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*Código Tributário Nacional - CTN - Lei 5172/66

*Constituição Federal - CF

1) Diferencie imposto de taxa:


Conforme o Art. 5 do CTN, impostos e taxas são tributos que se diferenciam
pelo fato gerador da respectiva obrigação. De acordo com o Art. 16 do CTN, imposto é
o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Todavia, segundo Art. 77, taxas
cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no
âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

2) Impostos podem ser aumentados por medida provisória?


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Segundo o Art. 62 da CF, em caso de relevância e urgência, o Presidente da
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las
de imediato ao Congresso Nacional. No segundo parágrafo desse mesmo artigo fica
evidente que impostos podem ser aumentados por medida provisória - § 2º Medida
provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos
arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se
houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

Ref: https://jus.com.br/artigos/32670/inconstitucionalidade-da-criacao-e-majoracao-dos-
tributos-por-medidas-provisorias

3) O que é lançamento por homologação?


De acordo com o Art. 150 do CTN, o lançamento por homologação, que
ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar
o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que
a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,
expressamente a homologa. No quarto parágrafo desse artigo também é estabelecido
que - § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da
ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o
crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
São exemplos de tributos sujeitos a esse tipo de lançamento: ICMS, ISSQN, IPI,
IR, PIS e COFINS.

Ref: https://jus.com.br/artigos/65876/impostos-sujeitos-a-lancamento-por-
homologacao-aspectos-sobre-a-decadencia-e-prescricao/2#:~:text=O%20lan
%C3%A7amento%20por%20homologa%C3%A7%C3%A3o%2C%20que,pelo
%20obrigado%2C%20expressamente%20a%20homologa

https://www.conjur.com.br/2012-jul-02/ricardo-macedo-duartelancamento-
homologacao-decadencia

4) O que é Lucro Real e Lucro Presumido, em tema de Imposto de Renda Pessoa


Jurídica (IRPJ)?
Lucro Real: Conforme o Art. 14 da Lei 9718/98 - Estão obrigadas à apuração do lucro
real as pessoas jurídicas:
I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$
78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do
período, quando inferior a 12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº 12.814, de
2013) (Vigência)
II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores
mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização e entidades de previdência privada aberta;
III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos
à isenção ou redução do imposto;
V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime
de estimativa, na forma do art. 2° da Lei n° 9.430, de 1996;
VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração
de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e
do agronegócio.(Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010)

Lei 9430/96
Art. 2o A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real poderá optar pela
pagamento do imposto, em cada mês, determinado sobre base de cálculo estimada,
mediante a aplicação dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei no 9.249, de 26 de
dezembro de 1995, sobre a receita bruta definida pela art. 12 do Decreto-Lei no 1.598,
de 26 de dezembro de 1977, auferida mensalmente, deduzida das devoluções, vendas
canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, observado o disposto nos §§ 1o e
2o do art. 29 e nos arts. 30, 32, 34 e 35 da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de
1995. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência)
§ 1º O imposto a ser pago mensalmente na forma deste artigo será determinado
mediante a aplicação, sobre a base de cálculo, da alíquota de quinze por cento.
§ 2º A parcela da base de cálculo, apurada mensalmente, que exceder a R$ 20.000,00
(vinte mil reais) ficará sujeita à incidência de adicional de imposto de renda à alíquota
de dez por cento.
§ 3º A pessoa jurídica que optar pela pagamento do imposto na forma deste artigo
deverá apurar o lucro real em 31 de dezembro de cada ano, exceto nas hipóteses de que
tratam os §§ 1º e 2º do artigo anterior.
§ 4º Para efeito de determinação do saldo de imposto a pagar ou a ser compensado, a
pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido o valor:
I - dos incentivos fiscais de dedução do imposto, observados os limites e prazos fixados
na legislação vigente, bem como o disposto no § 4º do art. 3º da Lei nº 9.249, de 26 de
dezembro de 1995;
II - dos incentivos fiscais de redução e isenção do imposto, calculados com base no
lucro da exploração;
III - do imposto de renda pago ou retido na fonte, incidente sobre receitas computadas
na determinação do lucro real;
IV - do imposto de renda pago na forma deste artigo.
Lucro Presumido: Conforme Art. 15 da Lei 9249/95 - A base de cálculo do
imposto, em cada mês, será determinada mediante a aplicação do percentual de 8% (oito
por cento) sobre a receita bruta.
Lei 9430/96 - Art. 25. O lucro presumido será o montante determinado pela
soma das seguintes parcelas:
I - o valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei nº 9.249,
de 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta definida pela art. 12 do Decreto-Lei nº
1.598, de 26 de dezembro de 1977, auferida no período de apuração de que trata o art.
1o, deduzida das devoluções e vendas canceladas e dos descontos incondicionais
concedidos; e (Redação dada pela Lei nº 12.973, de
2014) (Vigência)
II - os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações
financeiras, as demais receitas, os resultados positivos decorrentes de receitas não
abrangidas pela inciso I, com os respectivos valores decorrentes do ajuste a valor
presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, e demais valores determinados nesta Lei, auferidos naquele mesmo
período. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência)
§ 1o O ganho de capital nas alienações de investimentos, imobilizados e intangíveis
corresponderá à diferença positiva entre o valor da alienação e o respectivo valor
contábil. (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência)
§ 2o Para fins do disposto no § 1o, poderão ser considerados no valor contábil, e na
proporção deste, os respectivos valores decorrentes dos efeitos do ajuste a valor
presente de que trata o inciso III do caput do art. 184 da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976. (Incluído pela Lei nº 12.973, de
2014) (Vigência)
§ 3o Os ganhos decorrentes de avaliação de ativo ou passivo com base no valor justo
não integrarão a base de cálculo do imposto, no momento em que forem
apurados. (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência)
§ 4o Para fins do disposto no inciso II do caput, os ganhos e perdas decorrentes de
avaliação do ativo com base em valor justo não serão considerados como parte
integrante do valor contábil. (Incluído pela Lei nº 12.973, de
2014) (Vigência)
§ 5o O disposto no § 4o não se aplica aos ganhos que tenham sido anteriormente
computados na base de cálculo do imposto. (Incluído pela Lei nº
12.973, de 2014) (Vigência)

5) Qual o prazo de decadência do direito de lançar da Fazenda Pública e qual seu


termo inicial (data de seu início)?
Conforme o Art. 173 do CTN, o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito
tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o
decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a
constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer
medida preparatória indispensável ao lançamento.

6) Empresa varejista de tintas e ferragens, optante pelo lucro presumido, tem


receita bruta mensal de R$1.000.000,00. Qual o valor a pagar, no mês
respectivo, a título de Imposto de Renda (IRPJ)?
Conforme Art. 15 da Lei 9249/95 - A base de cálculo do imposto, em cada mês,
será determinada mediante a aplicação do percentual de 8% (oito por cento) sobre a
receita bruta.
>>> R$ 1.000.000,00 x 8% = R$ 80.000,00
Segundo Art. 3 da Lei 9249/95 - A alíquota do imposto de renda das pessoas
jurídicas é de quinze por cento.
>>> R$ 80.000,00 x 15% = R$ 12.000,00
De acordo com Art. 2 da Lei 9430/96 - § 2º A parcela da base de cálculo,
apurada mensalmente, que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ficará sujeita à
incidência de adicional de imposto de renda à alíquota de dez por cento.
>>> R$ 60.000 x 10% = R$ 6.000,00
Logo, o imposto a ser pago é: R$ 12.000,00 + R$ 6.000,00 = R$ 18.000,00

Ref: https://www.contabeis.com.br/noticias/41702/como-calcular-o-lucro-presumido-
da-sua-empresa/
7) VER PRINTS

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