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Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique

Licenciatura de Contabilidade e Auditoria

3º Ano

Tema: Efeito da Mudança das Taxas de Câmbio (IPSAS 4)

Contabilidade Pública
3º Grupo
Turma: 1 - Laboral
Nomes:
Albertina Nhabete
Ardalina César;
Bernardina Bartolomeu;
Cândida Pequenino;
Horácio Mandevo;
Hortência Bila.

Docente: Dr. Jerónimo Uamba

Maputo, Agosto de 2021


Índice Geral

1. Introdução ........................................................................................................................... 2
1.2. Objectivo geral ................................................................................................................ 2
1.2.1. Objectivos específicos .................................................................................................. 2
1.3. Metodologia de Investigação .......................................................................................... 2
2. Efeitos da Mudança das Taxas de Câmbio (IPSAS 4) ....................................................... 3
2.1. Definições.................................................................................................................... 3
Moeda funcional ................................................................................................................. 3
Itens monetários .................................................................................................................. 3
Investimento Líquido numa Unidade Operacional Estrangeira ......................................... 3
2.2. Relatar Transacções em Moeda Estrangeira na Moeda Funcional ................................. 3
2.2.1. Reconhecimento Inicial ............................................................................................ 3
2.2.2 Relatar a Datas de Relato Subsequentes .................................................................... 4
2.2.3. Reconhecimento de Diferenças de Câmbio ............................................................. 4
2.2.4. Alteração na Moeda Funcional ................................................................................. 4
2.3. Uso de uma Moeda de Apresentação que não seja a Moeda Funcional ..................... 5
2.3.1. Transposição para a Moeda de Apresentação ...................................................... 5
2.3.2. Transposição de uma Unidade Operacional Estrangeira ..................................... 5
2.3.3. Alienação de uma Unidade Operacional Estrangeira .......................................... 5
2.3.4. Efeitos Fiscais de Diferenças de Câmbio............................................................. 5
2.4. Exemplos de Exercícios Práticos correspondentes ..................................................... 6
3. Conclusão ........................................................................................................................... 7
4. Referência Bibliográfica ..................................................................................................... 8

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1. Introdução

O presente trabalho ciêntifico tem como principal objectivo dar à conhecer os efeitos da
mudança das taxas de câmbio (IPSAS 4).

Sendo que uma entidade pode desempenhar atividades no exterior de duas maneiras: pode
realizar transações em moeda estrangeira ou possuir entidades no exterior. Além disso, uma
entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em moeda estrangeira. O objetivo desta
norma (IPSAS 4) é determinar como incluir transações em moeda estrangeira e entidades no
exterior nas demonstrações contábeis de uma entidade e como converter as demonstrações
contábeis desta entidade em outra moeda (moeda de apresentação).

As questões principais são: que taxas de câmbio usar e como relatar os efeitos das mudanças
nas taxas de câmbio nas demonstrações contábeis.

1.2. Objectivo geral


Dar à conhecer os efeito da mudança das taxas de câmbio (IPSAS 4)

1.2.1. Objectivos específicos


 Definir; Moeda funcional, itens monetários e investimento líquido numa unidade
operacional estrangeira;
 Descrever os efeitos da mudança das taxas de câmbio.

1.3. Metodologia de Investigação


A metodologia de investigação utilizada neste estudo é de natureza qualitativa. Usando o
metodo de Pesquisa Bibliográfica. O presente trabalho foi elaborado a partir de material já
publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e actualmente com
material disponibilizado na Internet.

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2. Efeitos da Mudança das Taxas de Câmbio (IPSAS 4)

2.1. Definições

Moeda funcional

A moeda funcional de uma entidade é a moeda do ambiente econômico principal no qual a


entidade opera, e este ambiente é normalmente o que gera entradas e saídas de caixa. Dessa
forma, uma entidade poderá adotar uma moeda funcional diferente da sua moeda nacional para
manter a sua contabilidade.

Segundo a (Internaltional Federation of Accountants, 2010) a Moeda funcional é a moeda do


ambiente económico principal em que a entidade opera.

Itens monetários

“Itens monetários são dinheiro ou direitos a serem recebidos e obrigações a serem liquidadas
em quantia fixa ou determinável de dinheiro” (Internaltional Federation of Accountants, 2010,
p. 158)

Investimento Líquido numa Unidade Operacional Estrangeira

Segundo a (Internaltional Federation of Accountants, 2010) “Investimento líquido em uma


entidade com operações no exterior é o valor da participação detida pela entidade investidora
no patrimônio líquido (ativos líquidos) da entidade com operação no exterior.”

2.2. Relatar Transacções em Moeda Estrangeira na Moeda Funcional

2.2.1. Reconhecimento Inicial

Segundo a (Internaltional Federation of Accountants, 2010) uma transação em moeda


estrangeira é uma transação que é feita ou que exige liquidação em uma moeda estrangeira,
incluindo transações que surgem quando uma entidade:

 compra ou vende produtos ou serviços, cujo preço é estabelecido numa moeda


estrangeira.
 toma emprestado ou empresta recursos, quando os valores a pagar ou a receber são
estabelecidos numa moeda estrangeira; ou

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 De alguma outra forma adquire ou aliena ativos, ou incorre ou liquida (paga) passivos
estabelecidos em uma moeda estrangeira.

2.2.2 Relatar a Datas de Relato Subsequentes

Na data de cada balanço:

a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se a taxa de


fechamento;

b) os itens não-monetárias que são mensurados ao custo histórico em moeda estrangeira devem
ser convertidos usando-se a taxa de câmbio da data da transação; e

c) os itens não-monetários que são mensurados ao seu valor justo em uma moeda estrangeira
devem ser convertidos usando-se as taxas cambiais da data em que o valor
justo for determinado.

2.2.3. Reconhecimento de Diferenças de Câmbio

De acordo com (Internaltional Federation of Accountants, 2010)

As variações cambiais que surgem da liquidação (pagamento ou recebimento) de


itens monetários, ou da conversão de itens monetários por taxas diferentes daquelas
pelas quais foram inicialmente convertidos durante o período, ou em demonstrações
contábeis anteriores, devem ser reconhecidas como superávit ou déficit no período
em que surgirem, com exceção das variações cambiais tratadas na demonstrações
financeiras consolidadas, quando a entidade com operações no exterior é uma entidade
controlada.

2.2.4. Alteração na Moeda Funcional

“Quando há mudança da moeda funcional de uma entidade, a mesma deverá utilizar os


procedimentos de conversão aplicáveis à nova moeda funcional prospectivamente a partir da
data da mudança.” Segundo (Internaltional Federation of Accountants, 2010, p. 166)

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2.3. Uso de uma Moeda de Apresentação que não seja a Moeda Funcional

2.3.1. Transposição para a Moeda de Apresentação

De acordo com (Internaltional Federation of Accountants, 2010)

uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou
moedas). Se a moeda de apresentação das demonstrações contábeis diferir da moeda
funcional da entidade, sua demonstração do desempenho financeiro (demonstração do
resultado do exercício) e sua demonstração da posição financeira (balanço patrimonial)
devem ser convertidas para a moeda de apresentação. (p.167)

2.3.2. Transposição de uma Unidade Operacional Estrangeira

Segundo (Internaltional Federation of Accountants, 2010)

uma entidade com operações no exterior são convertidas para uma moeda de
apresentação para que a entidade com operações no exterior possa ser incluída nas
demonstrações contábeis da entidade objeto das demonstrações contábeis por
consolidação, consolidação proporcional ou pelo método da equivalência patrimonial.

2.3.3. Alienação de uma Unidade Operacional Estrangeira

De acordo com (Internaltional Federation of Accountants, 2010)

Na alienação de uma entidade no exterior, a quantia acumulada das variações cambiais


que foram diferidas e que se relacionem com aquela entidade com operações no exterior
deve ser reconhecida no resultado no mesmo período em que o ganho ou a perda na
alienação seja reconhecido. (p.170)

2.3.4. Efeitos Fiscais de Diferenças de Câmbio

Segundo o (Internaltional Federation of Accountants, 2010)

Para entidades objeto das demonstrações contábeis sujeitas a impostos de renda, orientação
sobre o tratamento dos efeitos fiscais associados aos ganhos e perdas em transações com
moeda estrangeira e variações cambiais provenientes da conversão de demonstrações

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contábeis de uma entidade (incluindo uma entidade no exterior) em moeda diferente podem
ser encontrados nas normas nacionais e Internacionais relevantes de Contabilidade que
lidam com imposto de renda. (p.170)

2.4. Exemplos de Exercícios Práticos correspondentes

Exemplo prático:

A título de exemplo, suponhamos que a empresa Macgrey Indústria e Comércio de Eletrônicos


Ltda., pessoa jurídica com sede no Município de Boane, possua em 30/09/20X1 os seguintes
direitos de créditos e de obrigações em moeda estrangeira:

Direito / Obrigação Valor


Clientes no mercado externo 3.000.000,00 MT
Contrato de financiamento em moeda estrangeira 1.500.000,00 MT

No dia 30/09/20X1, data em que a Vivax levantou seu Balancete mensal, as cotações do Rand
eram de 3,5380 MT para compra e de 3,5860 MT para venda.

Em 31/10/20X1, as cotações do Rand foram de 3,5750 MT para compra e de 3,6150 MT para


venda. Portanto, admitindo-se não ter havido alteração nos saldos em rands de 30/09/20X1.

Pretende-se:

a) Apuramento dos saldos.


b) Lançamento no diário geral

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3. Conclusão

No presente trabalho ciêntifico que tem como principal objectivo dar à conhecer os efeitos da
mudança das taxas de câmbio (IPSAS 4), concluimos que ao elaborar as demonstrações
contábeis, cada entidade – seja ela uma entidade autônoma, uma entidade que possua entidades
no exterior (como uma entidade controladora) ou uma entidade com operações no exterior
(como uma controlada ou filial) – determina sua moeda funcional. A entidade converte os itens
expressos em sua moeda estrangeira para sua moeda funcional e contanbiliza os efeitos de tal
conversão.

Isto é, a transação em moeda estrangeira deve ser contabilizada, no seu reconhecimento inicial,
na moeda funcional, aplicando-se à importância em moeda estrangeira, a taxa de câmbio à vista
entre a moeda funcional e a moeda estrangeira na data da transação.

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4. Referência Bibliográfica

Internaltional Federation of Accountants. (2010). Normas Internacionais de Contabilidade


aplicadas ao Setor Público. Conselho Federal de Contabilidade.

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