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Diferencial de Alíquotas,
Substituição Tributária,
Frete.
ICMS
ICMS é a sigla que identifica o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. É um
imposto que cada um dos Estados e o Distrito Federal podem instituir, como determina a Constituição
Federal de 1988. Para atuar em um ramo de atividade alcançado pelo imposto, a pessoa, física ou
jurídica, deve se inscrever no Cadastro de Contribuintes do ICMS. Também deve pagar o imposto a
pessoa não inscrita quando importa mercadorias de outro país, mesmo sem habitualidade ou intuito
comercial.
O PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE/ CUMULATIVIDADE:
O mesmo pode tanto ser considerado como princípio constitucional quanto como técnica de apuração
do valor a ser tributado.
Trata-se de uma operação contábil, na qual, do valor a ser recolhido a título de tributo, são deduzidos
os montantes pagos em relação ao mesmo produto nas fases pretéritas do processo produtivo. A
norma constitucional em evidência possui eficácia plena, não necessitando de normatização
infraconstitucional posterior.
A não-cumulatividade, nesse aspecto, pode ser alcançada, entre outras formas, pela tributação sobre
o valor agregado no produto, ou seja, deduzindo-se, do valor da produção aferida em determinado
lapso temporal, o montante gasto na aquisição de matéria-prima, outros materiais usados no
processo de produção, entre outros. Tal modo de apuração teve origem no ordenamento jurídico
francês, como alternativa a contornar os efeitos da cumulatividade.
Todo tributo não cumulativo, deve, necessariamente ser indireto. Isso por que pressupõe a
transferência jurídica do ônus tributário para o adquirente final. O tributo indireto pode ser
monofásico ou plurifásico, e, sendo purifásico, poderá ser cumulativo ou não-cumulativo.
Monofásica
A forma de tributação do consumo monofásica considera a capacidade contributiva do consumidor,
mas, principalmente, os interesses da fiscalização.
É nítido o problema: quanto maior o número de etapas, maior a tributação. Isso dificulta a sua
capacidade concorrencial.
Mas também pode ocorrer que um determinado produto apenas tenha colaborado na produção do
produto revendido, podendo também, valer-se do creditamento.
Para fins de análise do momento da constituição do crédito tributário, deve-se analisar quais bens
efetivamente integraram o produto final
Quando se trata de tributos não cumulativos, tendo em vista que é possível a diferença na quantidade
de entradas e saídas de um período, existe a possibilidade da formação de saldo credor de tributo, a
ser aproveitado no período subsequente.
No caso do ICMS, por exemplo, a cada aquisição tributada de mercadoria, o adquirente registra como
crédito o valor incidente na operação, que poderá ser abatido do montante incidente nas operações
subsequentes.
O contrário ocorre com cada alienação tributada de produto, o alienante registra como débito o valor
incidente na operação. Esse valor é uma obrigação do contribuinte, consistente no dever de recolher o
valor devido aos cofres públicos estaduais ou distritais, ou compensá-los com os créditos obtidos nas
operações anteriores.
Periodicamente, faz-se uma comparação entre os débitos e créditos. Caso os débitos sejam
superiores aos créditos, o contribuinte deve recolher a diferença e caso os créditos superem os
débitos, a diferença poderá ser compensada posteriormente ou mesmo, cumpridos os requisitos, ser
objeto de ressarcimento.
Esta previsão existe para vedar a dupla incidência de um mesmo imposto, neste caso, do ICMS,
durante o ciclo, de tal forma que, ao final, o Estado tenha recolhido o montante equivalente à alíquota
do produto acabado, incidente sobre o preço pago pelo consumidor.
ELISÃO E EVASÃO
Elisão
O planejamento tributário se define como a atividade preventiva que estuda "a priori" os atos e
negócios jurídicos que o agente econômico (empresa, instituição financeira, cooperativa, associação
etc.) pretende realizar.
Sua finalidade é de obter a maior economia fiscal possível, reduzindo a carga tributária para o valor
realmente devido por lei.
Para tanto, deve-se pesquisar, antes de cada operação, suas conseqüências econômicas e jurídicas,
porque uma vez concretizada, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos (art.
116 do CTN) surgindo a obrigação tributária.
Portanto, deve-se estudar e identificar todas as alternativas legais aplicáveis ao caso ou a existência
de lacunas ( " brechas ") na lei, que possibilitem realizar essa operação da forma menos onerosa
possível para o contribuinte, sem contrariar a lei.
Logo, a elisão fiscal é legitima e lícita, pois é alcançada por escolha feita de acordo com o
ordenamento jurídico.
Por essa razão, o planejamento tributário é um instrumento tão necessário de gestão de negócios,
quanto qualquer outro planejamento, seja de marketing, de vendas, de qualificação de pessoal, de
comércio exterior etc.
Além do mais, o planejamento tributário é a forma que os agentes econômicos têm de ver respeitada
a sua capacidade contributiva, que é princípio geral de direito tributário ( art.145, III, §1° da CF).
Tem sido tentado, com freqüência, passar para a sociedade a falsa idéia de que o planejamento
tributário é algo que prejudica o país, o que, no mínimo, é uma postura lamentável.
A verdade é que as alterações na legislação tributária, são feitas quase que semanalmente, de forma
torrencial, usando e abusando da edição e reedição de medidas provisórias (reedição que não é
autorizada pela CF —art. 62 ), uso e abuso esse que vem sendo tolerado, de forma inexplicável, pelo
Legislativo e pelo Judiciário.
Além disso, essa legislação se contradiz, com freqüência em muitos pontos, produzindo diversas
alternativas e abrindo lacunas na lei.
Se o agente econômico não for bem assessorado na parte jurídica e contábil, ele não conseguirá
cumprir as infindáveis exigências detalhistas da lei.
Sem um bom planejamento tributário, será muito difícil competir num mercado globalizado e garantir
um bom retorno para o capital investido.
Evasão
Já a evasão fiscal, contrário de elisão, é prática que infringe a lei, cometida após a ocorrência do fato
gerador da obrigação tributária, objetiva reduzi-la ou ocultá-la.A evasão fiscal está prevista e
capitulada na Lei dos Crimes contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo
( Lei n° 8.137/90). A citada lei, define que constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou
reduzir tributo mediante as condutas discriminadas no seu texto, das quais ressaltamos as seguintes:
b) falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda ,ou qualquer outro documento
relativo a operação tributável;
c) elaborar, distribuir ,fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou
inexato;
e) fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude,
para eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributo.
Difal – EC 87/15
Produção de efeitos
Deste modo:
"É constitucional a imposição tributária de diferencial de alíquota do ICMS pelo estado de destino
na entrada de mercadoria em seu território devido por sociedade empresária aderente ao
Simples Nacional, independentemente da posição desta na cadeia produtiva ou da possibilidade
de compensação dos créditos".
Ministro Edson Fachin disse que cobrança de diferencial de alíquota não viola o princípio da não
cumulatividade
Reprodução
Essa foi a tese de repercussão geral firmada pelo Plenário virtual do Supremo Tribunal Federal ao
negar recurso extraordinário interposto por uma microempresa gaúcha contra a cobrança do
diferencial de alíquota do ICMS. O julgamento se encerra nesta terça-feira (11/5) e a decisão
teve placar de seis votos a cinco.
A microempresa questionou acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que manteve a
validade da cobrança. A corte estadual afirmou que as Leis gaúchas 8.820/1989 e 10.045/1993,
que preveem essa cobrança, não extrapolam a competência atribuída aos estados pelo artigo
155 da Constituição Federal e que a incidência desta sistemática sobre as mercadorias adquiridas
por empresa optante do Simples Nacional possui respaldo no artigo 13 da "lei do Simples" (Lei
Complementar 123/2006).
As leis questionadas dispõem que o tratamento diferenciado dado aos micro e pequenos
empreendimentos não dispensa essas empresas de pagar o ICMS relativo à diferença entre a
alíquota interestadual e a alíquota interna do estado nas entradas de mercadorias ou bens
oriundos de outra unidade da federação. Assim, ao comprar um produto de outro ente federado,
a empresa adquirente deve pagar, no momento da aquisição, a diferença entre a alíquota de
ICMS interestadual e a praticada no Rio Grande do Sul.
O julgamento foi iniciado em 2018 e interrompido por pedido de vista do ministro Gilmar
Mendes. O relator do caso, ministro Edson Fachin, entendeu que é constitucional o diferencial de
alíquota do ICMS cobrado pelo estado de destino na entrada de mercadoria em seu território
quando a empresa optante pelo Simples Nacional faz uma compra.
2 -Cabe lembrar que a Lei Complementar n° 190/2022 não vai interferir no Simples Nacional,
porque a Lei Complementar n° 123/2006 não foi alterada!
O melhor jeito de saber se a base de cálculo do ICMS próprio está correta é inicialmente verificando
se existem valores de frete e despesas acessórias cobradas do adquirente. Se existir esses valores
têm de compor a base de cálculo do ICMS.
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Exemplo:
A inclusão do IPI na base de cálculo do ICMS também ocorre caso a posterior saída
não seja tributada.
Como regra geral para saber se o adquirente da mercadoria é um consumidor final, é importante
saber o que ele fará com a mercadoria. Se ele destinar a mercadoria para consumo próprio, ou para
integralizar em seu imobilizado, ele será um consumidor final, e isso é independente de ser ou não
um contribuinte de ICMS.
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Integra a base de cálculo do ICMS também o valor do seguro, e se deduz da base o valor dos
descontos incondicionais concedidos. Então basicamente, tudo o que for cobrado do destinatário,
integra a base de cálculo do ICMS.
Também é importante ressaltar que em termos de descontos, temos dois tipos, os descontos
condicionados, e os incondicionados.
Somente o desconto incondicionado deduz da base de cálculo do ICMS. Uma vez que o desconto
condicionado depende de uma condição futura, ele não afeta a base de cálculo do ICMS.
O desconto condicionado é o desconto que geralmente se encontram em boletos, que diz “se pago
até a data de vencimento, conceder 5% de desconto”, por exemplo. E o incondicionado é o que se
recebe no ato da compra, ou seja, não depende de nenhuma condição para acontecer.
IPI, despesas, fretes e as demais situações aqui citadas, é importante as empresas terem
conhecimento, pois isso impede que as suas notas sejam emitidas incorretamente, e gerem
retrabalhos como emissão de notas complementares, ou demais desconfortos com clientes, ou com o
fisco.
Veja o ICMS, e a sua composição de base de cálculo não só o valor da mercadoria tem muitas outras
questões a serem observadas para encontrar a base correta.
Uma vez encontrada a base correta, deve-se aplicar a alíquota devida de ICMS, para se obter o valor
do imposto a recolher.
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ICMS Próprio – Base de Cálculo Normal
Composição da Base de Cálculo
O montante do imposto integra a base de cálculo, inclusive nas hipóteses previstas nos incisos I e II
do Art. 43 P. Geral do RICMS, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de
controle. (art. 49 do RICMS/02).
Suponha que a empresa tenha adquirido mercadoria para revenda cujo valor total da NF seja de R$
1.000,00. Neste montante já estará incluído o ICMS Destacado na mencionada NF no valor de R$
180,00 (18%). A contabilização correspondente seria:
Diversos
a Fornecedores 1.000,00
Mercadorias em Estoque (R$ 1000,00 - R$ 180,00) 820,00
ICMS a Recuperar (ou C/C de ICMS) 180,00
Caso a empresa venda à mercadoria com margem de lucro de 100% sobre
o custo, o cálculo do valor
de venda seria efetuado da seguinte forma:
1º) cálculo do valor da venda:
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R$ 820,00 + 100% = R$ 1.640,00, o valor correspondente representa 82%
do valor da venda, pois não tem o montante do ICMS incidente sobre tal
valor.
82% = 100% - 18%
Valor da venda R$ 1.640,00 = 2.000,00
82%
2º) nota fiscal de venda:
Valor da nota fiscal de venda ...............R$ 2.000,00
ICMS Destacado (18%) ........................R$ 360,00
3º) cálculo da alíquota real (%) R$ 360,00 = x 100 = 21,951%
______
R$ 1.640,00
Pelo demonstrado, pode-se afirmar que o produto em questão foi
efetivamente tributado em 21,951% e não em 18%. A alíquota real foi,
portanto, 21,951% maior que a nominal (1 – 21,951%/18%)*100%.)
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BASE DE CÁLCULO ICMS NA INPORTAÇÃO
Em termos práticos, a base de cálculo do ICMS é calculada da seguinte forma:
Base de Cálculo = (Valor Aduaneiro + II + IPI + PIS + COFINS + Taxa Siscomex + Demais Despesas*) ÷ (1 -
Alíquota devida do ICMS)
II: R$ 2.087,02
IPI: R$ 2.052,24
PIS: R$ 191,31
COFINS: R$ 881,19
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ALÍQUOTA DE ICMS - MG: 18%
Bonificações
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Alíquotas do ICMS
O contribuinte deverá aplicar o percentual de alíquota de acordo com a legislação vigente, sobre
a base de cálculo do imposto que incidirá sobre a operação ou prestação de serviço,
determinando assim, o valor do imposto a ser pago pelo sujeito passivo da obrigação tributária.
Sua variação será de acordo com a essencialidade das mercadorias ou serviço.
Logo, deve-se observar a particularidade de cada mercadoria, pois haverá situações em que
ocorrerá o benefício fiscal concedido pelo Governo Estadual como: a isenção, diferimento,
redução de base, suspensão ou crédito-presumido. Às alíquotas relacionadas com as operações
e prestações de serviços internas (dentro do Estado de Minas), ou nas operações e prestações
de serviços interestaduais, encontram-se, no art. 42 do RICMS/2002, aprovado pelo Decreto
43080/2002.
p. 43
p. 44
II - NAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES INTERESTADUAIS:
p. 45
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TRATAMENTO ESPECIFICO PARA APLICAÇÃO DE ALÍQUOTAS:
Para o efeito de aplicação de alíquota, consideram-se operações ou prestações internas:
I - a entrada, real ou simbólica, de mercadoria ou bem importados do exterior por pessoa física ou
jurídica;
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ANTECIPAÇÃO TRIBUTARIA DO ICMS