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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de Transferência de Tecnologia

Aula 5
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

O que é permitido fazer com a tecnologia?

[Termos contratuais]
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Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de Transferência de Tecnologia

O que trabalhamos nesta disciplina

✓Introdução à Transferência de Tecnologia


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✓Tipos de Transferência de Tecnologia e identificação de parcerias para a


Transferência de Tecnologia e noções de negociação
✓Sua tecnologia é promissora? Ela é capaz de gerar novos negócios?
✓Estratégia e vantagens da Transferência de Tecnologia

✓O que é permitido fazer com a tecnologia?


✓Tipos de vantagens econômicas financeiras e não-financeiras
✓Valoração de ativos de Propriedade Intelectual
✓Contratos de Transferência de Tecnologia e registro no INPI
✓Gestão de projetos de inovação
✓A hélice tripla, os habitats de inovação e a promoção de negócios inovadores a
partir da academia
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Objetivos da aula
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• Introduzir os aspetos dos termos contratuais que


regem o que é permitido fazer com a tecnologia.
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Agenda

• Transferência de direitos de tecnologia ou transferência de


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direitos de conhecimento?
• Territorialidade
• Direitos sobre tecnologia;
• Licenciamento e cessão
• Cessão de marcas, patentes, desenho industrial, programa de
computador, direito autoral.
• Objeto/Direitos do licenciamento
• Tipos de licenciamento
• Modificações e aperfeiçoamentos
• Acordos
• Transferência de know-how;
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• Assistência técnica.
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Direitos sobre tecnologia ou conhecimento ?

• Objeto imediato
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transmissão (parcial ou total) de determinadas faculdades em favor de


terceiros – Direitos de titular, autor/inventor, proprietário.
• Objeto mediato
Bens intangíveis – imateriais.
• Conhecimento
Comunica-se, conhece-se, tem restrições de uso.

VIDAL-QUADRAS TRIAS DE BES, Miguel. Transferencia de tecnología: contratos de cesión y licencia de patentes y know-how.Barcelona: Las
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Claves del Derecho, 2015.


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Direitos sobre tecnologia ou conhecimento ?


• Tecnologia é um dos campos do conhecimento
• Também é possível transferir conhecimentos, que não necessariamente sejam
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tecnologias, o que pode gerar impactos:


• Econômicos
• Sociais
• Culturais
• Pessoais
• Exemplos de transferência de conhecimento
• Conhecimento codificado, expresso por linguagens, inclusive a matemática,
transferida, por exemplo, pela literatura científica ou patentes, que não
necessariamente sejam considerado tecnologia.
• Conhecimento codificado e know-how adquirido por meio de estudos, instruções
e experiência, transferido por meio do trabalho, estágio, ou intercâmbio de
pesquisadores experientes em empresas, por exemplo
• Conhecimento incluso nos artefatos (prontos ou não para uso), como máquinas,
software, novos materiais ou até organismos modificados
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EUROPEIAN COMISSION. Metrics for Knowledge Transfer from Public Research Organisations in Europe. Report from the European
Commission’s Expert Group on Knowledge Transfer Metrics, Bruxelas, 2009. Disponível em: < http://ec.europa.eu/invest-in-
research/pdf/download_en/knowledge_transfer_web.pdf>. Acesso em10 mar. 2017.
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Territorialidade da proteção
• Propriedade industrial = Proteção nacional - licença deve se
referir a cada uma das proteções nacionais
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• Possível concessão de licenças para mais de um território a


mesmo licenciado, ou a cada território licenciar para pessoas
diferentes
"É necessário lembrar neste ponto, o princípio da
independência das patentes: cada Estado emite suas
próprias patentes, que têm validade em seu território.
Não há ainda patente internacional, e nem tem qualquer
valor a patente estrangeira. Assim, a licença tem de se
referir a cada uma destas patentes nacionais, sem que
uma concessão para um país implique em licença
parcial." (p. 26)
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BARBOSA, Denis Borges. Contratos de propriedade intelectual. s/n. Disponível em:


<http://www.denisbarbosa.addr.com/arquivos/apostilas/ufrj/contratos_propriedade_intelectual.pdf >. Acesso em: 10 jun. 2016.
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Direitos sobre tecnologia no Brasil

“[...] Sendo possível negociar:


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✓- Patente de invenção e modelo de utilidade;


✓- Registro de topografia de circuito integrado, desenho industrial,
programa computador, obra científica;
✓- Certificado de cultivar;
✓- Pedido de patente, de registro e de certificado;
✓- Marcas;
✓- Conhecimentos tradicionais e acesso a biodiversidade
✓- Direitos de autor - complementar incluindo: obras científicas, artísticas e
correlatas, (além dos programas de computador);
✓- Itens protegíveis por propriedade industrial;
✓- Não patenteadas, registradas ou certificadas, como segredo industrial,
informação tecnológica não divulgada”.
PIMENTEL, Luiz Otávio. Contratos: introdução aos contratos de prestação de serviços de pesquisa, parceria de pesquisa e desenvolvimento,
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comercialização de tecnologia e propriedade intelectual de instituições científicas e tecnológicas. In: SANTOS, Marli Elizabeth Ritter;
TOLEDO, Patrícia T. M. de; LOTUFO, Roberto de Alencar (orgs.). Transferência de tecnologia: estratégias para a estruturação e gestão de
Núcleos de Inovação Tecnológica. Campinas -SP: Komedi, 2009. p. 277. Disponível em:
<http://www.inova.unicamp.br/sites/default/files/documents/Livro%20Transferencia%20de%20tecnologia_0.pdf> . Acesso em: 20 mar. 2016.
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Direitos sobre tecnologia na Europa


• Acordos de transferência de tecnologia envolvem direitos sobre
tecnologia
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• Direitos de Tecnologia (RECATT, 2014 - Regulamento União


Europeia n. 316/2014)
• Conhecimentos técnicos / tecnológicos ou (know how)
• Direitos de propriedade intelectual (incluindo as solicitações) - PI
• Patentes
• Marcas
• Modelos de utilidade
• Desenhos industriais
• Topografias de circuito integrado
• Certificados de adição
• Cultivares
• Direitos de autor sobre programa de computador
• Outros direitos de autor
• Conhecimentos tradicionais
• Acesso a biodiversidade
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VIDAL-QUADRAS TRIAS DE BES, Miguel. Transferencia de tecnología: contratos de cesión y licencia de patentes y know-how.Barcelona: Las
Claves del Derecho, 2015. UNIÃO EUROPEIA. Regulamento n. 316, de 21 de março de 2014. Disponível em:
<http://www.boe.es/doue/2014/093/L00017-00023.pdf>. Acesso em 10 jun. 2016.
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Licenciamento e cessão

Exploração de direitos de propriedade intelectual


Alguns Tipos de Acordos
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• Exploração de direitos de
•Locação propriedade intelectual
•Licença •Compra
•Cessão e • Cessão
•Venda • Licença


• Aquisição de conhecimentos
tecnológicos
• Fornecimento de tecnologia
(know how)
• Prestação de serviços
Bens Bens • Franquias
Incorpóreos corpóreos • Licença compulsória
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BRASIL. Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Ato Normativo do INPI n. 16, de 18 de março de 2013. Dispõe sobre a normalização para
a averbação e o registro de contratos de transferência de tecnologia e de franquia. Disponível em: <http://www.inpi.gov.br/legislacao-
1/instrucao_normativa_16-2013.pdf>. Acesso em 11 jun. 2016.
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Licenciamento e cessão
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Licenciamento de
direitos
• Titular concede ao licenciado a permissão de
Cessão de direitos
explorar / usar a tecnologia.
• Não há transferência da titularidade da PI • Titular transfere a titularidade de direitos de
propriedade intelectual concedidos, ou solicitados /
• Em geral negociam-se as condições das depositados (potencial direito) ou que propriedade
obrigações da manutenção e defesa da PI intelectual registráveis ou cuja autoria seja
licenciada. comprovável por meio de apresentação de
• Oficializa uma parceria vantajosa para qualquer meio físico ou virtual que demonstre a
ambos, com o compartilhamento de ganhos materialização da idéia
auferidos pela licença de uso concedida pelo • Indivisivibilidade
licenciante.
• Campos tecnológicos e territórios devem ser
• Autoriza que terceiros tenham acesso à definidos
tecnologia para explorá-la

BRASIL. Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996 (Lei de propriedade industrial). Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm>. Acesso em 11 jun. 2016.
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BARBOSA, Denis Borges. Contratos de propriedade intelectual. s/n. Disponível em:


<http://www.denisbarbosa.addr.com/arquivos/apostilas/ufrj/contratos_propriedade_intelectual.pdf >. Acesso em: 10 jun. 2016.
ASSAFIM, João Marcelo de Lima. A transferência de tecnologia no Brasil: aspectos contratuais e concorrenciais da Propriedade Industrial. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2005.
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Cessão de Marcas
Cessão direitos PI - marcas
• Marca – indivisibilidade
• Cessão envolve todos os pedidos e marcas registradas
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• Todos os pedidos e registros de marca devem estar na cessão. Os pedidos


ou registro de marca não relacionados serão arquivados e cancelados.
• Campos tecnológicos e territórios devem ser definidos
• Exceções
• Cessão entre empresas do mesmo grupo – Parecer Normativo nº INPI
PROC DIRAD nº 012 de 2008
• Acordo de convivência - Parecer Técnico INPI/CPAPD nº 001/2012 /
Processo INPI nº 03559/2012

“A transferência por cessão aplica-se aos casos em que uma empresa,


denominada cedente, transfere os direitos sobre as marcas por meio de um
instrumento de cessão a outra empresa, denominada cessionária.”
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BRASIL. Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Manual de Marcas, 2016. Disponível em:
<http://manualdemarcas.inpi.gov.br/projects/manual/wiki/08_Transfer%C3%AAncia_de_direitos#81-Transfer%C3%AAncia-por-
cess%C3%A3o>. Acesso em: 10 jun. 2016.
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Cessão de Patentes

Cessão de direitos PI – patentes


A cessão de direitos é REGIDA por CONTRATO que formaliza o objeto de uma
NEGOCIAÇÃO.
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NÃO SE TRANSFERE UMA PATENTE E SIM UMA TECNOLOGIA com suas


propriedades industriais e intelectual.
Normalmente são negociados direitos para PRODUZIR, VENDER, etc., algo
protegido por meio de uma ou mais de uma patente, bem como o know how
necessário para que o licenciado ou cessionário consiga levar a bom termo o
resultado almejado que trará benefícios para ambos.
Há indivisibilidade do conteúdo da patente em si, e não do conteúdo jurídico:
• Não é possível ceder, por exemplo, uma das reivindicações, que é proveniente
da própria unidade da invenção;
• Cessão parcial – existe interpretação polêmica do texto legal;
• É possível a limitação da cessão quanto ao território, mas quanto ao tempo, já
é mais complicado, confundindo-se com a licença.
É proibida cessão de patentes de interesse de defesa nacional.
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BARBOSA, Denis Borges. Contratos de propriedade intelectual. s/n. Disponível em:


<http://www.denisbarbosa.addr.com/arquivos/apostilas/ufrj/contratos_propriedade_intelectual.pdf >. Acesso em: 10 jun. 2016.
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Cessão de DI

Cessão direitos DI – desenho industrial


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• Aplica-se a desenho industrial as mesmas


disposições referentes a cessão e licença
aplicáveis a patentes.

LPI, Art. 121. As disposições dos arts. 58 a 63


aplicam-se, no que couber, à matéria de que
trata o presente Título, disciplinando-se o direito
do empregado ou prestador de serviços pelas
disposições dos arts. 88 a 93.
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BRASIL. Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996 (Lei de propriedade industrial). Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm>. Acesso em 11 jun. 2016.
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Cessão de Software
Cessão direitos – programa de computador
Proteção programa de computador: direito autoral
• Licença de uso, de comercialização e distribuição, que não envolvam
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fornecimento de conhecimento tecnológico


• Não são considerados contratos de transferência de tecnologia
• Transferência de tecnologia
• Há transferência de conhecimento tecnológico
• No caso de cessão, há a transferência da titularidade sobre o
conhecimento tecnológico protegido por registro
• Contempla uma licença de uso para a comercialização de um programa de
computador
• sempre envolve transferência de conhecimento acumulado pelo autor, a
fim de que o licenciado consta fazer o uso adequado da tecnologia, nem
sempre envolvendo a abertura do código-fonte.
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Cessão de Direito autoral

Cessão direitos PI – direito autoral


• Transferência de Tecnologia / conhecimento – possível proteção de direitos
autorais
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• Cessão de direitos autorais – contratos de transferência de tecnologia


e/ou conhecimento
• Pode ser:
• Parcial
• Total
• Todos os direitos do autor, exceto os de natureza moral
• Necessário contrato escrito - se não houver contrato escrito,
cessão durará no máximo 5 anos
• Só possível uso nas modalidades existentes na época do
contrato
• Necessidade de especificar modalidades de uso - interprestação
restritiva
• Cessão presume-se onerosa
• Elementos essenciais: objeto; condições de exercício dos direitos;
tempo; lugar e preço
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• Obras futuras - período máximo de 5 anos


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Licenças
Objeto/Direitos do
licenciamento Tipos de licenciamento
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• Fabricar produtos com a ✓ Área geográfica: Territorialidade


tecnologia ✓ Exclusividade: Exclusivo ou não
• Utilizar a tecnologia em exclusivo
processos ✓ Parcial ou Total
• Comercializar produtos obtidos ✓ Simples ou mista
a partir da tecnologia licenciada ✓ Oneroso ou não oneroso
• Incorporar tecnologia em ✓ Voluntário ou compulsório
produto / processo já existente ✓ Normativo
• Importar para os fins anteriores ✓ Cruzado, pool de patentes ou
consórcio tecnológico e JIPs
• etc
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Tipos de Licenças
• Licença exclusiva
• Licenciador assume compromisso de
• permitir que somente o licenciador explore tecnologia
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• Não explorar a tecnologia, de forma direta ou indireta


• Outros países:
• Espanha – salvo pacto em contrário, licença exclusiva impede que
licenciador explore (Ley 11/1986, de 20 de marzo, de Patentes, art. 75,
repetido na nova lei - art. 83.6 da Ley 24/2015, de 24 de julio, de
Patentes)
• Portugal – salvo pacto em contrário, licença exclusive não impede uso
pelo licenciador (DL n.º 36/2003, de 05 de Março, Art. 32.7)

• Licença não exclusiva


• Licenciador autoriza a exploração dos direitos de PI por terceiros
• Reserva direitos para si, dentre eles pode-se citar
• Licenciar a outros
• Usar, fabricar, produzir, comercializar
• etc
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Tipos de Licenças

Licença parcial
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• Limita-se a autorizar a exploração de parte do direito de PI

Licença total
• Concedem-se todas as prerrogativas inerentes ao direito de PI:
produzir, usar, colocar a venda, vender, importar produto objeto de
patente e processo ou produto obtido diretamente por processo
patenteado (art. 42, LPI)
• Todos os direitos do autor, exceto os de natureza moral
• Necessário contrato escrito - se não houver contrato escrito, cessão
durará no máximo 5 anos
• Só possível uso nas modalidades existentes na época do contrato
• Necessidade de especificar modalidades de uso - interprestação
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restritiva
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm 19
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Tipos de Licenças
Licença simples
Concede apenas o uso de determinada tecnologia protegida
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Licença mista
Concede além do uso da tecnologia protegida, também o acesso
a conhecimentos tecnológicos, know how, por exemplo.

Onerosa ou não onerosa


Onerosa usualmente inclui vantagens econômicas financeiras.
Não-Onerosa usualmente inclui vantagens econômicas não financeiras.

Licença voluntária
Quando licenciante, por sua vontade, concede direitos ao licenciado
Regulado pelo direito comum e pela Lei de Propriedade Industrial
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm
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Tipos de Licenças

Lei n. 9.279/1996 e Decreto n. 3.201/1999


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Licença compulsória
• Titular é obrigado a licenciar a tecnologia de forma compulsória,
nas seguintes circunstâncias
• Exercer de forma abusiva os direitos
• Praticar abuso de poder econômico
• Decisão administrativa ou judicial
• Não exploração do objeto de patente em território nacional
• Comercialização que não satisfazer demanda do mercado
• Usado para patentes

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Claves del Derecho, 2015.
Global CCS Institute - https://hub.globalccsinstitute.com/publications/co2-capture-and-storage-ccs/8-management-joint-programme, acesso em
Mai/2017.
Sites: https://www.dnvgl.com/oilgas/joint-industry-projects/index.html, ou https://www.deltares.nl/en/joint-industry-projects-jips, ou
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https://www.tensiontech.com/services/jip, ou www.oilspillresponseproject.org, acessos em M1i/2017.


European Energy Research alliance - APPENDIX A – Intellectual Property Rights in EERA Joint Programmes, pg 12-13. http://www.eera-
set.eu/wp-content/uploads/EERA-AISBL-Internal-Rules-EN_-updated.pdf, acesso em Mai/2017.
https://www.deltares.nl/en/joint-industry-projects-jips/ acesso em Mai/2017.
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Normas licença
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Principais normas da licença


• Lei de propriedade industrial – Lei n. 9.279/1996
• Patentes e desenho industrial – arts. 61 a 67
• Marcas – 139 a 141
• Lei de programa de computador – Lei n. 9.609/1998
• Programa de computador – arts. 7º, 9º a 11
• Código Civil de 2002 –
• Aplicação subsidiária - arts. 565 a 578 - Lei 10.406/2002

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Global CCS Institute - https://hub.globalccsinstitute.com/publications/co2-capture-and-storage-ccs/8-management-joint-programme, acesso em
Mai/2017.
Sites: https://www.dnvgl.com/oilgas/joint-industry-projects/index.html, ou https://www.deltares.nl/en/joint-industry-projects-jips, ou
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https://www.tensiontech.com/services/jip, ou www.oilspillresponseproject.org, acessos em M1i/2017.


European Energy Research alliance - APPENDIX A – Intellectual Property Rights in EERA Joint Programmes, pg 12-13. http://www.eera-
set.eu/wp-content/uploads/EERA-AISBL-Internal-Rules-EN_-updated.pdf, acesso em Mai/2017.
https://www.deltares.nl/en/joint-industry-projects-jips/ acesso em Mai/2017.
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Tipos de Licenças
Acordos de diferentes titulares: compartilhando tecnologias
Licença cruzada
• Partes concedem-se, mutuamente, licenças para usar suas respectivas
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tecnologias
• Só se aplica se as partes forem de natureza similar, por exemplo empresas.
• Pode ser um único contrato ou contratos distintos
• Pode envolver mais de um tipo de tecnologia, protegida por PI ou segredo
Pool de patentes ou consórcio tecnológico
• Oferece às empresas participantes operarem no mercado com uma só licença
as tecnologias aportadas por várias das empresas que fazem parte do consórcio
JIPs – Joint Intellectual Property ou Joint Industry project
• Co-proprietários em projetos colaborativos com regras de licenças cruzadas,
direito de uso para novos projetos cooperativos.
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Claves del Derecho, 2015.
Global CCS Institute - https://hub.globalccsinstitute.com/publications/co2-capture-and-storage-ccs/8-management-joint-programme, acesso em
Mai/2017.
Sites: https://www.dnvgl.com/oilgas/joint-industry-projects/index.html, ou https://www.deltares.nl/en/joint-industry-projects-jips, ou
TT – Aula 1

https://www.tensiontech.com/services/jip, ou www.oilspillresponseproject.org, acessos em M1i/2017.


European Energy Research alliance - APPENDIX A – Intellectual Property Rights in EERA Joint Programmes, pg 12-13. http://www.eera-
set.eu/wp-content/uploads/EERA-AISBL-Internal-Rules-EN_-updated.pdf, acesso em Mai/2017.
https://www.deltares.nl/en/joint-industry-projects-jips/ acesso em Mai/2017.
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Modificações e aperfeiçoamentos
As partes devem colocar no contrato regras quanto aos aperfeiçoamentos e modificações
feitas na tecnologia patenteada:
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• Pode haver condição de compartilhamento de informações, conhecimentos e


aperfeiçoamentos entre licenciado e licenciante
• A titularidade do aperfeiçoamento GERALMENTE DEPENDE DA NEGOCIAÇÃO –
caso não seja negociado, a titularidade será de quem fizer o aperfeiçoamento (art.
63, Lei de Propriedade Industrial)
• Usualmente é garantido ao licenciante o direito de preferência na licenciamento do
aperfeiçoamento;
• Deve-se colocar uma cláusula temporal de a partir de quando as modificações e
aperfeiçoamentos deixam de ser de propriedade conjunta das partes e passam a
ser de propriedade de cada parte que o produzir;
• No software, em geral, se o produto que for desenvolvido pelo licenciado depender
do software que foi licenciado ( background), a titularidade do novo produto será do
licenciante, detentor do software-base.
• No caso de derivações do programa de autor, autorizadas pelo titular, estas
pertencerão a quem as fizer, salvo contrato em contrário (art. 5º, Lei de Programa
de Computador)
BRASIL. Lei n. 9.609, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua
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comercialização no País, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9609.htm>. Acesso em 9 jun.


2016.
BRASIL. Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996 (Lei de propriedade industrial). Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm>. Acesso em 11 jun. 2016.
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Acordos de P&D e subcontratação


Podem haver circunstâncias que envolvem P&D vinculada à transferência de
tecnologia com subcontratação de parte do desenvolvimento tecnológico
Acordos de co-desenvolvimento
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• As partes conjuntamente desenvolvem a tecnologia licenciada, para explorarem


conjuntamente.
Acordos de joint venture
• Criação de empreendimento específico para levar a cabo atividade de P&D
relacionada a tecnologia licenciada.
• Pode ter personalidade jurídica própria ou não
Acordo de transferência de material Material Transfer Agreement (MTA)
• Transferência de material para pesquisa – P&D
• Com ou sem conhecimento agregado
Acordos de assistência técnica
• Contrata-se terceiro para determinados serviços relacionados a implantação de
tecnologia licenciada
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Acordos prévios

Acordos de confidencialidade e segredo


• Fundamental principalmente quando envolve transferência de
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tecnologia de know how ou quando se realiza a NEGOCIAÇÃO


PRÉVA de Acordos, Convênios ou Contratos de Colaboração para a
realização de Pesquisa e Desenvolvimento.

Acordos de opção
•Concedido algum tempo para que licenciado experimente tecnologia
antes de firmar contratos de transferência de tecnologia
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Acordos de produção
Diversas formas:
• Uma das partes fica responsável pela produção
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• Uma terceira empresa, controlada por ambas as partes, leva a cabo a


produção
• Subcontrata-se uma terceira empresa para a produção
Envolvem transferência de tecnologia ao autorizar produção do produto ou
com o uso do processo (patenteado ou protegido por segredo)
Possibilidades:
• Acordos de fabricação e fornecimento
• Contrata-se terceiro para fabricar produto necessário para a exploração
da tecnologia licenciada
• Iniciativa pode partir do licenciante ou do licenciado
• Acordos verticais e de transferência de tecnologia (FRANQUIA)
• Concede-se transferência de tecnologia para exploração para partes que
estão em âmbitos distintos da cadeira de produção ou distribuição
TT – Aula 1

VIDAL-QUADRAS TRIAS DE BES, Miguel. Transferencia de tecnología: contratos de cesión y licencia de patentes y know-how.Barcelona:
Las Claves del Derecho, 2015. 27
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de Transferência de Tecnologia

Transferência de Know How


Bem imaterial - Conhecimento técnico não protegido por direitos de propriedade
intelectual por diversos motivos:
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Falta dos requisitos de proteção;


• Falta de recursos para proteção efetiva, proteção por meio de sigilo (critérios
geográficos);
• Falta de interesse em proteção por propriedade intelectual (limitação
temporal e geográfica, obrigatoriedade de revelar informação, etc.);
• Modelo de negócio adequado a segredo;
• O interesse empresarial está na exclusividade garantida não pela lei, mas pela
situação fática: poucos sabem, tornando o sigilo fundamental;
• Por vezes é tão valioso quanto uma patente;
• No direito brasileiro, este contrato específico carece de regulamento próprio,
sendo aplicadas as regras gerais de contratos e de propriedade intelectual,
naquilo que couberem;
• Não gera exclusividade de mercado jurídica, ou seja, o detentor do segredo não
pode impedir que outros cheguem ao mesmo conhecimento e o explorem;
• Proteção jurídica é limitada existindo apenas quando o acesso ao segredo se deu
de forma ilícita, usando normas de concorrência desleal.
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ASSAFIM, João Marcelo de Lima. A transferência de tecnologia no Brasil: aspectos contratuais e concorrenciais da Propriedade Industrial.
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005. 28
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de Transferência de Tecnologia

O que pode ser objeto de Know how

Invenções
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• São criações de produto e/ou processo suscetíveis de


novidade, aplicabilidade industrial e atividade inventiva, mas
que por estratégia, circunstâncias ou porque não cumpra de
forma efetiva os requisitos de patenteamento, não foi
solicitada a patente
Descobertas científicas
• Não passíveis de patenteamento
Desenhos industriais
• Também podem ser mantidos em segredo
Habilidades e práticas manuais
• Toda a gama de conhecimento, práticas, experiências e
inovações
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ASSAFIM, João Marcelo de Lima. A transferência de tecnologia no Brasil: aspectos contratuais e concorrenciais da Propriedade Industrial. Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2005. 29
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de Transferência de Tecnologia

Assistência técnica
Serviços de assistência técnica NÃO considerados de transferência de tecnologia

➢“Obtenção de técnicas para elaborar projetos ou estudos e


a prestação de alguns serviços especializados”
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

➢“Contratos que estipulam as condições de obtenção de


técnicas, métodos de planejamento e programação, bem
como pesquisas, estudos e projetos destinados à execução
ou prestação de serviços especializados. São passíveis de
registro no INPI os serviços relacionados a atividade fim da
empresa, assim como os serviços prestados em
equipamentos e/ou máquinas no exterior, quando
acompanhados por técnico brasileiro e/ou gerarem
qualquer tipo de documento, como por exemplo,
relatório.”
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BRASIL. Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Resolução n. 156, de 9 de novembro de 2015. Dispõe sobre os serviços de assistência
tècnica dispnesados de averbação pela Diretoria de Contratos e Indicações Geográficas e Registros – DICIG consoante com o disposto no art. 211
da Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996. Disponível em: < http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/transferencia/arquivos/Resolucao_156_2015.pdf >.
Acesso em 11 jun. 2016. 30
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Disciplina: Conceitos e Aplicações de Transferência de Tecnologia

Aprofundamento do tema
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.
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Lembrete
Este material não pode ser utilizado sem consentimento prévio.

• Formulário de acompanhamento didático-


pedagógico
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