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Legislação Tributária - Auditor Fiscal de Santa Catarina

Teoria e Exercícios – Aula 00


Professor Marcelo Seco

Aula 00

Legislação Tributária Estadual


Introdução aos Tributos Estaduais
Professor Marcelo Seco

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Legislação Tributária - Auditor Fiscal de Santa Catarina
Teoria e Exercícios – Aula 00
Professor Marcelo Seco

Aula 00 – Introdução aos Tributos Estaduais

Bem vindos!!!

Alunas e alunos do Ponto, olá!

É com muito prazer que passo a acompanhá-los em sua preparação para a


obtenção de uma das vagas para cargo de Auditor Fiscal da Receita
Estadual de Santa Catarina.

Esta aula demonstrativa é igual para os 4


cursos de legislação que estão disponíveis no
site. Isso é necessário porque nem todos adquirirão os mesmos cursos. Na
parte do quadro de aulas, está relacionado o conteúdo de cada curso.

Sou Marcelo Gonçalves Seco, e vamos tratar nas próximas aulas do conteúdo
programático de Legislação previsto para a nossa prova, com base no edital
publicado em 03/09/18.

Antes, algumas palavras sobre mim: sou Paulistano, graduado em Sistemas de


Informação e pós-graduado em Engenharia de Software. Minha experiência no
mundo dos concursos começou em 1992, ano em que fui aprovado em
concursos para a Sabesp (Analista de Sistemas), Cetesb (Analista
Administrativo) e Comgás (Analista Financeiro). Na época, embora tivesse
passado em primeiro lugar na Comgás, acabei optando pela Sabesp, onde
trabalhei por alguns anos. Em determinado momento resolvi sair da Sabesp
para a iniciativa privada (sim, isso acontece, meus caros). Em meus anos no
setor privado ocupei os cargos de Diretor Administrativo e Diretor Financeiro, o
que me proporcionou adquirir um vasto leque de conhecimentos.

Em janeiro de 2009 retomei a vida de concurseiro e, tendo sido aprovado no


primeiro concurso para APOFP da Sefaz SP, voltei ao serviço público. Em 2012
fui aprovado no concurso para AFTM de São Paulo, cargo que exerci até há
pouco tempo. Atualmente sou Agente Fiscal de Rendas na Sefaz SP.

Nos últimos nove anos tenho estado imerso nesse mundo e angariei
conhecimento sobre as matérias que precisamos estudar e também sobre a
forma correta de nos prepararmos para as provas. É esse conhecimento,
associado à minha experiência como professor e instrutor em diversos cursos e
palestras, que pretendo dividir com vocês.
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Na Sefaz SP, sou chefe de um dos núcleos especializados do ICMS, cuja


maioria das atividades é analisar pedidos administrativos relacionados ao
tributo e proferir decisão de primeira instância para esses casos. Legislação,
então, é o meu dia a dia.

Caros, curtam minha página do Facebook para acessar novidades sobre


concursos, resoluções de questões e outras dicas. É um trabalho que estou
iniciando, conto com a ajuda de vocês. Eis o link:

http://www.facebook.com/professormarceloseco

Vamos lá?

Você terá que enfrentar essa preparação como uma guerra, na qual seu único
objetivo é vencer a batalha final: o dia da prova!

As pessoas acham graça de eu colocar as coisas desse modo, mas é isso


mesmo! Você tem que encarar esse período como uma fase de guerra em sua
vida. Fazendo isso, o caminho se torna mais suave.

Não se assustem com a quantidade de páginas de algumas aulas. Para resolver


algumas questões de forma didática, às vezes utilizo muito espaço, e isso
aumenta o tamanho da aula. Contudo, a teoria é
sempre curta, e a leitura da aula é bastante
rápida.

Essa aula é muito teórica, pois vamos tratar dos conceitos iniciais. Precisamos
fazr isso para que todos estejam com os conhecimentos necessários para
assimilar o conteúdo do curso. A partir das próximas aulas traremos os
dispositivos legais de Santa Catarina
acompanhados de exemplos práticos, para
melhor entendimento das situações que
envolvem os fatos geradores de cada tributo.

Nosso curso está totalmente atualizado de acordo com as emendas


constitucionais de interesse do ICMS (EC 75/13,
EC 87/15) e as recentes alterações na LC 116/03
e na LC 123/06, no que respeita ao ICMS.

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Nosso Curso

Muito bem! Vamos preparar nosso curso com foco no edital. Nossas provas
estão marcadas para os dias 17 e 18 de novembro.Embora tenhamos um
bom período para que nos preparemos, não temos tempo a perder!

Teremos que laborar arduamente, porque nosso objetivo não será obter o
mínimo, mas garantir a maioria dos pontos em legislação na prova
objetiva, e para isso é que trabalharei com vocês. Temos que trabalhar
durante as aulas com uma meta de 90% de acertos para que, na prova,
obtenhamos entre 75% e 80%.

Nossa banca é a FCC, mas vamos resolver todas as questões de legislação


tributária das bancas tradicionais.

Se necessário utilizarei algumas questões mais velhas, sempre com o cuidado


de não inserir material obsoleto.

Cada uma de nossas aulas terá uma parte inicial teórica, na qual abordaremos
os aspectos essenciais relacionados ao tema. Após isso, apresentarei um bloco
de questões resolvidas sobre o assunto. No final de cada aula existirá a lista
das questões utilizadas. O texto teórico e a resolução das questões terão
sempre um tamanho equilibrado, o que lhes permitirá assimilar o conteúdo
com tranquilidade.

Na última aula eu disponibilizarei um resumo com dicas e observações que


julgo importantes sobre os temas mais explorados pela banca, material que
deve ser carregado no seu bolso na reta final para a prova, para ser lido várias
vezes.

Meus caros, nas duas últimas semanas que precedem a prova vocês devem ter
um material pronto para ser usado na revisão. Durante as aulas anotem os
pontos em que sentiram maior dificuldade, isso fará parte do seu caderno de
reta final.

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Quero que façam o seguinte: nas duas últimas semanas vocês vão estudar
seus resumos duas vezes (uma vez em cada semana) isso será essencial.
Para tanto, devem começar a se organizar desde já, em todas as matérias.

Ao final do curso eu pretendo que vocês estejam prontos e seguros para


DESTRUIR a sabatina de Legislação.

Deixo com vocês, para reflexão, uma frase de André Gide, sobre a importância
de não procrastinar. Ao lado dela, uma figura que é a personalização da
obstinação: o Fidalgo Dom Quixote, do mestre Cervantes.

Se não fizeres isto, quem o fará? Se não o fazes


logo, quando será?

Meus caros, a obstinação deve estar ao lado de vocês nos próximos meses,
pois a hora é agora!!!

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Nossas Aulas

Legislação Tributária I – Todos os cargos.

Aula Conteúdo
Perfil Constitucional dos Tributos Estaduais (CF 1988). Leis
00
Complementares de Interesse para os Tributos Estaduais.
ICMS – Lei 10297/96. Decreto 2870/01: Hipóteses de incidência,
01 momento da ocorrência do fato gerador, local da operação e da
prestação.
ICMS - Lei 10297/96. Decreto 2870/01: Imunidade, isenção, não
02
incidência, contribuinte.
ICMS - Lei 10297/96. Decreto 2870/01: Responsável, base de
03
cálculo, alíquota. Estabelecimento.
ICMS - Lei 10297/96. Decreto 2870/01: Crédito fiscal, apuração e
04 pagamento do imposto. Suspensão, transferência de saldo credor,
compensação, restituição.
05 ICMS - Lei 10297/96. Decreto 2870/01: Substituição tributária
06 ICMS - Lei 10297/96. Decreto 2870/01: Obrigações Acessórias
07 ICMS e o Simples Nacional – LC 123/06
08 ITCMD – Tópicos de sucessão aplicáveis ao tributo
09 ITCMD – Lei 13136/04. CTN, doutrina e jurisprudência
10 IPVA – Lei 7543/88. CTN, doutrina e jurisprudência
Taxas. Leis 7541/88: fato gerador; contribuinte; responsável;
11
isenções; base de cálculo; alíquota.
12 Administração Tributária. Lei 3938/66.
13 Simulado com 50 questões recentes resolvidas.
14 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital.

Legislação Tributária II – Auditoria e Fiscalização.

Aula Conteúdo
Perfil Constitucional dos Tributos Estaduais (CF 1988). Leis
00
Complementares de Interesse para os Tributos Estaduais.
01 RICMS SC - Anexos
02 RICMS SC - Anexos
Lei Estadual nº 3.938/1966, que dispõe sobre normas gerais de
legislação tributária estadual e o Regulamento de Normas Gerais
03
de Direito Tributário do Estado de Santa Catarina, aprovado pelo
Decreto Estadual nº 22.586/1984.
Lei Complementar nº 465/2009, que cria o Tribunal Administrativo
Tributário do Estado de Santa Catarina e estabelece outras
04 providências Regimento Interno do Tribunal Administrativo
Tributário do Estado de Santa Catarina, aprovado pelo Decreto
Estadual nº 3.114/2010.
05 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital.

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Teoria e Exercícios – Aula 00
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Legislação Tributária II – Gestão Tributária.

Aula Conteúdo
Perfil Constitucional dos Tributos Estaduais (CF 1988). Leis
00
Complementares de Interesse para os Tributos Estaduais.
01 RICMS SC - Anexos
02 RICMS SC - Anexos
Lei Estadual nº 3.938/1966, que dispõe sobre normas gerais de
legislação tributária estadual e o Regulamento de Normas Gerais
03
de Direito Tributário do Estado de Santa Catarina, aprovado pelo
Decreto Estadual nº 22.586/1984.
Lei Complementar nº 465/2009, que cria o Tribunal Administrativo
Tributário do Estado de Santa Catarina e estabelece outras
04 providências Regimento Interno do Tribunal Administrativo
Tributário do Estado de Santa Catarina, aprovado pelo Decreto
Estadual nº 3.114/2010.
05 ITCMD – Lei 13136/04. CTN, doutrina e jurisprudência
06 IPVA – Lei 7543/88. CTN, doutrina e jurisprudência
07 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital.

Legislação Tributária II – Tecnologia da Informação.

Aula Conteúdo
Perfil Constitucional dos Tributos Estaduais (CF 1988). Leis
00
Complementares de Interesse para os Tributos Estaduais.
01 RICMS SC - Anexos
02 RICMS SC - Anexos
Lei Estadual nº 3.938/1966, que dispõe sobre normas gerais de
legislação tributária estadual e o Regulamento de Normas Gerais
03
de Direito Tributário do Estado de Santa Catarina, aprovado pelo
Decreto Estadual nº 22.586/1984.
Lei Complementar nº 465/2009, que cria o Tribunal Administrativo
Tributário do Estado de Santa Catarina e estabelece outras
04 providências Regimento Interno do Tribunal Administrativo
Tributário do Estado de Santa Catarina, aprovado pelo Decreto
Estadual nº 3.114/2010.
05 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital.

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Índice

Apresentação 1

1 – Tributos e Legislação Tributária 9

2 - Perfil Constitucional dos Tributos Estaduais 18

3 - Leis Complementares de Interesse para Tributos Estaduais 25

Exercícios Resolvidos 45

Lista das Questões Apresentadas 78

Gabarito 95

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1 – Tributos e Legislação Tributária

Turma, vamos entender alguns conceitos do direito tributário, depois


entraremos no estudo do perfil constitucional cada tributo. Isso será
necessário para que eu tenha certeza de que estaremos todos falando a
mesma língua.

No nosso curso, sempre que possível manterei fragmentos do próprio texto


legal que estivermos estudando, isso ajudará na resolução de questões que
cobrem a literalidade. Contudo, para simplificar o texto e tornar a leitura mais
leve, durante a aula vou utilizar alguns termos reduzidos, que sempre serão
definidos na primeira vez em que forem utilizados.

De maneira geral, quando se fala em tributos e do arcabouço legal que trata


do tema, temos que pensar da seguinte forma:

 Perfil constitucional
 CTN
 Lei complementar
 Lei ordinária instituidora
 Decreto regulamentador
 Normas complementares

Perfil constitucional

A previsão de determinado tributo na Constituição Federal (CF) é o que


permite que ele exista e seja reconhecido pelo ordenamento jurídico pátrio. Em
poucas palavras, os entes federativos só podem criar os tributos autorizados
na CF.

CTN – Código Tributário Nacional

O CTN é uma Lei Ordinária que foi recepcionada pela CF com status de Lei
Complementar. Sua função é dispor sobre o Sistema Tributário Nacional e
instituir normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e
Municípios.

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Lei Complementar no Direito Tributário

As funções da lei complementar (LC) no direito tributário são definidas no art.


146 da CF, e são as seguintes:

 dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a


União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
 regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
 estabelecer normas gerais de legislação tributária, em especial:
 definição de tributos e de suas espécies, fatos geradores, bases de
cálculo e contribuintes;
 obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência
tributários;
 adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas
sociedades cooperativas.
 definição de tratamento diferenciado e favorecido para as
microempresas e para as empresas de pequeno porte

Além do CTN, que é a Lei 5172/66, os casos mais notórios de lei complementar
com fito tributário, e que você deverá conhecer melhor do que a tabuada, são:

 LC 87/96, a famosa Lei Kandir, sobre o ICMS;


 LC 116/03, sobre o ISS;
 LC 123/06, sobre o Simples Nacional;
 LC 24/75, sobre o Confaz (ICMS).

Quando não existe lei complementar regulando determinado tributo, o ente


federativo competente para institui-lo pode estabelecer livremente as normas,
sem desobedecer aos ditames da CF, é claro.

Na eventualidade de edição de LC sobre o tema, ficam sem efeito as


disposições da lei ordinária existente que forem contrárias à LC.

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Regra geral: tributos não são instituídos por LC

Exceções: Empréstimo Compulsório, Imposto sobre


Grandes Fortunas, Impostos Residuais e Contribuições
Sociais Residuais.

Lei Ordinária Instituidora

Trata-se de lei ordinária, editada pelo ente federativo detentor da competência


tributária prevista pela CF, que institui o tributo e define os elementos que se
fazem necessários para a sua efetiva arrecadação.

Regra geral

É a lei ordinária que institui o tributo!

Decreto Regulamentador

Esse é um instrumento que detalha a operacionalização da cobrança e


fiscalização do tributo. É o guia a ser seguido pelos contribuintes e pela
administração tributária.

Não é obrigatório, e não são todos os tributos que possuem decreto


regulamentador. Muitos entes federativos instituem e cobram tributos valendo-
se apenas da lei ordinária.

Normas complementares

Esses são os elementos que regem o dia a dia das repartições tributárias. São
normas expedidas pela administração, detalhando e uniformizando
procedimentos. São eles:

 atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;


 decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa,
a que a lei atribua eficácia normativa;
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 práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;


 convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios.

Um tributo pode não ter LC e nem decreto regulamentador. Mas, com certeza,
embora não seja obrigatório, até a taxa mais boba instituída pela Prefeitura
mais longínqua, tem associada a si uma resolução ou instrução normativa.

1.1 – Definição de Tributo no CTN

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor


nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Essa definição já foi muito batida e até abandonada por algumas bancas, mas
fiquemos atentos.

Tributo é:

 Prestação pecuniária - deve ser pago em moeda (ou outros valores)


 Compulsória – poder imperativo do Estado
 Não é sanção de ilicitude – multa não é tributo, tributo não é punição
 Instituído em Lei – não se pode cobrar tributo sem lei que o institua
 Vinculado – a administração tributária não possui margem discricionária
nas suas atividades

Multa não é tributo.

Tributo não é punição.

A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador


da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

 a denominação e demais características formais adotadas pela lei;


 a destinação legal do produto da sua arrecadação.

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A multa, por seu caráter punitivo (trata-se de sanção baseada em ato ilícito)
não é considerada tributo, e nenhum tributo tem caráter punitivo. Cuidado,
pois as bancas já exploraram isso centenas de vezes.

Tributo é gênero, que engloba as seguintes espécies:

 Imposto
 Taxa
 Contribuição

1.2 – Classificação dos Tributos no CTN - Tripartite

Para o CTN, os tributos são:

 Impostos
 Taxas
 Contribuição de Melhoria

A CF, na atribuição de competências, lista o seguinte:

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos:

 impostos;
 taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
 contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados


segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.


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1.3 – Classificação dos Tributos no STF - Pentapartite

Para o STF, os tributos são:

 Impostos
 Taxas
 Contribuição de Melhoria
 Empréstimos Compulsórios
 Contribuições Especiais

1.4 – Obrigação Tributária

Segundo o CTN. A obrigação tributária pode ser principal ou acessória.

Obrigação tributária principal

Surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de


tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito
dela decorrente.

Obrigação tributária acessória

Decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou


negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos.

A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se


em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

Ou seja, se o contribuinte recebeu uma multa em virtude de descumprimento


da legislação (por não cumprir uma obrigação acessória), está constituída uma
nova obrigação, desta vez, obrigação principal de pagar.

1.5 – Fato Gerador

A definição legal do fato gerador é interpretada sem considerar:

 a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes,


responsáveis, ou terceiros;
 a natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
 os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

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Fato gerador da obrigação principal

É a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

Trata-se de uma situação fática, concreta, que ocorre no mundo real e se


encaixa na hipótese de incidência abstrata definida em lei

Na prática temos dois momentos relevantes:

Primeiro

Hipótese de Incidência (abstrata) + Fato Gerador (concreto) = Obrigação


Tributária Principal.

Segundo

Obrigação Tributária Principal + Lançamento = Crédito tributário Constituído.

Fato gerador da obrigação acessória

É qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a


abstenção de ato que não configure obrigação principal.

Considera-se ocorrido o fato gerador:

Tratando-se de situação de fato

Desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais


necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios.

Tratando-se de situação jurídica

Desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de


direito aplicável.

Os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:

 sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;


 sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da
celebração do negócio.

A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos


praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária,
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

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1.6 – Sujeitos da Obrigação Tributária

Sujeito Ativo

Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da


competência para exigir o seu cumprimento.

Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que


se constituir pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos
direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua
própria.

Sujeito Passivo da obrigação principal

É a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

O sujeito passivo da obrigação principal pode ser:

 contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que


constitua o respectivo fato gerador;
 responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua
obrigação decorra de disposição expressa de lei.

Sujeito Passivo da obrigação acessória

É a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.

Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à


responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à
Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das
obrigações tributárias correspondentes.

1.7 – Crédito Tributário e Lançamento

Crédito Tributário

O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza


desta. Sua constituição ocorre por meio do lançamento.

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As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus


efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua
exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.

O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue,


ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei,
fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade
funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias.

Lançamento

Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito


tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.

A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob


pena de responsabilidade funcional.

1.8 - Competência para instituição de tributos

A CF determina os tributos que cada ente pode instituir. Antes disso, vamos
ver o caso peculiar dos impostos nos territórios e do DF.

Nos Territórios

Os impostos estaduais são de competência da união.

Caso o território não seja dividido em municípios, também serão de


competência da união os impostos municipais.

No Distrito Federal

Os impostos municipais são de competência do Distrito Federal.

1.8.2 – Tributos dos Estados e do DF

Os Estados e o DF podem criar os seguintes tributos:

 Contribuição de Melhoria
 Taxas
 Contribuição, cobrada de seus servidores, para o regime previdenciário
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 Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou


direitos - ITCMD;
 Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior - ICMS;
 Imposto sobre propriedade de veículos automotores - IPVA

Só para o DF (e municípios)

 Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública – Cosip

2 - Perfil Constitucional dos Tributos Estaduais – CF 88

É essencial que tenhamos na ponta da língua os preceitos constitucionais de


cada tributo que estudaremos.

2.1 – Contribuição de Melhoria

Pode ser cobrada por qualquer ente da federação, desde que relativa a obras
de sua realização. A CF nada diz a seu respeito, a não ser que deve ser
cobrada em função de obras públicas.

O CTN é que dá as linhas gerais:

Contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo de obras


públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da
obra resultar para cada imóvel beneficiado.

A lei relativa à contribuição de melhoria observará o seguinte:

 publicação prévia dos seguintes elementos:


 memorial descritivo do projeto;
 orçamento do custo da obra;
 determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela
contribuição;
 delimitação da zona beneficiada;

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 determinação do fator de absorção do benefício da valorização para


toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela
contidas;
 fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos
interessados

 regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da


impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua
apreciação judicial.

A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela


do custo da obra pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos
respectivos fatores individuais de valorização.

2.2 – Taxa

Pode ser cobrada por qualquer ente da federação, desde que relativa a eventos
situados no âmbito de sua competência.

A CF traz apenas a motivação para a cobrança:

 em razão do exercício do poder de polícia ou


 pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços

Taxas no CTN

As taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a


utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das
empresas.

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Os serviços públicos consideram-se:

 utilizados pelo contribuinte:


 efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
 potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam
postos à sua disposição mediante atividade administrativa em
efetivo funcionamento;
 específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de
intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;
 divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de
cada um dos seus usuários.

2.3 – Contribuição dos servidores para o regime previdenciário

Pode ser instituída por qualquer ente federativo, para suportar os custos do
regime previdenciário de seus servidores públicos.
A única exigência da CF é que a alíquota cobrada dos servidores dos estados e
dos municípios não seja inferior à alíquota cobrada pela união.

2.4 - Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer


bens ou direitos – ITCMD

Vamos ver o que diz a CF:

 relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado


da situação do bem, ou ao Distrito Federal
 relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde
se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou
ao Distrito Federal;
 terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
 se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
 se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o
seu inventário processado no exterior;
 terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

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Teoria e Exercícios – Aula 00
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Fato gerador

Transmissão por causa mortis ou por doação de quaisquer bens ou direitos.

No caso de causa mortis, o fato gerador ocorre no momento da abertura da


sucessão, ou seja, no momento do falecimento do de cujus.

Base de cálculo

Valor de mercado dos bens ou direitos transmitidos.

Contribuinte

Qualquer das partes envolvidas no fato.

No causa mortis, a maioria das UFs determinam os sucessores (herdeiros e


legatários), como contribuintes.

Na doação, podemos ter o doador ou o donatário, dependendo da situação,


como contribuintes.

Anterioridade: sim

Noventena: sim

Legalidade: sim

2.5 - Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e


sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior - ICMS

Vamos ver o que diz a CF:

 será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada


operação com o cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado;
 a isenção ou não-incidência, salvo disposição contrária (SDC):
 não implicará crédito para compensação nas operações seguintes;
 anulará crédito das operações anteriores;
 poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e
dos serviços;
 resolução do Senado deverá (deve):
 estabelecer as alíquotas interestaduais e de exportação;
▪ iniciativa do Pres Rep ou de 1/3 Senadores
▪ aprovada pela maioria absoluta

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 facultado ao Senado (pode):


 estabelecer alíquotas mínimas internas
▪ resolução de iniciativa de 1/3
▪ aprovada pela maioria absoluta;
 fixar alíquotas máximas internas para resolver conflito específico
▪ resolução de iniciativa da maioria absoluta
▪ aprovada por 2/3;
 SDC do Confaz, alíquotas internas não poderão ser inferiores às
interestaduais;
 Na operação que destine bens e serviços a consumidor final localizado
em outra UF, contribuinte ou não do imposto, localizado em outra UF,
adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do
destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota
interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; (nosso famoso
diferencial de alíquota) (Novo – EC 87/15)
 A responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à
diferença entre a alíquota interna e a interestadual será atribuída:
 ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;
 ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do
imposto; (Novo – EC 87/15)
 incidirá também:
 entrada de mercadoria ou serviço importado por PF ou PJ, ainda
que não seja contribuinte habitual, qualquer finalidade, cabendo o
imposto ao Estado do destinatário;
 sobre o valor total, quando mercadorias fornecidas com serviços
não compreendidos na competência tributária dos Municípios;
 não incidirá:
 saídas de mercadorias para o exterior e serviços prestados a
destinatários no exterior, assegurada a manutenção do crédito;
 sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e
energia elétrica;
 sobre o ouro, quando ativo financeiro (IOF);
 serviço de comunicação via radiodifusão sonora e de sons e
imagens de recepção livre e gratuita;

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 não compreenderá, na BC, o montante do IPI, quando:


 operação realizada entre contribuintes
 produto destinado à industrialização ou à comercialização
 FG dos dois impostos;
 cabe à lei complementar:
 definir contribuintes;
 dispor sobre ST;
 disciplinar o regime de compensação;
 fixar o local das operações e prestações de serviços;
 excluir da incidência do imposto as exportações (letra morta);
 prever casos de manutenção de crédito, na remessa para outro
Estado e exportação;
 regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do
Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados. (Confaz)
 definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto
incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade,
(incidência monofásica)
 fixar a BC de modo que o montante do imposto a integre, também
na importação.

Sobre operações com energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados


de petróleo, combustíveis e minerais do País, somente incidirão ICMS, II e
IE.

Na incidência monofásica do ICMS sobre combustíveis, cujas regras deverão


ser decididas pelo Confaz, observar:

 nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados, imposto


caberá ao Estado onde ocorrer o consumo;
 nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e
seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não derivados, imposto
será repartido entre origem e de destino, mantendo-se a mesma
proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias;
 nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e
lubrificantes e combustíveis não derivados, destinadas a não
contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem;

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 as alíquotas serão definidas pelo Confaz observando-se o seguinte:

 serão uniformes em todo o país, podendo ser diferenciadas por


produto;
 poderão ser específicas, por unidade, ou ad valorem, incidindo
sobre o valor ou preço que o produto ou seu similar alcançaria em
uma venda em condições de livre concorrência;
 poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando a
anterioridade.

Turma, o ICMS é um dos tributos mais complexos, e vamos entrar no estudo


de seus detalhes nas aulas futuras.

Fato gerador

Diversos

Base de cálculo

Diversas

Contribuinte

Diversos

Anterioridade: sim, com exceções na volta ao patamar de alíquota


anteriormente diminuída, no caso da incidência monofásica de combustíveis.

Noventena: sim

Legalidade: sim, com exceções na incidência monofásica de combustíveis


(Confaz)

2.6 - Imposto sobre propriedade de veículos automotores – IPVA

Vamos ver o que diz a CF:

 terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;


 poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização

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Fato gerador

Propriedade de veículo automotor. Como não foi editada a LC a respeito, cada


UF define o que é veículo automotor.

Base de cálculo

Valor venal do veículo.

Contribuinte

Proprietário do veículo.

Anterioridade: sim

Noventena: sim, exceto definição da base de cálculo.

Legalidade: sim.

3 - Leis Complementares de Interesse para os Tributos Estaduais

Meus caros, necessariamente vocês deverão estudar as leis complementares


que envolvem o tratamento do ICMS. E com muita atenção, pois elas são a
base de toda a estrutura do tributo.

Vou deixar um resumo das leis, que utilizava durante meus estudos e que nos
será muito útil durante o curso. Estudem com bastante atenção, anotem as
dúvidas, esclareçam os pontos necessários.

Nas próximas aulas trataremos de elucidar todos os itens apresentados na LC,


por meio do estudo detalhado do regulamento e das situações práticas.

Vocês perceberão que a cada passagem pelo assunto o funcionamento do


tributo vai ficando mais claro e o conhecimento vai sendo sedimentado. Para
isso precisaremos conhecer as bases legais e fazer muitos exercícios.

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3.1 - LC 87/96 – ICMS - Lei Kandir

Compete aos Estados (Estados = Estados e DF) instituir o imposto sobre


operações (operações = operações e prestações) relativas à circulação de
mercadorias (mercadorias = mercadorias e bens) e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

O ICMS incide sobre:

 circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e


bebidas em restaurantes;
 serviços transporte interestadual e intermunicipal, qualquer via, de
pessoas, bens, mercadorias ou valores;
 serviços de comunicação onerosos, qualquer meio, inclusive a geração, a
emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a
ampliação de comunicação de qualquer natureza;
 fornecimento de mercadorias com serviços não compreendidos na
competência dos Municípios;
 fornecimento de mercadorias com serviços sujeitos ao ISS, quando a LC
116 expressamente o sujeitar à incidência do ICMS.
 entrada de importados, por PF ou PJ, ainda que não seja contribuinte
habitual, qualquer finalidade;
 serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no
exterior;
 entrada, no Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados (chamaremos de
petróleo), e de energia elétrica, quando não destinados à
comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações
interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o
adquirente.

O Fato Gerador do ICMS independe da natureza


jurídica da operação que o constitua.

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Como em qualquer tributo, o FG (fato gerador) independe da natureza


jurídica da operação que o constitua.

O ICMS Não incide sobre:

 operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua


impressão;
 operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias ou
serviços. Equipara-se a exportação a saída de mercadoria com o fim
específico de exportação, destinada a:
 comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento
da mesma empresa;
 armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.
 operações interestaduais com energia elétrica e petróleo, se destinados à
industrialização ou à comercialização;
 operações com ouro, quando ativo financeiro ou instrumento cambial;
 operações com mercadorias utilizadas na prestação, próprio autor da
saída, de serviço de qualquer natureza definido na LC 116, ressalvadas
as hipóteses previstas de incidência;
 operações de transferência de propriedade de estabelecimento;
 alienação fiduciária, inclusive a operação efetuada pelo credor em virtude
do inadimplemento do devedor;
 arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado
ao arrendatário;
 operações de que decorra a transferência de bens móveis salvados de
sinistro para companhias seguradoras.

Contribuinte do ICMS

Qualquer Pessoa Física (PF) ou Pessoa Jurídica (PJ) que realize, com
habitualidade ou em volume comercial, operações ou prestações, ainda
que se iniciem no exterior.

Qualquer PF ou PJ, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:

 importe mercadorias, qualquer que seja a sua finalidade;


 seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior;
 adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;

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 adquira petróleo e energia elétrica de outro Estado, quando não


destinados à comercialização ou à industrialização.

Responsável Tributário

Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento, se os atos


ou omissões dos terceiros concorrerem para o não recolhimento.

Lei estadual poderá atribuir a contribuinte ou a depositário a responsabilidade


pelo pagamento, tornando-o substituto tributário.

Responsabilidade poderá ser atribuída sobre:

 uma ou mais operações


 antecedentes (ST para trás, FG já ocorrido)
 concomitantes (ST de FG que está ocorrendo no momento)
 subsequentes (ST para frente, FG presumido)
 diferencial de alíquota

Diferencial de alíquota é o valor referente à diferença entre alíquotas interna e


interestadual nas operações com destinatário em outro estado que seja
contribuinte e consumidor final, ou seja que vá dar à mercadoria o
seguinte destino: uso, consumo ou ativo fixo.

Responsabilidade será para mercadorias, bens ou serviços previstos em lei de


cada Estado.

Para efeito de Substituição Tributária (ST) inclui-se como FG a entrada de


mercadoria no adquirente ou em outro local por ele indicado.

A Base de cálculo (BC) para fins de ST será:

 para as operações antecedentes ou concomitantes, o valor praticado pelo


substituído;
 para operações subsequentes, soma do seguinte:
 valor da operação própria do substituto tributário ou do substituído
intermediário;
 seguro, frete e outros encargos cobrados dos adquirentes;
 MVA (Margen de Valor Agregado), inclusive lucro, relativa às
operações subsequentes.

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Em substituição a esses valores, a BC subsequente poderá ser o preço de


mercado da mercadoria ou similar, em condições de livre concorrência, obtida
por levantamento.

Na ST subsequente, o imposto por ST será diferença entre alíquota interna


sobre BC e valor devido pela operação própria do substituto.

Se mercadoria com preço fixado por órgão público, a BC para ST é esse preço.

Se preço sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei estabelecer


como BC este preço.

MVA será calculada com base em preços praticados no mercado, obtidos por
levantamento, amostragem, informações e elementos de entidades
representativas, adotando-se a média ponderada, com critérios previstos em
lei.

A adoção de ST em operações interestaduais dependerá de acordo entre


Estados interessados.

Na ST de operações antecedentes o imposto será pago pelo responsável:

 na entrada;
 na saída subsequente, ainda que isenta ou não tributada;
 quando ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência
do FG.
A responsabilidade poderá ser atribuída:

 ao contribuinte que realizar operação interestadual com petróleo em


relação às operações subseqüentes;
 às geradoras ou distribuidoras de energia elétrica, nas operações
internas e interestaduais, na condição de contribuinte ou de substituto,
pelo pagamento, desde a produção ou importação até a última operação,
sendo o cálculo sobre o preço da operação final, com recolhimento ao
Estado onde deva ocorrer essa última operação.

Nas operações interestaduais com petróleo e energia para destinatário


consumidor final, o imposto será devido ao Estado do adquirente e será pago
pelo remetente.

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Restituição de ST sobre FG presumido

É assegurada ao substituído a restituição do valor pago por ST se o FG


presumido não se realizar.

Feito pedido e não havendo deliberação em 90 dias o substituído poderá se


creditar do valor atualizado.

Se sobrevier decisão contrária, o substituído, em 15 dias da notificação,


estornará crédito e pagará acréscimos.

Local da Operação

O local da operação para cobrança do imposto e definição do responsável é:

 se mercadoria ou bem:
 estabelecimento onde se encontre, no momento do FG;
 onde se encontre, quando em situação irregular, falta de
documentação ou inidônea;
 estabelecimento que transfira a propriedade de mercadoria que não
tenha transitado por ele. Não se aplica se recebida em depósito de
contribuinte de outro estado (local da saída será o AG ou DF).
 importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada
física;
 importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não
estabelecido;
 da licitação de mercadoria ou bem importados do exterior e
apreendidos ou abandonados;
 estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive consumidor
final, nas operações interestaduais com energia elétrica e petróleo,
quando não destinados à industrialização ou à comercialização;
 estado onde ouro for extraído, quando não considerado ativo
financeiro ou instrumento cambial; Ouro quando ativo financeiro ou
instrumento cambial, deve ter sua origem identificada.
 o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes,
crustáceos e moluscos;

 se serviço de transporte:
 onde tenha início a prestação;
 onde se encontre o transportador, quando em situação irregular (sem
doc fiscal ou inidônea);
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 destinatário do serviço, na utilização, por contribuinte, de serviço cuja


prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a
operação ou prestação subsequente (diferencial de alíquota,
contribuinte, consumo, uso ou ativo fixo)

 se prestação onerosa de serviço de comunicação:


 da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem;
 da concessionária ou da permissionária que forneça ficha, cartão, ou
assemelhados;
 do destinatário do serviço, se houver diferencial de alíquota;
 do tomador do serviço, quando prestado por meio de satélite;
 onde seja cobrado o serviço, nos demais casos;
 se serviços não medidos e preço cobrado por períodos definidos, o
imposto será dividido para estados do prestador e o tomador.

 se serviços prestados ou iniciados no exterior, local do


destinatário.

Estabelecimento

É o local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde


pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades em caráter temporário ou
permanente, bem como onde se encontrem armazenadas mercadorias,
observado, ainda, o seguinte:

 na impossibilidade de determinação, considera-se o local em que tenha


sido efetuada a operação ou, encontrada a mercadoria ou constatada a
prestação;
 é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular;
 considera-se também estabelecimento o veículo do comércio ambulante
e da captura de pescado;

Respondem pelo crédito tributário todos os estabelecimentos do mesmo titular.

Se mercadoria for remetida para AG ou DF no mesmo Estado, a posterior saída


será considerada do depositante, salvo se para retornar ao remetente.

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Ocorrência do Fato Gerador

Considera-se ocorrido o FG no momento:


 da saída de mercadoria de contribuinte, ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular;
 do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por
qualquer estabelecimento;
 da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em AG ou DF, no
Estado do transmitente;
 da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título, quando não
tiver transitado pelo transmitente;
 do início dos serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de
qualquer natureza;
 do ato final do transporte iniciado no exterior;
 das prestações onerosas de serviços de comunicação, por qq meio,
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a
retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qq
natureza. Se serviço pago em ficha, cartão ou assemelhados considera-
se FG no fornecimento ao usuário.
 do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços:
 não compreendidos na competência dos Municípios;
 compreendidos na competência dos Municípios e com indicação
expressa de incidência na LC 116;
 do desembaraço de mercadorias ou bens importados;
A entrega de importados deve ser autorizada pelo órgão de
desembaraço, que somente a fará mediante exibição do comprovante de
pagamento, SDC (salvo disposição em contrário).
Se entrega de importados ocorrer antes do desembaraço, considera-se
FG neste momento, devendo a autoridade, SDC, exigir a comprovação do
pagamento.
 do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior;
 da aquisição em licitação de mercadorias ou bens importados e
apreendidos ou abandonados;
 da entrada no Estado de petróleo e energia elétrica de outro Estado, se
não destinados à comercialização ou à industrialização;
 da utilização, por contribuinte, de serviço iniciado outro Estado, não
vinculado a operação subsequente.

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Base de cálculo

A BC do imposto é:
 na saída ou transmissão de mercadoria, o valor da operação;
 no fornecimento de alimentação e bebidas, o valor da operação,
mercadoria e serviço;
 nos serviços transporte e de comunicação, o preço do serviço;
 no fornecimento de mercadorias com prestação de serviço:
 o valor da operação, se não compreendidos na competência
municipal;
 o preço da mercadoria fornecida ou empregada, se compreendidos
com ressalva;
 no desembaraço aduaneiro de importados, a soma de:
 o valor da mercadoria no documento de importação;
 imposto de importação;
 imposto sobre produtos industrializados;
 imposto sobre operações de câmbio;
 quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas
aduaneiras;
 no recebimento de serviços importados, o valor do serviço, acrescido de
todos os encargos;
 na aquisição em licitação, valor da operação acrescido de II (imposto de
importação) e IPI e todas despesas cobradas do adquirente;
 na entrada de petróleo e energia, o valor da operação;
 no serviço iniciado em outro estado sem operação subsequente, o valor
da prestação no Estado de origem. Nesse caso o imposto a pagar será
diferença entre a alíquota interna e a interestadual sobre o valor da
prestação.

Integram a BC, inclusive na importação:


 o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera
indicação para controle;
 o valor correspondente a:
 seguros, juros e demais importâncias pagas, bem como descontos
condicionais;
 frete, se transporte efetuado pelo remetente ou por sua conta e
ordem e seja cobrado em separado.

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Não integra a BC o IPI, quando:


 operação realizada entre contribuintes
 produto destinado à industrialização ou à comercialização
 configurar FG de ambos os impostos.

Na saída para estabelecimento em outro Estado, do mesmo titular, a


BC é:
 o valor da entrada mais recente;
 o custo de produção (soma de matéria-prima, material secundário, mão
de obra e acondicionamento);
 se mercadorias não industrializadas, o preço corrente no mercado
atacadista do remetente.

Nas operações interestaduais entre contribuintes diferentes caso haja reajuste


depois da remessa a diferença fica sujeita ao imposto no remetente.

O preço de importação em moeda estrangeira será convertido pela taxa de


câmbio utilizada no II, sem acréscimo ou devolução posterior se houver
variação da taxa até o pagamento. O valor fixado pela aduaneira para BC do II
substituirá o preço declarado.

Na falta do valor da mercadoria na operação, a BC do imposto é:

 I - o preço da mercadoria ou de seu similar no mercado atacadista da


operação ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o
remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia;
 II - o preço FOB industrial à vista, caso o remetente seja industrial;
 III - o preço FOB comercial à vista, de venda a comerciantes ou
industriais, caso o remetente seja comerciante.

Para II e III adotar-se-á sucessivamente:


 o preço cobrado remetente na operação mais recente;
 caso tenha efetuado venda de mercadoria, o preço no mercado
atacadista do local ou, na falta deste, no mercado atacadista regional.

Para III, se remetente não efetua vendas a outros comerciantes ou industriais


ou, em qualquer caso, se não houver similar, a BC será 75% do preço de
venda no varejo.
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Nas prestações sem preço a BC é o valor corrente do serviço no local da


prestação.

Se frete cobrado por estabelecimento pertencente ao titular da mercadoria ou


por outro interdependente, exceder os níveis normais no mercado, o valor
excedente será parte do preço da mercadoria.

Consideram-se interdependentes duas empresas quando (para este fim):


 uma delas, por si, seus sócios ou acionistas, e respectivos cônjuges ou
filhos menores, for titular de mais de 50% do capital da outra;
 uma mesma pessoa fizer parte de ambas com funções de gerência;
 uma delas locar ou transferir a outra veículo destinado ao transporte de
mercadorias.

Se cálculo do imposto considerar valor de mercadorias, bens, serviços ou


direitos, a autoridade arbitrará valor sempre que sejam omissos ou não
mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os
documentos do sujeito passivo ou de terceiro, ressalvada avaliação
contraditória, administrativa ou judicial.

Não cumulatividade

O imposto é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada


operação ou prestação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
por outro Estado.

Compensação de Valores

Para a compensação é assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se


do imposto anteriormente cobrado em operações de entrada de mercadoria,
real ou simbólica, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo
permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal ou de comunicação.

Não dão direito a crédito as entradas resultantes de operações ou prestações


isentas ou não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios
à atividade do estabelecimento.

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Salvo prova, presumem-se alheios à atividade os veículos de transporte


pessoal.

Vedação à utilização do crédito

É vedado o crédito relativo a entrada ou prestação de serviços tomada:


 para uso ou consumo em industrialização ou produção rural, se saída não
for tributada ou for isenta, exceto se exportação;
 para comercialização ou prestação, quando a saída subsequente for
tributada ou for isenta, exceto se exportação.

Operações tributadas posteriores a essas saídas dão direito a creditar-se do


cobrado nas operações anteriores às isentas ou não tributadas sempre que a
saída isenta ou não tributada for relativa a:
 produtos agropecuários;
 quando autorizado em lei estadual, outras mercadorias.

Confaz poderá dispor que não se aplique essa vedação.

Crédito do ICMS sobre o Ativo Imobilizado

Para créditos de entrada de mercadorias destinadas ao ativo permanente,


deverá ser observado:
 a apropriação será 1/48 ao mês, devendo a primeira ser apropriada no
mês da entrada;
 em cada período, não será admitido o credito em relação à proporção
das saídas tributadas sobre o total das saídas;
 o crédito a ser apropriado será obtido multiplicando-se o valor total
crédito por 1/48 da relação entre saídas tributadas e o total das saídas
do período, equiparando-se às tributadas, nesse caso, as saídas com
destino ao exterior ou as saídas de papel destinado à impressão de
livros, jornais e periódicos;
 o quociente de 1/48 aumentado ou diminuído, pro rata die, caso o
período de apuração seja superior ou inferior a um mês;
 na alienação dos bens do ativo permanente antes de 4 anos de sua
aquisição não será admitido o creditamento em relação à fração
restante;

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 serão objeto de outro lançamento, além do lançamento em conjunto com


os demais créditos;
 ao final dos 48 meses da entrada, o saldo do crédito será cancelado.

Estorno do crédito

Deverá ser estornado o creditado sempre que a entrada:


 for objeto de saída não tributada ou isenta, sendo esta circunstância
imprevisível na data da entrada;
 Se for previsível nem credita.
 for integrada ou consumida em processo de industrialização, se saída do
produto for não tributada ou isenta;
 vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;
 vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

Não se estornam créditos de entradas que venham a ser objeto de operações


de exportação ou de operações com o papel destinado à impressão de livros,
jornais e periódicos.

O não creditamento ou o estorno, não impedem a utilização dos mesmos


créditos em operações posteriores, sujeitas ao imposto, com a mesma
mercadoria.

O direito de crédito está condicionado à idoneidade da documentação e à


escrituração.

O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de 5 anos contados da


emissão do documento.

Regime Periódico de Apuração - RPA

A legislação estadual disporá sobre o período de apuração do imposto. As


obrigações consideram-se vencidas na data em que termina o período de
apuração e são liquidadas por compensação ou pagamento:
 obrigações consideram-se liquidadas por compensação até o montante
dos créditos do período mais o saldo credor de período ou períodos
anteriores, se for o caso;

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 se débitos do período superarem créditos, a diferença será liquidada


dentro do prazo fixado pelo Estado;
 se créditos superarem débitos, a diferença será transportada para o
período seguinte.

Débitos e créditos devem ser apurados em cada estabelecimento,


compensando-se os saldos credores e devedores entre os estabelecimentos do
mesmo sujeito passivo no Estado.

Saldos credores acumulados de exportação podem ser, na proporção que estas


saídas representem do total:
 imputados pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu no
Estado;
 havendo remanescente, transferidos a outros contribuintes do Estado,
com reconhecimento do Fisco.

Lei estadual poderá, nos demais casos de saldos credores acumulados,


permitir que:
 sejam imputados a qualquer estabelecimento seu no Estado;
 sejam transferidos, nas condições que definir, a outros contribuintes do
mesmo Estado.

Em substituição ao RPA a lei estadual poderá estabelecer:


 que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço
dentro de determinado período;
 que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço
em cada operação;
 que imposto seja pago por estimativa, assegurado o direito de impugná-
la e instaurar processo contraditório.

Na estimativa, no fim do período, será feito o ajuste com base na escrituração,


e pagará a diferença apurada, se positiva ou, se negativa, será compensada
nos períodos seguintes.

A inclusão no regime de estimativa não dispensa o cumprimento de obrigações


acessórias.

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A partir da publicação da LC 87/96:


 o imposto não incidirá sobre operações de exportação e sobre prestações
de serviços para o exterior;
 darão direito de crédito, que não será objeto de estorno, as mercadorias
entradas para integração ou consumo em processo de industrialização de
mercadoria destinada ao exterior;

Na aplicação da compensação:
 somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou
consumo entradas a partir de 1/1/20;
 somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica:
 quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;
 quando consumida no processo de industrialização;
 quando seu consumo resultar em saída para o exterior, na
proporção destas sobre as saídas totais; e
 a partir de 1/1/20 nas demais hipóteses;
 darão direito de crédito as entradas destinadas ao ativo permanente a
partir da vigência da LC.
 dará direito a crédito o recebimento de serviços de comunicação:
 prestados na execução de serviços da mesma natureza;
 quando sua utilização resultar em saída para o exterior, na
proporção desta sobre as saídas totais; e
 a partir de 1/1/20 nas demais hipóteses.

3.2 - LC 24/75 - Confaz

O Confaz é o órgão competente para decidir sobre isenções e outras


desonerações de ICMS. Quando falarmos em Estados, entendam Estados e DF.
As publicações do Confaz saem no DOU, dos Estados saem no respectivo DOE.

Prerrogativas do Confaz
Para o ICMS, serão concedidas ou revogadas em convênios celebrados e
ratificados pelos Estados:
 isenção
 redução da BC;
 devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do
tributo;
 concessão de créditos presumidos;
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 incentivo ou favor, que resulte em redução ou eliminação, direta ou


indireta, do ICMS;
 prorrogações e extensões das isenções vigentes nesta data (da lei).

Convênios

Convênios serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido


convocados representantes de todos os Estados, sob a presidência de
representantes do Governo federal.
 Reuniões se realizarão com presença da maioria dos Estados.
 Concessão de benefícios dependerá de decisão unânime dos Estados
presentes;
 Sua revogação total ou parcial dependerá de aprovação de 4/5 dos
presentes.
 Em 10 dias da data final da reunião a resolução será publicada.
 Convênios podem ter cláusulas limitadas a um ou a alguns Estados.

Ratificação ou Rejeição

Em 15 dias da publicação cada Estado publicará decreto ratificando ou não os


convênios.
Na falta dessa manifestação considera-se ratificação tácita.
Aplica-se também aos Estados cujos representantes não tenham comparecido
à reunião.
Considera-se rejeitado o convênio que não for expressa ou tacitamente
ratificado por todos os Estados ou, nos casos de revogação, no mínimo por 4/5
dos Estados.
Até 10 dias após prazo de ratificação, será publicada a ratificação ou a
rejeição.
Convênios entrarão em vigor no 30º dia após a publicação, SDC.
Convênios ratificados obrigam todos Estados inclusive os que não
compareceram na reunião.

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Benefícios concedidos fora do Confaz

A inobservância desta Lei acarretará, cumulativamente:


 a nulidade do ato e a ineficácia do crédito atribuído ao recebedor da
mercadoria;
 a exigibilidade do imposto não pago ou devolvido e a ineficácia da
lei ou ato que conceda remissão desse imposto.

Pode-se presumir a irregularidade das contas do exercício, a juízo do TCU;

Pode-se suspender o pagamento das quotas referentes ao Fundo de


Participação, ao Fundo Especial e aos impostos.

Vedado aos Municípios concederem qualquer benefício no que se refere à sua


parcela no ICMS.

Concessões unilaterais

Convênios definirão condições gerais em que se poderão conceder,


unilateralmente:
 Anistia
 Remissão
 Transação
 Moratória
 Parcelamento
 Ampliação do prazo de recolhimento.

Outras disposições

O Regimento das reuniões será aprovado em convênio.


São mantidos os benefícios convênios vigentes, até que revogados ou
alterados por outro.
Continuam em vigor os benefícios fiscais .... até o vencimento do prazo ou
cumprimento das condições correspondentes.
Quaisquer outros benefícios concedidos pelos Estados consideram-se
revogados se não forem convalidados pelo primeiro convênio que se realizar,
ressalvados os concedidos por prazo certo ou em função de determinadas
condições que já tenham sido incorporadas ao contribuinte.
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O prazo para a celebração deste 1º convênio será de 90 dias da publicação


desta Lei.

A convalidação fará pela aprovação de 2/3 dos presentes.

Sairão com suspensão do Imposto:


 mercadorias remetidas pelo produtor para Cooperativa de que faça parte,
no mesmo Estado;
 mercadorias remetidas pela Cooperativa para estabelecimento, no
mesmo Estado, da própria Cooperativa, de Cooperativa Central ou de
Federação de Cooperativas de que a remetente faça parte. Nesse caso o
imposto devido será recolhido pelo destinatário quando da saída
subsequente.

Confaz não se aplica às indústrias instaladas ou a instalar-se na Zona Franca


de Manaus, sendo vedado aos demais Estados determinar a exclusão de
incentivo concedido pelo Estado do Amazonas.

3.3 - LC 116/03 - ISS

Caros, nesse tópico vamos ver apenas os pontos da LC 116 que são de
interesse para o ICMS, para fecharmos esse entendimento. Em aula futura
estudaremos em detalhes o ISS.

Fato gerador do ISS

Prestação de serviços constantes da lista de serviços, ainda que esses não se


constituam como atividade preponderante do prestador.

Ressalvadas as exceções expressas, os serviços não ficam sujeitos ao


ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias.

Ou seja, por hora, interessa-nos apenas saber que ICMS incide nas
Ressalvas constantes da LC do ISS, que são Cinco:

 Construção civil, hidráulica ou elétrica e outras obras (exceto o


fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de
serviços fora do local da prestação, que fica sujeito ao ICMS).
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 Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos


e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas
pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação, que fica
sujeito ao ICMS).
 Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, .... de máquinas, veículos,
aparelhos, equipamentos, motores, .... ou de qualquer objeto (exceto
peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).
 Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas,
que ficam sujeitas ao ICMS).
 Festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de alimentação e
bebidas, que fica sujeito ao ICMS).

Outros casos relacionados a serviços:

Incidência de ISS em Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido


pelo usuário final, exceto aviamento, que pode ser fornecido pelo alfaiate.
Atenção, se o alfaiate fornecer o material, incide ICMS.

Alimentação fornecida junto com a diária em hotéis e hospitais: ISS

Alimentação paga à parte em hotéis e hospitais: ICMS

Resumindo ISS x ICMS

Serviço constante na lista da LC 116, sem ressalva – ISS no serviço e no


material
Exemplo: medicamentos em hospital

Serviço na lista, com ressalva – ISS no serviço e ICMS no item ressalvado


Exemplo: oficina mecânica, ISS no serviço e ICMS nas peças

Serviço fora da lista – ICMS nas mercadorias, se houver FG do ICMS

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Muito bem!
Aula bastante teórica, não é mesmo? Mas não há outra forma de iniciar o
estudo dos tributos estaduais. Temos que entender o funcionamento e os
conceitos de cada um deles.

Vamos aos exercícios?

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Exercícios Resolvidos

1 – FCC 2013 Sefaz SP - O Hotel Qbela Praia, localizado no litoral do Estado


de São Paulo, possui um restaurante na cobertura, com vista panorâmica,
onde são servidos o café da manhã, o almoço e o jantar, e também possui
serviço de quarto 24 horas, que serve refeições e bebidas com cardápio e
preços diferenciados, e frigobar nos apartamentos de luxo. Considerando estas
informações, NÃO há incidência de ICMS
A) no café da manhã, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo
buffet de preço fixo e as bebidas estejam sujeitas à substituição tributária.
B) no jantar, serviço no restaurante, desde que o hóspede tenha optado pela
tarifa de hospedagem que incluía o valor da refeição.
C) no café da manhã, servido no quarto, desde que o pagamento seja
realizado no dia de saída do hotel, no momento do fechamento da conta.
D) no almoço, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo buffet de
preço fixo e o pagamento seja realizado no dia da saída do hotel.
E) no almoço, servido no restaurante, desde que os insumos utilizados estejam
sujeitos à isenção do ICMS e as bebidas estejam no regime de substituição
tributária.

Letras A, C e D, erradas. São situações em que o pagamento das bebidas e


alimentos é feito em separado, portanto existe incidência normal do ICMS.
Letra E, errada. O fato de o insumo ser beneficiado com isenção, não quer
dizer que o produto final também o será. Ademais, nos casos de isenção temos
incidência normal do imposto. Ocorre o fato gerador e a lei afasta o surgimento
do crédito tributário. Mais um detalhe relativo à letra E: o fato de a mercadoria
estar em substituição tributária quer dizer que existe, sim, incidência.

Incidência de ICMS em casos relacionados a serviços:

Alimentação e bebidas fornecidas junto com a diária em hotéis e hospitais:


só ISS, não incide ICMS.

Alimentação e bebidas pagas à parte em hotéis e hospitais: ICMS incide


nessa parte.

Gaba: B

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2 – FCC 2013 Sefaz SP - Considerando que o ICMS é um imposto de


competência estadual e que em diversas situações podem ocorrer dúvidas
sobre a identificação do sujeito ativo relativamente a determinado fato
gerador; para a cobrança do imposto é importante a definição do local onde se
reputa ocorrida a operação ou a prestação. Assim, Lei Complementar 87 de
1996 trata da questão. Considera-se local da operação ou prestação, tratando-
se de
I. mercadoria, o local onde a mercadoria está, quando em situação irregular
pela falta de documentação fiscal.
II. mercadoria importada do exterior, o local do desembaraço aduaneiro,
quando este tiver sido regularmente realizado.
III. prestação de serviço de telefonia celular, na modalidade pós-pago, onde
seja cobrado o serviço.
IV. prestação de serviço de transporte, onde tenha início a prestação.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) I, III e IV.
B) II, III e IV.
C) I, II e III.
D) III e IV.
E) I e II

Local da Operação

 se mercadoria ou bem:
 estabelecimento onde se encontre, no momento do FG;
 onde se encontre, quando em situação irregular, falta de
documentação ou inidônea;
 estabelecimento que transfira a propriedade de mercadoria que não
tenha transitado por ele. Não se aplica se recebida em depósito de
contribuinte de outro estado (local da saída será o AG ou DF).
 importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada
física;
 importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não
estabelecido;
 da licitação de mercadoria ou bem importados do exterior e
apreendidos ou abandonados;

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 estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive consumidor


final, nas operações interestaduais com energia elétrica e petróleo,
quando não destinados à industrialização ou à comercialização;
 estado onde ouro for extraído, quando não considerado ativo
financeiro ou instrumento cambial; Ouro quando ativo financeiro ou
instrumento cambial, deve ter sua origem identificada.
 o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes,
crustáceos e moluscos;

 se serviço de transporte:
 onde tenha início a prestação;
 onde se encontre o transportador, quando em situação irregular (sem
doc fiscal ou inidônea);
 destinatário do serviço, na utilização, por contribuinte, de serviço cuja
prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a
operação ou prestação subseqüente (diferencial de alíquota,
contribuinte, consumo, uso ou ativo fixo)

 se prestação onerosa de serviço de comunicação:


 da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem;
 da concessionária ou da permissionária que forneça ficha, cartão, ou
assemelhados;
 do destinatário do serviço, se houver diferencial de alíquota;
 do tomador do serviço, quando prestado por meio de satélite;
 onde seja cobrado o serviço, nos demais casos;
 se serviços não medidos e preço cobrado por períodos definidos, o
imposto será dividido para estados do prestador e o tomador.

 se serviços prestados ou iniciados no exterior, local do


destinatário.

Apenas o item II está errado. No caso da importação, o local da operação é


o local de entrada física da mercadoria, e é para o estado no qual estiver
esse local que será devido o imposto.
O desembaraço, na importação, está relacionado ao momento do fato gerador.

Gaba: A

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3 – FCC 2013 Sefaz SP - A legislação relativa à substituição tributária com


retenção antecipada do imposto estabelece critérios para a fixação da base de
cálculo da substituição. NÃO representa um critério válido para a definição da
base de cálculo o preço
A) sugerido ao consumidor por fabricante ou importador.
B) praticado pelo sujeito passivo, acrescido de encargos transferíveis ao
consumidor e de margem de valor agregado.
C) máximo ao consumidor, autorizado por autoridade competente.
D) médio ponderado ao consumidor, praticado no mercado.
E) mínimo, fixado por pauta pela Secretaria da Fazenda.

A Base de cálculo (BC) para fins de ST será:

 para as operações antecedentes ou concomitantes, o valor praticado pelo


substituído;
 para operações subsequentes, soma do seguinte:
 valor da operação própria do substituto tributário ou do substituído
intermediário;
 seguro, frete e outros encargos cobrados dos adquirentes;
 MVA (Margen de Valor Agregado), inclusive lucro, relativa às
operações subsequentes.

Em substituição a esses valores, a BC subsequente poderá ser o preço de


mercado da mercadoria ou similar, em condições de livre concorrência, obtida
por levantamento.

Na ST subsequente, o imposto por ST será diferença entre alíquota interna


sobre BC e valor devido pela operação própria do substituto.

Se mercadoria com preço fixado por órgão público, a BC para ST é esse preço.

Se preço sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei estabelecer


como BC este preço.

MVA será calculada com base em preços praticados no mercado, obtidos por
levantamento, amostragem, informações e elementos de entidades
representativas, adotando-se a média ponderada, com critérios previstos em
lei.

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Podemos notar que, de acordo com a LC 87/96, o único meio não previsto
para chegar-se à BC da Substituição Tributária é o preço mínimo fixado
pela Sefaz. Esse preço é chamado de pauta fiscal, e tem sido evitado nos
últimos anos.

Gaba: E

4 – FCC 2013 Sefaz SP - Com respeito à Lei Complementar 24/75 e aos


convênios autorizativos para concessão de benefícios fiscais do ICMS,
celebrados no âmbito do CONFAZ, considere:
I. Haverá necessidade de convênio para a concessão de isenções, reduções da
base de cálculo e concessões de créditos presumidos, mas não para benefícios
financeiro-fiscais concedidos com base no ICMS, dos quais resulte redução ou
eliminação, direta ou indireta, do ônus com o ICMS.
II. Os convênios serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido
convocados representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, as quais
se realizarão com a presença de representantes de quatro quintos, pelo
menos, das Unidades da Federação. A concessão de benefícios dependerá
sempre de decisão unânime dos Estados representados.
III. A revogação total ou parcial dos convênios dependerá de aprovação de
quatro quintos, pelo menos, dos representantes presentes na reunião do
CONFAZ.
IV. Os convênios entrarão em vigor no trigésimo dia após a publicação pelo
Poder Executivo das Unidades da Federação presentes na reunião que
concedeu o benefício de decreto ratificando ou não os convênios celebrados,
considerando-se ratificação tácita dos convênios a falta de manifestação no
prazo previsto na legislação.
V. Mesmo as Unidades da Federação que não se tenham feito representar na
reunião, embora regularmente convocadas, estão obrigadas pelos convênios
ratificados.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) III e V.
B) I e II.
C) I e IV.
D) II e V.
E) III e IV.

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I – Errado. Qualquer benefício que resulte em redução da carga tributária do


ICMS deve ser aprovado pelo Confaz.
II – Errado. Todos serão convocados para as reuniões, que ocorrerão com a
presença da maioria. O número de 4/5 é necessário para revogação de
convênios.
III – Correto.
IV – Errado. Se ratificados por todos os estados, os convênios entram em vigor
no 30º dia após a publicação pelo Confaz.
V – Correto.

Gaba: A

5 – Vunesp 2013 Câmara São Carlos - De acordo com a Lei Complementar


n.º 116/03, artigo 5.º, contribuinte é o (a)
A) sujeito ativo da obrigação tributária.
B) pessoa jurídica distinta.
C) prestador do serviço.
D) pessoa física.
E) responsável legal pelo recolhimento devido.

Sujeito Passivo da obrigação principal

É a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

O sujeito passivo da obrigação principal pode ser:

 contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que


constitua o respectivo fato gerador;
 responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua
obrigação decorra de disposição expressa de lei.

No caso do ISS, regulado pela LC 116/03, temos o prestador de serviços como


contribuinte e o tomador como responsável tributário. No Município de São
Paulo encontramos ainda a figura do Intermediário do serviço, que também
pode, em alguns casos, ser responsável tributário.

Gaba: C

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6 – Vunesp 2012 Iamspe - O imposto sobre a transmissão causa mortis e


doação de quaisquer bens ou direitos pertence à competência impositiva
A) da União e dos Estados.
B) da União e dos Municípios.
C) da União e do Distrito Federal.
D) dos Municípios e do Distrito Federal.
E) dos Estados e do Distrito Federal.

Os Estados e o DF podem criar os seguintes tributos:


 Contribuição de Melhoria
 Taxas
 Contribuição, cobrada de seus servidores, para o regime previdenciário
 Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou
direitos - ITCMD;
 Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior - ICMS;
 Imposto sobre propriedade de veículos automotores - IPVA

Gaba: E

7 – Vunesp 2012 Iamspe - Assinale a alternativa em que está presente uma


expressão que se associa à definição de tributo.
A) Prestação facultativa.
B) Instituição por decreto.
C) Atividade plenamente vinculada.
D) Atividade meramente discricionária.
E) Imposição de sanção por ato ilícito.

Tributo é:
 Prestação pecuniária - deve ser pago em moeda (ou outros valores)
 Compulsória – poder imperativo do Estado
 Não é sanção de ilicitude – multa não é tributo, tributo não é punição
 Instituído em Lei – não se pode cobrar tributo sem lei que o institua
 Vinculado – a administração tributária não possui margem discricionária
nas atividades tributárias
Gaba: C
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8 – Vunesp 2013 Prefeitura São Carlos - A obrigação principal surge com a


ocorrência do fato gerador e tem por objetivo
A) impor a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação
principal.
B) as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
C) verificar a veracidade das prestações, positivas ou negativas, nela previstas
no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
D) o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente
com o crédito dela decorrente.
E) inclusão, suspensão ou exclusão do crédito tributário.

Obrigação principal

Surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de


tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito
dela decorrente.

Gaba: D

9 – Vunesp 2013 Câmara São Carlos - A obrigação acessória, pelo simples


fato de sua inobservância,
A) não possui validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos
contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto
ou dos seus efeitos.
B) converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
C) sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da
celebração do negócio, haverá sanção.
D) salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e
existentes os seus efeitos.
E) é obrigatória apenas quando há adesão ao parcelamento do débito originado
pela obrigação principal.

Obrigação acessória

Decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou


negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos.
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A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se


em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

Gaba: B

10 – Vunesp 2013 Câmara São Carlos - O sujeito passivo da obrigação


tributária torna-se
I. contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador;
II. contribuinte, quando não tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador;
III. responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua
obrigação decorra de disposição expressa de lei;
IV. responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua
obrigação poderá decorrer de disposição a ser expressa em lei.
Está correto o contido em
A) I, II, III e IV.
B) II, III e IV, apenas.
C) I, III e IV, apenas.
D) III e IV, apenas.
E) I e III, apenas.

Sujeito Passivo da obrigação principal

É a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

O sujeito passivo da obrigação principal pode ser:

 contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que


constitua o respectivo fato gerador;
 responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua
obrigação decorra de disposição expressa de lei.

Sujeito Passivo da obrigação acessória

É a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.

Gaba: E

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11 – Vunesp 2013 Câmara São Carlos - O crédito tributário é constituído


em definitivo quando
A) há lançamento.
B) há trânsito em julgado do processo administrativo.
C) há trânsito em julgado de ação de execução fiscal.
D) é solvida a guia DARF.
E) não há decadência.

Lançamento

Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito


tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.

A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob


pena de responsabilidade funcional.

Gaba: A

12 – Vunesp 2013 Câmara São Carlos - Segundo a definição tripartite de


tributos adotada pelo Código Tributário, o gênero tributo tem três espécies.
São elas:
A) impostos, taxas e contribuições fiscais.
B) impostos, taxas e preços públicos.
C) taxa, contribuição de melhoria e contribuição de intervenção do domínio
econômico.
D) impostos, preços públicos e contribuições.
E) taxas, impostos e contribuições de melhoria.

Classificação dos Tributos no CTN - Tripartite


 Impostos
 Taxas
 Contribuição de Melhoria

Gaba: E
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13 – Vunesp 2013 Câmara São Carlos - Notadamente, a Constituição


Federal adotou a teoria de freios e contrapesos de Montesquieu ao conferir
autonomia financeira a todos os entes federados. Logo, compete
privativamente ao município instituir os seguintes impostos:
A) ISS, IPTU e IT.
B) IPTU, ITBI e ISS.
C) ISS, IPTU e ITCMD.
D) IPVA, ISS e ICMS.
E) ISS, IPVA e IVA.

Os Municípios podem criar os seguintes tributos:

 Contribuição de Melhoria
 Taxas
 Contribuição, cobrada de seus servidores, para o regime previdenciário
 Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública – Cosip
 Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana – IPTU
 Imposto sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos
reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos
a sua aquisição - ITBI
 Imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS

Gaba: B

14 – Vunesp 2012 Fesc - Corresponde ao direito do Estado de exigir o


tributo, ou melhor, de exigir o objeto da obrigação tributária principal do
sujeito passivo. Esse direito do Poder Público decorre da realização do fato
gerador por parte do sujeito passivo. A partir do momento em que alguém
realiza a hipótese prevista em lei, ou hipótese de incidência tributária,
instaura-se a relação jurídica tributária. O conceito descrito corresponde
A) ao crédito tributário.
B) ao débito tributário.
C) à competência tributária.
D) à suspensão tributária.
E) à instauração tributária.

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Crédito Tributário
O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza
desta. Sua constituição ocorre por meio do lançamento.

As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus


efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua
exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.

O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue,


ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei,
fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade
funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias.

Gaba: A

15 – Vunesp 2012 Fesc - O sistema tributário nacional é regido pelo disposto


na Emenda Constitucional n.º 18, de 1.º de dezembro de 1965, em leis
complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das
respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis
estaduais, e em leis municipais. Segundo o Código Tributário Nacional – CTN
___________ é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Assinale a alternativa que completa, corretamente, o texto.
A) obrigação acessória
B) tributo
C) contribuição assistencial
D) vendas
E) crédito

Definição de Tributo no CTN

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor


nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Gaba: B

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16 – Vunesp 2012 Fesc - Por ocasião do pagamento de uma determinada


prestação de serviço, a tomadora do referido serviço reteve os impostos
incidentes sobre o faturamento de seu fornecedor e os repassou aos cofres
públicos. De acordo com o CTN, a pessoa jurídica tomadora de serviços,
quando do repasse dos impostos sobre os serviços, é considerada
A) contribuinte.
B) sujeito ativo.
C) repassador, apenas.
D) intermediário, apenas.
E) responsável.

Sujeito Passivo da obrigação principal

É a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

O sujeito passivo da obrigação principal pode ser:

 contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que


constitua o respectivo fato gerador;
 responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua
obrigação decorra de disposição expressa de lei.

O caso descrito no enunciado é uma situação típica de responsabilidade


tributária definida em lei. O prestador de serviços é o contribuinte, e o
tomador é o responsável tributário.

Gaba: E

17 – Vunesp 2012 Rosana - Corresponde ao direito do Estado de exigir o


tributo, ou de exigir o objeto da obrigação tributária principal do sujeito
passivo. Esse direito do Poder Público decorre da realização do fato gerador
por parte do sujeito passivo.
O texto trata de
A) crédito tributário.
B) divida tributária.
C) carga tributária.
D) polo ativo.
E) lançamento por declaração.

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Crédito Tributário

O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza


desta. Sua constituição ocorre por meio do lançamento.

É o crédito tributário que representa o direito de o Estado cobrar a prestação


pecuniária do sujeito passivo.

Gaba: A

18 – Vunesp 2012 Rosana - Toda a prestação compulsória em moeda ou


valor e que nela possa exprimir, que não se constitua sanção de ato ilícito,
instituída em Lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada, refere-se a
A) cobrança de Juros.
B) dívida ativa.
C) encargo moratório.
D) taxa.
E) tributo.

Definição de Tributo no CTN

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor


nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Gaba: E

19 – Vunesp 2013 TJ SP - Os municípios são competentes para instituir:


A) ICMS, IPTU, ISS, ITBI.
B) contribuições de melhoria, taxas pelo exercício de poder de polícia,
empréstimos compulsórios.
C) IPTU, ISS, taxas de fiscalização sanitária de imóveis.
D) IPVA, ISS, IPTU.

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Os Municípios podem criar os seguintes tributos:

 Contribuição de Melhoria
 Taxas
 Contribuição, cobrada de seus servidores, para o regime previdenciário
 Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública – Cosip
 Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana – IPTU
 Imposto sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos
reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos
a sua aquisição - ITBI
 Imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS

Gaba: C

20 – Vunesp 2013 TJ SP - Assinale o veículo introdutor habilitado para


delimitar a zona urbana, com a finalidade de incidência do IPTU.
A) Lei Municipal.
B) Decreto Municipal.
C) Resolução do IBGE.
D) Decreto Estadual.
Tributo é:
 Prestação pecuniária - deve ser pago em moeda (ou outros valores)
 Compulsória – poder imperativo do Estado
 Não é sanção de ilicitude – multa não é tributo, tributo não é punição
 Instituído em Lei – não se pode cobrar tributo sem lei que o
institua e defina seus elementos
 Vinculado – a administração tributária não possui margem discricionária
nas suas atividades
Gaba: A

21 – Vunesp 2013 TJ SP - A respeito das isenções de ICMS, é correto


afirmar que
A) têm validade em todo o território nacional.
B) podem ser outorgadas por meio de Lei Complementar produzida pela União.
C) somente podem ser instituídas após aprovação de convênio autorizativo no
Conselho Nacional de Política Fazendária.
D) podem ser objeto de Decreto.

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No caso do ICMS, cabe à lei complementar (87/96):


 definir contribuintes;
 dispor sobre ST;
 disciplinar o regime de compensação;
 fixar o local das operações e prestações de serviços;
 excluir da incidência do imposto as exportações (letra morta);
 prever casos de manutenção de crédito, na remessa para outro
Estado e exportação;
 regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do
Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados. (Confaz LC 24/75)
 definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto
incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade,
(incidência monofásica)
 fixar a BC de modo que o montante do imposto a integre, também
na importação.

Gaba: C

22 – Vunesp 2013 TJ SP - Nos casos de ICMS incidente sobre operação de


importação, a partir de quando é devido o tributo?
A) No momento em que é contratada a operação de importação.
B) Ao tempo em que a importação adentra mar territorial ou o espaço aéreo do
estado.
C) No instante em que a operação de importação é registrada no SISCOMEX.
D) No momento do desembaraço aduaneiro.

No ICMS devido por importação, o fato gerador ocorre no momento do


desembaraço aduaneiro.

Gaba: D

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23 – Vunesp 2013 TJ RJ - Acerca do imposto sobre a transmissão causa


mortis e doação, assinale a alternativa correta.
A) Relativamente aos bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado da
situação dos bens, títulos ou créditos.
B) Relativamente aos bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado
onde se processar o inventário ou arrolamento ou tiver domicílio o doador, ou
ao Distrito Federal.
C) Terá a competência para sua instituição regulada por lei complementar se o
de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve seu inventário
processado no exterior.
D) Terá suas alíquotas máximas fixadas por lei ordinária dos Estados ou do
Distrito Federal aos quais compete.

ITCMD

Vamos ver o que diz a CF:

 relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado


da situação do bem, ou ao Distrito Federal
 relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde
se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou
ao Distrito Federal;
 terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
 se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
 se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o
seu inventário processado no exterior;
 terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

Gaba: C

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24 – Vunesp 2012 SPTrans - A lei que instituir ou modificar as contribuições


sociais, cuja finalidade seja o custeio da Seguridade Social (previdenciárias),
entrará em vigor
A) em 90 dias contados da publicação.
B) em 45 dias contados da publicação, sendo a lei omissa quanto a cláusula de
vigência.
C) no exercício seguinte ao que ocorra sua publicação, em atendimento ao
princípio constitucional da anterioridade tributária.
D) no exercício seguinte ao de sua publicação, respeitado o lapso temporal de
90 dias antes do término do exercício.
E) em 45 dias contados de sua publicação por determinação constitucional.

Disposições constitucionais sobre as contribuições sociais:

As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído
ou modificado, não se lhes aplicando anterioridade anual.

Gaba: A

25 – Vunesp 2012 SPTrans - O imposto sobre produtos industrializados –


IPI
A) poderá ser seletivo, em função da essencialidade do produto.
B) terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo
contribuinte do imposto, na forma da lei.
C) será cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com
o montante pago nas anteriores.
D) incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
E) não incidirá na importação de quaisquer produtos estrangeiros, em razão de
sua natureza extrafiscal.

Imposto produtos industrializados - IPI

 será seletivo, em função da essencialidade do produto;


 será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação com o montante cobrado nas anteriores;
 não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
 terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital
Gaba: B
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26 – Vunesp 2012 SPTrans - A instituição de contribuições, na forma das


respectivas leis, para custeio do serviço de iluminação pública, é competência
atribuída pela Constituição Federal somente
A) aos Municípios.
B) à União e ao Distrito Federal.
C) aos Estados e ao Distrito Federal.
D) aos Municípios e ao Distrito Federal.
E) à União e aos Estados.

A Cosip só pode ser instituída pelos Municípios e pelo DF.

Gaba: D

27 – Vunesp 2012 SPTrans - Analise a afirmação: “O imposto de


competência da União sobre a propriedade territorial rural – ITR será
fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei,
desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal”. A disposição contida na afirmação
A) não se verifica, eis que por si só caracterizaria redução do imposto.
B) não se verifica, eis que por si só caracterizaria renúncia fiscal por parte da
União.
C) é constitucional se todo produto da arrecadação for direcionado aos cofres
da União.
D) é constitucional, pertencendo aos Municípios que exercerem a opção a
totalidade do produto da arrecadação do imposto relativamente aos imóveis
neles situados.
E) é inconstitucional de plano, haja vista implicar em invasão de competência
tributária.

Imposto sobre propriedade territorial rural - ITR

 será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a


manutenção de propriedades improdutivas;
 não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as
explore o proprietário que não possua outro imóvel;
 será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem,
na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou
qualquer outra forma de renúncia fiscal.

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No caso de opção por essa possibilidade, os municípios ficam com 100% do


valor. Se não optarem, recebem 50%.

Gaba: D

28 – Vunesp 2012 SPTrans - Relaciona-se à definição de Direito Tributário a


noção de
A) receita mobiliária.
B) receita originária.
C) penalidade pecuniária.
D) contribuição tarifária.
E) cobrança plenamente vinculada.

Tributo é:

 Prestação pecuniária - deve ser pago em moeda (ou outros valores)


 Compulsória – poder imperativo do Estado
 Não é sanção de ilicitude – multa não é tributo, tributo não é punição
 Instituído em Lei – não se pode cobrar tributo sem lei que o institua
 Vinculado – a administração tributária não possui margem discricionária
nas suas atividades
Apenas complementando, as receitas advindas de tributos são
consideradas receitas derivadas. Derivadas do poder imperativo do
Estado.
As receitas originárias são aquelas advindas das atividades econômicas do
Estado.

Gaba: E

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29 – Vunesp 2012 SPTrans - Excepciona o princípio da anterioridade o


imposto sobre
A) transmissão causa mortis e doações.
B) transmissão inter vivos por ato oneroso de bens imóveis.
C) operações relativas a títulos ou valores mobiliários.
D) propriedade territorial rural.
E) serviços de qualquer natureza não compreendidos na competência
impositiva dos Estados.

II, IE, IPI e IOF, são chamados pela doutrina de


impostos extra fiscais, e podem ter as suas
alíquotas determinadas pelo Poder Executivo
(exceção ao princípio da legalidade). Não
precisam seguir o princípio da anterioridade, e,
entre eles, apenas o IPI precisa obedecer à
noventena.
Gaba: C

30 – Vunesp 2012 TJ RJ - A União não poderá exigir o Imposto Territorial


Rural sobre pequenas glebas rurais, assim definidas em lei, quando as explore
o proprietário que não possua outro imóvel. A situação em questão diz respeito
ao instituto tributário da
A) não incidência de fato.
B) remissão.
C) imunidade.
D) isenção.

Imposto sobre propriedade territorial rural - ITR


 será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a
manutenção de propriedades improdutivas;
 não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei,
quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;
 será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra
forma de renúncia fiscal.
Classifica-se como imunidade qualquer forma de não incidência
estabelecida na CF. São também chamadas de não incidências qualificadas.
Gaba: C

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31 – Vunesp 2012 TJ RJ - Assinale a assertiva correta no que concerne à


taxa como espécie tributária.
A) É cobrada no âmbito da competência privativa dos Municípios, tendo por
fato gerador a utilização universalizada de serviço público específico.
B) No cálculo de seu valor, é constitucional a adoção de um ou mais elementos
da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja
integral identidade entre uma base e outra.
C) Pode ser calculada em função do capital social das empresas.
D) Quando exigida em razão da utilização de serviço público, prestado à
sociedade ou posto à disposição desta, faz-se necessário que tal serviço seja
específico e indivisível, a fim de legitimar a exação.

Taxas

Pode ser cobrada por qualquer ente da federação, desde que relativa a eventos
situados no âmbito de sua competência.

A CF traz apenas a motivação para a cobrança:

 em razão do exercício do poder de polícia ou


 pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços

Taxas no CTN
As taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das
empresas.

A base de cálculo não pode ser idêntica, mas pode ter, em sua definição,
algum elemento já utilizado na definição da BC de algum imposto.
Esse é o caso, por exemplo, de taxa de lixo cujo valor seja calculado em
função da área de um imóvel. Isso é perfeitamente possível. O fato de a área
do imóvel ser também um elemento da BC do IPTU não impede que seja
utilizada para a BC da taxa. O que não seria permitido, por exemplo, seria
estabelecer o valor venal do imóvel como BC da taxa.

Gaba: B
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32 – Vunesp 2011 TJ RJ - Leia as afirmações e assinale a alternativa


correta.
A) O município que tenha observado, para efeitos da definição de zona urbana,
o requisito mínimo da existência de rede de iluminação pública, com ou sem
posteamento para distribuição domiciliar e posto de saúde a uma distância de
5 quilômetros do imóvel considerado para esse fim, poderá instituir e exigir o
IPTU (imposto sobre a propriedade territorial urbana).
B) Para fins da exigência do ITR (imposto territorial rural), contribuinte do
imposto é o proprietário do imóvel, o titular do domínio útil ou seu possuidor a
qualquer título.
C) O ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre a prestação de determinados serviços), por determinação constitucional,
será seletivo em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.
D) Sobre a prestação de serviços de transporte intermunicipal incide o ISS
(imposto sobre serviços).

Letra A, errada. Entende-se como zona urbana aquela beneficiada por pelo
menos dois dos itens a seguir:
 meio fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
 abastecimento de água;
 sistema de esgotos sanitários;
 rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição
domiciliar;
 escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três)
quilômetros do imóvel considerado.
Letra B, correta.

Letra C, errada. O ICMS poderá ser seletivo.

Letra D, errada. O ISS incide apenas sobre o transporte intramunicipal.


Transporte interestadual e intermunicipal são tributados pelo ICMS.

Gaba: B

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33 – Vunesp 2011 TJ RJ - A instituição de assistência social “Criança Feliz”


não paga IPTU (imposto predial e territorial urbano) porque não tem fins
lucrativos e, atendendo aos requisitos da lei, está abrangida pela:
A) não incidência infraconstitucional.
B) isenção.
C) remissão.
D) imunidade.

Classifica-se como imunidade qualquer forma de não incidência


estabelecida na CF. São também chamadas de não incidências qualificadas.
O enunciado descreve um desses casos.

Gaba: D

34 – Vunesp 2011 TJ SP - Assinale a alternativa que contém o significado e


o ente encarregado da arrecadação do ITCMD, respectivamente.
A) Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação; Estado.
B) Imposição Tarifária sobre o Crescimento Médio do Desenvolvimento; União.
C) Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação; Município.
D) Imposto de Transferência e Circulação de Mercadoria; Estado.

Tributos dos Estados e do DF


 Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou
direitos - ITCMD;

Gaba: A

35 – Vunesp 2011 TJ SP - O Princípio da Anterioridade Nonagesimal, objeto


da Emenda Constitucional 42, de 19 de dezembro de 2003, aplica-se à fixação
da base de cálculo do
A) ITR e ao aumento da alíquota do ICMS.
B) ITBI e ao aumento da alíquota do IRPF.
C) IPVA e ao aumento da alíquota do IPI.
D) IPTU e ao aumento de alíquota do IOF.

Entre os impostos listados, o único obrigado à anterioridade nonagesimal, ou


noventena, é o ICMS.
Gaba: A
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36 – Vunesp 2009 TJ MT - Escapa ao conceito de tributo a ideia de


A) prestação pecuniária.
B) compulsoriedade.
C) penalidade.
D) atividade administrativa vinculada.
E) instituição por lei.

Tributo é:

 Prestação pecuniária - deve ser pago em moeda (ou outros valores)


 Compulsória – poder imperativo do Estado
 Não é sanção de ilicitude – multa não é tributo, tributo não é punição
 Instituído em Lei – não se pode cobrar tributo sem lei que o institua
 Vinculado – a administração tributária não possui margem discricionária
nas suas atividades

Gaba: C

37 – Vunesp 2009 TJ MT - Assinale a alternativa correta no que respeita ao


imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação (ICMS).
A) Será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias ou dos
serviços.
B) A isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação,
implicará crédito para compensação com o montante nas operações ou
prestações seguintes.
C) Não incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior
por pessoa física que não seja contribuinte habitual do imposto.
D) Incidirá sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica.
E) Em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final localizado em outro Estado, contribuinte ou não do imposto,
adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do
destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do
Estado destinatário e a alíquota interestadual.

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ICMS
Letra A, errada. Poderá ser seletivo.
Letra B, errada. Não implicará.
Letra C, errada. Incide nessa situação.
Letra D, errada. Não incide nessa situação.
Letra E, correta. É o que manda a CF, após a EC 87/15.

Revisem as disposições constitucionais do ICMS.

Gaba: E

38 – Vunesp 2009 TJ MT - Determina a Constituição Federal que é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos antes
de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado, ainda o princípio da anterioridade. Referida
vedação é aplicável às leis que disponham acerca de
A) empréstimo compulsório, quando instituído para atender a despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública.
B) imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou
direitos.
C) imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.
D) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos
ou valores mobiliários.
E) fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade de veículo
automotor.

Entre as opções, apenas o ITCMD deve obedecer à anterioridade nonagesimal.

Gaba: B

39 – Vunesp 2009 TJ SP - Pelo regime jurídico do ICMS,


A) o consumidor final não tem legitimidade para obter a sua restituição no
caso de pagamento indevido.
B) é possível, mas não impositiva, a fixação de alíquotas diferenciadas para
certos produtos e/ou serviços.
C) ele não gera o fenômeno extrajurídico conhecido como imposto indireto.
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D) é vedada a inclusão em sua base de cálculo de qualquer outra espécie de


tributo.
Letra A, errada. O consumidor final tem, sim, essa faculdade.
Letra B, correta. Poderá ser seletivo.
Letra C, errada. O ICMS é um imposto indireto. O ônus tributário é repassado
para o consumidor final.
Letra D, errada. Existem várias situações em que outros tributos são incluídos
na BC do ICMS.

Gaba: B

40 – Vunesp 2009 TJ MS - Assinale a alternativa correta no que diz respeito


ao imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou
direitos.
A) Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado
onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou
ao Distrito Federal.
B) Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da
situação do bem ou ao Distrito Federal.
C) Se o doador tiver domicílio ou residência no exterior, a competência para
sua instituição será regulada por lei ordinária.
D) Se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu
inventário processado no exterior, a competência para sua instituição será
regulada por lei ordinária.
E) Terá suas alíquotas máximas e mínimas fixadas por lei complementar.

Vamos ver o que diz a CF sobre o ITCMD:

 relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado


da situação do bem, ou ao Distrito Federal
 relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde
se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou
ao Distrito Federal;
 terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
 se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
 se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o
seu inventário processado no exterior;
 terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

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Legislação Tributária - Auditor Fiscal de Santa Catarina
Teoria e Exercícios – Aula 00
Professor Marcelo Seco

Gaba: B
41 – Vunesp 2009 TJ MS - Acerca do imposto sobre a transmissão inter
vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física e de direitos reais sobre imóveis – ITBI, é correto afirmar que
A) incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio
de pessoa jurídica em realização de capital.
B) incide sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão de
pessoa jurídica quando a atividade preponderante do adquirente for a locação
de bens imóveis.
C) incide sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de incorporação
de pessoas jurídicas, salvo se a ativida- de preponderante do adquirente for a
de arrendamento mercantil.
D) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos de- corrente da cisão de
pessoas jurídicas quando a atividade preponderante do adquirente for a
compra e venda desses bens ou direitos.
E) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de
incorporação quando a atividade preponderante do adquirente for a compra e
venda desses bens ou direitos.

Vamos ver o que diz a CF sobre o ITBI:

 não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao


patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a
transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão
ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou
direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

 compete ao Município da situação do bem.

Gaba: B

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Legislação Tributária - Auditor Fiscal de Santa Catarina
Teoria e Exercícios – Aula 00
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42 – Vunesp 2009 TJ MS - Assinale a alternativa correta sobre o Imposto


Territorial Rural – ITR.
A) Não poderá ser progressivo, mas terá suas alíquotas fixadas de forma a
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.
B) Será progressivo, mas suas alíquotas não poderão ser fixadas de forma a
desestimular a manutenção de propriedades, ainda que improdutivas.
C) Incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, ainda que
exploradas por proprietário que não possua outro imóvel.
D) Será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da
lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal.
E) A competência para sua instituição pertence privativamente aos Estados e
ao Distrito Federal, podendo, residualmente, ser exercida pelos Municípios nos
casos especificados pela Constituição Federal.

Vamos ver o que diz a CF sobre o ITR:

 será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a


manutenção de propriedades improdutivas;
 não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as
explore o proprietário que não possua outro imóvel;
 será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra
forma de renúncia fiscal.

Gaba: D

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Teoria e Exercícios – Aula 00
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43 – Fundatec 2009 Sefaz RS - Não integra a base de cálculo do ICMS nas


operações com mercadorias:
a) O valor correspondente a seguros, juros e demais importâncias pagas,
recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condição.
b) O montante do IPI, quando a operação, realizada entre contribuintes e
relativa a produto destinado a industrialização ou a comercialização, configurar
fato gerador de ambos os impostos.
c) O valor correspondente a frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio
remetente ou por sua conta e ordem e seja cobrado em separado.
d) O montante do IPI, quando a mercadoria se destinar a consumo ou ativo
permanente do estabelecimento destinatário ou a consumidor final.
e) O montante do próprio imposto.

LC 87/96
Integram a BC, inclusive na importação:
 o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera
indicação para controle;
 o valor correspondente a:
 seguros, juros e demais importâncias pagas, bem como descontos
condicionais;
 frete, se transporte efetuado pelo remetente ou por sua conta e
ordem e seja cobrado em separado.

Não integra a BC do ICMS o IPI, quando:


 operação realizada entre contribuintes
 produto destinado à industrialização ou à comercialização
 configurar FG de ambos os impostos.

Gaba: B

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Teoria e Exercícios – Aula 00
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44 – Fundatec 2009 Sefaz RS - O ICMS não incide sobre:


a) As saídas de mercadorias com destino a armazém-geral situado neste
Estado, para depósito em nome do remetente.
b) As saídas de mercadorias com destino a depósito fechado do próprio
contribuinte, localizado noutro Estado.
c) As prestações onerosas de serviços de comunicação, feitas por qualquer
meio, inclusive a geração, a emissão e a recepção.
d) A saídas de ovos frescos quando destinados à indústria.
e) A aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do
exterior e apreendidos ou abandonados.

O ICMS Não incide sobre:

 operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua


impressão;
 operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias ou
serviços. Equipara-se a exportação a saída de mercadoria com o fim
específico de exportação, destinada a:
 comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento
da mesma empresa;
 armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.
 operações interestaduais com energia elétrica e petróleo, se destinados à
industrialização ou à comercialização;
 operações com ouro, quando ativo financeiro ou instrumento cambial;
 operações com mercadorias utilizadas na prestação, próprio autor da
saída, de serviço de qualquer natureza definido na LC 116, ressalvadas
as hipóteses previstas de incidência;
 operações de transferência de propriedade de estabelecimento;
 alienação fiduciária, inclusive a operação efetuada pelo credor em virtude
do inadimplemento do devedor;
 arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado
ao arrendatário;
 operações de que decorra a transferência de bens móveis salvados de
sinistro para companhias seguradoras.

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Muito bem, já vimos que a resposta não está na lista acima, que tiramos da LC
87/96. Ocorre que a maioria das legislações estaduais dispõe sobre a não
incidência nos casos abaixo, e no DF não é diferente, segundo a lei estadual,
que estudaremos em aulas futuras, o ICMS não incide sobre:
 a saída para Armazém Geral dentro do DF, para depósito em nome
do remetente;
 a saída para Depósito fechado dentro do DF, do próprio contribuinte;

O fato é que nesses casos não há circulação da mercadoria com o objetivo de


repassá-la a outrem. Existe apenas uma remessa para armazenagem em outro
local. Dessa forma, o estado concede a não incidência.

Gaba: A

45 – Fundatec 2009 Sefaz RS – (Adaptada) É devido o Imposto sobre a


Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCD
para o Distrito Federal quando:
a) O inventário ou o arrolamento dos bens imóveis, títulos e créditos
localizados em outro Estado tenha sido processado neste Estado.
b) O inventário ou o arrolamento dos bens móveis localizados neste Estado
tenha sido processado em outro Estado.
c) O herdeiro ou legatário for domiciliado neste Estado, no caso de transmissão
de bens móveis, títulos e créditos, na hipótese em que o inventário ou
arrolamento tenha sido processado no exterior.
d) O herdeiro ou legatário for domiciliado neste Estado, no caso de
transmissão de bens imóveis, na hipótese em que o inventário ou arrolamento
tenha sido processado no exterior.
e) O donatário for domiciliado neste Estado, no caso de transmissão de bens
móveis, títulos e créditos por doador domiciliado em outro Estado.

Cabe ao DF o ITCD sobre:


 bens imóveis e respectivos direitos quando situados em seu território
 bens móveis, títulos e créditos quando neste estado se processar o
inventário ou arrolamento, ou nele o doador tiver domicílio.

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Letra A, errada. Bens imóveis em outro estado: imposto para outro estado.
Letra B, errada. Bens móveis com inventário ou arrolamento em outro estado:
imposto para outro estado.
Letra C, correta. Estudaremos adiante esse caso.
Letra D, errada. Só haveria imposto para o DF se o bem imóvel estivesse no
RS. Mas não temos informação a esse respeito. Considerando que o imóvel
esteja fora do DF, não há imposto devido nesse caso.
Letra E, errada. No caso de doação, o imposto é devido ao estado do doador.

Gaba: C

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Lista das Questões Apresentadas

1 – FCC 2013 Sefaz SP - O Hotel Qbela Praia, localizado no litoral do Estado


de São Paulo, possui um restaurante na cobertura, com vista panorâmica,
onde são servidos o café da manhã, o almoço e o jantar, e também possui
serviço de quarto 24 horas, que serve refeições e bebidas com cardápio e
preços diferenciados, e frigobar nos apartamentos de luxo. Considerando estas
informações, NÃO há incidência de ICMS
A) no café da manhã, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo
buffet de preço fixo e as bebidas estejam sujeitas à substituição tributária.
B) no jantar, serviço no restaurante, desde que o hóspede tenha optado pela
tarifa de hospedagem que incluía o valor da refeição.
C) no café da manhã, servido no quarto, desde que o pagamento seja
realizado no dia de saída do hotel, no momento do fechamento da conta.
D) no almoço, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo buffet de
preço fixo e o pagamento seja realizado no dia da saída do hotel.
E) no almoço, servido no restaurante, desde que os insumos utilizados estejam
sujeitos à isenção do ICMS e as bebidas estejam no regime de substituição
tributária.

2 – FCC 2013 Sefaz SP - Considerando que o ICMS é um imposto de


competência estadual e que em diversas situações podem ocorrer dúvidas
sobre a identificação do sujeito ativo relativamente a determinado fato
gerador; para a cobrança do imposto é importante a definição do local onde se
reputa ocorrida a operação ou a prestação. Assim, Lei Complementar 87 de
1996 trata da questão. Considera-se local da operação ou prestação, tratando-
se de
I. mercadoria, o local onde a mercadoria está, quando em situação irregular
pela falta de documentação fiscal.
II. mercadoria importada do exterior, o local do desembaraço aduaneiro,
quando este tiver sido regularmente realizado.
III. prestação de serviço de telefonia celular, na modalidade pós-pago, onde
seja cobrado o serviço.
IV. prestação de serviço de transporte, onde tenha início a prestação.

Está correto o que se afirma APENAS em

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A) I, III e IV.
B) II, III e IV.
C) I, II e III.
D) III e IV.
E) I e II

3 – FCC 2013 Sefaz SP - A legislação relativa à substituição tributária com


retenção antecipada do imposto estabelece critérios para a fixação da base de
cálculo da substituição. NÃO representa um critério válido para a definição da
base de cálculo o preço
A) sugerido ao consumidor por fabricante ou importador.
B) praticado pelo sujeito passivo, acrescido de encargos transferíveis ao
consumidor e de margem de valor agregado.
C) máximo ao consumidor, autorizado por autoridade competente.
D) médio ponderado ao consumidor, praticado no mercado.
E) mínimo, fixado por pauta pela Secretaria da Fazenda.

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4 – FCC 2013 Sefaz SP - Com respeito à Lei Complementar 24/75 e aos


convênios autorizativos para concessão de benefícios fiscais do ICMS,
celebrados no âmbito do CONFAZ, considere:
I. Haverá necessidade de convênio para a concessão de isenções, reduções da
base de cálculo e concessões de créditos presumidos, mas não para benefícios
financeiro-fiscais concedidos com base no ICMS, dos quais resulte redução ou
eliminação, direta ou indireta, do ônus com o ICMS.
II. Os convênios serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido
convocados representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, as quais
se realizarão com a presença de representantes de quatro quintos, pelo
menos, das Unidades da Federação. A concessão de benefícios dependerá
sempre de decisão unânime dos Estados representados.
III. A revogação total ou parcial dos convênios dependerá de aprovação de
quatro quintos, pelo menos, dos representantes presentes na reunião do
CONFAZ.
IV. Os convênios entrarão em vigor no trigésimo dia após a publicação pelo
Poder Executivo das Unidades da Federação presentes na reunião que
concedeu o benefício de decreto ratificando ou não os convênios celebrados,
considerando-se ratificação tácita dos convênios a falta de manifestação no
prazo previsto na legislação.
V. Mesmo as Unidades da Federação que não se tenham feito representar na
reunião, embora regularmente convocadas, estão obrigadas pelos convênios
ratificados.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) III e V.
B) I e II.
C) I e IV.
D) II e V.
E) III e IV.

5 – Vunesp 2013 Câmara São Carlos - De acordo com a Lei Complementar


n.º 116/03, artigo 5.º, contribuinte é o (a)
A) sujeito ativo da obrigação tributária.
B) pessoa jurídica distinta.
C) prestador do serviço.
D) pessoa física.
E) responsável legal pelo recolhimento devido.

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6 – Vunesp 2012 Iamspe - O imposto sobre a transmissão causa mortis e


doação de quaisquer bens ou direitos pertence à competência impositiva
A) da União e dos Estados.
B) da União e dos Municípios.
C) da União e do Distrito Federal.
D) dos Municípios e do Distrito Federal.
E) dos Estados e do Distrito Federal.

7 – Vunesp 2012 Iamspe - Assinale a alternativa em que está presente uma


expressão que se associa à definição de tributo.
A) Prestação facultativa.
B) Instituição por decreto.
C) Atividade plenamente vinculada.
D) Atividade meramente discricionária.
E) Imposição de sanção por ato ilícito.

8 – Vunesp 2013 Prefeitura São Carlos - A obrigação principal surge com a


ocorrência do fato gerador e tem por objetivo
A) impor a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação
principal.
B) as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
C) verificar a veracidade das prestações, positivas ou negativas, nela previstas
no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
D) o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente
com o crédito dela decorrente.
E) inclusão, suspensão ou exclusão do crédito tributário.

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9 – Vunesp 2013 Câmara São Carlos - A obrigação acessória, pelo simples


fato de sua inobservância,
A) não possui validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos
contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto
ou dos seus efeitos.
B) converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
C) sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da
celebração do negócio, haverá sanção.
D) salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e
existentes os seus efeitos.
E) é obrigatória apenas quando há adesão ao parcelamento do débito originado
pela obrigação principal.

10 – Vunesp 2013 Câmara São Carlos - O sujeito passivo da obrigação


tributária torna-se
I. contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador;
II. contribuinte, quando não tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador;
III. responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua
obrigação decorra de disposição expressa de lei;
IV. responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua
obrigação poderá decorrer de disposição a ser expressa em lei.
Está correto o contido em
A) I, II, III e IV.
B) II, III e IV, apenas.
C) I, III e IV, apenas.
D) III e IV, apenas.
E) I e III, apenas.

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11 – Vunesp 2013 Câmara São Carlos - O crédito tributário é constituído


em definitivo quando
A) há lançamento.
B) há trânsito em julgado do processo administrativo.
C) há trânsito em julgado de ação de execução fiscal.
D) é solvida a guia DARF.
E) não há decadência.

12 – Vunesp 2013 Câmara São Carlos - Segundo a definição tripartite de


tributos adotada pelo Código Tributário, o gênero tributo tem três espécies:
A) impostos, taxas e contribuições fiscais.
B) impostos, taxas e preços públicos.
C) taxa, contribuição de melhoria e contribuição de intervenção do domínio
econômico.
D) impostos, preços públicos e contribuições.
E) taxas, impostos e contribuições de melhoria.

13 – Vunesp 2013 Câmara São Carlos - Notadamente, a Constituição


Federal adotou a teoria de freios e contrapesos de Montesquieu ao conferir
autonomia financeira a todos os entes federados. Logo, compete
privativamente ao município instituir os seguintes impostos:
A) ISS, IPTU e IT.
B) IPTU, ITBI e ISS.
C) ISS, IPTU e ITCMD.
D) IPVA, ISS e ICMS.
E) ISS, IPVA e IVA.

14 – Vunesp 2012 Fesc - Corresponde ao direito do Estado de exigir o


tributo, ou melhor, de exigir o objeto da obrigação tributária principal do
sujeito passivo. Esse direito do Poder Público decorre da realização do fato
gerador por parte do sujeito passivo. A partir do momento em que alguém
realiza a hipótese prevista em lei, ou hipótese de incidência tributária,
instaura-se a relação jurídica tributária. O conceito descrito corresponde
A) ao crédito tributário.
B) ao débito tributário.
C) à competência tributária.
D) à suspensão tributária.
E) à instauração tributária.
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15 – Vunesp 2012 Fesc - O sistema tributário nacional é regido pelo disposto


na Emenda Constitucional n.º 18, de 1.º de dezembro de 1965, em leis
complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das
respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis
estaduais, e em leis municipais. Segundo o Código Tributário Nacional – CTN
___________ é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Assinale a alternativa que completa, corretamente, o texto.
A) obrigação acessória
B) tributo
C) contribuição assistencial
D) vendas
E) crédito

16 – Vunesp 2012 Fesc - Por ocasião do pagamento de uma determinada


prestação de serviço, a tomadora do referido serviço reteve os impostos
incidentes sobre o faturamento de seu fornecedor e os repassou aos cofres
públicos. De acordo com o CTN, a pessoa jurídica tomadora de serviços,
quando do repasse dos impostos sobre os serviços, é considerada
A) contribuinte.
B) sujeito ativo.
C) repassador, apenas.
D) intermediário, apenas.
E) responsável.

17 – Vunesp 2012 Rosana - Corresponde ao direito do Estado de exigir o


tributo, ou de exigir o objeto da obrigação tributária principal do sujeito
passivo. Esse direito do Poder Público decorre da realização do fato gerador
por parte do sujeito passivo.
O texto trata de
A) crédito tributário.
B) divida tributária.
C) carga tributária.
D) polo ativo.
E) lançamento por declaração.

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18 – Vunesp 2012 Rosana - Toda a prestação compulsória em moeda ou


valor e que nela possa exprimir, que não se constitua sanção de ato ilícito,
instituída em Lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada, refere-se a
A) cobrança de Juros.
B) dívida ativa.
C) encargo moratório.
D) taxa.
E) tributo.

19 – Vunesp 2013 TJ SP - Os municípios são competentes para instituir:


A) ICMS, IPTU, ISS, ITBI.
B) contribuições de melhoria, taxas pelo exercício de poder de polícia,
empréstimos compulsórios.
C) IPTU, ISS, taxas de fiscalização sanitária de imóveis.
D) IPVA, ISS, IPTU.

20 – Vunesp 2013 TJ SP - Assinale o veículo introdutor habilitado para


delimitar a zona urbana, com a finalidade de incidência do IPTU.
A) Lei Municipal.
B) Decreto Municipal.
C) Resolução do IBGE.
D) Decreto Estadual.

21 – Vunesp 2013 TJ SP - A respeito das isenções de ICMS, é correto


afirmar que
A) têm validade em todo o território nacional.
B) podem ser outorgadas por meio de Lei Complementar produzida pela União.
C) somente podem ser instituídas após aprovação de convênio autorizativo no
Conselho Nacional de Política Fazendária.
D) podem ser objeto de Decreto.

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22 – Vunesp 2013 TJ SP - Nos casos de ICMS incidente sobre operação de


importação, a partir de quando é devido o tributo?
A) No momento em que é contratada a operação de importação.
B) Ao tempo em que a importação adentra mar territorial ou o espaço aéreo do
estado.
C) No instante em que a operação de importação é registrada no SISCOMEX.
D) No momento do desembaraço aduaneiro.

23 – Vunesp 2013 TJ RJ - Acerca do imposto sobre a transmissão causa


mortis e doação, assinale a alternativa correta.
A) Relativamente aos bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado da
situação dos bens, títulos ou créditos.
B) Relativamente aos bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado
onde se processar o inventário ou arrolamento ou tiver domicílio o doador, ou
ao Distrito Federal.
C) Terá a competência para sua instituição regulada por lei complementar se o
de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve seu inventário
processado no exterior.
D) Terá suas alíquotas máximas fixadas por lei ordinária dos Estados ou do
Distrito Federal aos quais compete.

24 – Vunesp 2012 SPTrans - A lei que instituir ou modificar as contribuições


sociais, cuja finalidade seja o custeio da Seguridade Social (previdenciárias),
entrará em vigor
A) em 90 dias contados da publicação.
B) em 45 dias contados da publicação, sendo a lei omissa quanto a cláusula de
vigência.
C) no exercício seguinte ao que ocorra sua publicação, em atendimento ao
princípio constitucional da anterioridade tributária.
D) no exercício seguinte ao de sua publicação, respeitado o lapso temporal de
90 dias antes do término do exercício.
E) em 45 dias contados de sua publicação por determinação constitucional.

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25 – Vunesp 2012 SPTrans - O imposto sobre produtos industrializados –


IPI
A) poderá ser seletivo, em função da essencialidade do produto.
B) terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo
contribuinte do imposto, na forma da lei.
C) será cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com
o montante pago nas anteriores.
D) incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
E) não incidirá na importação de quaisquer produtos estrangeiros, em razão de
sua natureza extrafiscal.

26 – Vunesp 2012 SPTrans - A instituição de contribuições, na forma das


respectivas leis, para custeio do serviço de iluminação pública, é competência
atribuída pela Constituição Federal somente
A) aos Municípios.
B) à União e ao Distrito Federal.
C) aos Estados e ao Distrito Federal.
D) aos Municípios e ao Distrito Federal.
E) à União e aos Estados.

27 – Vunesp 2012 SPTrans - Analise a afirmação: “O imposto de


competência da União sobre a propriedade territorial rural – ITR será
fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei,
desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal”. A disposição contida na afirmação
A) não se verifica, eis que por si só caracterizaria redução do imposto.
B) não se verifica, eis que por si só caracterizaria renúncia fiscal por parte da
União.
C) é constitucional se todo produto da arrecadação for direcionado aos cofres
da União.
D) é constitucional, pertencendo aos Municípios que exercerem a opção a
totalidade do produto da arrecadação do imposto relativamente aos imóveis
neles situados.
E) é inconstitucional de plano, haja vista implicar em invasão de competência
tributária.

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28 – Vunesp 2012 SPTrans - Relaciona-se à definição de Direito Tributário a


noção de
A) receita mobiliária.
B) receita originária.
C) penalidade pecuniária.
D) contribuição tarifária.
E) cobrança plenamente vinculada.

29 – Vunesp 2012 SPTrans - Excepciona o princípio da anterioridade o


imposto sobre
A) transmissão causa mortis e doações.
B) transmissão inter vivos por ato oneroso de bens imóveis.
C) operações relativas a títulos ou valores mobiliários.
D) propriedade territorial rural.
E) serviços de qualquer natureza não compreendidos na competência
impositiva dos Estados.

30 – Vunesp 2012 TJ RJ - A União não poderá exigir o Imposto Territorial


Rural sobre pequenas glebas rurais, assim definidas em lei, quando as explore
o proprietário que não possua outro imóvel. A situação em questão diz respeito
ao instituto tributário da
A) não incidência de fato.
B) remissão.
C) imunidade.
D) isenção.

31 – Vunesp 2012 TJ RJ - Assinale a assertiva correta no que concerne à


taxa como espécie tributária.
A) É cobrada no âmbito da competência privativa dos Municípios, tendo por
fato gerador a utilização universalizada de serviço público específico.
B) No cálculo de seu valor, é constitucional a adoção de um ou mais elementos
da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja
integral identidade entre uma base e outra.
C) Pode ser calculada em função do capital social das empresas.
D) Quando exigida em razão da utilização de serviço público, prestado à
sociedade ou posto à disposição desta, faz-se necessário que tal serviço seja
específico e indivisível, a fim de legitimar a exação.

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32 – Vunesp 2011 TJ RJ - Leia as afirmações e assinale a alternativa


correta.
A) O município que tenha observado, para efeitos da definição de zona urbana,
o requisito mínimo da existência de rede de iluminação pública, com ou sem
posteamento para distribuição domiciliar e posto de saúde a uma distância de
5 quilômetros do imóvel considerado para esse fim, poderá instituir e exigir o
IPTU (imposto sobre a propriedade territorial urbana).
B) Para fins da exigência do ITR (imposto territorial rural), contribuinte do
imposto é o proprietário do imóvel, o titular do domínio útil ou seu possuidor a
qualquer título.
C) O ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre a prestação de determinados serviços), por determinação constitucional,
será seletivo em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.
D) Sobre a prestação de serviços de transporte intermunicipal incide o ISS
(imposto sobre serviços).

33 – Vunesp 2011 TJ RJ - A instituição de assistência social “Criança Feliz”


não paga IPTU (imposto predial e territorial urbano) porque não tem fins
lucrativos e, atendendo aos requisitos da lei, está abrangida pela:
A) não incidência infraconstitucional.
B) isenção.
C) remissão.
D) imunidade.

34 – Vunesp 2011 TJ SP - Assinale a alternativa que contém o significado e


o ente encarregado da arrecadação do ITCMD, respectivamente.
A) Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação; Estado.
B) Imposição Tarifária sobre o Crescimento Médio do Desenvolvimento; União.
C) Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação; Município.
D) Imposto de Transferência e Circulação de Mercadoria; Estado.

35 – Vunesp 2011 TJ SP - O Princípio da Anterioridade Nonagesimal, objeto


da Emenda Constitucional 42, de 19 de dezembro de 2003, aplica-se à fixação
da base de cálculo do
A) ITR e ao aumento da alíquota do ICMS.
B) ITBI e ao aumento da alíquota do IRPF.
C) IPVA e ao aumento da alíquota do IPI.
D) IPTU e ao aumento de alíquota do IOF.
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36 – Vunesp 2009 TJ MT - Escapa ao conceito de tributo a ideia de


A) prestação pecuniária.
B) compulsoriedade.
C) penalidade.
D) atividade administrativa vinculada.
E) instituição por lei.

37 – Vunesp 2009 TJ MT - Assinale a alternativa correta no que respeita ao


imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação (ICMS).
A) Será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias ou dos
serviços.
B) A isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação,
implicará crédito para compensação com o montante nas operações ou
prestações seguintes.
C) Não incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior
por pessoa física que não seja contribuinte habitual do imposto.
D) Incidirá sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica.
E) Em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final localizado em outro Estado, contribuinte ou não do imposto,
adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do
destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do
Estado destinatário e a alíquota interestadual.

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38 – Vunesp 2009 TJ MT - Determina a Constituição Federal que é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos antes
de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado, ainda o princípio da anterioridade. Referida
vedação é aplicável às leis que disponham acerca de
A) empréstimo compulsório, quando instituído para atender a despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública.
B) imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou
direitos.
C) imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.
D) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos
ou valores mobiliários.
E) fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade de veículo
automotor.

39 – Vunesp 2009 TJ SP - Pelo regime jurídico do ICMS,


A) o consumidor final não tem legitimidade para obter a sua restituição no
caso de pagamento indevido.
B) é possível, mas não impositiva, a fixação de alíquotas diferenciadas para
certos produtos e/ou serviços.
C) ele não gera o fenômeno extrajurídico conhecido como imposto indireto.
D) é vedada a inclusão em sua base de cálculo de qualquer outra espécie de
tributo.

40 – Vunesp 2009 TJ MS - Assinale a alternativa correta no que diz respeito


ao imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou
direitos.
A) Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado
onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou
ao Distrito Federal.
B) Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da
situação do bem ou ao Distrito Federal.
C) Se o doador tiver domicílio ou residência no exterior, a competência para
sua instituição será regulada por lei ordinária.
D) Se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu
inventário processado no exterior, a competência para sua instituição será
regulada por lei ordinária.
E) Terá suas alíquotas máximas e mínimas fixadas por lei complementar.
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41 – Vunesp 2009 TJ MS - Acerca do imposto sobre a transmissão inter


vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física e de direitos reais sobre imóveis – ITBI, é correto afirmar que
A) incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio
de pessoa jurídica em realização de capital.
B) incide sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão de
pessoa jurídica quando a atividade preponderante do adquirente for a locação
de bens imóveis.
C) incide sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de incorporação
de pessoas jurídicas, salvo se a ativida- de preponderante do adquirente for a
de arrendamento mercantil.
D) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos de- corrente da cisão de
pessoas jurídicas quando a atividade preponderante do adquirente for a
compra e venda desses bens ou direitos.
E) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de
incorporação quando a atividade preponderante do adquirente for a compra e
venda desses bens ou direitos.

42 – Vunesp 2009 TJ MS - Assinale a alternativa correta sobre o Imposto


Territorial Rural – ITR.
A) Não poderá ser progressivo, mas terá suas alíquotas fixadas de forma a
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.
B) Será progressivo, mas suas alíquotas não poderão ser fixadas de forma a
desestimular a manutenção de propriedades, ainda que improdutivas.
C) Incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, ainda que
exploradas por proprietário que não possua outro imóvel.
D) Será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da
lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal.
E) A competência para sua instituição pertence privativamente aos Estados e
ao Distrito Federal, podendo, residualmente, ser exercida pelos Municípios nos
casos especificados pela Constituição Federal.

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43 – Fundatec 2009 Sefaz RS - Não integra a base de cálculo do ICMS nas


operações com mercadorias:
a) O valor correspondente a seguros, juros e demais importâncias pagas,
recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condição.
b) O montante do IPI, quando a operação, realizada entre contribuintes e
relativa a produto destinado a industrialização ou a comercialização, configurar
fato gerador de ambos os impostos.
c) O valor correspondente a frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio
remetente ou por sua conta e ordem e seja cobrado em separado.
d) O montante do IPI, quando a mercadoria se destinar a consumo ou ativo
permanente do estabelecimento destinatário ou a consumidor final.
e) O montante do próprio imposto.

44 – Fundatec 2009 Sefaz RS - O ICMS não incide sobre:


a) As saídas de mercadorias com destino a armazém-geral situado neste
Estado, para depósito em nome do remetente.
b) As saídas de mercadorias com destino a depósito fechado do próprio
contribuinte, localizado noutro Estado.
c) As prestações onerosas de serviços de comunicação, feitas por qualquer
meio, inclusive a geração, a emissão e a recepção.
d) A saídas de ovos frescos quando destinados à indústria.
e) A aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do
exterior e apreendidos ou abandonados.

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45 – Fundatec 2009 Sefaz RS – (Adaptada) É devido o Imposto sobre a


Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCD
para o Distrito Federal quando:
a) O inventário ou o arrolamento dos bens imóveis, títulos e créditos
localizados em outro Estado tenha sido processado neste Estado.
b) O inventário ou o arrolamento dos bens móveis localizados neste Estado
tenha sido processado em outro Estado.
c) O herdeiro ou legatário for domiciliado neste Estado, no caso de transmissão
de bens móveis, títulos e créditos, na hipótese em que o inventário ou
arrolamento tenha sido processado no exterior.
d) O herdeiro ou legatário for domiciliado neste Estado, no caso de
transmissão de bens imóveis, na hipótese em que o inventário ou arrolamento
tenha sido processado no exterior.
e) O donatário for domiciliado neste Estado, no caso de transmissão de bens
móveis, títulos e créditos por doador domiciliado em outro Estado.

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Gabarito

1 B 6E 11 A 16 E 21 C 26 D 31 B 36 C 41 B 46
2 A 7C 12 E 17 A 22 D 27 D 32 B 37 E 42 D 47
3 E 8D 13 B 18 E 23 C 28 E 33 D 38 B 43 B 48
4 A 9B 14 A 19 C 24 A 29 C 34 A 39 B 44 A 49
5 C 10 E 15 B 20 A 25 B 30 C 35 A 40 B 45 C 50

1 6 11 16 21 26 31 36 41 46
2 7 12 17 22 27 32 37 42 47
3 8 13 18 23 28 33 38 43 48
4 9 14 19 24 29 34 39 44 49
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

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