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2020
A Pro Educacional é uma plataforma de educação financeira,
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dos nossos cursos estão professores certificados e com vivência no
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Nossos Valores
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1. Normas Tributárias Básicas
1. Normas Tributárias Básicas
1.1 Conceito de tributo
1.1.1 Características
1.1.1.1 Fato gerador
1.1.1.2 Base de cálculo
1.1.1.3 Alíquota
1.1.1.4 Sujeito da relação tributária: contribuinte e fisco
1.1.1.5 Obrigação tributária
1.1.2 Espécies de tributos
1.1.2.1 Impostos
1.1.2.2 Taxas: pelo exercício do poder de polícia e pela utilização de serviços públicos
1.1.2.3 Contribuição de melhoria
1.1.2.4 Contribuições sociais (seguridade social; intervenção no domínio econômico; interesse de
categorias profissionais)
1.1.2.5 Empréstimos compulsórios
1.2 Princípios constitucionais tributários
1.2.1 Princípio da legalidade
1.2.2 Princípio da anterioridade
1.2.3 Princípio da irretroatividade
1.2.4 Princípio da isonomia ou igualdade tributária
1.2.5 Princípio da competência
1.2.6 Princípio da capacidade contributiva
1.2.7 Imunidade
1.2.8 Isenção
1.3 Tributos relevantes para o planejamento fiscal
1.3.1 ITCMD –Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações
1.3.2 ITBI –Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis
1.3.3 IR –Imposto de Renda
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1.1. Conceito e Espécies de Tributo
“O candidato deverá ser capaz de entender as regras básicas da tributação
visando a coletar informações que permitam uma análise da situação tributária
atual do cliente.” – (Planejar, 2018).
Art. 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
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Objetivo de arrecadação estatal para o custeio de suas atividades, não é de
punir. Portanto, o tributo não é multa. Enquanto o tributo é cobrado em
decorrência do poder fiscal do Estado, a multa é cobrada em decorrência do
poder penal do Estado;
O tributo deve ser instituído em lei, como requisito para a sua validade. Em
decorrência da previsão legal que o tributo possui as características de
pecuniário e compulsório. Não haverá tributo sem a previsão legal;
O tributo é cobrado mediante o lançamento. Isso significa que todas as vez que
ocorrer o fato gerador, ou seja, aquele acontecimento previsto na Lei como o
gerador de imposto (ser proprietário de um veículo é fato gerador para o IPVA;
ser proprietário de um imóvel é fato gerador do IPTU), o Estado ainda deverá
iniciar o procedimento de exigibilidade do tributo chamado de lançamento, o qual
por sua vez corresponde a expressão “atividade administrativa plenamente
vinculada” que trata o artigo 3 do CTN.
Operacionalmente, por meio das informações básicas sobre cada operação fiscal
realizada pelo cliente, em geral, discriminadas em cada nota fiscal subjacente, permite
verificar as regras de tributação sobre qualquer imposto envolvido, por sua vez, com a
necessidade de ser recolhido, como, por exemplo, ICMS, CONFINS, IPI, PIS, ISSQN,
entre outros.
Lembrando que, por exemplo, VGBL ou PGBL são produtos financeiros, que, entre
outros, devem ter as suas respectivas regras de tributação analisadas.
1.1.1 Características
“O candidato deve entender e explicar os conceitos de: fato gerador, base de
cálculo, alíquota, sujeito da relação tributária (contribuinte e fisco) e obrigação
tributária.” (Planejar, 2018).
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Fato gerador
O fato gerador é o acontecimento ou situação, prevista em lei, da qual nasce a
obrigação passiva do pagamento de tributo. Em outras palavras, fato gerador pode ser
definido como o ato conforme o direito do qual surge o dever de pagar tributo.
Por exemplo, uma Pessoa Física (PF) que Aufere Renda possui como obrigação legal
o recolhimento de Imposto de Renda (IR). No entanto, o fato gerador do IR se baseia
na cobrança e expectativa de que a PF venha a Auferir Renda. Por sua vez, apenas
quando a Pessoa Física efetivamente Aufere Renda é que existe um fato gerador para
o eventual recolhimento compulsório do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF).
Em outras palavras, o fato gerador do IR é auferir acréscimo patrimonial, com isso uma
PF que aufere acréscimo patrimonial (se não tiver benefício de imunidade ou de
isenção) está obrigada a recolher o IR, em data estabelecida por lei.
Base de cálculo
A base de cálculo é a grandeza econômica em que se aplica a alíquota para calcular a
quantia a pagar. Por exemplo:
A base de cálculo do IRPF em venda (alienação) de imóvel se dá em razão do
ganho de capital, isto é, a diferença entre o valor de venda (alienação) e o valor
declarado do imóvel.
A base de cálculo do ICMS é o somatório do montante da operação, de frete e
despesas adicionais, que são cobradas do consumidor ou adquirente.
A base de cálculo de contribuição previdenciária dos segurados da Previdência
Social (regime geral) é o salário de contribuição (ou seja, a média aritmética do
período total de contribuição) e serve para a fixação dos valores das prestações
asseguradas aos beneficiários.
Alíquota
A alíquota é o percentual, ou o valor fixo, que haverá de ser aplicado sobre a base de
cálculo para obter a estimativa do valor de um tributo.
Se a base de cálculo for um valor econômico, então a alíquota deverá de ser um
percentual.
Se a base de cálculo for uma unidade não monetária, então a alíquota haverá de
ser um valor.
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No momento em que a alíquota é zero (o que é característica de impostos com alíquota
variável), então acontece a isenção total:
Tem-se o caso do IRPF em que a alíquota para os rendimentos anuais em até
determinado valor é igual à zero.
Por exemplo (sobre uma base de cálculo subjacente aplicar-se-á a alíquota do ICMS):
Valor total dos produtos: R$ 264,90;
Valor do frete: R$ 46,05;
Base de cálculo do ICMS: R$ 310,95;
Alíquota ICMS: 12%;
Valor do ICMS: R$ 37,31.
Por sua vez, o sujeito passivo, também chamado de contribuinte, é aquele que possui a
responsabilidade de pagar o tributo e cumprir com sua obrigação tributária, cujo o CTN
divide em contribuinte e responsável.
O contribuinte é aquele que arca com o tributo, ou seja, dispende de seu patrimônio
para entrega-lo ao sujeito ativo. São classificados em: contribuinte de direito (aquele
que realmente tem a obrigação de pagar o tributo); ou o contribuinte de fato (aquele
que não é o responsável pelo pagamento, mas indiretamente paga o valor relativo ao
tributo).
Por sua vez, o responsável é aquele que não tem diminuição de seu patrimônio e não
contribui com o valor do tributo, mas é obrigado pela Lei a realizar o recolhimento do
tributo, como é o caso do empregador.
A obrigação tributária principal e/ou acessória é dever do sujeito passivo, bem como o
crédito tributário é direito do sujeito ativo. Assim, se estabelece a relação jurídica
tributária entre sujeitos: passivo e ativo.
Borges (1981) destaca “que o direito de crédito tributário é (…) o reflexo de uma
obrigação de determinado sujeito passivo com relação ao Fisco”.
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Borges, S. M. Lançamento Tributário. Rio de Janeiro: Forense, 1981, p. 14.
Obrigação tributária
A obrigação tributária é a relação jurídica entre o sujeito ativo e o sujeito passivo, criada
por Lei e regida pelas normas de direito tributário, destina a estabelecer prestações de
dar, fazer e não fazer. Ou seja, a obrigação tributária é uma relação jurídica criada para
ligar um sujeito ativo a um sujeito passivo, atribuindo ao sujeito ativo o direito de
receber o crédito tributário, e ao sujeito passivo o dever da pagar o tributo.
O CTN trata da obrigação tributaria nos artigos 113, 114 e 115, dividindo-a em
obrigação principal e obrigação acessória, sendo:
113 – § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por
objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com
o crédito dela decorrente.
Mostra-se importante destacar que todas as vezes em que uma obrigação acessória
é descumprida, ela se converte em obrigação principal sujeita ainda a incidência de
penalidade pecuniária.
ESPÉCIES DE TRIBUTOS
“O candidato deve identificar e conhecer os diversos tipos de tributos: Impostos.
Taxa pelo exercício do poder de polícia e pela utilização de serviços públicos.
Contribuição de melhoria. Contribuições sociais (seguridade social; intervenção
no domínio econômico; interesse de categorias profissionais). Empréstimos
compulsórios.” – (Planejar, 2018).
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qual existem 3 espécies tributárias, conforme art. 5º do CTN (impostos, taxas e
contribuição de melhoria).
Impostos
Os impostos são aqueles tributos cujo fato gerador está desvinculado de uma atividade
Estatal especifica vinculada ao sujeito passivo. É pecúnia paga à
União/Estado(s)/Município(s), por pessoa(s) física(s) ou por pessoa(s) jurídica(s), com
caráter contributivo. O imposto é um tributo cujo objetivo é o de custear parte das
despesas de administração pública e das políticas públicas.
As taxas são aqueles tributos cujo fato gerador é vinculado alguma atividade atuação
estatal, como, por exemplo, o exercício do poder de polícia (Artigo 78 do CTN) ou a
prestação estatal de serviços públicos específicos e diviseis (Artigo 79 do CTN). Por
sua vez, se refere direta ou indiretamente ao contribuinte, destinatário da ação estatal,
beneficiário da ação. Assim, taxas possuem caráter retributivo.
Contribuição de melhoria
A contribuição de melhoria pode ser entendida como o tributo cujo fato gerador é algum
benefício resultante de alguma externalidade positiva de política pública. Por exemplo:
a valorização imobiliária, auferido por pessoa física como resultado de uma ação
estatal que parta de política fiscal (ou seja, o reinvestimento do pagamento de
impostos), como, por exemplo, de asfaltamento de uma rua que proporciona a
valorização do imóvel do indivíduo tributado. – (Lei 5.172, CTN).
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Contribuições sociais (intervenção no domínio econômico)
O artigo 149 da Constituição Federal de 1988 prevê a Contribuição de Intervenção no
Domínio Econômico (CIDE), que é cobrada pela União pelo exercício do poder de
polícia sobre os setores econômicos, ou seja, é destinado ao Estado para que ele
como agente normativo e regulador da atividade econômica, exerça na forma da lei, as
funções de fiscalização, incentivo e planejamento nos setores econômicos”
Empréstimos compulsórios
Os empréstimos compulsórios são tributos de cobrança imediata cujo destino
constitucional é estritamente específico para atender situações excepcionais (como,
para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, guerra
externa ou sua eminência e, também, no caso de investimento público de caráter
urgente e de relevante interesse nacional); e são restituíveis. Bem como, a
arrecadação se dá de maneira provisória pelo estado.
A Constituição Federal previu alguns dos princípios tributários, sendo eles: legalidade
(arts. 150, I, da CF e 97 do CTN);anterioridade (art. 150, III, b e c, da CF); isonomia
(art. 150, II, da CF); irretroatividade (art. 150, III, a, da CF); vedação do confisco (art.
150, IV, da CF); uniformidade geográfica (art. 151, I, da CF); não limitação (art. 150, V,
da CF); não cumulatividade (arts. 153, § 3º, II, e 155, § 2º, I, da CF); seletividade (arts.
153, § 3º, I, e 155, § 2º, III, da CF); não discriminação quanto à procedência ou destino
(art. 152 da CF).
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Princípio da legalidade
“O candidato deverá ser capaz de entender e explicar a dinâmica da instituição
de um novo tributo, ou aumento de um tributo existente, conforme as normas
tributárias vigentes.” – (Planejar, 2018).
O requisito de que o tributo seja instituído em lei (ordinária, complementar, ou por meio
de medida provisória) é condição para a sua validade. A compulsoriedade da obrigação
tributária é requisito para a sua existência. Assim, se um tributo for instituído por
decreto, não deixará de ser tributo, mas será inválido, pois não atende ao princípio da
legalidade. Por vezes, chamado de “estrita legalidade”. Vis-à-vis, uma obrigação que
não seja compulsória será inútil ao conceito de tributo, pois este é um requisito de
existência.
Não basta que Lei institua o tributo, ela deve conter o conjunto de elementos para
haver a obrigação tributária, bem como a definição do fato gerador, a fixação de
alíquota e a base de cálculo do tributo. (Artigo 97 do CTN).
Princípio da anterioridade
“O candidato deverá ser capaz de: Entender e explicar o princípio da
anterioridade, que veda expressamente a cobrança de tributos no mesmo
exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o institui ou aumenta
sua alíquota. Recomendar eventual antecipação de pagamento de tributos antes
de uma eventual majoração das alíquotas.” – (Planejar, 2018).
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As contribuições parafiscais estão sujeitas somente ao princípio da anterioridade
nonagesimal.
Princípio da irretroatividade
“O candidato deverá ser capaz de: Entender e explicar o princípio da
irretroatividade, que veda a cobrança de tributos em relação a fatos geradores
ocorridos antes da legislação entrar em vigor. Orientar o cliente a buscar apoio
jurídico adequado, caso uma mudança de legislação fira o princípio da
irretroatividade e tenha impacto financeiro relevante.” – (Planejar, 2018).
Desde modo, a lei publicada na data X, é valida apenas para os fatos presentes e os
fatos futuros, não atingindo os fatos geradores que ocorreram antes de sua publicação.
Este princípio comporta duas exceções que foram previstas no CTN: quando a lei for
interpretativa, ou seja, não cria o tributo; ou se a Lei for mais benéfica ao contribuinte
em matéria de infração.
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IOF – Imposto sobre Operações Financeiras de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos e valores mobiliários;
IGF – Imposto sobre as Grandes Fortunas;
Outros Impostos (ou seja, aqueles que partem da competência tributária residual
da União).
ITR – Imposto sobre a propriedade Territorial Rural (entretanto a capacidade
tributária é do Município);
Por sua vez, entende-se pelo Artigo 5o da CF (1988) que “sempre que possível” os
impostos deverão obedecer ao princípio da capacidade contributiva.
Trata-se de princípio que busca evitar o confisco, ou seja, que o cidadão perca todo
seu patrimônio para o pagamento de tributo.
Imunidade
A imunidade assegura que determinada pessoa física ou jurídica que teria condições
de figurar como contribuinte, não seja atingido pela obrigação tributária. As imunidades
estão previstas no texto constitucional e correspondem a uma forma de não incidência
constitucional.
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Imunidade livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão (VI,
Artigo 150).
Imunidade dos partidos políticos, das entidades sindicais e das instituições de
educação e assistência social sem fins lucrativos (VI, Artigo 150).
Imunidade dos templos (VI, Artigo 150).
Imunidade recíproca dos entes públicos (VI, Artigo 150).
Imunidade das receitas de exportação em relação às contribuições sociais e de
intervenção no domínio econômico (2o, I do Artigo 149).
Isenção
“O candidato deverá ser capaz de: Entender e explicar o conceito de isenção.
Diferenciar o conceito de isenção do conceito de imunidade.” – (Planejar, 2018).
A isenção é criada por norma infraconstitucional, isto é, aquela que está abaixo da
Constituição Federal. Trata-se de instituto que poderá ser exercida, ou não, pelo ente
tributador.
As isenções são ferramentas usais de guerra fiscal entre municípios e estados, pois,
com elas, há a possibilidade de atrair investimentos para os territórios. Além disso, é
possível decidir em desonerar alguns contribuintes com isenções. Para isso, ISS,
ICMS, entre outros, as maiores ferramentas de guerra fiscal, contêm mecanismos
constitucionais de controle de competência tributária negativa para a desoneração de
estados e munícios.
A Alíquota Zero é uma modalidade isenção que, em geral, serve para se referir a
desoneração de tributos pelo Poder Executivo, especificamente aos impostos em que
lhe é permitido aumentar as alíquotas conforme os limites legais, ou seja, IPI, II, IE, e
IOF.
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Note que, a diferença da alíquota zero para as outras isenções que podem acontecer, é
que se ela for sobre: IPI, II, IE, e IOF, o aumento de sua alíquota pode acontecer a
qualquer período, sem a necessidade do princípio da anterioridade.
Além disso, cada estado pode prever diferentes isenções para o ITCMD.
Ainda, existem alguns casos específicos em que a base de cálculo será de:
1. 1/3 do valor do bem, na transmissão onerosa do domínio útil;
2. 2/3 do valor do bem, na transmissão não onerosa do domínio direto;
3. 1/3 do valor do bem, na instituição do usufruto, por ato não oneroso;
4. 2/3 do valor do bem, na transmissão não onerosa de nua-propriedade.
Contribuinte:
1. a) Em transmissões causa mortis é o herdeiro ou o legatário quem paga o ITCMD.
2. b) Em transmissões por doação é a pessoa que recebe os bens (donatários) ou
direitos quem paga o ITCMD.
3. c) Discussão sobre doações entre Estados (ex. SP): Donatários quando
residentes ou domiciliados no Estado de São Paulo; se os donatários não forem
domiciliado neste Estado, será contribuinte o doador residente neste Estado.
b) Inventário:
I- judicial, até o prazo de 30 dias após a decisão homologatória do cálculo ou do
despacho que determinar seu pagamento, sendo que o prazo para o recolhimento não
poderá ser superior a 180 dias da abertura da sucessão.
II- extrajudicial, por escritura pública, antes da lavratura da escritura.
Para que não ocorra a incidência de multa, o inventário deverá ser aberto em 60 dias e
o ITCMD deverá ser recolhido no prazo de cento e oitenta dias, ambos contados do
falecimento.
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ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis
“O candidato deverá ser capaz de conhecer e explicar as principais
características do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).” –
(Planejar, 2018).
O Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITBI) incide somente sobre
a transmissão (que corresponde ao fato gerador) do tipo onerosa, entre pessoas vidas
(inter-vivos), de bem imóvel (ou seja, de direitos sobre o imóvel).
O ITBI é instituído pelo Artigo 156, II, da CF e determina o pagamento deste imposto
Bem como, a alíquota usada é fixada pela lei ordinária, sendo em média de 2% a 5%.
ITCMD e ITBI não incidem sobre a mesma operação, mesmo sendo um imóvel, pois
um é a título de gratuidade e o outro é a título de onerosidade. Com isso, ITBI não é
cobrado em herança.
O cálculo do ITBI
O valor depende da alíquota municipal. Em geral, a taxa varia entre 2% e 5%.
Exemplo:
o Se, o valor de um imóvel é de R$ 2.000.000,00 para uma taxa de 4%.
o Então, o valor do ITBI a ser pago é de R$ 80.000,00.
Restrições (obtenção de desconto no valor da alíquota do imposto):
Possibilidade de 50% no caso de o imóvel ser financiado pelo Sistema
Financeiro de Habitação.
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Isenção (ou seja, desconto de 100%) na situação de o comprador estar
adquirindo o seu primeiro imóvel através do SFH. Por sua vez, depende do valor
pago na compra.
Desconto ou isenção, que varia a depender do município, para aquele que
adquirir o imóvel por meio do Programa Minha Casa Minha Vida.
Em fusão de empresas não há necessidade do pagamento do ITBI.
Lado a lado com o ITCMD ou com o ITBI, há o Imposto de Renda de Pessoa Física
(IR-PF).
O IR-PF é de competência federal.
O IR-PF incide sobre a transmissão de qualquer título oneroso ou qualquer título
não oneroso.
Por outro lado, se não há um lucro ou se há uma perda financeira – com a transmissão
– então, não há a incidência de IR-PF.
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IR – Imposto de Renda
“O candidato deverá ser capaz de conhecer e explicar as características básicas
das regras que regem o Imposto de Renda das Pessoas Físicas.” – (Planejar,
2018).
Pode-se dizer que o Imposto de Renda se divide em três, pois cada um possui sua
própria base de cálculo, alíquotas subjacentes e subespécies:
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O IR-PF é aquele que possui como base de cálculo o acréscimo patrimonial obtido por
pessoa física no decorrer de um exercício fiscal, ou seja, de primeiro de janeiro até
trinta e um dezembro de cada ano. Por sua vez, o acréscimo patrimonial se refere ao
somatório dos rendimentos que foram percebidos pela pessoa física durante o ano
base, não obstante com o desconte das deduções previstas pela legislação.
Além disso, o somatório dos rendimentos é cedular e não global, ou seja, alguns
rendimentos são tributados de forma especial, isto é, com alíquota reduzida, e não são
adicionados aos rendimentos comuns.
A obrigatoriedade da declaração:
Renda: A declaração do IR de 2019 se fez obrigatória para as PF que residem
no Brasil e que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em
2018.
Renda: Coube à declaração aos contribuintes que receberam rendimentos
isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte cuja soma foi
maior do que R$ 40.000,00.
Ganhos de capital e operação em bolsa de valores: Coube à declaração às
pessoas físicas que receberam ganhos de capital na alienação de bens ou que
realizaram operações em bolsas de valores.
Atividade rural: Aos trabalhadores rurais, à declaração se fez obrigatória para
quem obteve receita maior do que a quantia de R$ 142.798,50 no ano de 2018.
Bens e direitos: aos proprietários de bens com valores acima de R$ 300.000,00.
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