias/
• FERREIRA, S. N. Direito de propriedade: nas Constituições brasileiras e do Mercosul. Revista Jurídica,
Brasília, v. 8, n. 83, p.180-192, fev./mar. 2007.
• INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Curso Geral de Propriedade Intelectual à
Distância – DL 101P BR. 2014.
• JUNGMANN, Diana de Mello; BONETTI, Esther Aquemi. A caminho da inovação: proteção e negócios com
bens de propriedade intelectual: guia para o empresário. Brasília: IEL, 2010 125 p.: il. ISBN 978-85-87257-
49-9
• FUCK, Marcos Paulo; VILHA, A. Inovação tecnológica: da definição à ação. Contemporâneos – revista de
PI – AULAS 2 e 3

Artes e Humanidades. n.9, 2011


• UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Secretaria de Inovação. Legislação.
http://sinova.ufsc.br/legislacao/legislacao-propriedade-intelectual/
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

O que trabalhamos nesta disciplina


Apresentação da Disciplina Conceitos e Aplicações da
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Propriedade Intelectual
Introdução e evolução histórica da PI
 Acordos Internacionais e Marcos Legais
 Marcas
 Direitos Autorais
 Programa de Computador e Desenhos de Circuito Integrado
 Patentes de Invenção e Modelos de Utilidade
 Desenho Industrial
Proteção dos Cultivares
PI – AULAS 2 e 3

 Indicação Geográfica
Gestão da Propriedade Intelectual
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Discussão sobre os artigos


(em equipe)
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1. Capítulo II - BASES CONSTITUCIONAIS DA PROPRIEDADE


INTELECTUAL
UMA INTRODUÇÃO À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Denis Borges Barbosa
http://denisbarbosa.addr.com/umaintro2.pdf

2. O HISTÓRICO CONTROVERSO DA PROTEÇÃO À


PROPRIEDADE INTELECTUAL E SEU IMPACTO SOBRE O
DESENVOLVIMENTO NACIONAL: ASPECTOS DA
DESIGUALDADE ENTRE OS PAÍSES DO EIXO NORTE/SUL1
http://pidcc.com.br/artigos/042013/042013_12.pdf

3. Do trade dress e suas relações com a significação


PI – AULAS 2 e 3

Secundária. Denis Borges Barbosa (novembro de 2011)


74
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Artigos para leitura suplementar


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To What Extent are University IP Policies Legally Binding?


Part 3 - VisitingScientists.
http://t.ymlp113.com/mwujaxaebujwaiaqbanaujque/click.php

To What Extent are University IP Policies Legally Binding?


Part 1 - Staff.
http://t.ymlp113.com/mwubataebujwanaqbanaujque/click.php

To What Extent are University IP Policies Legally Binding?


Part 2 - Students.
http://t.ymlp113.com/mwuhataebujwadaqbaiaujque/click.php
PI – AULAS 2 e 3

Fonte: Journal of the Licensing Executives Society International. 75

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