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1. Introdução
2. Conceitos
3. Tributação: atividades da construção civil e assemelhados
4. Fato gerador do ICMS
5. Inscrição Estadual
6. Regime de Recolhimento
7. Procedimentos operacionais com construção civil e assemelhados
8. Procedimentos e CFOPS: Emissão de Nota Fiscal Avulsa Eletrônica - NFA-e
9. Declaração de Livre Trânsito de Bens
10. Operações internas
11. Operações de entrada interestaduais
12. Operações de entrada com entrega no canteiro de obras
13. Operações de saída
14. Prazo de Recolhimento do ICMS – Diferencial de Alíquota
15. SPED Fiscal
16. Simples Nacional
17. Perguntas Frequentes
18. Fundamentação Legal
1. Introdução
Neste artigo é tratado sobre os procedimentos operacionais, no âmbito do ICMS, com estabelecimentos que
exercem atividades de construção civil e assemelhados.
2. Conceitos
Para efeitos da legislação do ICMS, o Decreto 24.569/97, art. 725, §2°, considera
estabelecimento de construção civil e assemelhado, aquele que desenvolva as seguintes
atividades:
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a) execução por administração, empreitada ou
subempreitada, de construção civil, de obras
hidráulicas e outras obras semelhantes, inclusive
serviços auxiliares e complementares;
b) demolição;
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Lei Complementar 116/03, lista Anexa, item: 7 – Serviços relativos à engenharia,
arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente,
saneamento e congêneres.
[...]
[...]
7.04 – Demolição.
5. Inscrição Estadual
O Cadastro geral da Fazenda (CGF) é o registro centralizado e sistematizado no
qual se inscreverão, antes de iniciarem suas atividades, todas as pessoas, físicas ou
jurídica, definidas em lei como contribuintes do ICMS, e conterá dados e informações
que os identificará, localizará e classificará segundo a sua natureza jurídica, atividade
econômica, tipo de contribuinte e regime de recolhimento (art. 92, do Dec. 24.569/97 c/c
art. 70 da Lei 12.670/96).
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"Os contribuintes definidos nesta Lei são obrigados a inscrever seus estabelecimentos
no Cadastro Geral da Fazenda (C.G.F.) antes de iniciar as suas atividades, na forma como
dispuser o regulamento" (Art. 70, da Lei 12.670/96).
Poderá ser concedida, a critério do Fisco, inscrição a pessoas jurídicas, inclusive firma
individual, devidamente estabelecidas e não obrigadas ao cadastramento, desde que
justifiquem dela necessitar para o exercício de suas atividades, sendo a elas aplicadas, no
que couber, as normas relativas ao cadastro. Nesse sentido trata o § 1º, do art. 93, do Dec.
24.569/97.
É sabido que as empresas de construção civil são não contribuintes do ICMS. Fato notório e
consagrado nos tribunais superiores.
Dados Requisitos:
com seus respectivos códigos, conforme
estabelecido em resolução aprovada pela
a) Natureza jurídica: Comissão Nacional de Classificação (CONCLA)
do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE);
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observadas as classificações estabelecidas na
b) Qualificação dos sócios e administradores
Instrução Normativa RFB n.º 1.863, de 27 de
(QSA), responsáveis legais e
dezembro de 2018, ou em outro instrumento
contabilistas:
normativo que venha a substituí-la;
c) Os códigos das CNAEs-Fiscais principal e conforme estabelecido em resolução aprovada
secundárias: pela CONCLA;
conforme classificação estabelecida na
d) O tipo de unidade auxiliar integrante de Instrução Normativa RFB n.º 1863, de 27 de
sua estrutura dezembro de 2018, ou em outro instrumento
normativo que venha a substituí-la;
Normal;
Substituição Tributária;
Outros;
e) O regime de recolhimento, observadas as
Simples Nacional;
seguintes categorias:
Especial;
Microempreendedor Individual;
Produtor Rural.
f) O tipo de segmento: * Verificar a classificação no quadro a seguir.
Para saber mais sobre o Cadastro Geral da Fazenda - Inscrição Estadual, clique aqui.
6. Regime de Recolhimento
O estabelecimento de construção civil e assemelhado quando possui regime de
recolhimento, é enquadrado no regime "Outros", conforme Decreto 24.569/97, art. 725.
Diferente disso, somente mediante algum tipo de regime especial concedido pela SEFAZ.
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Mesmo quando o estabelecimento for autorizado a emitir documento fiscal (Nota Fiscal
Eletrônica – NF-e), há operações em que serão obrigados a emitir Nota Fiscal Avulsa – NFA-
e, gerada através do site da SEFAZ, conforme veremos no item a seguir.
Vale destacar, que, além da emissão da NFA-e, deverá ser emitido o Documento de
Arrecadação Estadual (DAE) e realizado o seu respectivo pagamento.
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A concessão da autorização de uso da NFA e sua assinatura digital pela SEFAZ não implica
validação das informações nela contidas.
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Os estabelecimentos inscritos no regime de pagamento OUTROS, as operações de
saídas nos CFOPs relacionados, deverão ser realizadas por meio da Nota Fiscal
Avulsa Eletrônica:
5101, 5102, 5103, 5104, 5105, 5106, 5109, 5110, 5116, 5117, 5118, 5119, 5120, 5122,
5123, 5917, 5251, 5252, 5253, 5254, 5255, 5256, 5257, 5258, 5301, 5302, 5303, 5304,
5305, 5306, 5307, 5351, 5352, 5353, 5354, 5355, 5356, 5357, 5932, 5359, 5360, 5401,
5402, 5403, 5405, 5501, 5502, 5124, 5125, 5917, 6101, 6102, 6103, 6104, 6105, 6106,
6107, 6108, 6109, 6110, 6116, 6117, 6118, 6119, 6120, 6122, 6123, 6917, 6151, 6152,
6153, 6155, 6156, 6251, 6252, 6253, 6254, 6255, 6256, 6257, 6258, 6301, 6302, 6303,
6304, 6305, 6306, 6307, 6351, 6352, 6353, 6354, 6355, 6356, 6357, 6359, 6360, 6932,
6401, 6402, 6403, 6404, 6408, 6409, 6501, 6502, 6917, 6124,6125, 7101, 7102, 7105,
7106, 7127, 7651, 7654, 7667, 7251, 7301, 7358.
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Operação não tributada o CST deverá ser _41, quando se tratar de isenção será _40.
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b) Caso destaque ICMS nesses CFOPs, o sistema rejeitará a NF-e. Observar o CST (Código
da Situação Tributária) em que o sistema exige o ICMS, neste caso, também rejeita.
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9. Declaração de Livre Trânsito de Bens
A Declaração de Livre Trânsito (DLT) deverá ser utilizada para acobertar a circulação de
bens desonerados do ICMS e promovida por pessoas não contribuintes do ICMS,
no âmbito do Estado do Ceará.
Para emissão da DTL, é necessário selecionar uma das seguintes opções no ambiente
seguro:
• Trânsito de animais;
• Outros(as).
Além disso, o remetente deverá descrever os bens transportados para prosseguir com a
emissão. Todo o procedimento é feito no mesmo acesso da nota fiscal avulsa.
Para acobertar a circulação de bens desonerados do ICMS e promovida por pessoas não
contribuintes do ICMS, será permitida a utilização da DLT nas seguintes situações:
9.3 Penalidades:
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A utilização da DLT para acobertar operações relativas à circulação de mercadorias sujeitas
à cobrança do ICMS, caracterizando a comercialização, poderá acarretar a aplicação das
penalidades previstas no art. 123 da Lei n.º 12.670/1996, sem prejuízo da cobrança do
imposto.
Com as atualizações da NF-e, o fornecedor deverá emitir a NF-e, indicando no campo "
local de entrega " o endereço do canteiro de obras, nos dados adicionais informe as demais
informações necessárias.
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11. Operações de entrada interestaduais
- Mercadoria destinada para uso/consumo ou imobilizado:
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Para saber mais sobre o DIFAL – Consumidor Final Não Contribuinte – EC 87/15
clique aqui.
Convênio ICMS 93/2015 – trata das operações e prestações que destinem bens e
serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade
federada.
Para saber mais sobre o Diferencial de Alíquota – Convênio 93/2015, clique aqui.
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Quando na entrada interestadual a NF-e estiver com a natureza da operação como
“SIMPLES REMESSA”, sem destaque do ICMS, indicando como destino a própria emitente
da NF-e, em outro Estado, ou seja, destinado ao canteiro de obras aqui do Ceará, sem
inscrição estadual, observava-se o seguinte:
• Com bens de ativo imobilizado, os quais devam retornar à origem, não deverá ser
exigido o DIFAL; e o
CFOP deve ser 6.554 (Remessa de bem do ativo imobilizado para uso fora do
estabelecimento).
Apresenta-se um
problema sem uma
solução concretamente
legal e formal, pois ao
emitir a NF-e do Ceará
para adquirente de
outro Estado nasce
uma operação
interestadual com
alíquota interestadual,
suscetível, inclusive,
do DIFAL, caso o
adquirente seja não contribuinte do ICMS.
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Entretanto, a operação interestadual de saída não será efetivamente realizada, e nem
mesmo a NF-e será controlada/selada no SITRAM. E restará dúvidas em relação ao DIFAL;
e restará dúvidas quanto ao tratamento da SEFAZ pela não selagem dessa NF-e de saída; e
ainda restará dúvida se a SEFAZ irá considerar ou não como operação interna ou
interestadual, sendo interna deveria ser aplicado a alíquota interna do ICMS, quando
tributado, mas por ser o destinatário outra Unidade Federada, o próprio sistema NF-e vai
exigir alíquota interestadual.
Recomendável para o fornecedor dessa operação, caso seja regime normal de recolhimento
e o produto tributado efetivamente (não seja isento e nem tenha sido recolhido o ICMS-
ST): poderá complementar a carga do imposto para o Ceará diretamente na conta gráfica
em Outros Débitos, pois o destaque foi 12% e seria devido a alíquota interna. E mesmo
assim, o Estado de destino poderá exigir a parte do DIFAL. Então, faça a opção, em
complementar a carga para o Ceará ou simplesmente recolher o DIFAL (parte para o
destino e parte para a origem).
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Nas saídas internas e interestaduais, com bens do ativo permanente para ser utilizado em
obra, a nota fiscal deverá ser emitida sem incidência do ICMS, na forma do art. 731,
do Decreto 24.569/97.
Portanto, não tem incidência do ICMS na saída interestadual, sob pena de se agredir
o Princípio da Não Cumulatividade.
Entretanto, poderá ser devido o DIFAL na forma do Convênio ICMS 93/15 c/c EC
87/15, caso o bem do ativo imobilizado não tenha como finalidade o retorno. Se for pra
prestar serviço com posterior retorno na saída interestadual não será devido o DIFAL (CFOP
_554).
- Saída Interna:
Deve ser sem destaque do ICMS, visto que a empresa "Regime Outros" não tem apuração
do ICMS, por ser não contribuinte deste imposto.
- Saída Interestadual:
Portanto, não tem incidência do ICMS na saída interestadual, sob pena de se agredir o
Princípio da Não Cumulatividade.
Entretanto, será devido o DIFAL na forma do Convênio ICMS 93/15 c/c EC 87/15.
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c) Saídas em geral dos bens de ativo imobilizado ou uso e consumo realizadas por
empresa de construção civil cadastrada no "regime de recolhimento outros" ou
mesmo não contribuinte:
Conforme o Decreto 24.569/97, artigo 591 – A, saída de ativo imobilizado por contribuinte
do ICMS, é sem destaque do ICMS.
Registre-se que essa questão não é bem digerida no âmbito operacional da SEFAZ, pois
quando da solicitação de nota fiscal avulsa em relação à venda de ativo poderá ser exigido
o ICMS correspondente; isso ocorre porque para muitos agentes fazendários deveria estar
expresso.
[Item 3.0 - Redução de 80% (oitenta por cento) na base de cálculo do ICMS nas operações
de saída de máquinas, móveis, aparelhos e motores usados: (Convênios ICM 15/81 e ICMS
50/90 – validade por prazo indeterminado).
As saídas de bens do ativo imobilizado realizadas por empresas de construção civil deverão
ocorrer sem incidência do ICMS, nos termos do art. 14 da Lei 12.670/96 c/c art. 17
do Decreto 33.327/19 e 591-A do Decreto 24.569/97.
Ressalvados os casos concretos avaliados pelo Fisco, inclusive, quando as operações forem
assemelhadas a atos de comércio propriamente dita.
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14. Prazo de Recolhimento do ICMS – Diferencial de Alíquota
O estabelecimento que exerce atividade de construção civil e assemelhados, deverá
recolher o ICMS diferencial de alíquota:
• exceto se credenciado pelo Fisco para efeito de recolhimento até o 20º (vigésimo)
dia do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador, nos termos da legislação
pertinente.
Devendo ser recolhido pelo remetente do outro Estado, desde que, não seja do Simples
Nacional, já que, a Liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5464, o
Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o DIFAL das empresas Optantes do Simples
Nacional de que trata a LC 123/06.
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uma devolução da mercadoria. Qual o CFOP deve ser utilizado na Devolução, já
que a empresa (Construção Civil) NÃO é Contribuinte do ICMS, (muito embora
tenha CGF)?
A empresa deve ser emitida uma NF-e ou Nota Fiscal Avulsa, informando o CFOP inverso ao
CFOP de entrada, com destaque do ICMS, para fins de crédito do adquirente.
Se a mercadoria foi registrada como imobilizado, a devolução deve ser com o CFOP __553
(Devolução de compra de bem para o ativo imobilizado).
2. Uma empresa na área de Construção Civil presta serviços em obras para outras
empresas de construção, e precisa enviar alguns ativos imobilizados para um
canteiro de obra fora do estado. Quais os dados para emissão da nota fiscal?
Como o bem será utilizado na prestação de serviço, deverá ser emitido uma remessa para
uso fora do estabelecimento.
3. Como será a emissão de uma Nota Fiscal de remessa para canteiro de obras de
uma empresa de construção civil estabelecida no Ceará, e o canteiro de obras no
Piaui. Perguntas: Haverá destaque de ICMS? Qual será o CFOP? Qual será a CST?
Portanto, não tem incidência do ICMS na saída interestadual, sob pena de se agredir o
Princípio da Não Cumulatividade.
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CFOP - 6.949 (Remessa para canteiros de obras)
CST – 90
O fornecedor deverá emitir a NF-e, indicando no campo " local de entrega " o endereço do
canteiro de obras, nos dados adicionais informe as demais informações necessárias.
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possibilidade, remota, mas possível, apesar de pouco provável. Por enquanto temos esse
problema, se o DIFAL seria devido ao Estado do destino jurídico (indicado na NF) ou o
Estado aonde vai fisicamente a mercadoria.
Desta forma, recomendo que solicite o fornecedor que informe no campo "local de entrega"
da NF-e, que a mercadoria será destinada aos canteiros de obras.
Além disso, no momento da selagem da NF-e, informe que a mercadoria será destinada a
canteiro de obras.
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