Você está na página 1de 148

AUDITORIA FISCAL

Objectivos a atingir:

Evidenciar a importância da auditoria fiscal, ao nível de gestão social,

como instrumento para evidenciar a situação fiscal da empresa, os riscos e

controlos de uma área que contribui necessariamente para o êxito da

actividade empresarial.
AUDITORIA FISCAL - CONT.

 As influências dos aspectos fiscais ao nível da empresa crescem


constantemente, concretamente ao nível da sua contribuição para o
Orçamento do Estado, com o pagamento dos respectivos impostos, como
também na realização de tarefas administrativas que deviam ser efectuadas
pela Administração Fiscal (Autoridade Tributaria de Moçambique).
 O desenvolvimento desta tarefa exige da empresa um elevado esforço em
termos materiais e humanos, uma vez que os trabalhadores e colaboradores
desta área da empresa têm ou devem ter um elevado grau de qualificação
para poderem responder com eficácia as exigências levantadas pelas
questões fiscais.
AUDITORIA FISCAL - CONT.

 São os casos de liquidação e arrecadação de impostos e a sua consequente


entrega nos cofres do Estado, assim como a elaboração de declarações,
relações e documentos tendo em vista proporcionar a Administração o
controlo dos impostos da empresa, dos seus colaboradores e de todos
aqueles de quem mantém relações comerciais.
AUDITORIA FISCAL - CONT.

Essas qualificações exigem conhecimento de diferentes áreas,

designadamente:
 Fiscalidade;
 Direitos comerciais;
 Direito fiscal;
 A organização contabilística; e
 A gestão empresarial.
AUDITORIA FISCAL - CONT.

 O conhecimento real da situação fiscal da empresa e o nível de


qualificação exigido para essas tarefas ultrapassa os limites do
conhecimento do trabalhador e do colaborador individuais e exige um
esforço colectivo através de equipas que adoptem programas de trabalho
elaborados para o efeito, compostos de elementos especializados nas
diferentes áreas, designadamente na fiscalidade, na contabilidade e na
auditoria.
AUDITORIA FISCAL - CONT.

A auditoria fiscal tem por objectivo apresentar a verdadeira situação fiscal


da empresa, o conhecimento desta situação permite traçar as linhas de
orientação para levara acabo a elaboração das tarefas que consubstanciem
o seu objectivo social, com todas normas que disciplinam a vida
empresarial de forma a conseguir o controlo, a eficiência e a eficácia de
gestão.
AUDITORIA FISCAL - CONT.

Para a auditoria fiscal exercer a sua missão tem de proceder uma análise
concreta de toda informação contida nas demonstrações financeiras numa
perspectiva fiscal, na medida em que todas as variações quantitativas e
qualitativas do património da empresa sujeita a registos contabilísticos têm
implicações fiscais.

.
AUDITORIA FISCAL -CONT.

É verdade que a certificação de informação financeira é uma tarefa da


auditoria financeira, mas não é menos verdade que a auditoria fiscal tem de
analisar a sua conformidade com as normas fiscais e, em casos de
divergências com essas normas fiscais, devem medir os seus efeitos sobre
a situação fiscal da empresa.

No caso de não ter sido efectuado a auditoria financeira ou esta não lhe
oferecer total confiança, a auditoria fiscal terá de proceder a essa tarefa
servindo-se dos seus métodos de trabalho
AUDITORIA FISCAL – CONT.

A auditoria fiscal deve contribuir para elaboração de demonstrações

financeiras, uma vez que a sua apresentação deve reflectir uma imagem

verdadeira e apropriada da situação financeira e patrimonial da empresa.

O cumprimento desta norma de natureza contabilística e fiscal na

elaboração de demonstrações financeiras contribuem para estas cumprirem

o seu objectivo último, o de proporcionarem aos seus utilizadores de forma

credível a compreensão clara e transparente dos negócios da empresa.


AUDITORIA FISCAL -CONT.

A fiscalidade tem vindo a ser gradualmente aceite pela sociedade,


dependendo muitas vezes da animosidade manifestada pelos cidadãos também

das contradições e da desorganização da própria Administração que torna a

máquina administrativa fiscal burocrática e ineficiente, estimulando assim o

cidadão a evasão fiscal e a fraude fiscal.

A carga fiscal sobre o contribuinte tem aumentado ao longo dos anos e é

previsível que continue a aumentar, mesmo havendo uma distribuição mais

equitativa no pagamento dos impostos pela generalidade dos cidadãos, uma

vez que as despesas públicas para satisfação


AUDITORIA FISCAL - CONT.

crescente do bem-estar social são cada vez maiores e sendo o


imposto a principal receita do Estado para fazer face a essas
despesas públicas é fácil prever que a receita fiscal terá de continuar
a aumentar.
Perante a perspectiva de crescimento da carga fiscal é legítimo e
desejável que os contribuintes se preocupem com a gestão dos
impostos, assim como com a procura da eficiência fiscal através do
diagnóstico e do enquadramento legal da sua situação fiscal, no
sentido de pagar todos e apenas os impostos exigidos por lei.
O IMPOSTO

É definido como uma prestação pecuniária, coactiva e unilateral, sem carácter de

sanção, exigida pelo Estado com vista a realização de fins públicos. Ribeiro, T.

(1977)

É uma prestação pecuniária porque tem como objecto o seu pagamento ao Estado

em dinheiro. Apesar do imposto ser considerado uma prestação pecuniária, nem

sempre o cumprimento da respectiva obrigação se traduz numa entrega em

dinheiro, como acontece com o imposto de selo que ainda hoje pode ser pago, em

algumas circunstâncias em estampilha fiscal e com prestações de natureza pessoal

como acontece com o serviço militar.


O IMPOSTO - CONT.

É uma prestação coactiva porque é exigida por lei e não resulta em

qualquer acordo celebrado entre o Estado e o contribuinte. O

imposto surge por força e de acordo com as formas previstas na lei.

É uma prestação unilateral o que significa que o seu pagamento

assume o carácter definitivo, sem direito a restituição, e não

corresponde a qualquer contraprestação específica por parte do

Estado, pelo menos de uma forma imediata e directa.


O IMPOSTO - CONT.

Os impostos pagos permitem o Estado criar e manter os serviços públicos


para a satisfação das necessidades de todos os cidadãos, quer paguem ou
não impostos.
Esta situação distingue imposto das taxas que são cobradas pela utilização
individual de um serviço como acontece por exemplo com o imposto de
justiça pago nos tribunais e as propinas pagas pelos estudantes que
frequentam as universidades públicas.
Não tem a natureza de sanção porque não correspondem a nenhuma
penalidade pelo não cumprimento de uma obrigação, como acontece com as
multas e coimas, que são também
O IMPOSTO - CONT.

prestações pecuniárias, coactivas e unilaterais exigidas pelo Estado ou


por outros entes públicos com a finalidade de punir e prevenir as
infracções de determinadas normas jurídicas.
 Os fins públicos podem ser vários, e dai, os diversos objectivos da
tributação. Encontramos impostos que o Estado cobra apenas para obter
receitas: São os impostos fiscais; e encontramos os impostos que o Estado
cobra para simultaneamente obter receitas e atingir outras finalidades, ou
só para essas finalidades: São os impostos extra fiscais.
FASES DO IMPOSTO

 Na vida do imposto considera-se que a relação jurídica se desdobra nas


seguintes fases ou momentos: A incidência, o lançamento, a liquidação e a
cobrança.
 A incidência do imposto é definida na lei que cria o próprio imposto ao
referir expressamente quais os factos que estão sujeitos a imposto
(incidência real) e quem são as pessoas, singulares ou colectivas, sujeitas
ao imposto (incidência pessoal).
FASES DO IMPOSTO – CONT.

 O lançamento compreende a identificação das pessoas que vão pagar esse


imposto e a determinação da matéria colectável, isto é, do montante sobre
o qual vai incidir a taxa.
 A liquidação consiste na aplicação da taxa à matéria colectável, de forma a
determinar o imposto a apagar, a colecta.
 A cobrança traduz-se na entrega do imposto nos cofres do Estado.
FASES DO IMPOSTO – CONT.

 Actualmente, na generalidade dos impostos, essas fases são executadas


pelos contribuintes, cabendo aos serviços da Administração Fiscal apenas
a tarefa de receber os meios de pagamentos e de controlar e fiscalizar os
impostos. Esta situação traduz-se no facto de serem os contribuintes a
executarem as tarefas administrativas do imposto, o que exige a utilização
de diversos recursos qualificados, materiais e humanos.
A COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FISCAL

 O actual sistema fiscal moçambicano é constituído por um conjunto de


impostos estaduais e locais que incidem sobre o património, o rendimento, a
despesa, alguns actos ou situações específicas e as contribuições para a
segurança social.
 A tributação do património faz-se através do imposto estadual sobre as
sucessões e doações e dos impostos locais, a sisa e a contribuição autárquica.
 O imposto sobre as sucessões e doações incidem sobre as transmissões
gratuitas de bens móveis e imóveis.
A COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FISCAL – CONT.

 A sisa incide sobre a transmissão de bens imóveis a título oneroso.


 A contribuição autárquica incide sobre o valor patrimonial dos prédios
rústicos e urbanos.
 A tributação sobre o rendimento faz-se através dos códigos do IRPS e
IRPC. O primeiro tributa o rendimento global e personalizado dos
contribuintes singulares, englobando todas as categorias de rendimentos
(1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª), deduzido encargos de tipo pessoal e familiar.
A COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FISCAL – CONT.

 O segundo contempla as exigências de tributação dos sistemas modernos


através da tributação do lucro real das pessoas colectivas e permite
eliminação da dupla tributação dos lucros distribuídos.
 A tributação sobre as despesas faz-se essencialmente através do imposto
sobre o valor acrescentado (IVA) e de alguns impostos estaduais
específicos que incidem sobre certos bens de consumo (imposto
automóvel, imposto sobre o consumo de bebidas alcoólicas, imposto sobre
o tabaco, imposto de selo, e imposto de circulação sobre veículos pesados
de mercadorias) e o imposto municipal sobre veículos.
A COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FISCAL – CONT.

 O financiamento do sistema público de segurança social faz-se sobre tudo


através de contribuições para a segurança social, a cargo dos titulares do
rendimento (3%) e da entidade patronal (4%).
 Apesar da actual caracterização do sistema fiscal, existe uma outra
classificação tendo em conta a descentralização administrativa que
classifica os impostos em estaduais, locais e parafiscais.
A COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FISCAL – CONT.

 Os impostos estaduais são aqueles em que a entidade credora é o Estado.


 O imposto local é aquele em que a entidade credora é os órgãos
municipais.
 Os impostos parafiscais são aqueles em que a entidade credora é uma
pessoa de direito público, como por exemplo as instituições de segurança
social, que tem reflexos importantes na vida das empresas, tendo em conta
o seu peso financeiro sobre as mesmas.
OBRIGAÇÕES FISCAIS EM VIGOR EM MOÇAMBIQUE

 O Sistema Tributário Moçambicano integra os impostos nacionais e


autárquicos tratados em dispositivos legais diferentes.
 Os impostos nacionais actuam em dois níveis:

1. Directo: (Tributação de rendimentos e riqueza), através do IRPC (Imposto


Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas)e IRPS (Imposto Sobre o
Rendimento das Pessoas Singulares); e

2. Indirectos (Tributação das despesas), através do IVA (Imposto Sobre o


Valor Acrescentado), ICE (Imposto Sobre o Consumo Específico) e DA
(Direitos Aduaneiros).
TRIBUTAÇÃO DIRECTA E INDIRECTA

 No âmbito da tributação dos rendimentos e da riqueza foram aprovados as


leis 33/2007 e 34/2007, ambas de 31 de Dezembro que aprovam o código
de IRPS e IRPC e regulamentos pelo Decreto nº 8/2008 e 9/2008, ambos
de 16 de Abril.
IMPOSTO DE RENDIMENTOS DAS PESSOAS
SINGULARES

 O IRPS é um imposto que incide sobre o rendimento global e anual das


pessoas singulares mesmo quando provenientes de actos ilícitos.
 As empresas têm a obrigação em sede do IRPS, nomeadamente no que se
refere ao pagamento ou colocação a disposição do rendimento a pessoas
singulares particularmente no que respeita a retenção na fonte.
 O imposto retido pela empresa, deverá ser entregue ao Estado dentro do
prazo estipulado pelo art. 29 do regulamento do CIRPS, ou seja, até ao dia
20 do mês seguinte a aquele aqui foram deduzidos as quantias retidas.
IMPOSTO DE RENDIMENTOS DAS PESSOAS
SINGULARES – CONT.
 As empresas são obrigadas a:
1. Possuir registo actualizado das pessoas credoras deste rendimento ainda que
não tenha havido retenção do imposto, do qual constem o nome, número
fiscal (NUIT) e o respectivo código, a data e o valor de cada pagamento ou
rendimento em especie que lhe tenham sido atribuidos.
2. Entregar os sugeitos passivos, até o dia 20 de Janeiro de cada ano,
documentos comprovativos das importâncias devidas no ano anterior,
incluindo as correspondentes ao rendimento em especie atribuidos, do
imposto retido na fonte e das dedunções que tenham lugar.
3. Entregar a Autoridade Tributária uma declaração do modelo aprovado ou em
suporte informático, relativos a aquele rendimento, em triplicado, durante os
meses de Janeiro a Março de cada ano.
IMPOSTO DE RENDIMENTOS DAS PESSOAS
COLECTIVAS
 O IRPC é um imposto que incide sobre o rendimento das pessoas
Ccolectivas mesmo quando provenientes de actos ilícitos, conforme dispoe
o art. 2 do CIRPC, aprovado pela Lei nº 34/2007 de 31 de Dezembro.
 As sociedades civis sob a forma de commercial, cooperativas, empresas
públicas e as demais pessoas colectivas com sede ou direcção efectiva no
território moçambicano.
 As entidades desprovidas de personalidade juridical, com sede ou direcção
efectiva no território moçambicano, cujo rendimento não seja tributável
em IRPS e IRPC.
 Entidades com ou sem personalidade juridical, que não tenham sede nem
direcção efectiva em território nacional, nas condições estabelecidas nos
art. 4 e 5 do CIRPC
REGISTO FISCAL

 Para o registo da actividade económica em Moçambique é necessário que


os agentes económicos façam registo da sociedade ou estabelecimento em
causa e solicitar o devido licenciamento ou autorização para o exercício da
actividade pretendida.
 Nos termos do nº 1 e 3 do art. 2, do regulamento do NUIT, aprovado pelo
Decreto nº 52/2003, de 24 de Dezembro, é necessário a inscrição nas
Finanças (Direcção da Área Fiscal-DAF ou outro local indicado pela
Administração Fiscal mediante apresentação, em duplicado de uma
declaração (Modelo 5 ou 7) devidamente preenchido fazendo menção do
domicílio fiscal para obtenção do NUIT.
IMPOSTO DE RENDIMENTOS DAS PESSOAS
COLECTIVAS

 As empresas têm as seguintes obrigações em sede de IRPC:


 Sujeição em IRPC do lucro tributável, por aplicação de uma taxa de 32%,
nos termos dos art. 4 e 61 do nº 1 do CIRPC.
 Integração num dos regimes de tributação previstos no CIRPC, atendendo
ao volume de negócio anual declarado pela empresa, nomeadamente,
regime simplificado de derminação de lucro tributável, o de contabilidade
organizada, ou simplificado de escrituração, nos termos do art. 47, 75, 76
do código do IRPC, que se esclarece como segue:
IMPOSTO DE RENDIMENTOS DAS PESSOAS
COLECTIVAS – CONT.

1. Regime de contabilidade organizada – regime aplicado aos grandes


contribuintes, com um volume superior a 2.500.000,00 Mt e que são
obrigados a dispor de contabilidade organizada;

2. Regime simplificado de escrituração – Regime aplicável aos contribuintes


que no exercício anterior ao da aplicação do regime apresentem um
volume total de negócio não superior a 2.500.000,00 Mt e tenham optado
pelo regime de tributação simplificada; e
IMPOSTO DE RENDIMENTOS DAS PESSOAS
COLECTIVAS – CONT.

1. Regime simplificado de determinação de rendimento colectavel - Regime


aplicável aos contribuintes que no exercício anterior ao da aplicação do
regime apresentem um volume total de negócio não superior a
2.500.000,00 Mt e não tenham optado pelo regime de contabilidade
organizada ou de escrituração, para os sujeitos passivos deste regime, o
rendimento colectavel é determinado pela aplicação do coeficiente 0,20 ao
valor das vendas de mercadorias e de produtos, no geral das vendas e
prestação de serviços de alojamento, restauração de bebidas e de 0,30 para
os restantes proveitos.
IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO
 De acordo com o art. 1 do CIVA, aprovado pela Lei 32/2007, de 31 de
Dezembro estão sujeitos a este imposto as transmissões de bens e as
prestações de serviços efectuadas por um sujeito passivo a título oneroso,
no território nacional bem como as importações de bens.
 Esta lei considera no seu art. 2 nº 1 linha a), que são sujeitos passivos do
IVA as pessoas singulares ou colectivas com estabelecimento estável ou
representação em território nacional, que de um modo independente e com
character de habitualidade exerçam com fim lucrativo prestação de
serviços.
 De acordo com o art. 17 do CIVA, a taxa do IVA é a que vigora no
momento em que o imposto se torna exigivel e é de 16% actualmente.
IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO – CONT.


Obrigações Acessórias constantes no art. 25 do CIVA:
 Entrega de declaração de início, de alteração ou cessação de actividade;
 Emissão de factura, ou documento equivalente por cada prestação de
serviço;
 Declaração periódicas das operações efectuadas no exercício da sua
actividade; e
 Obrigações contabilísticas ou de registo.
SISA

 A sisa inside sobre as transmissões a título oneroso, do direito de


propriedade ou de figuras paralelas desse direito, sobre bens imóveis e
sobre o montante declarado da transmissão ou valor patrimonial do prédio
urbano, consoante o valor mais elevado, a não ser que este se afaste do
preço normal do mercado.
 Este imposto é liquidado pelos serviços competentes da administraçao
tributária, com base na declaração do sujeito passive ou oficiosamente.
 A taxa de SISA é de 2% e aplica-se sobre o valor determinado. É paga nas
Direcções das Áreas Fiscais ou em qualquer outras autorizadas nos termos
da lei, mediante documento de cobrança de modelo oficial.
IMPOSTO SOBRE VEÍCULOS

 O imposto sobre veiculos incide sobre o uso e fruição de veículos:


a) Automóveis ligeiros e ou automóveis pesados de antiguidade menor ou
igual a vinte e cinco (25) anos;
b) Motociclos de passageiro com ou sem carro de antiguidade menor ou igual
a quinze (15) anos;
c) Aeronaveis com motor de uso particular;
d) Barcos de recreio com motor de uso particular;
Matriculados ou registados pelos serviços competentes no território da
República de Moçambique, ou independentimente do registo ou matricula,
logo que decorridos 180 dias a contar com a sua entrada no território, venham
circular ou a ser usados em condições normais da sua utilização.
IMPOSTO SOBRE VEÍCULOS – CONT.

 Sao sujeitos passivos deste impostos, os proprietários dos veículos quer


sejam pessoas singulares ou colectivas, de direito público ou privado,
presumindo-se como tais até prova em contrário, as pessoas em nome de
quem os mesmos se encontrem registados ou matriculados.
 O imposto é pago de Janeiro a Março de cada ano, ou quando começar o
uso de fruição do veículo, na Repartição das Finanças da área de residência
ou sede do sujeito passivo.
IMPOSTO SOBRE SUCESSÕES E DOAÇÕES

 Este imposto incide sobre as transmissóes a título gratuito do direito de


propriedade de bens móveis e imóveis, qualquer que seja a denominação
ou forma do título e é devido pelas pessoas singulares que adquiram a
título gratuito a propriedade de bens móveis ou de bens imóveis, mesmo
que tenha sido constituido direito de usufruto, uso ou habitação a favor de
outrém.
 A taxa destes impostos variam entre 2% a 10%, aplicados de acordo com o
valor da herança e a relação entre o doador e o beneficiário dos bens
transmitidos, sendo a menor para descendentes, conjugues e ascendentes e
máxima para quaisquer outras pessoas.
IMPOSTO DE RECONSTRUÇÃO NACIONAL

 Este imposto representa uma contribuição minima de cada cidadão para


despesas públicas e é devido por nacionais e estrangeiros residentes no
território nacional.
 As taxas são fixadas anualmente pelo Ministério do Plano e Finanças,
sobre propostas dos Governos Provinciais, diversificadas de modo a
atender o grau de desenvolvimento e condições socio-económicas de cada
Distrito.
 O mesmo é devido apartir do ano seguinte a aquele a que fixarem
residência em território nacional.
 Este imposto é pago apenas uma vez através dos descontos nos salários do
mês de Fevereiro de cada ano ou pagamento directo nas Administrações
distritais.
IMPOSTO DE RECONSTRUÇÃO NACIONAL – CONT.

 Nas zonas onde haja Autarquias Locais (Municipios), este imposto é


substituido pelo Imposto Pessoal Autárquico, sendo as taxas deste fixadas
anualmente pelas Assembleias Autárquicas.
IMPOSTO DE SELO

 O Imposto de Selo recai sobre os documentos, livros, papeis, e actos


identificados numa tabela específicas ou em leis especiais.
 As taxas do Imposto de Selo variam em função dos valores e da natureza
do documento que se pretenda selar.
IMPOSTO ESPECIAL SOBRE JOGO

 Este imposto incide sobre as receitas brutas geradas pela exploração de


jogos regulados pela Lei nº 8/94, de 14 de Setembro, após o pagamento
dos ganhos aos jogadores, sendo as taxas fixadas no contrato de consessão,
que varia entre 20% a 35%.
BENEFÍCIOS FISCAIS NO INVESTIMENTO

 Consideram-se de acordo com a lei, Benefícios Fiscais, todas medidas


fiscais que impliquem a redução do montante a pagar do imposto em vigor,
com o fim de favorecer a realização de actividade de reconhecido interesse
público, social, ou cultural, e incentivar o desenvolvimento económico do
País.
 O Código de Benefícios Fiscais (CBF) actualmente en vigor foi aprovado
pelo Decreto nº 16/2002 de 27 de Junho. Suas disposições aplicam-se aos
investimentos realizados por pessoas singulars e colectivas ao amparo da
lei de investimentos.
BENEFÍCIOS FISCAIS NO INVESTIMENTO – CONT.

 Segundo o art. 3 do CBF, tem direito aos benefícios fiscais, todos os


empreendimentos levados a cabo no âmbito da lei de investimentos e
demais legislação, excepto o comércio rural nos termos a regulamentar,
empreendimentos levados a acabo nas actividades de comércio a grosso e a
retalho em infra-estrutaras novas construidas para o efeito.
 A luz do CBF, os benefícios fiscais encontram-se subdivididos em:
Benefícios Genéricos e Específicos.
BENEFÍCIOS FISCAIS NO INVESTIMENTO – CONT.

 Benefícios Fiscais Genéricos


 Assim constituem benefícios fiscais genéricos de acordo com o artigo 13 e
seguintes do CBF:
 Isenção de direitos de importação de bens;
 Crédito fiscal por investimentos;
 Amortizações e Reintegrações Aceleradas;
 Modernização e introdução de novas tecnologias;
 Formação professional;
 Despesas a considerer custos fiscais; e
 Redução da taxa de SISA.
BENEFÍCIOS FISCAIS NO INVESTIMENTO – CONT.

 Benefícios Fiscais Especifícos


 Os benefícios fiscais especifícos são concedidos a projectos realizados em
determinadas zonas e áreas de actividades que são:
 Agricultura;
 Hotelaria e Turismo;
 Projectos de Grande Dimensão;
 Zonas Francas Industriais;
 Zonas de Rápido Desenvolvimento.
FASES DO IMPOSTO

Na vida do imposto considera-se que a relação jurídica se desdobra nas

seguintes fases ou momentos: A incidência, o lançamento, a liquidação e a


cobrança.

A incidência do imposto é definida na lei que cria o próprio imposto ao


referir expressamente quais os factos que estão sujeitos a imposto
(incidência real) e quem são as pessoas, singulares ou colectivas, sujeitas
ao imposto (incidência pessoal).
FASES DO IMPOSTO - CONT.

O lançamento compreende a identificação das pessoas que vão pagar esse


imposto e a determinação da matéria colectável, isto é, do montante sobre
o qual vai incidir a taxa.

A liquidação consiste na aplicação da taxa à matéria colectável, de forma a


determinar o imposto a apagar, a colecta.

A cobrança traduz-se na entrega do imposto nos cofres do Estado.


FASES DO IMPOSTO - CONT.

Actualmente, na generalidade dos impostos, essas fases são executadas


pelos contribuintes, cabendo aos serviços da Administração Fiscal apenas a
tarefa de receber os meios de pagamentos e de controlar e fiscalizar os
impostos. Esta situação traduz-se no facto de serem os contribuintes a
executarem as tarefas administrativas do imposto, o que exige a utilização
de diversos recursos qualificados, materiais e humanos.
A COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FISCAL

O actual sistema fiscal moçambicano é constituído por um conjunto de


impostos estaduais e locais que incidem sobre o património, o rendimento,
a despesa, alguns actos ou situações específicas e as contribuições para a
segurança social.

A tributação do património faz-se através do imposto estadual sobre as


sucessões e doações e dos impostos locais, a sisa e a contribuição
autárquica.

O imposto sobre as sucessões e doações incidem sobre as transmissões


gratuitas de bens móveis e imóveis.
A COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FISCAL - CONT.

A sisa incide sobre a transmissão de bens imóveis a título oneroso.


A contribuição autárquica incide sobre o valor patrimonial dos prédios
rústicos e urbanos.
A tributação sobre o rendimento faz-se através dos códigos do IRPS e
IRPC. O primeiro tributa o rendimento global e personalizado dos
contribuintes singulares, englobando todas as categorias de rendimentos
(1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª), deduzido encargos de tipo pessoal e familiar.
A COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FISCAL – CONT.

O segundo contempla as exigências de tributação dos sistemas modernos


através da tributação do lucro real das pessoas colectivas e permite
eliminação da dupla tributação dos lucros distribuídos.

A tributação sobre as despesas faz-se essencialmente através do imposto


sobre o valor acrescentado (IVA) e de alguns impostos estaduais
específicos que incidem sobre certos bens de consumo (imposto
automóvel, imposto sobre o consumo de bebidas alcoólicas, imposto sobre
o tabaco, imposto de selo, e imposto de circulação sobre veículos pesados
de mercadorias) e o imposto municipal sobre veículos.
A COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FISCAL - CONT.

O financiamento do sistema público de segurança social faz-se sobre tudo


através de contribuições para a segurança social, a cargo dos titulares do
rendimento (3%) e da entidade patronal (4%).

Apesar da actual caracterização do sistema fiscal, existe uma outra


classificação tendo em conta a descentralização administrativa que
classifica os impostos em estaduais, locais e parafiscais.
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FISCAL - CONT.

Os impostos estaduais são aqueles em que a entidade credora é o


Estado.
O imposto local é aquele em que a entidade credora é os órgãos
municipais.
Os impostos parafiscais são aqueles em que a entidade credora é
uma pessoa de direito público, como por exemplo as instituições de
segurança social, que tem reflexos importantes na vida das
empresas, tendo em conta o seu peso financeiro sobre as mesmas.
AUDITORIA

Para Edward Stamp e Maurice Moonitz ``uma auditoria é um exame


independente, objectivo e competente de um conjunto de demonstrações
financeiras de uma entidade, juntamente com toda prova de suporte
necessário, sendo conduzida com intenção de exprimir uma opinião
informada e fidedigna, através de um relatório escrito, sobre se as
demonstrações financeiras apresentam apropriadamente a posição
financeira e o progresso da entidade, de acordo com as normas da
contabilidade geralmente aceite.
AUDITORIA - CONT.

O objectivo da opinião do perito independente, a qual deve ser expressa em


termos positivos ou negativos, é emprestar credibilidade as demonstrações
financeiras (cuja responsabilidade pela elaboração depende do órgão de
gestão) ´´.

A auditoria é um processo sistemático de obter e avaliar objectivamente


evidência no que toca as asserções sobre as acções e acontecimentos
económicos de forma a comprovar o grau de correspondência entre aquelas
asserções e os critérios estabelecidos e comunicar os resultados aos
utilizadores interessados. A Statement of Basic Auditing Concepts (1973)
A AUDITORIA FISCAL

A extensão da auditoria ao domínio fiscal decorre da importância cada vez


maior da fiscalidade na gestão financeira das empresas e ainda por razoes
históricas.

A contabilidade evoluiu apoiada e até estimulada pelas normas fiscais,


devido sobretudo aos condicionalismos políticos e económicos que
ocorreram durante este século e a necessidade do estado em aumentar as
suas receitas, sobretudo na sua segunda metade, para fazer face as despesas
públicas que não paravam de crescer decorrentes do pós-guerra e do
surgimento da guerra colonial.
A AUDITORIA FISCAL - CONT.

 Surgiu assim a primeira reforma fiscal em moldes modernos e


designadamente o Código de Contribuição Industrial que define as normas
a que deviam obedecer os registos contabilísticos. Também contribuíram
para essa situação o facto da economia portuguesa estar sujeita a fortes
condicionalismos e pouco abertas ao exterior. Com a evolução dos
acontecimentos que culminaram numa maior abertura da economia ao
exterior apareceram transformações sectoriais que se esperavam e que no
domínio da contabilidade culminaram na Normalização Contabilística
através da publicação do Plano Oficial em 1977.
A AUDITORIA FISCAL - CONT.

Com a publicação da 2ª versão do Plano Oficial de Contabilidade em 1987, e a

entrada em vigor em 1989 do Código de Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Colectivas alterou-se definitivamente o sentido da influência dos

aspectos fiscais sobre os aspectos contabilísticos apesar de continuar a

verificar ainda uma influência excessiva dos aspectos fiscais que se torna

necessário alterar.

Por todas estas razões a auditoria fiscal ganhou o seu estatuto próprio de

autonomia, de tal modo que a sua evolução pode considerar-se irreversível e

será cada vez mais um ramo de auditoria a ter em conta no controlo e gestão

da actividade empresarial.
O ÂMBİTO DA AUDİTORİA FİSCAL

A especificidade das matérias fiscais e o peso financeiro da carga fiscal


sobre as empresas determinam que estas queiram conhecer a sua
verdadeira situação fiscal tarefa que constitui o objecto da auditoria fiscal.

As razoes que conduzem a existência da auditoria fiscal decorrem


sobretudo da influência da fiscalidade na vida da empresa e do risco
financeiro resultado do não cumprimento das normas fiscal e ainda pelas
dificuldades e porque não é economicamente aconselhável, de dotar as
empresas dos recursos próprios capazes de responder com eficiência e
eficácia à evolução da própria fiscalidade.
O ÂMBİTO DA AUDİTORİA FİSCAL – CONT.

 De facto, é muito grande a capacidade de adaptações a fiscalidade a novas


situações económicas que determinam alterações significativas num curto
espaço de tempo de procedimentos ligados aos aspectos fiscais, dos
métodos fiscais para responder essas novas exigências e que são difíceis de
acompanhar se não estiver apetrechados dos meios materiais e humanos
vocacionados exclusivamente para a área da fiscalidade, estrutura que a
generalidade das empresas não possui.
 Essas situações determinam que as empresas estejam em permanente risco
fiscal que deve ser conhecimento dos seus dirigentes.
O ÂMBİTO DA AUDİTORİA FİSCAL – CONT.

Para que as empresas tenham um conhecimento adequado dessa situação torna-

se quase sempre necessário recorrer aos serviços de empresas de consultoria e

auditoria que possuem um conjunto de serviços ligados as áreas de auditoria e

da consultoria fiscal e financeira.

Nesta perspectiva o interesse da auditoria fiscal é claro. A questão que se pode

colocar é a de saber até que ponto se pode invocar a autonomia da auditoria

fiscal, uma vez que na prática os aspectos fiscais são muitas vezes tratados no

âmbito da auditoria contabilística, cujas equipas de trabalho integram um

especialista em questões de fiscalidade.


ÂMBİTO DA AUDİTORİA FİSCAL - CONT.

Mas os verdadeiros objectivos da auditoria fiscal não se confina a esse


trabalho marginal, antes deve consistir na recolha de informação sobre a
natureza e extensão do risco fiscal incorrido pelas empresas e também na
utilização da auditoria fiscal para maximizar os seus interesses.

Um outro aspecto importante que tem a ver com a autonomia e o


desenvolvimento da auditoria fiscal é se existe um mercado para auditoria
fiscal ou se a auditoria fiscal ficara na dependência auditoria financeira.
ÂMBİTO DA AUDİTORİA FİSCAL – CONT.
.

 Não é uma resposta evidente mas o que é evidente é que a auditoria fiscal
exige recursos e metodologia de trabalho próprio que não se compadecem
com o trabalho marginal da fiscalidade no seio da auditoria financeira e
ainda porque a auditoria financeira não tem obrigatoriamente em conta a
análise da situação fiscal da empresa e a inclusão nas suas equipas de um
especialista em fiscalidade visa sobretudo dar ao cliente uma opinião sobre
o seu enquadramento fiscal, tendo em conta a importância dos aspectos
fiscais na elaboração das demonstrações financeiras.
ÂMBİTO DA AUDİTORİA FİSCAL – CONT.
.

 Todavia para que se possa reclamar a autonomia da auditoria fiscal há que


precisar o seu campo de actuação e sobretudo os seus objectivos e verificar
se esses objectivos não se confundem com outros ramos da auditoria em
particular com a auditoria contabilística e a auditoria jurídica.
PRESSUPOSTOS DA AUDİTORİA FİSCAL

A auditoria fiscal tem por objectivo fazer um exame da situação fiscal da


empresa tendo em vista o controlo da sua regularidade fiscal. Para tanto
torna-se necessário em cada uma das áreas (disponibilidade, compra de
bens e serviços e dividas a pagar, empréstimos, existências e custos das
existências vendidas e consumidas, imobilizações financeiras, corpóreas e
incorpóreas, acréscimos e diferimentos, venda de bens e serviços e dividas
a receber, provisões para riscos e encargos, contingências e obrigações
contratuais, capital, reservas e resultados e custos e proveitos) referidas
averiguar os aspectos específicos da fiscalidade que se prendem
designadamente:
PRESSUPOSTOS DA AUDİTORİA FİSCAL – CONT.

 Com os princípios definidos pelas normas e doutrinas fiscais;

 A valorimetria;
 As normas de incidência;
 Liquidação e cobranças;
 As regras de retenção na fonte e de pagamento de imposto; e
 As obrigações contabilísticas e declarativas.
PRESSUPOSTOS DA AUDİTORİA FİSCAL - CONT.

De resto, se perseguirmos com rigor o objectivo da auditoria fiscal,

verificaremos que embora esta exerça o seu trabalho sobre alguns

pressupostos da auditoria financeira designadamente os registos, os

controlos e os procedimentos contabilísticos, verificamos que para

atingir os seus verdadeiros objectivos tem de ter em atenção o

enquadramento das normas fiscais em todos os aspectos acima

referidos.
PRESSUPOSTOS DA AUDİTORİA FİSCAL - CONT.

Por outro lado os aspectos fiscais tendo em conta as suas características


são muitas vezes encarados com maior rigor em virtude das consequências
penalizadoras que tais infracções acarretam ao contrário do que acontece
com as infracções de natureza contabilística e financeira.

Para além dos aspectos já referidos a auditoria fiscal tem ainda de ter em
conta alguns aspectos inerentes a auditoria financeira, designadamente:
PRESSUPOSTOS DA AUDİTORİA FİSCAL - CONT.

 A elaboração dos programas de trabalho,


 O suporte documental de trabalho,
 A frequência do trabalho, e
 O relatório final.
A elaboração do programa de trabalho deve ter em conta a
especificidade fiscal de cada uma das áreas financeiras, uma vez que cada
uma delas apresenta características próprias que terão de ser analisadas
tendo em conta essas características.
PRESSUPOSTOS DA AUDİTORİA FİSCAL - CONT.

O suporte documental deve ser uma constante do trabalho de auditoria


fiscal uma vez que os documentos devem obedecer a determinados
requisitos fiscais, sob pena de não cumprirem a sua missão fiscal, na
medida em que a lei fiscal impe regras precisas na sua elaboração como
por exemplo as do nº 5 do art. ° 35º do CİVA, sobre as facturas.
A profundidade do trabalho está necessariamente associada ao grau
de risco e materialidade das situações, uma vez que o respeito pelo
cumprimento dos aspectos conceptuais do imposto e o valor dos
montantes envolvidos são determinantes na amostragem a verificar.
PRESSUPOSTOS DA AUDİTORİA FİSCAL - CONT.

 Por sua vez, é importante que o trabalho seja efectuado de forma


sistemática, tendo em vista atingir os objectivos do planeamento fiscal e
consequentemente a eficiência e a eficácia fiscais da empresa. Sobre o
relatório da auditoria fiscal, a sua importância, a forma de divulgação e o
impacto que poderá provocar na entidade auditada, assim como
aceitabilidade do mesmo são matérias que pela sua importância deverão ser
abordadas no ponto específico.
PRESSUPOSTOS DA AUDİTORİA FİSCAL - CONT.

 Conforme se verifica e embora a auditoria fiscal vise essencialmente uma


análise da situação fiscal, tendo em vista a gestão e o planeamento fiscal, o
desenvolvimento da auditoria fiscal assim como a elaboração do relatório
tem de ter em conta o conhecimento da realidade do imposto em todas as
suas dimensões designadamente:
 O direito fiscal,
 A ciência, e
 A fiscalidade.
PRESSUPOSTOS DA AUDİTORİA FİSCAL - CONT.

O termo direito fiscal utiliza-se para significar o ramo de direito que se


ocupa das normas jurídicas relativas ao imposto, designadamente no
âmbito da sua estrutura e da relação jurídica que se estabelece entre o
Estado e o dever dos cidadãos.
O termo ciência fiscal tem uma visão abstracta dos aspectos
concretos da teoria e técnicas fiscais que não tem tido entre nós grande
evolução, das vicissitudes porque tem passado a nossa administração
fiscal com decisões por vezes desprovidas de um raciocínio lógico
quando não contraditório, e com interpretações feitas não raras vezes
ao sabor das circunstâncias e de acordo com os interesses em presença.
PRESSUPOSTOS DA AUDİTORİA FİSCAL - CONT.

 A fiscalidade apresenta um conceito mais amplo que visa aspectos


práticos do imposto nas relações com os contribuintes em todas as suas
fases ainda no cumprimento das obrigações declarativas relacionadas com
uma área muito importante da vida das empresas a contabilidade.
A CONTABILIDADE VERSUS FISCALIDADE

A interdependência entre a contabilidade e a fiscalidade e tão grande, que


torna difícil dissociar os aspectos contabilísticos dos aspectos fiscais,
apesar de não serem coincidentes, algumas noções importantes comuns a
ambas, designadamente conceito de lucro, de amortizações, de provisões e
outros aspectos ligado a contabilidade e a fiscalidade.

Esta interdependência é ainda mais acentuada quando se consideram os


aspectos práticos da contabilidade e os aspectos práticos da fiscalidade.
CONTABILIDADE VERSUS FISCALIDADE - CONT

Exemplo:

Suponhamos uma empresa que decide atribuir prémios em sorteio a realizar


de acordo com respectivo regulamento. Este estabelece o prazo de 90 dias
para o mesmo ser reclamado, findo o qual será entregue a um suplente ou a
uma instituição a indicar pela entidade oficial que tutela os concursos.

O premio atribuído em dinheiro ou em espécie deve ser anunciado


publicamente pelo seu valor liquido.
CONTABILIDADE VERSUS FISCALIDADE - CONT.

Por sua vez, a legislação fiscal estabelece que os prémios sejam


tributados por retenção na fonte, a taxa liberatória ou não 35%.
Alínea b) do n° 2 do art. 74.° do CIRPS, consoante se trate de
IRPS ou IRPC, em nome do beneficiário que pode não ser a
pessoa sorteada. O verdadeiro beneficiário do imposto pode
também estar isento de imposto sobre o rendimento, situação
que é desconhecida no momento do sorteio.
CONTABILIDADE VERSUS FISCALIDADE - CONT.

Apesar de tudo e após o sorteio há necessidade de fazer reflectir na


contabilidade o valor do premio sorteado porque este se tornou um custo
efectivo a partir deste momento.
 Valor ilíquido do prémio (em contos) 200
 Valor líquido 130

Resolução do exemplo proposto

a) Pelo premio sorteado:

63218 Artigos para oferta 200


a 4.5/4.6 x Devedores e credores diversos – Prémios sorteados 200
CONTABILIDADE VERSUS FISCALIDADE - CONT.

b) Pelo processamento do prémio a favor do beneficiário:


4.5/4.6 x Devedor e credor diversos – Prémios sorteados 200
a 4.5/4.6 y Devedor e credor diversos – Prémios disponíveis 130
Valor líquido
a 4.4 z IRPS/IRPC 70
Valor do imposto retido (quando detido)
CONTABILIDADE VERSUS FISCALIDADE - CONT.

c) Pelo recebimento da factura do fornecedor e pagamento do imposto:

4.5/4.6 y Devedor e credor diversos – Prémios disponíveis 130

4.4 z IRPS/IRPC 70

a 4.2.1 Fornecedores c/c 130

a 1.2.1 Deposito a ordem 70


CONTABILIDADE VERSUS FISCALIDADE - CONT.

A auditoria fiscal é efectuada sobretudo ao nível do Estado por


organismos oficiais, que tem por missão a gestão e fiscalização do
imposto. Entre nos, estas funções estão cometidas em primeiro lugar pela
Direcção Geral dos Impostos através dos seus próprios serviços de
fiscalização e em segundo lugar pela Inspecção Geral de Finanças.
CONTABILIDADE VERSUS FISCALIDADE - CONT.

 Todavia, o trabalho de auditoria desenvolvido por essas entidades pode-se

chamar, talvez com mais rigor, de inspecções fiscais ou fiscalizações e não


propriamente de auditoria fiscal, uma vez que o seu objectivo visa
simplesmente acautelar o cumprimento da regularidade fiscal, enquanto a
auditoria fiscal, em nossa opinião, deve também preocupar-se com a gestão
e planeamento tendo também em vista a obtenção de economias fiscais e
não apenas a sua regularidade.
CONTABILIDADE VERSUS FISCALIDADE - CONT.

Quem faz a auditoria fiscal? Em nossa opinião a auditoria fiscal


propriamente dita não é feita por ninguém. Apenas aqueles que tem a seu
cargo a realização de auditorias financeiras (revisores oficiais de contas e
firmas de auditoria) tem integrado nas suas equipas um profissional
vocacionado para as questões fiscais que analisa os problemas sobretudo
da regularidade fiscal, sem se preocupar com o problema de gestão e
planeamento fiscal, a não ser que exista uma solicitação expressa do
auditado nesse sentido.
CONTABILIDADE VERSUS FISCALIDADE - CONT.

 A auditoria financeira é importante para auditoria fiscal porque permite ao


auditor fiscal utilizar uma importante metodologia de trabalho para atingir

os seus objectivos de controlo e regularidade fiscal.


OS OBJECTIVOS DA AUDITORIA FISCAL

A auditoria fiscal tem por missão fazer um exame da situação fiscal


da empresa, tendo em vista o controlo da regularidade fiscal, assim
como o conhecimento dos erros e dos riscos que decorrem da
prática desses erros de forma a contribuir para uma maior eficiência
da gestão fiscal, dentro dos limites do quadro da legislação em
vigor, há que analisar os meios tendentes a alcançar esses
objectivos.
OS OBJECTIVOS DA AUDITORIA FISCAL - CONT.

 A situação fiscal de uma empresa é sobretudo influenciada pela atitude da


própria empresa no cumprimento das suas obrigações fiscais e na
dimensão dessas obrigações. A falta de cumprimento ou o seu não
cumprimento integral pode provocar a aplicação de penalidades, além da
exigência do cumprimento da própria obrigação fiscal, situações que
podem ter consequências graves na situação financeiras das empresas e
consequentemente na apresentação das demonstrações financeiras.
OS OBJECTIVOS DA AUDITORIA FISCAL - CONT.

 A falta de cumprimento das obrigações fiscais pode ser voluntaria ou

involuntária, em qualquer dos casos, envolve sempre u risco fiscal, cabendo à

auditoria fiscal analisar essas faltas, o valor do risco e fazer as recomendações

necessárias à minimização dos aspectos económicos dos riscos, cujo grau de

incerteza só termina com o controlo da administração ou com o decorrer de

um prazo de caducidade.
 Por outro lado, a auditoria fiscal deve também avaliar a s capacidades da

empresa maximizar as possibilidades que lhe oferece a legislação fiscal,

embora sempre dentro do principio da estrita legalidade.


OS OBJECTIVOS DA AUDITORIA FISCAL - CONT.

 A auditoria fiscal também aferi a regularidade fiscal da


empresa de modo a que esta contribua para a imagem fiel
e verdadeira das demonstrações financeiras, uma vez que
o não cumprimento das obrigações fiscais aumenta os
riscos fiscais que pode pôr em causa essa imagem.
OS OBJECTIVOS DA AUDITORIA FISCAL - CONT.

 Os revisores oficiais de contas, expressam as suas opiniões sobre as


demonstrações financeiras da empresa, se estas apresentam uma
imagem verdadeira e apropriada da situação económica e financeira e
dos resultados e tendo em conta essa imagem pode ser posta em causa
pela situação fiscal da empresa, cabe ainda aos revisores oficiais de
conta analisar o cumprimento da regularidade fiscal, situação que de
resto, esta expressa na própria lei fiscal, ao impor-lhes, assim como ao
restante membros dos órgãos sociais, o cumprimento dessas
obrigações.
A AUDITORIA FISCAL E A GESTÃO FISCAL

 Se a auditoria fiscal tem por objectivo aferir da regularidade fiscal da


empresa, falar da gestão fiscal implica necessariamente, falar de
alternativas que nos conduzem á optimização dos custos fiscais, não só nos
aspectos quantitativos imediatos mas também nos relacionados com o
diferimento dos impostos, situação que assume aspectos condenáveis, uma
vez que o imposto é encarado como uma obrigação não racionalizável,
situação que em nossa opinião corresponde a uma visão viciada da
questão.
A AUDITORIA FISCAL E A GESTÃO FISCAL - CONT.

 A ignorância fiscal acarreta custos muitos elevados especialmente para o


Estado e também para os contribuintes, os quais, se não cumprirem os
deveres tributários e as suas obrigações acessórias podem cair nas malhas
da infracção tributárias e acabar por ser sancionados, não podendo assim
defender os seus legítimos interesses e direitos dando-se assim ênfase aos
aspectos sancionatórios, em vez de fazer realçar a necessidade de
conhecimentos fiscais para racionalizar a gestão do imposto.
A AUDITORIA FISCAL E A GESTÃO FISCAL - CONT..

As empresas têm o dever e até obrigação de procurar sem complexos, a


solução que melhor satisfaça os seus objectivos, numa perspectiva de
eficácia fiscal, adoptando dentro do quadro legal em vigor, uma atitude
crítica e agressiva de forma a considerar a fiscalidade numa perspectiva
dinâmica integrada na gestão global da empresa.
A AUDITORIA FISCAL E A GESTÃO FISCAL - CONT..

Exemplo:

Suponhamos que uma empresa no final do exercício obteve um


determinado lucro sujeito a tributação e para minimizar os efeitos da carga
fiscal delibera atribuir aos trabalhadores e aos gestores uma gratificação de
balanço como reconhecimento pelos serviços prestados.

Esta atitude proporciona uma diminuição da carga fiscalidade 37,4% do


valor da gratificação atribuída, uma vez que é considerada uma variação
patrimonial negativa, prevista na respectiva legislação.
A AUDITORIA FISCAL E A GESTÃO FISCAL - CONT..

A escolha da melhor solução tendo em vista a optimização fiscal não pode

ser encarada como uma fuga ou evasão fiscal, desde que tomada no estrito

cumprimento do quadro legal em vigor. Repetimos, somente a procura da

solução que melhor sirva os interesses da empresa, quer essa atitude

corresponda a uma redução da carga fiscal ou ao diferimento dos impostos.


A AUDITORIA FISCAL E A GESTÃO FISCAL - CONT..

A gestão fiscal ainda está associada a ideia de evasão e fraude

fiscal o que não deixa de ser uma ideia totalmente errada, uma

vez que as empresas devem procurar todos os meios legítimos

necessários para optimizar a sua carga fiscal, sem que isso possa

ser considerado de fuga ou evasão fiscal e muito menos de um

certo malabarismo fiscal, como por vezes se pretende insinuar.


A AUDITORIA FISCAL E A GESTÃO FISCAL - CONT..

Fala-se também de planeamento fiscal como sinonimo de fuga e de evasão


fiscal, mas entendemos que é uma interpretação errada que se faz da noção
de planeamento fiscal pois somos de opinião que planeamento quando se
faz com respeito pelas normas legais em vigor, nada tem a ver com evasão
e fraude fiscal, todavia, se esse planeamento se serve de interpretações
viciadas tendo em vista por essa via obter vantagens fiscais não previstas
na legislação, então essas praticas são condenáveis e identificam-se com a
evasão e a fraude fiscal. Não é porém, a esse tipo de planeamento que nos
referimos.
A AUDITORIA FISCAL E A GESTÃO FISCAL - CONT..

Adoptar um comportamento activo na gestão das empresas e


consequentemente na gestão fiscal é um aspecto importante para a sua
sobrevivência, levando a cada vez mais a adoptar técnicas de gestão
agressivas em suas funções, onde a política fiscal não pode ser esquecida,
tendo em conta o peso financeiro. Nos países com sistemas contabilísticos
mais evoluídos (E.UA. e Grã-Bretanha) a procura de melhor solução fiscal
é um dos objectivos de gestão sem que esta atitude tenha algo negativo ou
condenável, mais sim contribua para a eficácia da gestão.
A AUDITORIA FISCAL E A GESTÃO FISCAL - CONT.

A procura de melhor solução para minorar a sua carga fiscal é não só


um dever mas também uma obrigação dos contribuintes que quando
se vêem confrontados com duas hipóteses devem escolher sempre
aquela que minimize em todos os aspectos os efeitos da carga fiscal,
evitando o pagamento do imposto ou diferindo do seu pagamento,
desde que esta atitude esteja prevista no quadro legal em vigor. É
óbvio que esta escolha não pode ser subjacente a situação de
simulação fiscal, sempre condenáveis quando tem em vista obter

vantagens fiscais ilícitas.


AUDITORIA E O SEU MEIO ENVOLVENTE
A NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA CREDÍVEL

Toda a Informação Financeira deve ser credível para que os beneficiários

ou destinatários possam tirar conclusões idóneas, ou seja, ajudam a tomar

decisões económicas como:


 Decidir quando comprar, deter ou vender acções, quotas, obrigações;
 Determinar a capacidade da empresa em pagar ou dar benefícios a seus

empregados;
AUDITORIA E O SEU MEIO ENVOLVENTE
A NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA CREDÍVEL - CONT.

 A segurança dos empréstimos concedidos à empresa;


 Determinar as políticas de imposto;


Determinar os lucros distribuíveis e dividendos.
AUDITORIA E O SEU MEIO ENVOLVENTE
A NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA CREDÍVEL - CONT.

Segundo o IASB os utentes são: trabalhadores, financiadores,


fornecedores, outros credores comerciais, clientes, os governos e os seus
departamentos e o público em geral.
Investidores: preocupam-se com o risco dos seus investimentos e com a
Taxa de rendimento que assegurem o pagamento dos seus dividendos.
AUDITORIA E O SEU MEIO ENVOLVENTE
A NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA CREDÍVEL - CONT.

Trabalhadores: preocupam-se com a estabilidade e rentabilidade para que


tenham remunerações, pensões, reforma e oportunidade de emprego.

Financiadores: preocupam-se com informação que permitam garantir o


pagamento dos empréstimos e juros na data de vencimento.

Fornecedores e outros credores comerciais: se preocupam com


informação que garantam que os pagamentos seja efectuada na data de
vencimento.
AUDITORIA E O SEU MEIO ENVOLVENTE
A NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA CREDÍVEL - CONT.

 Cliente: Buscam informação que garanta a continuidade,


especialmente quando fizeram adiantamentos significativos.
 Governo: Interessado na distribuição de recursos, e Politicas de
Tributação.
 Público: Preocupam-se com a tendência e desenvolvimento da
empresa na extensão das actividades e responsabilidade Social das
empresas.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO
FINANCEIRA

As demonstrações financeiras que apresentam uma imagem verdadeira e


apropriada da posição financeira, dos resultados e do fluxo de caixa da
empresa. Destacam-se 4características (compreensibilidade, relevância,
fiabilidade, comparabilidade).
Compreensibilidade: A informação contida nos DF deve ser
compreensível pelos utentes e não deve excluir matérias consideradas
complexas.
Relevância: Quando influencia as decisões dos utentes e ajuda a avaliar
acontecimentos passados, presentes e futuros confirmando ou corrigindo
suas opiniões.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA –
CONT.

 Fiabilidade: A informação deve apresentar fidedignamente, as operações e


outros acontecimentos que ela pretende representar ou possa
razoavelmente esperar-se que represente.
 Substancia sobre a forma: É necessário que estas sejam contabilizados e
apresentados de acordo com a substância e realidade económico-
financeiras não apenas a sua forma legal
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA
– CONT.

 Comparabilidade: As DF devem ser comparadas através do tempo a fim


de identificar tendências na posição financeira e no desempenho.

As DF de diferentes empresas a fim de avaliar de forma relativa a posição


financeira, o desempenho e as alterações na posição financeira.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO
FINANCEIRA – CONT.

As asserções subjacentes as demonstrações financeiras

Asserção é uma afirmação, uma proposição verdadeira.

Asserção é uma proposição positiva ou negativa, enunciada como verdadeira


(categórico).

Reconhecimento: é o processo de incorporar no balanço ou DR elementos que


satisfaçam critérios de reconhecimento:

Que os benefícios económicos futuros fluam para a entidade;

Que tenha um custo ou um valor que possa ser mensurado com fiabilidade;

Mensuração: é o que determina as quantidades monetárias pelas quais os DF


devem ser reconhecidos e escritos no balanço e nos DR.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO
FINANCEIRA – CONT.

Apresentação: Relaciona-se com a forma como os diversos elementos são


classificados nas DF de acordo com a substância e realidade económica e
não apenas na sua forma legal.

Divulgação: tem a ver com a forma cruzada como é proporcionada a


informação tanto no balanço, DR, Demonstração do fluxo de caixa e
anexos.
ASSERÇÕES RELATIVAS E CLASSES DE
TRANSACÇÕES E ACONTECIMENTOS NO PERÍODO:

 Ocorrência - As transacções e acontecimentos registados ocorreram


e têm a ver com a entidade;
 Plenitude - Todas as transacções e acontecimentos que deviam ser
registados foram de facto registados;
 Exactidão - Quantias e outros dados relativos as transacções e
acontecimento registados foram apropriadamente registados;
 Corte - Transacções e acontecimentos foram registado no período
correcto;
 Classificação - Transacções e acontecimentos foram registados nas
contas apropriadas.
ASSERÇÕES RELATIVAS AO SALDO DE CONTAS NO FINAL DO PERÍODO:

 Existência: Activas, passivas e interesses no capital próprio existem;

Direitos e obrigações ̶ a entidade detém ou controla os direitos sobre os


activos e os passivos, são obrigações da entidade:
 Plenitude - Todos os activos, passivos e interesses no capital próprio que
deviam ser registados foram registados.
 Valorização - Activo, passivo e interesses no capital próprio estão
incluídos nas DF por quantias apropriadas e os e ajustamentos estão
apropriadamente registados.
ASSERÇÕES RELATIVAS AO SALDO DE CONTAS NO
FINAL DO PERÍODO: - CONT.

Asserções relativas à apresentação e divulgação:


 Ocorrência, direitos e obrigações - Acontecimento, transacções e outros
assuntos divulgados ocorreram e tem a ver com a entidade;
 Plenitude -
 Classificação e Compreensibilidade -
 Exactidão e Valorização -
ESTRUTURA CONCEPTUAL DOS TRABALHOS DE
ASSEGURAÇÃO

 Introdução, definição e objectivos de um trabalho de asseguração, âmbito


da estrutura conceptual, aceitação de trabalho, elemento de um trabalho de
asseguração, utilização inapropriada do nome do profissional.

Trabalho de asseguração: É um trabalho no qual um profissional expressa


uma conclusão destinada a aumentar o grau de confiança dos utentes, que
não sejam parte responsável, acerca do resultado da avaliação ou
mensuração de um assunto contra critério.
OBJECTO E OBJECTIVO DA AUDITORIA

 Auditoria é uma palavra que provém “ oudir ” que significa ouvir que
originou auditor (do latim auditore) como sendo aquele que ouve.
 Objectivo é a meteria ou assunto em atenção ou que é alvo de
investigação.
 Objectivo é o resultado que se pretende alcançar.
 Objectivo tem a ver com o assunto a investigar e o objectivo tem a ver com
o fim a atingir com a investigação.
OBJECTO E OBJECTIVO DA AUDITORIA – CONT.

 O objectivo de uma auditoria é expressar uma opinião sobre se estas DF


apresentam uma imagem verdadeira e apropriado tendo em atenção as leis
e as convenções do país em que a empresa está registada.
 Objectivo é permitir que o auditor expressa uma opinião sobre as DF esta
preparada em todos os aspectos materiais de acordo com os princípios de
relato financeiro aplicável.
A PROFISSÃO DO AUDITOR

As formas de exercer a profissão:

A profissão de auditor externo ou independente pode ser exercida de duas


maneiras: A nível individual ou em firmas de auditores.

No nível individual o auditor pode trabalhar sozinho ou ter colaboradores


seja eles de natureza técnica ou de secretariado. Nos países onde a
profissão não é mais desenvolvida é raro encontrar-se auditores
trabalhando sozinho mas sim com vários colaboradores atempo completo.
OBJECTO E OBJECTIVO DA AUDITORIA - CONT.

Firma de auditores é a forma mais comum de exercera profissão que


em Portugal é designada “sociedades de revisores oficiais de contas”.

Pela necessidade de horas para efectuar auditoria a pequenas e medias


empresas impossibilita que a nível individual abranja a vários
serviços num mesmo período, tendo em conta que os exercícios
económicos na maioria termina coincidente mente no final do ano
civil, e seria difícil assistir as contagens físicas de existência, sabendo
que realizam inventário 1 vez por ano e no último dia do ano.
OBJECTO E OBJECTIVO DA AUDITORIA - CONT.

Os auditores externos são muitas vezes solicitados a colaborar nas empresas

que auditam em actividades afins ou complementares à auditoria, o que

obriga as firmas de Auditorias e criarem 3 ou mais departamentos (auditoria

ou asseguração, assessoria fiscal, consultoria de gestão, etc.)

Contudo é necessário ter especial atenção ao aspecto de independência do

auditor razão pela qual a legislação de alguns países não permite que as

firmas de auditoria possam prestar as mesmas empresas e outros serviços,

exemplo consultoria.

A nível internacional existem milhares de firmas de auditores com escritórios

espalhados em todo mundo.


OBJECTO E OBJECTIVO DA AUDITORIA - CONT..

 Actualmente a mega fusões de firmas de auditores tendo já havido época


dos “big eight” dos “big nine” dos “big six” , “big five” e actualmente fala-
se dos big four.
 Nos últimos anos tem se existido um novo tipo do agrupamento a nível
internacional chamados “ACORDOS DE ASSOCIAÇÃO” ou
“ALIANÇAS” que é a reunião de firmas independentes de auditores e
actuam nos seus respectivos países com o seu próprio nome e
responsabilidade. E tem como OBJECTIVO: utilização de políticas e
procedimentos comuns com o controlo de qualidade, estratégia empresarial
comuns, troca de informações Técnicas, formação profissional, e
recomendação de clientes para as firmas da associação.
PRINCIPIOS GERAIS SUBJACENTES À PROFISSÃO

O marco que distingue a profissão contabilística é de ela aceita a


responsabilidade de agir no interesse público. Eles não satisfazem as
necessidades de um cliente ou de um empregador específico. Em alguns
países elas são os preparadores da informação financeira como os que
certificam ou atestam tal informação (os auditores
INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS

Em termos legais, a incompatibilidade e impedimentos dos ROC encontra-


se nos artigos 75 º a 79º do Decreto – lei nº 487/ 99 de 16 de Novembro.

São 4 tipos de incompatibilidades:

1. Incompatibilidade em geral quando a profissão é incompatível com


qualquer outra que possa implicar a diminuição de
INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS – CONT.

independência, do prestigio da dignidade ou ofenda os princípios de ética e


deontologia profissional

2. Incompatibilidade específica do exercício que determina que não se deve


exercer funções de revisão / auditoria às contas de carácter continuado em
empresas onde a pontuação ultrapasse 36 pontos.

Total de balanço + prov. pontuação


 Até ̶ 1.500 milhões-----------------------------0
 De ̶ 1.500 a 10.000 milhões ------------------1
 De ̶ 10.000 a 37.500 milhões ----------------2
 De ̶ 37.500 a 100.000 milhões ---------------3
INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS – CONT.

 De ̶ 100.000 a 250.000 milhões -------------4


 De ̶ 250.000 a 750.000 milhões -------------5
 Igual ou superior a 750.000 milhões ---------6

Incompatibilidade absoluta ̶ as que impedem o exercício de funções de


membros de administração, gestão, direcção ou gerência em empresas ou
outras entidades salva a gestores liquidatários e liquidatários judiciais e
outros decorrentes de atribuição de leis.
INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS – CONT.

 Incompatibilidades relativas que impedem o exercício de funções em


empresas ou entidade que tenha cônjuge ou parentes em linha recta com
participação no capital social da mesma; que tenha cônjuges ou parentes na
linha recta ate 3º grau exercendo funções de membros de órgãos de
administração, gestão, direcção ou gerência; que nela presta serviços
remunerados que ponham em causa sua independência exercer funções
que não sejam enquadráveis na competência exclusivas e especificas salvo
em concordância das empresas ou entidades, e que tenham exercido nos
últimos 3 anos funções de membros dos seus órgãos de administração,
gestão, direcção ou gerência
RESPONSABILIDADES LEGAL

Obrigatoriedade moral, jurídico ou profissional de responder pelos seus


actos em relação ao cumprimento de certas regras, funções ou atribuições.

Para que os auditores não sejam envolvidos em tais responsabilidades


torna-se indispensável que consigam provar de forma inequívoca, que a
sua opinião sobre os DF. Foi expressa com base nas provas suficientes e
apropriadas conforme consta nas normas internacionais de auditoria.
RESPONSABILIDADE LEGAL - CONT.

N.B. LER A INDEPENDÊNCIA

Aceitação e continuação de relações profissionais com clientes

De acordo com ISQC 1, cada firma de auditores deve criar políticas e


procedimentos relativos a aceitação e manutenção de relações e trabalho
específico com clientes de modo a proporcionar segurança razoável.

No que se refere a integridade do cliente destaca-se:


RESPONSABILIDADE LEGAL - CONT.

 Identidade e reputação empresarial dos sócios e gestores


de clientes, gestores;
 Natureza das operações do cliente e práticas empresariais;
 Como estes interpretam as normas contabilísticas e o
ambiente de controlo interno;
 Se estes estão muito preocupados em manter os
honorários das F. auditores baixos;
 Indicações de limitações despropositadas ao ambiente de
trabalho;
 Indicações de envolvimento do cliente em lavagem de
dinheiro e outras actividades criminosas;
RESPONSABILIDADE LEGAL - CONT.

Ex: Facturas falsas de fornecedores, vendas não contabilizadas,


relação com entidades em “off – shores ” (entidades situados fora do
país dividas em mora ao Estado e outros estes públicos, pedido de
realização de auditorias em prazos excessivamente curto…)
Só pode se aceitar um novo cliente depois de saber se os honorários
integralmente pagos (seg. código de ética e deontologia
profissional).
AS RESPONSABILIDADES DOS ORGÃOS DE GESTÃO E
DOS AUDITORES

Os órgãos de gestão é responsável pela:


 Concepção, implementação e manutenção do controlo, preparação e
apresentação das DF`s isenta de distorções materiais (por erro ou fraude);
 Seleccionar e aplicar políticas contabilistas apropriadas;
 Fazer estimativas contabilísticas razoáveis nas circunstâncias.

O auditor é responsável por:


 Formar e expressar uma opinião sobre as DF`s.
O CONTROLO DE QUALIDADE DAS AUDITORIAS

De acordo com o IFAC na citada ISQC1 em vigor desde 15/06/2006 refere


que as firmas de auditores têm a obrigação de estabelecer segurança
razoável de que ela e seu pessoal cumpram com as normas profissionais e
os requisitos reguladores e legais e que os relatórios emitidos pela firma ou
pelos sócios responsável pelo trabalho são apropriados nas circunstâncias.
O CONTROLO DE QUALIDADE DAS AUDITORIAS -
CONT.

 O ISA 220 - controlo de qualidade para as auditorias de informação


financeira histórica, em vigor desde 15/06/2005 refere que o sócio
responsável pela auditoria deve ter a responsabilidade da qualidade global
em cada auditoria para a qual tenha sido designado.
 O mesmo sócio tem a responsabilidade de direcção, supervisão execução de
auditoria e como também pelo relatório a emitir, deve chegar a conclusão de
que foram cumpridos os requisitos de independência, garantir que os
auditores tem competência, capacidade e tempo apropriado para executar o
trabalho de acordo com as normas profissionais e requisitos reguladores e
legais para garantir que o relatório seja apropriado.
O CONTROLO DE QUALIDADE DAS AUDITORIAS -
CONT.

 Refere ainda que antes de emitir o relatório, deve ser feita uma revisão dos
documentos de auditoria, de modo a ter-se certeza de que foi obtido prova
de auditoria apropriada e suficiente para suportar as conclusões atingidas e
o relatório a ser emitido.
OS HONORÁRIOS DOS AUDITORES

Risco inerente - a própria conta apresentar erros materialmente.

Risco de controlo - OSCI não prevenir e detectar erros materialmente


relevantes.

Risco de detecção - o risco do auditor não detectar erros materialmente


relevante e dar o seu parecer de forma inapropriada.
OS HONORÁRIOS DOS AUDITORES - CONT.

Tecnicamente os honorários estimados são calculados com base no número total de horas
previstas para realização das auditorias e nas taxas horárias aplicadas aos técnicos
envolvidos e nas respectivas qualificações e experiencias profissionais destes como
também das tarifas auxiliadas pelo pessoal da empresa auditada apesar de ser
supervisionada e controlada pelos auditores.

Para estimar as horas precisa-se saber como esta organizada a empresa, como e a sua
dimensão e os problemas mais significativos.

Antes de 01/01/2005, o Decreto-lei nº 487/99 de 16 de Novembro determinava:

Os honorários do ano n calculados com base em uma fórmula aplicada ao valor de


incidência a qual correspondia a soma do total do balanço com proveitos e ganhos
relativos ao ano n-1.
OS HONORÁRIOS DOS AUDITORES - CONT.

Valor incidência (ano N-1) Honorários a aplicar ( ano N )

128.140 Euros 1.000 euros

1.093.948 Euros 2.516 euros

8.432.793 Euros 6.916 euros

9.296.010 Euros 12.010 euros

756.268.001 Euros 17.613 euros


OS HONORÁRIOS DOS AUDITORES – CONT.

A OROC recomendou a seus membros a 27 / 01 / 2005 que os honorários


dos auditores tenham como referencia esta formula, sendo que não deve
ser inferior a este “ preceito “, tendo em conta também o critério de
razoabilidade que entendam, em especial, a natureza extensão e
profundidade do trabalho, ao tempo a despender e aos preços praticados no
mercado e representemos o justo valor dos serviços profissionais a prestar.
PLANEAMENTO DE AUDITORIA

Segundo a ISA 300 (planeamento de uma auditoria de DF`s ) – planear


uma auditoria envolve estabelecer estratégia global para a auditoria e criar
um plano que minimize o risco de auditoria a nível baixo aceitável.

Permite que seja dado real atenção a áreas importante da auditoria, são
identificadas e solucionadas tempestivamente, garante que a auditoria
esteja organizada e seja feita de forma eficaz e eficiente.
PLANEAMENTO DE AUDITORIA - CONT.

Dois aspectos são destacados:


 Natureza, extensão e tempestividade das actividades e dos
procedimentos das auditorias a realizar;
 Direcção, supervisão e revisão do trabalho de auditoria.
PLANEAMENTO DE AUDITORIA - CONT.

 Em termos de tempestividade geralmente é dividido os procedimentos de


auditoria em duas fases: Os que se realizam na fase preliminar e os que se
realizam na fase final. Fase preliminar e aquele em que ainda não estão
disponíveis os balancetes referentes a data de referência das DF`s a serem
auditadas e fase final quando já estão disponíveis os balancetes.
CONHECIMENTO DA ENTIDADE E O SEU MEIO
ENVOLVENTE
De acordo com a ISA 315 o auditor deve conhecer a entidade e o seu meio
envolvente, o seu controlo interno para identificar e determinar o risco de
distorção matérias das DF`s através de fraudes ou erros para poder utilizar
procedimentos de auditoria adicionais.

O conhecimento e compreensão do negócio permite que os auditores


determinem o risco e identifiquem problemas, planeiem e realizem
auditorias de forma eficaz e eficiente tendo em conta a natureza,
tempestividade e extensão dos procedimentos de auditoria, como também
permite que se avaliem as provas de auditoria de modo a proporcionar um
melhor serviço ao cliente.
Sistema de informação

O ISA 315 refere que o sistema de informação inclui o sistema


contabilístico, que permite o auditor verificar todos os procedimentos e
registos estabelecidos, quer seja em sistema manual ou por via de
tecnologias de informação para se iniciarem registarem processarem e
relatarem as transacções da entidade e para manterem a responsabilidade
sobre os activos, passivos e capital próprio relacionados.
Sistema de controlo interno

O controlo interno e um processo concebido e posto em vigor pelos


responsáveis pela gestão, governação e outro pessoal para proporcionar
segurança razoável que permita atingirem os objectivos da entidade
relativamente a credibilidade das DF`s, eficácia e eficiência das operações
e cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis. Visa atingir riscos de
negócios identificados que ameaçam a realização de tais objectivos
Procedimentos analíticos iniciais

 De acordo com a ISA 520 (procedimentos analíticos) – significa avaliação

de informação financeira através de estudos entre dados financeiros não

financeiros, ou ainda investigações de flutuações identificais e de

revelações que sejam inconscientes com outra informação relevante ou

que se afastem de quantias que tinham sido previstas. Tais procedimentos

podem ser feitos tanto no início, durante e no final da auditoria.


Procedimentos analíticos iniciais – Cont.

Os procedimentos analíticos incluem a comparação da informação financeira

da entidade com:
 Informação comparável de período anteriores ( real ano n versus real ano

n-1 ).
 Os resultados previstos pela entidade (orçamentos ou previsões e
estimativas de amortizações) { n versus n-1 }. A comparação de rácios
como (prazo médio de recebimento e de pagamento, rotação das
existências, etc.) com a média do sector ou com outras entidades de
dimensão comparável no mesmo sector de actividade.
 Percentagem da margem bruta
Procedimentos analíticos iniciais - Cont

 Entre informação financeira e informação não financeira relevante como a

relação entre o total da folha de ordenado com o número de trabalhadores.

Materialidade e risco

 A materialidade depende da dimensão da omissão ou erro julgado nas

circunstâncias particulares da sua omissão ou distorção.


Procedimentos analíticos iniciais - Cont

 O auditor deve estabelecer o valor da materialidade.

A materialidade pode ser entendida em termos quantitativos (quando associado

a distorção ao balanço e as DR) ex: activos e réditos sobre avaliados e ou

passivos e gastos subavaliados; e qualitativo (quando reflecte-se no anexo ao

balanço e as DR por via de divulgações que devem desenvolver, comentar,

completar as quantias constantes por ex: deficiente utilização das políticas

contabilísticas, dos honorários dos auditores e das remunerações globais de cada

um dos membros dos órgãos sociais.

1% Sobre o total do activo

1% Sobre o total das receitas

5% Sobre o património líquido


Determinação do risco de auditoria

O risco de auditoria é uma função do risco de distorção material ou seja o risco

de as DF`s estejam materialmente distorcidas antes da auditoria e o risco do

auditor não detectar tal distorção (risco de detecção).

Risco inerente - é a susceptibilidade de uma asserção para uma distorção, que

possa ser material, individualmente ou quando agregada com outras distorções

assumindo que não haviam controlos internos relacionados.

Risco de controlo - é o risco que uma distorção, que possa ocorrer numa asserção

e que possa ser material, individualmente ou quando agregado com outras

distorções não seja evitada ou detectada e corrigida tempestivamente ou pelo

controlo interno da entidade.


Utilização de trabalho de outros auditores e peritos

Segundo o ISA 600 “ o auditor principal ” significa auditor que


tem a responsabilidade de expressar uma opinião sobre as DF`s de
uma empresa quando estas incluem informação financeira de um ou
mais componentes auditados por outro auditor.
Por seu lado, “ outro auditor ” significa auditor, que não auditor
principal que tem a responsabilidade de expressar uma opinião
sobre as DF`s de um componente que esta incluído nas DF`s
auditadas pelo auditor principal.
A expressão “outros auditores ” incluem firmas de auditores
afiliados, firmas correspondentes ou membros de redes, associações
ou alianças (nacionais ou internacionais) de auditores sem qualquer
relação entre si.

Você também pode gostar