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Matéria: Teoria e Questões comentadas

Legislação Tributária
Professor: Wilson Tavares
Legislação Tributária Estadual
Prof. Wilson Tavares

APRESENTAÇÃO

Olá querido aluno, bem-vindo ao nosso curso de Legislação Tributária Estadual


para todos os Estados.
Meu nome é Wilson Tavares, sou formado em Ciências Contábeis e tenho
graduação no curso de formação de Oficiais Bombeiros do Rio de Janeiro. Faço
parte da equipe de professores do Exponencial Concursos, ministrando a
disciplina de Legislação Tributária Estadual.
Durante o curso vou escrever um texto motivacional que vai te auxiliar nessa
jornada até a sua aprovação. Hoje, quero dividir com vocês minhas recentes
aprovações. Depois de ter conseguido a 1ª colocação no concurso militar para
Oficial do Corpo de Bombeiros RJ e ter atingido um objetivo importante na minha
vida, decidi ainda como cadete que queria ser Auditor Fiscal de Tributos. Em
2015, no terceiro e último ano do curso de formação de oficiais iniciei minha
preparação para esse grande desafio e já em 2016 consegui algumas
aprovações, como: ICMS Maranhão, (4°) ISS-São Gonçalo e (1°) Fiscal de
Transportes da Prefeitura do Rio de Janeiro. Em 2018 decidi fazer o concurso
de AFRE-Rondônia e consegui a 12ª colocação.
Então, nosso objetivo é usar toda nossa experiência e bagagem no mundo dos
concursos a te ajudar a ter o melhor material. E proporcionar um excelente
resultado nesse concurso tão difícil. Tenha convicção de que o seu esforço será
recompensado, só depende de você e que o nosso também será com a sua
aprovação. Aguardo com expectativa a sua participação nessa jornada sobre a
Legislação Tributária do Estado.

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Histórico e análise das provas


Legislação Tributária Estadual

Uma análise das provas dos últimos 5 anos.


Legislação Tributária dos Estados e do Distrito Federal
203 Questões
Assunto Questões Porcentagem
ICMS 120 questões 60%
IPVA 19 questões 9%
ITCMD 24 questões 12%
Taxas e Tarifas estaduais 5 questões 2,5%
Processo Administrativo 35 questões 16,5%
Tributário Estadual (PAT)

Já deu para perceber a importância do imposto ICMS para o seu concurso!

Vamos iniciar nossos estudos por esse importante imposto.


Os vídeos abordaram conceitos prioritários para sua prova.
Teremos vídeos também no estilo uma reta final!

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O cronograma das aulas específicas para o nosso concurso


estará disponível após a escolha da banca ou da autorização do
concurso.
As aulas que estão disponíveis são da parte geral do ICMS, IPVA e ITCD.
PDF, vídeos e questões.

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Aula - Conceitos Iniciais

Sumário

1- ESTRUTURA NORMATIVA OBJETO DO NOSSO ESTUDO .................. 6


2 - BREVE HISTÓRICO DO ICMS. ........................................................ 8
3 - CONCEITO DO ICMS ...................................................................... 9
3.1 - Revisão Tributos Diretos e Indiretos ................................................ 9

3.2 - Não Cumulatividade ..................................................................... 11

3.3 - A isenção ou não-incidência .......................................................... 13

3.4 - Seletividade ................................................................................ 16

4- IMUNIDADE ESPECÍFICA DO ICMS .............................................. 17


5- OUTRAS IMUNIDADES QUE ABRANGEM O ICMS........................... 19
6- RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL............................................. 23
7- IPI NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS ............................................. 28
7.1 - Exemplo da forma de calcular o IPI/ICMS ....................................... 29

8- A IMPORTÂNCIA DA LEI COMPLEMENTAR PARA O ICMS .............. 31


9- ICMS E ISS - FORNECIMENTO DE MERCADORIAS COM PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS ........................................................................................ 35
9.1 - Serviço de Bufê ........................................................................... 37

9.2 - Empreiteira e o fornecimento de vigas. ........................................... 37

9.3 - Material fornecido pelo prestador do serviço. ................................... 38

9.4 - Tarifa de hospedagem. Alimentação/Gorjeta inclusa ......................... 38

9.5 - Peças e partes empregadas ........................................................... 40

10- LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS ........................................... 44


11- LISTA DE EXERCÍCIOS ............................................................... 65
12- GABARITO ................................................................................. 80
13- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO.................................................. 80

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1- Estrutura Normativa Objeto do nosso estudo


Arcabouço jurídico geral do concurso SEFAZ:
1. Art. 155, I, II e III CRFB/88;
2. Lei Complementar nº 87/96 (Lei Kandir);
3. Código Tributário Nacional (CTN);
4. Lei Complementar Federal nº 24/75;
5. Código Tributário Estadual e atualizações Pós Edital

No estudo de Direito Tributário, vimos que o CTN, em seu art. 5º e o art. 145
da CF adotaram a Teoria Tripartite. Ou seja, os tributos são divididos em 3
espécies: impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Entretanto, há uma corrente que defende que as espécies tributárias
existentes são 5 (Teoria Pentapartida), incluindo, além das já mencionadas, os
empréstimos compulsórios e as contribuições especiais, definidos no art.
145 e 149 da CF, respectivamente.
O STF adota em suas decisões a Teoria Pentapartida e é a teoria amplamente
cobrada em provas de concurso público.
No entanto, temos que tomar CUIDADO! Se for perguntado quais são as
espécies tributárias “de acordo com o CTN”, lembre-se de que são apenas três!

Imposto

Taxa
Teoria Tripartida
(CTN)
Contribuição de
Espécies de tributos melhoria

Teoria PENTApartida
(STF) Empréstimos
Compulsórios

Contribuições especiais

s
dispositivos legais previstos no Código Tributário Estadual serão explicados. Os
artigos serão revisados por meio de esquemas resumidos para melhor
compreensão do conteúdo. Além disso, o curso deixará disponível centenas de
questões de concursos das principais bancas do país e questões inéditas, todas
as questões serão comentadas. Sendo assim, vamos iniciar nosso estudo pelos
impostos.

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Vejamos o que diz a CF/88 sobre os impostos de competência dos Estados e


do Distrito Federal:

ICMS
IPVA

ITCMD

Compete aos E + DF impostos

A constituição federal em seu Art. 155 define quais impostos são de


competência dos estados. Logo em seguida, a Constituição Federal traz os
princípios aplicáveis a todos os estados e DF referente ao ITCD, ICMS e IPVA.
A competência tributária é a atribuição dada pela Constituição Federal aos
entes políticos do Estado (União, governos estaduais, Municípios e Distrito
Federal) da prerrogativa de instituir os tributos.
Entretanto, a Constituição Federal de 1988 outorgou a cada um desses entes,
determinados tributos próprios, para que eles pudessem fazer frente as suas
despesas. Essa outorga é denominada "competência tributária".
Por exemplo, a Constituição Federal outorgou poderes para que cada Estado
institua o seu ICMS, bem como defina as regras de sua incidência, tais como
definição de alíquotas, contribuintes e responsáveis.
A tabela abaixo mostra a competência de cada ente para a instituição de cada
imposto previsto na Constituição Federal.
União Estados e Município
*DF s
II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IPVA, ICMS, ISS, ITBI,

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2 - Breve Histórico do ICMS.


ICMS surgiu depois da unificação de 6 Impostos.
1. Impostos sobre Circulação de mercadorias
2. Imposto único sobre Minerais
3. Imposto único sobre Combustíveis líquidos e gasosos
4. Imposto único sobre Energia Elétrica
5. Imposto único sobre Transportes
6. Imposto único sobre Comunicação

O ICMS foi criado pela atual Constituição de 1988. Devido à complexidade


resultante dessa fusão, o constituinte dedicou bastante atenção ao referido
tributo. Vamos iniciar nossos estudos pelos conceitos gerais do ICMS previsto
na Constituição Federal.
No estudo propriamente dito do imposto ICMS, temos abaixo a quantidade de
questões cobradas nos últimos 5 anos pela FCC apenas sobre o IMPOSTO ICMS.
Assunto Questões Porcentagem
Fato gerador e Hipóteses de não incidência 23 questões 19%
Alíquotas, Base de Cálculo e Valor a ser pago 22 questões 18%
Sujeito Passivo e Local da Operação e prestação 14 questões 11%
Substituição Tributária 16 questões 13%
Obrigações Acessórias 8 questões 7%
Da Não Cumulatividade - crédito, estorno,
17 questões 13%
transferência, etc.
Procedimentos, Operações e Regimes especiais 6 questões 5%
Administração, Penas, Infrações 7 questões 6%
Cobrança de mais de um conceito 7 Questões 6%

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3 - CONCEITO DO ICMS

Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre


prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior.
O ICMS é um dos principais responsáveis pela arrecadação no Brasil, junto
com o IR e o IPI. Portanto, imposto indiscutivelmente fiscal.
Além disso, algumas características do ICMS: O ICMS é não cumulativo e
poderá ser seletivo em função da essencialidade do produto. A característica
da seletividade possibilita a extrafiscalidade, como função secundária, do ICMS.
Justamente por essa complexidade é que o constituinte trouxe muitos incisos
no art. 155, §2º, e também os legisladores editaram duas Leis
Complementares: a 87/1996, a famosa Lei Kandir (traz normas gerais sobre
fato gerador, base de cálculo, contribuintes e o regime de substituição
tributária) e a 24/1975, que dispõe sobre convênios, incentivos e isenções.
Além disso tudo. Temos o código tributário estadual. Ou seja, há vários
dispositivos importantes que o candidato precisa saber para conseguir uma boa
nota na prova.
O curso será organizado de forma a ser um facilitador no seu processo de
aprendizado. Vamos para os dispositivos constitucionais, mas antes uma
questão para esquentar.

1. (FCC/ Pref. Teresina/2016) O ICMS é um imposto


a) não seletivo, não cumulativo e direto.
b) seletivo, cumulativo e indireto.
c) não seletivo, cumulativo e indireto.
d) seletivo, não cumulativo e direto.
e) seletivo, não cumulativo e indireto.
Resolução:
Seletivo: PODE variar em função da essencialidade do produto.
Não cumulativo: seu montante cobrado nas operações anteriores pode ser
compensado nas prestações subsequentes.
Indireto: seu encargo financeiro pode ser transferido para um terceiro alheio
à lei tributária.
O ICMS é um imposto indireto, possuindo contribuinte de fato e de direito,
e real, incide sobre a res, a coisa.
E
3.1 - Revisão Tributos Diretos e Indiretos
Tributos indiretos: são tributos nos quais o contribuinte de direito
não é o mesmo que paga o tributo (contribuinte de fato), nessa

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classificação, o encargo financeiro do tributo indireto é transferido para


um terceiro, que arca com todo ônus tributário.
Representam essa classificação, via de regra, os tributos incidentes sobre o
consumo e os IVAs. Ex: ISS, IPI, ICMS, PIS, COFINS.
Tributos diretos: são tributos em que o contribuinte de fato
coincide com o contribuinte de direito. Aquele que paga o tributo é o
mesmo que a lei estipulou como sujeito passivo da obrigação tributária.
Ex: IR, ITCMD, ITBI, etc.

2. (TRF - 2ª Região/Juiz Federal/2014) Entre as


opções abaixo, assinale aquela que lista apenas impostos que são,
classicamente e pela sua natureza, classificados como INDIRETOS:
a) Imposto de Resposta, IPI e COFINS.
b) ICMS, FUNRURAL e taxa judiciária.
c) Imposto de Renda, IPVA e IPTU.
d) IPTU, ICMS e transmissão causa mortis.
e) IPI, ICMS e ISS.
Resolução:
a) Imposto de Resposta, IPI e COFINS. (imposto pessoal direto, extrafiscal
indireto, fiscal direto)
b) ICMS, FUNRURAL e taxa judiciária. (imposto real indireto, fiscal indireto,
extrafiscal direto)
c) Imposto de Renda, IPVA e IPTU. (pessoal direto, fiscal direto, fiscal direto)
d) IPTU, ICMS e transmissão causa mortis. (fiscal direto, real indireto, pessoal
direto)
e) IPI, ICMS e ISS (fiscal indireto, real indireto, fiscal indireto)
Caso necessário, faça uma revisão no seu material de Direito Tributário nos
assuntos “definições e características gerais dos Tributo”.
E

Vale a pena revisar os conteúdos. Vamos conhecer os principais institutos


constitucionais sobre o ICMS.

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3.2 - Não Cumulatividade

CF/88 Art. 155 §2.º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao


seguinte:
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços
com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado
ou pelo Distrito Federal;
A não cumulatividade é uma determinação constitucional prevista no art.
155,§2º,I. Importante entendermos a regra desse princípio. A exceção vem logo
depois.
Toda vez que a mercadoria é comprada e revendida, o valor do imposto que
foi pago na compra será descontado (creditado) do valor do imposto devido na
revenda.
Vamos olhar nosso exemplo ilustrado:

“B” compra uma mercadoria “X” de “A”.


B revende a C essa mesma mercadoria.
O valor que B pagou de imposto será creditado do valor total devido ao estado.
Mas para isso, deve vender também com ICMS essa mercadoria.

Preço Merc. X = $1000


Alíquota ICMS = 17%

Preço Merc. X = $1000

B pagou a A = $1000
Creditou $170

B revendeu por $1500


ICMS = 17% x $1500 = $255
A recolheu aos cofres Mas B tem crédito de $170
públicos = $170 portanto recolheu aos cofres
públicos = $255 - $170 = $85

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Esse é o princípio da não-cumulatividade


Veja que o governo recebeu os $255 referentes a última venda ao consumidor.
Entretanto, recebeu ao longo da cadeia.
Na primeira operação recebeu os $170 do vendedor A. Depois recebeu mais
$85 do vendedor B. Se houvesse cumulatividade, o governo teria recebido os
$170 do vendedor A mais os $255 do vendedor B, totalizando $425.
A regra geral é que o imposto seja plurifásico para justificar a compensação
entre débitos e créditos.
Periodicamente, faz-se uma comparação entre os débitos e créditos. Caso os
débitos sejam superiores aos créditos, o contribuinte deve recolher a diferença
aos cofres públicos. Caso os créditos sejam maiores, a diferença pode ser
compensada posteriormente ou mesmo, cumpridos determinados requisitos, ser
objeto de ressarcimento.

3. (FEPESE/ AFRE-SC/2010) Assinale a alternativa


correta, quanto ao ICMS:
a) O ICMS é um imposto não-cumulativo.
b) O ICMS é um imposto de competência exclusiva dos Estados.
c) O ICMS é um imposto cumulativo, não podendo ser compensado.
d) O ICMS, por incidir em cada etapa da circulação de mercadoria, dispensa a
emissão de nota ou cupom fiscal.
e) O ICMS é um imposto que pode ser tanto cumulativo como não-cumulativo.
Resolução:
§ 2.º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte:
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços
com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou
pelo Distrito Federal;
Questão bem fácil. Mas não se engane aluno. Teremos um aprofundamento
maior no estudo do princípio da não cumulatividade.
A

Todavia, em certas ocasiões, é possível que uma ou algumas das fases de


circulação da mercadoria não seja onerada com o ICMS. É o caso quando se
?
É quando a revenda não possui ICMS! Vamos a previsão Constitucional
CF/88 Art. 155 § 2.º, II - A isenção ou não-incidência, salvo determinação
em contrário da legislação:
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas
operações ou prestações seguintes;

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b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

Salvo determinação em
contrário da legislação

ICMS
Isento ou Não-Incidente

Não implica em Anula crédito de


crédito operações anteriores

3.3 - A isenção ou não-incidência


Com os exemplos abaixo, conseguiremos entender a regra e as exceções desse
importante dispositivo.
Vamos para o primeiro exemplo: compra de mercadorias isentas.
EXEMPLO 1: compra de mercadorias isentas do ICMS para revenda.

A B

Mercadoria (entrada) R$ 1000,00


Mercadoria R$ 1000,00
ICMS crédito R$ 0,00
ICMS débito => isenção
Isenção na entrada NÃO gera crédito

Nesse caso, aconteceu a anulação do crédito relativo às operações anteriores.


Em regra, a isenção ou não incidência acarretará a anulação do crédito
relativo às operações anteriores.
Vamos exemplificar os termos do inciso II, §2º, art. 155, CRFB/88.
“A isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da
legislação, não implicará crédito para compensação com o montante
devido nas operações ou prestações seguintes;”
Vamos para o exemplo número 2!!!

EXEMPLO 2: nas compras com destaque do ICMS, caso a venda seja isenta

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de ICMS, não poderá se creditar o imposto destacado na NFe de compra.


Imagine que a empresa B tenha comprado a mercadoria e tenha lançado em
sua contabilidade um crédito do ICMS.
Contudo, a empresa B vende para a pessoa C com isenção de ICMS. Nesta
eventual hipótese de houver sido creditado o ICMS, a empresa B deverá ser
estornar o crédito do ICMS. Como mostra o esquema abaixo.

Venda Venda
Alíquota = 17% Com isenção

A
B C

Mercadoria R$ 1000,00
ICMS débito R$ 170,00
Mercadoria (entrada) R$ 1000,00

ICMS crédito >>> ANULADO


ICMS na entrada NÃO gera crédito

EXEMPLO 3: Venda isenta, mas com previsão em Legislação de


manutenção do Crédito.
ATENÇÃO para exceção da exceção!
A legislação pode definir situações em que o crédito não será anulado, nesse
caso onde houver autorização legislativa: o crédito do imposto cobrado na
operação anterior poderá ser mantido para compensar com outras operações
tributadas.

AFRE-MA/2016) De acordo com a


Constituição Federal e com a Lei Complementar no 87/1996, a isenção
ou não-incidência do ICMS:
a) implicará, salvo disposição da legislação em contrário, vedação ao crédito
para compensação com o montante devido nas operações ou prestações
seguintes, exceto quando se tratar de operações que destinem álcool carburante
e seus derivados a outros Estados.
xceto
quando houver determinação em contrário da legislação.
c) implicará, necessariamente, vedação ao crédito para compensação com o
montante devido nas operações ou prestações seguintes.
d) acarretará, necessariamente, a anulação do crédito relativo às operações
anteriores, inclusive quando se tratar de operações que destinem mercadorias
para o exterior.

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e) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, inclusive


quando se tratar de operações com o papel destinado à impressão de livros,
jornais e periódicos.
Resolução:
Item A) ERRADO.
A operação interestadual com combustível é imune ao ICMS quando for
revenda em operações interestadual.
B) CERTO
CF Art. 155 § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte
II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da
legislação:
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores.
Item C) ERRADO.
A isenção ou não-incidência pode implicar em crédito para compensação se
permitido pela legislação.
Item d) ERRADO.
Na exportação há crédito de ICMS
Item E) ERRADO.
Vamos estudar em momento propício. Mas já vai absorvendo.
Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a
ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de operações
com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.
B

Exemplo de questão que exige um aprofundamento maior.

5. (FGV/SEFIN-RO/2018) Sobre o princípio da não-


inale a afirmativa correta.
a) O ICMS incidente sobre a energia elétrica consumida pelas empresas de
telecomunicação, que promovem processo industrial por equiparação, não pode
ser creditado para abatimento do imposto devido quando da prestação dos
serviços.
b) O direito ao crédito para compensação com o montante devido nas
operações seguintes é garantido, ainda que a saída da mercadoria seja isenta
ou não tributada.
c) O direito de o estabelecimento utilizar o crédito de ICMS extingue-se
depois de decorridos cinco anos contados da data de emissão do documento.
d) O direito ao crédito das mercadorias destinadas ao uso ou ao consumo do
estabelecimento, nele entradas, é garantido.

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e) Ao comerciante, ainda que de boa-fé, é vedado aproveitar os créditos de


ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea.
O princípio da não cumulatividade será aprofundado durante o curso. Essa
questão é apenas mostrar o que teremos pela frente. 😊
De acordo com o art. 23, par. único, da Lei Kandir (LC 87/96), o direito de
utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos cinco anos contados da
data de emissão do documento.
C

3.4 - Seletividade
O ICMS “poderá ser seletivo”.
A seletividade em função da essencialidade das mercadorias e serviços, no
caso do ICMS, é um princípio orientador (não impositivo) diferentemente
do que ocorre com o IPI.
Vale mencionar que a seletividade do ICMS é facultativa – posição
doutrinária dominante –, enquanto a seletividade do IPI é obrigatória.
A propósito, o tema tem sido exaustivamente solicitado em provas de
concursos públicos, destacando-se os itens, considerados corretos, segundo os
quais se afirma que:

SELETIVO

IPI ICMS
DEVE PODE

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6. (FUNCAB/ISS SALVADOR/2014) O princípio


tributário da seletividade aplica-se ao:
a) IOF
b) ITR
c) PIS
d) ICMS
e) IR
Resolução:
Princípio da Seletividade:
"O objetivo final do princípio é conseguir, de maneira indireta, graduar a
carga tributária do imposto de acordo com a capacidade contributiva dos
consumidores, uma vez que os produtos essenciais são consumidos por todas
as classes sociais, devendo, justamente por isso, estar sujeitos a uma suave ou
inexistente carga tributária.
Já os gêneros supérfluos são resumidamente consumidos apenas (ou, ao
menos, principalmente) pelas classes sociais mais privilegiadas, devendo ser
tributados de uma maneira mais gravosa." Ricardo Alexandre

4- Imunidade específica do ICMS


Para algumas operações e prestações é constitucionalmente vedada a
incidência do ICMS. Vamos estudar as imunidades que se aplicam ao ICMS.
Imunidade específica do

Exportações com manutenção do crédito.

Operação interestadual com petróleo e seus


derivados, e energia elétrica.
ICMS

Ouro considerado Ativo Financeiro.

Serviço de Comunicação de recepção livre e


gratuita.

É importante conhecer a literalidade do art. 155, § 2º, inciso X, CRFB/88 para


provas mais literais. Vou mostrar o dispositivo e fazer uma breve explicação ao
final.

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a) Não incidirá ICMS: sobre operações que destinem mercadorias para


o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior,
assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto
cobrado nas operações e prestações anteriores;
Obs.: O que se quer nesse caso é exportar mercadorias e não impostos.

b) Não incidirá ICMS: sobre operações que destinem a outros Estados,


petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele
derivados, e energia elétrica;
Obs.: A imunidade analisada pelo STF não se aplica a todo e qualquer
derivado de petróleo, mas somente aos combustíveis líquidos, gasosos e
lubrificantes. Ex: O STF refutou a tese de que o fato de o polietileno ser
derivado do petróleo.

c) Não incidirá ICMS: sobre o ouro, quando ATIVO FINANCEIRO;


Obs.: A regra é mera reafirmação do que já consta no art. 153, §5.º da CF/88.
A regra impede que incida qualquer tributo sobre o ouro, quando o ouro é
definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, salvo o IOF devido
na operação de origem.

d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de


radiodifusão sonora e radiodifusão de sons e imagens de recepção livre e
gratuita;
Obs.: a cobrança do ICMS sobre a prestação do serviço de comunicação
somente faz sentido quando é feita a título oneroso.
✓ Os serviços de radiodifusão sonora => Rádio
✓ Os serviços de radiodifusão de sons e imagens => Televisão
Apenas a recepção livre e gratuita (Rádio e TV abertas) são imunes.

7. (FCC/ COPERGAS PE/2016 - Adaptada) De acordo


com a Constituição Federal, o imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação – ICMS (...)
a) não incide sobre operações que destinem energia elétrica a outros
contribuintes, nem sobre operações que destinem mercadorias para o exterior.
os
Estados, mas não incide sobre serviços prestados a destinatários no exterior.
c) incide nas prestações de serviço de comunicação, nas modalidades de
radiodifusão de sons e imagens de recepção livre e gratuita.
Resolução:
A) ERRADO. A imunidade do art. 155, §2º, X, "b" impede a tributação da
energia elétrica comercializada a outro contribuinte localizado em OUTRO

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ESTADO. A alternativa não trouxe esse detalhe. A segunda parte, relativa à


exportação, está correta.
B) CERTA. O ouro só é imune ao ICMS quando for ativo financeiro ou
instrumento cambial, art. 153, §5º.
C) ERRADO. Na forma gratuita há imunidade. Só se exige nos casos onerosos.
B

5- Outras Imunidades que abrangem o ICMS


a) Não incide sobre os livros, jornais, periódicos e o papel destinado
a sua impressão.
De fato, a educação é o meio pelo qual um povo se desenvolve, e a CF entende
isso, imunizando os livros e jornais da cobrança de impostos. Mas veja bem,
impostos! Ok?
Porém, desde já devemos ficar atentos, a bancas gostam de explorar
decisões com repercussão geral em provas de concurso.
No que tange ao ICMS e às demais imunidades tributárias, deve se atentar
para as DUAS NOVAS TESES:
1ª TESE A imunidade tributária constante do artigo 150, VI, “d”, da
Constituição Federal, aplica-se ao livro eletrônico (e-book), inclusive aos
suportes exclusivamente utilizados para fixá-lo;
2ª TESE A imunidade tributária da alínea “d” do inciso VI do artigo 150 da
Constituição Federal alcança componentes eletrônicos destinados
exclusivamente a integrar unidades didáticas com fascículos.

8. (FGV/Pref. Salvador -Especialista em


Direito/2017) A Editora WW Ltda. publica livros impressos e livros
eletrônicos (e-books), além de comercializar aparelhos eletrônicos
especializados em leitura de obras digitais (e-readers).
O sócio-gerente dessa editora, diante da dúvida quanto à incidência de
imunidade tributária objetiva sobre os itens por ela publicados e
comercializados, consulta Roberto, advogado tributarista, a respeito do tema.
Levando em conta a Constituição da República e a jurisprudência consolidada
do Supremo Tribunal Federal, assinale a opção que apresenta a resposta de
Roberto.
as não
alcança aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.
b) A imunidade objetiva abarca apenas e tão somente livros impressos.
c) A imunidade objetiva abrange livros impressos, livros eletrônicos e
aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.

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d) A imunidade objetiva abrange livros eletrônicos e aparelhos eletrônicos


especializados em leitura de obras digitais. Quanto aos livros impressos, a
hipótese é de mera isenção legal.
e) A imunidade subjetiva abrange livros impressos, livros eletrônicos e
aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.
Resolução: A imunidade subjetiva é aquela que leva em conta
características de uma pessoa física ou de uma pessoa jurídica (ex:
partidos políticos), ao passo que a imunidade objetiva leva em conta
características de bens (Ex: Livros).
Logo, a questão é um caso de imunidade objetiva, visando a garantir a
liberdade de expressão do pensamento e da imprensa. Abrange livros, jornais
e periódicos, independentemente de seu conteúdo, e o papel utilizado para sua
impressão.
Por fim, o item C se fundamenta na seguinte decisão do STF:
A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal
(CF), aplica-se ao livro eletrônico (“e-book”), inclusive aos suportes
exclusivamente utilizados para fixá-lo.
C

b) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo


obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial
de mídias ópticas de leitura a laser.
Os itens (a) e (b) se referem às imunidades cultural e fonográfica.
Livros e relacionados, fonogramas e videofonogramas brasileiros são imunes ao
ICMS.

fonogramas e videofonogramas musicais


produzidos no Brasil

contendo obras musicais ou literomusicais de


União, Estados, DF e autores brasileiros e/ou obras em geral
Municípios não interpretadas por artistas brasileiros
podem instituir
IMPOSTOS sobre
bem como os suportes materiais ou arquivos

salvo na etapa de replicação industrial de


mídias ópticas de leitura a laser

CUIDADO: essa nova regra somente imuniza a música que possua elementos
de conexão nacional: ser de autor brasileiro ou interpretada por artista

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brasileiro. Em ambos casos, para gozar da imunidade, o fonograma ou


videofonograma deve ser necessariamente produzido no Brasil.
Um fonograma é uma gravação de som de uma interpretação musical.
Videofonograma é a gravação de som e imagem de uma interpretação musical.
Suportes materiais de fonogramas e videofonogramas são os CDs, DVDs e Blu-
Rays. Na categoria de arquivos digitais estão as músicas baixadas na internet,
aplicativo de música para celulares (exemplo: AppStore), etc.
Atenção à ressalva! A replicação industrial de mídias ópticas de leitura a
laser nada mais é que o processo industrial de multiplicação da matriz do CD ou
DVD em cópias idênticas, que pode ser tributado normalmente.

9. (VUNESP/ Procurador Jurídico /2017) A


Constituição Federal, dentre outras hipóteses que prevê, veda a
instituição de impostos sobre fonogramas e videofonogramas musicais
produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais de
autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas
brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os
contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de
leitura a laser. Referida vedação consiste em hipótese de:
a) imunidade genérica.
b) imunidade específica.
c) imunidade recíproca.
d) isenção constitucionalmente garantida.
e) remissão constitucionalmente admitida.
Resolução: Quando a CF traz algum dispositivo que vede a tributação de algum
fato, estamos diante de uma imunidade tributária. Imunidade é o dispositivo
constitucional que veda a tributação de uma pessoa, de uma atividade ou de
um bem. A doutrina clássica define imunidade como sendo uma regra de não
incidência constitucionalmente qualificada.
As imunidades podem ser divididas em:
I) Imunidades genéricas: são aquelas previstas pelo texto constitucional
para atingir inúmeros tributos ao mesmo tempo.
II) Imunidades específicas: são aquelas previstas pela CF apenas para
determinado tributo, de maneira pontual e específica.

Imunidade Genérica Recíproca.


Imunidade Genérica de Templos
Imunidade Genérica de Partidos Políticos e suas Fundações, Entidades
Sindicais de Trabalhadores, Instituições de Assistência Social e de Educação

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Imunidade Genérica de Livros, Jornais, periódicos e o papel destinado à sua


impressão
Imunidade Genérica de fonogramas e videofonogramas musicais produzidos
no Brasil

Exemplos de imunidade específica:


Imunidade de contribuições especiais – Art. 149, § 2. º, inciso I
Imunidade de IPI – Art. 153, § 3º, inciso III
Imunidade de ITR – Art. 153, § 4º, inciso II
Imunidade de ICMS – Art. 155, § 2º, inciso X
Imunidade de ITBI – Art. 156, § 2º, inciso I
Imunidade de contribuições especiais sociais para custeio da seguridade
social – Art.195, § 7º, da CF

“Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado


à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos
sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.”
ATENÇÃO!! O ICMS é um imposto cobrado sobre a CIRCULAÇÃO de
mercadorias e serviços.
Circulação não está listada acima, logo, essa imunidade não atinge o ICMS
quando há circulação de mercadorias por parte dos entes federativos. Como em
geral, governos estaduais, municipais e federal não prestam serviços de
comunicação ou transporte, não há muito uso dessa imunidade ao tratar do
ICMS.
d) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;
as no item "c" e "d", compreendem somente
o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades
essenciais das entidades nelas mencionadas.
Ou seja, circular mercadorias ou prestar serviços que não possuem relação
com as atividades essenciais, haverá tributação pelo ICMS. Imagine uma
igreja ou um partido político que abra uma loja de eletroeletrônicos visando o
lucro. Vai pagar o ICMS!!!
ecer
diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão
de sua procedência ou destino.
Não Discriminação baseada em procedência ou destino. A CF estabelece
que não pode um ente federativo, simplesmente porque ele quer, cobrar
imposto diferenciado em razão da procedência de determinado produto ou
serviço.

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6- RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL


O Senado possui competências importantes no estudo do ICMS, IPVA e
ITCD. É de fundamental importância o aprendizado do quadro abaixo

• Alíquotas interestadual
ICMS • Alíquotas exportação

ICMS • Alíquotas Máximas e MÍNIMAS

ITCMD •Alíquotas Máximas

IPVA •Alíquotas Mínimas

10. (FCC/ AFRE-PI/2016) Cabe ao Senado Federal,


além de outras competências,
I. estabelecer as alíquotas de ICMS aplicáveis às operações e prestações,
interestaduais e de exportação, por meio de resolução, de iniciativa do
Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria
simples de seus membros.
II. fixar as alíquotas mínimas de IPVA.
III. fixar as alíquotas máximas de ITCMD.
Está correto o que se afirma em
a) III, apenas.
b) I, II e III.
c) II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e III, apenas.
Resolução:

• Alíquotas interestadual
ICMS • Alíquotas exportação

ICMS • Alíquotas Máximas e MÍNIMAS

ITCMD •Alíquotas Máximas

IPVA •Alíquotas Mínimas

Incorreta apenas I. Vamos conhecer o motivo do erro.

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APENAS o Senado tem a faculdade de estabelecer alíquotas internas


mínimas e máximas, seguindo a seguinte regra de aprovação, e sempre por
Resolução:
Alíquotas Iniciativa Aprovação
(facultativo)
Mínimas 1/3 Senado Maioria Absoluta
Máximas Maioria Absoluta 2/3 Senado

Atenção: Se forem alíquotas internas, o Presidente da República não


tem competência alguma, pois isso invadiria a competência dos Estados e DF.
CF/88 Art. 155 § 2.º, V - é facultado ao Senado Federal:
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante
resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus
membros;
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver
conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de
iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;

Em resumo temos:
Resolução do
Alíquota ICMS Iniciativa Aprovação
Senado Federal

Interestadual Presidente da
Obrigatória República ou 1/3 do Maioria absoluta
De Exportação Senado

Interna MÍNIMA 1/3 do Senado Maioria absoluta


Interna Facultativa
Maioria absoluta 2/3 do Senado
MÁXIMA

Vamos ter uma aula dedicada apenas as alíquotas de ICMS. No momento exato
vamos conhecer todas as resoluções do Senado sobre o tema e faremos o
estudo em conjunto com as alíquotas previstas no código tributário estadual.
ICMS -
DIFAL”.
Nesse momento, quero apenas que conheça as duas principais alíquotas
interestadual prevista na resolução do Senado 22/89.
Resolução do Senado 22/89
Art. 1° A alíquota do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e

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Intermunicipal e de Comunicação, nas operações e prestações


interestaduais, será de doze por cento.
Parágrafo único. Nas operações e prestações realizadas nas Regiões Sul
e Sudeste, destinadas às Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao
Estado do Espírito Santo, as alíquotas serão:
II - a partir de 1990, sete por cento.
Com o intuito de favorecer os estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o
estado de Espírito Santo, os Senadores decidiram que nas operações e
prestações interestaduais realizadas nas regiões Sul e Sudeste (menos ES),
destinadas a Norte, Nordeste, Centro-Oeste e ao Espírito Santo a alíquota é 7%.
Isso acaba beneficiando os estados historicamente mais pobres, porque as
empresas lá localizadas recebem a mercadoria carregada de um crédito menor,
e na operação ou prestação subsequente se arrecada um pouco mais.
D

Vamos a questão que ficará mais claro.

11. (Questão Adaptada) Analise as seguintes


assertivas quanto à aplicação da alíquota interestadual:
I - Sociedade empresária sediada em MG compra mercadoria para revenda de
origem nacional, cujo fornecedor é do estado do RJ.
II - Sociedade empresária sediada em GO compra mercadoria para revenda de
origem nacional, cujo fornecedor é do estado do RJ.
III - Sociedade empresária sediada em GO compra mercadoria para revenda
de origem nacional, cujo fornecedor é do estado do CE.
Em relação à aplicação das alíquotas interestaduais, assinale a alternativa que
indique a sequência correta quanto à aplicação da alíquota interestadual.
a) 12% - 7% - 12%;
b) 12% - 7% - 7%;
c) 7% - 7% - 12%;
d) 7% - 7% - 12%;
Resolução:
ITEM I. sociedade empresária sediada em MG compra mercadoria para
revenda de origem nacional, cujo fornecedor é do estado do RJ. >>> 12%
a
revenda de origem nacional, cujo fornecedor é do estado do RJ. >>> 7%
ITEM III. sociedade empresária sediada em GO compra mercadoria para
revenda de origem nacional, cujo fornecedor é do estado do CE. >>> 12%
Previsão importante na Constituição Federal. Faz-se necessário entender que
em regra as alíquotas internas não podem ser menores que a alíquota

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interestadual. E somente com uma autorização do CONFAZ essa regra pode ser
relativizada.
A

Vamos conhecer outro dispositivo importante na Constituição Federal que trará


mais clareza quanto a preocupação da Constituição Federal não deixar que
aconteça a guerra fiscal entre os Estados.
Constituição Federal Art. 155, § 2º, inciso VI.
Salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos
termos CONVÊNIOS no âmbito do CONFAZ as alíquotas internas, nas
operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de
serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações
interestaduais.

Apesar de a regra geral dizer que as alíquotas internas devem ser maiores
ou iguais as interestaduais, podem os Estados estabelecer alíquotas menores
que as interestaduais, desde que seja por Convênio aprovado pelo CONFAZ.
Com isso meu aluno, você já percebeu que estudar legislação tributária
estadual necessita de um grande empenho e dedicação. A constituição federal
dedicou-se a trazer vários dispositivos para o estudo do ICMS.
Nesta aula 00 a ideia é trazer o assunto em plano geral e os aprofundamentos
faremos no decorrer do nosso curso. Ok? Até agora, você nunca tinha ouvido
falar do CONFAZ. Não é mesmo?
Dentro do estudo do ICMS, mesmo que o edital não seja claro quanto a
cobrança da lei complementar de 24/75, faz-se necessário o estudo dessa
importante Lei.
A lei complementar de 24/75 dispõe sobre os convênios para a concessão
de isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias,
e dá outras providências.
É nessa lei que conheceremos o CONFAZ (O Conselho Nacional de Política
Fazendária). Ao longo do nosso curso estudaremos essa importante lei. Quero
apenas que conheça a competência desse Conselho.

CONFAZ
Compete ao Conselho, promover a celebração de convênios, para efeito de
concessão ou revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais do
ICMS e na Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, bem como:
a - promover a celebração de atos visando o exercício das prerrogativas
previstas nos artigos 102 e 199 do CTN, como também sobre outras matérias
de interesse dos Estados e do Distrito Federal;
b - promover a gestão do Sistema Nacional Integrado de Informações
Econômico-Fiscais - SINIEF, para a coleta, elaboração e distribuição de dados

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básicos essenciais à formulação de políticas econômico-fiscais e ao


aperfeiçoamento permanente das administrações tributárias;
c - promover estudos com vistas ao aperfeiçoamento da Administração
Tributária e do Sistema Tributário Nacional como mecanismo de
desenvolvimento econômico e social, nos aspectos de inter-relação da
tributação federal e da estadual.

A finalidade do CONSELHO é promover ações necessárias à elaboração


de políticas e harmonização de procedimentos e normas inerentes ao
exercício da competência tributária dos Estados e do Distrito Federal
na concessão, revogação e regulamentação de benefícios fiscais
referentes ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de
Serviços (ICMS).

12. (FCC /PGE-MT/2016/adaptada) De acordo com a


Constituição Federal, o ICMS é imposto de competência estadual e
I. poderá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.
II. poderá ter suas alíquotas máximas fixadas pelo CONFAZ.
III. nunca podem ter alíquota interna menor que alíquota interestadual.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I .
c) II e III.
d) I e II.
e) III.
Resolução: Apenas I está correta. O Item II está errado conforme quadro
baixo.
Alíquotas Iniciativa Aprovação
(facultativo)
Mínimas 1/3 Senado Maioria Absoluta
Máximas Maioria Absoluta 2/3 Senado
O erro do item III está na palavra nunca. Temos que lembrar do Salvo
Disposição em contrário.
e do
Distrito Federal, nos termos CONVÊNIOS no âmbito do CONFAZ as alíquotas
internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações
de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações
interestaduais.
B

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13. (FCC/SEFAZ-MA/2016) De acordo com a Lei


Complementar n° 24/1975, serão concedidas ou revogadas, nos termos
de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito
Federal, as
a) isenções dos tributos estaduais.
b) concessões de créditos presumidos do ICMS.
c) isenções do ICMS e do IPVA.
d) reduções de base de cálculo e fixação de alíquotas interestaduais mínimas
do ICMS.
e) isenções dos impostos estaduais.
Resolução:
Serão CONCEDIDAS OU REVOGADAS nos termos de convênios celebrados
e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal:

✓ As isenções do ICMS;
✓ A redução da base de cálculo;
✓ A devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou
não, do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros;
✓ A concessão de créditos presumidos;
✓ A quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-
fiscais, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou
indireta, do respectivo ônus;
✓ As prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta
data.
Percebeu a importância da Lei Complementar 24/75, que dispõe sobre os
convênios para a concessão de isenções do imposto sobre operações relativas
à circulação de mercadorias e dá outras providências. Independente da previsão
no edital, para o estudo do ICMS precisamos conhecer um pouco dessa lei.
Pode ficar tranquilo, ela é bem simples e com poucos artigos. 😊
B
7- IPI NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS
O IPI não integrará a base de cálculo do ICMS.
CRFB/88 | Art. 155. [...]
§ 2º. O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: [...]
XI – não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto
sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à
comercialização, configure fato gerador dos dois impostos.
Grave a regra nesse momento aluno.
A regra é que o ICMS seja calculado sobre o valor COM IPI.

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Sabendo da regra, vamos conhecer as exceções.


Segundo este dispositivo, NÃO INTEGRA A BASE DE CÁLCULO DO ICMS
o montante do imposto sobre produtos industrializados - IPI quando:
1) A operação, realizada entre contribuintes;
2) A operação relativa a produtos destinados a industrialização ou
comercialização;
3) Configure fato gerador de ambos os impostos.
Assunto de extrema importância para concursos! Voltaremos a vê-lo
quando falarmos sobre a base de cálculo do ICMS durante o curso. Mas quero
que já entenda a seguinte sistemática.
Para acontecer a exceção (IPI fora da base de cálculo), é necessário que as
três perguntas abaixo tenham a resposta SIM.

Operação realizada • Sim


entre contribuintes?

Produto é destinado à
industrialização ou • Sim
comercialização?

Operação Configura
Fato Gerador de
• Sim
ambos IPI e ICMS

7.1 - Exemplo da forma de calcular o IPI/ICMS

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NOTA FISCAL
PRODUTO: R$1.000,00
Regra IPI: R$100,00
IPI entra na
TOTAL da NF: R$1.100,00
base de cálculo
ICMS = R$1.100,00 X 17%
IPI na ICMS R$187,00
base de
cálculo NOTA FISCAL
PRODUTO: R$1.000,00
Exceção: IPI: R$100,00
IPI fora da TOTAL da NF: R$1.100,00
base de cálculo ICMS = R$1.000,00 X 17%
ICMS R$170,00

Acima temos os dois casos.

14. (FUNDADET/AFRE-RS/2014) Ainda, dentro do


programa de controle do Setor Moveleiro, o Fisco constatou que a Loja
de Móveis Funcionais Ltda., de Porto Alegre, RS, comprou, da Fábrica
de Móveis Estruturados S/A, localizada em Curitiba, Paraná, R$
100.000,00 em cozinhas planejadas para vender em sua loja. No mesmo
pedido, a Loja de Móveis Funcionais Ltda. comprou móveis para utilizar
em seu escritório por R$ 10.000,00. Considere que ambos os produtos,
quando efetuada a compra, tinham a alíquota de Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) de 10% e que o Estado do Paraná, nas
saídas internas de móveis, pratica a alíquota de 17% e, nas saídas
interestaduais (para o Rio Grande do Sul), pratica 12%. Diante disso,
responda de quanto será o crédito fiscal a ser adjudicado pela Loja de
Móveis Funcionais Ltda.?
a) R$ 18.700,00.
b) R$ 13.200,00.
c) R$ 12.000,00.
d) R$ 5.500,00.
e) R$ 5.000,00
Resolução: Cozinha planejada de 100.000 = Não é consumidor final e é
contribuinte do imposto.
aa
base de cálculo do imposto o montante do Imposto sobre Produtos
Industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a
produto destinado à industrialização ou à comercialização, configurar fato
gerador de ambos os impostos ".
Alíquota interestadual somente = 12%
100.000 x 0,12 = 12.000

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Móvel para uso do escritório = consumo interno = sem direito a crédito.


IPI NÃO INTEGRA A BASE DE CÁLCULO

Operação realizada
entre • Sim
contribuintes?

Produto é
destinado à • Sim
industrialização ou
comercialização?

Operação
Configura Fato
Gerador de • Sim
ambos IPI e ICMS

8- A IMPORTÂNCIA DA LEI COMPLEMENTAR PARA O ICMS


Grande parte dos pontos mais polêmicos do ICMS (CF, art. 155, § 2.º, XII) a
Constituição Federal delegou a regulação para a lei complementar de
caráter nacional; entre elas previu a celebração de convênios entre os
entes federados como ato-condição para a concessão e revogação de
incentivos e benefícios fiscais (CF, art. 155, § 2.º, XII, g), entre outras regras
de uniformização e pacificação fiscal.

definir seus contribuintes

dispor sobre Substituição Tributária


Cabe à lei complementar

disciplinar o regime de compensação

fixar o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das


prestações de serviços
Regular como isenções, incentivos e benefícios fiscais são
concedidos e ou revogados (CONFAZ)
definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá
uma única vez (ICMS Monofásico)
fixar a Base de Cálculo de modo que o montante do imposto a integre

prever casos de manutenção de crédito relativo a remessa para outro


Estado e para o exterior

Excluir da incidência do imposto serviços e produtos nas exportações

XII - cabe à lei complementar:


a) definir seus contribuintes;

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A constituição já prevê no art. 146, III da C.F. que cabe lei complementar
para definir os contribuintes. Mesmo assim, o constituinte reforçou o dispositivo
constitucional.

XII - cabe à lei complementar:


b) dispor sobre substituição tributária;
A esta matéria da Lei Complementar n°87/96 (Lei Kandir) dedicou grande
atenção. A sistemática da substituição tributária será tratada durante o curso.

XII - cabe à lei complementar:


c) disciplinar o regime de compensação do imposto;
É a regra do imposto não cumulativo, compensando o valor devido na
operação com os “valores pagos” anteriormente.
XII - cabe à lei complementar:
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento
responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias
e das prestações de serviços;
Quando cita “responsável”, a constituição federal está se referindo ao
sujeito passivo da obrigação quer seja contribuinte ou responsável.

XII - cabe à lei complementar:


e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior,
serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a";
Esse dispositivo deixou de ter aplicação prática, uma vez que a Emenda
Constitucional 42/2003, determinou que qualquer mercadoria ou serviço
destinado ao exterior passa a ser imune.

XII - cabe à lei complementar:


f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa
para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de
mercadorias;
Nós estudamos que a isenção ou não incidência, salvo determinação em
contrário, acarretará anulação do crédito relativo às operações anteriores. O
dispositivo determina que cabe à lei complementar determinar os casos nos
quais não haverá a referida anulação.

XII - cabe à lei complementar:


g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do
Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados.

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Este dispositivo determina que somente a lei pode conceder isenção,


estabelece que no caso do ICMS em uma tentativa de eliminar a guerra fiscal
entre Estados, esses benefícios terão que ser concedidos por convênios entre
as unidades da Federação. Esses benefícios terão que ser concedidos por
convênios entre as Unidades da Federação.

XII - cabe à lei complementar:


h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto
incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em
que não se aplicará o disposto no inciso X, b;
A doutrina discute se este dispositivo é caso de ICMS Monofásico ou não. O
fato é que você precisa gravar esse dispositivo pois a cobrança é literal.

XII - cabe à lei complementar:


i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a
integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço
Esse dispositivo veio reforçar a ideia de que as operações de importação são
equiparadas às operações internas.
Outro ponto interessante sobre o ICMS, é que ele é um imposto por dentro.
Isso quer dizer que, quando você compra uma mercadoria, o valor já está
embutido no preço.
Utilizaremos a matemática para ilustrar como funciona o imposto por dentro.
Já reparou que quando você compra uma mercadoria em uma loja você não
tem acréscimo do ICMS no momento que chega ao caixa. Isso é devido porque
o ICMS já está embutido no preço.
Vamos citar como exemplo a alíquota genérica de alguns Estados: 17%!
Em uma mercadoria de R$1000,00, você, consumidor final, estará pagando
R$170,00 de ICMS sem perceber – por enquanto, ignore a não cumulatividade.
Com esses valores fica fácil visualizar que 17% de R$1000,00 são R$170,00.
Importante perceber que essa não é a alíquota real do imposto ICMS, na
verdade essa é a alíquota nominal.
“Tá complicando!!!” Calma jovem! Vamos entender o que significa isso.
Caso o ICMS não existisse, o produto custaria R$830,00, correto?
Vamos então fazer o caminho inverso e chegar a R$1000,00.

Tente colocar o ICMS de 17% nesse valor.


“Deixa eu fazer aqui... R$830,00 x 1,17 = R$971,10. Opa, deu algo errado!!!
O cálculo que você fez é o do imposto por fora, como é o IPI, por exemplo.
O ICMS é por dentro, é diferente!

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Você tem que descobrir qual a alíquota real que se aplica aos R$830,00 para
chegar aos R$1000,00 que é o preço de venda.
Então eu faço R$1000,00/R$830,00 = X e encontro que X = 1,2048” Perfeito!!!
Agora você “limpa” o número e encontra a alíquota real de 20,48%!
E lembre-se que a alíquota real será sempre maior que a nominal.
Para sair do valor sem ICMS para chegar ao valor com ICMS por dentro.
Faremos:

830 = 1000,00
(1-17%)
Durante o curso dedicaremos atenção especial ao cálculo do valor do ICMS. É
assunto que não podemos ter dúvidas.

15. (FCC/AFFE (SEFAZ PI)/2015) Em relação ao ICMS,


cabe à lei complementar
I. fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre,
também na importação do exterior, de bem, mercadoria ou serviço.
II. regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
III. fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento
responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das
prestações de serviços.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.

Resolução:
Todas corretas, vejamos:

fixar o local das operações relativas à circulação de mercadorias e


complementar

das prestações de serviços


Cabe à lei

ão
concedidos e ou revogados (CONFAZ)

fixar a Base de Cálculo de modo que o montante do imposto a


integre (ICMS por dentro)

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9- ICMS E ISS - FORNECIMENTO DE MERCADORIAS COM


PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
A alínea “b” do Art. 155, IX, da CF/88 se refere ao Imposto Sobre Serviço de
Qualquer Natureza (ISS) - Lei Complementar 116/2003. Essa Lei possui uma
lista com todos os serviços que podem ser tributados pelos municípios.
Qualquer serviço que não se encontrar nessa lista e for realizado juntamente
com a entrega de uma mercadoria, será tributado pelo ICMS. Entretanto, se
o serviço se encontrar na lista, será tributado pelo ISS, mesmo que inclua
materiais.

7 – Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo,


construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e
congêneres.
7.10 – Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros
públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres.
7.11 – Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores.
Repare que a lista acima não possui qualquer exceção em seu texto. Logo, os
materiais empregados na prestação desses serviços também serão
tributados com o ISS. Além da própria prestação de serviços.
A legislação prevê vários outros serviços que incluem mercadorias, mas todos
esses serão tributados pelo ISS. Exemplos que mais caem em provas de
concursos que não possuem exceção de ICMS, ou seja, só cobra ISS:
“4.12 – odontologia;
4.14 – próteses sob encomenda;
14.04 – recauchutagem de pneus;
25 – serviços funerários.”
Vamos conhecer algumas situações que teremos a cobrança de ISS e ICMS.
A lista prevista na Lei Complementar 116/03 possui as principais exceções
previstas em seu texto, nas quais os materiais serão tributados com ICMS e
os serviços com o ISS.
Abaixo as exceções da LC 116/03. Tente se lembrar das palavras chave
marcadas. Não esqueça do bufê, é constante nas provas de concurso.

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FORNECIMENTO DE MERCADORIAS COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


Art. 155, IX, b) O ICMS incidirá também sobre o valor TOTAL da operação,
quando mercadorias forem fornecidas com serviços NÃO compreendidos na
competência tributária dos Municípios.

Serviço PREVISTO na Serviço PREVISTO na Serviço NÃO previsto


LC 116, sem ressalva1 LC 116, com ressalva2 na LC 116 (ISS) – é o
que permita ICMS que permita ICMS caso da alínea b
ISS: mercadoria e ISS: serviço e ICMS: ICMS: mercadoria e
serviço mercadoria serviço

EXS: medicamentos utilizados na prestação de serviço hospitalar; produtos de


limpeza utilizados na prestação de serviços dessa modalidade.
As ressalvas estão nos itens 1.09, 7.02, 7.05, 7.06, 9.01, 13.05, 14.01,
14.03, 14.06, 14.09 17.11, 39.01 da lista anexa da LC 116.

Alguns casos clássicos:


▪ [ISS] Tratamento hospitalar com fornecimento de medicamentos

▪ [ISS] Serviços de salão de beleza e costureira com fornecimento de


produtos
▪ [ISS] Fornecimento de alimentos em hotel, incluso na diária; [ICMS +
ISS] se fornecidos “por fora”
▪ [ICMS] Buffet, bares e restaurantes que fornecem bebidas e comidas

▪ Serviço de oficina mecânica [ISS] + Fornecimento de peças [ICMS]

rados exaustivamente em provas de


concurso. Mas não são os únicos. Vamos conhecer todos os incisos de
modo que não reste dúvida no seu aprendizado. E deixarei uma tabela
para auxiliar na memorização.
Bora lá?

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9.1 - Serviço de Bufê

16. (FCC/Juiz Federal/ 2015 – Adaptada) De acordo


com o disposto na Lei Complementar n° 87/1996 e na Lei
Complementar n° 116/2003, é correto afirmar que o ICMS incide sobre
a prestação de serviços de organização de festas (bufê) e sobre o
fornecimento de alimentação e bebidas nelas servidos?

Resolução: LC 116, LISTA ANEXA, 17.11: Organização de festas e recepções;


bufê (exceto o fornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao
ICMS).

ISS-QN
Serviço de Bufê
exceto o fornecimento de
alimentação e bebidas
ICMS
ERRADO

Chamamos atenção para o item 7.02, pois se os materiais foram produzidos


pela empreiteira em local diverso da prestação de serviço, deverá ser tributado
pelo ICMS. Exemplo:

9.2 - Empreiteira e o fornecimento de vigas.

ISS-QN
Construiu a viga na obra
Trouxe a viga pronta
ICMS

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9.3 - Material fornecido pelo prestador do serviço.


Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas,
revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres,
com material fornecido pelo tomador do serviço.
Vamos para um exemplo. Imagine que você chamou o colocador de tapete, e:
✓ ELE TROUXE O TAPETE, será devido ICMS sobre tudo!

✓ Se VOCÊ DEU O MATERIAL p/ instalação, a colocação e instalação deverá


ser tributado pelo ISS.

9.4 - Tarifa de hospedagem. Alimentação/Gorjeta inclusa

Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-service


condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis residência, residence-service, suíte
service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres; ocupação por
temporada com fornecimento de serviço
(o valor da alimentação e gorjeta, quando incluído no preço da
diária, fica sujeito ao Imposto Sobre Serviços).
Este item determina que o ICMS será cobrado sobre a alimentação, se a
alimentação não estiver inclusa na diária.

Tarifa de hospedagem
ISS-QN
com alimentação inclusa
com alimentação em separado

ICMS sobre o fornecimento Alimentação

Ou seja, se a alimentação estiver inclusa estará sujeita ao ISS.

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Guarde o esquema abaixo:


✓ Tarifa de hospedagem com alimentação inclusa = ISS sobre tudo
✓ Tarifa de hospedagem com alimentação em separado = ISS sobre
hospedagem e ICMS sobre alimentação.

17. (FCC/ SEFAZ-SP/2013) O Hotel Qbela Praia,


localizado no litoral do Estado de São Paulo, possui um restaurante na
cobertura, com vista panorâmica, onde são servidos o café da manhã, o
almoço e o jantar, e também possui serviço de quarto 24 horas, que
serve refeições e bebidas com cardápio e preços diferenciados, e
frigobar nos apartamentos de luxo. Considerando estas informações,
NÃO há incidência de ICMS
a) no jantar, serviço no restaurante, desde que o hóspede tenha optado pela
tarifa de hospedagem que incluía o valor da refeição.
b) no café da manhã, servido no quarto, desde que o pagamento seja
realizado no dia de saída do hotel, no momento do fechamento da conta.
c) no almoço, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo buffet de
preço fixo e o pagamento seja realizado no dia da saída do hotel.
d) no almoço, servido no restaurante, desde que os insumos utilizados
estejam sujeitos à isenção do ICMS e as bebidas estejam no regime de
substituição tributária.
e) no café da manhã, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo
buffet de preço fixo e as bebidas estejam sujeitas à substituição tributária.
Resolução:
Isso está representado na LC116, que apresenta a famosa lista de serviços
que incidem apenas ISS, dentre as quais, alguns itens incidiriam também o
ICMS sobre o material utilizado (tais quais: reformas de maquinário, motores;
material empregado na construção civil, alimentação do serviço de buffet,).
No caso de serviços de hotelaria, apart-hotel, motel e etc, quando o valor da
alimentação e bebidas estiver incluído no preço da diária só haverá a incidência
do ISS.
Já, quando NÃO incluídos, ou seja, quando cobrados a parte, incidirá ICMS.
A

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9.5 - Peças e partes empregadas

14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga,


conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de
máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou
de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas
ao ICMS).
14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes
empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).
14.06 -Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos,
inclusive montagem industrial, prestados ao usuário final.
No serviço do dispositivo acima, via de regra, haverá duas emissões de notas
fiscais.

1ª Nota Fiscal => com a prestação de serviço tributada pelo ISS que seria o
valor da mão de obra do serviço realizado
2ª Nota Fiscal =>venda de mercadoria tributada pelo ICMS.

O serviço de instalação e montagem significa execução de atos para fazer


funcionar os aparelhos, máquinas e equipamentos.
Muitas vezes, há necessidade de reunir várias peças que resultem em uma
unidade nova (montagem), para fazer o aparelho ou equipamento funcionar. É
preciso que essas instalações e montagens (aparelho telefônico, máquina
elétrica, equipamento sanitário etc.) sejam executadas a favor de usuários finais
e com materiais por eles fornecidos.
Se o prestador do serviço não for alheio à industrialização ou ao
fornecimento de aparelhos, não haverá incidência do ISS, mas
incidência do ICMS.

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ISS – Streaming

A definição das competências tributárias, especialmente no que se refere aos


potenciais conflitos entre ISS e ICMS, é louvável.
Reduz a insegurança jurídica, todos os custos a ela associados e contribui para
melhorar o ambiente de negócios e incentivar o investimento.

1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio,


vídeo, imagem e texto por meio da internet, respeitada a imunidade de
livros, jornais e periódicos (exceto a distribuição de conteúdos pelas
prestadoras de Serviço de Acesso Condicionado, de que trata a Lei no
12.485, de 12 de setembro de 2011, sujeita ao ICMS). (Incluído pela Lei
Complementar nº 157, de 2016)

Esse item tornou possível a cobrança de ISS daqueles serviços de


disponibilização de áudio, vídeo, imagem e texto pela internet, como o Netflix
e Spotify, que possibilitam assistir séries/filmes ou ouvir música online e não
realizam a cessão definitiva do conteúdo para o cliente.
Caso houvesse a cessão definitiva, teríamos a cobrança do ICMS e não ISS.
“E o que seriam essas prestadoras de Serviço de Acesso Condicionado?”
Segundo a ANATEL se tratam de “serviços de telecomunicações de interesse
coletivo, prestado no regime privado, cuja recepção é condicionada à contratação
remunerada por assinantes e destinado à distribuição de conteúdos audiovisuais na
forma de pacotes, de canais de programação nas modalidades avulsa de
programação e avulsa de conteúdo programado e de Canais de Programação de
Distribuição Obrigatória, por meio de tecnologias, processos, meios eletrônicos e
protocolos de comunicação quaisquer”.
Como exemplo temos os serviços de TV por assinatura.

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Composição gráfica

13.05 - Composição gráfica, inclusive confecção de impressos


gráficos, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia e
fotolitografia, exceto se destinados a posterior operação de
comercialização ou industrialização, ainda que incorporados, de
qualquer forma, a outra mercadoria que deva ser objeto de posterior
circulação, tais como bulas, rótulos, etiquetas, caixas, cartuchos,
embalagens e manuais técnicos e de instrução, quando ficam sujeitos ao
ICMS. (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

Nesse subitem vemos que sobre os serviços de composição gráfica, inclusive


confecção de impressos gráficos, fotocomposição, clicheria, zincografia,
litografia e fotolitografia, incide o ISS.
Entretanto, se esses materiais gráficos forem destinados a comercialização ou
industrialização vai incidir apenas o ICMS.
Vale ressaltar que mesmo que os materiais sejam parte de uma mercadoria
que será posteriormente comercializada vai incidir apenas o ICMS, é o caso das
bulas, etiquetas e embalagens

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Segue abaixo quadro resumo para facilitar:

ISS sobre os serviços e ICMS sobre as mercadorias fornecidas

Exceções da LC 116/03

Caso Exceção (incidência do ICMS)

Fornecimento de
7.02 - Obras de construção civil, hidráulica ou elétrica
mercadorias produzidas
pelo prestador de serviços
7.05 - Reparação, conservação e reforma de edifícios, fora do local da prestação do
estradas, pontes, portos e congêneres serviço

14.01 - Lubrificação, limpeza, lustração, revisão,


carga e recarga, conserto, […] conservação de
máquinas (veículos, ou qualquer outro objeto) Peças e partes empregadas

14.03 - Recondicionamento de motores


Fornecimento de
17.11 - Organização de festas e recepções; bufê
alimentação e bebidas

9.01 - Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, Alimentação e gorjeta


apart-service condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis quando não incluído no preço
residência, residence-service, suíte servisse da diária

exceto se destinados a
13.05 - Composição gráfica, inclusive confecção de
posterior operação de
impressos gráficos, fotocomposição, clicheria,
comercialização ou
zincografia, litografia e fotolitografia
industrialização
Exceto a distribuição de
1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de
conteúdos pelas prestadoras
conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto por meio
de Serviço de Acesso
da internet
Condicionado

7.06 - Colocação e instalação de tapetes, carpetes,


assoalhos […]com material fornecido pelo
tomador do serviço

14.06 -Instalação e montagem de aparelhos, Material fornecido pelo


máquinas e equipamentos, inclusive montagem tomador do serviço.

14.09 – Alfaiataria e costura


39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação.

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10- Lista de Questões Comentadas

18. (CESPE Órgãos: PGM - Campo Grande – MS 2019)


A respeito de impostos de competência municipal, julgue o seguinte item,
conforme a Constituição Federal de 1988, o Código Tributário Nacional e a
legislação de regência.
Em se tratando de serviço cuja prestação dependa do fornecimento de
mercadorias, incide ICMS sobre o montante tributável, e não o ISS, de acordo
com a Lei Complementar n.º 116/2003.
Certo
Errado

Basicamente: (para mercadoria e serviços conjuntamente)


Quando está na lista da lei do ISS = incide ISS
Quando não está na lista do ISS = incide ICMS
Quando está na lista do ISS mas a própria lista faz uma exceção quanto ao
ICMS = incide ISS e ICMS
Um sobre o valor do serviço, outro sobre o valor da mercadoria
LC 116
Art. 1 (...)
§ 2 Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela
mencionados não ficam sujeitos ao ICMS, ainda que sua prestação envolva
fornecimento de mercadorias.

ERRADO

19. FCC Órgãos: Prefeitura de São Luís – MA 2018


A “Oficina Mecânica do José” recondiciona motores de veículos. Para realizar
essa prestação de serviços de recondicionamento, empregam-se, com
frequência, peças e partes novas. De acordo com a Lei Complementar federal
no 116/03 e com a Lei Complementar federal no 87/96,
a) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita,
simultaneamente, à incidência do ISSQN e do ICMS, enquanto o fornecimento
das partes e peças empregadas está sujeito apenas à incidência do ISSQN.
b) tanto a prestação do serviço de recondicionamento de motores como as
partes e peças empregadas estão sujeitas à incidência do ICMS.

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c) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita à


incidência do ICMS, enquanto o fornecimento das partes e peças empregadas
está sujeito à incidência do ISSQN.
d) tanto a prestação do serviço de recondicionamento de motores como as
partes e peças empregadas estão sujeitas à incidência do ISSQN.
e) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita à
incidência do ISSQN, enquanto o fornecimento das partes e peças empregadas
está sujeito à incidência do ICMS.
Resolução:
LC nº 116/03:
Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência
dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação
de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam
como atividade preponderante do prestador.
14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga,
conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de
máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de
qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam
sujeitas ao ICMS).
A lógica é:
Quando está na lista da lei do ISS = incide ISS
Quando não está na lista do ISS = incide ICMS
Quando está na lista do ISS mas a própria lista faz uma exceção quanto ao
ICMS = incide ISS e ICMS

E.

20. CESPE - DPE-PE Defensor Público - 2018


A empresa BETA, operadora de plano privado de saúde, foi notificada pelo fisco
estadual em razão do não recolhimento de ICMS relativo às operações mistas,
que envolvem a prestação de serviços associados ao fornecimento de
mercadorias. Em sua defesa, a empresa alegou que o fisco municipal entende
que, nesse caso, incide o imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).

Considerando o entendimento majoritário e atual do Supremo Tribunal


Federal, assinale a opção correta, acerca dos impostos que poderão incidir no
presente caso.
a) No caso em tela, deve prevalecer a incidência do ICMS, afastando-se a
incidência do ISSQN sobre a operação.
b) Se os serviços prestados pela empresa em questão estiverem previstos na

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lei complementar federal que dispõe sobre o ISSQN, prevalecerá a incidência do


ISSQN sobre o ICMS.
c) Incidirá, em regra, o ICMS, podendo haver a incidência do ISSQN se o
serviço estiver previsto na lei complementar federal que dispõe sobre esse
tributo, caso em que, para evitar a bitributação, o valor pago a título de ICMS
será deduzido da base de cálculo do ISSQN.
d) No caso em tela, incidem tanto ICMS como o ISSQN: o ICMS incidirá sobre
a parcela relativa à obrigação de dar e o ISSQN incidirá sobre a parcela referente
à obrigação de fazer.
e) Há de se verificar a atividade preponderante do contribuinte: se a atividade
preponderante for o fornecimento de mercadorias, ele deve ser tributado pelo
ICMS; se for a prestação de serviços, ele será tributado pelo ISSQN.
Resolução:

O art. 155, § 2º, IX, b, da Constituição trata especicamente das operações


mistas, estabelecendo que o ICMS incidirá sobre o valor total da operação,
quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na
competência tributária dos Municípios.
Associando-se tal regra com a do art. 156, III, que diz que os Municípios têm
competência para instituir impostos sobre serviços de qualquer natureza,
definidos em lei complementar, chegamos à conclusão de que as operações
mistas em que o serviço envolvido não está arrolado no anexo da Lei
Complementar n. 116/03 se sujeita ao ICMS, mas, quando estiver arrolado,
sujeita-se ao ISS.
Nesse sentido, STF:
“As operadoras de planos de saúde e de seguro-saúde realizam prestação
de serviço sujeita ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza –
ISSQN, previsto no art. 156, III, da CRFB/88".

21. (VUNESP/ Juiz Estadual/)


Assinale a alternativa correta acerca do imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), segundo a disciplina
constitucional que lhe é conferida.

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a) A isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação,


implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes.
b) Poderá ser não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o
montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito
Federal.
c) Será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.
d) Incidirá sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto,
qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no
exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço.
e) Incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior e sobre
serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações
anteriores.
Resolução:
Alternativa A) ERRADO. É o contrário da alternativa.

Salvo determinação em
contrário da legislação

ICMS
Isento ou Não-Incidente

Não implica em Anula crédito de


crédito operações anteriores

Alternativa B) ERRADO. O ICMS SERÁ não cumulativo. Observância


Obrigatória.
Alternativa C) ERRADO. O IPI é que será seletivo.
A seletividade do ICMS é facultativa, mas, no IPI, essa seletividade é
OBRIGATÓRIA.
Alternativa D) CORRETO. A CF a Constituição Federal determina (art. 155,
§2º, IX, a) a incidência de ICMS sobre a importação de produtos, ainda que o
particular não seja contribuinte do imposto.
Alternativa E) ERRADO. O ICMS não incidirá sobre operações que
destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a
destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do

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montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores (art. 155,


§2º , inciso X, da CF/88).
D

22. (VUNESP/ Procurador Municipal /2017)


A vedação à incidência de impostos sobre fonogramas e videofonogramas
musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de
autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros
bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo
na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser, consiste
no que a doutrina denomina como
a) isenção.
b) remissão.
c) imunidade.
d) hipótese de não incidência diferida.
e) hipótese de incidência diferida.
Resolução:
Exemplo de como as bancas repetem questões, muita das vezes no mesmo
ano e para cargos parecidos.
Trata-se da imunidade musical. O objetivo foi de tornar acessível a todos, bem
como de combater a pirataria.
A IMUNIDADE se caracteriza p/ ser aquele instituto em que a própria CF
delimita a competência do ente federativo, impedindo-o de definir determinadas
situações como hipóteses de incidência de tributos.
Nesse caso, o próprio desenho das competências tributárias fica redefinido de
forma a obstar a própria atividade legislativa da pessoa tributante. Tem-se uma
não incidência constitucionalmente qualificada, que configura a própria definição
de imunidade.
As imunidades são limitações constitucionais ao poder de tributar consistentes
na delimitação da competência tributária constitucionalmente conferida aos
entes políticos.
Na imunidade, por expressa vedação Constitucional, o ente político fica
impedido de tributar determinado tributo.
Art. 150, VI, “e”, Constituição Federal: “Fonogramas e videofonogramas
musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de
autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas p/ artistas brasileiros bem
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na
etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser”.
C

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23. (FCC/SEFAZ-MA/2016) A Constituição Federal


determina que algumas matérias atinentes ao ICMS sejam disciplinadas
por meio de resolução do Senado Federal. De acordo com as regras
constitucionais, é facultado a essa Casa Legislativa, por meio de
resolução,
a) estabelecer as alíquotas mínimas do imposto nas operações internas.
b) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá
uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade.
c) disciplinar o regime de compensação do imposto.
d) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para
outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias.
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior,
serviços e outros produtos além daqueles já mencionados no texto
constitucional.
Resolução:
RESOLUÇÃO SENADO FEDERAL:

• Alíquotas interestadual
ICMS • Alíquotas exportação

ICMS • Alíquotas Máximas e MÍNIMAS

ITCMD •Alíquotas Máximas

IPVA •Alíquotas Mínimas

As outras alternativas são de competência da Lei Complementar Federal.


A

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24. (FCC/ALE-PE CONSULTOR/2014) Em decorrência


de imunidade tributária, o ICMS NÃO pode ser cobrado em relação:
a) à conferência de bens imóveis ao capital de sociedades, em aumento de
capital.
b) à venda de mercadorias tendo como destino partidos políticos, para
aplicação direta na atividade política aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral.
c) a prestações de serviços de comunicação nas modalidades de
radiodifusão sonora e de sons e imagens, de recepção livre e gratuita.
d) à importação de bens na modalidade “importação por encomenda”
realizadas em favor de entidade religiosa (templo de qualquer culto).
e) à prestação de serviço de provimento de acesso à internet, na modalidade
“Serviço de Valor Adicionado”.
Resolução:
Esta questão trata das imunidades tributárias específicas. E apenas uma
alternativa se refere à vedação de cobrança do imposto estadual.
Para algumas operações e prestações é constitucionalmente, art. 155, § 2º,
inciso X, CRFB/88, vedada a incidência do ICMS. Com efeito, não incidirá ICMS
(IMUNIDADE):
Imunidade específica

Exportações com manutenção do crédito.

Operação interestadual com petróleo e seus derivados, e


do ICMS

energia elétrica.

Ouro considerado Ativo Financeiro.

Serviço de Comunicação de recepção livre e gratuita.

25. (FCC/TCE-PI - Auditor Fiscal de Controle


Externo/2014) - Paulo, de nacionalidade argentina, Antonio, de
nacionalidade paraguaia, Mário, de nacionalidade espanhola, e
Eduardo, de nacionalidade peruana, todos residentes no Brasil, formam
um grupo musical, que compõe e executa melodias brasileiras e
estrangeiras. Apresentam-se em todos os Estados brasileiros. Seu
trabalho musical é divulgado de diversas maneiras: apresentações
públicas em programas televisivos, espetáculos abertos ao público em
geral, com entrada gratuita, e comercialização de CDs e DVDs de suas
apresentações.

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(1) O último DVD desse quarteto, com canções folclóricas andinas, cujas
letras e melodias foram criadas por autores bolivianos residentes no Brasil, foi
produzido nos Estados Unidos.
(2) Antes de Antônio juntar-se ao grupo, Paulo, Mário e Eduardo formaram
um trio que chegou até a produzir, no Rio Grande do Sul, um CD com melodias
de autoria de artistas gaúchos e letras criadas por artistas uruguaios.
(3) Recentemente, o quarteto produziu, no Piauí, um DVD com canções, cujas
melodias foram compostas por autores brasileiros, mas as letras foram com
postas por autores paraguaios.
(4) Antônio produziu um CD, solo, instrumental, na Itália, interpretando
apenas melodias (sem letra) compostas por autores piauienses.
Com base nas afirmações acima e no que dispõe a Constituição Federal a
respeito de imunidades tributárias, são abrangidas por essas imunidades
APENAS as situações de números:
a) 2 e 4.
b) 1 e 4.
c) 1 e 2.
d) 2 e 3.
e) 3 e 4.
Resolução:
Resposta pede os itens que representem imunidades. Façamos a análise.
ITEM (1) INCORRETO O último DVD desse quarteto, com canções folclóricas
andinas, cujas letras e melodias foram criadas por autores bolivianos residentes
no Brasil, foi produzido nos Estados Unidos.
Em nada se enquadra nos preceitos constitucionais.
ITEM (2) Antes de Antônio juntar-se ao grupo, Paulo, Mário e Eduardo
formaram um trio que chegou até a produzir, no Rio Grande do Sul, um CD com
melodias de autoria de artistas gaúchos e letras criadas por artistas uruguaios.
Produzido no Brasil com obras de brasileiros, interpretadas por brasileiros.
Item CORRETO - IMUNIDADE.
ITEM (3) Recentemente, o quarteto produziu, no Piauí, um DVD com canções,
cujas melodias foram compostas por autores brasileiros, mas as letras foram
com postas por autores paraguaios.
Produção brasileira. Apesar de a letra ser de paraguaios, a música é de
brasileiros, condições atendidas. Item CORRETO – IMUNIDADE.
ITEM (4) Antônio produziu um CD, solo, instrumental, na Itália, interpretando
apenas melodias (sem letra) compostas por autores piauienses.
Produzido na Itália. Item ERRADO.
D

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26. (FGV/PROCURADOR PAULÍNEA/2016) A


Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, reserva à lei
complementar disciplinar algumas matérias.
As opções a seguir apresentam hipóteses em que há reserva constitucional de
lei complementar, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Fixar, para efeito da cobrança de ICMS e definição do estabelecimento
responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das
prestações de serviço.
b) Definir os serviços que estarão sujeitos à tributação pelo ISS.
c) Prever casos de manutenção de crédito de ICMS, relativamente à remessa
para outro Estado e à exportação de serviços e mercadorias.
d) Disciplinar o regime de compensação do ICMS.
e) Conceder isenções, incentivos e benefícios fiscais de ICMS pelos Estados.
Resolução:
Art.155, XII, g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do
Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados.
A Lei Complementar, nesse caso, somente regula a forma como os incentivos
e benefícios relacionados ao ICMS serão concedidos.
Sendo repetitivo: a Lei Complementar não concede benefícios fiscais,
somente diz como serão as reguladas concessões por meio de convênio. Os
Estados, por Lei (ordinária), concederão as isenções, os incentivos e os
benefícios fiscais.
A Lei Complementar em questão é a LEI COMPLEMENTAR Nº 24, DE 7 DE
JANEIRO DE 1975.
E

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27. (FCC/SEFAZ-MA/2016) Considerando as regras


constantes da Constituição Federal, o ICMS.
I. terá seu regime de compensação do imposto disciplinado por lei
complementar.
II. incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
telecomunicação.
III. incidirá sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem
fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos
Municípios.
IV. será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
pago nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
V. terá seu valor calculado, em relação às operações e prestações que
destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado,
mediante a aplicação da alíquota interestadual, quando o destinatário estiver
inscrito na repartição fiscal.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I, II e IV.
b) III, IV e V.
c) I, II e III.
d) I, III e V.
e) II, IV e V.
Resolução:
I – CORRETA – Art. 155, §2º, XII, c, da CF.
II – CORRETA – Art. 155, II, da CF.
III – CORRETA – Art. 155, §2º, IX, b, da CF.
IV – ERRADA – Art. 155, §2º, I, da CF – o ERRO é dizer “com o montante
PAGO nas ...”; o CORRETO é “com o montante COBRADO nas ...”.
“§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
COBRADO nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito

V – ERRADA – Art. 155, §2º, VII, a, da CF – o ERRO está no final da assertiva


“quando o destinatário estiver inscrito na repartição fiscal.” Veja o correto na
transcrição do extrato da CF abaixo:
“VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á:
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;”

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28. (FCC/SEFAZ-MA/2016) De acordo com a Lei


Complementar n° 24/1975, serão concedidas ou revogadas, nos termos
de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito
Federal, as
a) isenções dos tributos estaduais.
b) concessões de créditos presumidos do ICMS.
c) isenções do ICMS e do IPVA.
d) reduções de base de cálculo e fixação de alíquotas interestaduais mínimas
do ICMS.
e) isenções dos impostos estaduais.
Resolução:
Serão CONCEDIDAS OU REVOGADAS nos termos de convênios celebrados e
ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal
As isenções do ICMS;
A redução da base de cálculo;
A devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do
tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros;
A concessão de créditos presumidos;
A quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, dos
quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus;
As prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data.
B

29. (FGV/ISS-CUIABÁ/2016) Em relação à incidência


do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre
operações interestaduais de exportação e importação, analise as
afirmativas a seguir.
I. Cabe ao Senado Federal, por meio de Resolução, estabelecer as alíquotas
do ICMS aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação.
será
aplicada a alíquota interna do Estado, quando o destinatário for contribuinte do
ICMS.
III. Incide ICMS sobre a entrada de bens importados por pessoa física,
qualquer que seja sua finalidade.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.

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b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.


c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Resolução:
ITEM I CORRETO.
RESOLUÇÃO SENADO FEDERAL:

• Alíquotas interestadual
ICMS • Alíquotas exportação

• Alíquotas Máximas e MÍNIMAS


ICMS
ITEM II - INCORRETO
Quando uma operação de venda de mercadoria é realizada entre sujeitos
situados em Estados distintos, em regra, aplica-se a alíquota interestadual do
ICMS.
ITEM III CORRETO.
Durante o curso vamos estudar as hipóteses de incidência, mas vamos
conhecer desde já o fato gerador no ICMS-Importação.
É importante notar que a hipótese constitucional é bastante ampla, que o
imposto “incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior
por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, qualquer que seja sua finalidade”.
Assim, não interessa a destinação da mercadoria. Incide o ICMS na
importação, mesmo que importado por pessoa física, com habitualidade ou não.
B

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30. (FUNDADET/AFRE-RS/2014) Os Estados e o


Distrito Federal possuem competência para instituir o imposto sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de
comunicação (ICMS). Diante disso, analise as assertivas abaixo:
I. O princípio que prevê “quem tem o poder de tributar tem o poder de isentar”
concede aos Estados e ao Distrito Federal, em matéria de ICMS, plena
autonomia para fixar unilateralmente todas as suas alíquotas e isenções, desde
que observados os critérios de conveniência e oportunidade.
II. Uma das propriedades do imposto é que em qualquer circunstância a sua
incidência é plurifásica. Por exemplo, em se tratando de mercadorias, a
incidência do imposto ocorre em todas as fases de circulação da mercadoria.
III. É inconstitucional a criação de norma unilateralmente por ente federado
que estabeleça tributação diferenciada de mercadorias provenientes de outros
estados da Federação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) Apenas I e III.
Resolução:
ITEM I - FALSO. Quando se trata estudo ICMS, a CF/1988 não deixa dúvida:
Exige que os incentivos fiscais sejam fixados no âmbito de convênios do
CONFAZ.
ITEM I - FALSO. O ICMS está sujeito ao princípio da anterioridade anual,
salvo o restabelecimento das alíquotas no caso da incidência monofásica sobre
combustíveis definidos em lei complementar. Na próxima aula revisaremos o
assunto, porém o estudo do princípio da anterioridade é feito em Direito
Tributário. Caso seja necessário, reveja o tema.
ITEM III - CORRETO Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de
qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
C

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31. (CS UFG /Proc. Leg. (ALMT)/2015-Adaptada)


Proposta legislativa de alteração da legislação tributária em matéria do
Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve observar
a seguinte norma constitucional:
a) a iniciativa é privativa do Chefe do Poder Executivo estadual, na medida em
que poderá representar decréscimo na arrecadação tributária estadual e, por
conseguinte, desequilíbrio fiscal.
b) a veiculação de incentivo de ICMS prescinde de autorização do Conselho
Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) quando concedido com vistas ao
desenvolvimento regional, objetivo da República Federativa do Brasil.
c) a fixação da data de pagamento do ICMS deve constar necessariamente do
projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa, na medida em que vinculada ao
aspecto temporal do fato gerador do tributo.
d) A concessão de uma isenção do ICMS representará, como regra, óbice ao
crédito de ICMS decorrente da aplicação do princípio constitucional da não
cumulatividade, relativamente às operações anteriores, inclusive no tocante às
matérias-primas utilizadas na industrialização das mercadorias cuja venda
esteja beneficiada com a isenção.
Resolução:
A alternativa A) ERRADA
STF.
“A jurisprudência da Corte é uníssona em negar a exigência de reserva de
iniciativa em matéria tributária, ainda que se cuide de lei que vise à minoração
ou revogação de tributo”, frisou o ministro, que assentou “a inexistência de
reserva de iniciativa para leis de natureza tributária, inclusive as que concedem
renúncia fiscal”.
O entendimento também pode ser aplicado aos tributos estaduais.
Assim, a iniciativa de lei que concede desoneração do ICMS não é do Chefe do
Poder Executivo estadual.
A alternativa B) ERRADA
Não é válida a concessão de um incentivo de ICMS sem a autorização de
convênio celebrado pela decisão unânime dos Estados representados no
CONFAZ.
A alternativa C) ERRADA
O STF já se manifestou e considerou que não está alcançado pelo princípio da
legalidade tributária a fixação de prazo para pagamento de tributo.
Para o STF é plenamente possível que o Poder Executivo fixe, por meio de
decreto, a data de recolhimento do tributo, uma vez que tal dado não compõe
a obrigação tributária principal, sendo obrigação acessória, que não precisa ser
necessariamente normatizada via lei em sentido formal.
A alternativa D) CORRETA

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Como regra, a isenção conferida sobre a saída da mercadoria (há exceção)


inviabiliza o aproveitamento de crédito do imposto.
D

32. (FCC /Consultoria Legislativa/2014) Dias após a


promulgação e publicação de Emenda Constitucional ampliando a
possibilidade de cobrança do ICMS para alcançar situações de fato
anteriormente não previstas, a Assembleia Legislativa do Estado recebe
proposição oriunda do Poder Executivo Estadual para a edição de lei que
altere a Lei do ICMS local para definir o novo fato gerador bem como os
demais elementos da respectiva hipótese de incidência tributária. Essa
proposição é aprovada, e após sancionada e publicada pelo Governador
do Estado. A nova lei é
a) constitucional, pois com a nova Emenda Constitucional ampliando a
competência tributária do Estado em matéria de ICMS, este tem o dever de
instituir a cobrança do ICMS, sob pena de caracterizar-se um benefício fiscal
irregular.
b) constitucional, pois desde que exista a competência tributária definida na
Constituição Federal em matéria de ICMS, o Estado detém a competência para
decidir, mediante lei, se irá ou não promover a cobrança do imposto estadual.
c) inconstitucional, pois no regime do ICMS é necessária a prévia edição da Lei
Complementar para disciplinar os aspectos gerais de cunho nacional do imposto
para, só então, editarem os Estados as leis correspondentes.
d) constitucional, pois na ausência de normas gerais relativas ao ICMS cabe a
competência legislativa plena aos Estados.
e) inconstitucional, pois para o estabelecimento de novas regras do ICMS que
possam trazer efeitos às demais Unidades da Federação é necessária a
celebração de convênio para evitar-se o conflito federativo.
Resolução:
De acordo com a hipótese apresentada, é aprovada uma Emenda
Constitucional que possibilita a previsão de novos fatos geradores para o ICMS.
O Poder Executivo encaminha à Assembleia Legislativa proposição de lei que
altera a legislação tributária estadual, buscando alcançar novas hipóteses de
incidência.
A lei é aprovada e sancionada. A pergunta que fica é: isso pode? Pode não!
Pelo menos no quando falamos do ICMS. Isso porque conforme previsto na
Constituição Federal:
Art. 146. Cabe à lei complementar:
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,
especialmente sobre:

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a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos


impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes;
Por isso, está Letra C está correta pois a norma estadual padece de
inconstitucionalidade, por não observar o requisito da norma geral nacional.
C

33. (FGV ALERJ /2017) Em matéria de “guerra fiscal”,


é correto afirmar que:
a) é constitucional lei específica que outorga isenção heterônoma;
b) é inconstitucional lei específica que outorga remissão ou anistia em caráter
geral, mesmo calcada em Convênio Interestadual;
c) é limitado pela Constituição o poder de exoneração fiscal do Estado-
Membro e do Distrito Federal, quando exige Convênio Intergovernamental para
tanto;
d) é constitucional lei específica que outorga anistia de multa e juros, mas
exige integralmente o tributo;
e) é constitucional legislação tributária que outorga isenção na venda de
aparelhos para portadores de deficiência auditiva, visual e mental.
Resolução:
"Guerra Fiscal" = Guerra fiscal é a disputa, entre cidades e estados, para ver
quem oferece melhores incentivos para que as empresas se instalem em seus
territórios.
ITEM A) INCORRETO
A isenção heterônoma, então, ocorre quando um ente federativo,
diferente daquele que detém a competência para instituir o tributo, concede o
benefício fiscal da isenção tributária.
"Art.151. É vedado à União:
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios".
ITEM B) INCORRETO
Se tiver o tal convênio preconizado pela CF em seu art. 155 §2 XII g e
regulamentado pela LC 24/75 autorizando a instituição pelos Estados dessa

O artigo 150, § 6.º da CF preconiza que qualquer subsídio ou isenção, redução


de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão,
relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante
lei específica.

ITEM C) CORRETO

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O entendimento do STF é no sentido de que “a concessão unilateral de


benefícios fiscais relativos ao ICMS sem a prévia celebração de convênio
intergovernamental, nos termos da Lei Complementar 24/1975, afronta a
Constituição Federal”.
ITEM D) INCORRETO
A anistia pode sim ser concedida em relação a multa e juros e ainda exigir
integralmente o tributo.
Porém o enunciado diz em relação a "guerra fiscal".
Nessa situação de guerra fiscal a CF preconiza que a concessão unilateral de
benefícios fiscais sem a prévia celebração de convênio intergovernamental
afronta a Cf, o artigo 155, parágrafo 2º, inciso XII, letra ‘g’.
ITEM E) INCORRETO
Necessita o convênio intergovernamental (Convênio Confaz) para que essa
legislação seja constitucional.
C

34. (CESPE/TCE-PA/2016) No que concerne ao ICMS


e às disposições constitucionais pertinentes à concessão de
exonerações fiscais, julgue o item subsecutivo.
A concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais pelos estados depende
de prévia aprovação de convênio interestadual, o que abrange a concessão de
diferimento no pagamento de débitos de imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e prestação de serviço de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que inexista redução do valor devido
Resolução:
A jurisprudência do STF nos informa que o mero diferimento do pagamento de
débitos relativos ao ICMS, sem a concessão de qualquer redução do valor
devido, não configura benefício fiscal, de modo que pode ser estabelecido sem
convênio prévio.
ERRADO

35. (FGV/ SEFAZ-RJ /2010) A alíquota do ICMS,


aplicável nas operações ou prestações internas, pode ser de 5% (cinco

a) em resolução do Senado Federal.


b) em convênio interestadual.
c) na lei estadual.
d) na Constituição Federal.
e) na Constituição Estadual.

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Resolução:
A alíquota de 5% mencionada pela questão é inferior às alíquotas
interestaduais.
Sendo assim, somente deliberação dos Estados e DF poderá ser aprovado tal
alíquota. E essa aprovação se dará na forma de um convênio.
Vejamos o que diz a CF.
“CF Art. 155, § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República
ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus
membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações,
interestaduais e de exportação;
(...)
VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos
termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações
relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não
poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais”
B

36. (CESPE PGE-BA - Procurador do Estado da Bahia –


Adaptada) A respeito da concessão, pelos entes da Federação, de
benefício fiscal em relação ao ICMS, julgue os itens subsecutivos em
Verdadeiro (V) ou Falso (F):
Não há obrigatoriedade de a concessão de benefícios fiscais ser feita por lei
complementar estadual.
Consideram-se benefícios fiscais as imunidades previstas na CF.
De acordo com a CF, cabe a lei complementar regular a forma como, mediante
deliberação dos estados e do DF, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados.
Sendo o ICMS um tributo estadual, a concessão de benefícios fiscais a ele
relacionada deve ser feita por meio de atos administrativos normativos, como
decretos.
Por ser um tributo de importância nacional, o ICMS só pode ser concedido
pelos entes da Federação mediante autorização do Senado Federal, ao qual
cabe, inclusive, prescrever suas alíquotas em determinados casos.
Agora assinale a sequência correta.
a) V-F-V-F-F;
b) V-F-V-V-F;
c) V-F-V-V-V;
d) F-F-V-F-F;

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e) F-F-V-F-V;
Resolução:
Os destaques em vermelho indicam o erro.
ITEM A) VERDADEIRO. Não há obrigatoriedade de a concessão de benefícios
fiscais ser feita por lei complementar estadual.
A concessão depende de convênios conforme disciplinado da Lei Complementar
24/75, recepcionada por imperativo constitucional, alínea “g”, inciso XII, § 2º,
art. 155, CRFB/88.

ITEM B) FALSO Consideram-se benefícios fiscais as imunidades previstas


na CF.
Imunidade não é benefício fiscal, e sim limitações constitucionais ao poder de
tributar, consoante seção II, Capítulo I, Título VI da CRFB/88.

ITEM C) VERDADEIRO De acordo com a CF, cabe a lei complementar regular


a forma como, mediante deliberação dos estados e do DF, isenções, incentivos
e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
A concessão depende de convênios conforme disciplinado da Lei Complementar
24/75, recepcionada por imperativo constitucional, alínea “g”, inciso XII, § 2º,
art. 155, CRFB/88.

ITEM D) FALSO Sendo o ICMS um tributo estadual, a concessão de benefícios


fiscais a ele relacionada deve ser feita por meio de atos administrativos
normativos, como decretos.
A concessão depende de convênios conforme disciplinado da Lei Complementar
24/75, recepcionada por imperativo constitucional, alínea “g”, inciso XII, § 2º,
art. 155, CRFB/88.

ITEM E) FALSO Por ser um tributo de importância nacional, o ICMS só pode


ser concedido pelos entes da Federação mediante autorização do Senado
Federal, ao qual cabe, inclusive, prescrever suas alíquotas em determinados
casos.
As competências do SF estão relacionadas às alíquotas interestaduais,
exportação, mínimas e máximas internas, consoante, incisos IV e V, § 2º, art.
155, CRFB/88
C

37. (FUNCAB/ISS-SALVADOR/2014) Sujeita-se à


incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS:
a) a execução de quaisquer serviços de reparação, conservação e reforma de
edifícios, com o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos
serviços, fora do local da prestação dos serviços.

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b) a organização de festas e recepções com o fornecimento de alimentação


e bebidas.
c) a prestação de serviço de hospedagem de qualquer natureza em hotéis,
apart-service condominiais, flat, apart-hotel, hotéis residência, residence-
service, suite Service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres;
ocupação por temporada com fornecimento de serviço.
d) a prestação de serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres
em competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, desde que tenha
a participação de espectadores.
e) a prestação de serviço de hospedagem em hotéis e a alimentação fornecida
em razão dessa hospedagem, ainda quando não incluída no preço da diária.
Resolução:
ITEM A) Errada
Lista de serviços da LC 116/03:
7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos
e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo
prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito
ao ICMS).
ITEM B) Errada
Lista de serviços da LC 116/03:
17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de
alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS).
ITEM C) CORRETA Não houve nenhuma previsão quanto as exceções.
Apesar de não estarmos no estudo da LC116/03. A resposta correta é a C.
ITEM D) Errada - Essa alternativa é específica do estudo da LC116/03.
ITEM E) Errada a prestação de serviço de hospedagem em hotéis e a
alimentação fornecida em razão dessa hospedagem, ainda quando não incluída
no preço da diária.
Vimos que existe uma diferença quando inclui e quando não inclui o
fornecimento de alimentação no preço da diária.
C

38. (FCC/AFRE-RO/2010) Sobre a disposição

a) incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por


pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto,
qualquer que seja a sua finalidade.
b) será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou Distrito Federal.

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c) não incide sobre operações que destinem mercadorias para o exterior e


sobre serviços prestados a destinatários no exterior.
d) poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos
serviços.
e) incide sobre operações que destinem a outros estados petróleo e energia
elétrica.
Resolução:
Não incide sobre operações que destinem a outros estados petróleo e energia
elétrica.
E

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11- Lista de Exercícios

(FCC/ Prefeitura de Teresina/2016) O ICMS é um


imposto
a) não seletivo, não cumulativo e direto.
b) seletivo, cumulativo e indireto.
c) não seletivo, cumulativo e indireto.
d) seletivo, não cumulativo e direto.
e) seletivo, não cumulativo e indireto.

(TRF - 2ª Região/Juiz Federal/2014) Entre as


opções abaixo, assinale aquela que lista apenas impostos que são,
classicamente e pela sua natureza, classificados como INDIRETOS:
a) Imposto de Resposta, IPI e COFINS.
b) ICMS, FUNRURAL e taxa judiciária.
c) Imposto de Renda, IPVA e IPTU.
d) IPTU, ICMS e transmissão causa mortis.
e) IPI, ICMS e ISS.

(FEPESE/ AFRE-SC/2010) Assinale a alternativa


correta, quanto ao ICMS:
a) O ICMS é um imposto não-cumulativo.
b) O ICMS é um imposto de competência exclusiva dos Estados.
c) O ICMS é um imposto cumulativo, não podendo ser compensado.
d) O ICMS, por incidir em cada etapa da circulação de mercadoria, dispensa a
emissão de nota ou cupom fiscal.
e) O ICMS é um imposto que pode ser tanto cumulativo como não-cumulativo.

(FCC/ AFRE-MA/2016) De acordo com a


Constituição Federal e com a Lei Complementar no 87/1996, a isenção
ou não-incidência do ICMS:
a) implicará, salvo disposição da legislação em contrário, vedação ao crédito
para compensação com o montante devido nas operações ou prestações
seguintes, exceto quando se tratar de operações que destinem álcool carburante
e seus derivados a outros Estados.
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, exceto
quando houver determinação em contrário da legislação.
c) implicará, necessariamente, vedação ao crédito para compensação com o
montante devido nas operações ou prestações seguintes.

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(FGV/SEFIN-RO/2018) Sobre o princípio da não-


cumulatividade do ICMS, assinale a afirmativa correta.
a) O ICMS incidente sobre a energia elétrica consumida pelas empresas de
telecomunicação, que promovem processo industrial por equiparação, não pode
ser creditado para abatimento do imposto devido quando da prestação dos
serviços.
b) O direito ao crédito para compensação com o montante devido nas
operações seguintes é garantido, ainda que a saída da mercadoria seja isenta
ou não tributada.
c) O direito de o estabelecimento utilizar o crédito de ICMS extingue-se depois
de decorridos cinco anos contados da data de emissão do documento.
d) O direito ao crédito das mercadorias destinadas ao uso ou ao consumo do
estabelecimento, nele entradas, é garantido.
e) Ao comerciante, ainda que de boa-fé, é vedado aproveitar os créditos de
ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea.

(FUNCAB/ISS SALVADOR/2014) O princípio


tributário da seletividade aplica-se ao:
a) IOF
b) ITR
c) PIS
d) ICMS
e) IR

(FCC/ COPERGAS PE/2016 - Adaptada) De acordo


com a Constituição Federal, o imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação – ICMS
(...)
a) não incide sobre operações que destinem energia elétrica a outros
contribuintes, nem sobre operações que destinem mercadorias para o exterior.
b) incide sobre operações que destinem brincos e anéis de ouro a outros
Estados, mas não incide sobre serviços prestados a destinatários no exterior.
c) incide nas prestações de serviço de comunicação, nas modalidades de
radiodifusão de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

(FGV/Pref. Salvador -Especialista em


Direito/2017) A Editora WW Ltda. publica livros impressos e livros
eletrônicos (e-books), além de comercializar aparelhos eletrônicos
especializados em leitura de obras digitais (e-readers).

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O sócio-gerente dessa editora, diante da dúvida quanto à incidência de


imunidade tributária objetiva sobre os itens por ela publicados e
comercializados, consulta Roberto, advogado tributarista, a respeito do tema.
Levando em conta a Constituição da República e a jurisprudência consolidada
do Supremo Tribunal Federal, assinale a opção que apresenta a resposta de
Roberto.
a) A imunidade objetiva abarca livros impressos e livros eletrônicos, mas não
alcança aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.
b) A imunidade objetiva abarca apenas e tão somente livros impressos.
c) A imunidade objetiva abrange livros impressos, livros eletrônicos e
aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.
d) A imunidade objetiva abrange livros eletrônicos e aparelhos eletrônicos
especializados em leitura de obras digitais. Quanto aos livros impressos, a
hipótese é de mera isenção legal.
e) A imunidade subjetiva abrange livros impressos, livros eletrônicos e
aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.

(VUNESP/ Procurador Jurídico /2017) A


Constituição Federal, dentre outras hipóteses que prevê, veda a
instituição de impostos sobre fonogramas e videofonogramas musicais
produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais de
autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas
brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os
contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de
leitura a laser. Referida vedação consiste em hipótese de:
a) imunidade genérica.
b) imunidade específica.
c) imunidade recíproca.
d) isenção constitucionalmente garantida.
e) remissão constitucionalmente admitida.

(FCC/ AFRE-PI/2016) Cabe ao Senado Federal,


além de outras competências,
I. estabelecer as alíquotas de ICMS aplicáveis às operações e prestações,
interestaduais e de exportação, por meio de resolução, de iniciativa do
aioria
simples de seus membros.
II. fixar as alíquotas mínimas de IPVA.
III. fixar as alíquotas máximas de ITCMD.
Está correto o que se afirma em
a) III, apenas.

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b) I, II e III.
c) II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e III, apenas.

(Questão Adaptada) Analise as seguintes


assertivas quanto à aplicação da alíquota interestadual:
I - sociedade empresária sediada em MG compra mercadoria para revenda de
origem nacional, cujo fornecedor é do estado do RJ.
II - sociedade empresária sediada em GO compra mercadoria para revenda de
origem nacional, cujo fornecedor é do estado do RJ.
III - sociedade empresária sediada em GO compra mercadoria para revenda de
origem nacional, cujo fornecedor é do estado do CE.
Em relação à aplicação das alíquotas interestaduais, assinale a alternativa que
indique a sequência correta quanto à aplicação da alíquota interestadual.
a) 12% - 7% - 12%;
b) 12% - 7% - 7%;
c) 7% - 7% - 12%;
d) 7% - 7% - 12%;

(FCC /PGE-MT/2016/adaptada) De acordo com a


Constituição Federal, o ICMS é imposto de competência estadual e
I. poderá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.
II. poderá ter suas alíquotas máximas fixadas pelo CONFAZ.
III. nunca podem ter alíquota interna menor que alíquota interestadual.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I.
c) II e III.
d) I e II.
e) III.

(FCC/SEFAZ-MA/2016) De acordo com a Lei


Complementar n° 24/1975, serão concedidas ou revogadas, nos termos
de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito
Federal, as
a) isenções dos tributos estaduais.
b) concessões de créditos presumidos do ICMS.
c) isenções do ICMS e do IPVA.

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d) reduções de base de cálculo e fixação de alíquotas interestaduais mínimas


do ICMS.
e) isenções dos impostos estaduais.

(FUNDADET/AFRE-RS/2014)
Ainda, dentro do programa de controle do Setor Moveleiro, o Fisco constatou
que a Loja de Móveis Funcionais Ltda., de Porto Alegre, RS, comprou, da Fábrica
de Móveis Estruturados S/A, localizada em Curitiba, Paraná, R$ 100.000,00 em
cozinhas planejadas para vender em sua loja. No mesmo pedido, a Loja de
Móveis Funcionais Ltda. comprou móveis para utilizar em seu escritório por R$
10.000,00. Considere que ambos os produtos, quando efetuada a compra,
tinham a alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 10% e
que o Estado do Paraná, nas saídas internas de móveis, pratica a alíquota de
17% e, nas saídas interestaduais (para o Rio Grande do Sul), pratica 12%.
Diante disso, responda de quanto será o crédito fiscal a ser adjudicado pela Loja
de Móveis Funcionais Ltda.?
a) R$ 18.700,00.
b) R$ 13.200,00.
c) R$ 12.000,00.
d) R$ 5.500,00.
e) R$ 5.000,00

(FCC/AFFE/SEFAZ PI/2015) Em relação ao ICMS,


cabe à lei complementar
I. fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre,
também na importação do exterior, de bem, mercadoria ou serviço.
II. regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
III. fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento
responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das
prestações de serviços.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

(FCC/Juiz Federal/ 2015 – Adaptada)

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De acordo com o disposto na Lei Complementar n° 87/1996 e na Lei


Complementar n° 116/2003, o ICMS: (...) Certo ou errado?
Incide sobre a prestação de serviços de organização de festas (bufê) e sobre o
fornecimento de alimentação e bebidas nelas servidos.

(FCC/ SEFAZ-SP/2013)
O Hotel Qbela Praia, localizado no litoral do Estado de São Paulo, possui um
restaurante na cobertura, com vista panorâmica, onde são servidos o café da
manhã, o almoço e o jantar, e também possui serviço de quarto 24 horas, que
serve refeições e bebidas com cardápio e preços diferenciados, e frigobar nos
apartamentos de luxo. Considerando estas informações, NÃO há incidência de
ICMS
a) no jantar, serviço no restaurante, desde que o hóspede tenha optado pela
tarifa de hospedagem que incluía o valor da refeição.
b) no café da manhã, servido no quarto, desde que o pagamento seja realizado
no dia de saída do hotel, no momento do fechamento da conta.
c) no almoço, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo buffet de
preço fixo e o pagamento seja realizado no dia da saída do hotel.
d) no almoço, servido no restaurante, desde que os insumos utilizados estejam
sujeitos à isenção do ICMS e as bebidas estejam no regime de substituição
tributária.
e) no café da manhã, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo
buffet de preço fixo e as bebidas estejam sujeitas à substituição tributária.

(CESPE Órgãos: PGM - Campo Grande – MS 2019)


A respeito de impostos de competência municipal, julgue o seguinte item,
conforme a Constituição Federal de 1988, o Código Tributário Nacional e a
legislação de regência.
Em se tratando de serviço cuja prestação dependa do fornecimento de
mercadorias, incide ICMS sobre o montante tributável, e não o ISS, de acordo
com a Lei Complementar n.º 116/2003.
Certo
Errado

FCC Órgãos: Prefeitura de São Luís – MA 2018


A “Oficina Mecânica do José” recondiciona motores de veículos. Para realizar
essa prestação de serviços de recondicionamento, empregam-se, com
frequência, peças e partes novas. De acordo com a Lei Complementar federal
no 116/03 e com a Lei Complementar federal no 87/96,

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a) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita,


simultaneamente, à incidência do ISSQN e do ICMS, enquanto o fornecimento
das partes e peças empregadas está sujeito apenas à incidência do ISSQN.
b) tanto a prestação do serviço de recondicionamento de motores como as
partes e peças empregadas estão sujeitas à incidência do ICMS.
c) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita à
incidência do ICMS, enquanto o fornecimento das partes e peças empregadas
está sujeito à incidência do ISSQN.
d) tanto a prestação do serviço de recondicionamento de motores como as
partes e peças empregadas estão sujeitas à incidência do ISSQN.
e) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita à
incidência do ISSQN, enquanto o fornecimento das partes e peças empregadas
está sujeito à incidência do ICMS.

CESPE - DPE-PE Defensor Público - 2018


A empresa BETA, operadora de plano privado de saúde, foi notificada pelo fisco
estadual em razão do não recolhimento de ICMS relativo às operações mistas,
que envolvem a prestação de serviços associados ao fornecimento de
mercadorias. Em sua defesa, a empresa alegou que o fisco municipal entende
que, nesse caso, incide o imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).

Considerando o entendimento majoritário e atual do Supremo Tribunal Federal,


assinale a opção correta, acerca dos impostos que poderão incidir no presente
caso.
a) No caso em tela, deve prevalecer a incidência do ICMS, afastando-se a
incidência do ISSQN sobre a operação.
b) Se os serviços prestados pela empresa em questão estiverem previstos na
lei complementar federal que dispõe sobre o ISSQN, prevalecerá a incidência do
ISSQN sobre o ICMS.
c) Incidirá, em regra, o ICMS, podendo haver a incidência do ISSQN se o serviço
estiver previsto na lei complementar federal que dispõe sobre esse tributo, caso
em que, para evitar a bitributação, o valor pago a título de ICMS será deduzido
da base de cálculo do ISSQN.
d) No caso em tela, incidem tanto ICMS como o ISSQN: o ICMS incidirá sobre
a parcela relativa à obrigação de dar e o ISSQN incidirá sobre a parcela referente
à obrigação de fazer.
e) Há de se verificar a atividade preponderante do contribuinte: se a atividade
preponderante for o fornecimento de mercadorias, ele deve ser tributado pelo
ICMS; se for a prestação de serviços, ele será tributado pelo ISSQN.

(VUNESP/ Juiz Estadual/2014)

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Assinale a alternativa correta acerca do imposto sobre operações relativas à


circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), segundo a disciplina
constitucional que lhe é conferida.
a) A isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação,
implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes.
b) Poderá ser não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o
montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito
Federal.
c) Será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.
d) Incidirá sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto,
qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no
exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço.
e) Incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior e sobre
serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações
anteriores.

(VUNESP/ Procurador Municipal /2017)


A vedação à incidência de impostos sobre fonogramas e videofonogramas
musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de
autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros
bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo
na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser, consiste
no que a doutrina denomina como
a) isenção.
b) remissão.
c) imunidade.
d) hipótese de não incidência diferida.
e) hipótese de incidência diferida.
Exemplo de como as bancas repetem questões, muita das vezes no mesmo ano
e para cargos parecidos.

(FCC/SEFAZ-MA/2016)
A Constituição Federal determina que algumas matérias atinentes ao ICMS
sejam disciplinadas por meio de resolução do Senado Federal. De acordo com
as regras constitucionais, é facultado a essa Casa Legislativa, por meio de
resolução,

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a) estabelecer as alíquotas mínimas do imposto nas operações internas.


b) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma
única vez, qualquer que seja a sua finalidade.
c) disciplinar o regime de compensação do imposto.
d) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro
Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias.
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços
e outros produtos além daqueles já mencionados no texto constitucional.

(FCC/ALE-PE CONSULTOR/2014)
Em decorrência de imunidade tributária, o ICMS NÃO pode ser cobrado em
relação:
a) à conferência de bens imóveis ao capital de sociedades, em aumento de
capital.
b) à venda de mercadorias tendo como destino partidos políticos, para
aplicação direta na atividade política aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral.
c) a prestações de serviços de comunicação nas modalidades de
radiodifusão sonora e de sons e imagens, de recepção livre e gratuita.
d) à importação de bens na modalidade “importação por encomenda”
realizadas em favor de entidade religiosa (templo de qualquer culto).
e) à prestação de serviço de provimento de acesso à internet, na modalidade
“Serviço de Valor Adicionado”.

(FCC/TCE-PI - Auditor Fiscal de Controle


Externo/2014) –
Paulo, de nacionalidade argentina, Antônio, de nacionalidade paraguaia, Mário,
de nacionalidade espanhola, e Eduardo, de nacionalidade peruana, todos
residentes no Brasil, formam um grupo musical, que compõe e executa melodias
brasileiras e estrangeiras. Apresentam-se em todos os Estados brasileiros. Seu
trabalho musical é divulgado de diversas maneiras: apresentações públicas em
programas televisivos, espetáculos abertos ao público em geral, com entrada
gratuita, e comercialização de CDs e DVDs de suas apresentações.
(1) O último DVD desse quarteto, com canções folclóricas andinas, cujas
letras e melodias foram criadas por autores bolivianos residentes no Brasil, foi
produzido nos Estados Unidos.
aram
um trio que chegou até a produzir, no Rio Grande do Sul, um CD com melodias
de autoria de artistas gaúchos e letras criadas por artistas uruguaios.
(3) Recentemente, o quarteto produziu, no Piauí, um DVD com canções, cujas
melodias foram compostas por autores brasileiros, mas as letras foram com
postas por autores paraguaios.

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(4) Antônio produziu um CD, solo, instrumental, na Itália, interpretando


apenas melodias (sem letra) compostas por autores piauienses.
Com base nas afirmações acima e no que dispõe a Constituição Federal a
respeito de imunidades tributárias, são abrangidas por essas imunidades
APENAS as situações de números:
a) 2 e 4.
b) 1 e 4.
c) 1 e 2.
d) 2 e 3.
e) 3 e 4.

(FGV/PROCURADOR PAULÍNEA/2016)
A Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, reserva à lei
complementar disciplinar algumas matérias.
As opções a seguir apresentam hipóteses em que há reserva constitucional de
lei complementar, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Fixar, para efeito da cobrança de ICMS e definição do estabelecimento
responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das
prestações de serviço.
b) Definir os serviços que estarão sujeitos à tributação pelo ISS.
c) Prever casos de manutenção de crédito de ICMS, relativamente à remessa
para outro Estado e à exportação de serviços e mercadorias.
d) Disciplinar o regime de compensação do ICMS.
e) Conceder isenções, incentivos e benefícios fiscais de ICMS pelos Estados.

(FCC/SEFAZ-MA/2016)
Considerando as regras constantes da Constituição Federal, o ICMS.
I. terá seu regime de compensação do imposto disciplinado por lei
complementar.
II. incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
telecomunicação.
III. incidirá sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem
fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos
Municípios.
IV. será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
pago nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.

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V. terá seu valor calculado, em relação às operações e prestações que destinem


bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, mediante a
aplicação da alíquota interestadual, quando o destinatário estiver inscrito na
repartição fiscal.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I, II e IV.
b) III, IV e V.
c) I, II e III.
d) I, III e V.
e) II, IV e V.

(FCC/SEFAZ-MA/2016)
De acordo com a Lei Complementar n° 24/1975, serão concedidas ou
revogadas, nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e
pelo Distrito Federal, as
a) isenções dos tributos estaduais.
b) concessões de créditos presumidos do ICMS.
c) isenções do ICMS e do IPVA.
d) reduções de base de cálculo e fixação de alíquotas interestaduais mínimas
do ICMS.
e) isenções dos impostos estaduais.

(FGV/ISS-CUIABÁ/2016)
Em relação à incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) sobre operações interestaduais de exportação e importação,
analise as afirmativas a seguir.
I. Cabe ao Senado Federal, por meio de Resolução, estabelecer as alíquotas do
ICMS aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação.
II. Nas operações interestaduais que destinam bens a consumidor final, será
aplicada a alíquota interna do Estado, quando o destinatário for contribuinte do
ICMS.
III. Incide ICMS sobre a entrada de bens importados por pessoa física, qualquer
que seja sua finalidade.

a) se somente a afirmativa II estiver correta.


b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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(FUNDADET/AFRE-RS/2014)
Os Estados e o Distrito Federal possuem competência para instituir o imposto
sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS).
Diante disso, analise as assertivas abaixo:
I. O princípio que prevê “quem tem o poder de tributar tem o poder de isentar”
concede aos Estados e ao Distrito Federal, em matéria de ICMS, plena
autonomia para fixar unilateralmente todas as suas alíquotas e isenções, desde
que observados os critérios de conveniência e oportunidade.
II. Uma das propriedades do imposto é que em qualquer circunstância a sua
incidência é plurifásica. Por exemplo, em se tratando de mercadorias, a
incidência do imposto ocorre em todas as fases de circulação da mercadoria.
III. É inconstitucional a criação de norma unilateralmente por ente federado que
estabeleça tributação diferenciada de mercadorias provenientes de outros
estados da Federação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) Apenas I e III.

(CS UFG /Proc. Leg. (ALMT)/2015-Adaptada)


Proposta legislativa de alteração da legislação tributária em matéria do
Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve observar a
seguinte norma constitucional:
a) a iniciativa é privativa do Chefe do Poder Executivo estadual, na medida em
que poderá representar decréscimo na arrecadação tributária estadual e, por
conseguinte, desequilíbrio fiscal.
b) a veiculação de incentivo de ICMS prescinde de autorização do Conselho
Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) quando concedido com vistas ao
desenvolvimento regional, objetivo da República Federativa do Brasil.
c) a fixação da data de pagamento do ICMS deve constar necessariamente do
projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa, na medida em que vinculada ao

d) A concessão de uma isenção do ICMS representará, como regra, óbice ao


crédito de ICMS decorrente da aplicação do princípio constitucional da não
cumulatividade, relativamente às operações anteriores, inclusive no tocante às
matérias-primas utilizadas na industrialização das mercadorias cuja venda
esteja beneficiada com a isenção.

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(FCC /Consultoria Legislativa/2014)


Dias após a promulgação e publicação de Emenda Constitucional ampliando a
possibilidade de cobrança do ICMS para alcançar situações de fato
anteriormente não previstas, a Assembleia Legislativa do Estado recebe
proposição oriunda do Poder Executivo Estadual para a edição de lei que altere
a Lei do ICMS local para definir o novo fato gerador bem como os demais
elementos da respectiva hipótese de incidência tributária. Essa proposição é
aprovada, e após sancionada e publicada pelo Governador do Estado. A nova lei
é
a) constitucional, pois com a nova Emenda Constitucional ampliando a
competência tributária do Estado em matéria de ICMS, este tem o dever de
instituir a cobrança do ICMS, sob pena de caracterizar-se um benefício fiscal
irregular.
b) constitucional, pois desde que exista a competência tributária definida na
Constituição Federal em matéria de ICMS, o Estado detém a competência para
decidir, mediante lei, se irá ou não promover a cobrança do imposto estadual.
c) inconstitucional, pois no regime do ICMS é necessária a prévia edição da Lei
Complementar para disciplinar os aspectos gerais de cunho nacional do imposto
para, só então, editarem os Estados as leis correspondentes.
d) constitucional, pois na ausência de normas gerais relativas ao ICMS cabe a
competência legislativa plena aos Estados.
e) inconstitucional, pois para o estabelecimento de novas regras do ICMS que
possam trazer efeitos às demais Unidades da Federação é necessária a
celebração de convênio para evitar-se o conflito federativo.

(FGV ALERJ /2017)


Em matéria de “guerra fiscal”, é correto afirmar que:
a) é constitucional lei específica que outorga isenção heterônoma;
b) é inconstitucional lei específica que outorga remissão ou anistia em caráter
geral, mesmo calcada em Convênio Interestadual;
c) é limitado pela Constituição o poder de exoneração fiscal do Estado-Membro
e do Distrito Federal, quando exige Convênio Intergovernamental para tanto;
d) é constitucional lei específica que outorga anistia de multa e juros, mas
exige integralmente o tributo;
e) é constitucional legislação tributária que outorga isenção na venda de
aparelhos para portadores de deficiência auditiva, visual e mental.
"Guerra Fiscal" = Guerra fiscal é a disputa, entre cidades e estados, para ver
quem oferece melhores incentivos para que as empresas se instalem em seus
territórios.

(CESPE/TCE-PA/2016)

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No que concerne ao ICMS e às disposições constitucionais pertinentes à


concessão de exonerações fiscais, julgue o item subsecutivo.
A concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais pelos estados depende
de prévia aprovação de convênio interestadual, o que abrange a concessão de
diferimento no pagamento de débitos de imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e prestação de serviço de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que inexista redução do valor devido

(FGV/ SEFAZ-RJ /2010)


A alíquota do ICMS, aplicável nas operações ou prestações internas, pode ser
de 5% (cinco por cento), se prevista:
a) em resolução do Senado Federal.
b) em convênio interestadual.
c) na lei estadual.
d) na Constituição Federal.
e) na Constituição Estadual.

(CESPE PGE-BA - Procurador do Estado da Bahia –


Adaptada)
A respeito da concessão, pelos entes da Federação, de benefício fiscal em
relação ao ICMS, julgue os itens subsecutivos em Verdadeiro (V) ou Falso (F):
Não há obrigatoriedade de a concessão de benefícios fiscais ser feita por lei
complementar estadual.
Consideram-se benefícios fiscais as imunidades previstas na CF.
De acordo com a CF, cabe a lei complementar regular a forma como, mediante
deliberação dos estados e do DF, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados.
Sendo o ICMS um tributo estadual, a concessão de benefícios fiscais a ele
relacionada deve ser feita por meio de atos administrativos normativos, como
decretos.
Por ser um tributo de importância nacional, o ICMS só pode ser concedido pelos
entes da Federação mediante autorização do Senado Federal, ao qual cabe,
inclusive, prescrever suas alíquotas em determinados casos.
Agora assinale a sequência correta.
a) V-F-V-F-F;
b) V-F-V-V-F;
c) V-F-V-V-V;
d) F-F-V-F-F;
e) F-F-V-F-V;

(FUNCAB/ISS-SALVADOR/2014).

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Sujeita-se à incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza -


ISS:
a) a execução de quaisquer serviços de reparação, conservação e reforma de
edifícios, com o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos
serviços, fora do local da prestação dos serviços.
b) a organização de festas e recepções com o fornecimento de alimentação e
bebidas.
c) a prestação de serviço de hospedagem de qualquer natureza em hotéis,
apart-service condominiais, flat, apart-hotel, hotéis residência, residence-
service, suite Service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres;
ocupação por temporada com fornecimento de serviço.
d) a prestação de serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres
em competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, desde que tenha
a participação de espectadores.
e) a prestação de serviço de hospedagem em hotéis e a alimentação fornecida
em razão dessa hospedagem, ainda quando não incluída no preço da diária.

(FCC/AFRE-RO/2010)
Sobre a disposição constitucional do ICMS, é INCORRETO afirmar que
a) incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto,
qualquer que seja a sua finalidade.
b) será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou Distrito Federal.
c) não incide sobre operações que destinem mercadorias para o exterior e sobre
serviços prestados a destinatários no exterior.
d) poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos
serviços.
e) incide sobre operações que destinem a outros estados petróleo e energia
elétrica.

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12- Gabarito

E ............ E ........... B
E ERRADO ........... C
A ............ A ........... D
B ERRADO ........... C
C ........... E. ........... C
D ............ B ERRADO
B ........... D ........... B
C ............ C ........... C
A ............ A ........... C
........... D ............ C ........... E
........... A ........... D
........... B ............ E
........... B ............ C
............C ............ B

13- Referencial Bibliográfico


Fonte: ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado. 8. ed. São
Paulo: Método, 2014
Fonte: BORBA, Cláudio. Direito Tributário. 26 ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER,
2014.
Código Tributário Nacional – CTN. Disponível em:
http://www.presidencia.gov.br/legislacao.
Fonte: NACIONAL. Constituição da República Federativa do Brasil -
CRFB/88.
Disponível em: http://www.presidencia.gov.br/legislacao.
Fonte: NACIONAL. Lei Complementar nº 87/96. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm.

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