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AULA 01
SUMÁRIO Página
Apresentação do professor 02
Informações sobre o curso 04
1. Conteúdo e cronograma das aulas 04
2. Metodologia utilizada 05
3. Legislação aplicável 06
4. Suporte 06
Questões propostas 07
Gabarito 30
Questões comentadas 31
RESUMO ESQUEMATIZADO 105
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
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Sou Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, onde atuei inicialmente como
parecerista em processos tributários, bem como na orientação aos
contribuintes em questões que envolviam a interpretação da legislação
tributária, mais precisamente referentes ao imposto de renda pessoa física e
jurídica (IRPF e IRPJ). Após um período como parecerista, passei a exercer
minhas atividades na malha fiscal e na fiscalização do imposto de renda
pessoa física. Atualmente, exerço minhas funções no julgamento de
processos do Simples Nacional.
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, passei por uma verdadeira
jornada como concurseiro. Nesse intervalo, obtive aprovação nos seguintes
certames:
Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil 2009, classificado na 68ª
posição e obtendo a 5ª maior nota nacional na prova discursiva;
Agente Fiscal de Rendas da SEFAZ/SP (ICMS/SP) 2009;
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (ATRFB) 2009;
Auditor Fiscal de Ipojuca/PE 2009;
Auditor Fiscal de Abreu e Lima/PE 2008 (1º lugar);
Gestor da Secretaria de Administração/PE 2009;
Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda 2009.
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Essa é o diferencial que quero trazer para a sua preparação. Espero, assim,
dividir com você a experiência de quem já foi concurseiro e enfrentou
diversas provas.
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Conceito e classificação dos tributos.
52 questões FCC
86 questões FCC
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2. Metodologia utilizada
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questões, mas também permite uma revisão completa para aqueles que
utilizam as questões para firmar o conhecimento.
Sugiro que durante o nosso curso você adote a seguinte metodologia: as
questões serão apresentadas em sequência, sem gabarito ou comentários,
por isso, recomendo que você imprima a lista com as questões e as resolva,
procedendo, posteriormente, à correção e revisão através dos comentários.
3. Legislação aplicável
4. Suporte
Por fim, informo que nosso estudo não se limita à apresentação das aulas ao
longo do curso. É mais do que natural que você tenha dúvidas, mas elas não
podem permanecer até o dia da prova, não é mesmo?
Então, estarei sempre à disposição para responder aos seus
questionamentos através do fórum de cada aula.
Todos têm dúvidas! Errar é comum quando se está tentando aprender. O que
não pode acontecer é você guardar sua dúvida ao invés de expor a sua
dificuldade.
Conte comigo!
Nada será mais gratificante para mim do que receber uma mensagem
trazendo a notícia da sua aprovação. Vamos juntos até lá!
Assim, analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao que
interessa!!!
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QUESTÕES PROPOSTAS
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a) tem que ser instituído mediante lei, ao passo que a multa não se reveste
desta obrigatoriedade.
b) é cobrado mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a multa
pode ser aplicada de forma discricionária pelo poder público.
c) não é sanção por ato ilícito e a multa é sanção pecuniária por prática de ato
ilícito.
d) é prestação pecuniária compulsória, ao passo que a aplicação da multa não
é compulsória, dependendo de condenação administrativa.
e) pode ser objeto de compensação, anistia e remissão, ao contrário da multa,
que só pode ser objeto de anistia.
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a) IV e V.
b) I e II.
c) II e III.
d) III e V.
e) I e IV.
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d) ser instituída para fazer frente à obra pública a ser iniciada após sua
arrecadação.
e) ter por base de cálculo o quantum da valorização dos imóveis adjacentes à
obra.
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d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas postos
à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de
melhoria é facultativo.
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida apenas a valorização imobiliária.
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GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
B A C B D D D C C C E D D E C
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C A E E B E D C A B A D E D D
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
D A C A B D E D A C E A D C A
46 47 48 49 50 51 52
C A C D B B E
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QUESTÕES COMENTADAS
ESTÕES
Questão 01 – Juiz Substituto – TJ/PE - 2015
A respeito do Poder de Tributar do Estado, é correto afirmar:
a) A Constituição Federal de 1988 possui um título específico dedicado a
regular o “Sistema Tributário Nacional”, que pela extensão e intensidade com
que trata a relação tributária pode ser considerado como exaustivo em tal
propósito.
b) A tributação tem por papel determinar qual proporção dos recursos da
sociedade ficará sob o controle do governo para ser gasta de acordo com
algum procedimento de decisão coletiva, e qual proporção será deixada, na
qualidade de propriedade pessoal, sob o arbítrio de particulares.
c) Coaduna-se com o texto da Constituição Federal de 1988 a concepção de
que a função tributária do Estado limita-se à captação de receitas para fazer
frente aos gastos públicos, sejam estes relativos à garantia de direitos ou à
manutenção da máquina pública.
d) Coaduna-se com o texto da Constituição Federal de 1988 a concepção de
que o Direito Tributário é o ramo do Direito que trata das regras e princípios
que limitam o poder tributário estatal, contrapondo o interesse arrecadatório
do Estado aos interesses da sociedade.
e) Coaduna-se com o texto da Constituição Federal de 1988 a ideia de que a
arrecadação de receitas é a finalidade última do Direito Tributário, devendo
ser este o parâmetro a ser utilizado pelo legislador ou pelo intérprete para
verificar a concordância de determinada norma tributária com o postulado
da proporcionalidade.
Comentários
Alternativa A – Errada. Embora a Constituição tenha um título bastante
extenso denominado Sistema Tributário Nacional, não esgota toda a
disciplina em matéria tributária. Podemos perceber em vários dispositivos o
direcionamento à disciplina dos dispositivos constitucionais por meio de lei
complementar, por exemplo.
Alternativa B – Correta. O principal (mas não o único) objetivo da tributação
é carrear recursos aos cofres públicos para o atendimento do fim comum.
Alternativa C – Errada. Os tributos não têm apenas a função de arrecadar,
sendo muitas vezes usado com fins extrafiscais.
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Comentários
Para responder a esta questão, vamos relembrar algo que aprendemos no
estudo do Direito Administrativo: os regimes jurídicos da Administração
Pública.
O Estado existe para o atendimento do interesse público (interesse primário).
No entanto, como garantir o atingimento desse objetivo quando os interesses
particulares divergem do interesse público?
É justamente para conferir à Administração a garantia de atuar em prol do
interesse coletivo que o ordenamento jurídico lhe atribui uma série de
prerrogativas (privilégios). Trata-se do regime jurídico-administrativo, regido
pelas normas de Direito Público, onde o Estado ocupa posição de
superioridade em relação ao particular.
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Por outro lado, o Estado também pratica atos em que não se reveste de tais
poderes, pois não atua em nome do interesse público primário, mas no
interesse da própria Administração Pública (interesses secundários).
Seria o caso em que a prefeitura municipal pretenda alugar um imóvel para
o funcionamento de um de seus órgãos. Nesse caso, o órgão público não atua
em posição de superioridade em relação ao proprietário do imóvel. Assim,
não poderia obrigá-lo a alugar seu bem, caso não fosse do seu interesse.
Trata-se, portanto, de um ato regulado preponderantemente pelas normas
de Direito Privado, caracterizado pela isonomia entre as partes. Nessa
situação, o Estado, despe-se da sua condição de superioridade e atua como
se particular fosse.
Dos atos praticados pelo Estado, seja agindo em posição de superioridade
(poder de império), seja como se particular fosse, podem resultar o ingresso
de receitas nos cofres públicos. Agindo para a consecução dos seus interesses
primários, o Estado obtém receitas por meio de coerção dos particulares.
Seria o caso da aplicação de uma multa de trânsito, por exemplo. Agindo em
condições de igualdade, o Estado pode receber rendimentos de uma
aplicação financeira, da mesma forma que as demais pessoas. Partindo desse
ponto, surgiu a classificação das receitas públicas em receitas originárias e
receitas derivadas.
As receitas originárias têm origem nas relações regidas
preponderantemente pelo Direito Privado, nas quais o Estado não se reveste
do poder de império e age em condições de igualdade com o particular,
obtendo valores por meio da exploração do seu próprio patrimônio. É o caso
do aluguel de um prédio público. Nesse caso, o Estado não pode obrigar
ninguém a optar pelo seu imóvel. O particular o faz por vontade própria, por
meio de contrato firmado em condições de igualdade entre as partes. Da
concretização desse ato resulta uma receita de aluguel para o Estado,
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c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
d) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária.
Comentários
A definição de tributo está expressa no Código Tributário Nacional. Daí,
verificamos que a definição de tributo é legal, ou seja, é expressa em lei.
Então vamos à nossa primeira consulta ao CTN.
Em seu art. 3º, o CTN assim define tributo:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada.
compulsória
instituída em lei
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Prestação pecuniária
A expressão prestação pecuniária significa que o tributo é algo pago em
dinheiro.
Não seria razoável imaginar a situação em que o consumidor (contribuinte de
fato do ICMS), ao realizar suas compras no supermercado tivesse parte das
suas mercadorias retidas para pagar o imposto. Se tal hipótese fosse possível,
no momento do pagamento o operador do caixa, ao registrar 1kg de
determinado produto, informaria ao cliente que 170 gramas ficariam retidos
para pagar o imposto.
Essa situação tornaria a tributação impraticável. Por isso, a própria definição
de tributo prevê sua quitação em dinheiro.
E, ainda que não tivéssemos acabado de ler essa disposição do CTN, não seria
difícil chegar a essa conclusão a respeito do caráter pecuniário do tributo. Já
que o Estado precisa arrecadar para abastecer os cofres públicos e, assim,
atingir o interesse da coletividade, é certo que precisa de recursos dotados
de liquidez, vale dizer, que estejam livres e disponíveis em caixa para fazer
face aos gastos públicos.
Conforme detalharemos mais à frente, o CTN prevê que o pagamento do
tributo pode ser efetuado em cheque. Isso não significa que o tributo deixa
de ser prestação pecuniária. Primeiro porque o cheque é uma ordem de
pagamento à vista, possuindo a mesma aceitação do pagamento em moeda.
Em segundo lugar, o próprio Código se apressa em definir que quando o
tributo for pago em cheque apenas será considerado extinto (quitado)
quando ocorrer a sua compensação.
Compulsória
A Constituição Federal determina em seu art. 5º, II, que ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Por conseguinte, verifica-se que o caráter compulsório do tributo decorre da
sua instituição em lei. Ou seja, a lei é capaz de inovar no ordenamento
jurídico, criando direitos e obrigações para os administrados. Sendo assim, a
compulsoriedade nada mais é do que a confirmação do vínculo obrigacional
a que o contribuinte se submete por força de lei.
Concluímos, com isso, que a imposição do tributo não resulta da vontade
do contribuinte, mas, como visto, do poder de império do Estado, que o
exerce por meio das leis.
A Administração Pública precisa arrecadar para custear suas despesas e, para
isso, institui os tributos, obrigando aqueles previstos em lei (os contribuintes)
ao pagamento.
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Definitivamente, não foi esse o conceito trazido pelo CTN. Caso contrário,
deveríamos classificar a prestação do serviço militar obrigatório como tributo,
o que é inaceitável no nosso ordenamento.
A interpretação deste item aponta para a possibilidade de se adotar
indexadores para quantificar os tributos. Analisemos o que ocorreu em
nosso país há algum tempo e fixaremos o entendimento.
Do final da década de 80 até meados da década de 90, a inflação atingia níveis
altíssimos. Assim, C$500,00 um dia já não valiam a mesma coisa no dia
seguinte, a moeda perdia o valor rapidamente. Suponhamos agora um
tributo lançado em um determinado dia com vencimento para quinze dias. O
valor do tributo na data do pagamento seria irrisório em comparação com o
que era devido na data do lançamento. Com isso, o governo teria uma grande
perda na arrecadação, o que geraria um verdadeiro rombo nos cofres
públicos.
A fim de amenizar os efeitos dos altos índices inflacionários, foram criados
alguns indexadores. A UFIR, por exemplo, que foi criada pela Lei 8.383/91,
como medida de valor e parâmetro de atualização monetária de tributos e de
valores expressos em cruzeiros na legislação tributária federal, bem como os
relativos a multas e penalidades de qualquer natureza.
Com isso, o tributo era calculado em UFIR e o valor era pago convertendo o
valor para a moeda. Como a UFIR era atualizada diariamente ou
mensalmente, dependendo da época, o valor do tributo não sofria com o
impacto inflacionário.
Depreende-se daí o sentido da expressão “cujo valor nela se possa exprimir”,
a saber: a utilização de índices ou indexadores a fim de quantificar o
tributo, já que sua conversão em moeda é instantânea, sendo necessária uma
simples operação matemática.
Com o advento da Lei Complementar nº 104/2001, outra controvérsia foi
levantada. Esta lei acrescentou o inciso XI ao art. 156 do CTN, permitindo a
dação em pagamentos em bens imóveis como forma de extinção do crédito
tributário (veremos esse assunto em mais detalhes quando abordarmos o
tema crédito tributário).
A grande discussão girou em torno do conflito entre esta nova forma de
quitação do tributo, através de bens imóveis, e a previsão do art. 3º do CTN
de que o tributo é pago em moeda. Teria, então, a LC 104/2001 derrogado a
parte do art. 3º do CTN de que tributo é prestação em moeda?
A resposta é negativa. A segunda parte da expressão (“ou cujo valor nela se
possa exprimir”) permite o uso de algo que possa ter seu valor expresso em
moeda. Logicamente, como vimos, não se pode valer dessa previsão para
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Instituída em lei
Esse item do conceito de tributo confirma seu caráter compulsório que
estudamos há pouco. Em outras palavras, para que seja compulsório, se faz
necessária a instituição mediante lei, visto que apenas a lei é veículo
normativo apto para inovar no ordenamento jurídico, criando direitos e
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• pecuniária
• compulsória
TRIBUTO É • em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir
PRESTAÇÃO • que não constitui sanção de ato ilícito
• instituída em lei
• cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada
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Por esta razão, apenas a alternativa C está correta, eis que as demais não
atendem a todos os requisitos previstos no art. 3º do CTN.
Gabarito: C
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Comentários
Alternativa A – Errada. A obrigação tributária surge com a ocorrência do fato
gerador e não para punir o contribuinte. Essa é exatamente uma das
características do tributo: ele não é punição por ato ilícito.
Alternativa B – Correta. Na definição do CTN, o tributo é uma prestação
instituída em lei. É importante observar que lei, aqui, corresponde a ato
normativo com força de lei (lei ordinária, complementar ou medida provisória
em alguns casos). Não é possível em nosso ordenamento jurídico a exigência
de um tributo que não esteja previsto em lei, mas em um ato infralegal, como
um decreto, por exemplo.
Alternativa C – Errada. O tributo não pode ser pago em serviços, eis que
representa prestação paga em moeda ou, excepcionalmente, em algo que
nela possa ter seu valor expresso, desde que esteja previsto no CTN.
Atualmente, a única possibilidade é a dação em pagamento em bens imóveis.
Alternativa D – Errada. A cobrança do tributo é vinculada, conforme
determinação do CTN. Ou seja, não resta qualquer margem de decisão para
a autoridade que irá efetuar o lançamento do tributo. Todos os aspectos do
tributo (fato gerador, alíquota, base de cálculo, contribuintes) são definidos
na legislação e cabe à autoridade que efetuará o lançamento obedecer à lei.
Não pode o servidor, na atividade de cobrança do tributo, decidir qual o valor
vai cobrar e de quem vai cobrar. Ele está estritamente vinculado à
determinação legal.
Alternativa E – Errada. O CTN define tributo como prestação compulsória.
Ou seja, independente da vontade do contribuinte. Ninguém paga tributo
porque quer, mas pela imposição legal.
Gabarito: B
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Comentários
Podemos observar que a FCC costuma repetir questões. Daí a importância de
resolvê-las de forma exaustiva, de modo a ganhar pontos de maneira mais
rápida nas provas.
Valem aqui os mesmos comentários efetuados na questão anterior.
Alternativa A – Errada. Tributo não é punição por ato ilícito, dada a
vedação expressa no art. 3º do CTN.
Alternativa B – Errada. A cobrança do tributo é realizada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada, e não discricionária.
Alternativa C – Errada. O tributo não pode ser pago em serviços, eis que
representa prestação pecuniária, paga em moeda ou, excepcionalmente, em
algo que nela possa ter seu valor expresso e que esteja previsto no CTN.
Alternativa D – Correta. Afirmar que o tributo se submete à reserva legal
significa dizer que o tributo necessita de lei para ser instituído. Essa definição
se enquadra nos requisitos do art. 3º do CTN, que acabamos de estudar.
Alternativa E – Errada. O tributo é prestação obrigatória. Independe da
vontade do contribuinte. Logo, não é facultativa.
Gabarito: D
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Comentários
Mais uma vez a FCC adota a mesma questão. Observe que foi aplicada em
2002, 2003 e 2005. De vez em quando aparecem questões que já foram
cobradas em outros concursos. Logo, o candidato que resolveu mais
questões sairá na frente.
A FCC utiliza muito essa expressão: “tributo está submetido à reserva
legal”. Guarde-a para a prova.
Na verdade, seria mais correto dizer que a instituição de tributos está sujeita
à reserva legal, eis que nem todos os aspectos relativos aos tributos
dependem de lei em sentido estrito, já que algumas disposições podem ser
veiculadas em ato infralegal. Como exemplo, temos o estabelecimento do
prazo para recolhimento do tributo, que pode ser definido via ato infralegal.
Gabarito: D
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Comentários
Alternativa A – Errada. Tributo não é sanção por ato ilícito. Essa afirmação
decorre do próprio conceito definido no art. 3º do CTN.
Pode ocorrer a tributação mesmo quando o contribuinte praticar atividade
criminosa. A punição pela prática da infração virá na esfera correspondente
(penal). O fato gerador da obrigação tributária não é o mesmo fato da
conduta criminal.
Por exemplo, auferir rendimentos oriundos do contrabando não se confunde
com contrabandear. O contrabando é atividade criminosa, mas os
rendimentos obtidos com esta prática estão sujeitos à incidência do imposto
de renda, já que auferir renda não é atividade ilícita.
No exemplo dado na alternativa, não haverá incidência do imposto de
importação como forma de punir o criminoso, mas sim aplicada a pena de
perdimento das mercadorias, além da responsabilização pela prática do
crime na esfera penal. Tal entendimento tem sede legal e está previsto no art.
118 do CTN.
Alternativa B – Errada. Esse assunto será estudado mais à frente, quando
tratarmos do lançamento. A alternativa apresenta dois erros: primeiro que o
IPTU é tributo sujeito a lançamento de ofício e não por homologação; em
segundo lugar, nos termos do art. 142 do CTN, o lançamento é ato privativo
da autoridade administrativa.
Alternativa C – Errada. O art. 3º do CTN dispõe que o tributo é prestação em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. Ocorre que a grande maioria das
coisas pode ter seu valor expresso em moeda.
A interpretação deste item não aponta para a possibilidade de se pagar os
tributos com mercadorias ou serviços, mas a de adotar indexadores para
quantificá-los. Usamos exatamente este exemplo, no sentido de que seria
inviável pagar o ICMS com parte das mercadorias.
Alternativa D – Correta. Na verdade, apesar de considerada correta pela FCC,
esta alternativa comporta uma ressalva. Ela trata do princípio da legalidade,
que veremos mais adiante. Versa o princípio que os entes tributantes não
podem exigir ou majorar tributos sem lei que os estabeleça.
Todo e qualquer tributo requer a edição de lei para a sua instituição.
Excepcionalmente, podem ser instituídos por medida provisória.
Há que se observar que, apesar de ser ato expedido pelo Poder Executivo, a
medida provisória tem força de lei. Sendo assim, a instituição de tributos
requer a edição de ato com força de lei, vale dizer, capaz de inovar no
ordenamento jurídico.
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Comentários
O elemento diferenciador entre tributo e multa é a sanção por ato ilícito, nos
termos do art. 3º do CTN. A multa é exatamente aquilo o que o tributo está
proibido de ser: sanção por ato ilícito.
No entanto, os dois institutos se assemelham em outro aspecto previsto no
mesmo art. 3º do CTN: prestação pecuniária.
Alternativa A – Errada. A Constituição Federal determina que ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude lei. Nessa
linha, qualquer imposição deve ser veiculada mediante ato capaz de inovar
no ordenamento, vale dizer, capaz de criar direitos e obrigações. Dessa
forma, tanto tributo quanto multa exigem a edição de lei.
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Comentários
Como acabamos de ver, tributo se diferencia da multa no que diz respeito à
sanção por ato ilícito, enquanto o tributo não pode apresentar essa
característica, a multa existe justamente por apresentá-la. No que diz respeito
ao aspecto pecuniário, tributo e multa constituem obrigação tributária
principal, eis que esta corresponde a pagamento.
Assim, temos o seguinte esquema:
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
ELEMENTO DIFERENCIADOR
(art. 3º do CTN)
TRIBUTO MULTA
SEMELHANÇA
(art. 113, § 1º do CTN)
OBRIGAÇÃO
TRIBUTÁRIA PRINCIPAL
Gabarito: C
Comentários
Apesar de o CTN apresentar uma classificação para os impostos, a separação
dos tributos de maneira geral em função de alguns aspectos tem origem na
doutrina, tanto do próprio Direito Tributário como de outros ramos do
Direito, como o Direito Financeiro, por exemplo, que estuda, dentre outros
temas, as receitas públicas.
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Comentários
Acabamos de estudar a classificação dos tributos quanto ao objetivo. Há
diversas classificações doutrinárias para os tributos, levando em
consideração vários aspectos. Veremos cada uma na ocasião mais adequada.
Nesta questão, especificamente, foi cobrada uma classificação que leva em
consideração o fato gerador do tributo, mais precisamente a atuação estatal
na situação que dá origem ao surgimento do tributo. Assim, temos:
VINCULADOS: são os tributos em que o fato gerador ocorre em função de
alguma ação estatal relativa ao contribuinte. É o caso das taxas pela prestação
de algum serviço público, como taxa de coleta de lixo, por exemplo. Notamos
que, neste caso, há uma ação do Estado para fazer surgir o tributo, sendo,
portanto, classificado como vinculado.
Grande parcela da doutrina costuma chamar os tributos vinculados de
contraprestacionais, em virtude da contraprestação estatal que gera a sua
cobrança. Classificam-se nesta categoria as taxas e as contribuições de
melhoria.
Nos tributos vinculados, dada a atuação do Estado na situação que faz nascer
a obrigação tributária, podemos afirmar que seu fato gerador é um FATO DO
ESTADO, ou seja, o contribuinte demanda uma atuação estatal e, a partir
dela, tem-se a ocorrência do fato gerador do tributo.
NÃO VINCULADOS: são os tributos que surgem devido a alguma ação do
próprio contribuinte, independente de qualquer ação do Estado. É o caso dos
impostos.
Tomemos como exemplo o imposto de renda. Um trabalhador recebe o seu
salário já com o desconto do imposto retido na fonte. Mas o governo nada
fez em troca para que ele conseguisse obter aquela renda, foi fruto do seu
próprio trabalho. Da mesma forma, o Estado não contribui para que uma
empresa consiga vender suas mercadorias. Entretanto, a circulação de
mercadorias enseja o nascimento da obrigação de pagar o ICMS.
Nos tributos não vinculados, dada a ausência de qualquer ligação entre o fato
gerador e a atuação estatal, podemos afirmar que o fato gerador é um FATO
DO CONTRIBUINTE. Guardemos, portanto, esses conceitos:
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Comentários
Já vimos que, para ser considerada tributo, a prestação deve atender a todos
os requisitos previstos no art. 3º do CTN.
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Da mesma forma, o CTN, em seu art. 5º, estabelece que “os tributos são
impostos, taxas e contribuições de melhoria”. O Código adotou a classificação
tradicional, existente à época da sua edição.
Isso já é suficiente para respondermos a questão.
Sendo tributos, impostos, taxas e contribuição de melhoria têm em comum
as características traçadas no art. 3º do CTN. Assim, temos por correta a
alternativa D.
Porém, cabe aqui um estudo mais detalhado sobre o tema.
A definição no caput do art. 145 da CF/88 e o disposto no art. 5º do CTN levou
uma parcela da doutrina a aceitar que as espécies tributárias são apenas três:
impostos, taxas e contribuições de melhoria. É o que se costuma chamar de
teoria tripartite ou tripartida.
Contudo, há outra corrente que defende que as espécies tributárias não são
apenas três, mas cinco. Essa parcela da doutrina argumenta que, além das
três espécies citadas no art. 145, há a previsão para a instituição de duas
outras espécies: o empréstimo compulsório e as contribuições sociais,
definidos nos art. 148 e 149 da CF, respectivamente. Daí surge a teoria
pentapartida.
A segunda corrente tornou-se dominante em nosso ordenamento após
decisões do STF defendendo a pentapartição das espécies tributárias.
Vejamos o entendimento da Corte Suprema no julgamento do RE 146.733-
9/SP, no voto condutor do Min. Moreira Alves:
“De efeito, a par das três modalidades de tributos (os impostos, as taxas e
as contribuições de melhoria) a que se refere o art. 145 para declarar que
são competentes para instituí-los a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, os artigos 148 e 149 aludem a duas outras modalidades
tributárias, para cuja instituição só a União é competente: o empréstimo
compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas.”
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AULA 01
IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (sociais, de intervenção, corporativas)
Gabarito: D
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AULA 01
Comentários
Acabamos de estudar que são cinco as espécies tributárias, de acordo com a
teoria pentapartida. Mas como identificar em que espécie se enquadra um
determinado tributo?
É verdade que a própria lei que institui o tributo já lhe dá um nome: imposto
sobre serviços de qualquer natureza, taxa de coleta de lixo, etc. Entretanto,
embora a lei dê um nome ao tributo, não podemos garantir que o que a lei
chamou de taxa, por exemplo, é realmente uma taxa. Isso porque o CTN
estabelece em seu art. 4º:
Art. 4º. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato
gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei.
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Essa é a regra geral, definida no art. 4º do CTN, que vale, sem ressalvas, para
os impostos, as taxas e contribuições de melhoria. Esses tributos têm fatos
geradores bem característicos, como veremos na análise de cada um deles,
mais adiante.
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AULA 01
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AULA 01
Comentários
Sempre que nos depararmos com questões que abordam esse assunto,
devemos analisar, além do enunciado, para onde aponta cada uma das
alternativas.
O objetivo é verificar se está sendo cobrada a literalidade do art. 4º do CTN
ou interpretação diversa.
Nessa questão, observamos que o enunciado não faz menção a nenhuma
espécie de tributo, sendo transcrição do caput do art. 4º do CTN. Ademais,
nas alternativas, a banca utilizou os incisos do mesmo artigo, fazendo certo
trocadilho com as palavras.
Resultado da análise: a banca exige o conhecimento da literalidade do art. 4º
do CTN. Por isso, devemos marcar que a natureza jurídica específica do
tributo é determinada pelo fato gerador, sendo irrelevantes para qualificá-la
a denominação e demais características formais adotadas pela lei, bem como
a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Gabarito: E
Comentários
Selecionei estas questões em sequência para consolidar o que tratamos
acima: quando nos depararmos com questão que aborde esse assunto
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AULA 01
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AULA 01
Comentários
Alternativa A – Errada. A regra geral, prevista no art. 4º do CTN, é de que é
indispensável analisar o fato gerador para determinar a natureza jurídica do
tributo. O destino da arrecadação passa a ser requisito quando estivermos
diante dos empréstimos compulsórios e contribuições especiais, o que não
foi mencionado na alternativa.
Alternativa B – Errada. No CTN apenas estão previstos impostos, taxas e
contribuição de melhoria. As demais contribuições citadas estão
compreendidas nas chamadas contribuições especiais, que surgiram a partir
da CF/88.
Alternativa C – Apesar de ter sido considerada correta pela banca, a assertiva
incorre em erro. O fato gerador das taxas de serviço é a sua utilização e não
a prestação. A utilização pode ser efetiva ou potencial, porém a prestação é
sempre efetiva. De qualquer forma, optou a banca por manter essa
alternativa como gabarito da questão, quando deveria anulá-la.
Alternativa D – Errada. Não há qualquer relação entre a contribuição de
melhoria, que decorre de obra pública, e a contribuição para o serviço de
iluminação pública.
Alternativa E – Errada. Os impostos e as taxas têm fatos geradores bem
característicos. Já as contribuições, muitas vezes, apresentam fatos geradores
típicos de impostos. Além disso, os impostos não podem ter destinação
específica, por força do art. 167, IV, da Constituição Federal.
Gabarito: C
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AULA 01
Comentários
Reza o art. 16 do Código Tributário Nacional:
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
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AULA 01
Comentários
Essa questão requer bastante atenção.
Antes de analisarmos cada uma das alternativas, devemos saber separar as
duas possibilidades que ensejam a instituição das taxas:
Prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, cuja utilização
poderá ser efetiva ou potencial.
Exercício regular do poder de polícia.
Alternativa A – Errada. O serviço tem que ser divisível. Não há que se falar
em cobrança de taxa para serviços prestados de forma genérica à sociedade,
sem que haja possibilidade de mensuração individual.
Alternativa B – Errada. Essa foi a grande pegadinha da questão. Os
candidatos mais desatentos tendem a marcá-la. O exercício do poder de
polícia que enseja a cobrança da taxa requer a utilização efetiva por parte do
usuário. A utilização potencial (bastando que o serviço seja posto à
disposição) é aplicável apenas para as taxas de serviços e apenas àqueles de
utilização compulsória, nos termos do art. 79, I, b, do CTN.
Alternativa C – Errada. A realização de obra pública da qual decorra
valorização imobiliária é fato gerador da contribuição de melhoria e não de
taxa.
Ademais, há que se observar outro erro na assertiva. A jurisprudência tem se
firmado no sentido de que o recapeamento de via pública não implica
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AULA 01
ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS
UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
EFETIVA POTENCIAL
Gabarito: E
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AULA 01
Comentários
Questão bastante interessante da FCC, onde são abordados alguns temas
que comentamos no nosso estudo das espécies tributárias.
Assertiva I – Errada. Vimos que a taxa de serviço pode ser instituída apenas
se atender a todos os requisitos previstos na CF, quais sejam: utilização
efetiva ou potencial, serviços específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte os postos à sua disposição. A atividade de segurança pública é
prestada a toda sociedade de forma geral, não se trata de um serviço divisível,
pois não é possível mensurar o quanto cada um utilizou do serviço. Você seria
capaz de quantificar o quanto você já utilizou da segurança pública?
Impossível, não é? Logo, não sendo divisível, o serviço não pode ser
remunerado mediante taxa.
Nesse sentido, o STF já decidiu que tal atividade deve ser custeada pela
arrecadação dos impostos. Note que o serviço de segurança pública não é o
fato gerador do imposto. Apenas o produto da arrecadação dos impostos já
existentes será destinado, além de outras aplicações, para custear este
serviço.
Assertiva II – Correta. Essa é uma das formas de se cobrar a natureza jurídica
específica do tributo. Chamamos a atenção para este tipo de interpretação.
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AULA 01
Comentários
Diferentemente dos impostos, que constituem tributos não vinculados, as
taxas requerem uma ação estatal voltada para o contribuinte. Sendo assim,
representam tributos vinculados.
As contribuições de melhoria também constituem tributos vinculados, porém
não remuneram serviços públicos, já que decorrem de obra pública.
Gabarito: B
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AULA 01
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AULA 01
IV. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação aos motéis,
pois as taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos, nem
idênticas às que correspondam à base de cálculo de impostos.
V. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos motéis, pois,
quando as taxas vierem a ter base de cálculo própria de impostos, os
impostos deverão deixar de ser cobrados, para que as taxas possam sê-lo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) IV e V.
b) I e II.
c) II e III.
d) III e V.
e) I e IV.
Comentários
A questão pede que se responda de acordo com o CTN, no que diz respeito à
base de cálculo das taxas e a utilização de base de cálculo própria de
impostos.
De acordo com o parágrafo único do art. 77 do CTN, a taxa não pode ter base
de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem
ser calculada em função do capital das empresas.
Isso invalidaria a taxa aplicada aos hotéis, já que estaria incidindo sobre o
capital das empresas e invalidaria a taxa aplicada aos motéis, já que estariam
incidindo sobre base de cálculo idêntica à do ISS.
Apesar de remeter o candidato ao CTN, a questão exige o conhecimento do
princípio da capacidade contributiva, previsto no art. 145, §1º, da Constituição
Federal. Define o princípio que, sempre que possível, os impostos serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.
Trata-se de princípio direcionado, em regra, aos impostos e não aos tributos
em geral. Além disso, apesar da possibilidade de aplicação a outras espécies
tributárias, sua aplicação deve ocorrer sempre que possível e não
obrigatoriamente em toda e qualquer situação.
Corretos os itens I e IV.
Gabarito: E
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AULA 01
Comentários
Primeiramente, cumpre-nos diferenciar as modalidades de serviços públicos.
Há os serviços públicos tipicamente estatais, prestados diretamente pelo
Poder Público e os serviços públicos que não são tipicamente estatais, os
quais são delegados pelo Poder Público e prestados por concessionárias. Os
primeiros são remunerados mediante taxa. Já os últimos, devem ser
remunerados por meio de tarifa ou preço público.
Uma lição que faz uma diferenciação perfeita entre taxa e preço público é
apresentada por Leandro Paulsen:
“Deve-se ter bem presente a diferença entre taxa e preço público. Aquela
é tributo, sendo cobrada compulsoriamente por força da prestação de
serviço público de utilização compulsória ou do qual, de qualquer maneira,
o indivíduo não possa abrir mão. O preço público, por sua vez, não é
tributo, constituindo, sim, receita originária decorrente da
contraprestação por um bem, utilidade ou serviço numa relação de cunho
negocial em que está presente a voluntariedade (não há obrigatoriedade
do consumo). A obrigação de prestar, pois, em se tratando de taxa, decorre
direta e exclusivamente da lei, enquanto, em se tratando de preço público,
decorre da vontade do contratante. Por ter suporte no poder de tributar
do Estado, submetendo os contribuintes de forma cogente, a exigência
das taxas está sujeita às limitações constitucionais ao poder de tributar
(art. 150 da CF: legalidade, isonomia, irretroatividade, anterioridade,
vedação ao confisco). A fixação de preço público, de outro lado, independe
de lei; não sendo tributo, não está sujeito ás limitações do poder de
tributar. ” (PAULSEN, Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código
Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência. 12ª ed. Livraria do
Advogado, 2010, p. 23) (grifos acrescidos)
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Alternativa A – Errada. O serviço de iluminação pública, por ser indivisível,
não pode ser remunerado mediante taxa, conforme Súmula do STF.
Alternativa B – Errada. O fato gerador citado na alternativa guarda relação
com a contribuição de melhoria e não com as taxas.
Alternativa C – Correta. Esses são os fatos geradores das taxas, previstos no
art. 145, II, da Constituição, em combinação com a determinação do §2º do
mesmo artigo.
Alternativa D – Errada. O exercício do poder de polícia que enseja a
instituição de taxa é sempre efetivo. Não há que se falar em exercício
potencial do poder de polícia. A alternativa tenta confundir o candidato
misturando as características da taxa de polícia com as da taxa de serviço.
Além disso, os serviços devem ser divisíveis, não podendo haver instituição
de taxas pela prestação de serviços indivisíveis.
Alternativa E – Errada. A determinação constitucional para a aplicação da
capacidade contributiva é direcionada aos impostos e não às taxas.
Gabarito: C
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Conforme verificamos, a taxa poderá ter como fatos geradores a utilização
efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição.
Cumpre observar que, nos termos do art. 79 do CTN, a utilização potencial
ocorre quando o serviço é de utilização compulsória e é posto à disposição
do contribuinte.
Assim, ainda que o contribuinte se recuse a utilizar este tipo de serviço,
deverá pagar a taxa correspondente, pois se considera que houve a utilização
potencial.
É o que ocorre com o serviço de coleta de lixo. Conforme já exposto, por ser
um serviço público, pode resultar na cobrança de uma taxa. A partir daí,
poderia surgir o raciocínio equivocado de que no caso de o próprio usuário
dar uma destinação ao seu lixo estaria livre da taxa.
Não é o que ocorre. O serviço de coleta de lixo é de utilização compulsória.
Caso contrário, se algum indivíduo resolve não utilizar o serviço e deixar seu
lixo acumular por muito tempo, passará a oferecer riscos à saúde de toda a
vizinhança. É uma questão de saúde pública. Por isso, esse serviço é de
utilização compulsória.
Alternativa A – Correta.
Alternativa B – Errada. O serviço de calçamento é prestado a toda sociedade
de forma indivisível. Não há como mensurar o valor do que foi prestado a
cada pessoa isoladamente. Logo, não está sujeito à remuneração por meio
de taxa.
Alternativa C – Errada. Segundo o STF, o serviço de iluminação pública não
constitui serviço específico e divisível, não podendo, por conseguinte, ser
remunerado mediante taxa, vide Súmula 670.
Alternativa D – Errada. Bastante atenção a este item. Acabamos de ver que
o serviço de coleta domiciliar de lixo, por ser de utilização compulsória, é
remunerado por taxa, mesmo não sendo utilizado pelo contribuinte. Porém,
sobre o serviço de limpeza e conservação de vias públicas, o STF já decidiu:
“Tratando-se de taxa vinculada não somente à coleta domiciliar de lixo,
mas também, à limpeza de logradouros públicos, que é serviço de caráter
universal e indivisível, é de se reconhecer a inviabilidade de sua cobrança.
” (STF, Plenário, EDivED 256.588, Min. Ellen Grace, mar/03).
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Os Municípios, normalmente, cobram a taxa de coleta de lixo, aquela que
corresponde ao serviço de coleta domiciliar do lixo, onde o coletor leva o lixo
de cada residência.
Nesse tipo de serviço é possível identificar os usuários, eis que a coleta está
sendo realizada individualmente, porta a porta. Ainda que em condomínios
não seja possível, no momento da coleta, identificar o lixo de cada
condômino, é possível determinar que todos ali são usuários do serviço
(vamos entender melhor esse ponto ao tratar da utilização).
Ocorre que muitos municípios tributam mediante taxa o serviço de limpeza
urbana. E quando ouvimos “limpeza urbana” o que nos vem à mente? A
varrição das vias públicas, a coleta dos resíduos nos logradouros, a poda de
árvores, etc.
Se pararmos para analisar, esse serviço não permite a identificação
individualizada dos usuários. Trata-se de um serviço destinado a toda a
população, sem divisibilidade.
Imagine as árvores da cidade, cujas folhas caem diariamente. A prefeitura
realiza o serviço de varrição das ruas, mas é possível quantificar quantas
folhas foram recolhidas e o quanto foi limpo correspondente a cada
habitante? Impossível.
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Para responder à questão, bastaria aplicar os conceitos previstos nos arts. 78
e 79 do CTN:
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o art. 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
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Gabarito: A
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Vamos analisar a situação proposta.
Foi instituída uma taxa cujo fato gerador é ter piscina. Esse fato gerador não
está previsto como uma das situações que ensejam a instituição da taxa,
quais sejam: a prestação de serviços públicos e o exercício do poder de
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A questão deve ser respondida por meio da jurisprudência do STF.
Alternativa A – Errada.
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Alternativa B – Errada.
Súmula Vinculante 19 do STF
A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
Alternativa C – Errada.
“Taxa de expediente. (...) Inconstitucionalidade. A emissão de guia de
recolhimento de tributos é de interesse exclusivo da administração, sendo
mero instrumento de arrecadação, não envolvendo a prestação de um
serviço público ao contribuinte. Possui repercussão geral a questão
constitucional suscitada no apelo extremo. Ratifica-se, no caso, a
jurisprudência da Corte consolidada no sentido de ser inconstitucional a
instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa de carnês/guias
de recolhimento de tributos.” (RE 789.218-RG, rel. min. Dias Toffoli,
julgamento em 17-4-2014, Plenário, DJE de 1º-8-2014, com repercussão
geral.)
Alternativa D – Errada.
“Taxa de incêndio. Constitucionalidade. (...) É legítima a cobrança da Taxa
cobrada em razão da prevenção de incêndios, porquanto instituída como
contraprestação a serviço essencial, específico e divisível.” AI 677.891-AgR,
rel. min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-3-2009, Primeira Turma,
DJE de 17-4-2009. Vide: RE 206.777, rel. min. Ilmar Galvão, julgamento em
25-2-1999, Plenário, DJ de 30-4-1999.
Alternativa E – Correta.
"O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do
poder de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis,
facultando apenas a estas a prestação potencial do serviço público. A
regularidade do exercício do poder de polícia é imprescindível para a
cobrança da taxa de localização e fiscalização. À luz da jurisprudência
deste STF, a existência do órgão administrativo não é condição para o
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Gabarito: E
Comentários
Alternativa A – Errada. A taxa, sendo espécie de tributo, é compulsória e não
facultativa. Além disso, não decorre de obra pública. Este fato gerador diz
respeito à contribuição de melhoria.
Alternativa B – Errada. O fato gerador da taxa é uma ação do Estado voltada
para o contribuinte. Representa, portanto, um tributo contraprestacional. O
que a alternativa apresenta é o conceito de imposto.
Alternativa C – Errada. O art. 145, §2º, da Constituição Federal estabelece
que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. A
alternativa contraria ainda o disposto no parágrafo único do art. 77 do CTN,
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
segundo o qual, a taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos
aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das
empresas.
Alternativa D – Correta. As situações que podem ensejar a cobrança da taxa
são o exercício regular do poder de polícia e a utilização efetiva ou potencial
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados aos contribuintes ou
postos à sua disposição, conforme art. 145, II, da CF/88.
Alternativa E – Errada. A hipótese de incidência da taxa é vinculada, ou seja,
o fato gerador representa uma ação do Estado em favor ou no interesse do
contribuinte. Além disso, o tributo criado no caso de investimento público
urgente e de relevante interesse nacional (e não estatal) é o empréstimo
compulsório e não a taxa.
Gabarito: D
Comentários
Item I – Errado. A assertiva diz que todos os tributos são não vinculados, ou
seja, que todas as espécies independem de atividade específica do Estado.
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Isso não é correto, eis que esta é característica marcante dos impostos e não
de todos os tributos.
Item II – Correto. Essa é a previsão do art. 145, II, da Constituição Federal.
Item III – Errado. Além das contribuições sociais, a Constituição prevê a
instituição de outras contribuições: de intervenção, corporativas e de
iluminação pública.
Gabarito: D
Comentários
Sabemos que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de imposto,
por força do art. 145, §2º, da CF. Porém, para responder a essa questão, seria
necessário ir um pouco além e conhecer o entendimento defendido pelo STF
acerca desse dispositivo.
Antes de analisarmos cada alternativa, precisamos entender a interpretação
do STF para o art. 145, §2º, da Constituição Federal, acerca da utilização de
base de cálculo própria de impostos nas taxas.
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Alternativa B – Errada.
“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO. CF, art. 145, II.
I. Taxa de Coleta de Lixo: especificidade e divisibilidade do serviço. CF, art.
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
145, II: inocorrência de ofensa. ” (STF, 2ª T., EDRE 256.588/RJ, Min. Carlos
Velloso, out/01)
Gabarito: D
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Comentários
Alternativa A – Correta. A taxa é tributo e somente pode ser exigida quando
o serviço for prestado pelo Poder Público, de forma direta. Já o preço público
remunera o serviço prestado por concessionárias.
Alternativa B – Errada. Sendo tributo, a taxa representa receita derivada. Por
outro lado, o preço público constitui receita originária, eis que decorre de
vontade do usuário.
Alternativa C – Errada. A taxa é tributo. Em decorrência, deve ser cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada e não por pessoas
jurídicas de direito privado. Além disso, os preços públicos somente são
exigidos por empresas delegadas de serviços públicos, caso contrário,
estaríamos diante de prestação comum de serviços.
Alternativa D – Errada. É exatamente o contrário, conforme comentamos na
alternativa A.
Alternativa E – Errada. A taxa, por constituir espécie tributária somente pode
ser instituída por lei. O preço público, por sua vez, não sendo tributo, não se
sujeita às limitações constitucionais ao poder de tributar.
“Deve-se ter bem presente a diferença entre taxa e preço público. Aquela
é tributo, sendo cobrada compulsoriamente por força da prestação de
serviço público de utilização compulsória ou do qual, de qualquer maneira,
o indivíduo não possa abrir mão. O preço público, por sua vez, não é
tributo, constituindo, sim, receita originária decorrente da
contraprestação por um bem, utilidade ou serviço numa relação de cunho
negocial em que está presente a voluntariedade (não há obrigatoriedade
do consumo). A obrigação de prestar, pois, em se tratando de taxa, decorre
direta e exclusivamente da lei, enquanto, em se tratando de preço público,
decorre da vontade do contratante. Por ter suporte no poder de tributar
do Estado, submetendo os contribuintes de forma cogente, a exigência
das taxas está sujeita às limitações constitucionais ao poder de tributar
(art. 150 da CF: legalidade, isonomia, irretroatividade, anterioridade,
vedação ao confisco). A fixação de preço público, de outro lado, independe
de lei; não sendo tributo, não está sujeito ás limitações do poder de
tributar. ” (PAULSEN, Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código
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AULA 01
Gabarito: A
Comentários
Alternativa A – Errada. Há vedação expressa na Constituição Federal, no
sentido de que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos
(art. 145, §2º).
Alternativa B – Errada. O STF declarou a inconstitucionalidade da instituição
de taxas para custeio do serviço de iluminação pública. Entendeu a Corte
Suprema que este serviço não é divisível, razão pela qual é incabível sua
remuneração mediante taxa. Atualmente, o art. 149-A da Constituição
Federal permite o custeio do serviço mediante contribuição específica.
Alternativa C – Correta. Esse é um assunto que veremos mais à frente,
responsabilidade por sucessão. A alternativa reproduz a literalidade do art.
130 do CTN, segundo o qual os créditos tributários relativos a impostos cujo
fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e
bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais
bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua
quitação.
Alternativa D – Errada. É exatamente o contrário. A utilização efetiva ou
potencial é referente aos serviços e o exercício regular é do poder de polícia.
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AULA 01
ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS
UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
EFETIVA POTENCIAL
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AULA 01
Comentários
Vimos que uma das diferenças entre taxa e preço público é que as taxas
remuneram os serviços públicos tipicamente estatais, prestados diretamente
pelo Poder Público, enquanto que os preços públicos remuneram os serviços
públicos que não são tipicamente estatais, os quais são delegados pelo Poder
Público e prestados por concessionárias.
Nesse sentido, no que diz respeito ao pedágio, o entendimento dominante
era de que terá natureza tributária, da espécie taxa, apenas quando
explorado diretamente pelo ente tributante, pois, como visto, o tributo é
prestação cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Não haveria que se falar em natureza tributária do pedágio quando este
fosse cobrado por concessionária.
Em decisão proferida em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, o STF
firmou definitivamente o entendimento de que o pedágio tem natureza
jurídica de preço público:
“EMENTA: TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. PEDÁGIO. NATUREZA
JURÍDICA DE PREÇO PÚBLICO. DECRETO 34.417/92, DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O pedágio cobrado pela
efetiva utilização de rodovias conservadas pelo Poder Público, cuja
cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da
Constituição de 1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço
público, não estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao
princípio da legalidade estrita. 2. Ação direta de inconstitucionalidade
julgada improcedente. ” (STF, ADI 800 – RS, Rel. Min. Teori Zavascki, Data
Julgamento: 11.06.2014)
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Comentários
Conforme estudamos até aqui, a taxa é o tributo que apresenta como um dos
possíveis fatos geradores o exercício regular do poder de polícia.
Logo, o tributo cabível seria a taxa.
Apesar de simples, a questão tenta induzir o candidato ao erro. Vejamos. O
art. 236 da Constituição Federal estabelece que os serviços notariais e de
registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público.
Define ainda que lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de
emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de
registro.
Isso poderia levar o candidato a pensar em preço público e emolumentos.
Porém, a questão não pede o tributo pelos serviços notariais, mas sim pela
sua fiscalização, que é realizada mediante atividade administrativa.
Gabarito: B
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
c) ter por fato gerador a obra pública de que decorre valorização imobiliária.
d) ser instituída para fazer frente à obra pública a ser iniciada após sua
arrecadação.
e) ter por base de cálculo o quantum da valorização dos imóveis adjacentes à
obra.
Comentários
A Constituição Federal estabelece em seu art. 145, III, que a União, Estados,
DF e Municípios poderão instituir contribuição de melhoria, decorrente de
obras públicas.
Com validade nesse dispositivo constitucional, o CTN preceitua:
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
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AULA 01
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AULA 01
Comentários
Alternativa A – Errada. A taxa representa espécie tributária e, por isso, é
compulsória e não facultativa. A contribuição de melhoria decorre de obra
pública da qual resulte valorização imobiliária e não da prestação de serviços.
Alternativa B – Errada. Tanto a taxa como a contribuição de melhoria são
tributos contraprestacionais, vale dizer, seus fatos geradores representam
uma atividade estatal voltada para o contribuinte.
Alternativa C - Errada. As taxas remuneram os serviços públicos específicos
e divisíveis. Já a contribuição de melhoria decorre de obra pública da qual
resulte valorização imobiliária.
Alternativa D – Errada. A contribuição de melhoria representa espécie
tributária e, por isso, é compulsória e não facultativa.
Alternativa E – Correta. Este é elemento diferenciador mais notório entre as
taxas e contribuições de melhoria, a saber: seus fatos geradores.
Gabarito: E
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AULA 01
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e V.
e) IV e V.
Comentários
Item I – Errado. As taxas de serviço somente podem ser exigidas quando
houver prestação de serviço específico e divisível. Obras públicas poderiam
ensejar a instituição de contribuição de melhoria. Apesar dessa possibilidade,
os tribunais superiores têm entendido que não cabe contribuição de
melhoria para custear obra de recapeamento asfáltico quando já houver
asfaltamento na via.
Item II – Errado. O serviço de coleta domiciliar de lixo é específico e divisível,
passível de custeio via taxa. A assertiva diz ser indivisível o serviço. Além disso,
o valor cobrado não dever ter valor fixo, pois deve ser mensurado de acordo
com a contraprestação estatal.
Item III – Correto. A concessão de alvará de construção requer a fiscalização
do órgão competente, ensejando a instituição da taxa de polícia.
Item IV – Errado. O imposto é tributo que independe de contraprestação
estatal. Seus fatos geradores estão relacionados a uma manifestação de
riqueza por parte do contribuinte.
Item V – Correto. A assertiva traduz a regra geral para a determinação da
natureza jurídica do tributo, prevista no art. 4º do CTN. Porém, apesar de esta
ser a regra geral, é importante destacar que, a partir da CF/88, para a
identificação dos empréstimos compulsórios e das contribuições especiais é
necessária a análise do destino da arrecadação.
Gabarito: D
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AULA 01
Comentários
Alternativa A – Correta. Embora a União usufrua da imunidade recíproca,
esta veda apenas a incidência de impostos, não atingindo a contribuição de
melhoria.
Alternativa B – Errada. A contribuição de melhoria é espécie autônoma de
tributo, não sendo classificado junto com as demais contribuições.
Alternativa C – Errada. Sem sentido a alternativa. A obra deve ser pública e
não diretamente no imóvel. Além disso, é inconcebível que o ente tributante
cobre dele mesmo a contribuição.
Alternativa D – Errada. A contribuição de melhoria é de competência
comum, cabendo ao ente que efetuar a obra.
Alternativa E – Errada. O limite total da contribuição de melhoria é o gasto
realizado e não o orçado.
Gabarito: A
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AULA 01
Comentários
Alternativa A – Errada. As taxas remuneram os serviços públicos específicos
e divisíveis. Já a contribuição de melhoria decorre de obra pública da qual
resulte valorização imobiliária.
Alternativa B – Errada. Tanto a taxa como a contribuição de melhoria são
tributos contraprestacionais, vale dizer, seus fatos geradores representam
uma atividade estatal voltada para o contribuinte.
Alternativa C - Correta. Este é elemento diferenciador mais notório entre as
taxas e contribuições de melhoria: seus fatos geradores.
Alternativa D – Errada. A contribuição de melhoria representa espécie
tributária e, por isso, é compulsória e não facultativa.
Alternativa E – Errada. Não é apenas a valorização imobiliária que constitui
o fato gerador da contribuição de melhoria. A valorização tem que decorrer
de obra pública. Por exemplo, a construção de um shopping que acabe por
valorizar um grupo de imóveis em determinada localidade não ensejará a
instituição da contribuição.
Gabarito: C
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AULA 01
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Alternativa A – Errada. O limite individual para a cobrança é o valor da
valorização do imóvel.
Alternativa B – Errada. O fato gerador da contribuição de melhoria é a
valorização do imóvel, decorrente de obra pública. Dessa forma, não basta o
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AULA 01
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AULA 01
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O CTN estatui que o valor máximo individual é a valorização decorrente da
obra e o limite global (aquele arrecadado da totalidade dos beneficiados) é a
despesa realizada pelo ente público.
Por conseguinte, o proprietário do imóvel D não deverá pagar a contribuição,
eis que não houve qualquer valorização decorrente da obra.
Para os imóveis A, B e C, haverá incidência da contribuição, desde que o valor
máximo para cada um deles não ultrapasse a respectiva valorização. Assim,
temos os limites máximos:
A – 6.000.000, pois apesar de ter valorizado 8.000.000, deve-se observar como
limite global o custo total da obra.
B – 3.000.000 este é o valor da sua valorização
C – 1.000.000 este é o valor da sua valorização
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AULA 01
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As questões que versam sobre empréstimos compulsórios, geralmente,
costumam cobrar de duas formas: questionando a sua natureza tributária ou
explorando as suas características previstas no art. 148 da Constituição
Federal.
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Alternativa A – Errada. Da própria definição de imposto, prevista no art. 16
do CTN, decorre que não se trata de um tributo tipicamente
contraprestacional, ou seja, o imposto independe de qualquer atividade
estatal específica.
Alternativa B – Errada. A taxa tem como possíveis fatos geradores a
utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis ou
o exercício regular do poder de polícia.
Alternativa C – Correta. Apenas poderá ser instituída a contribuição de
melhoria se houver obra pública. Vale observar, contudo, que a obra não é o
fato gerador da contribuição, mas a valorização imobiliária decorrente desta
obra.
Alternativa D – Errada. Afirmar que determinado tributo é de competência
comum é o mesmo que dizer que são competentes para instituí-lo tanto a
União como Estados, DF e Municípios. Porém, no caso específico dos
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AULA 01
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Alternativa A – Correta. Esta é a previsão do art. 148, I, da Constituição
Federal.
Alternativa B – Errada. A exceção ao princípio da anterioridade é válida
apenas para os empréstimos compulsórios instituídos no caso de guerra ou
calamidade. No caso de investimento público de caráter urgente, há que se
observar a aplicação do referido princípio.
Alternativa C – Errada. A Constituição confere a competência para instituição
de empréstimos compulsórios apenas à União.
Alternativa D – Errada. A alternativa tenta confundir o empréstimo
compulsório com o imposto extraordinário de guerra, previsto no art. 154, II,
da CF/88, segundo o qual, a União poderá instituir na iminência ou no caso
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AULA 01
Comentários
Há situações em que o Estado atua em atenção a um determinado grupo de
contribuintes. Não se trata de uma ação genérica, a toda coletividade, a ser
custeada mediante a imposição de impostos. Também não configura uma
ação específica e divisível que enseje a cobrança de taxa, mas ações com
finalidades determinadas, estabelecidas na própria Constituição Federal
como situações a serem custeadas mediante uma forma específica de
tributação: a contribuição.
Vejamos o que diz a CF/88 em seu art. 149:
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais,
de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e
sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições
a que alude o dispositivo.
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AULA 01
Nessa linha, a partir do disposto no caput do art. 149, podemos assinalar uma
observação importante: a competência exclusiva da União para instituir as
contribuições. Essa é a regra geral, que comporta duas exceções: as
contribuições previstas no próprio art. 149, §1º, e no art. 149-A. Senão,
vejamos:
Art. 149. § 1º. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício
destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não
será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos
da União.
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AULA 01
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AULA 01
Comentários
Alternativa A – Correta. A alternativa reproduz o disposto no art. 149, §2º, I,
da Constituição, segundo o qual as contribuições sociais e de intervenção no
domínio econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de
exportação.
Alternativa B – Errada. O Estado muitas vezes precisa regular algum setor
econômico e, quando assim o faz, geralmente atua de duas formas:
fiscalização ou atividades de fomento, como o desenvolvimento de pesquisas
em favor deste setor. É mais do que óbvio que a receita arrecadada seja
direcionada ao setor cuja intervenção foi direcionada e não exclusivamente
para ações e serviços públicos de saúde e desenvolvimento do ensino como
diz a assertiva.
Alternativa C – Errada. A contribuição para custeio de planos de previdência
dos servidores é de competência de cada ente tributante. Esta é a definição
do art. 149, §1º, da Constituição.
Alternativa D – Errada. As contribuições para a seguridade social figuram
como exceção ao princípio da anterioridade, observando apenas a
anterioridade nonagesimal.
Alternativa E – Errada. A parafiscalidade ocorre quando o ente tributante
delega a atividade de arrecadação a outra entidade, cabendo a esta ainda os
valores arrecadados. Nem todas as contribuições são parafiscais.
Gabarito: A
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AULA 01
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Alternativa A – Errada. É justamente para cobrir o custo das atividades de
fomento que a União, exclusivamente, pode instituir a contribuição de
intervenção no domínio econômico, que recai, na maioria das vezes, sobre
aqueles que compõem o setor atingido. Entretanto, o STF tem entendido que
a contribuição pode ter a sua base imponível alargada, atingindo mesmo
aqueles que se encontram fora do setor que sofreu a intervenção da União.
Alternativa B – Errada. Nos termos do art. 149, §2º, I, da Constituição, as
contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não incidirão
sobre as receitas decorrentes de exportação.
Alternativa C – Correta. Assim dispõe o art. 149, §2º, II, da CF/88.
Alternativa D – Errada. A Constituição Federal não exige a edição de lei
complementar para instituição das contribuições sociais. Tal exigência
apenas atinge as denominadas contribuições residuais, previstas no art. 195,
§4º, da Constituição Federal.
Alternativa E – Errada. As contribuições não são passíveis de devolução. Esta
possibilidade apenas se aplica aos empréstimos compulsórios.
Gabarito: C
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Segundo a Corte Suprema, o serviço de iluminação pública não pode ser
considerado específico e divisível, a fim de ter o seu custeio mediante taxa.
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Gabarito: D
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Essa questão foi baseada em uma importante decisão do STF acerca da
contribuição para o custeio da iluminação pública. Vejamos:
“CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
– COSIP. ART. 149-A DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL... iii – Tributo de caráter
sui generis, que não se confunde com um imposto, porque sua receita se
destina a finalidade específica, nem com uma taxa, por não exigir a
contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte. ” (STF,
Pleno, RE 573.675, Rel. Min RICARDO LEWANDOWSKI, mar/09)
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AULA 01
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A questão se reponde pela análise do art. 149, §2º, da Constituição Federal:
Art. 149. §2º. As contribuições sociais e de intervenção no domínio
econômico de que trata o caput deste artigo:
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
II – incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou
serviços;
III – poderão ter alíquotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da
operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
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AULA 01
Comentários
Alternativa A - Errada. O fato gerador da contribuição de melhoria é a
valorização do imóvel, decorrente de obra pública. Logo, o tributo apenas
poderá ser exigido se houver a valorização, o que poderá ser verificado
apenas após a conclusão da obra. Dessa forma, não pode a obra ser iniciada
após a arrecadação da contribuição.
Alternativa B – Errada. A fixação de tarifa ou preço público, de outro lado,
independe de lei; não sendo tributo, não está sujeito às limitações do
poder de tributar.
Alternativa C – Errada. É exatamente pela exigência de uma ação estatal que
as taxas são tributos vinculados.
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AULA 01
Caro aluno,
Com isso chegamos ao final da nossa aula demonstrativa.
Aguardo você na próxima aula.
Para mim será um prazer tê-lo conosco ao longo do curso.
Veja a seguir o RESUMO ESQUEMATIZADO dos assuntos tratados nesta aula.
Um grande abraço e bons estudos!
contato@georgefirmino.com.br
www.facebook.com/profgeorgefirmino
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Receitas públicas
Apesar da grande participação dos tributos (e demais receitas derivadas) na
arrecadação dos entes federados, outras formas de ingresso, mais precisamente as
receitas originárias, ainda que em volume bem menor, também abastecem os cofres
públicos.
Conceito de tributo
Para se enquadrar no conceito de tributo a prestação deve cumprir TODAS as
exigências do CTN em seu art. 3º, totalizando 6 características:
pecuniária
compulsória
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
FISCAL Tem por objetivo arrecadar, abastecer os cofres públicos. Ex.: ICMS
ARRECADAÇÃO Os recursos arrecadados têm uma destinação específica e não podem ser Ex.: Emp.
VINCULADA utilizados livremente pelo ente tributante. Compulsórios
IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (sociais, de intervenção, corporativas)
Conceito de imposto
CTN - Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Taxas
EXERCÍCIO REGULAR DO
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
PODER DE POLÍCIA
ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS
UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
EFETIVA POTENCIAL
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Questões comentadas FCC de Direito Tributário
AULA 01
Taxa de polícia
CTN - Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade,
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade
que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Contribuição de melhoria
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