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Daniel Nascimento Santos

Exercícios Ponto 7 - Noções de Propriedade Industrial


para Engenheiros e Ponto 8 - Noções de Direito do
Trabalho Para Engenheiros

Exercícios para obtenção de nota na disci-


plina Aspectos Legais e Éticos da Engenahria.
Professor: Hebert Barbosa Carneiro.

Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)


Centro Tecnológico (CT)
Departamento de Engenharia de Produção (DEP)

Vitória, ES
31 de maio de 2023
Centro
Tecnológico

1 EXERCÍCIOS

1.0.1 Ponto 7 - Noções de Propriedade Industrial para Engenheiros


1- Considerando que sua empresa de Engenharia recebeu uma encomenda
tecnológica como deveria proceder no caso?
2 - Considerando que sua empresa de Engenharia tem um produto
inovador (modelo de utilidade) como deverá proceder para obter a patente
junto ao INPI?
3 - Considerando que sua empresa de Engenharia desenvolveu uma
invenção ou modelo de utilidade, quais os cuidados que devem ser tomados
para se evitar que os empregados tenham à patenteabilidade?
4 - Considerando o direito autoral como você protegeria o software
desenvolvido pela sua empresa?
RESPOSTAS
1 - O Artigo 27 do decreto de inovação nº 9283 de 2018O estabelece que os órgãos
e as entidades da administração pública poderão contratar diretamente ICT pública ou
privada, entidades de direito privado sem fins lucrativos ou empresas, isoladamente ou em
consórcio, voltadas para atividades de pesquisa e de reconhecida capacitação tecnológica
no setor, com vistas à realização de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação
que envolvam risco tecnológico, para solução de problema técnico específico ou obtenção de
produto, serviço ou processo inovador, nos termos do art. 20 da Lei nº 10.973, de 2004, e do
inciso XXXI do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993. Segundo o artigo em questão, quando uma
empresa de engenharia recebe uma encomenda tecnológica, ela deve analisar a encomenda
tecnológica recebida e avaliar se possui capacidade técnica e científica para executar o
projeto. Isso envolve verificar se a tecnologia solicitada está dentro do escopo de suas
competências e se possui os recursos necessários para desenvolvê-la. Caso a empresa tenha
capacidade técnica e científica para realizar a encomenda, deve elaborar uma proposta
técnica e econômica para o desenvolvimento da tecnologia. Essa proposta deve conter
detalhes sobre a metodologia, prazos, custos e resultados esperados do projeto. A proposta
deve ser apresentada ao órgão ou entidade que solicitou a encomenda tecnológica, que
avaliará a sua viabilidade. Nessa avaliação, serão considerados critérios como a capacidade

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da empresa, o custo-benefício, a originalidade da solução proposta, entre outros. Se a


proposta for aceita, a empresa deverá formalizar um contrato com o órgão ou entidade
solicitante, estabelecendo as condições de execução do projeto, incluindo prazos, recursos
financeiros e propriedade intelectual. Em suma, podemos definir os parâmetros para o
recebimento de uma encomenda tecnológica como sendo divido em macroetapas, sendo
elas:
• Estudos preliminares: Necessidade a contratação, levantamento de mercado
potencial, resultados pretendidos, providências para adequação ao ambiente do órgão
contratante, etc.
• Mapa de riscos: Materialização do gerenciamento de riscos, deve conter a gestão
do risco tecnológico e dos demais riscos.
• Manifestação de interesse: Edital de chamamento público para oitiva de potenciais
fornecedores e usuários finais sobre a necessidade a ser atendida, a viabilidade da encomenda,
os custos, os benefícios e os riscos, os prazos de execução, etc.
• Termo de referência: Descrição precisa das necessidades e dos critérios de desem-
penho mínima.
• Etapa de negociação: Negociação com um ou mais potenciais interessados (inclu-
sive em torno do tipo de contrato), exame do cumprimento dos requisitos de habilitação,
qualificação e regularidade fiscal, aprovação do projeto de PD e instrução do processo com
razão da escolha do executante.
• Termo de ratificação da dispensa: Autoridade superior ratifica a dispensa de
licitação e publica o respectivo termo na imprensa oficial.
• Assinatura do contrato: Definição dos critérios técnicos, das metas, da propriedade
intelectual e das demais obrigações e direitos.
2 - Para obter uma patente junto ao INPI, podemos separar em etapas o que deve
ser feito:
Pesquisa Preliminar: A lei que regula o que pode ser patenteado e a Lei de
Propriedade Industrial no 9279/96 (LPI), e de acordo com o art. 9o, “E patenteavel
como modelo de utilidade o objeto de uso pratico, ou parte deste, suscetivel de aplicacao
industrial, que apresente nova forma ou disposicao, envolvendo ato inventivo, que resulte
em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricacao.”. Além disso, é possível verificar se
a ideia para patente já foi encaminhada ao INPI no mercado. É possível acessar o site do
INPI <https://busca.inpi.gov.br/pePI/jsp/patentes/PatenteSearchBasico. jsp>, e realizar

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a verificação, mesmo que o produto nao exista, é plausível que possa existir um registro
encaminhado para tal.
Elaboração do Pedido de Patente: e recomendado que, nesta etapa, tenha uma
assessoria especializada, a fim de evitar possíveis futuras disputas judiciais. Alem disso, e um
processo em que os prazos estabelecidos são de extrema importância. Alem do requerimento,
e necessario, após confirmar que o produto é patenteável, que a empresa elabore um pedido
de patente contendo informações detalhadas sobre o produto inovador. Isso inclui uma
descrição clara e completa do modelo de utilidade, reivindicações específicas e eventuais
desenhos ou diagramas que possam auxiliar na compreensão do produto. Além disso, é
importante realizar o depósito do pedido de patente junto ao INPI. Após preencher os
formulários específicos, deve-se pagar as taxas correspondentes e entregar a documentação
exigida. É importante seguir corretamente os requisitos estabelecidos pelo INPI para evitar
atrasos ou rejeições.
Exame de Mérito: Após o depósito do pedido, o INPI realizará o exame de mérito
para verificar se o produto atende aos critérios de patenteabilidade. Esse exame inclui a
análise da novidade, atividade inventiva e aplicação industrial do produto. O INPI pode
solicitar esclarecimentos adicionais ou realizar outras ações durante o processo de exame.
Concessão da Patente: Se o pedido de patente for considerado válido e atender a
todos os requisitos legais, o INPI concederá a patente. A empresa receberá um certificado
de concessão de patente, que confere o direito exclusivo de explorar comercialmente o
produto inovador por um determinado período de tempo. Apos o pedido for concedido, o
INPI da um prazo de 60 dias para pagar a taxa correspondente e solicitar a expedicao
da carta-patente. Nesta carta devem constar o numero, o titulo e a natureza da patente,
nome do inventor, qualificacao e domicilio, alem do prazo de vigencia, relatorio descritivo,
as reivindicacoes, os desenhos e os dados relativos a prioridade. Expedida a carta, voce
devera pagar uma taxa anual a partir do terceiro ano apos o deposito relativo ao pedido.
3 - A Lei de Propriedade Industrial nº 9.279/96 estabelece os cuidados que devem
ser tomados para evitar que os empregados reivindiquem a patenteabilidade de uma
invenção ou modelo de utilidade desenvolvidos no âmbito de um contrato de trabalho. O
artigo 88 dessa lei é específico nesse sentido e estabelece as seguintes disposições:
Propriedade da Invenção ou Modelo de Utilidade: Conforme o artigo 88 da Lei de
Propriedade Industrial, a invenção ou modelo de utilidade pertence exclusivamente ao
empregador quando decorrerem de contrato de trabalho cuja execução ocorra no Brasil e
que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte desta a natureza dos

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serviços para os quais o empregado foi contratado.


Retribuição Limitada: A retribuição pelo trabalho realizado na criação da invenção
ou modelo de utilidade, conforme o artigo 88, § 1º, fica limitada ao salário ajustado, a
menos que haja uma disposição contratual expressa em contrário.
Prazo para Reivindicação da Patente: O artigo 88, § 2º, estabelece que, salvo prova
em contrário, considera-se que a invenção ou modelo de utilidade foi desenvolvido durante
a vigência do contrato de trabalho, quando a patente for requerida pelo empregado até 1
(um) ano após a extinção do vínculo empregatício.
Dessa forma, com base no artigo 88 da Lei de Propriedade Industrial, o empregador
tem assegurados os direitos de propriedade intelectual sobre as invenções ou modelos de
utilidade desenvolvidos pelos empregados no curso do contrato de trabalho, desde que se
enquadrem nas condições estabelecidas na legislação. Ressalta-se a importância de que
a empresa, ao elaborar contratos de trabalho e ao estabelecer políticas internas, esteja
em conformidade com a legislação aplicável para proteger adequadamente seus direitos
de propriedade intelectual. É recomendado que a empresa busque a orientação de um
advogado especializado em propriedade intelectual para garantir o cumprimento correto
das disposições legais.
4 - A proteção do software desenvolvido pela empresa quanto ao direito autoral é
essencial para assegurar os direitos do titular sobre a obra. O direito autoral de software
independe de registro formal, estendendo-se por 50 anos a partir de sua criação, após os
quais a obra entra em domínio público. No entanto, é possível e recomendado registrar
o código-fonte no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) como forma de
comprovar a autoria e a titularidade dos direitos autorais sobre o software. O registro no
INPI pode fortalecer a proteção do software e facilitar a defesa dos direitos autorais em caso
de violação. Os direitos autorais conferem ao titular a proteção dos direitos patrimoniais,
que englobam a exploração econômica da obra. Isso significa que a reprodução, edição,
distribuição e uso do software por terceiros são proibidos sem a autorização expressa
do titular. Além dos direitos patrimoniais, o autor do software também tem proteção
aos direitos morais. Esses direitos permitem ao autor reivindicar a qualquer momento a
paternidade do programa e opor-se a qualquer alteração não autorizada que possa prejudicar
sua honra e reputação. É importante ressaltar que, nos casos em que o desenvolvimento de
software está associado a uma relação de trabalho ou prestação de serviço, a lei estabelece
que os direitos relativos ao software pertencem exclusivamente ao empregador, contratante
de serviço ou órgão público, salvo estipulação contratual em contrário. Portanto, para

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proteger adequadamente o software desenvolvido pela empresa quanto ao direito autoral,


é recomendado tomar medidas como o registro no INPI, estabelecer políticas internas
de proteção, implementar licenciamento adequado e monitorar o uso e a distribuição do
software. A consulta a um advogado especializado em direitos autorais ou propriedade
intelectual é fundamental para garantir a conformidade com a legislação e a proteção
efetiva dos direitos autorais sobre o software.

1.0.2 Ponto 8 - Noções de Direito do Trabalho Para Engenheiros


1 - Qual a importância dos programas: Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais PPRA, NR 09, e o Programa de Controle Médico e Saúde
Ocupacional PCMSO, NR 07 nas empresas de engenharia?
2 - Qual o papel da comissão interna de prevenção de acidentes, NR 05
– CIPA nas empresas de engenharia?
3 - Qual a importância dos equipamentos de proteção individual – EPIs,
NR 06, bem como dos equipamentos de proteção coletiva-EPCs nas empresas
de engenharia?
4 - Quais os cuidados que uma empresa de engenharia deve ter ao
contratar um engenheiro através do Contrato de Experiência? Qual o prazo
máximo de sua duração?
RESPOSTAS
1 - Os programas PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PCMSO
(Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) são de extrema importância para
as empresas de engenharia, pois têm como objetivo garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores no ambiente de trabalho. Ambos os programas são regulamentados pelas
Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil.
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA - NR 09):O PPRA tem
como finalidade identificar, avaliar e controlar os riscos ambientais presentes no local
de trabalho, ou seja, os agentes físicos, químicos e biológicos que podem trazer danos à
saúde ou à integridade física dos trabalhadores. Nas empresas de engenharia, onde os
trabalhadores estão sujeitos a diversos riscos, como ruído, poeira, produtos químicos e
atividades de altura, o PPRA desempenha um papel fundamental. O programa permite
que sejam adotadas medidas de prevenção e controle desses riscos, por meio de ações como
identificação dos perigos, avaliação dos riscos, implementação de medidas de controle e

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monitoramento contínuo. Dessa forma, o PPRA contribui para a redução de acidentes e


doenças ocupacionais, proporcionando um ambiente de trabalho mais seguro e saudável
para os colaboradores.
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO - NR 07):O PCMSO
visa promover e preservar a saúde dos trabalhadores, por meio de ações preventivas e
de monitoramento da saúde ocupacional. O programa estabelece a realização de exames
médicos periódicos, admissionais, demissionais, de retorno ao trabalho e de mudança de
função, de acordo com os riscos a que os trabalhadores estão expostos. Nas empresas de
engenharia, onde as atividades envolvem riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos,
o PCMSO desempenha um papel crucial. O programa permite a detecção precoce de pro-
blemas de saúde relacionados ao trabalho, o acompanhamento dos trabalhadores expostos
a riscos específicos e a implementação de medidas de controle e prevenção adequadas.
Assim, o PCMSO contribui para a promoção da saúde ocupacional, a prevenção de doenças
relacionadas ao trabalho e o bem-estar dos colaboradores. Em resumo, tanto o PPRA
quanto o PCMSO são programas essenciais para as empresas de engenharia, pois visam
proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores, reduzir riscos e promover um ambiente
de trabalho saudável. Ao implementar esses programas de forma efetiva, as empresas
demonstram seu compromisso com a segurança e a saúde ocupacional, contribuindo para
o bem-estar dos colaboradores e o cumprimento das normas trabalhistas.
2 - A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), regulamentada pela
Norma Regulamentadora 05 (NR 05) do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil,
desempenha um papel fundamental nas empresas de engenharia. Composta por represen-
tantes dos empregados e empregadores, a CIPA tem como objetivo principal promover a
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais no ambiente de trabalho. A CIPA possui
diversas responsabilidades que visam garantir a segurança e saúde dos trabalhadores. Uma
de suas principais funções é realizar a identificação e análise dos riscos presentes nos locais
de trabalho, especialmente aqueles relacionados às atividades desenvolvidas na empresa
de engenharia. Essa análise permite que sejam adotadas medidas preventivas adequadas,
com o objetivo de reduzir a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais. Além disso, a
CIPA é responsável por investigar os acidentes ocorridos na empresa e propor medidas de
prevenção para evitar sua recorrência. Ela também desempenha um papel importante na
elaboração e divulgação de mapas de riscos, que indicam os locais de trabalho e os agentes
de risco presentes. A comissão promove treinamentos e capacitações para os trabalhadores,
conscientizando-os sobre os riscos existentes e as medidas de prevenção a serem adotadas.
Reuniões periódicas são realizadas para discutir questões relacionadas à segurança e saúde

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ocupacional, além de fiscalizar o cumprimento das normas de segurança no trabalho. A


CIPA também participa da elaboração e avaliação dos programas de prevenção de acidentes
e doenças ocupacionais, como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO). Essa participação ativa con-
tribui para criar um ambiente de trabalho mais seguro, promovendo a cultura de prevenção
e conscientização dos trabalhadores sobre a importância da segurança ocupacional.
3 - Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção
Coletiva (EPCs) desempenham um papel crucial na promoção da segurança e saúde
dos trabalhadores nas empresas de engenharia. Ambos são regulamentados pela Norma
Regulamentadora 06 (NR 06) do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil.
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Os EPIs são dispositivos de uso
individual que têm como objetivo proteger o trabalhador contra os riscos presentes no
ambiente de trabalho. Nas empresas de engenharia, onde os trabalhadores estão expostos
a diversos perigos, como ruído, produtos químicos, quedas, entre outros, a utilização
adequada dos EPIs é fundamental. Alguns exemplos de EPIs comuns na engenharia
incluem capacetes, óculos de proteção, luvas, protetores auriculares, máscaras respiratórias
e cintos de segurança. A importância dos EPIs reside na sua capacidade de fornecer proteção
individual aos trabalhadores, reduzindo os riscos de acidentes e doenças ocupacionais.
Eles devem ser adequados ao tipo de atividade exercida e ao risco a que o trabalhador
está exposto. Além disso, é essencial que sejam fornecidos gratuitamente pela empresa,
devidamente selecionados, entregues aos trabalhadores, e que haja treinamento sobre o
seu uso correto.
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs): Os EPCs são dispositivos ou sistemas
instalados no ambiente de trabalho que têm como objetivo proteger coletivamente os
trabalhadores contra os riscos presentes. Diferentemente dos EPIs, os EPCs visam eliminar
ou minimizar os riscos na fonte, de forma a proteger todos os trabalhadores de forma
abrangente. Alguns exemplos de EPCs comuns na engenharia incluem guarda-corpos, redes
de proteção, exaustores, sistemas de ventilação, sinalizações de segurança, entre outros. A
importância dos EPCs nas empresas de engenharia está na sua capacidade de criar um
ambiente de trabalho mais seguro, reduzindo os riscos de acidentes e doenças ocupacionais
de forma coletiva. Os EPCs devem ser planejados, instalados e mantidos adequadamente
pela empresa, seguindo as normas técnicas e regulamentações aplicáveis. Além disso, os
trabalhadores devem ser instruídos sobre a sua utilização e sobre as medidas de segurança
coletiva adotadas.

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4 - Ao contratar um engenheiro através de um Contrato de Experiência, a empresa


de engenharia deve tomar alguns cuidados para garantir o cumprimento das obrigações
legais e estabelecer uma relação de trabalho adequada. Alguns desses cuidados incluem:
Verificação da formação e qualificações: Antes de contratar um engenheiro, é
importante verificar sua formação acadêmica, experiência profissional e qualificações
necessárias para desempenhar as funções requeridas no cargo. Isso ajuda a garantir a
adequação do profissional para a posição.
Elaboração do contrato: O contrato de experiência deve ser elaborado de acordo
com a legislação trabalhista vigente e conter as cláusulas necessárias, como o período de
experiência, as atividades a serem desempenhadas, o valor da remuneração, os direitos e
obrigações das partes, entre outros aspectos relevantes.
Definição do prazo máximo: O Contrato de Experiência possui um prazo máximo
de duração, que é estabelecido pela legislação. De acordo com a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), o período máximo de um Contrato de Experiência é de 90 dias.
Registro na carteira de trabalho: A empresa deve registrar o Contrato de Experiência
na carteira de trabalho do engenheiro, indicando a data de início e término do contrato,
assim como outras informações relevantes. Isso garante a formalização da relação de
trabalho.
Cumprimento das obrigações trabalhistas: Durante o Contrato de Experiência,
a empresa deve cumprir todas as obrigações trabalhistas, como pagamento de salários,
concessão de férias proporcionais, recolhimento de encargos sociais e previdenciários, entre
outros direitos previstos em lei. É importante ressaltar que, ao término do Contrato de
Experiência, caso a empresa decida efetivar o engenheiro em um contrato de trabalho
por prazo indeterminado, é necessário observar as formalidades legais para essa mudança,
como a elaboração de um novo contrato de trabalho e a comunicação ao Ministério do
Trabalho e Emprego.

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