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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de

Propriedade Intelectual
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Disciplina
Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual
PI – Aula 7
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Propriedade Intelectual
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Aula 10
PROTEÇÃO DOS CULTIVARES
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Plano de Aula
Objetivos
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O aluno ao final deve ter conhecimento sobre assunto, como apropriar, como
consultar, sua importância e evolução histórica e regulamentação Nacional e
Internacional.
Competências
Ao final da atividade, espera-se que o aluno conheça o assunto e adquira
competências mínimas de compreensão do mesmo.
Habilidades
Saber onde procurar a legislação, métodos de obtenção, proteção e outros,
envolvidos com o tema “cultivar”.
Conteúdo programático:
•Introdução, definição e relevância
•Breve Histórico
•Legislação – Lei de Proteção de Cultivares
•Registro Nacional de Cultivar
•Definições Segundo a Lei Nº 9.456/97
•Critérios para a Obtenção de Cultivar
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•Processos de Proteção de Cultivar 3


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Propriedade Intelectual

O QUE É UMA CULTIVAR?


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• É uma nova variedade de planta com características


específicas resultantes de pesquisas em agronomia e
biociências (genética, biotecnologia, botânica e ecologia) e não
simplesmente descoberta na natureza, resultando de
melhoramento vegetal.

• É uma determinada forma de uma planta cultivada,


correspondendo a um determinado genótipo e fenótipo que foi
selecionado e recebeu um nome único e devidamente
registrado com base nas suas características produtivas,
decorativas ou outras que o tornem interessante para cultivo.

http://www.utfpr.edu.br/patobranco/estrutura-universitaria/diretorias/direc/nit/pi/protecao-sui-generis/cultivares
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http://valterxavier.adv.br/site/artigos/trips-cultivares-e-patentes-uma-analise-da-relacao-de-coexistencia-e-simbiose-entre-sistemas-de-
protecao-a-propriedade-intelectual-e-suas-implicacoes-e-repercussoes-sociais-e-ambientais-2/
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ORIGEM DO TERMO CULTIVAR


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• L. H. Bailey (especialista em horticultura) propôs o termo derivado


das palavras "cultivated" e "variety" ("cultivado" e "variedade") e
do latim “varietas culta”, significando "variedade cultivada" de
uma espécie vegetal.

• Em 1952, o conceito foi oficialmente adaptado no XIII Congresso


de Horticultura, realizado em Londres, com o objetivo de distinguir
as variedades cultivadas das de ocorrência natural.
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DEFINIÇÃO LEGAL DE CULTIVAR


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“Art. 3º Considera-se, para os efeitos desta Lei:


...
IV - cultivar: a variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal
superior que seja claramente distinguível de outras cultivares
conhecidas por margem mínima de descritores, por sua
denominação própria, que seja homogênea e estável quanto aos
descritores através de gerações sucessivas e seja de espécie
passível de uso pelo complexo agroflorestal, descrita em
publicação especializada disponível e acessível ao público, bem
como a linhagem componente de híbridos;

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9456.htm
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CULTIVARES
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CULTIVARES: PROTEÇÃO SUI GENERIS


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POR QUE NOVAS CULTIVARES?


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• A população mundial continua aumentando, havendo necessidade de


incremento de produtividade frente à limitação de uso das terras
cultiváveis, da água e de outros recursos.

• Elevar resistência dos cultivos a pragas e doenças, a fim de tornar


mais eficiente o uso de insumos e recursos naturais e contribuir
para o desenvolvimento econômico sustentável.

• O melhoramento genético de plantas trouxe um avanço no setor


agrícola:

• alta produtividade das sementes;


• resistência à pragas e doenças;
• menor dependência da sazonalidade;
• vigor e longevidade das plantas;
• viabilidade de produzir na entressafra, entre outras
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Como seriam algumas espécies alimentícias sem


melhoramento genético
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Melão Milho
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Banana Brócolis
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Etapas para obtenção de uma cultivar


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• Caracterização de Germoplasma;
• Estudos de Variabilidade;
• Planejamento de Cruzamentos;
• Métodos de Melhoramento;
• Seleção das plantas melhoradas;
• Validação em condições comerciais;
• Produção e comercialização.

O potencial genético de uma cultivar é expresso, na lavoura,


através do ótimo desenvolvimento de mudas e sementes.
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Para desenvolver uma cultivar ...


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• Ter (e manter) coleção de germoplasma;


• Testes de laboratório;
• Ensaios de campo;
• Emprego de métodos estatísticos;
• Conhecimento de biologia reprodutiva e da genética da espécie;
• Tempo - Os programas de melhoramento vegetal são de longa duração,
sendo que a obtenção de uma cultivar leva de:
- 8 a 12 anos, para espécies anuais
- 20 a 30 anos, para espécies perenes (fruteiras, videiras e florestais)
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Fonte: UNEMAT
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Antecedentes
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TRIPS (ADPIC)
“ACORDO SOBRE OS ASPECTOS DOS DIREITOS DE
PROPRIEDADE INTELECTUAL RELACIONADOS COM O
COMÉRCIO”

Seção 5ª, art. 27, item 3 (b)

“ Os países membros da OMC poderão excluir da


patenteabilidade plantas e animais, exceto os
microorganismos, e os procedimentos não
biológicos ou microbiológicos. entretanto, países
membros deverão providenciar um sistema de
proteção de variedades de plantas, seja por
patentes ou por um mecanismo efetivo sui
generis, ou mediante uma combinação de
ambos... ”
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Breve Histórico
O acordo procurou contemplar as formas de proteção já
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existentes em algumas legislações nacionais.

• 1930 - Plant Patent Act - EUA

• 1950 – países europeus, capitaneados por Alemanha


e França, haviam iniciado a elaboração de uma
legislação para proteção sui generis de novas
variedades vegetais.

• 1961 – Na CUP cria-se a União Internacional para


Proteção de Obtenções Vegetais (UPOV).
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UNION INTERNACIONALE POUR LAPROTECTION DES


OBTENTIONS VEGETALES (UPOV)
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• União Internacional para Proteção das Obtenções


Vegetais (UPOV) - tem como missão fornecer e promover
um sistema efetivo de proteção de variedades vegetais,
com o objetivo de encorajar o desenvolvimento de novas
cultivares para o benefício da sociedade.

Propõe ordenamentos internacionais para proteção da


propriedade intelectual de novas variedades vegetais.

• Ligada à OMPI - sede em Genebra


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• O instrumento original, que estabeleceu a Convenção


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Internacional para Proteção das Novas Obtenções


Vegetais e criou a UPOV, foi assinado em 2 de dezembro
de 1961 e entrou em vigor em 1968.

• Atos adicionais: em 1972, 1978 e 1991.


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UPOV
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• Harmonização: conceitos, documentos técnicos,


procedimentos administrativos, cooperações técnicas,
intercâmbio entre os países membros. Os países ou
organizações se comprometem a adotar em sua legislação
nacional o Ato em vigor.
•Flexibilização: Os membros existentes não têm
obrigatoriedade de aderir ao novo Ato e permanecem signatários
da versão anterior até que manifestem interesse espontâneo pela
adesão ao Ato adicional.
•Reciprocidade (automática): todos os países que fazem
parte da UPOV obrigam-se a proteger cultivares dos países
membros.
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(SNPC, 2006)
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ATO 1978 X ATO 1991


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ATO 1978 X ATO 1991


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www.upov.int
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PRINCIPAIS MARCOS LEGAIS RELACIONADOS À


PROTEÇÃO DE CULTIVARES NO BRASIL
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LEI DE PROTEÇÃO DE CULTIVARES (LPC)


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1994 - O Acordo TRIPS

“ ... países membros deverão providenciar um sistema


de proteção de variedades de plantas, seja por patentes
ou por um mecanismo efetivo sui generis, ou mediante
uma combinação de ambos...”

1997 - Em cumprimento ao TRIPS, foi sancionada a LPC -


Lei de Proteção de Cultivares ou Lei 9.456,
regulamentada pelo Decreto nº 2.366/1997.
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PROTEÇÃO DE CULTIVARES
No Brasil

A proteção dos cultivares foi instituída por


meio de Lei 9.456 de 25/04/1997, com o
intuito de obstar a livre utilização de
plantas e suas partes de reprodução ou de
multiplicação vegetativa (AGU, 2010).
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Base Legal Nacional


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• Lei nº 9279, de 14/05/1996:


”Art. 10. ... IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e
materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela
isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser
vivo natural e os processos biológicos naturais.”
“Art. 18. Não são patenteáveis: [...] III - o todo ou parte dos seres
vivos [...]”
• Lei nº 9.456, de 25/04/1997 – Proteção exclusivamente sui
generis
• Decreto nº 2.366, de 05/11/1997
• Decreto Legislativo nº 28, de 19/04/1999 (internalizou a
Ata 1978 da União para Proteção das Obtenções Vegetais
– UPOV)
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SERVIÇO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE


CULTIVARES- SNPC
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• Órgão competente para a aplicação da lei e para


acatar os pedidos de proteção de cultivares é o
SNPC, vinculado ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Responsável por:
• aplicar a lei nº 9.456, de 1997;
• análise de pedidos e concessão de certificados de
proteção; e
• zelar pelo cumprimento dos ordenamentos
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internacionais.
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SERVIÇO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE


CULTIVARES- SNPC
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• O SNPC está ligado ao Departamento de


Propriedade Intelectual e Tecnologia da
Agropecuária (DEPTA) da Secretaria de
Desenvolvimento Agropecuário e
Cooperativismo (SDC)
• Tem como área de suporte o Laboratório de Análise,
Diferenciação e Caracterização de Cultivares
(LADIC).
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Estruturas do MAPA
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• O MAPA pelo Decreto n o 5.351 / 2005


estabeleceu as Secretarias:

SDA: Secretaria de Defesa Agropecuária


SPA: Secretaria de Política Agrícola
SDC: Secretaria de Desenvolvimento
Agropecuário e Cooperativismo
SAE: Secretaria de Produção e Agroenergia
SRI: Secretaria de Relações Internacionais do
Agronegócio
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Laboratório de Análise, Diferenciação


e Caracterização de Cultivares
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CERTIFICADO DE PROTEÇÃO DE CULTIVAR


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A proteção assegura a seu titular o direito à


reprodução comercial no território brasileiro,
ficando vedados a terceiros, durante o prazo de
proteção, a produção com fins comerciais, o
oferecimento à venda ou a comercialização, do
material de propagação da cultivar, sem sua
autorização.
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REGISTRO NACIONAL DE CULTIVARES - RNC


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• O MAPA estabeleceu mecanismos para a organização,


sistematização e controle da produção e
comercialização de sementes e mudas, e instituiu, por
meio da Portaria n° 527, de 30 de dezembro de 1997,
o Registro Nacional de Cultivares – RNC.

• O RNC é regido pela Lei n° 10.711, de 05 de agosto


de 2003, e regulamentado pelo Decreto n° 5.153, de
23 de julho de 2004.
 Tem como preceito fundamental que a geração de
novas cultivares se traduz em altas tecnologias
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transferidas para o agronegócio.


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LEI DE SEMENTES E MUDAS


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• Lei 10.711, de 5 de agosto de 2003, e seu decreto


regulamentador nº 5.153, de 23 de julho de 2004.

• Atua como fortalecedor dos mecanismos


implementados pela LPC.

• Todo comerciante de sementes e/ou mudas, pessoa


jurídica ou física, deve ser inscrito no Registro Nacional
de Sementes e Mudas - RENASEM.

• A competência do exercício da fiscalização do


comércio estadual de sementes e/ou mudas cabe aos
Estados.
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REGISTRO NACIONAL DE CULTIVARES - RNC


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• O RNC tem por finalidade habilitar previamente


cultivares e espécies para a produção e a
comercialização de sementes e mudas no País,
independente do grupo a que pertencem - florestais,
forrageiras, frutíferas, grandes culturas, olerícolas,
ornamentais e outros.

• O RNC é de responsabilidade da Coordenação de


Sementes e Mudas (CSM), do Departamento de
Fiscalização de Insumos Agrícolas (DFIA), da
Secretaria de Defesa Agropecuária – DAS.
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Lei 10.711/2003 – Sementes e Mudas


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• Art. 2o
• XLIII - semente para uso próprio: quantidade
de material de reprodução vegetal guardada
pelo agricultor, a cada safra, para semeadura
ou plantio exclusivamente na safra seguinte e
em sua propriedade ou outra cuja posse
detenha, observados, para cálculo da
quantidade, os parâmetros registrados para a
cultivar no Registro Nacional de Cultivares –
RNC;
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Lei 10.711/2003 – Sementes e Mudas


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Art. 3o O Sistema Nacional de Sementes e Mudas - SNSM


compreende as seguintes atividades:
I - registro nacional de sementes e mudas - Renasem;
II - registro nacional de cultivares - RNC;
III - produção de sementes e mudas;
IV - certificação de sementes e mudas;
V - análise de sementes e mudas;
VI - comercialização de sementes e mudas;
VII - fiscalização da produção, do beneficiamento, da
amostragem, da análise, certificação, do armazenamento,
do transporte e da comercialização de sementes e mudas;
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VIII - utilização de sementes e mudas.


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Processo de registro X Valor agronômico


da cultivar
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• O processo de registro e liberação de uma cultivar passa pela


demonstração ao órgão registrador dos resultados obtidos em
diferentes locais e anos, demonstrando, por meio do valor de cultivo
e uso (VCU), que o valor agronômico da cultivar justifica o seu
registro.

 alto potencial de rendimento;


 resistência a doenças e insetos;
 resistência a fatores ambientais adversos;
 qualidade de seus produtos;
 resposta a insumos;
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PROTEÇÃO INTELECTUAL X REGISTRO COMERCIAL


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SNPC: RNC:
• Visa a proteção da • Habilita cultivares
propriedade intelectual para produção e
• Assegura os direitos de comercialização no
exploração comercial do Brasil;
uso (royalties); • Fundamentado na
• Tem legislação própria; Legislação de
Sementes
• Vinculada a ordenamentos
internacionais de proteção
intelectual

Para ser protegida a cultivar não precisa estar registrada.


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DEFINIÇÕES SEGUNDO A LEI Nº 9.456/97


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• Certificado de Proteção
• Bem móvel para todos os efeitos
Descritor legais e única forma de proteção de
• Cultivar cultivares e de direito que poderá
• obstar a livre utilização de plantas ou
Nova Cultivar de suas partes de reprodução ou de
• Cultivar Distinta multiplicação vegetativa no país.
• Cultivar Homogênea
• Cultivar Estável
• Cultivar Essencialmente Derivada
• Híbrido
• Amostra Viva
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DEFINIÇÕES SEGUNDO A LEI Nº 9.456/97


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• Certificado de Proteção
• Descritor
• Cultivar
Característica morfológica, fisiológica,
• Nova Cultivar bioquímica ou molecular que herdada
• Cultivar Distinta geneticamente, utilizada na identificação
• Cultivar Homogênea de cultivar.
• Cultivar Estável
• Cultivar Essencialmente Derivada
• Híbrido
• Amostra Viva
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DEFINIÇÕES SEGUNDO A LEI Nº 9.456/97


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a cultivar que não tenha sido oferecida à


venda no Brasil há mais de doze meses
• Certificado de Proteção em relação à data do pedido de
• Descritor proteção e que, observado o prazo de
• Cultivar comercialização no Brasil, não tenha sido
oferecida à venda em outros países, com
• Nova Cultivar o consentimento do obtentor, há mais
• Cultivar Distinta de seis anos para espécies de árvores e
• Cultivar Homogênea videiras e há mais de quatro anos para
as demais espécies;
• Cultivar Estável
• Cultivar Essencialmente Derivada
• Híbrido
• Amostra Viva
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DEFINIÇÕES SEGUNDO A LEI Nº 9.456/97


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• Certificado de Proteção a cultivar que se distingue


• Descritor claramente de qualquer outra
• Cultivar cuja existência na data do pedido
de proteção seja reconhecida;
• Nova Cultivar
• Cultivar Distinta
• Cultivar Homogênea
• Cultivar Estável
• Cultivar Essencialmente Derivada
• Híbrido
• Amostra Viva
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DEFINIÇÕES SEGUNDO A LEI Nº 9.456/97


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• Certificado de Proteção a cultivar que, utilizada em


• Descritor plantio, em escala comercial,
• apresente variabilidade mínima
Cultivar quanto aos descritores que a
• Nova Cultivar identifiquem, segundo critérios
• Cultivar Distinta estabelecidos pelo órgão
• competente;
Cultivar Homogênea
• Cultivar Estável
• Cultivar Essencialmente Derivada
• Híbrido
• Amostra Viva
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DEFINIÇÕES SEGUNDO A LEI Nº 9.456/97


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• Certificado de Proteção
• a cultivar que, reproduzida em
Descritor escala comercial, mantenha a
• Cultivar sua homogeneidade através de
• Nova Cultivar gerações sucessivas.
• Cultivar Distinta
• Cultivar Homogênea
• Cultivar Estável
• Cultivar Essencialmente Derivada
• Híbrido
• Amostra Viva
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DEFINIÇÕES SEGUNDO A LEI Nº 9.456/97


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• Certificado de Proteção
• Descritor
• Cultivar
• Nova Cultivar
• Cultivar Distinta
• Cultivar Homogênea
• Cultivar Estável
• Cultivar Essencialmente Derivada
• Híbrido
• Amostra Viva
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DEFINIÇÕES SEGUNDO A LEI Nº 9.456/97


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• Certificado de Proteção
• Descritor
• Cultivar o produto imediato do cruzamento
entre linhagens geneticamente
• Nova Cultivar diferentes.
• Cultivar Distinta
• Cultivar Homogênea
• Cultivar Estável
• Cultivar Essencialmente Derivada
• Híbrido
• Amostra Viva
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DEFINIÇÕES SEGUNDO A LEI Nº 9.456/97


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• Certificado de Proteção
• Descritor
• Cultivar
• A fornecida pelo requerente do
Nova Cultivar direito de proteção que, se
• Cultivar Distinta utilizada na propagação da
• Cultivar Homogênea cultivar, confirme os descritores
• apresentados.
Cultivar Estável
• Cultivar Essencialmente Derivada
• Híbrido
• Amostra Viva
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DEFINIÇÕES SEGUNDO A LEI Nº 9.456/97


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Cultivar essencialmente derivada: é essencialmente


derivada a cultivar que for cumulativamente:

a) predominantemente derivada da cultivar inicial ou


de outra cultivar essencialmente derivada, sem perder
a expressão das características essenciais que resultem
do genótipo ou da combinação de genótipos da cultivar da
qual derivou, exceto no que diz respeito às diferenças
resultantes da derivação;

b) claramente distinta da cultivar da qual derivou, por


margem mínima de descritores, de acordo com critérios
estabelecidos pelo órgão competente;
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DEFINIÇÕES SEGUNDO A LEI Nº 9.456/97


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Continuando...

c) não tenha sido oferecida à venda no Brasil há mais de


doze meses em relação à data do pedido de proteção e que,
observado o prazo de comercialização no Brasil, não tenha
sido oferecida à venda em outros países, com o
consentimento do obtentor, há mais de seis anos para
espécies de árvores e videiras e há mais de quatro anos para
as demais espécies;
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CULTIVAR ESSENCIALMENTE DERIVADA (CED)


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Uma cultivar é considerada essencialmente derivada de


uma outra cultivar (cultivar inicial) se:
• For predominantemente derivada da cultivar inicial;
• Se distinguir claramente da cultivar inicial;
• Corresponder à cultivar inicial na expressão das
características essenciais.
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Fonte: UPOV
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FORMAS DE OBTENÇÃO DA CED


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As Cultivares Essencialmente Derivadas podem ser obtidas,


entre outros, por:
• Seleção de um mutante natural ou induzido, ou de
uma variação somaclonal, embora nem todas as
mutações sejam consideradas como essencialmente
derivadas.
• Seleção de um indivíduo variante escolhido entre as
plantas da cultivar inicial;
• Retrocruzamentos ou transformações efetuadas por
meio de engenharia genética.
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PORQUE PROTEGER CEDS


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• O objetivo dos dispositivos legais da Convenção da


UPOV a respeito de CED é encorajar o melhoramento
de plantas ao fornecer uma proteção efetiva ao
melhorista clássico e à cooperação entre os melhoristas
clássicos e aqueles que empregam técnicas como a
engenharia genética.

• Sem esta legislação, qualquer empresa de biotecnologia


poderia, por exemplo, agregar resistência à herbicida em
uma cultivar protegida, proteger a nova cultivar e
comercializá-la sem que o obtentor da cultivar que foi
utilizada inicialmente fosse recompensado.
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Cultivar Transgênica
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Necessita aprovação pelo CTNBio


• A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio)
faz parte do MCTIC e presta apoio técnico e de
assessoramento ao Governo Federal na formulação,
atualização e implementação da Política Nacional de
Biossegurança (PNB) de Organismos Geneticamente
Modificados (OGM) e seus derivados, bem como no
estabelecimento de normas técnicas de segurança e de
pareceres técnicos referentes à autorização para atividades
que envolvam pesquisa e uso comercial de OGM e seus
derivados, com base na avaliação de seu risco
zoofitossanitário, à saúde humana e ao meio ambiente.

Texto interessante:
http://www.murilobd.com/fer/wp-content/uploads/Avalia
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%C3%A7%C3%A3o-dos-Riscos-Ambientais-de-Plantas-Transg
%C3%AAnicas.pdf
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Cultivar Transgênica
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Após a aprovação pela CTNBio, compete ao Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a emissão
de autorizações e registros, bem como a fiscalização
de produtos e atividades que utilizem organismos
geneticamente modificados e seus derivados destinados
ao uso animal, na agricultura, na pecuária, na
agroindústria e áreas afins.

• Sob responsabilidade da Coordenação de Biossegurança,


vinculada à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA).
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

PARA OBTENÇÃO DE CULTIVAR NO BRASIL


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

A cultivar somente poderá obter proteção legal por direito


sui generis de propriedade intelectual, caso reúna cinco
atributos.
• Novidade,
• Denominação própria,
• Distinguibilidade (D),
• Homogeneidade (H),
• Estabilidade (E) (Art. 30, incisos IV e V da LPC/1997)
Art. 19. Publicado o pedido de proteção, será concedido, a título
precário, Certificado Provisório de Proteção, assegurando, ao titular,
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o direito de exploração comercial da cultivar, nos termos desta Lei.


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Condições para Proteção


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Fonte: UNEMAT
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

1. NOVIDADE
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• A novidade não tem relação com a atividade


inventiva e diz respeito ao tempo de comercialização.

• Para ser considerada nova, a cultivar de qualquer


espécie não pode ter sido comercializada ou
oferecida à venda há mais de 12 meses, no Brasil,
com o consentimento do obtentor; ou há mais de
seis anos, no exterior, para espécies de árvores e
videiras, e ainda há mais de quatro anos, para as
demais espécies.

Assim, o obtentor deve estar atento a determinadas ações


promocionais ou de lançamento das cultivares, para não
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colocar em risco a sua novidade.


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

PERÍODO DE GRAÇA DO CULTIVAR


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• É o período compreendido entre a primeira


comercialização e o prazo limite para solicitar a
proteção da cultivar.
• Pela LPC, considera-se comercialização a primeira
operação comercial envolvendo semente genética,
básica e certificada da cultivar.
• Pela Lei de Sementes e Mudas, comércio é o ato de
anunciar, expor à venda, ofertar, vender, consignar,
reembalar, importar ou exportar sementes ou
mudas.
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

TEMPO LIMITE DE NOVIDADE NO BRASIL E NO


EXTERIOR, PARA FINS DE PEDIDO DE PROTEÇÃO
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

2. DENOMINAÇÃO DA CULTIVAR
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Art. 15 da LPC - Toda cultivar deverá possuir


denominação que a identifique, destinada a ser sua
denominação genérica, devendo para fins de proteção,
obedecer aos seguintes critérios:

I - ser única, não podendo ser expressa apenas de forma


numérica;

II - ter denominação diferente de cultivar preexistente;

III - não induzir a erro quanto às suas características


intrínsecas ou quanto à sua procedência.
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

DENOMINAÇÃO DA CULTIVAR
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

A atribuição de um nome a um cultivar é


obrigatoriamente feita em conformidade com o
estabelecido no
Código Internacional de Nomenclatura de Plantas Culti
vadas
(ICNCP ou Código das Plantas Cultivadas).
No Brasil, a denominação é verificada e controlada
pela UPOV.
A atribuição de um nome exige a demonstração que o
cultivar é diferente de qualquer outro já registrado e
que pode ser propagado de forma consistente
mantendo as características descritas da através da
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metodologia para tal proposta.


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

• É vedada a existência de duas cultivares com a mesma


denominação. A legislação determina que a cultivar deve ter
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

denominação própria, não agregue valor, qualidade própria e nem


esteja vinculada a pontos geográficos.

• É vedada a utilização de nomes genéricos da espécie na


denominação da cultivar, comum a todas as variedades da espécie;

• As palavras que sugerem características da cultivar podem gerar


problemas, causando confusão ou induzindo a erro o produtor
interessado na compra da semente;

• A denominação da cultivar não pode ser de apenas uma palavra que


ressalte atributos comuns a outras cultivares da mesma espécie. Ex.:
longo, curto, amarela, precoce;
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63
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Denominação - Grupos de cultivares


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• “Em vários grupos taxonômicos, muitas formas e


variedades, descritas no passado, são tratadas
atualmente como cultivares (Trehane et al., 1995)...,
existindo a categoria grupos de cultivares que
indicam conjuntos de cultivares com características
em comum.”
• “Assim, seria possível utilizar a denominação
Passiflora edulis grupo edulis para os maracujás-roxos
e Passiflora edulis grupo flavicarpa para os maracujás
amarelos”.

Fonte: http://ivrtpm.cpac.embrapa.br/homepage/capitulos/cap_22.pdf
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

REGRAS DE DENOMINAÇÃO DA CULTIVAR


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Uma cultivar protegida deve ter denominação única e


não pode ser identificada de outra forma.
• É proibido utilizar uma denominação de marca
registrada no Instituto Nacional de Propriedade
Industrial (INPI) como denominação de cultivar.
• Em todos os processos de produção para fins
comerciais, é obrigatória a utilização da
denominação aprovada por ocasião da proteção,
mesmo quando a cultivar estiver em domínio público.
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

REGRAS DE DENOMINAÇÃO DA CULTIVAR


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A denominação da cultivar não pode ser grafada apenas


de forma numérica, sendo as seguintes combinações
possíveis:
• De uma a três palavras (ex.: Abalone, Nascente Aracê,
Dazzling Yonew York).
• Alfanumérica (ex.: BRS 185).
• Palavras e letras (ex.: IPR Uirapuru).
• Palavras e números (ex.: Silotec 20).
• Não é permitida a utilização de quaisquer sinais
gráficos, exceto em palavras que assim os exijam (ex.:
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FMT Beija-flor).
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

3. DISTINGUIBILIDADE
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• A distinguibilidade é atestada comparando-se as


cultivares por meio de um conjunto de características
definidas pelo órgão de proteção e divulgadas em
publicação oficial, chamado de descritor.
• A escolha das características que comporão os
descritores de cada espécie vegetal leva em conta as
características morfológicas, fisiológicas ou
moleculares mais marcantes e possíveis de serem
transmitidas a cada geração que a cultivar for
multiplicada, como por exemplo o formato, coloração
e tamanho dos frutos, tamanho das pétalas, ondulação
da margem das folhas.
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

CULTIVAR DISTINTA
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

É aquela que se distingue claramente de qualquer outra


cuja existência seja conhecida na data do pedido de
proteção.

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Podem não ser claras


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Diferenças claras
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

4. HOMOGENEIDADE
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Homogeneidade significa verificar se a cultivar


candidata à proteção, quando cultivada, mantém um
padrão uniforme, considerando as características
que foram utilizadas para descrevê-la, com base nos
documentos.

• Os padrões para avaliação da homogeneidade variam


de espécie para espécie, em função da biologia
reprodutiva e do tipo de propagação.
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

CULTIVAR HOMOGÊNEA
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Aquela que é suficientemente uniforme nas suas


características relevantes (particularidades do método
propagação/biologia reprodutiva).

Não homogênea
Homogênea
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

5. ESTABILIDADE
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• É considerada estável a cultivar que mantém suas


características preservadas, em relação aos
descritores, em todas as gerações, quando
multiplicada em cultivos sucessivos.
• Para analisar a estabilidade de uma cultivar, deve-se
partir da análise de homogeneidade.
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

CULTIVAR ESTÁVEL
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Aquela que mantenha suas características relevantes


inalteradas após sucessivas propagações.
Estável

Material original Geração 1 Geração 2 Geração n


Não estável
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Material original Geração 1 Geração 2 Geração n


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

TESTES DHE
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• São ensaios de campo nos quais são testadas as


características de distingüibilidade (diferenças claras
de qualquer outra cuja existência na data do pedido de
proteção seja reconhecida), homogeneidade
(uniformidade entre plantas dentro da mesma geração)
e estabilidade (manutenção das características através
de gerações sucessivas) da cultivar, segundo
critérios estabelecidos pelo SNPC.
• São realizados pelos melhoristas em estações
experimentais.
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Testes de Distinguibilidade
e Homogeneidade
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Ensaios de Campo
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Testes de Distinguibilidade
e Homogeneidade
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Ensaios em Casa de Vegetação


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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

AMOSTRA VIVA
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• A legislação brasileira de proteção de cultivares define amostra


viva como aquela fornecida pelo requerente do direito de
proteção que, se utilizada na propagação da cultivar,
confirme os descritores apresentados. São sementes ou
partes da planta (estacas, borbulhas, folhas, bulbos etc.) que
podem ser utilizadas na propagação da planta.

• A amostra viva entregue ao SNPC (LADIC - Laboratório de


Análise, Diferenciação e Caracterização de Cultivares) fará
parte de coleção a ser mantida em condições ideais de
conservação, preservando a sua genética durante todo o
período de proteção da cultivar, que poderá ser de 15 ou 18
anos, conforme a espécie.
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Amostras Viva
LPC - Seção VI
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Da Concessão do Certificado de Proteção de Cultivar

• Art. 22. Obtido o Certificado Provisório de Proteção ou o


Certificado de Proteção de Cultivar, o titular fica obrigado
a manter, durante o período de proteção, amostra viva da
cultivar protegida à disposição do órgão competente,
sob pena de cancelamento do respectivo Certificado se,
notificado, não a apresentar no prazo de sessenta dias.
• Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput deste
artigo, quando da obtenção do Certificado Provisório de
Proteção ou do Certificado de Proteção de Cultivar, o titular
fica obrigado a enviar ao órgão competente duas amostras
vivas da cultivar protegida, uma para manipulação e
exame, outra para integrar a coleção de germoplasma.
PI – Aula 7
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

OBTENTOR, MELHORISTA, REQUERENTE E TITULAR


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Obtentor - financiador da pesquisa, o detentor dos


direitos patrimoniais decorrentes da proteção de cultivar.

• Melhorista - criador, detentor dos direitos morais.

• O obtentor, por direito, pode requerer a proteção da


cultivar, identificando-se como requerente.
• Após a concessão da proteção da cultivar o
requerente torna-se titular da mesma.
• O titular pode transferir seus direitos sobre uma
cultivar para uma outra pessoa.
PI – Aula 7
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Divulgação de espécies e descritores


(LPC)
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Art. 4º - ...nova cultivar ou a cultivar essencialmente


derivada...
...
§ 2º Cabe ao órgão responsável pela proteção de
cultivares divulgar, progressivamente, as espécies
vegetais e respectivos descritores mínimos
necessários à abertura de pedidos de proteção, bem
como as respectivas datas-limite para efeito do inciso I
do parágrafo anterior.
PI – Aula 7
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Espécies em Proteção
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
PI – Aula 7

Fonte: Zanatta, R. M. SNPC, Chefe de Divisão Técnica do SNPC, outubro de 2014


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Espécies em Proteção.
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
PI – Aula 7

Fonte: Zanatta, R. M. SNPC, Chefe de Divisão Técnica do SNPC, outubro de 2014


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Histórico da produção de grãos e área utilizada


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
PI – Aula 7

Fonte: Zanatta, R. M. SNPC, Chefe de Divisão Técnica do SNPC, outubro de 2014


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

QUEM SOLICITA PROTEÇÃO


Perfil dos solicitantes
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
PI – Aula 7
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Pedidos de Proteção até 2012


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
PI – Aula 7

Fonte: Zanatta, R. M. SNPC, Chefe de Divisão Técnica do SNPC, outubro de 2014


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

CULTURAS MAIS PROTEGIDAS NO BRASIL


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
PI – Aula 7
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Evolução do número de cultivares protegidas


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
PI – Aula 7

Fonte: Zanatta, R. M. SNPC, Chefe de Divisão Técnica do SNPC, outubro de 2014


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

DURAÇÃO DA PROTEÇÃO
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Art. 11. A proteção da cultivar vigorará, a partir


da data da concessão do Certificado Provisório
de Proteção, pelo prazo de quinze anos,
excetuadas as videiras, as árvores frutíferas,
as árvores florestais e as árvores ornamentais,
inclusive, em cada caso, o seu porta-enxerto,
para as quais a duração será de dezoito
anos.
PI – Aula 7
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

DURAÇÃO DA PROTEÇÃO
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
PI – Aula 7

Fonte: UNEMAT
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Solicitação de proteção de uma cultivar


vegetal no Brasil
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Mediante a apresentação física de uma série de documentos junto


ao SNPC, em Brasília.
• O requerimento de proteção poderá ser feito pelo próprio obtentor,
por seu representante legal ou pelo cessionário do direito sobre a
cultivar.
• A proteção é fundamentada em declaração juramentada, ou seja,
o responsável pelas informações prestadas ... pode responder
penalmente, caso as informações não correspondam ao objeto
submetido à proteção (cultivar candidata).
• Para o requerimento de proteção, é necessário o preenchimento
de formulários disponíveis no portal do MAPA
• Sistema CultivarWeb - permite ao usuário obter o formulário de
requerimento de proteção de cultivares, armazenar os dados para
posterior envio e acompanhar o andamento dos requerimentos
PI – Aula 7

encaminhados ao SNPC.
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Etapas do Requerimento da Proteção


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• 1ª ETAPA: preenchimento e envio eletrônico do Formulário


1 - Requerimento de Proteção de Cultivares;
• 2ª ETAPA: impressão e assinatura do Formulário de
Requerimento (já enviado eletronicamente) e dos Formulários
2 e 3 disponíveis para download na página principal do
SNPC: Relatório Técnico e de Instruções de DHE e Tabela de
Descritores Mínimos;
• 3ª ETAPA: pagamento da taxa referente ao requerimento de
proteção de cultivares (conforme instruções na página
principal do SNPC);
• 4ª ETAPA: encaminhamento dos formulários e demais
documentos ao SNPC;
• 5ª ETAPA: protocolização do requerimento pelo SNPC.
PI – Aula 7
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

“Manual” do
MAPA
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http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/
91
INFORMACOES_AOS_USUARIOS_SNPC_22ag
o2016.pdf
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Busca de cultivares protegidas


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• No SERVIÇO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE CULTIVARES –


SNPC: http://
sistemas.agricultura.gov.br/snpc/cultivarweb/cultivares_protegid
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PI – Aula 7

http://
www.agricultura.gov.br/assuntos/insumos-agropecuarios/insumos-agricolas/protecao-de-cultivar/cultivares-protegidas
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Publicações
• MAPA /
Secretaria de
Desenvolvimento
Agropecuária e
Cooperativismo,
2011

http://
PI – Aula 7

www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Livro_
Protecao_Cultivares.pdf
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Restrições ao direito do titular


Ações que não ferem o direito da propriedade
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• Art. 10. Não fere o direito de propriedade sobre a


cultivar protegida aquele que:
• I - reserva e planta sementes para uso próprio, em seu
estabelecimento ou em estabelecimento de terceiros cuja posse
detenha;
• II - usa ou vende como alimento ou matéria-prima o produto
obtido do seu plantio, exceto para fins reprodutivos;
• III - utiliza a cultivar como fonte de variação no melhoramento
genético ou na pesquisa científica;
• IV - sendo pequeno produtor rural, multiplica sementes, para
doação ou troca, exclusivamente para outros pequenos
produtores rurais, no âmbito de programas de financiamento ou
de apoio a pequenos produtores rurais, conduzidos por órgãos
públicos ou organizações não-governamentais, autorizados pelo
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Poder Público.
Fonte: Lei 9456/1997
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Restrições ao direito do titular


Ações que não ferem o direito da propriedade
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Art. 28. A cultivar protegida nos termos desta Lei poderá


ser objeto de licença compulsória ...
Art. 29. Entende-se por licença compulsória o ato da autoridade competente
que, ..., autorizar a exploração da cultivar independentemente da
autorização de seu titular, por prazo de três anos prorrogável por iguais
períodos, sem exclusividade e mediante remuneração na forma a ser
definida em regulamento.
• Art. 36. A cultivar protegida será declarada de uso
público restrito, ex officio pelo MAPA, com base em
parecer técnico ..., no exclusivo interesse público, para
atender às necessidades da política agrícola, nos casos
de emergência nacional, abuso do poder econômico,
ou outras circunstâncias de extrema urgência e em
casos de uso público não comercial.
PI – Aula 7

Fonte: Lei 9456/1997


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

EXTINÇÃO DA PROTEÇÃO/
CANCELAMENTO DA PROTEÇÃO
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• Expiração do prazo
• Renúncia do titular
• Pelo cancelamento do Certificado:
Ausência de pagamento da anuidade;
Titular deixar de ter procurador no Brasil;
Não apresentação da amostra viva;
Comprovação que a cultivar tenha causado
impacto desfavorável ao meio ambiente ou à saúde
humana.
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Nulidade da Proteção
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Cultivar não tinha novidade ou distinguibilidade.

• Tiver sido concedida contrariando direitos de


terceiros.

• Título não corresponder a seu verdadeiro objeto.

• Omissão de providências determinadas pela Lei.

• Prazo expirado
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Utilização de Cultivares Protegidas


Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

“ Com a LPC, os melhoristas ou Programas de


Melhoramento detentoras dos certificados de proteção,
podem cobrar royalties pela utilização de cultivares
protegidas. No caso que espécies propagadas por
sementes (a soja, p.ex.), esse valor é cobrado do
agricultor quando ele compra sementes certificadas.
Para isso, as empresas produtoras de sementes tem
que assinar contratos de licenciamento de cultivares
com as empresas detentoras...
Como exemplo, a EMBRAPA tem assinado contratos de
licenciamento de cultivares protegidas de soja com valor
entre 3 a 5% do custo da semente.” (BESPALHOK F., J. C.)
PI – Aula 7
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

LEI Nº 13.123, DE 20 DE MAIO DE 2015


(Nova Lei da Biodiversidade)
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Art. 2º Além dos conceitos e das definições constantes da Convenção


sobre Diversidade Biológica - CDB, promulgada pelo Decreto no
2.519, de 16 de março de 1998, consideram-se para os fins desta Lei:

• XXXII - variedade tradicional local ou crioula - variedade


proveniente de espécie que ocorre em condição in situ ou mantida
em condição ex situ, composta por grupo de plantas dentro de um
táxon no nível mais baixo conhecido, com diversidade genética
desenvolvida ou adaptada por população indígena,
comunidade tradicional ou agricultor tradicional, incluindo
seleção natural combinada com seleção humana no ambiente
local, que não seja substancialmente semelhante a cultivares
comerciais;
PI – Aula 7
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Referências
• CARVALHO, S.M.P., SALLES FILHO, S.L.M., PAULINO, S.R. Propriedade intelectual
e organização da pesquisa e desenvolvimento vegetal: evidências preliminares da
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

implantação da Lei de Proteção de Cultivares. RER, Rio de Janeiro, v. 45, n. 1,


jan/mar 2007, 009-026 p.
• FURTADO, L.R. Sistema de propriedade industrial no direito brasileiro. Brasília:
Brasília Jurídica, 1996, 239 p.
• GARCIA, S.B.F. A proteção jurídica das cultivares no Brasil:plantas transgênica e
patentes. Curitiba: Juruá, 2004.
• SERVIÇO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE CULTIVAR - órgão competente para a
aplicação da lei e para acatar os pedidos de proteção de cultivares.
http://www.agricultura.gov.br/
• SERVIÇO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE CULTIVAR.
http://www.agricultura.gov.br/vegetal/registros-autorizacoes/protecao-cultivares/denomi
nacao-cultivares
http://www.upov.int/pluto/data/current.pdf
• VIEIRA, .C.P., BUAINAIN, A.M., SILVEIRA, J.M.F.J., JUNIOR, P.A.V. Proteção da
biotecnologia na agricultura. Revista da Associação Brasileira da Propriedade
Intelectual, 2007, 39-55 p.
• JUNGMANN, D. M.. A caminho da inovação: proteção e negócios com bens de
propriedade intelectual: guia para o empresário/Diana de Mello Jungmann, Esther
PI – Aula 7

Aquemi Bonetti. – Brasília: IEL, 2010. 125 p.: il. ISBN 978-85-87257-49-9
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

O que trabalhamos nesta disciplina


 Apresentação da Disciplina Conceitos e Aplicações da
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

Propriedade Intelectual
Introdução e evolução histórica da PI
Acordos Internacionais e Marcos Legais
 Marcas
 Direitos Autorais
 Programa de Computador. Desenhos de Circuito Integrado
 Patentes de Invenção e Modelos de Utilidade
 Desenho Industrial
Proteção dos Cultivares
 Indicação Geográfica
PI – Aula 7

Gestão da Propriedade Intelectual


Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de
Propriedade Intelectual

Atividade da aula
1. Estudo de caso (dividir em 5 equipes)
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

2. Buscar três diferentes exemplos de cultivares


(arbóreas, videiras e outras) que foram protegidas nos
últimos dois anos no Brasil. Fazer breve apresentação.
3. Quais as sanções previstas em Lei com respeito à
proteção de variedades vegetais?
4. Extra-classe: fazer a leitura e análise crítica dos dois
textos indicados abaixo para entrega de uma resenha
(no máximo 4 páginas) na próxima semana.
Título: PROTEÇÃO DE CULTIVARES E PATENTES DE INVENÇÃO: UMA COEXISTÊNCIA
POSSÍVEL.
Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Homero_Dewes/publication/
313317029_PROTECAO_DE_CULTIVARES_E_PATENTES_DE_INVENCAO_UMA_COEXISTENCIA_PO
SSIVEL/links/5898b774aca2721f0daf37d3/PROTECAO-DE-CULTIVARES-E-PATENTES-DE-INVENCAO-
UMA-COEXISTENCIA-POSSIVEL.pdf
PI – Aula 7

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