Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Taxas são tributos vinculados e pressupõem uma atividade estatal específica, presta
àquele contribuinte que a paga. A Constituição no art. 145, II diz “ taxas, em razão
do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição”. E o art. 77 do CTN diz “As taxas cobradas pela União, pelos Estados,
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições,
têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.” Portanto as taxas podem ser exigidas por
qualquer pessoa jurídica de direito público, desde que estejam presentem os
requisitos da Constituição e no CTN para sua criação. Além disso, vemos que há
dois tipos de taxas: taxas de serviço e taxas de polícia.
O que é lançamento?
Segundo o art. 142 do CTN, lançamento é o procedimento administrativo que
verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determina a
matéria tributável, calcula o montante de tributo devido, identifica o sujeito passivo e,
sendo o caso, propõe aplicação de penalidade cabível. Embora esse artigo use a
expressão “Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito
tributário pelo lançamento...” vemos de acordo com o art. 144 do mesmo Código,
que o lançamento tem caráter declaratório e portanto o nascimento da obrigação
tributária se dá pelo acontecimento do fato gerador. O lançamento apenas faz a
constatação e valoração desse fato.
Empresa varejista de tintas e ferragens, optante pelo lucro presumido, tem receita
bruta mensal de R$ 1.000.000,00. Qual o valor a pagar, no mês respectivo, a título de
Imposto de Renda?
De acordo com o art. 15 da Lei n. 9.249/95, é determinado mediante a aplicação do percentual
de 8% sobre a receita bruta auferida mensalmente; o resultado será a base de cálculo sobre a
qual incidirá a alíquota de 15% do IR.
Dessa forma a empresa terá o seguinte cálculo
1.000.000x0,08=80.000(base de cálculo)
80.000x0,15=12.000(imposto a pagar)
Neste caso excedemos em 60mil reais a parcela para adicional de imposto de renda (80.000-
20.000=60.000). Então temos ainda o valor adicional de 6mil a pagar (60.000x10%). Pelo que o
imposto total a ser pago é 12.000+6.000= 18.000
A partir do art. 47 da lei 8981/95, percebe-se que a ideia do arbitramento de lucro é ser
alternativa para o apuração de imposto de renda quando o Estado não reconhecer precisão nas
informações relativas a receita bruta ou reconhecer indícios de fraude nas escriturações
contábeis. Essas duas situações distorceriam o montante a ser pago apurado pelo lucro
presumido ou lucro real por isso o Estado entra com o arbitramento de lucro. Lembrando que
lucro arbitrado não é lucro arbitrário pois é determinado segundo os critérios previstos na
legislação respeitando assim o princípio da legalidade.
Existem ainda dois critérios para aplicação do lucro arbitrado:
1 - quando conhecida a receita bruta: art. 16 da Lei n. 9.249/95, ou seja: 20% sobre 8% que
dará 9,6%;
2 - quando não conhecida a receita bruta: art. 51 da Lei n. 8.981/95;
Conceitue Tributo:
Para o Código Tributário Nacional no art. 3, tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Entretanto não cabe
à Lei trazer definições de institutos jurídicos. Cita-se aqui o Código pois nos dá o conceito
jurídico de tributo que mesmos não sendo modelo perfeito, é útil ao aplicador do direito. O art. 5
do Código ainda diz que os tributos podem ser do tipo impostos, taxas e contribuições de
melhoria.
Lucro presumido é uma modalidade de imposto de renda em que o Estado presumi que
uma certa porcentagem do faturamento bruto da pessoa jurídica é lucro e assim, em cima
dessa base de cálculo presumida, aplica a alíquota de imposto de renda. De acordo com o art.
15 da Lei n. 9.249/95, o lucro preumido é determinado mediante a aplicação do percentual de
outro por cento 8% sobre a receita bruta auferida mensalmente; o resultado será a base de
cálculo sobre a qual incidirá a alíquota de 15% do IR. A alíquota de presunção do lucro pode
mudar dependo da atividade a qual a pessoa jurídica se trata. As pessoas jurídicas alcançadas
por este regime são as que optarem por ele, desde que não se enquadrarem na hipótese de
lucro real, conforme arts. 14 da Lei n. 9.718/98 e 15 da Lei n. 9.249/95.
Taxa é tributo vinculado e pressupõem uma atividade estatal específica, presta àquele
contribuinte que a paga. A taxa também tem como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Imposto, por sua vez, é definido pelo CTN art. 16 como “...tributo cuja obrigação tem por
fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte”. Portanto é um tributo não-vinculado que independe de qualquer prestação estatal
em favor do contribuinte. Seu fato gerador será uma hipótese de incidência estabelecida em lei.
As contribuições de sociais são tributos vinculados que integram, juntamente com outras
duas espécies de contribuições, as contribuições especiais. Há dois tipos de contribuições
sociais.
- contribuições de seguridade social: são destinadas ao custeio desta, previstas nos arts.
195, I, II e III e § 4°, e 239 da CF. Englobam as contribuições previdenciárias, a Contribuição
para financiamento da Seguridade Social, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das
pessoas jurídicas e as contribuições para o PIS e o PASEP.
A taxa de serviço tem seu fato gerador pela efetiva ou potencial utilização de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Na taxa de
serviço a contraprestação estatal ao contribuinte é um serviço público. A utilização do serviço
público não precisa ser real. Basta ser potencial e o serviço não precisa ser necessariamente
prestado ao contribuinte, basta que ele esteja à sua disposição.
As taxas de polícia tem por fato gerador o exercício regular do poder de polícia. O que
seria “exercício regular” é dito no parágrafo único do art. 78 do CTN: desempenhado pelo
órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se
de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder”. Nas taxas de
polícia, o fato gerador se expressa na concessão de licença para a prática de atos que
dependem de autorização administrativa Assim, são fundadas no poder de polícia, entre outras,
as taxas para emissão de passaporte, expedição de alvará de localização, porte de arma,
licenciamento de construção etc.
Quais os métodos de integração da legislação tributária?
Os métodos são:
- A analogia. Analogia consiste em aplicar para o fato não expressamente previsto em lei,
alguma norma que exista para caso semelhante. Então se para uma hipótese X não existir
norma específica mas existir outra norma que se aplique a uma hipótese semelhante a hipótese
x, então se aplica à norma X por analogia a norma que existe para a hipótese que for
semelhante a X. Entretanto o art. 108 do CTN diz que usar a analogia não pode resultar em
exigir tributo que não esteja previsto na lei.