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Cofins/PIS-Pasep - Incidência cumulativa

Procedimento Atualizado: Em face da publicação da Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 (DOU 1 de


20.12.2022), este procedimento foi atualizado.
Resumo: Este procedimento trata da incidência do PIS-Pasep e Cofins no regime cumulativo:
contribuintes, base de cálculo, alíquotas prazo de recolhimento das contribuições, entre outros.
Sumário
1. QUADRO SINÓTICO

2. CONTRIBUINTES

2.1 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional

2.2 Receitas sujeitas ao regime cumulativo

3. BASE DE CÁLCULO DA COFINS E DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS-PASEP CUMULATIVAS

3.1 Exclusões da base de cálculo das contribuições

3.2 Pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido- Reconhecimento das receitas pelo
regime de caixa

3.3 Cooperativas que comercializam a produção de associados pessoas jurídicas

3.4 Operadoras de planos de assistência à saúde

3.4.1 Administradora de benefícios

3.4.2 Alíquotas

3.5 Comercialização de veículos automotores - Receita de venda de veículos usados

3.6 Construção por empreitada ou fornecimento a preço predeterminado

3.7 Parceria público-privada no âmbito da administração pública

3.8 Pessoas jurídicas que prestem serviços de arrecadação de receitas federais

3.9 Juros sobre o capital próprio

4. ALÍQUOTAS

4.1 Instituições financeiras e equiparadas

4.2 Alienação de participações societárias

4.3 Exemplo

5. PRAZO DE PAGAMENTO

6. EMPRESA COM FILIAIS - APURAÇÃO E PAGAMENTO CENTRALIZADO DAS CONTRIBUIÇÕES

7. PREENCHIMENTO DO DARF

8. OBSERVAÇÕES SOBRE A EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES


.
1. QUADRO SINÓTICO
Neste procedimento, abordaremos os procedimentos para apuração, cálculo e recolhimento da
contribuição do PIS-Pasep e da Cofins pelo regime cumulativo, de acordo com a Lei nº 9.718/1998 , Lei
nº 10.637/2002 , Lei nº 10.833/2003 , Lei nº 11.941/2009 , Lei nº 12.973/2014 , Lei nº 13.043/2014 e
em outras fontes citadas.
Relacionamos no quadro a seguir, as principais informações a serem observadas quanto à apuração das
referidas contribuições no regime cumulativo:
a) as pessoas jurídicas de direito privado;
b) as pessoas jurídicas equiparadas pela legislação vigente;
c) as pessoas jurídicas tributadas pela legislação do Imposto de Renda com base no
lucro presumido ou arbitrado;
d) as pessoas jurídicas imunes a impostos; e
e) os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e
municipais, e as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei, referidas no art.
61 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal;
f) os bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas
econômicas;
g) as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito
imobiliário, as sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários;
h) as empresas de arrendamento mercantil;
Contribuintes i) as cooperativas de crédito;
j) as empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros
privados e de crédito;
k) as entidades de previdência complementar abertas e fechadas (sendo irrelevante a
forma de constituição);
l) as associações de poupança e empréstimo;
m) as pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários,
nos termos da Lei nº 9.514/1997 , financeiros, observada regulamentação editada pelo
Conselho Monetário Nacional, e agrícolas, conforme ato do Conselho Monetário
Nacional;
n) as operadoras de planos de assistência à saúde;
o) as empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de
valores, referidas na Lei nº 7.102/1983 ;
p) as sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária e as de consumo.
Faturamento, assim considerado o produto da venda de bens nas operações de conta
Base de cálculo própria, o preço da prestação de serviços em geral, o resultado auferido nas operações
de conta alheia e as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não
compreendidas anteriormente.
Alíquotas a) PIS-Pasep: 0,65%;
b) Cofins: 3%
Prazo de O pagamento da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins deve ser efetuado até o 25º
recolhimento dia do mês subsequente ao de ocorrência do fato gerador. Se o dia do vencimento não
for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder.

Importante
(1) Para os efeitos da Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 , que consolida as normas sobre a
apuração, a cobrança, a fiscalização, a arrecadação e a administração da contribuição para o PIS-
Pasep, da Cofins, da contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, a Tabela de
Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados ( Tipi ) corresponde àquela aprovada pelo
Decreto nº 11.158/2022 , observando-se que:
a) os códigos originários de leis e decretos que fundamentam a elaboração da Instrução Normativa RFB
nº 2.121/2022 estão atualizados conforme os respectivos códigos correspondentes da Tipi;
b) eventuais alterações futuras da Tipi que modifiquem a classificação fiscal dos produtos
mencionados na Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 não afetarão as disposições a eles aplicadas
com base na classificação anterior.
(2) Considera-se industrialização, nos termos definidos na legislação do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), as operações de:
a) transformação;
b) beneficiamento;
c) montagem; e
d) renovação ou recondicionamento.
(3) A consulta sobre classificação fiscal de mercadorias no âmbito da RFB possui rito próprio definido
na Instrução Normativa RFB nº 2.057/2021 .
A consulta apresentada por meio do e-CAC deve:
a) ser formulada obrigatoriamente no formato digital, de acordo com o modelo constante do Anexo
Único; e
b) conter assinatura eletrônica avançada ou qualificada, nos termos dos arts. 4º e 5º do Decreto nº
10.543/2020 .
A consulta formulada por interessado que seja detentor de certificado digital ou que esteja obrigado,
por legislação específica, à sua utilização deverá conter assinatura eletrônica qualificada. Enquanto não
implementada a funcionalidade de assinatura avançada no e-CAC, a consulta formulada pelo
interessado que não seja detentor de certificado digital ou que não esteja obrigado, por legislação
específica, à sua utilização deverá conter assinatura manual digitalizada, acompanhada de cópia
digitalizada do documento original de identificação do signatário.
Somente em caso de falha ou indisponibilidade dos sistemas informatizados da RFB que impeça a
transmissão de documentos por meio do e-CAC, a entrega poderá ser feita, excepcionalmente, em
unidade da RFB, em formato digital.
No caso de órgão público da administração direta poderá apresentar consulta pelo e-CAC ou formular
a consulta por escrito, de acordo com o modelo constante do Anexo Único, dirigida ao Coordenador-
Geral de Tributação (Cosit).
As soluções de consulta, a partir da data de sua publicação têm efeito vinculante no âmbito da RFB e
respaldam o sujeito passivo que as aplicar, ainda que não seja o respectivo consulente, desde que a
mercadoria se enquadre nas características descritas na ementa, sem prejuízo da verificação de seu
efetivo enquadramento pela autoridade fiscal em procedimento de fiscalização. Para esse efeito, serão
observados os atos normativos, as soluções de consulta e de divergência sobre a mercadoria
consultada proferidas pela Cosit, bem como os atos e as decisões a que a legislação atribua efeito
vinculante.
A solução de consulta e a solução de divergência terão o número, o assunto, a ementa e os
dispositivos legais:
a) publicados no Diário Oficial da União (DOU);
b) divulgados no ambiente externo do sistema Normas, disponível no endereço
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta, e no ementário do sistema Atos Decisórios,
disponível no endereço https://atosdecisorios.receita.fazenda.gov.br/consultaweb/index.jsf; e
c) será também divulgado no sistema Normas, disponível no endereço referido na letra "b", o texto
integral da solução de consulta e da solução de divergência, com exceção do número do processo
digital, dos dados cadastrais do consulente, dos dados sigilosos da mercadoria e de qualquer outra
informação que permita a identificação do consulente e de outros sujeitos passivos.
Vale ressaltar que, as descrições e os códigos de classificação fiscal de mercadorias na NCM são muito
importantes para definir a tributação da contribuição para o PIS-Pasep, da Cofins, bem como do IPI e
do ICMS.
.
2. CONTRIBUINTES
São contribuintes da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins no regime de apuração cumulativa:
a) as pessoas jurídicas tributadas pela legislação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) com
base no lucro presumido ou arbitrado;
b) os bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas
e as agências de fomento referidas no art. 1º da Medida Provisória nº 2.192-70/2001 (veja Nota);
c) as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito imobiliário e as
sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários;
d) as empresas de arrendamento mercantil;
e) as cooperativas de crédito;
f) as empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e
de crédito;
g) as entidades de previdência complementar privada, abertas e fechadas, sendo irrelevante a
forma de sua constituição;
h) as associações de poupança e empréstimo;
i) as pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos:
i.1) imobiliários, nos termos da Lei nº 9.514/1997 ;
i.2) financeiros, nos termos da regulamentação do Conselho Monetário Nacional; ou
i.3) agrícolas, conforme ato do Conselho Monetário Nacional;
j) as operadoras de planos de assistência à saúde;
k) as empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores,
referidas na Lei nº 7.102/1983 ; e
l) as sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária e as de consumo.
 Nota
O disposto na letra "b" não inclui as sociedades corretoras de seguros.
(Lei nº 10.833/2003 , art. 10 ; Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 , arts. 122 e 123 , )
.

2.1 ME e EPP optantes pelo Simples Nacional


As microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) submetidas ao regime do Simples
Nacional sujeitam-se à incidência da contribuição do PIS-Pasep e da Cofins de forma unificada no
referido regime, não lhes sendo aplicáveis as normas abordadas neste procedimento.
(Lei nº 10.833/2003 , art. 10 , III e Lei Complementar nº 123/2006 , art. 13 , IV e V)
.

2.2 Receitas sujeitas ao regime cumulativo


Continuam sujeitas ao regime de apuração cumulativa da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins e
seguem as normas da legislação vigentes anteriormente à Lei nº 10.637/2002 , e à Lei nº 10.833/2003
, as pessoas jurídicas que aufiram as receitas decorrentes das seguintes operações:
a) venda de álcool para fins carburantes (até dia 30.09.2008);
 Nota
Desde 1º.10.2008 a venda de álcool para fins carburantes passou a ser tratada no capítulo de
alíquotas diferenciadas (Lei nº 9.718/1998 , art. 5º , com as alterações da Lei nº 9.718/1998 , arts.
7º e 41, IV).
b) sujeitas à substituição tributária da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins;
c) venda de veículos usados, adquiridos para revenda, bem assim dos recebidos como parte do
preço da venda de veículos novos ou usados, quando auferidas por pessoas jurídicas que tenham
como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos
automotores;
 Nota
A pessoa jurídica simultaneamente sujeita aos regimes cumulativo e não cumulativo das
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins deve considerar como receita da referida operação,
integrante de sua receita bruta total, a diferença entre o valor da receita de venda do veículo e o
valor do seu custo de aquisição. Consequentemente, essa diferença é o montante a ser utilizado no
cálculo dos créditos vinculados aos custos, despesas e encargos comuns aos regimes de apuração
cumulativa e não cumulativa (Solução de Consulta Cosit nº 543/2017 ).
d) prestação de serviços de telecomunicações;
e) vendas de jornais e periódicos e prestação de serviços das empresas jornalísticas e de
radiodifusão sonora e de sons e imagens.
f) auferidas no regime especial de tributação previsto na Lei nº 10.637/2002 , art. 47 (antigo
doMercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE, atual Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica - CCEE);
g) prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de
passageiros;
 Notas
(1) As receitas decorrentes da prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário,
ferroviário e aquaviário de passageiros, inclusive na modalidade de fretamento ou para fins
turísticos, submetem-se ao regime de apuração cumulativa das contribuições para o PIS-Pasep e
da Cofins (Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 27/2008 ).
(2) Ficam reduzidas a zero as alíquotas da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins incidentes
sobre a receita decorrente da prestação de serviços de transporte público coletivo municipal de
passageiros, por meio rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário. A desoneração alcança
também as receitas decorrentes da prestação dos serviços nele referidos no território de região
metropolitana regularmente constituída e da prestação dos serviços definidos nos incisos XI a XIII
do art. 4º da Lei nº 12.587/2012 , por qualquer dos meios supracitados (Lei nº 12.860/2013 , art.
1º , com as alterações da Lei nº 13.043/2014 , art. 81)
h) serviço prestado por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de
fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas, de diálise,
raios x, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue;
i) prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e médio e educação superior;
j) venda de mercadoria, nacional ou estrangeira, a passageiros de viagens internacionais, realizada
por lojas francas instaladas na zona primária de portos ou aeroportos, na forma do art. 195 do
Decreto-Lei nº 1.455/1976 ;
k) serviço de transporte coletivo de passageiro efetuado por empresas regulares de linhas aéreas
domésticas e prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo;
l) edição de periódicos e informações neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos
serviços públicos de telefonia;
m) prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas no Registro Aeronáutico
Brasileiro (RAB);
n) prestação de serviços das empresas de callcenter, telemarketing, telecobrança e de
teleatendimento em geral;
o) execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil (Lei nº
11.434/2006 , art. 7º , Lei nº 11.945/2009 , art. 17 e Lei nº 12.375/2010 , art. 8º ; Lei nº
12.973/2014 , art. 55 ; Lei nº 13.043/2014 , art. 79 );
 Nota
O Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 10/2014 e a Solução de Divergência Cosit nº 11/2014
estabelecem que se enquadram no conceito de obras de construção civil, as obras e os serviços
auxiliares e complementares da construção civil, tais como exemplificados no Ato Declaratório
Normativo Cosit nº 30/1999 , quais sejam:a) a construção, demolição, reforma e ampliação de
edificações;b) sondagens, fundações e escavações;c) construção de estradas e logradouros
públicos;d) construção de pontes, viadutos e monumentos;e) terraplenagem e pavimentação;f)
pintura, carpintaria, instalações elétricas e hidráulicas, aplicação de tacos e azulejos, colocação de
vidros e esquadrias; eg) quaisquer outras benfeitorias agregadas ao solo ou subsolo.
p) auferidas por parques temáticos e prestação de serviços de hotelaria e organização de feiras e
eventos;
 Nota
Para permanecer no regime de apuração cumulativa das contribuições, as pessoas jurídicas que
auferirem as receitas de que trata a letra "p" acima devem observar os termos e condições
estabelecidos pela Portaria Interministerial MTur/MF nº 33/2005 .
q) serviços postais e telegráficos prestados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos;
r) prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras de rodovias;
 Nota
As pessoas jurídicas que aufiram as receitas de que trata a letra "r" acima, ficam obrigadas a
instalar equipamento emissor de cupom fiscal em seus estabelecimentos, na forma disciplinada
pela Secretaria da Receita Federal (Lei nº 11.033/2004 , art. 7º ).
s) prestação de serviços das agências de viagem e viagens e turismo;
t) auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades de
desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de
análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e
manutenção ou atualização de software, compreendidas ainda como softwares as páginas
eletrônicas;
 Nota
Ressalta-se que a receita auferida pelas pessoas jurídicas referidas na letra "t" acima não alcança a
comercialização, licenciamento ou cessão de direito de uso de software importado (Lei nº
10.833/2003 , art. 10 , § 2º, introduzido pelo art. 25 da Lei nº 11.051/2004 ).
u) relativas a contratos firmados anteriormente a 31.10.2003:
u.1) com prazo superior a 1 ano, de administradoras de planos de consórcios de bens móveis e imóveis,
regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central;
u.2) com prazo superior a 1 ano, de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado,
de bens ou serviços;
u.3) de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços
contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas
subsidiárias, bem como os contratos posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em
processo licitatório, até aquela data; e
u.4) de revenda de imóveis, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e
construção de prédio destinado à venda, quando decorrentes de contratos de longo prazo (receitas auferidas
a partir de 14.10.2005);
 Nota
Para os efeitos da letra "u", consideram-se com prazo superior a 1 ano, os contratos com prazo
indeterminado cuja vigência tenha se prolongado por mais de 1 ano, contado da data em que
foram firmados.
v) as receitas decorrentes de operações de comercialização de pedra britada, de areia para
construção civil e de areia de brita (Lei nº 10.637/2002 , art. 8º , XII, acrescido pela Lei nº
12.693/2012 , art. 6º - vigência a partir de 25.07.2012);
x) as receitas decorrentes da alienação de participações societárias (Lei nº 10.637/2002 , art. 8º ,
XIII e Lei nº 10.833/2003 , art. 10 , XXX; Lei nº 13.043/2014 , art. 30 - vigência a partir de
1º.01.2015).
(Lei nº 10.833/2003 , art. 10 , VII a XXX; Lei nº 10.637/2002 , art. 8º , I a XIII; Lei nº 12.375/2010 ,
art. 8º ; Instrução Normativa RFB nº 2.121, art. 126)
.
3. BASE DE CÁLCULO DA COFINS E DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS-PASEP CUMULATIVAS
A contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins devidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime
cumulativo, devem ser calculadas com base no seu faturamento, assim considerado a receita bruta, a
qual compreende:
a) o produto da venda de bens nas operações de conta própria;
b) o preço da prestação de serviços em geral;
c) o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
d) as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nas letras "a"
a "c".
(Lei nº 9.718/1998 , arts. 2º e 3º , com redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014, art. 52; Lei nº
10.637/2002 , art. 8º ; Lei nº 10.833/2003 , art. 10 ; Decreto-lei nº 1.598/1977 , art. 12 , com
redação dada pela Lei nº 12.973/2014 , art. 2º ; Lei nº 9.718/1998 , art. 3º , caput, com redação
dada pela Lei nº 12.973/2014 , art. 52 ; Instrução Normativa RFB nº 2.119/2022 , art. 25 , II e § 2º)
.

3.1 Exclusões da base de cálculo das contribuições


Não integram a base de cálculo das contribuições os valores relativos:
a) ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) destacado em nota fiscal, nas de pessoa jurídica
industrial ou equiparada a industrial;
b) ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS),quando cobrado
pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário;
c) a receitas imunes, isentas e não alcançadas pela incidência das contribuições; e
d) ao valor da contrapartida do benefício fiscal de que trata o art. 11 da Lei nº 13.755/2018 (
Programa Rota 2030 - Mobilidade e Logística ), reconhecido no resultado operacional;
e) a vendas canceladas;
f) a devoluções de vendas;
g) a descontos incondicionais concedidos;
h) a reversões de provisões, que não representem ingresso de novas receitas;
i) a recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso denovas
receitas;
j) receita de que trata o inciso IV do caput do art. 187 da Lei nº 6.404, de 1976, decorrente da venda
de bens do ativo não circulante, classificado como investimento, imobilizado ou intangível;
k) a receita auferida pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às
quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária;
l) a receita decorrente da transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS de créditos de
ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1º do art. 25 da
Lei Complementar nº 87/1996 ;
m) a receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou melhoramento da
infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de exploração, no
caso de contratos de concessão de serviços públicos;
n) ao resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e
dividendos derivados de participações societárias, que tenham sido computados como receita;
o) a receita financeira decorrente do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do
art. 183 da Lei nº 6.404/1976 , referente a receitas excluídas da base de cálculo da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins; e
p) ao ICMS destacado no documento fiscal, observando-se que não podem ser excluídos os
montantes de ICMS destacados em documentos fiscais referentes a receitas de vendas efetuadas
com suspensão, isenção, alíquota zero ou não sujeitas à incidência das contribuições.
(Lei nº 10.637/2002 , art. 1º , § 3º, inciso I; Lei nº 10.833/2003 , art. 1º , § 3º, inciso I; e Decreto-lei
nº 1.598/1977 , art. 12 , com redação dada pela Lei nº 12.973/2014 , art. 2º ; Instrução Normativa
RFB nº 2.119/2022 , arts. 25 , § 3º e 26)
.

3.2 Pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido- Reconhecimento das receitas pelo
regime de caixa
As pessoas jurídicas tributadas pelo Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) com base no lucro
presumido, podem optar por reconhecer as receitas provenientes de vendas de bens ou direitos ou de
prestação de serviços, cujo preço seja recebido a prazo ou em parcelas, na base de cálculo da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, somente no mês do efetivo recebimento (regime de caixa),
desde que adote o mesmo critério em relação ao Imposto de Renda e à Contribuição Social sobre o
Lucro (CSL).
(Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 20 )
.
3.3 Cooperativas que comercializam a produção de associados pessoas jurídicas
As cooperativas que comercializam a produção de associados, pessoas jurídicas, deverão reter e
recolher a contribuição devida pelas suas filiadas, incidentes sobre a receita de vendas desses
produtos, devendo informar a elas, individualizadamente, o valor das contribuições recolhidas,
juntamente com o montante do faturamento relativo às vendas dos produtos de cada uma.
 Nota
Veja mais sobre o assunto no procedimento: Cofins/PIS-Pasep - Cooperativas em geral
(Lei nº 9.430/1996 , art. 66 , Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 16 )
.

3.4 Operadoras de planos de assistência à saúde


As operadoras de planos de assistência à saúde podem deduzir, para fins de determinação da base de
cálculo da Cofins e da contribuição para o PIS-Pasep:
a) as co-responsabilidades cedidas;
b) a parcela das contraprestações pecuniárias destinada à constituição de provisões técnicas; e
c) o valor das indenizações correspondentes aos eventos ocorridos, efetivamente pago, deduzido
das importâncias recebidas a título de transferência de responsabilidades.
Para efeito de interpretação da base de cálculo:
a) o valor referente às indenizações correspondentes aos eventos ocorridos de que trata a letra "c",
entende-se o total dos custos assistenciais decorrentes da utilização pelos beneficiários da
cobertura oferecida pelos planos de saúde, incluindo-se neste total os custos de beneficiários da
própria operadora e os beneficiários de outra operadora atendidos a título de transferência de
responsabilidade assumida;
b) não são considerados receita bruta das administradoras de benefícios os valores devidos a
outras operadoras de planos de assistência à saúde.
.

3.4.1 Administradora de benefícios


As administradoras de benefícios são consideradas espécie de operadoras de planos de assistência à
saúde e, portanto, estão sujeitas ao regime de apuração cumulativa das contribuições, sendo sua
tributação efetuada nos termos do subtópico 3.4 .
(Solução de Consulta Cosit nº 116/2018 )
.

3.4.2 Alíquotas
As pessoas jurídicas operadoras de planos de assistência à saúde e as administradoras de benefícios
devem aplicar a alíquota de 0,65% para o PIS-Pasep e de 4% para a Cofins.
 Nota
Conforme esclarecido pela Solução de Consulta Cosit nº 6/2010 , a Lei nº 9.718/1998 , art. 3º , § 9º, III
com a redação dada pela Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 2º , não permite que as operadoras
de planos de assistência à saúde deduzam da base de cálculo da contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins as despesas e os custos operacionais relacionados com os atendimentos médicos realizados em
seus próprios beneficiários (clientes), por meio de estabelecimento próprio ou pela rede
conveniada/credenciada de profissionais e empresas da área de saúde, visto que tais contribuições
incidem sobre o faturamento (receita bruta) mensal e não sobre o resultado. O mencionado dispositivo
legal somente autoriza as operadoras de planos de assistência à saúde a deduzirem da base de cálculo
da Cofins o valor correspondente às indenizações efetivamente pagas por uma operadora, referente
aos atendimentos médicos efetuados em beneficiários (clientes) pertencentes à outra operadora de
plano de assistência à saúde, deduzido das importâncias recebidas a título de transferência de
responsabilidade.
(Lei nº 9.718/1998 , art. 3º , § 9º, § 9º -A e 9º-B e art. 8º-A; Lei nº 12.995/2014 ; Medida Provisória nº
2.158-35/2001 , art. 2º ; Lei nº 12.873/2013 , art. 19 ; Lei nº 12.995/2014 )
.

3.5 Comercialização de veículos automotores - Receita de venda de veículos usados


Nas pessoas jurídicas que tenham por objeto social (declarado em seus atos constitutivos) a compra e
a venda de veículos automotores, nas vendas de veículos usados, adquiridos para revenda ou recebidos
como parte do preço de venda de veículos novos ou usados, será computada como receita a diferença
entre o valor pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e o seu
custo de aquisição, constante da nota fiscal de entrada, o qual deve corresponder ao preço ajustado
entre as partes.
(Lei nº 9.716/1998 , art. 5º ; Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 41 )
.

3.6 Construção por empreitada ou fornecimento a preço predeterminado


No caso de construção por empreitada ou de fornecimento a preço predeterminado de bens ou
serviços, contratados por pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia
mista ou suas subsidiárias, o pagamento das contribuições poderá ser diferido, pelo contratado, até a
data do recebimento do preço. Esse diferimento aplica-se também aos subempreiteiros ou
subcontratados, na hipótese de subcontratação parcial ou total da empreitada ou do fornecimento.
(Lei nº 9.718/1998 , art. 7º )
.

3.7 Parceria público-privada no âmbito da administração pública


O contrato de parceria público-privada poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração
variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade
definidos no contrato, observando-se que poderá, ainda, prever o aporte de recursos em favor do
parceiro privado, autorizado por lei específica, para a construção ou aquisição de bens reversíveis, nos
termos dos incisos X e XI do caput do art. 18 da Lei nº 8.987/1995 .
O valor do aporte de recursos realizado poderá ser excluído da determinação da base de cálculo da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, devendo ser computada na proporção em que o custo para
a construção ou aquisição de bens for realizado, inclusive mediante depreciação ou extinção da
concessão, nos termos do art. 35 da Lei nº 8.987/1995 .
(Lei nº 11.079/2004 , art. 6º , § 1º; Lei nº 12.766/2012 , art. 1º ; Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022
, art. 32 )
.

3.8 Pessoas jurídicas que prestem serviços de arrecadação de receitas federais


Em substituição à remuneração por meio do pagamento de tarifas, as pessoas jurídicas que prestem
serviços de arrecadação de receitas federais podem excluir da base de cálculo da Cofins o valor a elas
devido em cada período de apuração como remuneração por esses serviços, dividido por 0,04,
observando-se que:
a) a exclusão na forma supramencionada substitui integralmente a remuneração por meio de
pagamento de tarifas;
b) o valor devido como remuneração dos serviços de arrecadação de receitas federais é o definido
na Portaria MF nº 479/2000 , com a redação dada pela Portaria MF nº 523/2014 ;
c) caso não seja possível fazer essa exclusão na base de cálculo da Cofins referente ao período em
que auferida remuneração, o montante excedente poderá ser excluído da base de cálculo da Cofins
dos períodos subsequentes.
d) a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) informará, para cada período de apuração, o valor
total devido à pessoa jurídica pelos serviços de arrecadação de receitas federais, devendo esta
última optar e manter o Domicílio Tributário Eletrônico (DTE) para o recebimento das informações
dos valores a serem excluídos da base de cálculo da Cofins; essa informação será enviada ao DTE
da pessoa jurídica até o 10º dia útil seguinte ao período de apuração;
d) as diferenças eventualmente encontradas no valor total devido poderão ser ajustadas pela RFB
em períodos de apuração subsequentes, desde que não extinto o direito da Fazenda Pública.
(Lei nº 9.718/1998 , art. 3º , §§ 10 a 12; Lei nº 12.844/2013 ; Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , arts. 33 , 34 e 35 )
.

3.9 Juros sobre o capital próprio


As receitas financeiras que não decorram da atividade ou do objeto principal da pessoa jurídica não
serão tributadas no regime de incidência cumulativa da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, por
não se enquadrarem no conceito de faturamento, conforme mencionado no tópico 3 .
No entanto, caso a pessoa jurídica que tenha no objeto social, a participação no capital social em outras
sociedades, a receita financeira decorrente da remuneração dos juros sobre o capital próprio integrará
a base de cálculo das referidas contribuições.
Nesse sentido, decidiu a Solução de Consulta Cosit nº 84/2016:
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
REGIME DE APURAÇÃO CUMULATIVA. BASE DE CÁLCULO.
FATURAMENTO. RECEITA BRUTA. PARTICIPAÇÃO EM OUTRAS SOCIEDADES. JUROS SOBRE
CAPITAL PRÓPRIO.
A partir da publicação da Lei nº 11.941, de 2009, ocorrida em 28 de maio de 2009, a base de cálculo da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no regime de apuração cumulativa ficou restrita ao faturamento
auferido pela pessoa jurídica, que corresponde à receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598
, de 26 de dezembro de 1977, nos termos do art. 2º e caput do art. 3º da Lei nº 9.718, de 1998;
A receita bruta sujeita à Cofins compreende as receitas oriundas do exercício de todas as atividades
empresariais da pessoa jurídica, e não apenas aquelas decorrentes da venda de mercadorias e da prestação
de serviços.
As receitas decorrentes do recebimento de juros sobre o capital próprio auferidas por pessoa jurídica cujo
objeto social seja a participação no capital social de outras sociedades compõem sua receita bruta para fins
de apuração da Cofins devidas no regime de apuração cumulativa.
Dispositivos Legais: Lei n° 9.718, arts. 2º e 3º, caput; Lei Complementar nº 70, de 1991, arts. 2º e 3º;
Decreto-Lei nº 1.598 , de 26 de dezembro de 1977, art. 12.
.
4. ALÍQUOTAS
A alíquota básica para cálculo da Cofins é de 3% e da contribuição para o PIS-Pasep é de 0,65%,
observadas, todavia, as regras específicas previstas para certos casos, conforme antes mencionado.
(Lei nº 9.715/1998 , art. 8º , I; Lei nº 9.718/1998 , art. 8º , caput)
.
4.1 Instituições financeiras e equiparadas
Os bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
agências de fomento, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito
imobiliário e as sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários; as empresas de
arrendamento mercantil; as cooperativas de crédito; as empresas de seguros privados e de
capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito; as entidades de previdência
complementar privada, abertas e fechadas (sendo irrelevante a forma de sua constituição); e as
associações de poupança e empréstimo devem apurar a contribuição para o PIS-Pasep e a Cofins
mediante a aplicação das alíquotas de 0,65% e de 4%, respectivamente.
Veja mais sobre o assunto no procedimento: Cofins/PIS-Pasep - Incidência das contribuições devidas
por instituições financeiras e equiparadas .
 Notas
(1) As instituições financeiras, empresas de seguros privados e demais entidades submetidas à
competência normativa do Banco Central e da Superintendência de Seguros Privados (Susep), inclusive
as sociedades corretoras de seguro, sujeitam-se à contribuição para o PIS-Pasep na base de 0,65%
sobre as suas receitas, podendo nelas efetuar as mesmas exclusões ou deduções admitidas para efeito
de determinação da base de cálculo da Cofins.
(2) Desde 1º.09.2003, a alíquota da Cofins passou a ser de 4% para bancos comerciais, bancos de
investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil e cooperativas de crédito, empresas de
seguros privados, agentes autônomos de seguros privados (corretoras de seguros) e de crédito,
entidades de previdência privada, abertas e fechadas, empresas de capitalização e pessoas jurídicas
que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários e financeiros (Lei nº 10.684/2003 , art.
18 ). Entretanto, nos termos do art. 123 , parágrafo único da Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 , as
sociedades corretoras de seguros não estão incluídas no regime de incidência cumulativa da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, na forma supramencionada.
(Lei nº 10.684/2003 , art. 18 ; Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 1º;; Instrução Normativa RFB
nº 2.121/2022 , art. 742 )
.

4.2 Alienação de participações societárias


Desde 1º.01.2015, conforme mencionado no subtópico 3.2, na letra "g", para fins de determinação da
base de cálculo da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins será excluída receita decorrente da
alienação de participação societária o valor despendido para aquisição dessa participação. Nessa
hipótese, a Cofins incidente sobre as receitas decorrentes da alienação de participações societárias
deve ser apurada mediante a aplicação da alíquota de 4%.
(Lei nº 9.718/1998 , arts. 3º , § 14 e 8º-B; Lei nº 13.043/2014 , art. 30 )
.

4.3 Exemplo
Admita-se que no mês de janeiro de 20X1 uma determinada empresa obteve receita bruta de vendas de
mercadorias e serviços (excluídos os valores relativos ao IPI, às vendas canceladas e aos descontos
incondicionais), no total de R$ 650.000,00:
Neste caso, teremos:
I - Base de cálculo e contribuição devida da Cofins:
R$ 650.000,00 x 3% = R$ 19.500,00
II - Base de cálculo e contribuição devida do PIS-Pasep:
R$ 650.000,00 x 0,65% = R$ 4.225,00
 Nota
Ressalta-se que os produtos beneficiados por alíquota zero ou suspensão serão tratados em
procedimentos específicos.
.
5. PRAZO DE PAGAMENTO
As pessoas jurídicas em geral devem efetuar o pagamento da contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins até o 25º dia do mês subsequente ao de ocorrência do fato gerador. Se o dia do vencimento não
for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder.
Entretanto, o pagamento da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins devidas pelas pessoas jurídicas
referidas no § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212/1991 (instituições financeiras e assemelhadas) deve ser
efetuado até o 20º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores, observando-se que
caso dia do vencimento não seja dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que
o anteceder.
 Nota
A contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins de fatos geradores ocorridos antes de 1º.10.2008, o prazo
de recolhimento é até o último dia útil do segundo decêndio subseqüente ao mês de ocorrência do fato
gerador (dia 20 ou o último dia útil anterior, se o dia 20 não for útil).
Salvo disposição expressa em contrário, caso a não-incidência, a isenção, a suspensão ou a redução
das alíquotas da contribuição para o PIS-Pasep, da Cofins, da contribuição para o PIS-Pasep-
Importação e da Cofins-Importação for condicionada à destinação do bem ou do serviço, e a este for
dado destino diverso, ficará o responsável pelo fato sujeito ao pagamento das contribuições e das
penalidades cabíveis, como se a não-incidência, a isenção, a suspensão ou a redução das alíquotas não
existisse.
(Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 18 ; Lei nº 11.488/2007 , art. 7º ; Lei nº 11.933/2009 , art. 1º
e art. 11 , I; e Lei nº 11.945/2009 , art. 22 )
.
6. EMPRESA COM FILIAIS - APURAÇÃO E PAGAMENTO CENTRALIZADO DAS CONTRIBUIÇÕES
Nas empresas que tenham filiais, a apuração e o pagamento das contribuições devem ser efetuados,
obrigatoriamente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz.
No caso das pessoas jurídicas referidas no § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212/1991 (instituições financeiras)
a apuração e o pagamento da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins também devem ser efetuados
de forma centralizada pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica.
(Lei nº 9.779/1999 , art. 15 , III)
.
7. PREENCHIMENTO DO DARF
O Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para recolhimento da contribuição para o
PIS-Pasep e da Cofins deverá ser preenchido com os seguintes códigos de receita (campo 04):
- 4574 para PIS-Pasep Entidades Financeiras e equiparadas;
- 8109 para PIS-Pasep;
- 7987 para Cofins Entidades financeiras e equiparadas; e
- 2172 para Cofins Demais contribuintes.
.
8. OBSERVAÇÕES SOBRE A EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES
Veja sobre o assunto o procedimento: Cofins/PIS-Pasep - Exclusão do ICMS da base de cálculo das
contribuições - Aspectos tributários
Legislação Referenciada
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 10/2014
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 27/2008
Ato Declaratório Normativo Cosit nº 30/1999
Decreto nº 10.543/2020
Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados
Decreto-Lei nº 1.455/1976
Decreto-lei nº 1.598/1977
Instrução Normativa RFB nº 2.057/2021
Instrução Normativa RFB nº 2.119/2022
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022
Lei Complementar nº 123/2006
Lei Complementar nº 87/1996
Lei nº 10.637/2002
Lei nº 10.684/2003
Lei nº 10.833/2003
Lei nº 11.033/2004
Lei nº 11.051/2004
Lei nº 11.079/2004
Lei nº 11.434/2006
Lei nº 11.488/2007
Lei nº 11.933/2009
Lei nº 11.941/2009
Lei nº 11.945/2009
Lei nº 12.375/2010
Lei nº 12.587/2012
Lei nº 12.693/2012
Lei nº 12.766/2012
Lei nº 12.844/2013
Lei nº 12.860/2013
Lei nº 12.873/2013
Lei nº 12.973/2014
Lei nº 12.995/2014
Lei nº 13.043/2014
Lei nº 13.755/2018
Lei nº 6.404/1976
Lei nº 7.102/1983
Lei nº 8.212/1991
Lei nº 8.987/1995
Lei nº 9.430/1996
Lei nº 9.514/1997
Lei nº 9.715/1998
Lei nº 9.716/1998
Lei nº 9.718/1998
Lei nº 9.779/1999
Medida Provisória nº 2.158-35/2001
Medida Provisória nº 2.192-70/2001
Portaria MF nº 479/2000
Portaria MF nº 523/2014
Portaria Interministerial MTur/MF nº 33/2005
Solução de Consulta Cosit nº 116/2018
Solução de Consulta Cosit nº 543/2017

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