Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2. CONTRIBUINTES
3.2 Pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido- Reconhecimento das receitas pelo
regime de caixa
3.4.2 Alíquotas
4. ALÍQUOTAS
4.3 Exemplo
5. PRAZO DE PAGAMENTO
7. PREENCHIMENTO DO DARF
Importante
(1) Para os efeitos da Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 , que consolida as normas sobre a
apuração, a cobrança, a fiscalização, a arrecadação e a administração da contribuição para o PIS-
Pasep, da Cofins, da contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, a Tabela de
Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados ( Tipi ) corresponde àquela aprovada pelo
Decreto nº 11.158/2022 , observando-se que:
a) os códigos originários de leis e decretos que fundamentam a elaboração da Instrução Normativa RFB
nº 2.121/2022 estão atualizados conforme os respectivos códigos correspondentes da Tipi;
b) eventuais alterações futuras da Tipi que modifiquem a classificação fiscal dos produtos
mencionados na Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 não afetarão as disposições a eles aplicadas
com base na classificação anterior.
(2) Considera-se industrialização, nos termos definidos na legislação do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), as operações de:
a) transformação;
b) beneficiamento;
c) montagem; e
d) renovação ou recondicionamento.
(3) A consulta sobre classificação fiscal de mercadorias no âmbito da RFB possui rito próprio definido
na Instrução Normativa RFB nº 2.057/2021 .
A consulta apresentada por meio do e-CAC deve:
a) ser formulada obrigatoriamente no formato digital, de acordo com o modelo constante do Anexo
Único; e
b) conter assinatura eletrônica avançada ou qualificada, nos termos dos arts. 4º e 5º do Decreto nº
10.543/2020 .
A consulta formulada por interessado que seja detentor de certificado digital ou que esteja obrigado,
por legislação específica, à sua utilização deverá conter assinatura eletrônica qualificada. Enquanto não
implementada a funcionalidade de assinatura avançada no e-CAC, a consulta formulada pelo
interessado que não seja detentor de certificado digital ou que não esteja obrigado, por legislação
específica, à sua utilização deverá conter assinatura manual digitalizada, acompanhada de cópia
digitalizada do documento original de identificação do signatário.
Somente em caso de falha ou indisponibilidade dos sistemas informatizados da RFB que impeça a
transmissão de documentos por meio do e-CAC, a entrega poderá ser feita, excepcionalmente, em
unidade da RFB, em formato digital.
No caso de órgão público da administração direta poderá apresentar consulta pelo e-CAC ou formular
a consulta por escrito, de acordo com o modelo constante do Anexo Único, dirigida ao Coordenador-
Geral de Tributação (Cosit).
As soluções de consulta, a partir da data de sua publicação têm efeito vinculante no âmbito da RFB e
respaldam o sujeito passivo que as aplicar, ainda que não seja o respectivo consulente, desde que a
mercadoria se enquadre nas características descritas na ementa, sem prejuízo da verificação de seu
efetivo enquadramento pela autoridade fiscal em procedimento de fiscalização. Para esse efeito, serão
observados os atos normativos, as soluções de consulta e de divergência sobre a mercadoria
consultada proferidas pela Cosit, bem como os atos e as decisões a que a legislação atribua efeito
vinculante.
A solução de consulta e a solução de divergência terão o número, o assunto, a ementa e os
dispositivos legais:
a) publicados no Diário Oficial da União (DOU);
b) divulgados no ambiente externo do sistema Normas, disponível no endereço
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta, e no ementário do sistema Atos Decisórios,
disponível no endereço https://atosdecisorios.receita.fazenda.gov.br/consultaweb/index.jsf; e
c) será também divulgado no sistema Normas, disponível no endereço referido na letra "b", o texto
integral da solução de consulta e da solução de divergência, com exceção do número do processo
digital, dos dados cadastrais do consulente, dos dados sigilosos da mercadoria e de qualquer outra
informação que permita a identificação do consulente e de outros sujeitos passivos.
Vale ressaltar que, as descrições e os códigos de classificação fiscal de mercadorias na NCM são muito
importantes para definir a tributação da contribuição para o PIS-Pasep, da Cofins, bem como do IPI e
do ICMS.
.
2. CONTRIBUINTES
São contribuintes da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins no regime de apuração cumulativa:
a) as pessoas jurídicas tributadas pela legislação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) com
base no lucro presumido ou arbitrado;
b) os bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas
e as agências de fomento referidas no art. 1º da Medida Provisória nº 2.192-70/2001 (veja Nota);
c) as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito imobiliário e as
sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários;
d) as empresas de arrendamento mercantil;
e) as cooperativas de crédito;
f) as empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e
de crédito;
g) as entidades de previdência complementar privada, abertas e fechadas, sendo irrelevante a
forma de sua constituição;
h) as associações de poupança e empréstimo;
i) as pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos:
i.1) imobiliários, nos termos da Lei nº 9.514/1997 ;
i.2) financeiros, nos termos da regulamentação do Conselho Monetário Nacional; ou
i.3) agrícolas, conforme ato do Conselho Monetário Nacional;
j) as operadoras de planos de assistência à saúde;
k) as empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores,
referidas na Lei nº 7.102/1983 ; e
l) as sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária e as de consumo.
Nota
O disposto na letra "b" não inclui as sociedades corretoras de seguros.
(Lei nº 10.833/2003 , art. 10 ; Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 , arts. 122 e 123 , )
.
3.2 Pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido- Reconhecimento das receitas pelo
regime de caixa
As pessoas jurídicas tributadas pelo Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) com base no lucro
presumido, podem optar por reconhecer as receitas provenientes de vendas de bens ou direitos ou de
prestação de serviços, cujo preço seja recebido a prazo ou em parcelas, na base de cálculo da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, somente no mês do efetivo recebimento (regime de caixa),
desde que adote o mesmo critério em relação ao Imposto de Renda e à Contribuição Social sobre o
Lucro (CSL).
(Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 20 )
.
3.3 Cooperativas que comercializam a produção de associados pessoas jurídicas
As cooperativas que comercializam a produção de associados, pessoas jurídicas, deverão reter e
recolher a contribuição devida pelas suas filiadas, incidentes sobre a receita de vendas desses
produtos, devendo informar a elas, individualizadamente, o valor das contribuições recolhidas,
juntamente com o montante do faturamento relativo às vendas dos produtos de cada uma.
Nota
Veja mais sobre o assunto no procedimento: Cofins/PIS-Pasep - Cooperativas em geral
(Lei nº 9.430/1996 , art. 66 , Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 16 )
.
3.4.2 Alíquotas
As pessoas jurídicas operadoras de planos de assistência à saúde e as administradoras de benefícios
devem aplicar a alíquota de 0,65% para o PIS-Pasep e de 4% para a Cofins.
Nota
Conforme esclarecido pela Solução de Consulta Cosit nº 6/2010 , a Lei nº 9.718/1998 , art. 3º , § 9º, III
com a redação dada pela Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 2º , não permite que as operadoras
de planos de assistência à saúde deduzam da base de cálculo da contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins as despesas e os custos operacionais relacionados com os atendimentos médicos realizados em
seus próprios beneficiários (clientes), por meio de estabelecimento próprio ou pela rede
conveniada/credenciada de profissionais e empresas da área de saúde, visto que tais contribuições
incidem sobre o faturamento (receita bruta) mensal e não sobre o resultado. O mencionado dispositivo
legal somente autoriza as operadoras de planos de assistência à saúde a deduzirem da base de cálculo
da Cofins o valor correspondente às indenizações efetivamente pagas por uma operadora, referente
aos atendimentos médicos efetuados em beneficiários (clientes) pertencentes à outra operadora de
plano de assistência à saúde, deduzido das importâncias recebidas a título de transferência de
responsabilidade.
(Lei nº 9.718/1998 , art. 3º , § 9º, § 9º -A e 9º-B e art. 8º-A; Lei nº 12.995/2014 ; Medida Provisória nº
2.158-35/2001 , art. 2º ; Lei nº 12.873/2013 , art. 19 ; Lei nº 12.995/2014 )
.
4.3 Exemplo
Admita-se que no mês de janeiro de 20X1 uma determinada empresa obteve receita bruta de vendas de
mercadorias e serviços (excluídos os valores relativos ao IPI, às vendas canceladas e aos descontos
incondicionais), no total de R$ 650.000,00:
Neste caso, teremos:
I - Base de cálculo e contribuição devida da Cofins:
R$ 650.000,00 x 3% = R$ 19.500,00
II - Base de cálculo e contribuição devida do PIS-Pasep:
R$ 650.000,00 x 0,65% = R$ 4.225,00
Nota
Ressalta-se que os produtos beneficiados por alíquota zero ou suspensão serão tratados em
procedimentos específicos.
.
5. PRAZO DE PAGAMENTO
As pessoas jurídicas em geral devem efetuar o pagamento da contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins até o 25º dia do mês subsequente ao de ocorrência do fato gerador. Se o dia do vencimento não
for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder.
Entretanto, o pagamento da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins devidas pelas pessoas jurídicas
referidas no § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212/1991 (instituições financeiras e assemelhadas) deve ser
efetuado até o 20º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores, observando-se que
caso dia do vencimento não seja dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que
o anteceder.
Nota
A contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins de fatos geradores ocorridos antes de 1º.10.2008, o prazo
de recolhimento é até o último dia útil do segundo decêndio subseqüente ao mês de ocorrência do fato
gerador (dia 20 ou o último dia útil anterior, se o dia 20 não for útil).
Salvo disposição expressa em contrário, caso a não-incidência, a isenção, a suspensão ou a redução
das alíquotas da contribuição para o PIS-Pasep, da Cofins, da contribuição para o PIS-Pasep-
Importação e da Cofins-Importação for condicionada à destinação do bem ou do serviço, e a este for
dado destino diverso, ficará o responsável pelo fato sujeito ao pagamento das contribuições e das
penalidades cabíveis, como se a não-incidência, a isenção, a suspensão ou a redução das alíquotas não
existisse.
(Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 18 ; Lei nº 11.488/2007 , art. 7º ; Lei nº 11.933/2009 , art. 1º
e art. 11 , I; e Lei nº 11.945/2009 , art. 22 )
.
6. EMPRESA COM FILIAIS - APURAÇÃO E PAGAMENTO CENTRALIZADO DAS CONTRIBUIÇÕES
Nas empresas que tenham filiais, a apuração e o pagamento das contribuições devem ser efetuados,
obrigatoriamente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz.
No caso das pessoas jurídicas referidas no § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212/1991 (instituições financeiras)
a apuração e o pagamento da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins também devem ser efetuados
de forma centralizada pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica.
(Lei nº 9.779/1999 , art. 15 , III)
.
7. PREENCHIMENTO DO DARF
O Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para recolhimento da contribuição para o
PIS-Pasep e da Cofins deverá ser preenchido com os seguintes códigos de receita (campo 04):
- 4574 para PIS-Pasep Entidades Financeiras e equiparadas;
- 8109 para PIS-Pasep;
- 7987 para Cofins Entidades financeiras e equiparadas; e
- 2172 para Cofins Demais contribuintes.
.
8. OBSERVAÇÕES SOBRE A EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES
Veja sobre o assunto o procedimento: Cofins/PIS-Pasep - Exclusão do ICMS da base de cálculo das
contribuições - Aspectos tributários
Legislação Referenciada
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 10/2014
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 27/2008
Ato Declaratório Normativo Cosit nº 30/1999
Decreto nº 10.543/2020
Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados
Decreto-Lei nº 1.455/1976
Decreto-lei nº 1.598/1977
Instrução Normativa RFB nº 2.057/2021
Instrução Normativa RFB nº 2.119/2022
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022
Lei Complementar nº 123/2006
Lei Complementar nº 87/1996
Lei nº 10.637/2002
Lei nº 10.684/2003
Lei nº 10.833/2003
Lei nº 11.033/2004
Lei nº 11.051/2004
Lei nº 11.079/2004
Lei nº 11.434/2006
Lei nº 11.488/2007
Lei nº 11.933/2009
Lei nº 11.941/2009
Lei nº 11.945/2009
Lei nº 12.375/2010
Lei nº 12.587/2012
Lei nº 12.693/2012
Lei nº 12.766/2012
Lei nº 12.844/2013
Lei nº 12.860/2013
Lei nº 12.873/2013
Lei nº 12.973/2014
Lei nº 12.995/2014
Lei nº 13.043/2014
Lei nº 13.755/2018
Lei nº 6.404/1976
Lei nº 7.102/1983
Lei nº 8.212/1991
Lei nº 8.987/1995
Lei nº 9.430/1996
Lei nº 9.514/1997
Lei nº 9.715/1998
Lei nº 9.716/1998
Lei nº 9.718/1998
Lei nº 9.779/1999
Medida Provisória nº 2.158-35/2001
Medida Provisória nº 2.192-70/2001
Portaria MF nº 479/2000
Portaria MF nº 523/2014
Portaria Interministerial MTur/MF nº 33/2005
Solução de Consulta Cosit nº 116/2018
Solução de Consulta Cosit nº 543/2017