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QUESTõES FCC DE DIREITO TRIBUTáRIO ICMS/GO 2018

AULA 01

Conceito e classificação dos tributos.


Por meio de um site próprio, sem a intermediação de instituições ou donos de
cursos preparatórios, o professor George Firmino conseguiu reduzir bastante o
preço dos cursos, chegando a um valor justo e acessível aos concurseiros,
mantendo a qualidade tão conhecida do seu material.
Todos os cursos disponibilizados são fruto do esforço e da dedicação individual do
professor para oferecer aos concurseiros um material de extrema qualidade.
Valorize o trabalho do professor e contribua para a continuidade do site, tão
importante na sua preparação e de tantos outros concurseiros que ainda irão
ingressar nessa jornada. A pirataria inviabiliza a continuidade dos cursos.
Não adquira ou baixe os cursos fora do site oficial do professor!
Caso tenha visto este material disponibilizado em outros canais, DENUNCIE!

Além dos cursos, disponibilizo no site e-books e materiais gratuitos de Direito


Tributário e Legislação Tributária. Confira aqui!

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Direito Tributário Descomplicado Legislação Tributária Federal Direito Tributário ESAF


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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

AULA 01 – Aula Demonstrativa

Conceito e Classificação dos tributos.

SUMÁRIO Página
Apresentação do professor 02
Informações sobre o curso 04
1. Conteúdo e cronograma das aulas 04
2. Metodologia utilizada 05
3. Legislação aplicável 06
4. Suporte 06
Questões propostas 07
Gabarito 30
Questões comentadas 31
RESUMO ESQUEMATIZADO 105

Olá, amigo(a) concurseiro(a)!

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso curso de questões comentadas FCC de


Direito Tributário, voltado para o concurso de Auditor Fiscal da SEFAZ/GO, o
tão esperado concurso do ICMS/GO, como é conhecido.

A movimentação para o concurso está muito grande, principalmente após a


definição da FCC como banca examinadora. Espera-se o edital para este mês
(JUNHO/2018), com estimativa de 24 vagas e uma delas tem que ser sua!!!

O cargo apresenta inúmeros atrativos e, por isso, os candidatos irão


apresentar um nível altíssimo de preparação na briga por uma vaga. Por esta
razão, estudar para este concurso não pode se limitar ao material teórico. O
nível de preparação dos candidatos não permite mais que você seja aprovado
em um certame como este apenas livrando a nota de corte. É necessário fazer
a diferença naquelas matérias-chave.
Mas para fazer essa diferença é fundamental conhecer bem a banca
examinadora. As bancas possuem formas distintas de cobrar a matéria.
Algumas se limitam ao conteúdo da lei, outras vão além e exigem que o
candidato conheça as decisões dos tribunais superiores em relação a
determinado tema (jurisprudência do STF e STJ).
Por esta razão, o nosso objetivo aqui é conhecer a forma como a Fundação
Carlos Chagas, a famosa FCC, costuma exigir a matéria de Direito Tributário.

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E não há maneira melhor de conhecê-la do que pela resolução de questões


de concursos anteriores.
Resolveremos aqui 515 questões com foco total na FCC, de tal forma que
você chegará à prova com bastante segurança.
Anote o que estou dizendo: as questões da prova certamente serão vistas
nesse curso. Quem fizer todas as questões aqui e acompanhar os
comentários e todos os seus detalhes, estará na briga para gabaritar Direito
Tributário.

Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso,


gostaria de fazer uma breve apresentação pessoal.

Sou Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, onde atuei inicialmente como
parecerista em processos tributários, bem como na orientação aos
contribuintes em questões que envolviam a interpretação da legislação
tributária, mais precisamente referentes ao imposto de renda pessoa física e
jurídica (IRPF e IRPJ). Após um período como parecerista, passei a exercer
minhas atividades na malha fiscal e na fiscalização do imposto de renda
pessoa física. Atualmente, exerço minhas funções no julgamento de
processos do Simples Nacional.
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, passei por uma verdadeira
jornada como concurseiro. Nesse intervalo, obtive aprovação nos seguintes
certames:
 Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil 2009, classificado na 68ª
posição e obtendo a 5ª maior nota nacional na prova discursiva;
 Agente Fiscal de Rendas da SEFAZ/SP (ICMS/SP) 2009;
 Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (ATRFB) 2009;
 Auditor Fiscal de Ipojuca/PE 2009;
 Auditor Fiscal de Abreu e Lima/PE 2008 (1º lugar);
 Gestor da Secretaria de Administração/PE 2009;
 Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda 2009.

Minha experiência como professor iniciou em 2012 no Estratégia


Concursos, onde permaneci até 2014, saindo para dedicar-me aos projetos
pessoais. Desde então, conto com centenas de alunos aprovados em todo o

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Brasil, em concursos de alto nível como os da Receita Federal e dos fiscos


estaduais e municipais.

Sou autor dos seguintes livros:

Direito Tributário Descomplicado Legislação Tributária Federal Direito Tributário ESAF

Finalmente, em um espaço próprio foi possível atender uma demanda antiga


dos concurseiros. Agora, sem o intermédio de cursinhos preparatórios,
disponibilizando os cursos diretamente aos alunos, consegui reduzir o valor
dos cursos, chegando a um preço mais acessível, mas sem perder em nada
na qualidade do material.

Irei me dedicar na busca incansável para disponibilizar o melhor material de


Direito Tributário, tanto na qualidade do curso como no suporte aos alunos.

Essa é o diferencial que quero trazer para a sua preparação. Espero, assim,
dividir com você a experiência de quem já foi concurseiro e enfrentou
diversas provas.

Feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso.

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1. Conteúdo e cronograma das aulas


Nosso curso será dividido em 10 aulas, incluindo esta aula demonstrativa, de
acordo com o cronograma abaixo:

AULA 01
Conceito e classificação dos tributos.
52 questões FCC

AULA 02 prevista para 10/06/2018

Competência Tributária. Limitações constitucionais ao poder de tributar.


82 questões FCC

AULA 03 prevista para 15/06/2018

Tributos de competência da União. Impostos de competência dos Estados. Impostos


de competência dos Municípios. Repartição das receitas tributárias. Simples
Nacional.

86 questões FCC

AULA 04 prevista para 20/06/2018

Legislação tributária: vigência, aplicação, interpretação e integração.


43 questões FCC

AULA 05 prevista para 25/06/2018

Obrigação tributária. Fato gerador da obrigação tributária. Domicílio tributário.


29 questões FCC

AULA 06 prevista para 30/06/2018

Sujeição ativa e passiva. Responsabilidade tributária.


61 questões FCC

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AULA 01

AULA 07 prevista para 05/07/2018

Crédito tributário. Constituição do crédito tributário.


26 questões FCC

AULA 08 prevista para 10/07/2018

Suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Extinção do crédito tributário.


Exclusão do crédito tributário.
62 questões FCC

AULA 09 prevista para 15/07/2018

Garantias e privilégios do crédito tributário. Administração tributária.


37 questões FCC

AULA 10 prevista para 25/07/2018

SIMULADO FINAL - 35 questões da FCC - 2016.

2. Metodologia utilizada

Conforme exposto, abordaremos cada tópico do conteúdo programático,


analisando detalhadamente e comparando como a FCC costuma cobrar em
suas provas.

No entanto, a prova não virá separada por assuntos, não é mesmo?


No dia decisivo, você deverá estar afiado em todos eles. Por isso, separei as
questões mais recentes da FCC para uma bateria final de testes, onde
avaliaremos nosso conhecimento da matéria, de forma consolidada, com o
que há de mais recente no estilo FCC.
Nesse sentido, a última aula do nosso curso será composta de um
SIMULADO, contendo 35 questões da FCC, aplicadas em 2016, abrangendo
todo o conteúdo programático, para que você possa aperfeiçoar sua
preparação.
As questões foram ordenadas ao longo das aulas da forma mais didática
possível, o que nos permite o estudo de modo sequenciado. Você perceberá
que nas questões que introduzem determinado assunto, os comentários
serão mais prolongados, a fim de abordar da maneira mais completa o
tema. Isso ajuda aqueles que costumam estudar a matéria através de

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questões, mas também permite uma revisão completa para aqueles que
utilizam as questões para firmar o conhecimento.
Sugiro que durante o nosso curso você adote a seguinte metodologia: as
questões serão apresentadas em sequência, sem gabarito ou comentários,
por isso, recomendo que você imprima a lista com as questões e as resolva,
procedendo, posteriormente, à correção e revisão através dos comentários.

3. Legislação aplicável

Como base do nosso estudo, utilizaremos frequentemente a Constituição


Federal e o Código Tributário Nacional (CTN – Lei nº 5.172, de 25 de outubro
de 1966). Por isso, é recomendado que você os tenha sempre que for
acompanhar as aulas, de preferência impressos (ou em PDF), pois podem ser
feitas anotações e destaques para consultas posteriores.

Você pode acessá-los e imprimi-los nos seguintes links:

Constituição Federal de 1988


www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Código Tributário Nacional


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm

4. Suporte

Por fim, informo que nosso estudo não se limita à apresentação das aulas ao
longo do curso. É mais do que natural que você tenha dúvidas, mas elas não
podem permanecer até o dia da prova, não é mesmo?
Então, estarei sempre à disposição para responder aos seus
questionamentos através do fórum de cada aula.
Todos têm dúvidas! Errar é comum quando se está tentando aprender. O que
não pode acontecer é você guardar sua dúvida ao invés de expor a sua
dificuldade.
Conte comigo!
Nada será mais gratificante para mim do que receber uma mensagem
trazendo a notícia da sua aprovação. Vamos juntos até lá!

Assim, analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao que
interessa!!!

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QUESTÕES PROPOSTAS

Questão 01 – Juiz Substituto – TJ/PE – 2015


A respeito do Poder de Tributar do Estado, é correto afirmar:
a) A Constituição Federal de 1988 possui um título específico dedicado a
regular o “Sistema Tributário Nacional”, que pela extensão e intensidade com
que trata a relação tributária pode ser considerado como exaustivo em tal
propósito.
b) A tributação tem por papel determinar qual proporção dos recursos da
sociedade ficará sob o controle do governo para ser gasta de acordo com
algum procedimento de decisão coletiva, e qual proporção será deixada, na
qualidade de propriedade pessoal, sob o arbítrio de particulares.
c) Coaduna-se com o texto da Constituição Federal de 1988 a concepção de
que a função tributária do Estado limita-se à captação de receitas para fazer
frente aos gastos públicos, sejam estes relativos à garantia de direitos ou à
manutenção da máquina pública.
d) Coaduna-se com o texto da Constituição Federal de 1988 a concepção de
que o Direito Tributário é o ramo do Direito que trata das regras e princípios
que limitam o poder tributário estatal, contrapondo o interesse arrecadatório
do Estado aos interesses da sociedade.
e) Coaduna-se com o texto da Constituição Federal de 1988 a ideia de que a
arrecadação de receitas é a finalidade última do Direito Tributário, devendo
ser este o parâmetro a ser utilizado pelo legislador ou pelo intérprete para
verificar a concordância de determinada norma tributária com o postulado
da proporcionalidade.

Questão 02 – Inspetor Fiscal – Pref. São Paulo – 98


O Direito Tributário tem por objeto do seu conhecimento o capítulo:
a) das receitas derivadas
b) das receitas originárias
c) Dos empréstimos públicos
d) Da previsão orçamentária
e) Dos créditos públicos

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Questão 03 – Auditor Fiscal do Tesouro Municipal – Pref. São Paulo – 2007


Para que uma prestação pecuniária compulsória possa ser conceituada como
tributo, é preciso que, além de ser cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada, tenha como objeto
a) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
b) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
d) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária.

Questão 04 – Procurador do Estado – PGE/SE – 2005


Sobre o conceito de tributo construído a partir da definição do Código
Tributário Nacional, é correto afirmar que o tributo
a) pode constituir sanção de ato ilícito.
b) está submetido à reserva legal.
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer
natureza.
d) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária.
e) é toda prestação pecuniária facultativa.

Questão 05 – Procurador – Pref. Recife – 2003


Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3º do Código Tributário
Nacional, é correto afirmar que o tributo
a) pode constituir sanção de ilícito.
b) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária.
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer
natureza.

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d) está submetido à reserva legal.


e) é toda prestação pecuniária facultativa.

Questão 06 – Subprocurador – TCE/SE – 2002


Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3º do Código Tributário
Nacional, é correto afirmar que o
a) fato jurídico legalmente definido, com conteúdo econômico, para a
exigência de tributo, pode ser qualificado como sanção de ato ilícito.
b) tributo deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária.
c) tributo pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer
natureza.
d) tributo está submetido à reserva legal.
e) tributo é toda prestação pecuniária facultativa.

Questão 07 – Auditor – TCE/AL – 2008


Sobre o conceito legal de tributo, descrito no art. 3º do Código Tributário
Nacional, é correto afirmar:
a) Pode ser considerado sanção por ato ilícito, como na hipótese de exigência
de imposto de importação em razão de crime de contrabando.
b) Na hipótese de lançamento por homologação, como é o caso do imposto
sobre propriedade territorial urbana, não é a autoridade administrativa
plenamente vinculada quem realiza o lançamento tributário.
c) Admite como forma de pagamento a entrega de coisa, como, por exemplo,
parte da produção de uma indústria para pagamento de imposto sobre
produto industrializado.
d) Via de regra é instituído mediante lei, mas a Constituição Federal prevê
exceções.
e) É prestação pecuniária voluntária prestada pelo contribuinte, nas
hipóteses de tributos com lançamento por homologação.

Questão 08 – Procurador – Pref. Teresina – 2010


A partir do conceito legal de tributo, é possível afirmar que a multa NÃO é
espécie de tributo porque o tributo

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a) tem que ser instituído mediante lei, ao passo que a multa não se reveste
desta obrigatoriedade.
b) é cobrado mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a multa
pode ser aplicada de forma discricionária pelo poder público.
c) não é sanção por ato ilícito e a multa é sanção pecuniária por prática de ato
ilícito.
d) é prestação pecuniária compulsória, ao passo que a aplicação da multa não
é compulsória, dependendo de condenação administrativa.
e) pode ser objeto de compensação, anistia e remissão, ao contrário da multa,
que só pode ser objeto de anistia.

Questão 09 – Auditor Fiscal – SEFAZ/DF – 2001


As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões, porque:
a) não são passíveis de inscrição como dívida ativa.
b) obedecem ao princípio da legalidade.
c) constituem sanções por atos ilícitos.
d) observam o princípio da anterioridade.
e) são aplicadas pelos agentes da fiscalização.

Questão 10 – Procurador – Pref. Santos – 2002


Considere:
I. Tributos que resultam de uma imposição estatal visando à restrição ou ao
desenvolvimento de determinadas atividades ou setores específicos, de
acordo com determinada linha política de ação, a exemplo de uma tributação
maior sobre bens supérfluos e menor para bens necessários.
II. Tributos que decorrem da atribuição, pela lei, da capacidade de serem
sujeito ativo desses tributos - que arrecadam em benefício de suas próprias
finalidades - pessoas diversas da União, Estados e Municípios.
Esses tributos são conhecidos, respectivamente, como
a) contribuições e extrafiscais.
b) parafiscais e especiais.
c) extrafiscais e parafiscais.
d) especiais e extraordinários.
e) fiscais e empréstimos compulsórios.

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Questão 11 – Auditor de Contas Públicas – TCE/PB – 2006


São tributos vinculados:
a) a taxa, o imposto e a contribuição de melhoria.
b) a taxa e os impostos diretos.
c) os impostos diretos e os indiretos.
d) a contribuição de melhoria e os impostos indiretos.
e) a taxa e a contribuição de melhoria.

Questão 12 – Procurador – TCE/CE – 2006


São características comuns aos impostos, taxas e contribuições de melhoria:
a) todos têm competência comum.
b) todos são vinculados a uma prévia atividade estatal.
c) todos têm sempre relação com serviço público.
d) todos são compulsórios.
e) todos se submetem ao princípio da anterioridade nonagesimal, sem
exceção.

Questão 13 – Auditor Fiscal – SEFAZ/RO – 2010


Para se identificar a natureza jurídica específica de um tributo considera-se,
em regra,
a) a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes.
b) os efeitos dos atos jurídicos efetivamente ocorridos.
c) a denominação e demais características formais adotadas pela lei.
d) o fato gerador da respectiva obrigação tributária.
e) a destinação legal do produto de sua arrecadação.

Questão 14 – Procurador do Estado – PGE/SE – 2005


A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo
a) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características
formais adotadas pela lei

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b) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da


arrecadação
c) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação
d) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor arrecadado
e) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação

Questão 15 – Auditor de Contas Públicas – TCE/PB – 2006


À luz da Constituição Federal vigente, a destinação do produto da
arrecadação do tributo é:
a) irrelevante em qualquer hipótese
b) relevante, em se tratando de taxa de segurança pública
c) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório
d) relevante, em se tratando de imposto
e) irrelevante, em se tratando de contribuição confederativa

Questão 16 - Analista Processual – PGE/BA – 2013


Sobre as espécies de tributos, é correto afirmar:
a) É indispensável para definir a natureza jurídica específica de um tributo
verificar o destino do produto da arrecadação, mas é irrelevante a
denominação que se dá ao tributo.
b) As contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico, de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, para custeio do serviço
de iluminação pública e de melhoria estão definidas no Código Tributário
Nacional no que pertine aos fatos geradores, base de cálculo e contribuintes.
c) A taxa tem por fato gerador a prestação efetiva ou potencial de serviço
público específico e divisível, não se confundindo com a contribuição para o
custeio do serviço de iluminação pública nem quanto ao fato gerador, nem
quanto à classificação constitucional da competência.
d) A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é uma
espécie de contribuição melhoria, pois se presta a custear os serviços de
iluminação pública no que se refere às obras para implantação e manutenção
das redes de transmissão e energia elétrica.

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e) As taxas e os impostos podem ter natureza jurídica de contribuição, desde


que estejam vinculados a uma destinação específica e sejam instituídos no
campo da competência residual.

Questão 17 – Agente Legislativo (Direito) – SP – 2010


Existem inúmeras classificações para os tributos. Duas podem ser citadas
como muito usuais. A primeira considera o tributo como vinculado e não
vinculado. A outra considera o tributo quanto à destinação específica do
produto da arrecadação.
Recebe a classificação como não vinculado e sem destinação específica do
produto da arrecadação
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) o empréstimo compulsório.
e) as contribuições especiais.

Questão 18 – Analista de Regulação – CE – 2006


Segundo o Código Tributário Nacional, a taxa pode ter como fato gerador
a) a prestação de serviço público divisível ou indivisível, prestado
efetivamente ao contribuinte ou posto à sua disposição.
b) o exercício regular do poder de polícia, desde que específico e divisível,
prestado efetivamente ao contribuinte ou posto à sua disposição.
c) a realização de obra pública, como por exemplo, pavimentação asfáltica,
desde que gere valorização imobiliária ao proprietário do imóvel adjacente à
obra.
d) a prestação de serviço público indivisível, ainda que só colocado à
disposição do contribuinte.
e) a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Questão 19 - Procurador do Estado – PGE/PE – 2004 (adaptada)


I. Um Estado recém-criado pode instituir taxa destinada a custear a
implantação ou a melhoria do serviço estatal de segurança pública.

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II. Considerando a diretriz constitucional, é possível concluir que, para definir


corretamente a espécie tributária, é necessário não só analisar o fato
gerador, como também a base de cálculo de um determinado tributo.
III. É correto afirmar que os impostos são tributos não-vinculados, visto que
possuem como fato gerador uma situação que independe de atuação estatal
específica em benefício do contribuinte, razão pela qual não pode ser
considerada causa para o seu inadimplemento qualquer falha no serviço
público estatal.
IV. Desde que prevista em lei, pode ser cobrada taxa pela prestação do serviço
de coleta de lixo posto à disposição do contribuinte, ainda que ele resolva
levar o lixo diretamente ao aterro sanitário, por julgar que o valor cobrado é
muito elevado.
a) todos itens estão corretos
b) estão corretos apenas os itens I e III
c) estão corretos apenas os itens II e IV
d) estão corretos apenas os itens II e III
e) estão corretos os itens II, III e IV

Questão 20 – Analista de Controle Externo – TCE/GO – 2009


Os tributos classificam-se em vinculados e não-vinculados. É exemplo de
tributo vinculado, de forma direta, com finalidade de remunerar serviço
público:
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) a contribuição social.
e) o empréstimo compulsório.

Questão 21 - Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ/RJ - 2014


Com a aproximação das datas em que serão realizados os Jogos Olímpicos e
os Jogos da Copa do Mundo, na cidade do Rio de Janeiro, o governo
fluminense tomou a decisão de incrementar a fiscalização dos
estabelecimentos hoteleiros e congêneres do Estado, a fim de lhes imprimir
uma qualidade de nível internacional, mesmo quando se tratar de pequenos
estabelecimentos.

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Para realizar esse intento, seriam necessários aportes de recursos novos,


com o fito de custear essas atividades estatais. Em razão disso, um deputado
estadual propôs que se alterassem os valores das taxas de segurança
cobradas pelo Estado.
O referido deputado, depois de constatar que o valor das diárias de um hotel,
ou de um estabelecimento congênere, não mantinha relação direta com o
porte desse hotel, nem com a quantidade de quartos/apartamentos que ele
possui, nem com o capital social dessa empresa hoteleira, considerou
possível e viável promover uma alteração drástica no correspondente item
da tabela de valores das taxas estaduais.
Desse modo, com a finalidade de adequar a cobrança da taxa à capacidade
contributiva do contribuinte, o referido deputado decidiu apresentar projeto
de lei para alterar a maneira como essa taxa seria cobrada. De acordo com
seu projeto, o valor anual dessa taxa, em relação aos hotéis e congêneres,
passaria a ser calculado mediante a aplicação da alíquota de 0,1% sobre o
capital social da empresa hoteleira ou da empresa congênere.
No tocante especificamente aos motéis, visando, ainda, alcançar o objetivo
de adequar a cobrança da taxa à capacidade contributiva do contribuinte,
essa taxa passaria a ser calculada mediante a aplicação de uma alíquota de
10% sobre a mesma base de cálculo utilizada para cálculo do ISSQN devido
ao município de localização do estabelecimento contribuinte.
Com base nas informações apresentadas e no que dispõe o CTN a esse
respeito, considere:
I. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação aos hotéis
e congêneres, pois as taxas não podem ser calculadas em função do capital
das empresas.
II. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos hotéis e
congêneres, pois os tributos devem ser graduados com base na capacidade
econômica do contribuinte (capacidade contributiva).
III. A capacidade econômica do contribuinte (capacidade contributiva) é
relevante para a graduação do valor dos tributos a serem cobrados do sujeito
passivo.
IV. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação aos motéis,
pois as taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos, nem
idênticas às que correspondam à base de cálculo de impostos.
V. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos motéis, pois,
quando as taxas vierem a ter base de cálculo própria de impostos, os
impostos deverão deixar de ser cobrados, para que as taxas possam sê-lo.
Está correto o que se afirma APENAS em

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

a) IV e V.
b) I e II.
c) II e III.
d) III e V.
e) I e IV.

Questão 22 – Agente Legislativo (Direito) – SP – 2010


Segundo Geraldo Ataliba, "Não há possibilidade jurídica de confusão entre
taxa e preço. Nem há, como muitos supõem, liberdade do legislador em
converter uma na outra e vice-versa. Juridicamente, são coisas
reciprocamente repelentes e excludentes".
Partindo deste pressuposto, é traço distintivo entre taxa e preço público o
fato da taxa
a) remunerar obra pública e o preço remunerar serviço público prestado pelo
Poder Público sem exclusividade.
b) ser fixada contratualmente e o preço ser fixado por decreto.
c) ser receita originária de natureza tributária e o preço ser receita derivada
de natureza não tributária.
d) remunerar serviço público prestado pelo Poder Público e o preço
remunerar serviço público delegado a particular.
e) remunerar poder de polícia e o preço remunerar serviço público indivisível.

Questão 23 - Procurador – Pref. Recife – 2014


A Prefeitura do Recife, por meio de sua Secretaria de Finanças, resolveu
enviar proposta ao legislativo municipal para a instituição de novas taxas
aplicáveis aos munícipes recifenses.
É prescrição normativa constitucional que deve ser observada por esta
proposta legislativa:
a) Instituir em 2014 taxa para o custeio do serviço de iluminação pública que
possa ser cobrada ainda no primeiro semestre do mesmo ano, tendo em vista
as necessidades deste serviço nos bairros carentes do Recife.
b) Instituição de taxas cobradas pela valorização de imóveis decorrente de
obras públicas municipais, tomando-se o cuidado de não atribuir às taxas
instituí das bases de cálculo própria de imposto.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

c) Instituição de taxas pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos


específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte, desde que elas não tenham
base de cálculo própria de impostos.
d) Instituição de taxas pelo exercício potencial ou efetivo do poder de polícia
ou pela utilização de serviços públicos específicos e indivisíveis, prestados ao
contribuinte.
e) Sempre que possível, instituir taxas que tenham caráter pessoal e que
sejam graduadas segundo a capacidade econômica dos contribuintes.

Questão 24 – Juiz Substituto – TJ/AP – 2009


Será remunerada por taxa a prestação
a) efetiva ou compulsória do serviço de coleta de lixo domiciliar.
b) efetiva do serviço de calçamento de logradouros.
c) compulsória do serviço de iluminação pública.
d) compulsória do serviço de limpeza das vias e logradouros públicos.
e) efetiva de uso de bem público.

Questão 25 – Auditor Fiscal – SEFAZ/PI – 2015


O caput do art. 77 do Código Tributário Nacional estabelece que As taxas
cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no
âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Para fins de aplicação da norma acima transcrita,
I. consideram-se serviços públicos divisíveis, os que podem ser prestados em
parceria formada por duas ou mais pessoas jurídicas de direito público.
II. consideram-se serviços públicos efetivamente utilizados pelo contribuinte,
aqueles por ele usufruídos a qualquer título.
III. consideram-se serviços públicos específicos, os que constam
expressamente de contratos firmados entre a pessoa jurídica de direito
público e o contribuinte utente do serviço.
IV. consideram-se serviços públicos potencialmente utilizados pelo
contribuinte, aqueles prestados por pessoa jurídica de direito público diversa
da que instituiu a taxa.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

V. considera-se regular o exercício do poder de polícia, quando


desempenhado pelo órgão competente, nos limites da lei aplicável, com
observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e V.
b) IV e V.
c) I, II e V.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

Questão 26 - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/PE – 2014


O Município de Caruaru-PE, mediante a edição da Lei no 5.658/2014, instituiu
a cobrança de TLP − Taxa de Limpeza Pública, que tem como fato gerador os
serviços de conservação e limpeza de logradouros públicos pelo referido
município.
Na situação hipotética, a cobrança desse tributo é
a) ilegítima, pois a competência para estabelecer cobrança de taxa sobre
serviços de conservação e limpeza de logradouros públicos é do Estado.
b) ilegítima, pois o fato gerador corresponde a serviço público universal e
indivisível, que não possibilita a individualização dos respectivos usuários.
c) legítima, pois visa a custear a prestação de serviços públicos específicos e
divisíveis, ostentando o caráter retributivo inerente às taxas.
d) legítima, pois o fato gerador corresponde a serviço público universal e
indivisível, prescindindo da individualização dos respectivos usuários.
e) ilegítima, pois o fato gerador, próprio de imposto, deve ser custeado pelas
receitas decorrentes de sua exigência.

Questão 27 – Procurador – SP – 2008


Determinado Município institui taxa de piscina cujo aspecto material da
hipótese de incidência é ter piscina em imóvel localizado dentro do Município.
A base de cálculo desta taxa é a dimensão em metros quadrados da piscina
e a alíquota é de R$ 1,00 por metro quadrado de piscina. O contribuinte é o
proprietário do imóvel que possui piscina. Esta taxa

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

a) será devida, por se tratar de uma taxa de polícia, decorrente da fiscalização


que o Poder Público tem que realizar na construção de piscinas.
b) será devida, por se tratar de uma taxa de serviço, decorrente da prestação
efetiva do serviço de água tratada fornecida para manter a piscina.
c) não será devida, por não ser admitida taxa com alíquota em espécie.
d) não será devida, porque não decorre de exercício regular de poder de
polícia ou de prestação de serviço público, sendo fato gerador de imposto.
e) não será devida, porque a competência para instituição desta taxa é da
União e não do Município.

Questão 28 – Julgador Tributário – SEFAZ/PE – 2015


Sobre a constitucionalidade das taxas, é correto afirmar:
a) É constitucional a taxa cobrada em face do fornecimento de iluminação
pública, pois consubstancia atividade estatal apta a ser remunerada por meio
dessa espécie tributária.
b) É inconstitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos
provenientes de imóveis, uma vez que realizados em benefício da população
em geral e de forma indivisível.
c) É constitucional a instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa
de carnês/guias de recolhimento de tributos, visto que consubstancia
atuação estatal específica e divisível.
d) É constitucional a exigência de taxa de prevenção de incêndio, cuja base de
cálculo é cobrada em função do valor venal do imóvel, pois mensura
indiretamente a quantidade de trabalho ou atividade que o poder público se
vê obrigado a desempenhar.
e) É constitucional a taxa de renovação da licença de funcionamento e
localização municipal, desde que efetivo o exercício do poder de polícia,
demonstrado pela existência de órgão e estrutura competentes para o
respectivo exercício.

Questão 29 – Analista Judiciário – TRF 2ª – 2007


No que diz respeito às taxas é certo que,
a) é facultativa e também leva em conta a realização de obra ou serviço
público, de que decorra valorização imobiliária.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

b) seu fato gerador poderá ser uma situação independente de qualquer


atividade estatal específica.
c) podem, em certos casos, ter base de cálculos idêntica a dos impostos, e ser
calculadas em função do capital das empresas.
d) tem como fato gerador, além de outros elementos, o exercício regular do
Poder de Polícia.
e) sua hipótese de incidência não é vinculada, salvo quando criada no caso de
investimento público urgente e de relevante interesse estatal.

Questão 30 – Defensor Público – SP – 2006


Considere as afirmações:
I. O tributo encontra fundamento de validade na competência tributária da
pessoa política, não havendo necessidade, para que ele seja instituído e
cobrado, de que o Poder Público desenvolva, em relação ao contribuinte,
qualquer atividade específica.
II. A Constituição Federal estabelece que, nos serviços públicos específicos e
divisíveis, a cobrança da taxa deve ser baseada na utilização, efetiva ou
potencial dos serviços pelo contribuinte.
III. A Constituição Federal traz expressa no seu texto a previsão de
contribuição, que por certo tem natureza tributária, obedece ao regime
jurídico tributário e possui uma única modalidade que é a contribuição social.
SOMENTE está correto o que se afirma em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II.
e) III.

Questão 31 - Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ/SP – 2013


Com respeito à disciplina legal das taxas, é
a) inconstitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que
não haja integral identidade entre uma base e outra.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

b) inconstitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços


públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos
provenientes de imóveis.
c) constitucional a cobrança da taxa decorrente do poder de polícia em que
haja a manutenção, pelo sujeito ativo, de órgão de controle em
funcionamento, ficando restrita a cobrança aos contribuintes cujos
estabelecimentos foram efetivamente visitados pela fiscalização.
d) constitucional a cobrança de taxa de fiscalização ambiental sobre o mesmo
fato gerador pela União e por Estado, pois ambos têm competência para
exercer a fiscalização desta atividade, haja vista se tratar de competência
comum, exercida concomitantemente por todos entes políticos.
e) inconstitucional a taxa cobrada em razão da prevenção de incêndios,
porquanto instituída como contraprestação a serviço não divisível.

Questão 32 – Analista de Regulação – CE – 2006


Taxa e preço público são institutos distintos. A taxa
a) é um tributo decorrente de atividade prestada de forma direta pelo Poder
Público; enquanto o preço público ou tarifa remunera o concessionário de
serviço público.
b) é classificada como receita originária; enquanto o preço público como
receita derivada.
c) a taxa e o preço público podem ser cobrados por pessoas jurídicas de
direito privado mesmo quando estas não sejam delegadas de serviço público.
d) remunera exercício de serviço outorgado a particular; enquanto o preço
público decorre de exercício de atividade prestada exclusivamente pelo
Poder Público.
e) não depende de lei para ser instituída ou majorada, ao contrário do preço
público, que se submete ao princípio da legalidade.

Questão 33 – Agente Fiscal de Rendas – SP – 2006


Em relação às taxas, o nosso ordenamento jurídico, expressamente, dispõe:
a) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos.
b) A União, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir taxa para o
custeio do serviço de iluminação pública.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

c) Os créditos tributários relativos a impostos incidentes sobre a propriedade


e a taxas pela prestação de serviços referentes a tal propriedade sub-rogam-
se na pessoa dos respectivos adquirentes.
d) As taxas têm como fato gerador a utilização efetiva ou potencial do poder
de polícia ou o exercício regular do serviço público específico e indivisível.
e) Ao se referir à imunidade recíproca, a Constituição Federal veda à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir taxas e impostos
uns dos outros.

Questão 34 – Juiz Substituto – TJ/PE – 2011


A importância paga pelos usuários de nossas rodovias a título de pedágio
qualifica-se como
a) preço público.
b) tributo.
c) taxa de serviço público.
d) contribuição de melhoria.
e) preço compulsório.

Questão 35 – Juiz Substituto – TJ/AP – 2011


O tributo que tem por fato gerador o exercício regular do poder de polícia,
como, por exemplo, a fiscalização dos serviços notariais e registrais, é
denominado
a) imposto.
b) taxa.
c) contribuição de melhoria.
d) emolumento.
e) contribuição de interesse de categoria profissional ou econômica.

Questão 36 – Procurador – Pref. Recife – 2008


NÃO se inclui entre as características do tributo contribuição de melhoria:
a) ter competência comum para instituição.
b) ser vinculada a uma atividade estatal.
c) ter por fato gerador a obra pública de que decorre valorização imobiliária.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

d) ser instituída para fazer frente à obra pública a ser iniciada após sua
arrecadação.
e) ter por base de cálculo o quantum da valorização dos imóveis adjacentes à
obra.

Questão 37 – Auditor – TCE/AL – 2007


Um dos atributos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é
o fato de que as taxas
a) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria remuneram
serviços públicos específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à
disposição do usuário.
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
c) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e
divisíveis.
d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que somente
postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições
de melhoria é facultativo.
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida a valorização imobiliária em decorrência da
realização de obras públicas.

Questão 38 - Juiz Substituto - TJ/GO – 2012


Analise os itens a seguir:
I. Pavimentação asfáltica é fato gerador de taxa de serviço específico e
divisível; deve ter valor fixo para todos os beneficiários da obra.
II. Serviço de coleta de lixo domiciliar é fato gerador de taxa de serviço
específico e indivisível; deve ter valor fixo para todos os beneficiários do
serviço, desde que haja efetiva fruição.
III. A concessão de alvará de construção pode ser remunerada por taxa de
polícia, pois se trata de exercício regular do poder de polícia.
IV. O imposto pode ter por fato gerador serviços públicos indivisíveis, assim
como o serviço de iluminação pública.
V. A destinação do produto da arrecadação é irrelevante para definir a
natureza jurídica do tributo como imposto.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

É correto o que se afirma APENAS em


a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e V.
e) IV e V.

Questão 39 – Auditor Fiscal – SEFAZ/PI – 2015


Com base nas normas da Constituição Federal e do Código Tributário
Nacional, a contribuição de melhoria
a) pode ser cobrada da União, em relação a terreno baldio de sua
propriedade, por Município que tenha realizado obra pública da qual tenha
resultado valorização do referido imóvel.
b) é uma espécie de contribuição pertencente ao gênero das contribuições
sociais.
c) pode ser cobrada em razão de obra realizada em imóvel pertencente ao
próprio ente tributante, no qual funciona repartição pública, e da qual tenha
resultado valorização do imóvel.
d) só pode ser cobrada pela União, a quem cabe instituir contribuições de
todas as espécies.
e) tem como limite total a despesa orçada para a obra pública a ser realizada.

Questão 40 – Procurador do Estado – PGE/SE – 2005


Um dos elementos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é
o fato de que as taxas
a) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e
divisíveis.
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
c) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente
valorização imobiliária.

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AULA 01

d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas postos
à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de
melhoria é facultativo.
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida apenas a valorização imobiliária.

Questão 41 - Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ/RJ – 2014


O Estado do Rio de Janeiro decidiu realizar obras públicas para conter as
enchentes que assolavam um determinado município hipotético de seu
território. Essas obras consistiam em elevar as margens do rio que banhava
esse município e incluíam, em decorrência disso, a abertura de vias públicas
largas e modernas, recuperação da região degradada e, inclusive, a realização
de obras de paisagismo.
As obras públicas a serem realizadas foram orçadas em R$ 250.000,00, valor
esse a ser integralmente financiado por contribuição de melhoria.
Estudos efetuados demonstraram que a zona a ser beneficiada pelas obras
abrangeria cinco imóveis da região, sendo que a valorização média esperada
desses imóveis seria de 20%.
Com base nisso, o Estado promoveu o lançamento da contribuição de
melhoria, cobrando, de cada um dos cinco imóveis localizados na região
beneficiada, contribuição de melhoria equivalente a 20% do valor do imóvel,
resultando na seguinte situação:
Contribuição de Melhoria Valorização efetiva,
Imóvel Valia (R$)
Cobrada (R$) constatada em razão da obra

I 100.000,00 20.000,00 não teve valorização alguma

II 200.000,00 40.000,00 passou a valer 225.000,00

III 300.000,00 60.000,00 passou a valer 345.000,00

IV 400.000,00 80.000,00 passou a valer 480.000,00

V 500.000,00 100.000,00 passou a valer 625.000,00

Considerando as informações acima, é correto afirmar:


a) Considerando que a valorização do imóvel V (R$ 125.000,00) é equivalente
a 46,29% da soma total das valorizações individuais de cada imóvel (R$
270.000,00), o Estado poderá aplicar esse índice de 46,29%, sobre o valor do
imóvel antes da sua valorização, para fins de cálculo do valor da contribuição
de melhoria por ele devida.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

b) Todos os cinco imóveis deveriam pagar contribuição de melhoria, pois as


obras realizadas trouxeram vários tipos de benefícios à região, como, por
exemplo, o fim das enchentes e o embelezamento da área.
c) O Estado poderá cobrar contribuição de melhoria de todos os imóveis que
se valorizaram em decorrência da obra em questão, tendo como único valor
máximo limite, para essa cobrança, o montante equivalente à valorização que
cada imóvel sofreu em decorrência das obras realizadas.
d) Embora os imóveis valorizados em decorrência da obra em questão
tenham tido uma valorização média de 20%, o Estado poderá cobrar, de
todos eles, linearmente, contribuição de melhoria calculada com base na
aplicação do percentual de 18% sobre o valor do imóvel antes da realização
da obra.
e) Se o fator individual de valorização do imóvel II, apurado com base na
legislação própria, fosse igual a 0,074 (ou 7,4%), a contribuição de melhoria
relativa a esse imóvel poderia ser determinada e, posteriormente, lançada e
cobrada, mediante o rateio do custo total da obra por esse fator individual de
valorização.

Questão 42 – Auditor Fiscal do Tesouro Municipal – Pref. São Paulo – 2012


A realização de obras públicas, que transformaram uma região
anteriormente pantanosa em um belo e aprazível parque, ocasionou a
valorização da maior parte dos imóveis localizados em suas proximidades, da
seguinte maneira:
− o imóvel "A", que valia R$ 4.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício de valorização de 200%, passando a valer R$
12.000.000,00.
− o imóvel "B", que valia R$ 3.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício da valorização de 100%, passando a valer R$
6.000.000,00.
− o imóvel "C", que valia R$ 2.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício da valorização de 50%, passando a valer R$
3.000.000,00.
− o imóvel "D" não teve valorização alguma em decorrência das obras
realizadas.
Obs.: Todos os quatro imóveis têm a mesma área de terreno e o que
determinou a diferença nos fatores de absorção do benefício da valorização
foram elementos alheios à dimensão do terreno.

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AULA 01

O custo total da obra foi orçado em R$ 6.000.000,00 e a referida contribuição


deverá custeá-la integralmente.
Com base nessas informações e considerando que o município em questão
editou lei ordinária estabelecendo a cobrança de contribuição de melhoria
para fazer face ao custo dessa obra, é correto afirmar que
a) a municipalidade poderá exigir do proprietário do imóvel "C" contribuição
de melhoria no valor de R$ 500.000,00, mesmo que seu imóvel tenha sido
valorizado em R$ 1.000.000,00, desde que o limite total da exigência referente
ao custo da obra não ultrapasse R$ 6.000.000,00.
b) os proprietários dos imóveis "A", "B", "C" e "D" deverão pagar contribuição
de melhoria, pois estão na zona beneficiada.
c) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C" deverão pagar contribuição de
melhoria, desde que a fixação das bases de cálculo e dos fatos geradores
respectivos sejam estabelecidos por lei complementar.
d) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C", que tiveram seus imóveis
efetivamente valorizados com a obra, deverão ratear integralmente o valor
de custo da obra, com base na área do terreno de cada um deles, cabendo a
cada um o valor de R$ 2.000.000,00.
e) a municipalidade poderá exigir, cumulativamente, de todos os quatro
proprietários, contribuição de melhoria em valor igual ao da valorização de
seus respectivos imóveis, cabendo ao imóvel "A" pagar R$ 8.000.000,00, ao
imóvel "B" pagar R$ 3.000.000,00, ao imóvel "C" pagar R$ 1.000.000,00 e não
cabendo nada a "D", perfazendo um total de R$ 12.000.000,00.

Questão 43 – Auditor – TCE/SP – 2008


Os empréstimos compulsórios
a) são tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal.
b) podem ser criados por lei complementar com a finalidade de enxugamento
da moeda em circulação na economia, desde que sejam restituídos no prazo
de dois anos.
c) são instituídos por Decreto, para atender a despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência.
d) podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido
publicada a lei que os houver instituído em casos de despesas
extraordinárias, decorrentes de calamidade pública ou guerra externa.
e) são tributos instituídos pela União, por meio de lei ordinária, observando-
se o princípio da anterioridade.

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AULA 01

Questão 44 – Auditor de Tributos Estaduais – SEFAZ/RO – 2010


Sobre as características das espécies de tributos, é correto afirmar que
a) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma
atividade estatal.
b) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra
pública.
c) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma prévia
atividade estatal, qual seja, obra pública.
d) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode
ser instituído por medida provisória em caso de investimento urgente.
e) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de
competência exclusiva dos Estados e Distrito Federal.

Questão 45 – Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ/SP – 2009


Os Empréstimos Compulsórios
a) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não
sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade.
b) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter urgente
e de relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse caso, a
observância ao princípio da anterioridade.
c) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, observando-se a competência material de cada um desses
entes políticos.
d) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as causas
de sua criação.
e) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua
instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo
Compulsório desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição.

Questão 46 – Juiz Federal – TRF/5ª – 2001


As contribuições sociais, em nosso sistema tributário,
a) não têm natureza tributária.
b) somente podem ser instituídas pela União.

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AULA 01

c) podem ser instituídas pelos Estados e Municípios, para custeio do sistema


de previdência de seus servidores.
d) previdenciárias aumentadas num exercício, só podem ser cobradas no
primeiro dia do exercício seguinte.
e) não precisam observar os princípios da legalidade e da anterioridade.

Questão 47 – Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ/SP – 2006


Sobre as contribuições relacionadas na Constituição Federal, é correto
afirmar que
a) as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não
incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
b) os recursos arrecadados com a contribuição de intervenção no domínio
econômico serão destinados, exclusivamente, para ações e serviços públicos
de saúde e para a manutenção e desenvolvimento do ensino.
c) a União tem competência privativa para instituir contribuição
previdenciária dos servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores
titulares de cargos efetivos da União.
d) às contribuições sociais aplicam-se os princípios constitucionais da
anterioridade (ano-calendário) e da anterioridade nonagesimal (noventena),
cumulativamente.
e) todas as contribuições relacionadas na Constituição Federal são
denominadas "contribuições parafiscais", porque ocorre o fenômeno
denominado "parafiscalidade".

Questão 48 – Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ/SP – 2009


A respeito das contribuições sobre o domínio econômico, é correto afirmar
que
a) a sua hipótese de incidência é vinculada à atuação estatal, devendo atingir
o particular de modo específico e divisível.
b) incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
c) incidirão sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços.
d) deve ser instituída por lei complementar, em razão de sua natureza
excepcional.
e) a lei que a institui deverá indicar prazos e condições em que os valores
serão restituídos.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Questão 49 – Procurador – Pref. Salvador – 2006


Na forma das respectivas leis, poderão instituir contribuição para o custeio
do serviço de iluminação pública:
a) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observado o
disposto no artigo 150, I e III, da Constituição Federal.
b) a União e os Estados, observado o disposto no artigo 150, III, "b" e "c", da
Constituição Federal.
c) os Estados e o Distrito Federal, observado o disposto no artigo 150, I e III,
da Constituição Federal.
d) o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, I e
III, da Constituição Federal.
e) a União e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, III, "b", da
Constituição Federal.

Questão 50 – Procurador – TCE/PR – 2005


A Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública, recém introduzida em
nosso sistema tributário,
a) tem natureza extrafiscal.
b) é uma contribuição sui generis que pode ser instituída pelos Municípios ou
Distrito Federal.
c) é uma contribuição que somente pode ser instituída pelos Municípios.
d) é uma contribuição que pode ser instituída por quaisquer dos entes
políticos.
e) equipara-se às taxas.

Questão 51 – Procurador – PGE/MA – 2003


Em nosso sistema tributário, as contribuições interventivas no domínio
econômico
a) podem ser instituídas pela União, Estados ou Municípios.
b) poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados.
c) poderão incidir sobre operações que destinem petróleo ao exterior.
d) não observam o princípio da legalidade.
e) não observam o princípio da anterioridade.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Questão 52 – Procurador – Pref. Recife – 2003


A respeito das obrigações abaixo, é correto afirmar que
a) a contribuição de melhoria pode ser validamente instituída no caso de obra
pública de relevante interesse local, podendo, inclusive, ser cobrada antes
mesmo da realização da referida obra.
b) as tarifas estão submetidas ao regime jurídico tributário.
c) as taxas são tributos não vinculados, pois tem como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua
disposição.
d) o fato gerador dos impostos deve estar vinculado a uma atividade estatal
específica.
e) os Municípios podem instituir contribuição para o custeio do serviço de
iluminação.

GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
B A C B D D D C C C E D D E C
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C A E E B E D C A B A D E D D
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
D A C A B D E D A C E A D C A
46 47 48 49 50 51 52
C A C D B B E

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

QUESTÕES COMENTADAS

ESTÕES
Questão 01 – Juiz Substituto – TJ/PE - 2015
A respeito do Poder de Tributar do Estado, é correto afirmar:
a) A Constituição Federal de 1988 possui um título específico dedicado a
regular o “Sistema Tributário Nacional”, que pela extensão e intensidade com
que trata a relação tributária pode ser considerado como exaustivo em tal
propósito.
b) A tributação tem por papel determinar qual proporção dos recursos da
sociedade ficará sob o controle do governo para ser gasta de acordo com
algum procedimento de decisão coletiva, e qual proporção será deixada, na
qualidade de propriedade pessoal, sob o arbítrio de particulares.
c) Coaduna-se com o texto da Constituição Federal de 1988 a concepção de
que a função tributária do Estado limita-se à captação de receitas para fazer
frente aos gastos públicos, sejam estes relativos à garantia de direitos ou à
manutenção da máquina pública.
d) Coaduna-se com o texto da Constituição Federal de 1988 a concepção de
que o Direito Tributário é o ramo do Direito que trata das regras e princípios
que limitam o poder tributário estatal, contrapondo o interesse arrecadatório
do Estado aos interesses da sociedade.
e) Coaduna-se com o texto da Constituição Federal de 1988 a ideia de que a
arrecadação de receitas é a finalidade última do Direito Tributário, devendo
ser este o parâmetro a ser utilizado pelo legislador ou pelo intérprete para
verificar a concordância de determinada norma tributária com o postulado
da proporcionalidade.

Comentários
Alternativa A – Errada. Embora a Constituição tenha um título bastante
extenso denominado Sistema Tributário Nacional, não esgota toda a
disciplina em matéria tributária. Podemos perceber em vários dispositivos o
direcionamento à disciplina dos dispositivos constitucionais por meio de lei
complementar, por exemplo.
Alternativa B – Correta. O principal (mas não o único) objetivo da tributação
é carrear recursos aos cofres públicos para o atendimento do fim comum.
Alternativa C – Errada. Os tributos não têm apenas a função de arrecadar,
sendo muitas vezes usado com fins extrafiscais.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Alternativa D – Errada. Muito embora tenhamos regras e princípios no


Direito Tributário que visam à limitação dos poderes do Estado em relação
aos administrados, não é este o objeto de estudo deste ramo do Direito. Na
realidade, na grande maioria dos dispositivos temos imposições direcionadas
aos contribuintes e não restrições ao poder de tributar.
Alternativa E – Errada. De forma simples e direta, o Direito Tributário tem
por objeto as relações jurídicas entre o Fisco e os contribuintes. Não se trata
de objetivar a arrecadação, isso é feito pela tributação propriamente dita,
mas não pelo Direito em si.
Gabarito: B

Questão 02 – Inspetor Fiscal – Pref. São Paulo – 98


O Direito Tributário tem por objeto do seu conhecimento o capítulo:
a) das receitas derivadas
b) das receitas originárias
c) dos empréstimos públicos
d) da previsão orçamentária
e) dos créditos públicos

Comentários
Para responder a esta questão, vamos relembrar algo que aprendemos no
estudo do Direito Administrativo: os regimes jurídicos da Administração
Pública.
O Estado existe para o atendimento do interesse público (interesse primário).
No entanto, como garantir o atingimento desse objetivo quando os interesses
particulares divergem do interesse público?
É justamente para conferir à Administração a garantia de atuar em prol do
interesse coletivo que o ordenamento jurídico lhe atribui uma série de
prerrogativas (privilégios). Trata-se do regime jurídico-administrativo, regido
pelas normas de Direito Público, onde o Estado ocupa posição de
superioridade em relação ao particular.

Imagine a seguinte situação hipotética: em determinado município,


um bairro da periferia apresenta grande demanda da população
em relação a serviços de saúde. Suponha que exista um terreno
pertencente à prefeitura municipal numa das vias principais desse

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

bairro e de fácil acesso para todos os moradores. A localização é


ideal para a construção de um posto de saúde. A área, porém, não
é suficiente para a construção do posto, havendo necessidade de
aquisição de uma casa que fica ao lado do terreno, para que seja
possível o atendimento da demanda da comunidade. Os
moradores dessa residência têm o direito à propriedade, mas em
decorrência do princípio da supremacia do interesse público
sobre o privado, o Estado reveste-se de poderes que tornam
possível o atendimento do fim comum, qual seja: a construção do
posto de saúde. Para isso, pode desapropriar esse imóvel, a fim de
promover a construção e atender ao interesse de toda a
coletividade.

Por outro lado, o Estado também pratica atos em que não se reveste de tais
poderes, pois não atua em nome do interesse público primário, mas no
interesse da própria Administração Pública (interesses secundários).
Seria o caso em que a prefeitura municipal pretenda alugar um imóvel para
o funcionamento de um de seus órgãos. Nesse caso, o órgão público não atua
em posição de superioridade em relação ao proprietário do imóvel. Assim,
não poderia obrigá-lo a alugar seu bem, caso não fosse do seu interesse.
Trata-se, portanto, de um ato regulado preponderantemente pelas normas
de Direito Privado, caracterizado pela isonomia entre as partes. Nessa
situação, o Estado, despe-se da sua condição de superioridade e atua como
se particular fosse.
Dos atos praticados pelo Estado, seja agindo em posição de superioridade
(poder de império), seja como se particular fosse, podem resultar o ingresso
de receitas nos cofres públicos. Agindo para a consecução dos seus interesses
primários, o Estado obtém receitas por meio de coerção dos particulares.
Seria o caso da aplicação de uma multa de trânsito, por exemplo. Agindo em
condições de igualdade, o Estado pode receber rendimentos de uma
aplicação financeira, da mesma forma que as demais pessoas. Partindo desse
ponto, surgiu a classificação das receitas públicas em receitas originárias e
receitas derivadas.
As receitas originárias têm origem nas relações regidas
preponderantemente pelo Direito Privado, nas quais o Estado não se reveste
do poder de império e age em condições de igualdade com o particular,
obtendo valores por meio da exploração do seu próprio patrimônio. É o caso
do aluguel de um prédio público. Nesse caso, o Estado não pode obrigar
ninguém a optar pelo seu imóvel. O particular o faz por vontade própria, por
meio de contrato firmado em condições de igualdade entre as partes. Da
concretização desse ato resulta uma receita de aluguel para o Estado,

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AULA 01

classificada como receita originária. Da mesma forma, seria classificada uma


receita financeira.
Já as receitas derivadas, como o próprio nome diz, derivam do poder de
império do Estado, ou seja, das relações de Direito Público, onde a
Administração atua em posição de superioridade, buscando o atendimento
do interesse coletivo. É o caso dos tributos que, como veremos logo mais,
resultam de uma imposição, não havendo qualquer opção dos contribuintes.
Trata-se de obrigação, necessária para que o Estado possa arrecadar e fazer
face às demandas populares e à manutenção da máquina estatal. Outro
exemplo de receita derivada seria uma multa aplicada por infração à
legislação, situação em que o infrator não pode se recusar ao pagamento.
Para guardar bem esses conceitos, vamos esquematizar:

• Relações de Direito Privado


• Exploração do próprio patrimônio
RECEITAS ORIGINÁRIAS
• Isonomia entre as partes
• Ex.: rendimento de aplicações

• Relações de Direito Público


• Exploração do patrimônio particular
RECEITAS DERIVADAS • Poder de imperío do Estado
• Desigualdade entre as partes
• Ex.: tributos

Dessa maneira, o objeto de estudo do Direito Tributário será aquela receita


na qual estão classificados os tributos. Logo, devemos marcar como resposta
as receitas derivadas.
Gabarito: A

Questão 03 – Auditor Fiscal do Tesouro Municipal – Pref. São Paulo – 2007


Para que uma prestação pecuniária compulsória possa ser conceituada como
tributo, é preciso que, além de ser cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada, tenha como objeto
a) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
b) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.

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AULA 01

c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
d) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária.

Comentários
A definição de tributo está expressa no Código Tributário Nacional. Daí,
verificamos que a definição de tributo é legal, ou seja, é expressa em lei.
Então vamos à nossa primeira consulta ao CTN.
Em seu art. 3º, o CTN assim define tributo:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada.

Observamos na definição legal de tributo um conjunto de termos que


precisam ser analisados individualmente para que possamos entender o seu
conceito.
Dessa forma, vamos separar as expressões e estudá-las de modo particular.
Então, assim ficará o nosso art. 3º do CTN:

Tributo é toda prestação:


pecuniária

compulsória

em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir

que não constitua sanção de ato ilícito

instituída em lei

cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada

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AULA 01

Prestação pecuniária
A expressão prestação pecuniária significa que o tributo é algo pago em
dinheiro.
Não seria razoável imaginar a situação em que o consumidor (contribuinte de
fato do ICMS), ao realizar suas compras no supermercado tivesse parte das
suas mercadorias retidas para pagar o imposto. Se tal hipótese fosse possível,
no momento do pagamento o operador do caixa, ao registrar 1kg de
determinado produto, informaria ao cliente que 170 gramas ficariam retidos
para pagar o imposto.
Essa situação tornaria a tributação impraticável. Por isso, a própria definição
de tributo prevê sua quitação em dinheiro.
E, ainda que não tivéssemos acabado de ler essa disposição do CTN, não seria
difícil chegar a essa conclusão a respeito do caráter pecuniário do tributo. Já
que o Estado precisa arrecadar para abastecer os cofres públicos e, assim,
atingir o interesse da coletividade, é certo que precisa de recursos dotados
de liquidez, vale dizer, que estejam livres e disponíveis em caixa para fazer
face aos gastos públicos.
Conforme detalharemos mais à frente, o CTN prevê que o pagamento do
tributo pode ser efetuado em cheque. Isso não significa que o tributo deixa
de ser prestação pecuniária. Primeiro porque o cheque é uma ordem de
pagamento à vista, possuindo a mesma aceitação do pagamento em moeda.
Em segundo lugar, o próprio Código se apressa em definir que quando o
tributo for pago em cheque apenas será considerado extinto (quitado)
quando ocorrer a sua compensação.

Compulsória
A Constituição Federal determina em seu art. 5º, II, que ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Por conseguinte, verifica-se que o caráter compulsório do tributo decorre da
sua instituição em lei. Ou seja, a lei é capaz de inovar no ordenamento
jurídico, criando direitos e obrigações para os administrados. Sendo assim, a
compulsoriedade nada mais é do que a confirmação do vínculo obrigacional
a que o contribuinte se submete por força de lei.
Concluímos, com isso, que a imposição do tributo não resulta da vontade
do contribuinte, mas, como visto, do poder de império do Estado, que o
exerce por meio das leis.
A Administração Pública precisa arrecadar para custear suas despesas e, para
isso, institui os tributos, obrigando aqueles previstos em lei (os contribuintes)
ao pagamento.

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AULA 01

Ninguém é questionado se, por vontade própria, gostaria de pagar


o imposto de renda. O fisco municipal não envia correspondências
pedindo contribuições voluntárias para o IPTU. Logicamente que
não. O Estado não precisa pedir para ninguém contribuir, pois uma
vez instituído o tributo, que pela própria definição legal é uma
prestação compulsória e independente da vontade do contribuinte,
este tem o dever de pagar.

As obrigações em geral podem surgir de duas formas: por expressa


determinação legal ou por uma manifestação de vontade da pessoa.
Quando alguém é obrigado a fazer algo em virtude de lei temos a obrigação
ex lege, ou seja, que decorre diretamente da lei, independente da vontade.
É o caso dos tributos. Ninguém paga tributo porque quer, mas porque é
obrigado a contribuir para a consecução do bem comum.
Já na situação em que alguém se obriga por manifestação de vontade, a
obrigação não decorre de forma direta da lei, mas porque a pessoa aceitou a
obrigação. Seria o caso de um contrato de aluguel, por exemplo. É inegável
que quem assumiu a responsabilidade de pagar o aluguel tem a obrigação de
pagar. Essa obrigatoriedade, contudo, não decorre diretamente da lei, mas
diretamente do contrato. Ninguém é obrigado a firmar contrato de aluguel,
se o fez foi por força da própria vontade. Por isso, as obrigações contratuais
ou aquelas assumidas pela vontade do agente são chamadas de obrigações
ex voluntate.
Alguns autores, como Paulo de Barros Carvalho, entendem que todas as
obrigações decorrem de lei e que não deveria existir a classificação em duas
espécies. Na lição do referido autor, não há que se imaginar obrigações, no
direito brasileiro, que não sejam ex lege. Algumas obrigações requerem, de
fato, a presença do elemento “vontade” na configuração típica do
acontecimento, enquanto outras não.
Há que se ressaltar, porém, que em se tratando de provas para concursos,
não prevalece esse entendimento. As bancas têm seguido a doutrina
dominante, capitaneada por Hugo de Brito Machado, segundo o qual a
palavra compulsória está utilizada na definição legal de tributo para qualificar
a obrigação jurídica que nasce independentemente da vontade.
Continua o eminente doutrinador que a distinção essencial há de ser vista no
momento do nascimento da obrigação, e não no momento de seu

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AULA 01

adimplemento. Por isto é que se explica a clássica divisão das obrigações


jurídicas em legais, ou ex lege, e contratuais, ou decorrentes de vontade.
É certo que as prestações contratuais também são obrigatórias, mas a
obrigatoriedade, neste caso, nasce diretamente do contrato, e só
indiretamente deriva da lei. Na prestação tributária a obrigatoriedade nasce
diretamente da lei, sem que se interponha qualquer ato de vontade daquele
que assume a obrigação.

Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir


Não se pode deixar de verificar que há uma redundância nessa expressão do
Código Tributário Nacional. Acabamos de estudar que o tributo é prestação
pecuniária. Logo, não seria necessário destacar que é uma prestação em
moeda. Nota-se certo exagero do legislador nesse ponto.
Além disso, definir que tributo é prestação cujo valor pode ser expresso em
moeda já foi motivo de controvérsias. Afinal, hoje em dia quase todas as
coisas podem ter seu valor expresso em moeda.
Se pararmos para analisar, chegaremos à conclusão de que praticamente
todos os bens podem ser avaliados monetariamente. Até o trabalho é
avaliado em expressão monetária, basta lembramos que ele é quantificado
pelo salário, ou seja, expresso em moeda.
Analisar as situações sob esta ótica pode conduzir à conclusão equivocada de
que o tributo poderia ser pago em bens (in natura) ou em trabalho (in labor).
Contudo, não é desse modo que ocorre a tributação.

Imagine o seguinte exemplo de um médico que possui um


consultório próprio e nele trabalha, de segunda a sábado, das
08:00h às 18:00h, auferindo, obviamente, seus rendimentos. A
União, ao cobrar o imposto de renda desse médico, poderia exigir
que o pagamento ocorresse por meio da prestação de serviços em
instituições públicas de saúde, atendendo pacientes do Sistema
Único de Saúde (SUS) aos domingos?
Essa situação seria inviável por dois motivos. Em primeiro lugar,
apesar da grande necessidade de profissionais de saúde para
atender no SUS, o governo precisa de recursos financeiros para
cobrir seus gastos. De outro lado, o médico não poderia se sujeitar
a mais uma jornada, dessa vez aos domingos, seu único dia de folga,
para pagar seus tributos. A situação apresentada acabaria
configurando uma pena de trabalho forçado.

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Definitivamente, não foi esse o conceito trazido pelo CTN. Caso contrário,
deveríamos classificar a prestação do serviço militar obrigatório como tributo,
o que é inaceitável no nosso ordenamento.
A interpretação deste item aponta para a possibilidade de se adotar
indexadores para quantificar os tributos. Analisemos o que ocorreu em
nosso país há algum tempo e fixaremos o entendimento.
Do final da década de 80 até meados da década de 90, a inflação atingia níveis
altíssimos. Assim, C$500,00 um dia já não valiam a mesma coisa no dia
seguinte, a moeda perdia o valor rapidamente. Suponhamos agora um
tributo lançado em um determinado dia com vencimento para quinze dias. O
valor do tributo na data do pagamento seria irrisório em comparação com o
que era devido na data do lançamento. Com isso, o governo teria uma grande
perda na arrecadação, o que geraria um verdadeiro rombo nos cofres
públicos.
A fim de amenizar os efeitos dos altos índices inflacionários, foram criados
alguns indexadores. A UFIR, por exemplo, que foi criada pela Lei 8.383/91,
como medida de valor e parâmetro de atualização monetária de tributos e de
valores expressos em cruzeiros na legislação tributária federal, bem como os
relativos a multas e penalidades de qualquer natureza.
Com isso, o tributo era calculado em UFIR e o valor era pago convertendo o
valor para a moeda. Como a UFIR era atualizada diariamente ou
mensalmente, dependendo da época, o valor do tributo não sofria com o
impacto inflacionário.
Depreende-se daí o sentido da expressão “cujo valor nela se possa exprimir”,
a saber: a utilização de índices ou indexadores a fim de quantificar o
tributo, já que sua conversão em moeda é instantânea, sendo necessária uma
simples operação matemática.
Com o advento da Lei Complementar nº 104/2001, outra controvérsia foi
levantada. Esta lei acrescentou o inciso XI ao art. 156 do CTN, permitindo a
dação em pagamentos em bens imóveis como forma de extinção do crédito
tributário (veremos esse assunto em mais detalhes quando abordarmos o
tema crédito tributário).
A grande discussão girou em torno do conflito entre esta nova forma de
quitação do tributo, através de bens imóveis, e a previsão do art. 3º do CTN
de que o tributo é pago em moeda. Teria, então, a LC 104/2001 derrogado a
parte do art. 3º do CTN de que tributo é prestação em moeda?
A resposta é negativa. A segunda parte da expressão (“ou cujo valor nela se
possa exprimir”) permite o uso de algo que possa ter seu valor expresso em
moeda. Logicamente, como vimos, não se pode valer dessa previsão para

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quitar o tributo com a dação de bens ou serviços. Contudo, como existe a


previsão do próprio CTN, é válida a quitação do tributo por meio da dação em
bens imóveis.
Vale destacar que apenas o próprio CTN pode dispor sobre as formas de
extinção do crédito tributário (quitação do tributo) e que não houve, com o
surgimento dessa nova hipótese, a revogação de qualquer expressão do
art. 3º do Código.

Que não constitua sanção de ato ilícito


O tributo, como veremos mais adiante com a devida profundidade, surge com
a ocorrência de uma situação prevista em lei (fato gerador) e não por ter o
contribuinte cometido alguma infração. Tributo não é punição. Na
ocorrência de alguma infração à legislação, há diversas maneiras de o Estado
penalizar o infrator, tais como multas, perdimento de bens, entre outras.
Essa expressão do art. 3º é de fundamental importância para entendermos
que tributo e multa não se confundem. São dois institutos distintos.
As multas, inclusive as tributárias, surgem em virtude do descumprimento da
legislação, o que as caracteriza como sanção (punição) pelo ato ilícito
(descumprimento da lei). Ou seja, a multa é exatamente aquilo que o tributo
não pode ser: sanção por ato ilícito.
A fim de ilustrar a diferenciação entre tributo e multa, analisemos um trecho
de decisão do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 94.001/SP. Eis
o voto do relator, Ministro Moreira Alves:
“O art. 3º do CTN não admite que se tenha como tributo prestação
pecuniária compulsória que constitua sanção de ato ilícito. O que implica
dizer que não é permitido, em nosso sistema tributário, que se utilize de
um tributo com a finalidade extrafiscal de se penalizar a ilicitude. Tributo
não é multa, nem pode ser usado como se o fosse. Se o município quer
agravar a punição de quem constrói irregularmente, cometendo ilícito
administrativo, que crie ou agrave multas com essa finalidade. O que não
pode – por ser contrário ao art. 3º do CTN, e, consequentemente, por não
se incluir no poder de tributar que a Constituição Federal lhe confere – é
criar adicional de tributo para fazer as vezes de sanção pecuniária de ato
ilícito. ”

Instituída em lei
Esse item do conceito de tributo confirma seu caráter compulsório que
estudamos há pouco. Em outras palavras, para que seja compulsório, se faz
necessária a instituição mediante lei, visto que apenas a lei é veículo
normativo apto para inovar no ordenamento jurídico, criando direitos e

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obrigações para os administrados, vale dizer, é instrumento dotado de


abstração e generalidade.
É importante destacar que o termo “lei” aqui faz referência a ato normativo
com força de lei. Essa disciplina do CTN encontra guarida no art. 150, I, da
Constituição Federal, segundo o qual, sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
Por conseguinte, a instituição do tributo pode ocorrer mediante lei ordinária
ou lei complementar, a depender do tributo, ou, ainda, ato normativo com
força de lei, que é o caso das medidas provisórias, conforme disposição do
art. 62, da CF, caput e §2º:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-
las de imediato ao Congresso Nacional.
(...)
§2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos,
exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos
no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o
último dia daquele em que foi editada.

Sendo assim, é vedada a instituição de tributos por atos infralegais,


aqueles que se encontram hierarquicamente abaixo das leis, como é
caso dos decretos.
A FCC tem adotado em suas provas uma nomenclatura bastante interessante
para afirmar esse item do art. 3º do CTN. Tem sido comum nas provas desta
banca aparecer nas alternativas a expressão “o tributo está submetido à
reserva legal”.
E está perfeita essa colocação da FCC. Estar submetido à reserva legal
significa que, para ser instituído, o tributo precisa estar previsto em lei em
sentido estrito, ou seja, lei propriamente dita (ordinária ou complementar) ou
ato normativo com força de lei, capaz de inovar no ordenamento jurídico,
criando para os administrados direitos e obrigações.

Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada


Objeto de estudo do Direito Administrativo, os atos administrativos podem
ser classificados em vinculados ou discricionários, a depender da margem
que a lei confere ao servidor para decidir certos elementos.
Na lição de Celso Antônio Bandeira de Mello, temos que atos vinculados
seriam aqueles em que, por existir prévia e objetiva tipificação legal do único

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AULA 01

possível comportamento da administração em face de situação igualmente


prevista em termos de objetividade absoluta, a Administração ao expedi-los
não interfere com apreciação subjetiva alguma.
Para o renomado autor, atos discricionários seriam os que a administração
pratica com certa margem de liberdade de avaliação ou decisão segundo
critérios de conveniência e oportunidade formulados por ela mesma, ainda
que adstrita à lei regulamentadora da expedição deles.
A cobrança do tributo é vinculada, conforme determinação do CTN. Ou
seja, não resta qualquer margem de decisão para a autoridade que irá efetuar
o lançamento do tributo. Todos os aspectos do tributo (fato gerador, alíquota,
base de cálculo, contribuintes) são definidos na legislação e cabe à autoridade
que efetuará o lançamento fazer cumprir a lei.
Ademais, não pode o servidor, na atividade de cobrança do tributo, decidir
qual valor vai cobrar e de quem vai cobrar. Ele está estritamente vinculado à
determinação legal.
Analisadas as partes que compõem o conceito de tributo, vamos resumir de
forma gráfica:

• pecuniária
• compulsória
TRIBUTO É • em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir
PRESTAÇÃO • que não constitui sanção de ato ilícito
• instituída em lei
• cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada

Uma informação importante que podemos abstrair do esquema acima é que


para se inserir no espectro do tributo a prestação deve cumprir TODAS as
exigências do CTN em seu art. 3º.
Não fosse assim, muitas prestações poderiam, equivocadamente, ser
classificadas como tributo, atendendo apenas em parte às disposições do art.
3º do Código Tributário Nacional, o que não é suficiente.
Como exemplo, poderíamos tomar o serviço militar obrigatório, os trabalhos
nas eleições e o FGTS. Sobre os dois primeiros, conforme já estudamos, não
representam prestação pecuniária. Não há que se falar em natureza
tributária para prestações em serviços (in labor) ou em bens (in natura). Esse
aspecto já foi cobrado em prova.
A banca ESAF considerou correta a seguinte assertiva em uma de suas provas:
“A prestação de serviço militar é compulsória e não constitui sanção a ato

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ilícito, porém não tem a natureza de tributo porque não é prestação


pecuniária.”
Conforme destacamos, para ser considerada tributo a prestação deve se
enquadrar em todas as exigências previstas na definição do art. 3º do CTN.
Apesar do serviço militar obrigatório atender a alguns preceitos do
dispositivo, é eliminado do conceito de tributo, já que não se trata de
prestação pecuniária.
Quanto ao FGTS, para as empresas representa uma prestação pecuniária,
compulsória, instituída em lei, cobrada de forma vinculada e não constitui
sanção por ato ilícito. Deve-se considerar, então, o FGTS pago pelas empresas
uma espécie de tributo?
A resposta é negativa, mas já houve muita controvérsia sobre o tema. Apesar
de se enquadrar quase que perfeitamente no conceito de tributo previsto no
art. 3º do CTN, o FGTS é recolhido pelas empresas em favor dos seus
empregados. Os valores compõem um fundo, cuja destinação acaba sendo
individualizada em conta exclusiva para cada empregado.
Sendo assim, a prestação é excluída do conceito de tributo, eis que não
representa receita pública, mas depósito em conta vinculada do trabalhador.
O Supremo Tribunal Federal já havia firmado entendimento nesse sentido,
mesmo antes da atual Constituição, no âmbito do RE 100.249/SP. Para a Corte
Suprema, as contribuições para o FGTS não têm natureza tributária. O fundo,
originalmente concebido como substitutivo da estabilidade no emprego, tem
natureza social trabalhista e destina-se a constituir um pecúlio para o
trabalhador. O fato de as contribuições serem cobradas e sua aplicação ser
administrada pelo Estado não as transforma em receita pública.
Pacificando definitivamente o tema, o Superior Tribunal de Justiça editou em
2008 a Súmula nº 353:

Súmula 353 do STJ


As disposições do Código Tributário Nacional não se aplicam às contribuições
para o FGTS.

Por esta razão, apenas a alternativa C está correta, eis que as demais não
atendem a todos os requisitos previstos no art. 3º do CTN.
Gabarito: C

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Questão 04 – Procurador do Estado – PGE/SE – 2005


Sobre o conceito de tributo construído a partir da definição do Código
Tributário Nacional, é correto afirmar que o tributo
a) pode constituir sanção de ato ilícito.
b) está submetido à reserva legal.
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer
natureza.
d) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária.
e) é toda prestação pecuniária facultativa.

Comentários
Alternativa A – Errada. A obrigação tributária surge com a ocorrência do fato
gerador e não para punir o contribuinte. Essa é exatamente uma das
características do tributo: ele não é punição por ato ilícito.
Alternativa B – Correta. Na definição do CTN, o tributo é uma prestação
instituída em lei. É importante observar que lei, aqui, corresponde a ato
normativo com força de lei (lei ordinária, complementar ou medida provisória
em alguns casos). Não é possível em nosso ordenamento jurídico a exigência
de um tributo que não esteja previsto em lei, mas em um ato infralegal, como
um decreto, por exemplo.
Alternativa C – Errada. O tributo não pode ser pago em serviços, eis que
representa prestação paga em moeda ou, excepcionalmente, em algo que
nela possa ter seu valor expresso, desde que esteja previsto no CTN.
Atualmente, a única possibilidade é a dação em pagamento em bens imóveis.
Alternativa D – Errada. A cobrança do tributo é vinculada, conforme
determinação do CTN. Ou seja, não resta qualquer margem de decisão para
a autoridade que irá efetuar o lançamento do tributo. Todos os aspectos do
tributo (fato gerador, alíquota, base de cálculo, contribuintes) são definidos
na legislação e cabe à autoridade que efetuará o lançamento obedecer à lei.
Não pode o servidor, na atividade de cobrança do tributo, decidir qual o valor
vai cobrar e de quem vai cobrar. Ele está estritamente vinculado à
determinação legal.
Alternativa E – Errada. O CTN define tributo como prestação compulsória.
Ou seja, independente da vontade do contribuinte. Ninguém paga tributo
porque quer, mas pela imposição legal.
Gabarito: B

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Questão 05 – Procurador – Pref. Recife – 2003


Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3º do Código Tributário
Nacional, é correto afirmar que o tributo
a) pode constituir sanção de ilícito.
b) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária.
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer
natureza.
d) está submetido à reserva legal.
e) é toda prestação pecuniária facultativa.

Comentários
Podemos observar que a FCC costuma repetir questões. Daí a importância de
resolvê-las de forma exaustiva, de modo a ganhar pontos de maneira mais
rápida nas provas.
Valem aqui os mesmos comentários efetuados na questão anterior.
Alternativa A – Errada. Tributo não é punição por ato ilícito, dada a
vedação expressa no art. 3º do CTN.
Alternativa B – Errada. A cobrança do tributo é realizada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada, e não discricionária.
Alternativa C – Errada. O tributo não pode ser pago em serviços, eis que
representa prestação pecuniária, paga em moeda ou, excepcionalmente, em
algo que nela possa ter seu valor expresso e que esteja previsto no CTN.
Alternativa D – Correta. Afirmar que o tributo se submete à reserva legal
significa dizer que o tributo necessita de lei para ser instituído. Essa definição
se enquadra nos requisitos do art. 3º do CTN, que acabamos de estudar.
Alternativa E – Errada. O tributo é prestação obrigatória. Independe da
vontade do contribuinte. Logo, não é facultativa.
Gabarito: D

Questão 06 – Subprocurador – TCE/SE - 2002


Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3º do Código Tributário
Nacional, é correto afirmar que o
a) fato jurídico legalmente definido, com conteúdo econômico, para a
exigência de tributo, pode ser qualificado como sanção de ato ilícito.

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b) tributo deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente


discricionária.
c) tributo pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer
natureza.
d) tributo está submetido à reserva legal.
e) tributo é toda prestação pecuniária facultativa.

Comentários
Mais uma vez a FCC adota a mesma questão. Observe que foi aplicada em
2002, 2003 e 2005. De vez em quando aparecem questões que já foram
cobradas em outros concursos. Logo, o candidato que resolveu mais
questões sairá na frente.
A FCC utiliza muito essa expressão: “tributo está submetido à reserva
legal”. Guarde-a para a prova.
Na verdade, seria mais correto dizer que a instituição de tributos está sujeita
à reserva legal, eis que nem todos os aspectos relativos aos tributos
dependem de lei em sentido estrito, já que algumas disposições podem ser
veiculadas em ato infralegal. Como exemplo, temos o estabelecimento do
prazo para recolhimento do tributo, que pode ser definido via ato infralegal.
Gabarito: D

Questão 07 – Auditor – TCE/AL – 2008


Sobre o conceito legal de tributo, descrito no art. 3º do Código Tributário
Nacional, é correto afirmar:
a) Pode ser considerado sanção por ato ilícito, como na hipótese de exigência
de imposto de importação em razão de crime de contrabando.
b) Na hipótese de lançamento por homologação, como é o caso do imposto
sobre propriedade territorial urbana, não é a autoridade administrativa
plenamente vinculada quem realiza o lançamento tributário.
c) Admite como forma de pagamento a entrega de coisa, como, por exemplo,
parte da produção de uma indústria para pagamento de imposto sobre
produto industrializado.
d) Via de regra é instituído mediante lei, mas a Constituição Federal prevê
exceções.
e) É prestação pecuniária voluntária prestada pelo contribuinte, nas
hipóteses de tributos com lançamento por homologação.

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Comentários
Alternativa A – Errada. Tributo não é sanção por ato ilícito. Essa afirmação
decorre do próprio conceito definido no art. 3º do CTN.
Pode ocorrer a tributação mesmo quando o contribuinte praticar atividade
criminosa. A punição pela prática da infração virá na esfera correspondente
(penal). O fato gerador da obrigação tributária não é o mesmo fato da
conduta criminal.
Por exemplo, auferir rendimentos oriundos do contrabando não se confunde
com contrabandear. O contrabando é atividade criminosa, mas os
rendimentos obtidos com esta prática estão sujeitos à incidência do imposto
de renda, já que auferir renda não é atividade ilícita.
No exemplo dado na alternativa, não haverá incidência do imposto de
importação como forma de punir o criminoso, mas sim aplicada a pena de
perdimento das mercadorias, além da responsabilização pela prática do
crime na esfera penal. Tal entendimento tem sede legal e está previsto no art.
118 do CTN.
Alternativa B – Errada. Esse assunto será estudado mais à frente, quando
tratarmos do lançamento. A alternativa apresenta dois erros: primeiro que o
IPTU é tributo sujeito a lançamento de ofício e não por homologação; em
segundo lugar, nos termos do art. 142 do CTN, o lançamento é ato privativo
da autoridade administrativa.
Alternativa C – Errada. O art. 3º do CTN dispõe que o tributo é prestação em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. Ocorre que a grande maioria das
coisas pode ter seu valor expresso em moeda.
A interpretação deste item não aponta para a possibilidade de se pagar os
tributos com mercadorias ou serviços, mas a de adotar indexadores para
quantificá-los. Usamos exatamente este exemplo, no sentido de que seria
inviável pagar o ICMS com parte das mercadorias.
Alternativa D – Correta. Na verdade, apesar de considerada correta pela FCC,
esta alternativa comporta uma ressalva. Ela trata do princípio da legalidade,
que veremos mais adiante. Versa o princípio que os entes tributantes não
podem exigir ou majorar tributos sem lei que os estabeleça.
Todo e qualquer tributo requer a edição de lei para a sua instituição.
Excepcionalmente, podem ser instituídos por medida provisória.
Há que se observar que, apesar de ser ato expedido pelo Poder Executivo, a
medida provisória tem força de lei. Sendo assim, a instituição de tributos
requer a edição de ato com força de lei, vale dizer, capaz de inovar no
ordenamento jurídico.

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O motivo que levou a FCC a considerar correta, ao chamar a medida


provisória de exceção, foi justamente a participação do Poder Legislativo na
sua elaboração. Assim, considerou lei como ato elaborado pelo Legislativo.
Alternativa E – Errada. Independente da modalidade de lançamento a que
se sujeita o tributo, o CTN o define como prestação compulsória. A
modalidade de lançamento, seja ela qual for, não tem o condão de afastar as
exigências do art. 3º do CTN.
Gabarito: D

Questão 08 – Procurador – Pref. Teresina – 2010


A partir do conceito legal de tributo, é possível afirmar que a multa NÃO é
espécie de tributo porque o tributo
a) tem que ser instituído mediante lei, ao passo que a multa não se reveste
desta obrigatoriedade.
b) é cobrado mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a multa
pode ser aplicada de forma discricionária pelo poder público.
c) não é sanção por ato ilícito e a multa é sanção pecuniária por prática de ato
ilícito.
d) é prestação pecuniária compulsória, ao passo que a aplicação da multa não
é compulsória, dependendo de condenação administrativa.
e) pode ser objeto de compensação, anistia e remissão, ao contrário da multa,
que só pode ser objeto de anistia.

Comentários
O elemento diferenciador entre tributo e multa é a sanção por ato ilícito, nos
termos do art. 3º do CTN. A multa é exatamente aquilo o que o tributo está
proibido de ser: sanção por ato ilícito.
No entanto, os dois institutos se assemelham em outro aspecto previsto no
mesmo art. 3º do CTN: prestação pecuniária.
Alternativa A – Errada. A Constituição Federal determina que ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude lei. Nessa
linha, qualquer imposição deve ser veiculada mediante ato capaz de inovar
no ordenamento, vale dizer, capaz de criar direitos e obrigações. Dessa
forma, tanto tributo quanto multa exigem a edição de lei.

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Alternativa B – Errada. A cobrança, seja ela do tributo ou da multa,


representa atividade vinculada. Não pode a autoridade fiscal alterar o valor
devido com base nas normas legais por conveniência e oportunidade.
Alternativa C – Correta. Esse é o elemento diferenciador entre tributo e
multa: a sanção por ato ilícito. O tributo não pode ter essa característica. Por
outro lado, a multa surge exatamente para se revestir desse elemento.
Alternativa D – Errada. Ambos os institutos são prestação obrigatória. A
assertiva tenta levar o candidato ao erro pela noção de que geralmente se
recorre das multas, como por exemplo, as multas de trânsito, o que levaria a
uma decisão administrativa sobre a validade ou não da penalidade. Ocorre
que o tributo também pode ser questionado. Veremos mais adiante que há
situação em que o contribuinte pode apresentar impugnação, seja de tributo
ou de multa.
Alternativa E – Errada. Deixaremos para entrar nos detalhes desses
institutos (compensação, anistia e remissão) no momento oportuno. Neste
momento, cabe lembrar que o elemento que diferencia tributo e multa é a
sanção por ato ilícito.
Gabarito: C

Questão 09 – Auditor Fiscal – SEFAZ/DF – 2001


As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões, porque:
a) não são passíveis de inscrição como dívida ativa.
b) obedecem ao princípio da legalidade.
c) constituem sanções por atos ilícitos.
d) observam o princípio da anterioridade.
e) são aplicadas pelos agentes da fiscalização.

Comentários
Como acabamos de ver, tributo se diferencia da multa no que diz respeito à
sanção por ato ilícito, enquanto o tributo não pode apresentar essa
característica, a multa existe justamente por apresentá-la. No que diz respeito
ao aspecto pecuniário, tributo e multa constituem obrigação tributária
principal, eis que esta corresponde a pagamento.
Assim, temos o seguinte esquema:

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AULA 01

NÃO É SANÇÃO É SANÇÃO POR


POR ATO ILÍCITO ATO ILÍCITO

ELEMENTO DIFERENCIADOR
(art. 3º do CTN)

TRIBUTO MULTA

SEMELHANÇA
(art. 113, § 1º do CTN)

OBRIGAÇÃO
TRIBUTÁRIA PRINCIPAL

Gabarito: C

Questão 10 – Procurador – Pref. Santos – 2002


Considere:
I. Tributos que resultam de uma imposição estatal visando à restrição ou ao
desenvolvimento de determinadas atividades ou setores específicos, de
acordo com determinada linha política de ação, a exemplo de uma tributação
maior sobre bens supérfluos e menor para bens necessários.
II. Tributos que decorrem da atribuição, pela lei, da capacidade de serem
sujeito ativo desses tributos - que arrecadam em benefício de suas próprias
finalidades - pessoas diversas da União, Estados e Municípios.
Esses tributos são conhecidos, respectivamente, como
a) contribuições e extrafiscais.
b) parafiscais e especiais.
c) extrafiscais e parafiscais.
d) especiais e extraordinários.
e) fiscais e empréstimos compulsórios.

Comentários
Apesar de o CTN apresentar uma classificação para os impostos, a separação
dos tributos de maneira geral em função de alguns aspectos tem origem na
doutrina, tanto do próprio Direito Tributário como de outros ramos do
Direito, como o Direito Financeiro, por exemplo, que estuda, dentre outros
temas, as receitas públicas.

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AULA 01

Essa questão requer o conhecimento específico da classificação doutrinária


dos tributos em função do objetivo da sua instituição. Quanto a esse aspecto,
os tributos podem ser fiscais, extrafiscais ou parafiscais.
FISCAIS: os tributos são considerados fiscais quando seu principal objetivo é
arrecadar, ou seja, gerar renda para que o Estado possa abastecer os cofres
públicos a fim de cobrir seus gastos. Como exemplos podemos destacar o
ICMS e o Imposto de Renda.
EXTRAFISCAIS: podem ser classificados nesta categoria os tributos cuja
finalidade principal não é arrecadar, mas regular algum setor econômico ou
social, ou, ainda, estimular certo comportamento entre os consumidores. É o
caso do Imposto de Importação que, muitas vezes, serve para proteger a
indústria nacional.
Ressalto que o caráter fiscal ou extrafiscal de um determinado tributo define
sua finalidade principal, mas não caracteriza a sua plenitude. É o que ensina
Paulo de Barros Carvalho:
“Não existe, porém, entidade tributária que se possa dizer pura, no sentido
de realizar tão só a fiscalidade, ou, unicamente, a extrafiscalidade. Os dois
objetivos convivem harmônicos, na mesma figura impositiva, sendo lícito
apenas verificar que um predomina sobre o outro. ” (CARVALHO, Paulo de
Barros. Curso de Direito Tributário. 21ª edição. Saraiva, 2009, p.256)

PARAFISCAIS: ocorre a parafiscalidade quando o ente que detém a


competência para instituir determinado tributo delega a outra entidade a
capacidade para fiscalizar e cobrar, além de destinar a esta entidade os
recursos arrecadados para o desempenho das suas atividades institucionais.
É o caso dos órgãos de fiscalização dos conselhos de classe: CREA, CRC, CRM,
etc.
Podemos verificar que o item I se refere à extrafiscalidade. Já o item II, diz
respeito à parafiscalidade.
Gabarito: C

Questão 11 – Auditor de Contas Públicas – TCE/PB – 2006


São tributos vinculados:
a) a taxa, o imposto e a contribuição de melhoria.
b) a taxa e os impostos diretos.
c) os impostos diretos e os indiretos.
d) a contribuição de melhoria e os impostos indiretos.

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e) a taxa e a contribuição de melhoria.

Comentários
Acabamos de estudar a classificação dos tributos quanto ao objetivo. Há
diversas classificações doutrinárias para os tributos, levando em
consideração vários aspectos. Veremos cada uma na ocasião mais adequada.
Nesta questão, especificamente, foi cobrada uma classificação que leva em
consideração o fato gerador do tributo, mais precisamente a atuação estatal
na situação que dá origem ao surgimento do tributo. Assim, temos:
VINCULADOS: são os tributos em que o fato gerador ocorre em função de
alguma ação estatal relativa ao contribuinte. É o caso das taxas pela prestação
de algum serviço público, como taxa de coleta de lixo, por exemplo. Notamos
que, neste caso, há uma ação do Estado para fazer surgir o tributo, sendo,
portanto, classificado como vinculado.
Grande parcela da doutrina costuma chamar os tributos vinculados de
contraprestacionais, em virtude da contraprestação estatal que gera a sua
cobrança. Classificam-se nesta categoria as taxas e as contribuições de
melhoria.
Nos tributos vinculados, dada a atuação do Estado na situação que faz nascer
a obrigação tributária, podemos afirmar que seu fato gerador é um FATO DO
ESTADO, ou seja, o contribuinte demanda uma atuação estatal e, a partir
dela, tem-se a ocorrência do fato gerador do tributo.
NÃO VINCULADOS: são os tributos que surgem devido a alguma ação do
próprio contribuinte, independente de qualquer ação do Estado. É o caso dos
impostos.
Tomemos como exemplo o imposto de renda. Um trabalhador recebe o seu
salário já com o desconto do imposto retido na fonte. Mas o governo nada
fez em troca para que ele conseguisse obter aquela renda, foi fruto do seu
próprio trabalho. Da mesma forma, o Estado não contribui para que uma
empresa consiga vender suas mercadorias. Entretanto, a circulação de
mercadorias enseja o nascimento da obrigação de pagar o ICMS.
Nos tributos não vinculados, dada a ausência de qualquer ligação entre o fato
gerador e a atuação estatal, podemos afirmar que o fato gerador é um FATO
DO CONTRIBUINTE. Guardemos, portanto, esses conceitos:

TRIBUTOS VINCULADOS • FATO DO ESTADO

TRIBUTOS NÃO VINCULADOS • FATO DO CONTRIBUINTE

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AULA 01

Percebemos que os impostos, tributos não vinculados, são citados em quatro


alternativas.
Gabarito: E

Não podemos confundir a classificação dos tributos em vinculados


e não vinculados com a que define os tributos de arrecadação
vinculada e não vinculada.
A classificação dos tributos em vinculados e não vinculados leva em
consideração a influência ou não do Estado no fato que deu origem
à cobrança do tributo.
A outra classificação define o destino da receita arrecadada. Não se
trata mais de tributo, pois o destino da arrecadação é objeto do
Direito Financeiro e não Tributário.
A classificação quanto ao destino da receita estabelece os tributos
de arrecadação vinculada e arrecadação não-vinculada.
TRIBUTOS DE ARRECADAÇÃO VINCULADA: são aqueles cujos
recursos arrecadados têm uma destinação específica e não podem
ser utilizados livremente pelo ente tributante. Temos como
exemplo os empréstimos compulsórios.
TRIBUTOS DE ARRECADAÇÃO NÃO VINCULADA: são aqueles em
que o ente tributante é livre para aplicar os recursos arrecadados
da forma que melhor entender. É o caso dos impostos.

Questão 12 – Procurador – TCE/CE – 2006


São características comuns aos impostos, taxas e contribuições de melhoria:
a) todos têm competência comum.
b) todos são vinculados a uma prévia atividade estatal.
c) todos têm sempre relação com serviço público.
d) todos são compulsórios.
e) todos se submetem ao princípio da anterioridade nonagesimal, sem
exceção.

Comentários
Já vimos que, para ser considerada tributo, a prestação deve atender a todos
os requisitos previstos no art. 3º do CTN.

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Nessa linha, a própria Constituição Federal estabelece em seu art. 145:


Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir os seguintes tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados
ao contribuinte ou postos à sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Da mesma forma, o CTN, em seu art. 5º, estabelece que “os tributos são
impostos, taxas e contribuições de melhoria”. O Código adotou a classificação
tradicional, existente à época da sua edição.
Isso já é suficiente para respondermos a questão.
Sendo tributos, impostos, taxas e contribuição de melhoria têm em comum
as características traçadas no art. 3º do CTN. Assim, temos por correta a
alternativa D.
Porém, cabe aqui um estudo mais detalhado sobre o tema.
A definição no caput do art. 145 da CF/88 e o disposto no art. 5º do CTN levou
uma parcela da doutrina a aceitar que as espécies tributárias são apenas três:
impostos, taxas e contribuições de melhoria. É o que se costuma chamar de
teoria tripartite ou tripartida.
Contudo, há outra corrente que defende que as espécies tributárias não são
apenas três, mas cinco. Essa parcela da doutrina argumenta que, além das
três espécies citadas no art. 145, há a previsão para a instituição de duas
outras espécies: o empréstimo compulsório e as contribuições sociais,
definidos nos art. 148 e 149 da CF, respectivamente. Daí surge a teoria
pentapartida.
A segunda corrente tornou-se dominante em nosso ordenamento após
decisões do STF defendendo a pentapartição das espécies tributárias.
Vejamos o entendimento da Corte Suprema no julgamento do RE 146.733-
9/SP, no voto condutor do Min. Moreira Alves:
“De efeito, a par das três modalidades de tributos (os impostos, as taxas e
as contribuições de melhoria) a que se refere o art. 145 para declarar que
são competentes para instituí-los a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, os artigos 148 e 149 aludem a duas outras modalidades
tributárias, para cuja instituição só a União é competente: o empréstimo
compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas.”

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AULA 01

Assim, a segunda corrente ganhou força e tem sido a adotada atualmente,


sendo amplamente cobrada em provas de concurso público.
No entanto, também pode ser cobrada a teoria tripartite, situação em que,
geralmente, se exige apenas o conhecimento da teoria.
Podemos resumir as espécies tributárias por meio de esquemas, para ficar
mais claro. Primeiramente, vamos lembrar a divisão das espécies tributárias
segundo o Código Tributário Nacional:

DIVISÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS SEGUNDO O CTN

TRIPARTIÇÃO OU TEORIA TRIPARTIDA

IMPOSTOS

TAXAS

CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA

De outro lado, em consonância com a disciplina constitucional inaugurada


em 1988, temos:

DIVISÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS SEGUNDO A CF/88

PENTAPARTIÇÃO OU TEORIA PENTAPARTIDA

IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (sociais, de intervenção, corporativas)

Gabarito: D

Questão 13 – Auditor Fiscal – SEFAZ/RO – 2010


Para se identificar a natureza jurídica específica de um tributo considera-se,
em regra,
a) a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes.
b) os efeitos dos atos jurídicos efetivamente ocorridos.
c) a denominação e demais características formais adotadas pela lei.
d) o fato gerador da respectiva obrigação tributária.

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e) a destinação legal do produto de sua arrecadação.

Comentários
Acabamos de estudar que são cinco as espécies tributárias, de acordo com a
teoria pentapartida. Mas como identificar em que espécie se enquadra um
determinado tributo?
É verdade que a própria lei que institui o tributo já lhe dá um nome: imposto
sobre serviços de qualquer natureza, taxa de coleta de lixo, etc. Entretanto,
embora a lei dê um nome ao tributo, não podemos garantir que o que a lei
chamou de taxa, por exemplo, é realmente uma taxa. Isso porque o CTN
estabelece em seu art. 4º:
Art. 4º. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato
gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei.
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Observamos, portanto, que, embora a lei dê um nome de taxa a um tributo


que está sendo criado, é pelo fato gerador que o identificamos.
Fato gerador é o evento previsto na lei instituidora do tributo que, uma vez
ocorrendo no caso em concreto, gera para o contribuinte o dever de pagar.
Tomemos como exemplo uma lei que institui uma taxa de vigilância sanitária.
Na lei está previsto que o fato gerador é a fiscalização da equipe de vigilância
sanitária, após o requerimento do contribuinte, solicitando uma vistoria,
visando à emissão do alvará de funcionamento da empresa. Acontecendo no
mundo real a vistoria no estabelecimento do contribuinte, teremos então por
ocorrido o fato gerador do tributo.
Conforme exposto acima, o CTN define que é pelo fato gerador que se
determina a natureza jurídica do tributo, não importando o nome que a lei
lhe conferiu, nem a destinação do produto da arrecadação deste tributo.
Assim, o que a lei chamou de taxa pode ser, na verdade, um imposto
disfarçado, caso seu fato gerador seja típico de imposto.

Essa é a regra geral, definida no art. 4º do CTN, que vale, sem ressalvas, para
os impostos, as taxas e contribuições de melhoria. Esses tributos têm fatos
geradores bem característicos, como veremos na análise de cada um deles,
mais adiante.

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Com o advento da pentapartição, os empréstimos compulsórios e as


contribuições acabaram impedindo a aplicação plena do art. 4º do CTN. Isso
ocorre porque o fato gerador desses tributos não tem características
próprias, na grande maioria das vezes se apresentam como fatos típicos de
impostos.
Sendo assim, fica impossível identificar a natureza jurídica apenas pelo fato
gerador. Faz-se necessário analisar o destino legal da arrecadação. E é aí
que surge a controvérsia, já que o CTN disciplina que o destino legal do
produto da arrecadação é irrelevante para determinar a natureza jurídica do
tributo. Toda a discussão acerca da validade ou não das disposições do art.
4º do CTN é por conta do destino legal da arrecadação. Enfim, ele deve ser
verificado ou não?
Considerando que os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais
são espécies tributárias, cujos fatos geradores podem assumir natureza de
imposto na grande maioria dos casos, é de extrema importância analisar o
destino legal do produto da arrecadação para determinar a sua natureza
jurídica.
Ademais, o próprio regramento constitucional traça como elemento
característico desses tributos justamente a destinação dos recursos
arrecadados. Por exemplo, a CF define em seu art. 195:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma
da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo
sem vínculo empregatício.

Percebe-se que a contribuição do empregador sobre a folha de salários é


vinculada ao financiamento da Seguridade Social. Logo, importa verificar o
destino legal da arrecadação.
Essas espécies tributárias têm por característica fundamental a aplicação dos
recursos vinculada a determinado fim. Por isso, destinar legalmente os
recursos arrecadados para algo que não atenda ao fim previsto na
Constituição tornaria inválido o tributo.
Assim sendo, o destino legal da arrecadação é requisito constitucional
para a validade das contribuições especiais e para os empréstimos
compulsórios. Por conseguinte, a instituição desses tributos deve observar

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essa diretriz constitucional, sob pena de qualquer desvio por parte do


legislador tornar o tributo inconstitucional.
Resumindo: para os impostos, taxas e contribuições de melhoria, vale todo o
art. 4º do CTN. Já para as contribuições sociais e os empréstimos
compulsórios, deve haver uma análise, também, da destinação da
arrecadação. A partir desses preceitos, algumas bancas evoluíram e
passaram a cobrar essa interpretação em questões de prova.
Em provas de concursos públicos, esse tema pode ser abordado de três
formas:
 Exigindo a literalidade do art. 4º do CTN. Essa tem sido a forma cobrada
pela FCC na maioria das suas provas, onde a resposta é: a natureza jurídica
específica do tributo é determinada pelo fato gerador, não importando a
denominação, as formalidades ou o destino da arrecadação.
 Em outras questões, exige-se que o candidato analise a situação e conclua
que a natureza jurídica do tributo é determinada mediante um
confronto entre o fato gerador e a base de cálculo. Isso se deve ao fato de
a base de cálculo representar o aspecto que dimensiona o fato gerador, ou
seja, o quantifica, o representa em termos numéricos e, por isso, deve
guardar relação com este.
 Numa última hipótese, pode ser cobrada a interpretação de que para as
contribuições sociais e os empréstimos compulsórios, faz-se necessária,
também, a verificação da destinação legal da arrecadação como
elemento diferenciador.

De volta à análise da questão, verificamos que não é mencionada nenhuma


espécie tributária. Ou seja, a FCC está cobrando a literalidade do art. 4º do
CTN.
Gabarito: D

Questão 14 – Procurador do Estado – PGE/SE – 2005


A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo
a) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características
formais adotadas pela lei
b) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da
arrecadação

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c) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características


formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação
d) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor arrecadado
e) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação

Comentários
Sempre que nos depararmos com questões que abordam esse assunto,
devemos analisar, além do enunciado, para onde aponta cada uma das
alternativas.
O objetivo é verificar se está sendo cobrada a literalidade do art. 4º do CTN
ou interpretação diversa.
Nessa questão, observamos que o enunciado não faz menção a nenhuma
espécie de tributo, sendo transcrição do caput do art. 4º do CTN. Ademais,
nas alternativas, a banca utilizou os incisos do mesmo artigo, fazendo certo
trocadilho com as palavras.
Resultado da análise: a banca exige o conhecimento da literalidade do art. 4º
do CTN. Por isso, devemos marcar que a natureza jurídica específica do
tributo é determinada pelo fato gerador, sendo irrelevantes para qualificá-la
a denominação e demais características formais adotadas pela lei, bem como
a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Gabarito: E

Questão 15 – Auditor de Contas Públicas – TCE/PB – 2006


À luz da Constituição Federal vigente, a destinação do produto da
arrecadação do tributo é:
a) irrelevante em qualquer hipótese
b) relevante, em se tratando de taxa de segurança pública
c) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório
d) relevante, em se tratando de imposto
e) irrelevante, em se tratando de contribuição confederativa

Comentários
Selecionei estas questões em sequência para consolidar o que tratamos
acima: quando nos depararmos com questão que aborde esse assunto

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(natureza jurídica do tributo), faz-se necessária a análise do enunciado e das


alternativas.
Observe que as questões foram elaboradas pela mesma banca (FCC) e com
apenas um ano de intervalo entre elas. No entanto, apresentou
posicionamentos distintos. Logo, não podemos definir que tal banca
apresenta determinado posicionamento sobre este tema como verdade
universal. Devemos, sim, analisar o enunciado e as alternativas. Vejamos:
Analisando o enunciado, constatamos que ele não faz referência ao CTN, e
sim à CF/88, questionando apenas sobre o destino da arrecadação. Indo para
as alternativas, podemos ver que elas citam várias espécies de tributos, sem
citar todos os elementos contidos no art. 4º do CTN (denominação e demais
características formais).
Isso leva à conclusão de que, pelo regramento constitucional, os empréstimos
compulsórios e contribuições sociais diferenciam dos impostos e das taxas
não apenas pelo fato gerador, mas pelo destino da arrecadação.
O candidato não pode se precipitar em questões desse assunto. As bancas
têm evoluído e adotado entendimentos diversos. Uma questão que ilustra de
forma perfeita esta interpretação que vem sendo adotada foi elaborada pelo
CESPE, no concurso para Juiz Federal- TRF/5, em 2006:
“Consoante o CTN, a natureza jurídica específica do tributo é determinada
pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes, para qualificá-
la, tanto a denominação e demais características formais adotadas pela lei
quanto a destinação legal do produto da arrecadação. Todavia, com o
advento da Constituição de 1988, os empréstimos compulsórios e as
contribuições sociais assumiram o status de espécies tributárias. Algumas
dessas exações, todavia, têm fato gerador idêntico ao dos impostos, o que
torna inaplicável a citada regra do CTN.” ITEM CORRETO
Gabarito: C

Questão 16 - Analista Processual – PGE/BA - 2013


Sobre as espécies de tributos, é correto afirmar:
a) É indispensável para definir a natureza jurídica específica de um tributo
verificar o destino do produto da arrecadação, mas é irrelevante a
denominação que se dá ao tributo.
b) As contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico, de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, para custeio do serviço
de iluminação pública e de melhoria estão definidas no Código Tributário
Nacional no que pertine aos fatos geradores, base de cálculo e contribuintes.

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c) A taxa tem por fato gerador a prestação efetiva ou potencial de serviço


público específico e divisível, não se confundindo com a contribuição para o
custeio do serviço de iluminação pública nem quanto ao fato gerador, nem
quanto à classificação constitucional da competência.
d) A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é uma
espécie de contribuição melhoria, pois se presta a custear os serviços de
iluminação pública no que se refere às obras para implantação e manutenção
das redes de transmissão e energia elétrica.
e) As taxas e os impostos podem ter natureza jurídica de contribuição, desde
que estejam vinculados a uma destinação específica e sejam instituídos no
campo da competência residual.

Comentários
Alternativa A – Errada. A regra geral, prevista no art. 4º do CTN, é de que é
indispensável analisar o fato gerador para determinar a natureza jurídica do
tributo. O destino da arrecadação passa a ser requisito quando estivermos
diante dos empréstimos compulsórios e contribuições especiais, o que não
foi mencionado na alternativa.
Alternativa B – Errada. No CTN apenas estão previstos impostos, taxas e
contribuição de melhoria. As demais contribuições citadas estão
compreendidas nas chamadas contribuições especiais, que surgiram a partir
da CF/88.
Alternativa C – Apesar de ter sido considerada correta pela banca, a assertiva
incorre em erro. O fato gerador das taxas de serviço é a sua utilização e não
a prestação. A utilização pode ser efetiva ou potencial, porém a prestação é
sempre efetiva. De qualquer forma, optou a banca por manter essa
alternativa como gabarito da questão, quando deveria anulá-la.
Alternativa D – Errada. Não há qualquer relação entre a contribuição de
melhoria, que decorre de obra pública, e a contribuição para o serviço de
iluminação pública.
Alternativa E – Errada. Os impostos e as taxas têm fatos geradores bem
característicos. Já as contribuições, muitas vezes, apresentam fatos geradores
típicos de impostos. Além disso, os impostos não podem ter destinação
específica, por força do art. 167, IV, da Constituição Federal.
Gabarito: C

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Questão 17 – Agente Legislativo (Direito) – SP – 2010


Existem inúmeras classificações para os tributos. Duas podem ser citadas
como muito usuais. A primeira considera o tributo como vinculado e não
vinculado. A outra considera o tributo quanto à destinação específica do
produto da arrecadação.
Recebe a classificação como não vinculado e sem destinação específica do
produto da arrecadação
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) o empréstimo compulsório.
e) as contribuições especiais.

Comentários
Reza o art. 16 do Código Tributário Nacional:
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.

A própria definição de imposto, expressa no CTN, coincide com o conceito de


tributo não vinculado. Ou seja, o imposto surge não pela atuação estatal em
relação ao contribuinte, mas por uma manifestação do próprio contribuinte.
Em questões anteriores, fizemos a diferenciação entre tributo vinculado e
não vinculado e tributo de arrecadação vinculada e não vinculada.
Constata-se, pela análise das várias formas de incidência dos impostos, que
em nenhum deles está presente a atividade estatal relativa ao contribuinte.
Em todas elas, o fato gerador é sempre algo relacionado à ação ou ao
patrimônio do contribuinte.
No que diz respeito ao destino da arrecadação, o imposto é tributo de
arrecadação não vinculada, eis que o ente tributante pode aplicar o valor
arrecadado onde achar mais conveniente e oportuno, por força do disposto
no art. 167, IV, da CF/88, que veda a vinculação da receita de impostos a
órgão, fundo ou despesa.
Gabarito: A

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Questão 18 – Analista de Regulação – CE – 2006


Segundo o Código Tributário Nacional, a taxa pode ter como fato gerador
a) a prestação de serviço público divisível ou indivisível, prestado
efetivamente ao contribuinte ou posto à sua disposição.
b) o exercício regular do poder de polícia, desde que específico e divisível,
prestado efetivamente ao contribuinte ou posto à sua disposição.
c) a realização de obra pública, como por exemplo, pavimentação asfáltica,
desde que gere valorização imobiliária ao proprietário do imóvel adjacente à
obra.
d) a prestação de serviço público indivisível, ainda que só colocado à
disposição do contribuinte.
e) a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Comentários
Essa questão requer bastante atenção.
Antes de analisarmos cada uma das alternativas, devemos saber separar as
duas possibilidades que ensejam a instituição das taxas:
 Prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, cuja utilização
poderá ser efetiva ou potencial.
 Exercício regular do poder de polícia.
Alternativa A – Errada. O serviço tem que ser divisível. Não há que se falar
em cobrança de taxa para serviços prestados de forma genérica à sociedade,
sem que haja possibilidade de mensuração individual.
Alternativa B – Errada. Essa foi a grande pegadinha da questão. Os
candidatos mais desatentos tendem a marcá-la. O exercício do poder de
polícia que enseja a cobrança da taxa requer a utilização efetiva por parte do
usuário. A utilização potencial (bastando que o serviço seja posto à
disposição) é aplicável apenas para as taxas de serviços e apenas àqueles de
utilização compulsória, nos termos do art. 79, I, b, do CTN.
Alternativa C – Errada. A realização de obra pública da qual decorra
valorização imobiliária é fato gerador da contribuição de melhoria e não de
taxa.
Ademais, há que se observar outro erro na assertiva. A jurisprudência tem se
firmado no sentido de que o recapeamento de via pública não implica

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AULA 01

valorização imobiliária, razão pela qual não dá ensejo à cobrança de


contribuição de melhoria. Vejamos:
“O fato gerador da contribuição de melhoria é a valorização imobiliária
provocada pela realização de uma obra pública. O recapeamento de via
pública já asfaltada não acarreta valorização imobiliária, impossibilitando
a cobrança da contribuição de melhoria. ” (TAPR, 8ª Câm., AC 73.884-9, Juiz
Lopes Noronha, out/95).

Alternativa D – Errada. Como vimos, o serviço público deve ser específico e


divisível.
Alternativa E – Correta. Este é um dos fatos geradores da taxa, previsto no
art. 145, II, da CF/88.
A fim de tornar mais claro o entendimento dos fatos geradores das taxas e
seus respectivos requisitos, vejamos de forma esquematizada:

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA

ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS

UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
EFETIVA POTENCIAL

Quando o serviço for de


utilização compulsória e estiver
à disposição do contribuinte e
em pleno funcionamento.

Gabarito: E

Questão 19 - Procurador do Estado – PGE/PE – 2004 (adaptada)


I. Um Estado recém-criado pode instituir taxa destinada a custear a
implantação ou a melhoria do serviço estatal de segurança pública.

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AULA 01

II. Considerando a diretriz constitucional, é possível concluir que, para definir


corretamente a espécie tributária, é necessário não só analisar o fato
gerador, como também a base de cálculo de um determinado tributo.
III. É correto afirmar que os impostos são tributos não-vinculados, visto que
possuem como fato gerador uma situação que independe de atuação estatal
específica em benefício do contribuinte, razão pela qual não pode ser
considerada causa para o seu inadimplemento qualquer falha no serviço
público estatal.
IV. Desde que prevista em lei, pode ser cobrada taxa pela prestação do serviço
de coleta de lixo posto à disposição do contribuinte, ainda que ele resolva
levar o lixo diretamente ao aterro sanitário, por julgar que o valor cobrado é
muito elevado.
a) todos itens estão corretos
b) estão corretos apenas os itens I e III
c) estão corretos apenas os itens II e IV
d) estão corretos apenas os itens II e III
e) estão corretos os itens II, III e IV

Comentários
Questão bastante interessante da FCC, onde são abordados alguns temas
que comentamos no nosso estudo das espécies tributárias.
Assertiva I – Errada. Vimos que a taxa de serviço pode ser instituída apenas
se atender a todos os requisitos previstos na CF, quais sejam: utilização
efetiva ou potencial, serviços específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte os postos à sua disposição. A atividade de segurança pública é
prestada a toda sociedade de forma geral, não se trata de um serviço divisível,
pois não é possível mensurar o quanto cada um utilizou do serviço. Você seria
capaz de quantificar o quanto você já utilizou da segurança pública?
Impossível, não é? Logo, não sendo divisível, o serviço não pode ser
remunerado mediante taxa.
Nesse sentido, o STF já decidiu que tal atividade deve ser custeada pela
arrecadação dos impostos. Note que o serviço de segurança pública não é o
fato gerador do imposto. Apenas o produto da arrecadação dos impostos já
existentes será destinado, além de outras aplicações, para custear este
serviço.
Assertiva II – Correta. Essa é uma das formas de se cobrar a natureza jurídica
específica do tributo. Chamamos a atenção para este tipo de interpretação.

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Como a base de cálculo corresponde ao aspecto dimensível do fato gerador


(é ela que o quantifica), deve com este guardar relação. Nesse caso, não
estava sendo cobrada a literalidade do art. 4º do CTN.
Assertiva III – Correta. Com efeito, o STJ já decidiu que um contribuinte não
poderia cobrar do Município a realização de determinadas obras ou serviços,
pelo simples fato de ter pago o IPTU:
“Os impostos, diversamente das taxas, têm como nota característica sua
desvinculação a qualquer atividade estatal específica em benefício do
contribuinte. Consectariamente, o Estado não pode ser coagido à
realização de serviços públicos, como contraprestação ao pagamento de
impostos, quer em virtude da natureza desta espécie tributária, quer em
função da autonomia municipal, constitucionalmente outorgada, no que
se refere à destinação das verbas públicas. ” (STJ, 1ªT., REsp 478.958/PR,
Rel. Min. Luiz Fux).

Assertiva IV – Conforme previsão nos arts. 77 e 79 do CTN, se o serviço for


de utilização compulsória, basta que ele exista e esteja à disposição do
contribuinte para ensejar a cobrança da taxa, independentemente de o
contribuinte utilizar efetivamente ou não. Assertiva correta.
Gabarito: E

Questão 20 – Analista de Controle Externo – TCE/GO – 2009


Os tributos classificam-se em vinculados e não-vinculados. É exemplo de
tributo vinculado, de forma direta, com finalidade de remunerar serviço
público:
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) a contribuição social.
e) o empréstimo compulsório.

Comentários
Diferentemente dos impostos, que constituem tributos não vinculados, as
taxas requerem uma ação estatal voltada para o contribuinte. Sendo assim,
representam tributos vinculados.
As contribuições de melhoria também constituem tributos vinculados, porém
não remuneram serviços públicos, já que decorrem de obra pública.
Gabarito: B

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Questão 21 - Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ/RJ – 2014


Com a aproximação das datas em que serão realizados os Jogos Olímpicos e
os Jogos da Copa do Mundo, na cidade do Rio de Janeiro, o governo
fluminense tomou a decisão de incrementar a fiscalização dos
estabelecimentos hoteleiros e congêneres do Estado, a fim de lhes imprimir
uma qualidade de nível internacional, mesmo quando se tratar de pequenos
estabelecimentos.
Para realizar esse intento, seriam necessários aportes de recursos novos,
com o fito de custear essas atividades estatais. Em razão disso, um deputado
estadual propôs que se alterassem os valores das taxas de segurança
cobradas pelo Estado.
O referido deputado, depois de constatar que o valor das diárias de um hotel,
ou de um estabelecimento congênere, não mantinha relação direta com o
porte desse hotel, nem com a quantidade de quartos/apartamentos que ele
possui, nem com o capital social dessa empresa hoteleira, considerou
possível e viável promover uma alteração drástica no correspondente item
da tabela de valores das taxas estaduais.
Desse modo, com a finalidade de adequar a cobrança da taxa à capacidade
contributiva do contribuinte, o referido deputado decidiu apresentar projeto
de lei para alterar a maneira como essa taxa seria cobrada. De acordo com
seu projeto, o valor anual dessa taxa, em relação aos hotéis e congêneres,
passaria a ser calculado mediante a aplicação da alíquota de 0,1% sobre o
capital social da empresa hoteleira ou da empresa congênere.
No tocante especificamente aos motéis, visando, ainda, alcançar o objetivo
de adequar a cobrança da taxa à capacidade contributiva do contribuinte,
essa taxa passaria a ser calculada mediante a aplicação de uma alíquota de
10% sobre a mesma base de cálculo utilizada para cálculo do ISSQN devido
ao município de localização do estabelecimento contribuinte.
Com base nas informações apresentadas e no que dispõe o CTN a esse
respeito, considere:
I. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação aos hotéis
e congêneres, pois as taxas não podem ser calculadas em função do capital
das empresas.
II. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos hotéis e
congêneres, pois os tributos devem ser graduados com base na capacidade
econômica do contribuinte (capacidade contributiva).
III. A capacidade econômica do contribuinte (capacidade contributiva) é
relevante para a graduação do valor dos tributos a serem cobrados do sujeito
passivo.

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AULA 01

IV. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação aos motéis,
pois as taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos, nem
idênticas às que correspondam à base de cálculo de impostos.
V. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos motéis, pois,
quando as taxas vierem a ter base de cálculo própria de impostos, os
impostos deverão deixar de ser cobrados, para que as taxas possam sê-lo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) IV e V.
b) I e II.
c) II e III.
d) III e V.
e) I e IV.

Comentários
A questão pede que se responda de acordo com o CTN, no que diz respeito à
base de cálculo das taxas e a utilização de base de cálculo própria de
impostos.
De acordo com o parágrafo único do art. 77 do CTN, a taxa não pode ter base
de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem
ser calculada em função do capital das empresas.
Isso invalidaria a taxa aplicada aos hotéis, já que estaria incidindo sobre o
capital das empresas e invalidaria a taxa aplicada aos motéis, já que estariam
incidindo sobre base de cálculo idêntica à do ISS.
Apesar de remeter o candidato ao CTN, a questão exige o conhecimento do
princípio da capacidade contributiva, previsto no art. 145, §1º, da Constituição
Federal. Define o princípio que, sempre que possível, os impostos serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.
Trata-se de princípio direcionado, em regra, aos impostos e não aos tributos
em geral. Além disso, apesar da possibilidade de aplicação a outras espécies
tributárias, sua aplicação deve ocorrer sempre que possível e não
obrigatoriamente em toda e qualquer situação.
Corretos os itens I e IV.
Gabarito: E

Questão 22 – Agente Legislativo (Direito) – SP – 2010


Segundo Geraldo Ataliba, "Não há possibilidade jurídica de confusão entre
taxa e preço. Nem há, como muitos supõem, liberdade do legislador em

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

converter uma na outra e vice-versa. Juridicamente, são coisas


reciprocamente repelentes e excludentes".
Partindo deste pressuposto, é traço distintivo entre taxa e preço público o
fato da taxa
a) remunerar obra pública e o preço remunerar serviço público prestado pelo
Poder Público sem exclusividade.
b) ser fixada contratualmente e o preço ser fixado por decreto.
c) ser receita originária de natureza tributária e o preço ser receita derivada
de natureza não tributária.
d) remunerar serviço público prestado pelo Poder Público e o preço
remunerar serviço público delegado a particular.
e) remunerar poder de polícia e o preço remunerar serviço público indivisível.

Comentários
Primeiramente, cumpre-nos diferenciar as modalidades de serviços públicos.
Há os serviços públicos tipicamente estatais, prestados diretamente pelo
Poder Público e os serviços públicos que não são tipicamente estatais, os
quais são delegados pelo Poder Público e prestados por concessionárias. Os
primeiros são remunerados mediante taxa. Já os últimos, devem ser
remunerados por meio de tarifa ou preço público.
Uma lição que faz uma diferenciação perfeita entre taxa e preço público é
apresentada por Leandro Paulsen:
“Deve-se ter bem presente a diferença entre taxa e preço público. Aquela
é tributo, sendo cobrada compulsoriamente por força da prestação de
serviço público de utilização compulsória ou do qual, de qualquer maneira,
o indivíduo não possa abrir mão. O preço público, por sua vez, não é
tributo, constituindo, sim, receita originária decorrente da
contraprestação por um bem, utilidade ou serviço numa relação de cunho
negocial em que está presente a voluntariedade (não há obrigatoriedade
do consumo). A obrigação de prestar, pois, em se tratando de taxa, decorre
direta e exclusivamente da lei, enquanto, em se tratando de preço público,
decorre da vontade do contratante. Por ter suporte no poder de tributar
do Estado, submetendo os contribuintes de forma cogente, a exigência
das taxas está sujeita às limitações constitucionais ao poder de tributar
(art. 150 da CF: legalidade, isonomia, irretroatividade, anterioridade,
vedação ao confisco). A fixação de preço público, de outro lado, independe
de lei; não sendo tributo, não está sujeito ás limitações do poder de
tributar. ” (PAULSEN, Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código
Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência. 12ª ed. Livraria do
Advogado, 2010, p. 23) (grifos acrescidos)

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Podemos, então, esquematizar essas diferenças:

TAXAS PREÇOS PÚBLICOS

Regime de Direito Público Regime de Direito Privado


Prestação compulsória Prestação voluntária
Serviço prestado pelo Estado Pode ser prestado por concessionárias
Receita derivada Receita originária
Natureza tributária Natureza contratual

Vejamos cada uma das alternativas.


Alternativa A – Errada. A taxa não remunera obra pública. Para esse fim
deveria ser instituída a contribuição de melhoria. Ainda assim, apenas se
houver valorização imobiliária decorrente da obra.
Alternativa B – Errada. A taxa decorre de lei e não de contrato.
Alternativa C – Errada. A taxa é tributo, portanto, receita derivada e não
originária, que é o caso do preço público.
Alternativa D – Correta. Essa é uma das diferenciações entre taxa e preço
público. A taxa somente pode ser instituída quando o serviço for prestado
diretamente pelo Poder Público.
Alternativa E – Errada. A taxa pode remunerar o custo do exercício do poder
de polícia, mas essa não é a única hipótese. Além disso, o preço público
remunera serviço divisível, porém não prestado pelo Estado, mas por
particular delegado.
Gabarito: D

Questão 23 – Procurador – Pref. Recife – 2014


A Prefeitura do Recife, por meio de sua Secretaria de Finanças, resolveu
enviar proposta ao legislativo municipal para a instituição de novas taxas
aplicáveis aos munícipes recifenses.
É prescrição normativa constitucional que deve ser observada por esta
proposta legislativa:
a) Instituir em 2014 taxa para o custeio do serviço de iluminação pública que
possa ser cobrada ainda no primeiro semestre do mesmo ano, tendo em vista
as necessidades deste serviço nos bairros carentes do Recife.
b) Instituição de taxas cobradas pela valorização de imóveis decorrente de
obras públicas municipais, tomando-se o cuidado de não atribuir às taxas
instituí das bases de cálculo própria de imposto.

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c) Instituição de taxas pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos


específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte, desde que elas não tenham
base de cálculo própria de impostos.
d) Instituição de taxas pelo exercício potencial ou efetivo do poder de polícia
ou pela utilização de serviços públicos específicos e indivisíveis, prestados ao
contribuinte.
e) Sempre que possível, instituir taxas que tenham caráter pessoal e que
sejam graduadas segundo a capacidade econômica dos contribuintes.

Comentários
Alternativa A – Errada. O serviço de iluminação pública, por ser indivisível,
não pode ser remunerado mediante taxa, conforme Súmula do STF.
Alternativa B – Errada. O fato gerador citado na alternativa guarda relação
com a contribuição de melhoria e não com as taxas.
Alternativa C – Correta. Esses são os fatos geradores das taxas, previstos no
art. 145, II, da Constituição, em combinação com a determinação do §2º do
mesmo artigo.
Alternativa D – Errada. O exercício do poder de polícia que enseja a
instituição de taxa é sempre efetivo. Não há que se falar em exercício
potencial do poder de polícia. A alternativa tenta confundir o candidato
misturando as características da taxa de polícia com as da taxa de serviço.
Além disso, os serviços devem ser divisíveis, não podendo haver instituição
de taxas pela prestação de serviços indivisíveis.
Alternativa E – Errada. A determinação constitucional para a aplicação da
capacidade contributiva é direcionada aos impostos e não às taxas.
Gabarito: C

Questão 24 – Juiz Substituto – TJ/AP – 2009


Será remunerada por taxa a prestação
a) efetiva ou compulsória do serviço de coleta de lixo domiciliar.
b) efetiva do serviço de calçamento de logradouros.
c) compulsória do serviço de iluminação pública.
d) compulsória do serviço de limpeza das vias e logradouros públicos.
e) efetiva de uso de bem público.

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Comentários
Conforme verificamos, a taxa poderá ter como fatos geradores a utilização
efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição.
Cumpre observar que, nos termos do art. 79 do CTN, a utilização potencial
ocorre quando o serviço é de utilização compulsória e é posto à disposição
do contribuinte.
Assim, ainda que o contribuinte se recuse a utilizar este tipo de serviço,
deverá pagar a taxa correspondente, pois se considera que houve a utilização
potencial.
É o que ocorre com o serviço de coleta de lixo. Conforme já exposto, por ser
um serviço público, pode resultar na cobrança de uma taxa. A partir daí,
poderia surgir o raciocínio equivocado de que no caso de o próprio usuário
dar uma destinação ao seu lixo estaria livre da taxa.
Não é o que ocorre. O serviço de coleta de lixo é de utilização compulsória.
Caso contrário, se algum indivíduo resolve não utilizar o serviço e deixar seu
lixo acumular por muito tempo, passará a oferecer riscos à saúde de toda a
vizinhança. É uma questão de saúde pública. Por isso, esse serviço é de
utilização compulsória.
Alternativa A – Correta.
Alternativa B – Errada. O serviço de calçamento é prestado a toda sociedade
de forma indivisível. Não há como mensurar o valor do que foi prestado a
cada pessoa isoladamente. Logo, não está sujeito à remuneração por meio
de taxa.
Alternativa C – Errada. Segundo o STF, o serviço de iluminação pública não
constitui serviço específico e divisível, não podendo, por conseguinte, ser
remunerado mediante taxa, vide Súmula 670.
Alternativa D – Errada. Bastante atenção a este item. Acabamos de ver que
o serviço de coleta domiciliar de lixo, por ser de utilização compulsória, é
remunerado por taxa, mesmo não sendo utilizado pelo contribuinte. Porém,
sobre o serviço de limpeza e conservação de vias públicas, o STF já decidiu:
“Tratando-se de taxa vinculada não somente à coleta domiciliar de lixo,
mas também, à limpeza de logradouros públicos, que é serviço de caráter
universal e indivisível, é de se reconhecer a inviabilidade de sua cobrança.
” (STF, Plenário, EDivED 256.588, Min. Ellen Grace, mar/03).

Alternativa E – Errada. O uso de bem público não representa prestação de


serviço nem exercício do poder de polícia. Assim, não há que se falar em taxa.
Gabarito: A

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Questão 25 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/PE – 2014


O Município de Caruaru-PE, mediante a edição da Lei no 5.658/2014, instituiu
a cobrança de TLP − Taxa de Limpeza Pública, que tem como fato gerador os
serviços de conservação e limpeza de logradouros públicos pelo referido
município.
Na situação hipotética, a cobrança desse tributo é
a) ilegítima, pois a competência para estabelecer cobrança de taxa sobre
serviços de conservação e limpeza de logradouros públicos é do Estado.
b) ilegítima, pois o fato gerador corresponde a serviço público universal e
indivisível, que não possibilita a individualização dos respectivos usuários.
c) legítima, pois visa a custear a prestação de serviços públicos específicos e
divisíveis, ostentando o caráter retributivo inerente às taxas.
d) legítima, pois o fato gerador corresponde a serviço público universal e
indivisível, prescindindo da individualização dos respectivos usuários.
e) ilegítima, pois o fato gerador, próprio de imposto, deve ser custeado pelas
receitas decorrentes de sua exigência.

Comentários
Os Municípios, normalmente, cobram a taxa de coleta de lixo, aquela que
corresponde ao serviço de coleta domiciliar do lixo, onde o coletor leva o lixo
de cada residência.
Nesse tipo de serviço é possível identificar os usuários, eis que a coleta está
sendo realizada individualmente, porta a porta. Ainda que em condomínios
não seja possível, no momento da coleta, identificar o lixo de cada
condômino, é possível determinar que todos ali são usuários do serviço
(vamos entender melhor esse ponto ao tratar da utilização).
Ocorre que muitos municípios tributam mediante taxa o serviço de limpeza
urbana. E quando ouvimos “limpeza urbana” o que nos vem à mente? A
varrição das vias públicas, a coleta dos resíduos nos logradouros, a poda de
árvores, etc.
Se pararmos para analisar, esse serviço não permite a identificação
individualizada dos usuários. Trata-se de um serviço destinado a toda a
população, sem divisibilidade.
Imagine as árvores da cidade, cujas folhas caem diariamente. A prefeitura
realiza o serviço de varrição das ruas, mas é possível quantificar quantas
folhas foram recolhidas e o quanto foi limpo correspondente a cada
habitante? Impossível.

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Diante dessa cobrança e das inúmeras discussões levadas ao Judiciário


debatendo a constitucionalidade dessas taxas, o STF decidiu pela sua
inconstitucionalidade, justamente por não apresentar a divisibilidade como
característica:
“Tributo vinculado não apenas à coleta de lixo domiciliar, mas também à
limpeza de logradouros públicos, hipótese em que os serviços são
executados em benefício da população em geral (uti universi), sem
possibilidade de individualização dos respectivos usuários e,
consequentemente, da referibilidade a contribuintes determinados, não
se prestando para custeio mediante taxa. Impossibilidade, no caso, de
separação das duas parcelas.” (STF, RE 249.070, relator Min. Ilmar Galvão,
1ª Turma, DJU 17.12.1999)

Há que se observar na decisão do Supremo a vedação à possibilidade de


divisão das taxas. No caso em discussão, o município cobrava em uma só taxa
os dois serviços: coleta de lixo e limpeza pública. Na defesa, tentou dividir a
taxa em duas para que fosse possível cobrar apenas a primeira, eis que
atenderia aos preceitos constitucionais.
Percebe-se que o STF negou essa possibilidade. Isso porque apenas os
serviços específicos e divisíveis podem ensejar a cobrança da taxa. Como
a taxa era uma só (envolvendo os dois serviços), não haveria que se excluir o
serviço não divisível da sua cobrança, mas declarar toda a cobrança
inconstitucional.
Tendo em vista que muitos municípios do nosso país adotavam essa prática
de tributar mediante taxa o serviço de limpeza urbana (embora cada um
adote um nome diferente), muitos casos chegaram para apreciação do STF, o
que resultou na edição da Súmula Vinculante 19:

Súmula Vinculante 19 do STF


A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

Verifica-se na Súmula que o STF amarrou a possibilidade de cobrança da taxa


à origem do lixo ou dos resíduos, a saber: os imóveis. O fundamento é que,
se o lixo é coletado dos imóveis, é possível identificar a quem se destina o
serviço, diferente dos resíduos coletados nas vias públicas.
Gabarito: B

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Questão 26 – Auditor Fiscal – SEFAZ/PI – 2015


O caput do art. 77 do Código Tributário Nacional estabelece que As taxas
cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no
âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Para fins de aplicação da norma acima transcrita,
I. consideram-se serviços públicos divisíveis, os que podem ser prestados em
parceria formada por duas ou mais pessoas jurídicas de direito público.
II. consideram-se serviços públicos efetivamente utilizados pelo contribuinte,
aqueles por ele usufruídos a qualquer título.
III. consideram-se serviços públicos específicos, os que constam
expressamente de contratos firmados entre a pessoa jurídica de direito
público e o contribuinte utente do serviço.
IV. consideram-se serviços públicos potencialmente utilizados pelo
contribuinte, aqueles prestados por pessoa jurídica de direito público diversa
da que instituiu a taxa.
V. considera-se regular o exercício do poder de polícia, quando
desempenhado pelo órgão competente, nos limites da lei aplicável, com
observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e V.
b) IV e V.
c) I, II e V.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

Comentários
Para responder à questão, bastaria aplicar os conceitos previstos nos arts. 78
e 79 do CTN:
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o art. 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

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b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos


à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento;
II- específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas
de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte
de cada um dos seus usuários.

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública


que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.

Gabarito: A

Questão 27 – Procurador – SP – 2008


Determinado Município institui taxa de piscina cujo aspecto material da
hipótese de incidência é ter piscina em imóvel localizado dentro do Município.
A base de cálculo desta taxa é a dimensão em metros quadrados da piscina
e a alíquota é de R$ 1,00 por metro quadrado de piscina. O contribuinte é o
proprietário do imóvel que possui piscina. Esta taxa
a) será devida, por se tratar de uma taxa de polícia, decorrente da fiscalização
que o Poder Público tem que realizar na construção de piscinas.
b) será devida, por se tratar de uma taxa de serviço, decorrente da prestação
efetiva do serviço de água tratada fornecida para manter a piscina.
c) não será devida, por não ser admitida taxa com alíquota em espécie.
d) não será devida, porque não decorre de exercício regular de poder de
polícia ou de prestação de serviço público, sendo fato gerador de imposto.
e) não será devida, porque a competência para instituição desta taxa é da
União e não do Município.

Comentários
Vamos analisar a situação proposta.
Foi instituída uma taxa cujo fato gerador é ter piscina. Esse fato gerador não
está previsto como uma das situações que ensejam a instituição da taxa,
quais sejam: a prestação de serviços públicos e o exercício do poder de

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polícia. Estamos diante, portanto, de um fato do contribuinte (manifestação


de riqueza) e não do Estado (contraprestação). Logo, haveria que ser
tributada por impostos e não por meio de taxa.
Além disso, a sua base de cálculo é a área da piscina. Essa exação ofende o
disposto no art. 145, §2º, da Constituição Federal, eis que a área da piscina
guarda relação com o patrimônio do contribuinte, com sua manifestação de
riqueza, base de cálculo típica de imposto.
Gabarito: D

Questão 28 – Julgador Tributário – SEFAZ/PE - 2015


Sobre a constitucionalidade das taxas, é correto afirmar:
a) É constitucional a taxa cobrada em face do fornecimento de iluminação
pública, pois consubstancia atividade estatal apta a ser remunerada por meio
dessa espécie tributária.
b) É inconstitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos
provenientes de imóveis, uma vez que realizados em benefício da população
em geral e de forma indivisível.
c) É constitucional a instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa
de carnês/guias de recolhimento de tributos, visto que consubstancia
atuação estatal específica e divisível.
d) É constitucional a exigência de taxa de prevenção de incêndio, cuja base de
cálculo é cobrada em função do valor venal do imóvel, pois mensura
indiretamente a quantidade de trabalho ou atividade que o poder público se
vê obrigado a desempenhar.
e) É constitucional a taxa de renovação da licença de funcionamento e
localização municipal, desde que efetivo o exercício do poder de polícia,
demonstrado pela existência de órgão e estrutura competentes para o
respectivo exercício.

Comentários
A questão deve ser respondida por meio da jurisprudência do STF.
Alternativa A – Errada.

“TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE NITERÓI. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA.


ARTS. 176 E 179 DA LEI MUNICIPAL Nº 480, DE 24.11.83, COM A REDAÇÃO
DADA PELA LEI Nº 1.244, DE 20.12.93. Tributo de exação inviável, posto ter
por fato gerador serviço inespecífico, não mensurável, indivisível e

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AULA 01

insuscetível de ser referido a determinado contribuinte, a ser custeado por


meio do produto da arrecadação dos impostos gerais. Recurso não
conhecido, com declaração de inconstitucionalidade dos dispositivos sob
epígrafe, que instituíram a taxa no município.” (STF, RE 233.332-RJ, Min.
Ilmar Galvão, mar/99)

Súmula 670 do STF


O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.

Alternativa B – Errada.
Súmula Vinculante 19 do STF
A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

Alternativa C – Errada.
“Taxa de expediente. (...) Inconstitucionalidade. A emissão de guia de
recolhimento de tributos é de interesse exclusivo da administração, sendo
mero instrumento de arrecadação, não envolvendo a prestação de um
serviço público ao contribuinte. Possui repercussão geral a questão
constitucional suscitada no apelo extremo. Ratifica-se, no caso, a
jurisprudência da Corte consolidada no sentido de ser inconstitucional a
instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa de carnês/guias
de recolhimento de tributos.” (RE 789.218-RG, rel. min. Dias Toffoli,
julgamento em 17-4-2014, Plenário, DJE de 1º-8-2014, com repercussão
geral.)

Alternativa D – Errada.
“Taxa de incêndio. Constitucionalidade. (...) É legítima a cobrança da Taxa
cobrada em razão da prevenção de incêndios, porquanto instituída como
contraprestação a serviço essencial, específico e divisível.” AI 677.891-AgR,
rel. min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-3-2009, Primeira Turma,
DJE de 17-4-2009. Vide: RE 206.777, rel. min. Ilmar Galvão, julgamento em
25-2-1999, Plenário, DJ de 30-4-1999.

Alternativa E – Correta.
"O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do
poder de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis,
facultando apenas a estas a prestação potencial do serviço público. A
regularidade do exercício do poder de polícia é imprescindível para a
cobrança da taxa de localização e fiscalização. À luz da jurisprudência
deste STF, a existência do órgão administrativo não é condição para o

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reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de


localização e fiscalização, mas constitui um dos elementos admitidos para
se inferir o efetivo exercício do poder de polícia, exigido
constitucionalmente. (...) É constitucional taxa de renovação de
funcionamento e localização municipal, desde que efetivo o exercício do
poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura
competentes para o respectivo exercício, tal como verificado na espécie
quanto ao Município de Porto Velho/RO (...)." (RE 588.322, rel. min. Gilmar
Mendes, julgamento em 16-6-2010, Plenário, DJE de 3-9-2010, com
repercussão geral.) No mesmo sentido: AI 677.664-AgR, rel. min. Cármen
Lúcia, julgamento em 5-5-2009, Primeira Turma, DJE de 19-6-2009.
Vide: ARE 664.722, rel. min. Gilmar Mendes, decisão monocrática,
julgamento em 12-03-2012, DJE de 21-03-2012; AI 707.357-ED, rel. min.
Ellen Gracie, julgamento em 2-2-2010, Segunda Turma, DJE de 26-2-2010.

Gabarito: E

Questão 29 – Analista Judiciário – TRF/2ª – 2007


No que diz respeito às taxas é certo que,
a) é facultativa e também leva em conta a realização de obra ou serviço
público, de que decorra valorização imobiliária.
b) seu fato gerador poderá ser uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica.
c) podem, em certos casos, ter base de cálculos idêntica a dos impostos, e ser
calculadas em função do capital das empresas.
d) tem como fato gerador, além de outros elementos, o exercício regular do
Poder de Polícia.
e) sua hipótese de incidência não é vinculada, salvo quando criada no caso de
investimento público urgente e de relevante interesse estatal.

Comentários
Alternativa A – Errada. A taxa, sendo espécie de tributo, é compulsória e não
facultativa. Além disso, não decorre de obra pública. Este fato gerador diz
respeito à contribuição de melhoria.
Alternativa B – Errada. O fato gerador da taxa é uma ação do Estado voltada
para o contribuinte. Representa, portanto, um tributo contraprestacional. O
que a alternativa apresenta é o conceito de imposto.
Alternativa C – Errada. O art. 145, §2º, da Constituição Federal estabelece
que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. A
alternativa contraria ainda o disposto no parágrafo único do art. 77 do CTN,

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segundo o qual, a taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos
aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das
empresas.
Alternativa D – Correta. As situações que podem ensejar a cobrança da taxa
são o exercício regular do poder de polícia e a utilização efetiva ou potencial
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados aos contribuintes ou
postos à sua disposição, conforme art. 145, II, da CF/88.
Alternativa E – Errada. A hipótese de incidência da taxa é vinculada, ou seja,
o fato gerador representa uma ação do Estado em favor ou no interesse do
contribuinte. Além disso, o tributo criado no caso de investimento público
urgente e de relevante interesse nacional (e não estatal) é o empréstimo
compulsório e não a taxa.
Gabarito: D

Questão 30 – Defensor Público – SP – 2006


Considere as afirmações:
I. O tributo encontra fundamento de validade na competência tributária da
pessoa política, não havendo necessidade, para que ele seja instituído e
cobrado, de que o Poder Público desenvolva, em relação ao contribuinte,
qualquer atividade específica.
II. A Constituição Federal estabelece que, nos serviços públicos específicos e
divisíveis, a cobrança da taxa deve ser baseada na utilização, efetiva ou
potencial dos serviços pelo contribuinte.
III. A Constituição Federal traz expressa no seu texto a previsão de
contribuição, que por certo tem natureza tributária, obedece ao regime
jurídico tributário e possui uma única modalidade que é a contribuição social.
SOMENTE está correto o que se afirma em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II.
e) III.

Comentários
Item I – Errado. A assertiva diz que todos os tributos são não vinculados, ou
seja, que todas as espécies independem de atividade específica do Estado.

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Isso não é correto, eis que esta é característica marcante dos impostos e não
de todos os tributos.
Item II – Correto. Essa é a previsão do art. 145, II, da Constituição Federal.
Item III – Errado. Além das contribuições sociais, a Constituição prevê a
instituição de outras contribuições: de intervenção, corporativas e de
iluminação pública.
Gabarito: D

Questão 31 - Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ/SP – 2013


Com respeito à disciplina legal das taxas, é
a) inconstitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que
não haja integral identidade entre uma base e outra.
b) inconstitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos
provenientes de imóveis.
c) constitucional a cobrança da taxa decorrente do poder de polícia em que
haja a manutenção, pelo sujeito ativo, de órgão de controle em
funcionamento, ficando restrita a cobrança aos contribuintes cujos
estabelecimentos foram efetivamente visitados pela fiscalização.
d) constitucional a cobrança de taxa de fiscalização ambiental sobre o mesmo
fato gerador pela União e por Estado, pois ambos têm competência para
exercer a fiscalização desta atividade, haja vista se tratar de competência
comum, exercida concomitantemente por todos entes políticos.
e) inconstitucional a taxa cobrada em razão da prevenção de incêndios,
porquanto instituída como contraprestação a serviço não divisível.

Comentários
Sabemos que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de imposto,
por força do art. 145, §2º, da CF. Porém, para responder a essa questão, seria
necessário ir um pouco além e conhecer o entendimento defendido pelo STF
acerca desse dispositivo.
Antes de analisarmos cada alternativa, precisamos entender a interpretação
do STF para o art. 145, §2º, da Constituição Federal, acerca da utilização de
base de cálculo própria de impostos nas taxas.

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AULA 01

Estudamos que as taxas são tributos contraprestacionais, vinculados, cujo


fato gerador representa um FATO DO ESTADO. Logo, sua base de cálculo
deverá ser uma grandeza relacionada à atividade estatal e não ao
contribuinte.
Enquanto a Constituição anterior vedava o uso de base de cálculo idêntica à
dos impostos, a Constituição de 1988 proíbe o emprego de base de cálculo
própria de impostos.
Humberto Ávila ensina que base de cálculo própria de imposto é aquela
apropriada à mensuração da atividade econômica dos contribuintes, mesmo
– e isto é crucial – que não seja idêntica àquela que tenha servido para a
incidência dos impostos. Sendo a causa da instituição das taxas a atividade
estatal, a sua base de cálculo deverá ser medida com base nessa atividade,
não em elementos residentes nos contribuintes.
Sendo editado sob a égide das Constituições anteriores, o CTN (art. 77,
parágrafo único) dispõe que a taxa não pode ter base de cálculo ou fato
gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em
função do capital das empresas.
Conforme estudamos, o serviço de coleta de lixo nos imóveis é divisível para
fins de cobrança de taxa, uma vez que é possível identificar os beneficiários e
mensurar a utilização por parte de cada um deles.
Entretanto, que elemento será usado para medir a utilização de cada um?
Para que a taxa seja juridicamente válida, o critério adotado deve guardar
relação com a atividade estatal. Mas que critério utilizar? Nem sempre isso é
tarefa simples.
Alguns elementos poderiam mensurar com mais precisão a utilização do
serviço por cada beneficiário, tais como o peso do lixo coletado ou seu o
volume. Sem dúvida, qualquer um desses elementos seria válido para definir
quem usou com maior ou menor intensidade o serviço.
Porém, em termos práticos, o serviço de coleta se tornaria inviável. Todos os
caminhões teriam que conter balanças e os coletores teriam que registrar
tudo para a cobrança da taxa. O trabalho se tornaria mais complexo e haveria
grande necessidade de controle e fiscalização dos equipamentos para evitar
erros nos registros.
Diante dessa dificuldade, a grande maioria dos Municípios adota um
parâmetro interessante: a área do imóvel. O argumento é de que imóveis
maiores produzem mais lixo. Não deixa de ter fundamento esse argumento,
mas ele não é perfeito.
Imaginemos uma mansão de 3.000m² com apenas uma rica viúva residindo
e um apartamento de 65m² onde residem quatro pessoas, sendo uma delas

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um recém-nascido. É óbvio que não haveria garantia de que o primeiro


imóvel produziria mais lixo.
Por isso, o critério adotado pelos Municípios, apesar de apresentar certa
lógica, não é o mais adequado. O melhor seria, não fosse a inviabilidade,
aferir o peso ou o volume de cada lixo.
Mas por que os Municípios adotaram a área do imóvel como parâmetro?
Porque esse elemento já é de conhecimento da Prefeitura, pois constitui um
dos elementos da base de cálculo do IPTU. E é justamente aí que está o
problema.
Com alegação de ofensa ao art. 145, §2º, da CF/88, muitas leis municipais que
seguiam essa prática chegaram até o STF para julgamento acerca da sua
constitucionalidade. Em muitas decisões a Corte entendeu que adotar um
dos elementos da base de cálculo própria de impostos nas taxas é permitido,
desde que não ocorra total identidade entre elas. As reiteradas decisões
resultaram na Súmula Vinculante nº 29:

Súmula Vinculante 29 do STF


É constitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de um ou mais elementos da
base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral
identidade entre uma base e outra.

Percebemos que a evolução no entendimento do STF acabou direcionando


para o que diz o próprio CTN: não pode ser usada base de cálculo idêntica à
dos impostos. Bastante atenção à Súmula Vinculante 29, pois é bem provável
que seja muito exigida em prova.
Vejamos o que o candidato teria que conhecer em cada alternativa.
Alternativa A – Errada.
“Concluindo o julgamento de recurso extraordinário, o Tribunal, por
maioria, decidiu que é constitucional a taxa de coleta de lixo domiciliar
instituída pelo Município de São Carlos – SP (lei Municipal 10.253/89). O
Tribunal entendeu que o fato de a alíquota da referida taxa variar em
função da metragem da área construída do imóvel – que constitui apenas
um dos elementos que integram a base de cálculo do IPTU – não implica
identidade com a base de cálculo do IPTU, afastando-se a alegada ofensa
ao art. 145, §2º, da CF.” (RE 232.393 – SP. Min. Carlos Velloso, 12.08.99)

Alternativa B – Errada.
“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO. CF, art. 145, II.
I. Taxa de Coleta de Lixo: especificidade e divisibilidade do serviço. CF, art.

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145, II: inocorrência de ofensa. ” (STF, 2ª T., EDRE 256.588/RJ, Min. Carlos
Velloso, out/01)

Alternativa C – Errada. Essa questão exigiu um ponto bastante específico de


um entendimento do STF no julgamento da constitucionalidade da taxa de
fiscalização do IBAMA.
“A hipótese de incidência da taxa é a fiscalização de atividades poluidoras
e utilizadoras de recursos ambientais, exercida pelo IBAMA. Tem-se, pois,
que a taxa remunera o poder de polícia do Estado. Não há invocar o
argumento no sentido de que a taxa decorrente do poder de polícia fica
restrita aos contribuintes cujos estabelecimentos tivessem sido
efetivamente visitados pela fiscalização...” (excerto do voto condutor do
Min. Carlos Velloso, no RE 416.602/DF, ago/05)

Alternativa D – Correta. As taxas são tributos da competência comum, ou


seja, o ente que exercer o poder de polícia sobre determinada atividade será
competente para instituir a respectiva taxa. Assim, se a atividade é comum
aos entes, todos poderão exigir o tributo.
Alternativa E – Errada.
“Decisão que se acha em conformidade com orientação jurisprudencial do
STF no que tange ao IPTU... e à taxa de limpeza urbana (arts. 1º e 2º, inc. I,
a, e II, a e b, da Lei nº 6.580/89), exigida com ofensa ao art. 145, inc. II §2º
da CF, porquanto a título de remuneração de serviço prestado uti universi
e tendo por base de cálculo fatores que concorrem para formação da base
de cálculo do IPTU. Declaração da inconstitucionalidade dos dispositivos
enumerados, alusivos à taxa de limpeza urbana. Penchas que não viciam
a taxa de segurança, corretamente exigida para cobrir despesas com
manutenção dos serviços de prevenção e extinção de incêndios. Recurso
conhecido em parte, para o fim de declarar a legitimidade da última taxa
mencionada. ” (STF, Plenário, RE 206.777/SP, Min. Ilmar Galvão, fev/99)

Gabarito: D

Questão 32 – Analista de Regulação – CE – 2006


Taxa e preço público são institutos distintos. A taxa
a) é um tributo decorrente de atividade prestada de forma direta pelo Poder
Público; enquanto o preço público ou tarifa remunera o concessionário de
serviço público.
b) é classificada como receita originária; enquanto o preço público como
receita derivada.

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AULA 01

c) a taxa e o preço público podem ser cobrados por pessoas jurídicas de


direito privado mesmo quando estas não sejam delegadas de serviço público.
d) remunera exercício de serviço outorgado a particular; enquanto o preço
público decorre de exercício de atividade prestada exclusivamente pelo
Poder Público.
e) não depende de lei para ser instituída ou majorada, ao contrário do preço
público, que se submete ao princípio da legalidade.

Comentários
Alternativa A – Correta. A taxa é tributo e somente pode ser exigida quando
o serviço for prestado pelo Poder Público, de forma direta. Já o preço público
remunera o serviço prestado por concessionárias.
Alternativa B – Errada. Sendo tributo, a taxa representa receita derivada. Por
outro lado, o preço público constitui receita originária, eis que decorre de
vontade do usuário.
Alternativa C – Errada. A taxa é tributo. Em decorrência, deve ser cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada e não por pessoas
jurídicas de direito privado. Além disso, os preços públicos somente são
exigidos por empresas delegadas de serviços públicos, caso contrário,
estaríamos diante de prestação comum de serviços.
Alternativa D – Errada. É exatamente o contrário, conforme comentamos na
alternativa A.
Alternativa E – Errada. A taxa, por constituir espécie tributária somente pode
ser instituída por lei. O preço público, por sua vez, não sendo tributo, não se
sujeita às limitações constitucionais ao poder de tributar.
“Deve-se ter bem presente a diferença entre taxa e preço público. Aquela
é tributo, sendo cobrada compulsoriamente por força da prestação de
serviço público de utilização compulsória ou do qual, de qualquer maneira,
o indivíduo não possa abrir mão. O preço público, por sua vez, não é
tributo, constituindo, sim, receita originária decorrente da
contraprestação por um bem, utilidade ou serviço numa relação de cunho
negocial em que está presente a voluntariedade (não há obrigatoriedade
do consumo). A obrigação de prestar, pois, em se tratando de taxa, decorre
direta e exclusivamente da lei, enquanto, em se tratando de preço público,
decorre da vontade do contratante. Por ter suporte no poder de tributar
do Estado, submetendo os contribuintes de forma cogente, a exigência
das taxas está sujeita às limitações constitucionais ao poder de tributar
(art. 150 da CF: legalidade, isonomia, irretroatividade, anterioridade,
vedação ao confisco). A fixação de preço público, de outro lado, independe
de lei; não sendo tributo, não está sujeito ás limitações do poder de
tributar. ” (PAULSEN, Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código

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AULA 01

Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência. 12ª ed. Livraria do


Advogado, 2010, p. 23) (grifos acrescidos)

Gabarito: A

Questão 33 – Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ/SP – 2006


Em relação às taxas, o nosso ordenamento jurídico, expressamente, dispõe:
a) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos.
b) A União, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir taxa para o
custeio do serviço de iluminação pública.
c) Os créditos tributários relativos a impostos incidentes sobre a propriedade
e a taxas pela prestação de serviços referentes a tal propriedade sub-rogam-
se na pessoa dos respectivos adquirentes.
d) As taxas têm como fato gerador a utilização efetiva ou potencial do poder
de polícia ou o exercício regular do serviço público específico e indivisível.
e) Ao se referir à imunidade recíproca, a Constituição Federal veda à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir taxas e impostos
uns dos outros.

Comentários
Alternativa A – Errada. Há vedação expressa na Constituição Federal, no
sentido de que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos
(art. 145, §2º).
Alternativa B – Errada. O STF declarou a inconstitucionalidade da instituição
de taxas para custeio do serviço de iluminação pública. Entendeu a Corte
Suprema que este serviço não é divisível, razão pela qual é incabível sua
remuneração mediante taxa. Atualmente, o art. 149-A da Constituição
Federal permite o custeio do serviço mediante contribuição específica.
Alternativa C – Correta. Esse é um assunto que veremos mais à frente,
responsabilidade por sucessão. A alternativa reproduz a literalidade do art.
130 do CTN, segundo o qual os créditos tributários relativos a impostos cujo
fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e
bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais
bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua
quitação.
Alternativa D – Errada. É exatamente o contrário. A utilização efetiva ou
potencial é referente aos serviços e o exercício regular é do poder de polícia.

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AULA 01

A alternativa misturou os conceitos. Vejamos novamente o esquema para


guardar bem os requisitos:

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA

ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS

UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
EFETIVA POTENCIAL

Quando o serviço for de


utilização compulsória e estiver
à disposição do contribuinte e
em pleno funcionamento.

Alternativa E – Errada. Trata-se da imunidade recíproca, prevista no art. 150,


VI, a, segundo o qual é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos
outros. Verifica-se que a imunidade abrange tão somente os impostos, não
dizendo respeito às taxas.
Gabarito: C

Questão 34 – Juiz Substituto – TJ/PE- 2011


A importância paga pelos usuários de nossas rodovias a título de pedágio
qualifica-se como
a) preço público.
b) tributo.
c) taxa de serviço público.
d) contribuição de melhoria.
e) preço compulsório.

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AULA 01

Comentários
Vimos que uma das diferenças entre taxa e preço público é que as taxas
remuneram os serviços públicos tipicamente estatais, prestados diretamente
pelo Poder Público, enquanto que os preços públicos remuneram os serviços
públicos que não são tipicamente estatais, os quais são delegados pelo Poder
Público e prestados por concessionárias.
Nesse sentido, no que diz respeito ao pedágio, o entendimento dominante
era de que terá natureza tributária, da espécie taxa, apenas quando
explorado diretamente pelo ente tributante, pois, como visto, o tributo é
prestação cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Não haveria que se falar em natureza tributária do pedágio quando este
fosse cobrado por concessionária.
Em decisão proferida em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, o STF
firmou definitivamente o entendimento de que o pedágio tem natureza
jurídica de preço público:
“EMENTA: TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. PEDÁGIO. NATUREZA
JURÍDICA DE PREÇO PÚBLICO. DECRETO 34.417/92, DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O pedágio cobrado pela
efetiva utilização de rodovias conservadas pelo Poder Público, cuja
cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da
Constituição de 1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço
público, não estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao
princípio da legalidade estrita. 2. Ação direta de inconstitucionalidade
julgada improcedente. ” (STF, ADI 800 – RS, Rel. Min. Teori Zavascki, Data
Julgamento: 11.06.2014)

Na ação, que contestava a cobrança do pedágio instituído pelo Decreto nº


34.417/92, do Estado do Rio Grande do Sul, foi sustentado que a cobrança de
pedágio somente poderia ser instituída por lei (legalidade estrita), por tratar-
se de taxa, uma espécie de tributo, e não de preço público. O decreto
impugnado estaria, portanto, sujeito aos princípios constitucionais da
legalidade e da anterioridade. No julgamento, entretanto, os ministros
presentes à sessão seguiram o voto do relator, ministro Teori Zavascki,
segundo o qual pedágio é preço público e, por conseguinte, não está sujeito
a tais princípios. E a razão, segundo ele, é que tributo é compulsório,
enquanto o preço público somente é cobrado pelo uso efetivo e voluntário
do serviço público prestado.
Em seu voto, o ministro relator defendeu que no atual estágio normativo
constitucional, o pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias não tem
natureza tributária, mas sim de preço público, não estando,
consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita. De acordo com

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AULA 01

o posicionamento da Corte, a natureza jurídica do pedágio independe de a


prestação ser realizada diretamente pelo próprio Estado e, ainda, da
existência ou não de vias alternativas que permitam outra opção de acesso.
Gabarito: A

Questão 35 – Juiz Substituto – TJ/AP – 2011


O tributo que tem por fato gerador o exercício regular do poder de polícia,
como, por exemplo, a fiscalização dos serviços notariais e registrais, é
denominado
a) imposto.
b) taxa.
c) contribuição de melhoria.
d) emolumento.
e) contribuição de interesse de categoria profissional ou econômica.

Comentários
Conforme estudamos até aqui, a taxa é o tributo que apresenta como um dos
possíveis fatos geradores o exercício regular do poder de polícia.
Logo, o tributo cabível seria a taxa.
Apesar de simples, a questão tenta induzir o candidato ao erro. Vejamos. O
art. 236 da Constituição Federal estabelece que os serviços notariais e de
registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público.
Define ainda que lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de
emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de
registro.
Isso poderia levar o candidato a pensar em preço público e emolumentos.
Porém, a questão não pede o tributo pelos serviços notariais, mas sim pela
sua fiscalização, que é realizada mediante atividade administrativa.
Gabarito: B

Questão 36 – Procurador – Pref. Recife – 2008


NÃO se inclui entre as características do tributo contribuição de melhoria:
a) ter competência comum para instituição.
b) ser vinculada a uma atividade estatal.

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AULA 01

c) ter por fato gerador a obra pública de que decorre valorização imobiliária.
d) ser instituída para fazer frente à obra pública a ser iniciada após sua
arrecadação.
e) ter por base de cálculo o quantum da valorização dos imóveis adjacentes à
obra.

Comentários
A Constituição Federal estabelece em seu art. 145, III, que a União, Estados,
DF e Municípios poderão instituir contribuição de melhoria, decorrente de
obras públicas.
Com validade nesse dispositivo constitucional, o CTN preceitua:
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.

Depreende-se do texto legal que o fato gerador da contribuição de melhoria


é a valorização do imóvel, decorrente de obra pública. Dessa forma, não basta
o Estado promover a obra próximo ao imóvel. Para fazer jus à cobrança da
contribuição, há que ocorrer a valorização do imóvel e que esta seja
decorrente da obra.
A contribuição de melhoria apresenta características de um tributo
contraprestacional, já que há uma ação estatal relativa ao contribuinte, qual
seja: a realização da obra. Exatamente por ser contraprestacional, o valor da
contribuição deve guardar relação com o custo da obra.
Nesse sentido, o próprio CTN estatui que o valor máximo individual é a
valorização decorrente da obra e o limite global (aquele arrecadado da
totalidade dos beneficiados) é a despesa realizada pelo ente público.
Esses limites fundamentam a atribuição do princípio do não
enriquecimento injusto às contribuições de melhoria. Com base nesse
princípio, não seria justo que a totalidade da sociedade arcasse com os custos
da obra indiretamente, enquanto que apenas um pequeno grupo foi
beneficiado com a valorização imobiliária. Por outro lado, ao estabelecer o
limite máximo a ser cobrado, o CTN também veda ao Estado o
enriquecimento sem causa, já que não pode arrecadar mais do que foi gasto
na obra.

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Alternativa A – Correta. A competência comum é aquela que, como o próprio


nome diz, é comum a todos os entes federados. Incluem-se nessa
competência, portanto, a instituição dos tributos que todos os entes podem
instituir. É, pois, aquela relativa à instituição de taxas e contribuições de
melhoria. Trata-se de competência comum porque a CF não determina qual
taxa ou contribuição de melhoria compete a cada ente, podendo ser
instituída por quem prestar o serviço, exercer o poder de polícia ou, ainda,
executar a obra pública.
Alternativa B – Correta. A contribuição de melhoria apresenta características
de um tributo contraprestacional, já que há uma ação estatal relativa ao
contribuinte.
Alternativa C – Correta. Este é o fato gerador da contribuição de melhoria,
previsto no art. 81 do Código Tributário Nacional.
Alternativa D – Errada. O fato gerador da contribuição de melhoria é a
valorização do imóvel, decorrente de obra pública. Logo, o tributo apenas
poderá ser exigido se houver a valorização, o que poderá ser verificado
apenas após a conclusão da obra. Dessa forma, não pode a obra ser iniciada
após a arrecadação da contribuição.
Alternativa E - Correta. Por ser um tributo contraprestacional, o valor da
contribuição deve guardar relação com o custo da obra.
Gabarito: D

Questão 37 – Auditor – TCE/AL – 2007


Um dos atributos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é
o fato de que as taxas
a) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria remuneram
serviços públicos específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à
disposição do usuário.
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
c) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e
divisíveis.
d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que somente
postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições
de melhoria é facultativo.

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AULA 01

e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria


têm como contrapartida a valorização imobiliária em decorrência da
realização de obras públicas.

Comentários
Alternativa A – Errada. A taxa representa espécie tributária e, por isso, é
compulsória e não facultativa. A contribuição de melhoria decorre de obra
pública da qual resulte valorização imobiliária e não da prestação de serviços.
Alternativa B – Errada. Tanto a taxa como a contribuição de melhoria são
tributos contraprestacionais, vale dizer, seus fatos geradores representam
uma atividade estatal voltada para o contribuinte.
Alternativa C - Errada. As taxas remuneram os serviços públicos específicos
e divisíveis. Já a contribuição de melhoria decorre de obra pública da qual
resulte valorização imobiliária.
Alternativa D – Errada. A contribuição de melhoria representa espécie
tributária e, por isso, é compulsória e não facultativa.
Alternativa E – Correta. Este é elemento diferenciador mais notório entre as
taxas e contribuições de melhoria, a saber: seus fatos geradores.
Gabarito: E

Questão 38 - Juiz Substituto - TJ/GO – 2012


Analise os itens a seguir:
I. Pavimentação asfáltica é fato gerador de taxa de serviço específico e
divisível; deve ter valor fixo para todos os beneficiários da obra.
II. Serviço de coleta de lixo domiciliar é fato gerador de taxa de serviço
específico e indivisível; deve ter valor fixo para todos os beneficiários do
serviço, desde que haja efetiva fruição.
III. A concessão de alvará de construção pode ser remunerada por taxa de
polícia, pois se trata de exercício regular do poder de polícia.
IV. O imposto pode ter por fato gerador serviços públicos indivisíveis, assim
como o serviço de iluminação pública.
V. A destinação do produto da arrecadação é irrelevante para definir a
natureza jurídica do tributo como imposto.
É correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

b) I e IV.
c) II e III.
d) III e V.
e) IV e V.

Comentários
Item I – Errado. As taxas de serviço somente podem ser exigidas quando
houver prestação de serviço específico e divisível. Obras públicas poderiam
ensejar a instituição de contribuição de melhoria. Apesar dessa possibilidade,
os tribunais superiores têm entendido que não cabe contribuição de
melhoria para custear obra de recapeamento asfáltico quando já houver
asfaltamento na via.
Item II – Errado. O serviço de coleta domiciliar de lixo é específico e divisível,
passível de custeio via taxa. A assertiva diz ser indivisível o serviço. Além disso,
o valor cobrado não dever ter valor fixo, pois deve ser mensurado de acordo
com a contraprestação estatal.
Item III – Correto. A concessão de alvará de construção requer a fiscalização
do órgão competente, ensejando a instituição da taxa de polícia.
Item IV – Errado. O imposto é tributo que independe de contraprestação
estatal. Seus fatos geradores estão relacionados a uma manifestação de
riqueza por parte do contribuinte.
Item V – Correto. A assertiva traduz a regra geral para a determinação da
natureza jurídica do tributo, prevista no art. 4º do CTN. Porém, apesar de esta
ser a regra geral, é importante destacar que, a partir da CF/88, para a
identificação dos empréstimos compulsórios e das contribuições especiais é
necessária a análise do destino da arrecadação.
Gabarito: D

Questão 39 – Auditor Fiscal – SEFAZ/PI – 2015


Com base nas normas da Constituição Federal e do Código Tributário
Nacional, a contribuição de melhoria
a) pode ser cobrada da União, em relação a terreno baldio de sua
propriedade, por Município que tenha realizado obra pública da qual tenha
resultado valorização do referido imóvel.
b) é uma espécie de contribuição pertencente ao gênero das contribuições
sociais.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

c) pode ser cobrada em razão de obra realizada em imóvel pertencente ao


próprio ente tributante, no qual funciona repartição pública, e da qual tenha
resultado valorização do imóvel.
d) só pode ser cobrada pela União, a quem cabe instituir contribuições de
todas as espécies.
e) tem como limite total a despesa orçada para a obra pública a ser realizada.

Comentários
Alternativa A – Correta. Embora a União usufrua da imunidade recíproca,
esta veda apenas a incidência de impostos, não atingindo a contribuição de
melhoria.
Alternativa B – Errada. A contribuição de melhoria é espécie autônoma de
tributo, não sendo classificado junto com as demais contribuições.
Alternativa C – Errada. Sem sentido a alternativa. A obra deve ser pública e
não diretamente no imóvel. Além disso, é inconcebível que o ente tributante
cobre dele mesmo a contribuição.
Alternativa D – Errada. A contribuição de melhoria é de competência
comum, cabendo ao ente que efetuar a obra.
Alternativa E – Errada. O limite total da contribuição de melhoria é o gasto
realizado e não o orçado.
Gabarito: A

Questão 40 – Procurador do Estado – PGE/SE – 2005


Um dos elementos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é
o fato de que as taxas
a) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e
divisíveis.
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
c) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente
valorização imobiliária.
d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas postos
à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de
melhoria é facultativo.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria


têm como contrapartida apenas a valorização imobiliária.

Comentários
Alternativa A – Errada. As taxas remuneram os serviços públicos específicos
e divisíveis. Já a contribuição de melhoria decorre de obra pública da qual
resulte valorização imobiliária.
Alternativa B – Errada. Tanto a taxa como a contribuição de melhoria são
tributos contraprestacionais, vale dizer, seus fatos geradores representam
uma atividade estatal voltada para o contribuinte.
Alternativa C - Correta. Este é elemento diferenciador mais notório entre as
taxas e contribuições de melhoria: seus fatos geradores.
Alternativa D – Errada. A contribuição de melhoria representa espécie
tributária e, por isso, é compulsória e não facultativa.
Alternativa E – Errada. Não é apenas a valorização imobiliária que constitui
o fato gerador da contribuição de melhoria. A valorização tem que decorrer
de obra pública. Por exemplo, a construção de um shopping que acabe por
valorizar um grupo de imóveis em determinada localidade não ensejará a
instituição da contribuição.
Gabarito: C

Questão 41 - Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ/RJ – 2014


O Estado do Rio de Janeiro decidiu realizar obras públicas para conter as
enchentes que assolavam um determinado município hipotético de seu
território. Essas obras consistiam em elevar as margens do rio que banhava
esse município e incluíam, em decorrência disso, a abertura de vias públicas
largas e modernas, recuperação da região degradada e, inclusive, a realização
de obras de paisagismo.
As obras públicas a serem realizadas foram orçadas em R$ 250.000,00, valor
esse a ser integralmente financiado por contribuição de melhoria.
Estudos efetuados demonstraram que a zona a ser beneficiada pelas obras
abrangeria cinco imóveis da região, sendo que a valorização média esperada
desses imóveis seria de 20%.
Com base nisso, o Estado promoveu o lançamento da contribuição de
melhoria, cobrando, de cada um dos cinco imóveis localizados na região
beneficiada, contribuição de melhoria equivalente a 20% do valor do imóvel,
resultando na seguinte situação:

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Contribuição de Melhoria Valorização efetiva, constatada


Imóvel Valia (R$)
Cobrada (R$) em razão da obra

I 100.000,00 20.000,00 não teve valorização alguma

II 200.000,00 40.000,00 passou a valer 225.000,00

III 300.000,00 60.000,00 passou a valer 345.000,00

IV 400.000,00 80.000,00 passou a valer 480.000,00

V 500.000,00 100.000,00 passou a valer 625.000,00

Considerando as informações acima, é correto afirmar:


a) Considerando que a valorização do imóvel V (R$ 125.000,00) é equivalente
a 46,29% da soma total das valorizações individuais de cada imóvel (R$
270.000,00), o Estado poderá aplicar esse índice de 46,29%, sobre o valor do
imóvel antes da sua valorização, para fins de cálculo do valor da contribuição
de melhoria por ele devida.
b) Todos os cinco imóveis deveriam pagar contribuição de melhoria, pois as
obras realizadas trouxeram vários tipos de benefícios à região, como, por
exemplo, o fim das enchentes e o embelezamento da área.
c) O Estado poderá cobrar contribuição de melhoria de todos os imóveis que
se valorizaram em decorrência da obra em questão, tendo como único valor
máximo limite, para essa cobrança, o montante equivalente à valorização que
cada imóvel sofreu em decorrência das obras realizadas.
d) Embora os imóveis valorizados em decorrência da obra em questão
tenham tido uma valorização média de 20%, o Estado poderá cobrar, de
todos eles, linearmente, contribuição de melhoria calculada com base na
aplicação do percentual de 18% sobre o valor do imóvel antes da realização
da obra.
e) Se o fator individual de valorização do imóvel II, apurado com base na
legislação própria, fosse igual a 0,074 (ou 7,4%), a contribuição de melhoria
relativa a esse imóvel poderia ser determinada e, posteriormente, lançada e
cobrada, mediante o rateio do custo total da obra por esse fator individual de
valorização.

Comentários
Alternativa A – Errada. O limite individual para a cobrança é o valor da
valorização do imóvel.
Alternativa B – Errada. O fato gerador da contribuição de melhoria é a
valorização do imóvel, decorrente de obra pública. Dessa forma, não basta o

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Estado promover a obra. Para fazer jus à cobrança da contribuição, há que


ocorrer a valorização do imóvel e que esta seja decorrente da obra. O imóvel
I não teve valorização, por isso não deve incidir a contribuição de melhoria.
Alternativa C – Errada. Além do limite individual, observado para cada
imóvel, o Estado não poderá cobrar mais do que o custo total da obra. Esse é
o limite global, com fundamento no princípio do não enriquecimento injusto.
Alternativa D – Errada. Como vimos, a valorização de cada imóvel deve ser
observada individualmente para fins de cobrança. Aplicar um mesmo
percentual para todos os imóveis seria dizer que todos valorizaram da
mesma forma, o que não foi o caso da questão.
Alternativa E – Correta. A assertiva retrata o disposto no art. 82, §1º, do CTN,
segundo o qual a contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo
rateio da parcela do custo da obra, pelos imóveis situados na zona
beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
Gabarito: E

Questão 42 – Auditor Fiscal do Tesouro Municipal – Pref. São Paulo – 2012


A realização de obras públicas, que transformaram uma região
anteriormente pantanosa em um belo e aprazível parque, ocasionou a
valorização da maior parte dos imóveis localizados em suas proximidades, da
seguinte maneira:
− o imóvel "A", que valia R$ 4.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício de valorização de 200%, passando a valer R$
12.000.000,00.
− o imóvel "B", que valia R$ 3.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício da valorização de 100%, passando a valer R$
6.000.000,00.
− o imóvel "C", que valia R$ 2.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício da valorização de 50%, passando a valer R$
3.000.000,00.
− o imóvel "D" não teve valorização alguma em decorrência das obras
realizadas.
Obs.: Todos os quatro imóveis têm a mesma área de terreno e o que
determinou a diferença nos fatores de absorção do benefício da valorização
foram elementos alheios à dimensão do terreno.
O custo total da obra foi orçado em R$ 6.000.000,00 e a referida contribuição
deverá custeá-la integralmente.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Com base nessas informações e considerando que o município em questão


editou lei ordinária estabelecendo a cobrança de contribuição de melhoria
para fazer face ao custo dessa obra, é correto afirmar que
a) a municipalidade poderá exigir do proprietário do imóvel "C" contribuição
de melhoria no valor de R$ 500.000,00, mesmo que seu imóvel tenha sido
valorizado em R$ 1.000.000,00, desde que o limite total da exigência referente
ao custo da obra não ultrapasse R$ 6.000.000,00.
b) os proprietários dos imóveis "A", "B", "C" e "D" deverão pagar contribuição
de melhoria, pois estão na zona beneficiada.
c) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C" deverão pagar contribuição de
melhoria, desde que a fixação das bases de cálculo e dos fatos geradores
respectivos sejam estabelecidos por lei complementar.
d) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C", que tiveram seus imóveis
efetivamente valorizados com a obra, deverão ratear integralmente o valor
de custo da obra, com base na área do terreno de cada um deles, cabendo a
cada um o valor de R$ 2.000.000,00.
e) a municipalidade poderá exigir, cumulativamente, de todos os quatro
proprietários, contribuição de melhoria em valor igual ao da valorização de
seus respectivos imóveis, cabendo ao imóvel "A" pagar R$ 8.000.000,00, ao
imóvel "B" pagar R$ 3.000.000,00, ao imóvel "C" pagar R$ 1.000.000,00 e não
cabendo nada a "D", perfazendo um total de R$ 12.000.000,00.

Comentários
O CTN estatui que o valor máximo individual é a valorização decorrente da
obra e o limite global (aquele arrecadado da totalidade dos beneficiados) é a
despesa realizada pelo ente público.
Por conseguinte, o proprietário do imóvel D não deverá pagar a contribuição,
eis que não houve qualquer valorização decorrente da obra.
Para os imóveis A, B e C, haverá incidência da contribuição, desde que o valor
máximo para cada um deles não ultrapasse a respectiva valorização. Assim,
temos os limites máximos:
A – 6.000.000, pois apesar de ter valorizado 8.000.000, deve-se observar como
limite global o custo total da obra.
B – 3.000.000 este é o valor da sua valorização
C – 1.000.000 este é o valor da sua valorização

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Alternativa A – Correta. Se o valor máximo a ser exigido de C é de 1.000.000,


por óbvio poderia ser exigido um valor menor, caso a contribuição seja
instituída para custear parcialmente a obra.
Alternativa B – Errada. O proprietário do imóvel D não deve pagar a
contribuição.
Alternativa C – Errada. A Constituição Federal determina que lei
complementar de normas gerais defina as bases de cálculos e os fatos
geradores dos impostos discriminados na própria Constituição. Essa
disciplina não vale para a contribuição de melhoria. Não obstante, o Decreto-
Lei 195/67 cumpre o papel de normas gerais em matéria de contribuição de
melhoria.
Alternativa D – Errada. Como vimos, o valor máximo que o proprietário do
imóvel C deveria pagar seria de 1.000.000.
Alternativa E – Errada. O imóvel D não sofrerá a incidência da contribuição,
pois não ocorreu para ele o fato gerador. Além disso, para os demais, há que
se observar o limite global da obra, qual seja, 6.000.000.
Gabarito: A

Questão 43 – Auditor – TCE/SP – 2008


Os empréstimos compulsórios
a) são tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal.
b) podem ser criados por lei complementar com a finalidade de enxugamento
da moeda em circulação na economia, desde que sejam restituídos no prazo
de dois anos.
c) são instituídos por Decreto, para atender a despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência.
d) podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido
publicada a lei que os houver instituído em casos de despesas
extraordinárias, decorrentes de calamidade pública ou guerra externa.
e) são tributos instituídos pela União, por meio de lei ordinária, observando-
se o princípio da anterioridade.

Comentários
As questões que versam sobre empréstimos compulsórios, geralmente,
costumam cobrar de duas formas: questionando a sua natureza tributária ou
explorando as suas características previstas no art. 148 da Constituição
Federal.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

A Constituição Federal prevê, em seu art. 148:


Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir
empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Certa controvérsia surgiu acerca da natureza tributária dos empréstimos


compulsórios. Uma parcela da doutrina defendia que, por se tratar de algo
restituível, com fundamento no parágrafo único do art. 15 do CTN, estaria
afastada a natureza tributária dos empréstimos compulsórios. No entanto,
devemos lembrar que, para ser considerado tributo, a prestação deve
atender às exigências do art. 3º do CTN.
Analisando as características do empréstimo compulsório, constatamos que
ele atende ao disposto no art. 3º do Código Tributário Nacional, sendo
considerado, portanto, tributo. Com o advento da CF/88 e após decisões do
STF defendendo a natureza tributária dos empréstimos compulsórios, essa
teoria doutrinária perdeu força.
Temos que, além da competência exclusiva da União, somente pode ser
instituído mediante lei complementar. Por conseguinte, leis ordinárias
ou medidas provisórias não são instrumentos válidos para a criação do
empréstimo compulsório.
Com efeito, o próprio texto constitucional o definiu como um tributo de
arrecadação vinculada, ao estabelecer que os recursos arrecadados
deverão ser aplicados na despesa que autorizou a sua instituição.
Alternativa A – Errada. A competência para instituição de empréstimos
compulsórios é apenas da União.
Alternativa B – Errada. A instituição do empréstimo compulsório é para
atender a despesas extraordinárias ou para investimento de caráter urgente,
e não para regular a economia ou tirar a moeda de circulação como diz a
alternativa.
Alternativa C – Errada. Uma das características do empréstimo compulsório
é a exigência de lei complementar para a sua instituição. Nem mesmo as leis
ordinárias têm poderes para veicular matéria reservada constitucionalmente
à disciplina de lei complementar.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Alternativa D – Correta. Se o empréstimo compulsório for instituído para


atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência figurará como exceção ao princípio da
anterioridade.
Alternativa E – Errada. Como vimos, apenas por meio de lei complementar
será possível a instituição de empréstimos compulsórios.
Gabarito: D

Questão 44 – Auditor de Tributos Estaduais – SEFAZ/RO – 2010


Sobre as características das espécies de tributos, é correto afirmar que
a) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma
atividade estatal.
b) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra
pública.
c) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma prévia
atividade estatal, qual seja, obra pública.
d) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode
ser instituído por medida provisória em caso de investimento urgente.
e) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de
competência exclusiva dos Estados e Distrito Federal.

Comentários
Alternativa A – Errada. Da própria definição de imposto, prevista no art. 16
do CTN, decorre que não se trata de um tributo tipicamente
contraprestacional, ou seja, o imposto independe de qualquer atividade
estatal específica.
Alternativa B – Errada. A taxa tem como possíveis fatos geradores a
utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis ou
o exercício regular do poder de polícia.
Alternativa C – Correta. Apenas poderá ser instituída a contribuição de
melhoria se houver obra pública. Vale observar, contudo, que a obra não é o
fato gerador da contribuição, mas a valorização imobiliária decorrente desta
obra.
Alternativa D – Errada. Afirmar que determinado tributo é de competência
comum é o mesmo que dizer que são competentes para instituí-lo tanto a
União como Estados, DF e Municípios. Porém, no caso específico dos

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

empréstimos compulsórios, apenas a União detém a competência para


instituição.
Alternativa E – Errada. A competência para instituição de contribuição para
o custeio do serviço de iluminação pública está prevista no art. 149-A da
Constituição Federal, que a confere apenas aos Municípios e DF.
Gabarito: C

Questão 45 – Agente Fiscal de Rendas– SEFAZ/SP – 2009


Os Empréstimos Compulsórios
a) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não
sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade.
b) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter urgente
e de relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse caso, a
observância ao princípio da anterioridade.
c) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, observando-se a competência material de cada um desses
entes políticos.
d) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as causas
de sua criação.
e) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua
instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo
Compulsório desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição.

Comentários
Alternativa A – Correta. Esta é a previsão do art. 148, I, da Constituição
Federal.
Alternativa B – Errada. A exceção ao princípio da anterioridade é válida
apenas para os empréstimos compulsórios instituídos no caso de guerra ou
calamidade. No caso de investimento público de caráter urgente, há que se
observar a aplicação do referido princípio.
Alternativa C – Errada. A Constituição confere a competência para instituição
de empréstimos compulsórios apenas à União.
Alternativa D – Errada. A alternativa tenta confundir o empréstimo
compulsório com o imposto extraordinário de guerra, previsto no art. 154, II,
da CF/88, segundo o qual, a União poderá instituir na iminência ou no caso

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua


competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas
as causas de sua criação.
Alternativa E – Errada. O empréstimo compulsório é tributo de arrecadação
vinculada, nos termos da Constituição Federal, art. 148, parágrafo único.
Gabarito: A

Questão 46 – Juiz Federal – TRF/5ª – 2001


As contribuições sociais, em nosso sistema tributário,
a) não têm natureza tributária.
b) somente podem ser instituídas pela União.
c) podem ser instituídas pelos Estados e Municípios, para custeio do sistema
de previdência de seus servidores.
d) previdenciárias aumentadas num exercício, só podem ser cobradas no
primeiro dia do exercício seguinte.
e) não precisam observar os princípios da legalidade e da anterioridade.

Comentários
Há situações em que o Estado atua em atenção a um determinado grupo de
contribuintes. Não se trata de uma ação genérica, a toda coletividade, a ser
custeada mediante a imposição de impostos. Também não configura uma
ação específica e divisível que enseje a cobrança de taxa, mas ações com
finalidades determinadas, estabelecidas na própria Constituição Federal
como situações a serem custeadas mediante uma forma específica de
tributação: a contribuição.
Vejamos o que diz a CF/88 em seu art. 149:
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais,
de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e
sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições
a que alude o dispositivo.

Observamos que a CF autoriza a União, e somente ela, a instituir as seguintes


contribuições:
• Contribuições sociais;

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AULA 01

• Contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE); e


• Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas.

Nessa linha, a partir do disposto no caput do art. 149, podemos assinalar uma
observação importante: a competência exclusiva da União para instituir as
contribuições. Essa é a regra geral, que comporta duas exceções: as
contribuições previstas no próprio art. 149, §1º, e no art. 149-A. Senão,
vejamos:
Art. 149. § 1º. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício
destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não
será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos
da União.

Vemos, portanto, que a CF autoriza os Estados, DF e Municípios a instituir


contribuição a ser cobradas dos seus servidores sujeitos ao regime próprio
de previdência. Vale observar que, uma vez criado o regime próprio de
previdência de cada ente, este poderá instituir a contribuição que não poderá
ser inferior à contribuição que a União cobra dos seus servidores, atualmente
fixada em 11%.
A outra exceção é a contribuição para o custeio do serviço de iluminação
pública – COSIP, prevista no art. 149-A:
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição,
na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação
pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o
caput, na fatura de consumo de energia elétrica.

Vale notar, ainda, pela denominação das espécies de contribuição, que a


Constituição lhes confere uma finalidade específica. Ou seja, elas devem ser
criadas para atender uma finalidade, voltada para um grupo específico de
contribuintes. Por exemplo, as contribuições de interesse das categorias
profissionais ou econômicas devem ser direcionadas em prol destas
categorias. Daí a importância de se avaliar o destino legal da arrecadação
dessas contribuições, pois isso é um requisito constitucional para a sua
validade.
Por este motivo, a lei que instituir determinada contribuição deve, além de
prever a finalidade específica deste tributo, conferir um destino à sua

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AULA 01

arrecadação de forma a se atingir a finalidade prevista. Do contrário, perderia


a sua validade.
Alternativa A – Errada. As contribuições sociais atendem todos os requisitos
previstos no CTN e se sujeitam às limitações constitucionais ao poder de
tributar. São, portanto, tributos.
Alternativa B – Errada. Apesar de a regra geral ser a competência exclusiva
da União, a Constituição prevê duas exceções, como vimos.
Alternativa C – Correta. Esta é a exceção prevista no art. 149, §1º, da CF/88.
Alternativa D – Errada. As contribuições para a Seguridade Social figuram
como exceção ao princípio da anterioridade, observando apenas a
anterioridade nonagesimal.
Alternativa E – Errada. As contribuições sociais são exceção à anterioridade,
mas obedecem ao princípio constitucional da legalidade.
Gabarito: C

Questão 47 – Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ/SP – 2006


Sobre as contribuições relacionadas na Constituição Federal, é correto
afirmar que
a) as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não
incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
b) os recursos arrecadados com a contribuição de intervenção no domínio
econômico serão destinados, exclusivamente, para ações e serviços públicos
de saúde e para a manutenção e desenvolvimento do ensino.
c) a União tem competência privativa para instituir contribuição
previdenciária dos servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores
titulares de cargos efetivos da União.
d) às contribuições sociais aplicam-se os princípios constitucionais da
anterioridade (ano-calendário) e da anterioridade nonagesimal (noventena),
cumulativamente.
e) todas as contribuições relacionadas na Constituição Federal são
denominadas "contribuições parafiscais", porque ocorre o fenômeno
denominado "parafiscalidade".

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Comentários
Alternativa A – Correta. A alternativa reproduz o disposto no art. 149, §2º, I,
da Constituição, segundo o qual as contribuições sociais e de intervenção no
domínio econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de
exportação.
Alternativa B – Errada. O Estado muitas vezes precisa regular algum setor
econômico e, quando assim o faz, geralmente atua de duas formas:
fiscalização ou atividades de fomento, como o desenvolvimento de pesquisas
em favor deste setor. É mais do que óbvio que a receita arrecadada seja
direcionada ao setor cuja intervenção foi direcionada e não exclusivamente
para ações e serviços públicos de saúde e desenvolvimento do ensino como
diz a assertiva.
Alternativa C – Errada. A contribuição para custeio de planos de previdência
dos servidores é de competência de cada ente tributante. Esta é a definição
do art. 149, §1º, da Constituição.
Alternativa D – Errada. As contribuições para a seguridade social figuram
como exceção ao princípio da anterioridade, observando apenas a
anterioridade nonagesimal.
Alternativa E – Errada. A parafiscalidade ocorre quando o ente tributante
delega a atividade de arrecadação a outra entidade, cabendo a esta ainda os
valores arrecadados. Nem todas as contribuições são parafiscais.
Gabarito: A

Questão 48 – Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ/SP – 2009


A respeito das contribuições sobre o domínio econômico, é correto afirmar
que
a) a sua hipótese de incidência é vinculada à atuação estatal, devendo atingir
o particular de modo específico e divisível.
b) incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
c) incidirão sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços.
d) deve ser instituída por lei complementar, em razão de sua natureza
excepcional.
e) a lei que a institui deverá indicar prazos e condições em que os valores
serão restituídos.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Comentários
Alternativa A – Errada. É justamente para cobrir o custo das atividades de
fomento que a União, exclusivamente, pode instituir a contribuição de
intervenção no domínio econômico, que recai, na maioria das vezes, sobre
aqueles que compõem o setor atingido. Entretanto, o STF tem entendido que
a contribuição pode ter a sua base imponível alargada, atingindo mesmo
aqueles que se encontram fora do setor que sofreu a intervenção da União.
Alternativa B – Errada. Nos termos do art. 149, §2º, I, da Constituição, as
contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não incidirão
sobre as receitas decorrentes de exportação.
Alternativa C – Correta. Assim dispõe o art. 149, §2º, II, da CF/88.
Alternativa D – Errada. A Constituição Federal não exige a edição de lei
complementar para instituição das contribuições sociais. Tal exigência
apenas atinge as denominadas contribuições residuais, previstas no art. 195,
§4º, da Constituição Federal.
Alternativa E – Errada. As contribuições não são passíveis de devolução. Esta
possibilidade apenas se aplica aos empréstimos compulsórios.
Gabarito: C

Questão 49 – Procurador – Pref. Salvador – 2006


Na forma das respectivas leis, poderão instituir contribuição para o custeio
do serviço de iluminação pública:
a) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observado o
disposto no artigo 150, I e III, da Constituição Federal.
b) a União e os Estados, observado o disposto no artigo 150, III, "b" e "c", da
Constituição Federal.
c) os Estados e o Distrito Federal, observado o disposto no artigo 150, I e III,
da Constituição Federal.
d) o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, I e
III, da Constituição Federal.
e) a União e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, III, "b", da
Constituição Federal.

Comentários
Segundo a Corte Suprema, o serviço de iluminação pública não pode ser
considerado específico e divisível, a fim de ter o seu custeio mediante taxa.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Desse entendimento resultou a Súmula 670 do STF. Com isso, os Municípios


perderam parcela da sua arrecadação, não podendo mais instituir taxa para
cobrir tal despesa.
Ocorre que, com a Emenda Constitucional nº 30/2002, a CF passou a autorizar
a instituição de contribuição para custear esta despesa, autorizando os
Municípios e o DF a instituírem a contribuição para o custeio da iluminação
pública.
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição,
na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação
pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o
caput, na fatura de consumo de energia elétrica.

Gabarito: D

Questão 50 – Procurador – TCE/PR – 2005


A Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública, recém introduzida em
nosso sistema tributário,
a) tem natureza extrafiscal.
b) é uma contribuição sui generis que pode ser instituída pelos Municípios ou
Distrito Federal.
c) é uma contribuição que somente pode ser instituída pelos Municípios.
d) é uma contribuição que pode ser instituída por quaisquer dos entes
políticos.
e) equipara-se às taxas.

Comentários
Essa questão foi baseada em uma importante decisão do STF acerca da
contribuição para o custeio da iluminação pública. Vejamos:
“CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
– COSIP. ART. 149-A DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL... iii – Tributo de caráter
sui generis, que não se confunde com um imposto, porque sua receita se
destina a finalidade específica, nem com uma taxa, por não exigir a
contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte. ” (STF,
Pleno, RE 573.675, Rel. Min RICARDO LEWANDOWSKI, mar/09)

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Alternativa A – Errada. Não há verificação de caráter extrafiscal na COSIP.


Sua cobrança não visa à regulação de algum setor econômico nem influencia
no comportamento de consumo dos contribuintes.
Alternativa B – Correta. A COSIP constitui contribuição sujeita a disciplina
própria.
Alternativa C – Errada. O Distrito Federal também possui competência para
instituição, prevista no art. 149-A da CF/88.
Alternativa D – Errada. Com fundamento no art. 149-A da CF/88, apenas os
municípios e o DF têm competência para instituir a COSIP.
Alternativa E – Errada. Como vimos na própria definição do STF, a COSIP
difere da taxa por não exigir a contraprestação individualizada de um serviço
ao contribuinte.
Gabarito: B

Questão 51 – Procurador – PGE/MA – 2003


Em nosso sistema tributário, as contribuições interventivas no domínio
econômico
a) podem ser instituídas pela União, Estados ou Municípios.
b) poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados.
c) poderão incidir sobre operações que destinem petróleo ao exterior.
d) não observam o princípio da legalidade.
e) não observam o princípio da anterioridade.

Comentários
A questão se reponde pela análise do art. 149, §2º, da Constituição Federal:
Art. 149. §2º. As contribuições sociais e de intervenção no domínio
econômico de que trata o caput deste artigo:
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
II – incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou
serviços;
III – poderão ter alíquotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da
operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Alternativa A – Errada. A competência é exclusiva da União


Alternativa B – Correta. Previsão do art. 149, §2º, II.
Alternativa C – Errada. Vedação expressa no art. 149, 2º, I.
Alternativa D – Errada. As CIDE, em regra, observam o princípio da
legalidade. A exceção é a CIDE-Combustíveis.
Alternativa E – Errada. As CIDE obedecem ao princípio da anterioridade.
Gabarito: B

Questão 52 – Procurador – Pref. Recife – 2003


A respeito das obrigações abaixo, é correto afirmar que
a) a contribuição de melhoria pode ser validamente instituída no caso de obra
pública de relevante interesse local, podendo, inclusive, ser cobrada antes
mesmo da realização da referida obra.
b) as tarifas estão submetidas ao regime jurídico tributário.
c) as taxas são tributos não vinculados, pois tem como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua
disposição.
d) o fato gerador dos impostos deve estar vinculado a uma atividade estatal
específica.
e) os Municípios podem instituir contribuição para o custeio do serviço de
iluminação.

Comentários
Alternativa A - Errada. O fato gerador da contribuição de melhoria é a
valorização do imóvel, decorrente de obra pública. Logo, o tributo apenas
poderá ser exigido se houver a valorização, o que poderá ser verificado
apenas após a conclusão da obra. Dessa forma, não pode a obra ser iniciada
após a arrecadação da contribuição.
Alternativa B – Errada. A fixação de tarifa ou preço público, de outro lado,
independe de lei; não sendo tributo, não está sujeito às limitações do
poder de tributar.
Alternativa C – Errada. É exatamente pela exigência de uma ação estatal que
as taxas são tributos vinculados.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Alternativa D – Errada. Os impostos são tributos não vinculados, vale dizer,


seu fato gerador independe de qualquer ação estatal.
Alternativa E – Correta. Competência prevista no art. 149-A da Constituição
Federal.
Gabarito: E

Caro aluno,
Com isso chegamos ao final da nossa aula demonstrativa.
Aguardo você na próxima aula.
Para mim será um prazer tê-lo conosco ao longo do curso.
Veja a seguir o RESUMO ESQUEMATIZADO dos assuntos tratados nesta aula.
Um grande abraço e bons estudos!

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Principais pontos abordados na AULA 01

Receitas públicas
Apesar da grande participação dos tributos (e demais receitas derivadas) na
arrecadação dos entes federados, outras formas de ingresso, mais precisamente as
receitas originárias, ainda que em volume bem menor, também abastecem os cofres
públicos.

• Relações de Direito Privado


• Exploração do próprio patrimônio do Estado
RECEITAS ORIGINÁRIAS
• Isonomia entre as partes
• Ex.: rendimento de aplicações

• Relações de Direito Público


• Exploração do patrimônio particular
RECEITAS DERIVADAS • Poder de imperío do Estado
• Desigualdade entre as partes
• Ex.: tributos

Conceito de tributo
Para se enquadrar no conceito de tributo a prestação deve cumprir TODAS as
exigências do CTN em seu art. 3º, totalizando 6 características:

 pecuniária
 compulsória

TRIBUTO É  em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir


PRESTAÇÃO  que não constitui sanção de ato ilícito
 instituída em lei
 cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada

Do conceito legal de tributo, podemos extrair que tributo e multa não se


confundem. São dois institutos distintos.

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Classificação dos tributos


Quanto ao objetivo da instituição

FISCAL Tem por objetivo arrecadar, abastecer os cofres públicos. Ex.: ICMS

Visa regular algum setor econômico ou social, influenciando no


EXTRAFISCAL Ex.: II
comportamento do mercado.

O ente que detém a competência delega a outra entidade a capacidade


PARAFISCAL Ex.: CREA
para fiscalizar e cobrar, além de destinar os recursos arrecadados.
Quanto à atuação estatal
O fato gerador ocorre em função de alguma ação estatal relativa ao
VINCULADO Ex.: Taxas
contribuinte.

Surge devido a alguma ação do próprio contribuinte, independente de


NÃO VINCULADO Ex.: Impostos
qualquer ação do Estado.
Quanto aos aspectos pessoais do contribuinte
Os aspectos pessoais do contribuinte são levados em consideração na
PESSOAL Ex.: IR
tributação.

Incide sobre bens e não leva em consideração aspectos pessoais do


REAL Ex.: IPTU
contribuinte.
Quanto à pessoa que suporta o õnus da tributação
O contribuinte definido em lei é aquele que arca com o ônus da
DIRETO Ex.: IPVA
tributação.

O ônus é transferido para terceiro, que, apesar de não ser contribuinte,


INDIRETO Ex.: ICMS
acaba suportando a carga tributária.
Quanto ao destino legal do produto da arrecadação

ARRECADAÇÃO Os recursos arrecadados têm uma destinação específica e não podem ser Ex.: Emp.
VINCULADA utilizados livremente pelo ente tributante. Compulsórios

ARRECADAÇÃO O ente tributante é livre para aplicar os recursos arrecadados da forma


Ex.: Impostos
NÃO VINCULADA que melhor entender.

Espécies tributárias – CTN x CF/88 e STF

DIVISÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS SEGUNDO O CTN

TRIPARTIÇÃO OU TEORIA TRIPARTIDA

IMPOSTOS

TAXAS

CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA

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AULA 01

DIVISÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS SEGUNDO A CF/88

PENTAPARTIÇÃO OU TEORIA PENTAPARTIDA

IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (sociais, de intervenção, corporativas)

Na inteligência do CTN, pouco importa o nome, as formalidades ou o destino do


produto da arrecadação. O que vale para identificar a espécie tributária é o fato
gerador do tributo.
Por outro lado, a partir da pentapartição, o destino legal da arrecadação é
requisito constitucional para a validade das contribuições especiais e para os
empréstimos compulsórios.

Conceito de imposto
CTN - Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.

Nos impostos o fato gerador é um FATO DO CONTRIBUINTE.

Princípio da capacidade contributiva


CF/88 – Art. 145, §1º Sempre que possível, os impostos terão caráter
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.

PROGRESSIVIDADE Mais aplicável aos impostos pessoais


CAPACIDADE
CONTRIBUTIVA
SELETIVIDADE Mais aplicável aos impostos reais

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Taxas
EXERCÍCIO REGULAR DO
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
PODER DE POLÍCIA

ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS

UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
EFETIVA POTENCIAL

Quando o serviço for de


utilização compulsória e estiver
à disposição do contribuinte e
em pleno funcionamento.

Nas taxas o fato gerador é um FATO DO ESTADO. Tributo contraprestacional.


Taxa de serviço
Para o serviço ser específico, é necessário que exista um órgão responsável pela
sua prestação. O CTN fala em utilidade ou necessidade pública.
Nos termos do CTN, o serviço é divisível quando suscetível de utilização,
separadamente, por cada um dos usuários.

SERVIÇO DE UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO EFETIVA


COMPULSÓRIA UTILIZAÇÃO POTENCIAL, bastando
que o serviço seja posto à disposição

DEMAIS SERVIÇOS apenas UTILIZAÇÃO EFETIVA

A utilização efetiva representa a situação em que o contribuinte utiliza de fato o


serviço, ou seja, faz uso da atividade estatal que enseja a cobrança da taxa.
Já a utilização potencial, representa a situação em que o contribuinte tem o serviço
posto à sua disposição, utilize efetivamente ou não. Entenderemos melhor por meio
de um exemplo.

• Serviços específicos E divisíveis


TAXAS DE
• Utilização efetiva OU potencial
SERVIÇO
• Serviços prestados ou postos à disposição

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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01

Taxa de polícia
CTN - Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade,
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade
que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Base de cálculo das taxas


CF/88 – Art. 145, §2º. As taxas não poderão ter base de cálculo
própria de impostos.

Súmula Vinculante 29 do STF


É constitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de um ou mais
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que
não haja integral identidade entre uma base e outra.

Taxa x preço público

TAXAS PREÇOS PÚBLICOS

Regime de Direito Público Regime de Direito Privado


Prestação compulsória Prestação voluntária
Serviço prestado pelo Estado Pode ser prestado por concessionárias
Receita derivada Receita originária
Natureza tributária Natureza contratual

Contribuição de melhoria

Princípio do não enriquecimento injusto

VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA DECORRENTE DE OBRA PÚBLICA


CONTRIBUIÇÃO
DE
MELHORIA
LIMITES DE COBRANÇA

INDIVIDUAL valorização de cada imóvel

GLOBAL custo total da obra

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