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TRABALHO DIREITO TRIBUTARIO – IMPOSTO RENDA PESSOA FISICA

WANDERLEY JESUS DO NASCIMENTO - 4634-22-1

RAPHAEL CASSILHAS – 3602- 02-1

KAROLINE FREITAS HELD – 5509-22-2

UNIVERSIDADE PIAGET – 2022-02


Os tributos são essenciais para a manutenção e o desenvolvimento de um país. Com os valores
arrecadados com o Imposto sobre a Renda, o Governo Federal, dentre outras coisas, repassa verbas
para Estados e Municípios aplicarem nas áreas de saúde, educação, habitação, transportes e segurança
pública.

Nenhuma outra relação entre sociedade e governo é mais concreta. O Imposto sobre a Renda é tributo
da espécie imposto, e está previsto no art. 153, III, da Constituição Federal. Possui como principal
legislação de regência o Decreto 3.000/1999 – RIR, compilação da legislação com mais de 1.000 artigos.

É possível construir quatro regras matrizes desse imposto, quais sejam, imposto sobre a renda pessoa
jurídica – IRPJ, Imposto sobre a Renda Pessoa Física – IRPF, Imposto sobre a Renda Retido na Fonte –
IRRF e, finalmente, o Imposto sobre a Renda Definitivo – IR Definitivo. 

Princípios Constitucionais Tributários informadores do impostos de renda

Princípio da capacidade contributiva:


O princípio da capacidade contributiva é considerado o valor que assegura a igualdade na
tributação. Esse princípio determina que o ônus do tributo seja distribuído de acordo com
a capacidade de contribuir de cada sujeito, evitando que a tributação seja igual em valor.O
intuito do princípio da capacidade contributiva na ordem jurídica tributária é a busca de uma
sociedade mais justa onde a maior tributação recaia sobre aqueles que possuam maior
riqueza.  A a possibilidade de graduação do tributo conforme a capacidade
contributiva pressupõe que tenha como base de incidência situação efetivamente reveladora
dessa capacidade, de modo que terá maior aplicação nos tributos com fato gerador não
vinculado.

Princípio da legalidade tributaria


Art. 150  - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

Isso significa que o tributo depende de lei para ser instituído e majorado, pois não será
imputada uma obrigação tributária ao contribuinte, sem antes observar as disposições legais
quanto a criação e cobrança de um tributo.

Deve se observar também a legalidade estrita, conforme art. 97 do CTN sinaliza que a lei que
institui o tributo deve conter elementos obrigatórios e taxativos, que são:
 Alíquota;

 Base de cálculo;

 Sujeito passivo e;

 Fato gerador.
Princípio da Anterioridade Tributária
É um princípio tributário que disciplina que a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios estão proibidos de cobrar qualquer tributo no mesmo exercício financeiro ou
antes de noventa dias da data de publicação da lei que os institui ou aumenta.

Está delineado no artigo 150, inciso III, alíneas b e c da Constituição Federal, in verbis:


Art. 150  - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III  - cobrar tributos:
b)  no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

Conclui-se que a limitação exercida pelo princípio em estudo restringe-se tão-somente à


vigência temporal, não anulando o Estado na sua função instituir ou majorar tributos.

Princípio da Irretroatividade

O art. 150, III, a, prevê vedação da cobrança de tributos em relação a fatos geradores
ocorridos antes da vigência da lei, ou seja, estabelece que não haverá cobrança de tributo
sobre fatos que aconteceram antes da entrada em vigor da lei que o instituiu.

Princípio da Isonomia

O princípio da isonomia tributária está previsto no art 150, II da CF e prevê que não poderá
haver instituição e cobrança de tributos de forma desigual entre contribuintes que se
encontram em condições de igualdade jurídica.

Princípio da Imunidade Recíproca


Previsto no art. 150, VI, a da CF, sendo vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios instituírem impostos sobre patrimônio, renda ou serviço uns dos outros. Garante
o § 2º do mesmo artigo que essa imunidade se estenda às autarquias e às fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

REGRA MATRIZ DE INCIDENCIA TRIBUTARIA

Critério Material :
Por renda e proventos de qualquer natureza deve-se entender o saldo positivo resultante de
acréscimos e decréscimos de um patrimônio num dado período de tempo, assim subdivididos:
enquanto que renda é o incremento produzido pelo capital, trabalho ou a combinação de
ambos, os proventos são os demais acréscimos sofridos pelo patrimônio de uma dada
entidade.

Critério Temporal:
Por critério temporal deve-se entender o período de tempo de apuração do aumento
patrimonial, competindo à lei ordinária a sua fixação. O que não se pode perder de vista é a
necessidade de fixação de um recorte de tempo que sirva como limite para a verificação do
acréscimo patrimonial, devendo ser suficiente para a mensuração do saldo positivo e tomando
em conta, tanto quanto possível, as particularidades de cada sujeito ou, ao menos, de cada
setor.

Critério espacial:

Com base no princípio da universalidade dos rendimentos auferidos no Brasil e no exterior


(art. 43, § 1º, do CTN, após a Lei Complementar 104/2001), tornou-se indiscutível a
possibilidade de tributação de rendimentos no exterior.Atualmente vige o critério da
residência ou domicílio do contribuinte no Brasil, sujeito à tributação de rendimentos
advindos de qualquer fonte produtora, no país ou no exterior. Para os não residentes, vige o
critério da fonte de pagamento situada no Brasil.

Critério quantitativo:
O critério quantitativo indica os fatores que conjugados exprimem o valor pecuniário da
dívida. É normalmente composto por base de cálculo e alíquota.
Critério pessoal:
O sujeito ativo (titular do direito subjetivo de exigir a prestação pecuniária) é a União Federal, e o sujeito
passivo o contribuinte, ou seja, a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no Brasil
independentemente de sua nacionalidade, titular da disponibilidade econômica de renda ou proventos de
qualquer natureza, ou possuidor dos bens produtores da renda ou dos proventos (conforme art. 45 do
CTN). 

Quem declara imposto de renda?


Anualmente todos os contribuintes tem a obrigatoriedade de declarar o Imposto de Renda. A
falta de entrega implica em multa e lançamento de oficio e, para evitá-la, o período para a
entrega é, anualmente, de 01 de março at é 30 de abril.

Portanto, no final do prazo, a declaração pode ser entregue normalmente, via internet. Neste
caso, porém, o contribuinte estará sujeito ao pagamento de multa estipulada pela Secretaria
de Receita Federal, independentemente se este tenha ou não direito à restituição.

Nessa baila, não será mais possível entregar nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa
Econômica Federal. Todavia, para evitar maiores transtornos, é aconselhável não deixar para a
última hora, pois sabemos que os computadores da Receita Federal ficam sobrecarregados
dificultando o envio da declaração.

Nesse sentido, outro ponto a destacar é para quem é casado, a alternativa é fazer a
“Declaração de Ajuste Anual” em conjunto com o seu cônjuge. Recomenda-se, portanto,
realizar análises prévias com o intuito de verificar a viabilidade com relação às vantagens.

 Pessoas que, no ano anterior, tenham recebido rendimentos tributáveis superiores a R


$28.559,70. Já para atividade rural, precisa declarar quem obteve receita bruta
superior a R $142.798,50.
 Quem efetuou doações, inclusive em favor de partidos políticos e candidatos a cargos
eletivos.
 Recebeu rendimentos isentos, tributáveis ou não, apenas na fonte, com soma superior
a R $40.000,00.
 Quem obteve ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito a imposto, ou
operou na bolsa de valores.
 Pessoas que pretendem compensar prejuízos com a atividade rural.
 Quem tem posse ou propriedade de bens ou direitos, de valor superior a R
$300.000,00.
 Passou à condição de residentes no Brasil, ou optou pela isenção do IR sobre o capital obtido
na venda de imóveis residenciais.

Portanto, vimos acima quais são os contribuintes que declararão o imposto renda,
vejamos agora as aliquotas de contribuição que esses mesmocontrubuintes se
encaixarão, a saber:
Como funciona a restituição do Imposto de Renda?

Nesse sentido observamos que no caso das despesas que venham superar o valor do
imposto, o contribuinte pode receber o dinheiro de volta. Ademais, há também a
restituição ao contribuinte que paga mais tributo que o devido.

Para que possamos ter uma ideia um bom exemplo, é o assalariado que tem o imposto

descontado direto na fonte. Nesse caso, ao perceber que há algo a restituir, será

preciso informar na declaração uma conta bancária para que o depósito seja

feito. Após a solicitação, basta acompanhar o andamento e as datas de devolução no

site da FFB.

Principais despesas dedutíveis do imposto de renda


É sabido por todos nós que o valor final do IR pode ser reduzido com os comprovantes
de despesas do ano-calendário anterior. Ademais, o contribuinte pode pagar um valor
menor e inclusive, receber a devolução. Em suma, os gastos dedutíveis podem dar
direito a restituição. Continue lendo e entenda melhor como funciona na prática.

E o que são despesas dedutíveis?


São despesas que a Receita Federal aceita que sejam abatidas no valor da declaração.
Esses custos podem dar inclusive, o direito de receber o valor de volta na chamada
restituição. Portanto, veremos abaixo as despesas que se aplicam:

 Saúde;
 Educação;
 Pensão alimentícia;
 Dependentes.

Desse modo, vemos que essas despesas citadas acima podem ser deduzidas pelo

contribuinte no ano que realizara sua declaração.


Idosos precisam declarar IR?
É de grande relevância que saibamos sobre o mito que os idosos não precisam
declarar, a idade em si não isenta o idoso da obrigação. Portanto, caso o rendimento
seja maior que R $28.559,70, precisa ser declarado.

Contudo, há algumas peculiaridades na declaração de aposentados, idosos e


pensionistas. A Receita define um limite de isenção para aposentados e pensionistas
com mais de 65 anos. Assim, o valor mensal para o ano calendário de 2021 é de R$
2.062,595. Por fim, define o limite anual de isenção para R$ 24.751,14.

Outrossim, o limite de isenção disposto aqui, é somente aceitável se essa renda vier de
pensão, aposentadoria pública ou privada. Porém, caso o idoso receba mais do que
esse valor, ele será incluído nos rendimentos tributáveis.

Portanto vimos acima algumas das varias modalidade que os contribuintes devem
realizar sua declaração de imposto de renda. Como não se trata aqui de um trabalho
acadêmico e, sim apenas observações acerca da temática

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