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Aula 00
Curso: Auditoria Tributária – EFD e NFe – ICMS
SC
Professor: Leonardo Coelho
Opa, pessoas!
Bora dar início a mais um curso de altíssima qualidade aqui no
Exponencial!
Este é um curso pós-edital, com foco total na banca FCC que está
organizando o certame da Secretaria de Fazenda do Estado de Santa
Catarina (ICMS SC).
Vamos a uma breve apresentação sobre mim e partimos para o que
interessa!

Meu nome é Leonardo Coelho, sou Auditor Fiscal da Receita Estadual


do Rio de Janeiro, aprovado em 4º lugar no difícil certame de 2013, no qual
7.700 candidatos disputaram 50 vagas e apenas 24 foram aprovados!
Estudei freneticamente por 14 meses e fui aprovado em 12 concursos
diferentes em 2013, dentre eles:
 9º lugar: AFRE – SEFAZ/ES
 4º lugar: APO – SEPLAG/RJ
 1º lugar: Oficial de Fazenda – SEFAZ/RJ
 1º lugar: Temporário ANS TI
 6º lugar: Analista de Negócios – SERPRO
Meu objetivo sempre foi o concurso de Auditor Fiscal do Rio de Janeiro,
mas usei como tática motivacional estudar para outros concursos um pouco
similares. Nestes 14 meses de estudo fiz 18 provas diferentes, incluindo 3 fiscos
estaduais (fui aprovado em dois deles!).
Foi um período bem interessante de minha vida, bastante edificante, ainda
que muito sofrido. E, sem dúvida, o apoio de minha esposa foi fundamental para
conseguir aguentar uma carga tão pesada, pois estudava todos os dias, sem
parar, durante uma média de quase 7 horas diárias, além de ainda trabalhar
dando aulas para manter a renda da família.
Se você quiser conhecer com mais detalhes a minha trajetória, eu fiz um
depoimento bem esmiuçado no site do Exponencial Concursos
(https://www.exponencialconcursos.com.br/depoimento-leonardo-coelho). Lá
você poderá ver um quadro esquemático de horas de estudo, a classificação de
matérias e como organizar-se na hora de estudar, além de diversas dicas de
materiais e técnicas para estudar com mais eficiência.
Eu tive uma vantagem boa na hora de estudar para concursos: dava aulas
em faculdades de Engenharia fazia um bom tempo e sempre fui um entusiasta
do aprendizado sobre o aprendizado. Isto envolve técnicas de estudo, maneiras
de assimilar ou até mesmo decorar as coisas que é preciso aprender. E isto me
foi fundamental para organizar a maneira de estudar eficientemente para

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concursos. Boa parte destas técnicas são usadas por mim e nossa equipe nos
serviços de coaching/mentoria e nos materiais do Exponencial Concursos. Se
quiser mais detalhes sobre isto, visite nosso site ou fale diretamente comigo no
Facebook (https://www.facebook.com/leonardo.coelho.souza).
Em termos de formação, sou Engenheiro de Computação (IME 2003), pós
graduado em Gestão de Negócios (IBMEC 2007). Em termos profissionais:
trabalhei por 10 anos na iniciativa privada antes de entrar para o mundo dos
concursos. Trabalhei como programador, gestor de projetos, consultor e
professor. E fui sócio de 4 diferentes empresas de Tecnologia da Informação.
Na SEFAZ-RJ atuo na chamada ‘ponta’, ou seja, na linha de frente da
fiscalização. Desde que entrei na Secretaria de Fazenda do Rio de Janeiro,
trabalho na Inspetoria de Petróleo e Combustíveis, a área mais significativa para
o Estado em termos de arrecadação e resultados. Atualmente, sou responsável
pelo desenvolvimento de malhas fiscais para a inspetoria em que me encontro,
cruzando dados da base de dados para analisar possíveis fraudes e/ou erros nos
dados apresentados pelos contribuintes. Desenvolvo ainda um sistema
computacional para análise fiscal, permitindo aos Auditores Fiscais fazerem
cruzamento e analisarem os dados de seus contribuintes. E ainda sou Instrutor
da Escola Fazendária do Estado do RJ, responsável por cursos voltados para a
prática fiscal, sobretudo no que tange à manipulação de dados e arquivos
digitais.

Então vamos lá. Seguindo a didática do Exponencial Concursos, temos a


missão de oferecer para vocês este curso de Auditoria Tributária – EFD e
NFe para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa
Catarina contando com uma didática diferenciada, com muitos esquemas e
dicas de estudo.
Este é um curso PÓS-EDITAL focado no edital publicado. Material
focadão, atualizado e super objetivo, combinado? E se você comprou este curso
antes do edital, fique atento à validade do mesmo que você provavelmente tem
direito à sua atualização logo após o edital ter sido publicado, ok? Na dúvida,
pode entrar em contato direto comigo:
https://www.exponencialconcursos.com.br/site-do-professor/?aid=1
O curso será de Teoria e Questões comentadas. Vale repetir: serei o
mais objetivo possível, trazendo os assuntos devidamente esquematizados,
direto ao ponto. Não deixarei de tocar em nenhum assunto importante de
nossa matéria, porém vou focar no que considero mais relevante, levando em
conta a característica da banca examinadora e a ocorrência temática das
questões nos últimos certames.
Vamos lá, estou com você! Qualquer dúvida, estarei à disposição no
Fórum tira-dúvidas de nosso site.

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Leia cada tópico com bastante atenção, principalmente os temas que
forem ressaltados nos esquemas. Faça os exercícios! Qualquer dúvida, estou à
disposição para ajudar.

Sobre o Edital

O edital publicado é bastante complexo. Por isto, dividimos nosso curso de


forma a focar num subconjunto de assuntos bem específicos e presentes no
edital de 2 das áreas do edital, veja a seguir:
Cargo A01 – Auditoria Tributária:
 Auditoria na EFD – Escrita Fiscal Digital e Nota Fiscal Eletrônica -
NFe. Testes de Auditoria nos Registros da NFe e nos Registros de
Entradas, Saídas, Inventário, Apuração do ICMS, da Produção e do
Estoque e do documento Controle de Crédito de ICMS do Ativo
Permanente - CIAP, modelos “C” ou “D” (Ajuste SINIEF 02/10).
Identificação das principais divergências fiscais, utilizando
conhecimento em Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados
(SGBD) e nos layouts da EFD e da NFe: Crédito de ICMS sobre
aquisições para uso e consumo, ativo imobilizado ou submetidas a
saídas isentas e não tributadas. Crédito de ICMS em valor superior
ao permitido pela legislação tributária. Verificação da alíquota ou
base de cálculo utilizada pelo contribuinte com aquelas previstas na
legislação tributária. Cotejamento do ICMS devido nas operações
submetidas à substituição tributária e o declarado no documento
fiscal. Auditoria em operações de importação1. Do Controle e
Fiscalização do Imposto: Arts. 47 a 49-A da Lei Estadual nº
10.297/1996. Das Infrações em Geral: arts. 51 a 97 da Lei Estadual
nº 10.297/1996. Lei Complementar nº 105/01: sigilo das operações
de instituições financeiras e dá outras providências.
Cargo A01 – Tecnologia da Informação aplicada à Auditoria Tributária:
 Conhecimento básico da estrutura da EFD ICMS/IPI (Guia Prático
EFD ICMS IPI – v. 2.0.22) e do arquivo XML da NF-e (Manual de
Orientação do Contribuinte – NFe – Versão 6.0). Noções de
relacionamento entre registros da EFD ICMS/IPI e da NFe: EFD
REGISTROs 0000, 0150, 0200, 0220, C100, C170, C176, C195,
C197, C400, C405, C420, C425 e registros dos Blocos E e H e Grupos
de informações da NF-e: B, C, D, H, I, M, N e W
Cargo C03 – Legislação Tributária de Santa Catarina II:

1
O tema Auditoria em operações de importação será tratado de forma superficial neste curso, sendo
coberto em outro curso disponível em nosso site:
https://www.exponencialconcursos.com.br/produto/auditoria-icms-sc-com-videoaulas/

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 Manual de Orientação do Contribuinte – NFe – Versão 6.0. Guia
Prático EFD ICMS IPI – v. 2.0.22
A organização de nosso curso não segue a ordem proposta pelo edital por
questões didáticas.
Nosso curso aborda ambos os cargos e será apontado quando algo
disser respeito a apenas um dos cargos, para que se oriente claramente
nos estudos.
Vale destacar que esta matéria é quase toda uma inovação no mundo dos
concursos. Não temos histórico de questões e iremos elaborar algumas
inéditas, mas traremos, sobretudo, muitos casos práticos e cenários para que
compreenda bem o assunto e consiga extrapolar o conhecimento adquirido para
lidar com possíveis surpresas da banca.

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Aula Conteúdo
00 Documentos Digitais - Nota Fiscal Eletrônica - Manual de Orientação
do Contribuinte – NFe – Versão 6.0.
01 Documentos Digitais - Nota Fiscal Eletrônica - Manual de Orientação
do Contribuinte – NFe – Versão 6.0. Grupos de informações da NF-
e: B, C, D, H, I, M, N e W. Testes de Auditoria nos Registros da NFe
02 Do Controle e Fiscalização do Imposto: Arts. 47 a 49-A da Lei
Estadual nº 10.297/1996
03 Estrutura do EFD - Guia Prático EFD ICMS IPI – v. 2.0.22. Registros
da EFD (Blocos 0, C, E, G, H)
04 Lei Complementar nº 105/01: sigilo das operações de instituições
financeiras e dá outras providências
05 Noções de relacionamento entre registros da EFD ICMS/IPI e da
NFe: EFD REGISTROs 0000, 0150, 0200, 0220, C100, C170, C176,
C195, C197, C400, C405, C420, C425 e registros dos Blocos E e H
e Grupos de informações da NF-e. Testes de Auditoria nos Registros
da NFe e nos Registros de Entradas, Saídas, Inventário, Apuração
do ICMS, da Produção e do Estoque e do documento Controle de
Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP, modelos “C” ou “D”
(Ajuste SINIEF 02/10). Identificação das principais divergências
fiscais, utilizando conhecimento em Sistemas Gerenciadores de
Banco de Dados (SGBD) e nos layouts da EFD e da NFe: Crédito de
ICMS sobre aquisições para uso e consumo, ativo imobilizado ou
submetidas a saídas isentas e não tributadas. Crédito de ICMS em
valor superior ao permitido pela legislação tributária. Verificação da
alíquota ou base de cálculo utilizada pelo contribuinte com aquelas
previstas na legislação tributária. Cotejamento do ICMS devido nas
operações submetidas à substituição tributária e o declarado no
documento fiscal.

*Confira o cronograma de disponibilização das aulas no site do


Exponencial, na página do curso.
Estão prontos? Bora então!!!
Abraços,
Leonardo Coelho e Raphael Senra

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Aula 00 – Documentos Digitais - Nota Fiscal Eletrônica - Manual de
Orientação do Contribuinte – NFe – Versão 6.0.

Sumário
1. INTRODUÇÃO – ARQUIVOS DIGITAIS ......................................... 9
1.1. Conceitos / Histórico .......................................................................................................... 9
1.2. O Projeto da NF-e ............................................................................................................. 10
1.3. Objetivos da NF-e ............................................................................................................. 11
1.4. Documentos Digitais/ Documentos Eletrônicos .............................................................. 12
1.4.1. Modelo Operacional .................................................................................................... 13
1.5. Modelo Operacional......................................................................................................... 13
1.6. DANFE............................................................................................................................... 15
1.7. Eventos ............................................................................................................................. 16
1.8. Arquivos XML ................................................................................................................... 17
2. ARQUITETURA DE COMUNICAÇÃO ............................................. 21
2.1. WebServices - Conceitos ....................................................................................................... 22
2.2. Processo de Comunicação..................................................................................................... 23
2.3. Padrão de Comunicação........................................................................................................ 25
2.4. Certificado e Assinatura Digitais ........................................................................................... 27
2.5. SEFAZ Virtual ......................................................................................................................... 30
3. WEBSERVICES ........................................................................... 31
4. EVENTOS DE MANIFESTAÇÃO DO DESTINATÁRIO ..................... 36
4.1. Confirmação da Operação................................................................................................ 36
4.2. Desconhecimento da Operação ....................................................................................... 37
4.3. Operação não Realizada ................................................................................................... 38
4.4. Ciência da Emissão ........................................................................................................... 39
4.5. Mudança da Manifestação do Destinatário ..................................................................... 40
4.6. Obrigatoriedade da Manifestação do Destinatário ......................................................... 40
5. QUESTÕES COMENTADAS .......................................................... 41
6. LISTA DE EXERCÍCIOS ............................................................... 61
7. GABARITO ................................................................................. 72

Índice de Esquematizações

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Esquema 1. Sobre o SPED 10
Esquema 2. Modelo 55 11
Esquema 3. Validade Jurídica da NF-e 12
Esquema 4. Assinatura Digital 12
Esquema 5. Autorização de Uso 13
Esquema 6. Conceito de Assinatura Digital 13
Esquema 7. Modelo Operacional 14
Esquema 8. Quem mais recebe a NF-e 15
Esquema 9. DANFE 16
Esquema 10. Evento 16
Esquema 11. Arquivos XML 18
Esquema 12. Serviços Web 22
Esquema 13. Serviços Síncronos e Assíncronos 24
Esquema 14. Serviços Síncrono e Assíncronos (MOC 6.0) 24
Esquema 15. Serviço de Implementação Síncrona 25
Esquema 16. Serviço de Implementação Assíncrona 25
Esquema 17. Padrão de Comunicação do WebService 26
Esquema 18. Sobre a Assinatura Digital do Sistema Nota Fiscal 29
Esquema 19. Validação da Assinatura Digital 30
Esquema 20. Colunas do Layout 33
Esquema 21. Respostas da Emissão de NF-e 34
Esquema 22. Lista de WebServices 35
Esquema 23. Cenário #1 – Confirmação da Operação 36
Esquema 24. Cenário #2 - Desconhecimento de Operação 38
Esquema 25. Devolução vs. Recusa 39
Esquema 26. Mudança da Manifestação 40
Esquema 27. CT-e Autorizado 58
Esquema 28. Registro de Passagem 58

Opa, pessoas!
Nesta aula faremos um apanhado histórico breve para que compreenda a
evolução do processo de fiscalização tributária no Brasil e entraremos nos
detalhes iniciais do Layout da Nota Fiscal Eletrônica, versão 4.0!
Bora gabaritar esta prova!
Abraços,
Leonardo Coelho

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1. INTRODUÇÃO – ARQUIVOS DIGITAIS

1.1. Conceitos / Histórico

Os diversos esforços governamentais para melhoria da máquina pública


trazidas com o Gerencialismo e a Nova Administração Pública trouxeram
reflexos em diversas áreas e a fiscalização tributária não ficou imune a esta
onda de mudanças.
Desde muito antes dos anos 2000 já ocorriam movimentos para a
integração das informações entre as diversas Secretarias de Fazenda do Brasil,
buscando-se trabalhos conjuntos e a correlação de dados. No entanto, o
trabalho com livros físicos, em papel, dificultava enormemente esta empreitada.
A bem da verdade, fiscalizar arquivos em papel é um trabalho árduo e, em
muitos casos, equivale a buscar uma agulha em um imenso palheiro. Imagine
você que grandes empresas tinham anualmente livros fiscais de milhares e
milhares de páginas, com letras pequenas e espaçamento pequeno, listando
centenas de milhares (e até milhões!) de operações que ocorrem no seu dia a
dia. O trabalho do auditor era basicamente escolher onde ele gastaria seu tempo
e, com muito afinco, buscar identificar possíveis erros ou fraudes. Afinal, era
impossível ver tudo.
Na prática, os Auditores Fiscais mais experientes conheciam potenciais
problemas e iam direto neles, correlacionando dados totalizadores e buscando
informações de operações pontuais. E no final das contas, infelizmente, muitos
detalhes ficavam de lado e, arrisco dizer2, muito se perdia por não ser
humanamente possível lidar com tantas informações desta maneira.
Estes esforços de melhoria da máquina pública e aprimoramento das
tecnologias levaram a um movimento nacional integrando as Secretarias de
Fazenda dos Estados e a Secretaria da Receita Federal do Brasil que culminaram
em diversos acordos para formalizar a transição destes arquivos físicos para os
chamados arquivos digitais, formando o chamado Sistema Público de
Escrituração Fiscal (SPED), incluindo a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e a
Escrituração Fiscal Digital (EFD), dentre diversos outros, como o Conhecimento
Eletrônico de Transporte (CT-e), a Escrituração Contábil Digital (ECD), a
Escrituração Contábil Fiscal (ECF), a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-
e), dentro outros. Se quiser ter uma visão geral disto, passe rapidamente pelo
site do SPED que contém diversas informações úteis: http://sped.rfb.gov.br
No nosso curso, vamos nos concentrar no que será cobrado em sua prova:
NF-e e EFD.

2
‘Arrisco dizer’ pois é um relato que tenho da experiência de colegas, pois tive a sorte de ser aprovado já na
transição deste modelo. Tive a felicidade de fiscalizar apenas 5 empresas que ainda possuíam livros físicos,
todo o resto já trabalhei com arquivos digitais!

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O SPED foi instituído pelo Decreto 6.022/2007, como parte do Programa
de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010). É um
avanço significativo na informatização do governo (e-governo) e uma melhoria
clara da relação fisco-contribuinte.
Na prática, tudo que falaremos no curso diz respeito a obrigações
acessórias. São informações que os contribuintes devem prestar ao fisco para
que ele acompanhe suas operações e lhe permita fiscalizar as empresas de
maneira bem mais abrangente.
Podemos destacar alguns dados interessantes deste processo, veja o
esquema:

Iniciou com 3 projetos: ECD, EFD, NF-e Nacional

Integra as administrações tributárias federal, estaduais e


municipais

Estabelece uma relação de transparência na relação fisco-


contribuintes

Esquema 1. Sobre o SPED

1.2. O Projeto da NF-e

O Protocolo ENAT 03/2005 atribui ao Encontro Nacional de


Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (ENCAT) a
coordenação e a responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação
do Projeto NF-e. Desde este protocolo, representantes das diversas
Secretarias de Fazenda dos Estados e da RFB se reúnem regularmente para
deliberar sobre o projeto.

Guarde este nome do grupo de trabalho da


NF-e: ENCAT, pois é algo que uma questão teórica pode perguntar na sua
prova.
A instituição da NF-e veio por meio do Ajuste SINIEF 07/05, firmado entre
os Estados, DF e União. Ele tem legislação complementar no Ato COTEPE 72/05.
Daí a pergunta, isto cai em prova? Diretamente não, pois não foram citados no
edital, mas eles se refletem muito fortemente nas legislações tributárias dos
Estados, então, mesmo sem saber, você vai acabar estudando-os.

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1.3. Objetivos da NF-e

O Projeto da NF-e tem foco nacional, ou seja, abrange todo o Brasil. Seu
intuito foi substituir o documento fiscal em papel de modelos 1 e 1A pelo modelo
55.

Todo documento fiscal no Brasil possui um


código de modelo. A NF-e é o modelo 55. O CT-e é o modelo 57. A NFC-e é o
modelo 653. Não precisa decorar estes vários modelos, apenas tome nota que
a NF-e é o 55. Ah, e o EFD nesta história? Ele não é um documento fiscal, mas
sim a escrituração fiscal da empresa. Não entendeu? Não se preocupe ainda,
vai ficar claro adiante.

Substituiu os Substitui o Modelo 4


NF-e - Modelo 55 Modelos 1 e 1A (Nota Fiscal do
(papel) Produtor Rural)

Esquema 2. Modelo 55

O processo de implantação da NF-e findou em 2010 e o projeto de sua


implantação foi finalizado. Hoje temos um Sistema Nacional do Documento
Fiscal Eletrônico, compartilhado entre as unidades da Federação e a RFB. Este
Sistema é constantemente atualizado e em agosto de 2018 tivemos o início da
versão 4.0 da NF-e, trazendo algumas mudanças em sua estrutura. Nosso curso
já vai estudar este modelo, presente no Manual do Contribuinte (MOC) versão
6.0.

Agora uma pegadinha, que pode ser cobrada


em sua prova. O mesmo modelo da NF-e passou a servir para a NFC-e, a
Nota Fiscal Eletrônica de Venda a Consumidor Final e, com isto, substitui o
Modelo 2 e os cupons fiscais. Mas isto fica a critério de cada Unidade
Federada. No nosso caso, Santa Catarina optou por não embarcar no uso
da NFC-e e mantém-se utilizando o chamado PAF-ECF. Vamos ver mais
detalhes4 disto no curso, apenas tome nota do que destaquei até este ponto,
pois apenas MG e SC são exceções a este caso e é algo razoável de ser cobrado
em sua prova.

3
Substituiu o modelo 2 (Nota fiscal ao consumidor)
4
Explicarei isto um pouco melhor, mas lembro que o edital cita claramente a NF-e, ignorando a NFC-e.
Faremos questão de distingui-los para que consiga compreender quaisquer nuances em sua prova.

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1.4. Documentos Digitais/ Documentos Eletrônicos

Quando falamos de documentos eletrônicos, estamos falando de


documentos que existem eminentemente no mundo virtual, sem qualquer
existência física. Isto mesmo, pessoal: o DOCUMENTO É SOMENTE DIGITAL.
Mas claro, ele é armazenado em meio eletrônico (em algum servidor) e precisa
ter uma validade jurídica, assegurada da seguinte forma para o caso da NF-e:

Validade
Assinatura
Autorização Jurídica do
Digital do
de Uso Documento
Emitente
Digital (NF-e)

Esquema 3. Validade Jurídica da NF-e

Vamos ver o que significa cada uma destas coisas:

Autenticidade

• O contribuinte utiliza um certificado digital único concedido a ele


• Entidades certificadoras são limitadas. Exemplo: Certisign

Integridade

• A assinatura digital está vinculada ao documento eletrônico


• Se o documento for alterado, será possível notar a alteração por
meio da assinatura

Não-repúdio

• O signatário não consegue dizer que não foi ele quem assinou, pois
só ele pode ter assinado o documento

Esquema 4. Assinatura Digital

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Autorização de Uso

• Resposta eletrônica dos sistemas da Secretaria de Fazenda


autorizando o uso do documento eletrônico
• Secretaria de Fazenda faz uma pré-validação do arquivo digital e
devolve um protocolo de recebimento, que é a Autorização de Uso

Esquema 5. Autorização de Uso

A Autorização de Uso é fornecida pela administração tributária do domicílio


do contribuinte.
No caso da NF-e, o intuito é documentar uma operação de circulação de
mercadorias ou prestação de serviços no campo de incidência do ICMS.

1.4.1. Modelo Operacional

Para não deixar passa o assunto, incluo aqui uma contribuição importante
do nosso Professor de TI, Ramon Souza.
A assinatura digital permite comprovar a autenticidade e a
integridade de uma informação, ou seja, que ela foi realmente gerada por
quem diz ter feito isto e que ela não foi alterada.
A assinatura digital baseia-se no fato de que apenas o dono
conhece a chave privada e que, se ela foi usada para codificar uma
informação, então apenas seu dono poderia ter feito isto. A verificação da
assinatura é feita com o uso da chave pública, pois se o texto foi codificado com
a chave privada, somente a chave pública correspondente pode decodificá-lo.

Permite comprovar
a autenticidade e a
integridade
Assinatura
Digital
Codificação do
texto com a chave
privada

Esquema 6. Conceito de Assinatura Digital

1.5. Modelo Operacional

O MOC 6.0 traz uma série de detalhamentos de como o processo de


emissão, recepção e tratamento dos documentos fiscais digitais ocorre. Isto

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inclui uma parte bem extensa do documento que trata do formato de como as
empresas de TI devem implementar seus sistemas para se comunicar com os
servidores das Secretarias de Fazenda. Ao longo do curso, veremos a ideia geral
de como isto ocorre e ficará mais claro como é o procedimento, mas não
entraremos nas minúcias do protocolo de comunicação em si. Além de ser super
específico para quem desenvolve sistemas para lidar com o tema, não é algo
que efetivamente um Auditor Fiscal deva saber (eu mesmo gastei muito pouco
do meu tempo lendo esta parte para realizar meu trabalho na SEFAZ RJ).
Dito isto, vamos entender o modelo de forma geral, o que é mais provável
de aparecer na sua prova.

•Gera arquivo
eletrônico
•contém as Secretaria de
•Disponibiliza NF-e
informações fiscais Fazenda para consulta
da operação
comercial •Verifica a •é preciso conhecer
•assinado integridade formal a Chave de Acesso
digitalmente do arquivo do documento
•Devolve protocolo eletrônico
•Envia arquivo para
a Secretaria de de recebimento
Fazenda por meio •Autorização de Secretaria de
da Internet Uso Fazenda
Empresa
Emissora da NF-e

Esquema 7. Modelo Operacional

Apenas complementando o esquema acima:


 A Secretaria de Fazenda é aquela da jurisdição do contribuinte
emitente do documento fiscal
 Não pode haver trânsito da mercadoria sem a ‘Autorização de Uso’,
a menos de casos previstos da legislação para quando há problemas
técnicos na comunicação do contribuinte com a Receita
 Após a Autorização de Uso, o documento fiscal passa a se chamar
Nota Fiscal Eletrônica
 Veremos adiante o conceito de Chave de Acesso

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Após o processo que vimos acima, o arquivo da NF-e ainda deve ser
transmitido para:

Quem mais recebe a NF-e


• Receita Federal
• Operação Interestadual
• Secretaria de Fazenda Estadual de destino da operação
• Se aplicável
• Órgãos da Adm. Pública Federal Direta e Indireta com atribuição de regulação,
normatização, controle e fiscalização
• Ex: SUFRAMA
Esquema 8. Quem mais recebe a NF-e

A Receita Federal é o repositório nacional


de todas as NF-e emitidas com o modelo 55. Ou seja, a RFB tem a base
completa das NF-e modelo 55, cada Estado terá apenas aquelas i) emitidas
POR seus contribuintes, ii) emitidas PARA seus contribuintes.

1.6. DANFE

DANFE significa Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica. Imagine o


caso concreto: você comprou sua TV nas Casas Bahia. Assim que você pagou,
foi emitida uma nota fiscal eletrônica que já foi enviada para o seu e-mail. Mas
ainda temos uma parte física, afinal, a TV precisa chegar em sua casa. Mas para
isto, ela vai ser enviada, provavelmente, por meio de um caminhão. E o
caminhoneiro vai sair por aí com sua TV, certo? Pronto, para que este
deslocamento dele seja feito de forma regular, ele precisa levar consigo um
comprovante de que o transporte que está sendo feito tem um motivo, i.e., a
entrega de sua TV. O DANFE, portanto, irá acompanhar o trânsito da mercadoria
e se o caminhão for parado em algum posto fiscal ele estará em condições de
comprovar que a operação é legal.
Alguns dados sobre o DANFE:

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DANFE
Representação
gráfica
simplificada da
NFe

Impresso em
papel comum, em
única via

Não é nota fiscal,


nem a substitui

Permite consultar
a NF-e (contém a
chave de acesso)

Esquema 9. DANFE

O DANFE deve conter obrigatoriamente e em


destaque:
 Chave de Acesso da NFe
 Protocolo de Autorização de Uso

1.7. Eventos

Veremos mais detalhes sobre Eventos adiante no curso, mas neste


momento, vale introduzirmos o conceito:

Registro de Ação Ocorre após a


Evento ou Situação
relacionada à NFe
autorização de
Uso

Esquema 10. Evento

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Mas temos uma exceção: o EPEC é um evento prévio da NF-e. È um
evento disparado para registro do Evento Prévio de Emissão em Contingência.
Veremos este assunto mais tarde e ficará mais claro para você, apenas tome
nota desta exceção.
Eventos são muito importantes para compreendermos o que aconteceu ao
longo da vida de uma NF-e, como o Registro de Passagem Eletrônico, a
Confirmação de Recebimento, o Cancelamento da NF-e, entre outros que
estudaremos.

1.8. Arquivos XML

Pois é, no novo cenário da Auditoria Fiscal, os profissionais da área


precisam ter bons conhecimentos de Tecnologia e versar sobre alguns assuntos.
É claro que você não precisa ser um hacker de informática para exercer bem
seu trabalho, mas se não tiver uma base sólida sobre certos conhecimentos,
terá muita dificuldade de evoluir na carreira como ela está se construindo hoje
em dia.
Para quem é da área de TI, falar de arquivos XML é algo trivial já há
algumas décadas. XML se entende por Extensible Markup Language, ou seja,
uma linguagem de marcação extensível. O XML é um primo do HTML, outra
linguagem de marcação, muito comum na internet (todo site que você visita na
internet tem código HTML). O XML tem a característica de permitir descrever
diversos tipos de dados em sua estrutura. Seu uso é eminentemente para
compartilhar informações pela rede e entre sistemas.
Vejamos algumas características do XML:

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• Tanto por máquinas quanto por seres humanos
Simplicidade
e Legibilidade

• Podem ser criados novas tags sem limitações


Layout • Permite abrangência de casos diversos
flexível

• O modelo pode ser validado para termos uma estrutura sólida


• DTDs são arquivos de validação
Arquivos de
Validação • Document Type Definition

• Possibilidade de criar a chamada interoperabilidade entre


Interligação sistemas distintos
de Sistemas

Esquema 11. Arquivos XML

Vamos explicar um pouco melhor o esquema acima, incluindo alguns


exemplos bem basicões antes de vermos o XML da NF-e propriamente dita.
Veja o exemplo abaixo, de um catálogo de CD (Créditos W3Schools):

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Note que temos uma estrutura bem clara, com um elemento ‘pai’ chamado
CATALOG que possui diversos filhos chamados CD. Cada CD possui alguns
elementos chamados TITLE, ARTIST, COUNTRY, COMPANY, PRICE, YEAR. Com

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isto, note que temos uma estrutura que congrega todas as informações de um
catálogo de CD, de forma simples e facilmente compreensível para um ser
humano e uma máquina.
Repare que podemos criar uma nova Tag (os elementos do XML) chamada
PRIZE onde poderíamos ter a informação de quais prêmios o albúm (CD)
ganhou, como o Grammy e outros. Dei este exemplo para denotar a flexibilidade
de ajustes possíveis do modelo do XML, algo bastante presente no modelo dos
documentos eletrônicos que, vira e mexe, são alterados. Por sinal, as reuniões
do ENCAT costumeiramente versam sobre possíveis demandas de alterações
por parte de alguns estados, no intuito de deliberar sobre este ajuste para
versões futuras do modelo.
Quando a NF-e é enviada para a Secretaria de Fazendo, ela passa por um
processo de validação, podendo ser rejeitada se isto não for cumprido. Imagine
que a NF-e seja enviada pelo contribuinte sem informação do CNPJ do
destinatário. Não faz sentido, certo? Então é preciso validar isto de alguma
forma e rejeitar seu envio e não emitindo a Autorização de Uso daquele
documento fiscal.
E o mais interessante disto é que tendo um modelo estabelecido, com um
layout bem documentado (está lá no MOC 6.0 e vamos estudar parte deste
layout aqui), é possível que desenvolvedores utilizem estas informações para
integrar em seus sistemas.
Há várias empresas de TI no mercado que oferecem sistema para gestão
da parte fiscal das empresas, gerando os documentos fiscais e organizando a
gestão do negócio como um todo. E parte das funções destes sistemas é
justamente pré-validar estes documentos fiscais e então enviá-los para a
Secretaria de Fazenda para ter uma NF-e válida. Já do lado do Fisco, as várias
Secretarias de Fazenda desenvolvem sistemas para utilizar as informações dos
arquivos XML em suas análises e cruzamentos. Eu particularmente, trabalho
diariamente com arquivos XML e o cruzamento deles com outros documentos
fiscais.
E só para reforçar a flexibilidade e facilidade de leitura dos arquivos XML,
veja este exemplo vindo do Wikipedia:

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É um exemplo simples também, do dia a dia, fácil de compreender a ideia
geral aí, que é documentar uma receita, no caso de pão, que é preparada em 5
minutos, com tempo de preparo de 1 hora e contém 4 ingredientes. Conseguiu
acompanhar? Se não, chame lá no fórum do curso (na área do aluno de nosso
site) que lhe dou mais exemplos.
Os arquivos XML podem ser validados. O chamado Schema XML segue uma
linguagem que define o conteúdo do documento XML, descreve seus elementos
e sua organização, incluindo regras de preenchimento dos dados e a
obrigatoriedade de cada elemento ou grupo de informação. Se você entrar no
portal da NF-e (http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/principal.aspx), entre os
documentos disponíveis encontrará os Esquemas XML. Eles são divulgados
sempre que há alguma alteração do modelo, pois as mensagens enviadas e
recebidas entre os contribuintes e o Fisco devem seguir este modelo para que
possam ser executadas a contento. A primeira validação do sistema é
justamente identificar se o XML está coerente com seu esquema, seguindo todas
as regras definidas no MOC. Os Esquemas são arquivos com a extensão .XSD,
você irá conseguir abri-los num editor de texto como o Notepad do Windows,
vale uma olhadinha apenas para ter ideia da sua estrutura.

2. ARQUITETURA DE COMUNICAÇÃO

Este é um tema intrincado, que adentra muito na área de TI e não é citado


de forma evidente no edital. Pode até cair no detalhe, mas seria um exagero
grande da banca, pois dificilmente auditores fiscais irão trabalhar com isto no
detalhe. Vamos abordar o que interessa.
As Secretarias de Fazenda disponibilizam alguns serviços na Web para seus
contribuintes poderem interagir com elas no que tange à NF-e.

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Recepção de Consulta ao Registro de
NF-e em Lote Cadastro Eventos

Consulta ao Consulta do
Processamento Status do
de Lote de NF-e Serviço

Inutilização de Consulta da
numeração de Situação Atual
NF-e da NF-e

Esquema 12. Serviços Web

Cada um destes serviços é oferecido na forma dos chamados WebServices.


Vamos entender este conceito e partimos para mais detalhes.

2.1. WebServices - Conceitos

A ideia do WS é oferecer métodos para serem chamados por outros


programas por meio da Internet, permitindo acessar dados, serviços e processar
informações entre diferentes sistemas, por meio de diferentes protocolos de
comunicação e distintas plataformas e linguagens de programação.
Para quem não é da área, isto pode parecer algo muito simples para existir
uma solução tão mirabolante. Mas não é. Fazer com que sistemas desenvolvidos
por pessoas diferentes conversem entre si não é trivial. E tornar isto um padrão
de comunicação de forma a permitir que um sem-número de sistemas diferentes
possa conversar entre si requer algo bem estruturado, e é justo o que o
WebService propõe.
Os WS abstraem5 a linguagem de programação usada e os protocolos
empregados. E onde entram os arquivos XML nesta história? Por meio deles que
a comunicação ocorre, sendo enviados e recebidos de um lado para o outro para
viabilizar a comunicação entre os sistemas.
Adiante veremos um pouco mais dos serviços e citarei um caso concreto
de XML usado na comunicação, para que consiga compreender de forma mais
prática a situação.

5
O verbo abstrair na computação é usado para indicar que algo é ignorado, torna-se desnecessário, de
forma a criar uma abstração de mais ‘alto nível’ que permite abranger casos mais complexos, ainda que não
se entre em alguns detalhes.

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2.2. Processo de Comunicação

Primeiro, entenda a ideia. Os servidores das Secretarias de Fazenda estão


lá preparados e disponíveis para atender os serviços citados para emissão de
NF-e, registro de eventos e tudo mais. Então, imagine que o cenário é bastante
intenso em termos de processamento de dados, pois há milhões de requisições
diárias destes serviços para que todas as empresas possam ser atendidas a
contento. Por conta disto, inclusive, não é todo Estado que disponibiliza tal
serviço e existem as chamadas SEFAZ Virtual para suprir a demanda de Estados
que não proveem isto aos seus contribuintes.
Por conta disto, os WS respondem apenas após requisição dos programas
dos contribuintes, ou seja, o programa do contribuinte deve iniciar a
comunicação. E havendo qualquer erro na validação dos dados recebidos, o
processo é interrompido e o contribuinte recebe uma mensagem contendo um
código e descrição do erro.
O atendimento da solicitação do contribuinte pode ocorrer na mesma
conexão, como uma resposta (quase) imediata ou ser armazenado numa fila
para ser processado posteriormente. Isto ocorre para evitar momentos de pico
que gerem falha no sistema e possíveis perda de dados. Assim, a estrutura de
TI pode ser melhor adequada para atender a todos sem estourar seus limites
de memória, processamento e armazenamento.
Seguindo esta ideia, portanto, os serviços podem ser:

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Serviços Síncronos Serviços Assíncronos
•Solicitação é atendida na •Solicitação é colocada numa
mesma conexão fila de processamento
•Devolução da mensagem •Resposta da solicitação é um
com o resultado do recibo de recebimento da
processamento do serviço mensagem
solicitado •Aplicativo do contribuinte
deve realizar nova conexão
para consultar o resultado do
processamento do serviço
antes solicitado
•Caso de solicitações de
serviços que exigem
processamento intensos

Esquema 13. Serviços Síncronos e Assíncronos

Abaixo reproduzo 2 esquemas do MOC 6.0 para elucidar melhor o caso:

Esquema 14. Serviços Síncrono e Assíncronos (MOC 6.0)

De forma mais específica, temos ainda 2 esquemas interessantes no MOC


6.0 para elucidar estes serviços:

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Esquema 15. Serviço de Implementação Síncrona

Esquema 16. Serviço de Implementação Assíncrona

Repare que a fila gerada é do tipo FIFO (First in First Out – Primeiro a
Entrar é o Primeiro a Sair), ou seja, os itens serão processados de acordo com
a ordem de chegada.

2.3. Padrão de Comunicação

Aqui entramos num emaranhado de tecniquês, que não acredito seja foco
do examinador, mas não custa citar os pontos mais importantes, né? Vai que...
Não vou entrar nos detalhes do que significa cada coisa, só isto aí valeria
uma aula inteira para que seja feita uma explicação adequada. Para quem é de
TI, é algo simples e do dia a dia. Para quem não é, basta lembrar do que estou
destacando, já deve ser o suficiente para uma questão mais maquiavélica.

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Padrão de
Comunicação
Internet utilizada
do como meio físico
WebService

segurança na comunicação
Uso do protocolo SSL
3.0 ou TSL 1.0 com identificação do servidor e do cliente por
meio de certificados digitais
autenticação mútua não é preciso usuário e senha por conta do
certificado digital

troca de mensagens XML


Troca de comunicação
por meio do padrão
SOAP 1.2

Esquema 17. Padrão de Comunicação do WebService

E vamos ver um exemplo das mensagens trocadas. Abaixo uma mensagem


de requisição SOAP (feita pelo contribuinte):
<?xml version="1.0" encoding="utf-8"?>
<soap12:Envelope xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
xmlns:xsd="http://www.w3.org/2001/XMLSchema"
xmlns:soap12="http://www.w3.org/2003/05/soap-envelope">
<soap12:Header>
<nfeCabecMsg
xmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/sce/wsdl/NfeAutorizacao">
<versaoDados>string</versaoDados>
<cUF>string</cUF>
</nfeCabecMsg>
</soap12:Header>
<soap12:Body>
<nfeDadosMsg
xmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe/wsdl/NfeAutorizacao">
xml</nfeDadosMsg>
</soap12:Body>
</soap12:Envelope>

E uma mensagem de retorno SOAP (feita pela Secretaria de Fazenda):


<soap12:Envelope xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
xmlns:xsd="http://www.w3.org/2001/XMLSchema"
xmlns:soap12="http://www.w3.org/2003/05/soap-envelope">
<soap12:Header>
<nfeCabecMsg
xmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe/wsdl/NfeAutorizacao">
<versaoDados>string</versaoDados>
<cUF>string</cUF>
</nfeCabecMsg>
</soap12:Header>
<soap12:Body>
<nfeAutorizacaoLoteResult
xmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe/wsdl/NfeAutorizacao">

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xml</nfeAutorizacaoResult>
</soap12:Body>
</soap12:Envelope>
<?xml version="1.0" encoding="utf-8"?>

Ah, professor, preciso saber detalhes disto aí? Sinceramente, o edital não
cita o caso e acredito realmente que não vai cair. Só estou citando para que
você compreenda o todo e possamos seguir.

2.4. Certificado e Assinatura Digitais

O Certificado usado no Sistema Nota Fiscal deve ser emitido por


Autoridade Certificadora credenciada pela Infraestrutura de Chaves
Públicas Brasileiras – ICP-Brasil. Deve ser do tipo A1 ou A3 e conter o CNPJ
da Pessoa Jurídica titular do certificado digital.
As mensagens enviadas pelo contribuinte são considerados documentos
eletrônicos no padrão XML e devem ser assinados digitalmente com um
certificado digital que contenha o CNPJ de um dos estabelecimentos da empresa
emissora da NF-e objeto do pedido.
Ainda veremos a estrutura do XML da NF-e, mas é inevitável citar alguns
casos, como faremos agora. A chave de acesso da NF-e irá na TAG
<infNFe> identificada pelo atributo id. O conteúdo deste atributo é um
identificador único (a chave de acesso, que compreenderemos adiante),
precedido do literal ‘NFe’. Veja o trecho abaixo com um exemplo:
<NFe xmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe" >
<infNFe Id="NFe31060243816719000108550000000010001234567897"
versao="1.01">
...
</infNFe>
<Signature xmlns="http://www.w3.org/2000/09/xmldsig#">
<SignedInfo>
<CanonicalizationMethod Algorithm="http://www.w3.org/TR/2001/REC-xml-
c14n-20010315"/>
<SignatureMethod Algorithm="http://www.w3.org/2000/09/xmldsig#rsa-sha1"
/>
<Reference URI="#NFe31060243816719000108550000000010001234567897">
<Transforms>
<Transform Algorithm="http://www.w3.org/2000/09/xmldsig#enveloped-
signature"/>
<Transform Algorithm="http://www.w3.org/TR/2001/REC-xml-c14n-20010315"/>
</Transforms>
<DigestMethod Algorithm="http://www.w3.org/2000/09/xmldsig#sha1"/>
<DigestValue>vFL68WETQ+mvj1aJAMDx+oVi928=</DigestValue>
</Reference>
</SignedInfo>
<SignatureValue>IhXNhbdL1F9UGb2ydVc5v/gTB/y6r0KIFaf5evUi1i
...</SignatureValue>
<KeyInfo>
<X509Data>
<X509Certificate>MIIFazCCBFOgAwIBAgIQaHEfNaxSeOEvZGlVDANB ...
</X509Certificate>
</X509Data>

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</KeyInfo>
</Signature>
</NFe>

Para o povo que vai prestar o cargo C03, vale entender algumas
características da Assinatura Digital:

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Padrão de • “XML Digital Signature”, utilizando o formato
assinatura: “Enveloped” (http://www.w3.org/TR/xmldsig-core/)

• Emitido por AC credenciada no ICP-Brasil


Certificado digital: (http://www.w3.org/2000/09/xmldsig#X509Data)

• EndCertOnly
Cadeia de
• Incluir na assinatura apenas o certificado do usuário
Certificação: final

Tipo do certificado: • A1 ou A3

Tamanho da Chave • Compatível com os certificados A1 e A3


Criptográfica • 1024 bits

Função criptográfica • RSA (http://www.w3.org/2000/09/xmldsig#rsa-sha1


assimétrica:

Função de • SHA-1 (http://www.w3.org/2000/09/xmldsig#sha1)


“message digest”:

• Base64
Codificação: (http://www.w3.org/2000/09/xmldsig#base64)

•Útil para realizar a canonicalização do XML enviado para realizar a


Transformações validação correta da Assinatura Digital.
•Enveloped (http://www.w3.org/2000/09/xmldsig#enveloped-
exigidas: signature)
•C14N (http://www.w3.org/TR/2001/REC-xml-c14n-20010315)

Esquema 18. Sobre a Assinatura Digital do Sistema Nota Fiscal

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E uma vez recebido o documento fiscal, as Secretarias de Fazenda
Estaduais precisarão validar a assinatura dele para confirmar que os dados
procedem, vejamos o processo simplificadamente:

Verificar o prazo de
Extrair a chave pública
validade do certificado
do certificado
aplicado

Garantir que o
certificado utilizado é de Validar o uso da chave
um usuário final e não utilizada (Assinatura
de uma Autoridade Digital)
Certificadora

Esquema 19. Validação da Assinatura Digital

Neste processo, ainda é validado se os certificados não foram revogados.

2.5. SEFAZ Virtual

Quando da implantação do Projeto Nacional da Nota Fiscal Eletrônica,


notou-se que nem todas as Secretarias de Fazenda tinham estrutura de
tecnologia para abarcar o desenvolvimento de tudo que era requerido para o
projeto. Por conta disto, foi definido que as SEFAZ podem optar por não
desenvolver seus sistemas próprios de autorização da emissão da NF-e para os
contribuintes de sua jurisdição, lançando mão, para isto, das chamadas SEFAZ
Virtual, que são serviços supridos por outra Secretaria de Fazenda ou a RFB,
conforme Protocolo de cooperação assinado entre eles.
No caso de Santa Catarina, o Protocolo ICMS 55/07 foi assinado para que
o Estado se utilize dos serviços da SEFAZ Virtual – RS (por sinal, mesmo que
utilizamos aqui no Rio de Janeiro).
A SEFAZ Virtual basicamente provê os WebServices previstos para atender
os contribuintes. E, ainda que seja usado o serviço de outra Secretaria, o próprio
Estado é responsável pelo credenciamento e autorização de cada contribuinte
sob sua jurisdição para utilizar-se dos serviços.
Para as empresas, é transparente se estes serviços são providos pelo
próprio Estado de sua jurisdição ou outro, sendo seguido o modelo padronizado
previsto no MOC. Na prática, apenas muda o endereço (URL) onde ficam
hospedados os serviços.

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3. WEBSERVICES

Pessoal, agora adentramos numa parte extremamente técnica, que


envolve muito conhecimento de TI e está lá no MOC para orientar as equipes
de TI das SEFAZ e dos contribuintes para proverem os serviços adequadamente.
Nosso edital não traz uma menção direta a estes itens em lugar algum.
Muito pelo contrário, pela forma como está descrito, dá a entender que devemos
ignorar completamente esta parte do MOC. No entanto, vou destacar aqui
alguns pontos relevantes pois impactam no entendimento do trabalho do auditor
fiscal e, consequentemente, podem tangenciar um assunto tratado nas questões
cobradas, blz?
Primeiramente, entenda o seguinte: estamos falando do item 4 do MOC
6.0. Neste item são listados diversos serviços (WebServices) e suas
particularidades. Vou citar alguns deles e destacar os pontos que vale a pena
para seu estudo.
Para cada WebService, vem destacado o layout da mensagem de entrada.
Lembre-se: o contribuinte é responsável por iniciar a comunicação com o Fisco,
portanto, a mensagem de entrada é justamente esta abertura na comunicação
e deve seguir um padrão para que os sistemas do Fisco compreendam do que
se trata. E claro, estas mensagens serão validadas, sendo confrontadas com o
Esquema XML previsto para elas (arquivo com extensão .XSD).
Veja o exemplo do layout (leiaute) da mensagem de entrada do método
assíncrono nfeAutorizacaoLote, destinado à recepção de mensagens de lote de
NF-e:

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Mas Leonardo, preciso decorar estes leiautes?! NÃO, a ideia aqui é você
compreender a dinâmica e como isto se processa. No seu dia a dia dificilmente
você precisará saber isto no detalhe, mas algumas informações são bem úteis,
até para tratar com o contribuinte e seus problemas internos também.
Um dado interessante que vemos no MOC é a informação sobre a média
de tamanho de uma NF-e, que é de 10KB. Obviamente, isto pode variar um
bocado, sobretudo para notas fiscais com muitos itens (serviços/ mercadorias/
produtos).
Vamos começar aprendendo a ler esta estrutura aí montada, pois o
entendimento disto será importante para que você compreenda a estrutura da
própria NF-e (e isto com certeza estará em sua prova!).
Veja as colunas na tabela acima. Cada coluna tem um nome, vamos ver
os mais importantes para agora.
 O nome ‘Campo’ é o nome do elemento (tal como aparece no
arquivo XML, inclusive).
 O ‘Pai’ informa quem é o elemento pai, denotando a estrutura
hierárquica do arquivo XML.
 O ‘Tipo’ informa se o dado informado é um número, caractere, etc –
veremos mais detalhes a frente.
 Já a ‘Ocorrência’ (Ocorr.) informa quantos elementos deste podem
existir no arquivo XML.
 E o ‘Tamanho’ (Tam.) nos diz o tamanho do campo, ou seja, o
número de caracteres que ele pode possuir.
 Por fim, a ‘Descrição/Observação’ acrescenta informações para
entendermos do que se trata cada elemento.
Apenas para que compreenda melhor como ler estas tabelas, veja o
esquema a seguir:

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Coluna Tipo Coluna Ocorrência Columa Tamanho

•N - campo numérico •Formato x-y •Formato x-y(vz)


•C - campo alfanumérico •x indica a ocorrência •x indica o tamanho
(letras e números) mínima mínimo
•D - campo data •y indica a ocorrência •y indica o tamanho
máxima máximo
•Formato x •v é opcional e indica a
•deve ocorrer possibilidade de valores
exatamente x vezes decimais (vírgula)
•z indica a quantidade
máxima de casas
decimais do campo
•Formato x
•campo tem tamanho
fixo de x
•Formato x,y
•campo de ter os
tamanhos fixos x ou y

Esquema 20. Colunas do Layout

Na tabela acima com os campos da


mensagem de entrada, o campo versão pode ter o tamanho 1 ou 2 dígitos e
apresenta casa decimal com até dois dígitos. Exemplos possíveis: 1.0, 3.01,
4.0, 10.03.
Voltando ao nosso WebService, o MOC também define um leiaute de
mensagem de retorno para cada um deles, veja o exemplo deste mesmo serviço
(nfeAutorizacaoLote):

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Quando do retorno da mensagem, a validação da NF-e pode resultar em:

Rejeição Autorização de Uso Denegação de Uso

• O pedido de emissão • NF-e emitida e válida • Emitente ou


da NF-e não foi aceito • Armazenada no Banco Destinatário possuem
• Há algum problema na de Dados pendências fiscais
mensagem, como a • normalmente por
ausência de um dado conta de obrigações
importante acessórias
• A NF-e nem sequer é • É gerada uma chave
armazenada na Base de acesso
de Dados • NF-e é armazenada no
• Não é gerada uma Banco de Dados
chave de acesso
• O contribuinte pode
transmitir novamente
a mesma NF-e

Esquema 21. Respostas da Emissão de NF-e

Vejamos a seguir um resumo dos serviços disponíveis:

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Serviço Tipo Descrição
nfeAutorizacaoLote Assíncrono Serviço destinado à recepção de
mensagens de lote de NF-e
nfeRetAutorizacao Assíncrono Serviço destinado a retornar o
resultado do processamento do lote
de NF-e
nfeRecepcaoEvento Síncrono Serviço destinado à recepção de
mensagem de Evento da NF-e
nfeInutilizacao Síncrono Serviço destinado ao atendimento de
solicitações de inutilização de
numeração
nfeConsulta Síncrono Serviço destinado ao atendimento de
solicitações de consulta da situação
atual da NF-e na Base de Dados do
Portal da Secretaria de Fazenda
Estadual
nfeStatusServico Síncrono Serviço destinado à consulta do status
do serviço prestado pelo Portal da
Secretaria de Fazenda Estadual
consultaCadastro Síncrono Serviço para consultar o cadastro de
contribuintes do ICMS da unidade
federada
nfeRecepcaoEvento Síncrono Serviço destinado à recepção de
mensagem de Evento da NF-e
nfeConsultaNFDest Síncrono Serviço de Consulta da Relação de
Documentos Destinados para um
determinado CNPJ de destinatário
informado na NF-e
nfeDownloadNF Síncrono Serviço de Download da NF-e para
uma determinada Chave de Acesso
informada, para as NF-e confirmadas
pelo destinatário
Esquema 22. Lista de WebServices

Prosseguindo nos detalhes de relevância. O serviço de consulta a Notas


Fiscais só pode ser acessado informando a Chave de Acesso da NF-e. Veremos
a frente como a Chave de Acesso é formada. Você notará que é um pouco difícil
‘chutar’ seu número, portanto, apenas os envolvidos no negócio normalmente
têm acesso a esta chave e poderão consultá-la. Inclusive, espera-se que o
destinatário da NF-e possua o XML da NF-e, tanto que o serviço de download de
notas é bastante limitado.
E a consulta de Cadastro é uma Consulta Pública, mas restrito às empresas
autorizadas a emitir Documentos Fiscais eletrônicos.

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Uma preocupação muito relevante é a demanda de acesso aos servidores
das Secretarias de Fazenda, demandando muitos recursos tecnológicos se
usados indevidamente, o que pode impactar no atendimento de outros
contribuintes. Uma das recomendações óbvias é que o Banco de Dados usado
para consulta de contribuintes seja diferente daquele usado para armazenar os
dados recebidos de contribuintes.

4. EVENTOS DE MANIFESTAÇÃO DO DESTINATÁRIO

Já falamos um pouco sobre o que são os Eventos. Nesta seção, veremos


os eventos que são gerados pelo destinatário das NF-e.
Tenha em mente que eventos são informações bastante relevantes para
entendermos o ciclo de vida do documento fiscal e, numa fiscalização, é
relevante considerarmos os eventos da NF-e para correlacionar com as diversas
situações analisadas.

Eventos de Manifestação do Destinatário


são aqueles que o destinatário da NF-e deve ou pode gerar, criando um registro
na NF-e que indica que algo ocorreu com ela. Veremos os diversos casos a
seguir.

4.1. Confirmação da Operação

Este evento confirma a operação e o recebimento das mercadorias (quando


falamos de operações com circulação de mercadoria).
Se ocorre uma devolução da mercadoria, seja total ou parcial, além de ser
gerada uma Nota Fiscal de Devolução, também poderá ocorrer este evento.
Agora, note o seguinte, importante para o processo de fiscalização.
Imagine o cenário abaixo:

Empresa A Empresa B

• Emite Nota Fiscal • Recebe as mercadorias


destinado a empresa B enviadas por A
• Encaminha as • Manifesta a Confirmação
mercadorias para a da Operação
empresa B • Lança os dados da Nota
Fiscal recebida por A em
sua Escrituração Fiscal
Digital

Esquema 23. Cenário #1 – Confirmação da Operação

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Este é o cenário ‘ideal’ de uma operação com transporte de mercadorias.
Agora imagine que você recebe um pedido da empresa A para cancelar a Nota
Fiscal envolvida nesta operação6. Como Auditor Fiscal, você obviamente não
sabe dos pormenores da operação, se ocorreu mesmo ou não, e irá buscar as
informações disponíveis para tal.
Para isto, existem vários caminhos, por exemplo:
 Você pode conferir se a empresa A escriturou a operação de saída
das mercadorias em seu EFD (veremos isto mais tarde).
 Você pode conferir se a empresa B escriturou a operação de entrada
das mercadorias em seu EFD
 Você pode buscar eventos de Registro de Passagem desta Nota
Fiscal que denotam a circulação da mercadoria (veremos adiante)
 Você pode verificar se a empresa B manifestou a Confirmação
de Operação
Para o momento, vamos focar neste último item. Se a empresa B fez este
manifesto, o que significa? Que ela recebeu as mercadorias, ou seja, houve
circulação da mercadoria e, por isto, a Nota Fiscal não poderá ser cancelada.
Note que a empresa B pode ter devolvido a mercadoria! Mas neste caso, o
correto seria que B emitisse uma Nota Fiscal de Devolução para acobertar a
movimentação da mercadoria de volta para A.

4.2. Desconhecimento da Operação

O Fisco disponibiliza um serviço chamado ‘Serviço de Consulta da Relação


de Documentos Destinados’. Com base neste serviço, uma empresa pode ficar
sabendo de operações destinadas a ela.
Mas imagine que você é contador/administrador de uma empresa e
aparece lá uma Nota Fiscal de procedência duvidosa, possivelmente de uma
empresa não muito idônea, destinada a sua empresa. Se você não reconhece a
existência da operação, o melhor a fazer é manifestar o chamado
‘Desconhecimento da Operação’, de forma a declarar ao Fisco que não se
envolveu na operação. O emitente da Nota Fiscal, se inidôneo de fato, ficará a
descoberto e o Fisco, ao investigar a operação, irá apenas focar no emissor da
NF-e, já que o destinatário deixou claro não a reconhecer.
E qual o problema se a empresa não manifesta este evento? Veja o
cenário:

6
Hoje em dia, boa parte deste processo é feito de forma automatizada pelas Secretarias de Fazenda, mas
vale o exemplo para que compreendamos a dinâmica de análise das informações.

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 37 de 72


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•Emite erroneamente

Empresa uma série de Notas


Fiscais para a Empresa B
•Mercadorias não

A circulam de fato ou se,


circulam, são entregues
a outro destinatário

•Não recebe as

Empresa mercadorias
•Não toma conhecimento
da operação

B •Não manifesta
Desconhecimento da
Operação

Esquema 24. Cenário #2 - Desconhecimento de Operação

Pois bem, neste cenário, no mínimo, teremos uma situação trabalhosa para
a Empresa B, pois o Fisco poderá cruzar os dados das NF-e emitidas pela
Empresa A com o EFD da Empresa B e notar que elas não foram escrituradas,
apesar de destinadas a B. Isto provavelmente irá gerar uma Ação Fiscal
destinada a A e B, podendo resultar num Auto de Infração para B por não
escrituração das Notas Fiscais, se ficar comprovado que a operação ocorreu de
fato.
Óbvio, no cenário eu citei que a Empresa B agiu de boa-fé e realmente a
operação não ocorreu para ela, ou seja, ela poderá provar a situação e eximir-
se de ser autuada pelo fisco, mas sofrerá com os trâmites de uma Ação Fiscal,
consumindo trabalho de sua equipe tributária/contábil por uma situação que
poderia ter sido facilmente evitada.

4.3. Operação não Realizada

Em algumas situações, a empresa destinatária poderá informar que a


operação não se realizou. É o caso de Recusa de Recebimento, por exemplo.
Note que para a situação, não há necessidade de emissão de Nota Fiscal de
Devolução.
- Ey, pera lá, Leonardo!? Colei as placas. Como é este negócio de Recusa
e Devolução?!
Bora entender, pessoal, é simples. Primeiro, vamos ao cenário básico:
Empresa A envia mercadorias para Empresa B. Agora veja o esquema abaixo:

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 38 de 72


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Devolução
B escritura a nota fiscal de B recusa a mercadoria no verso
entrada do DANFE, destacando os
B emite nota fiscal de devolução motivos
para enviar as mercadorias de B não recebe a nota fiscal, então
volta e anular possível crédito nada segue para sua
de imposto escrituração
A escritura a nota fiscal de A recebe a mercadoria de volta
devolução, anulando o imposto e emite nota fiscal de entrada
pago na saída para si mesmo para receber a
mercadoria e anular o imposto
registrado na saída

Recusa
Esquema 25. Devolução vs. Recusa

Um detalhe importante: se uma Nota Fiscal tem o evento de ONR


registrado, ela pode ser tranquilamente cancelada, sem maiores dores de
cabeça.

4.4. Ciência da Emissão

Este evento era antes chamado de Ciência da Operação e alguns auditores


ainda o chamam assim até hoje. A ideia é que o destinatário possa declarar
ciência sobre uma determinada operação destinada a ele. No entanto, isto não
quer dizer que a operação ocorreu de fato.
Ou seja, para o Auditor Fiscal, este evento não tem muita utilidade, já que
é uma mera declaração de ciência e não comprova a ocorrência da operação.
Ele se presta mesmo é para o contribuinte poder baixar a NF-e no serviço
oferecido pelo fisco, chamado ‘Serviço de Download as NF-e Confirmadas’.
Na prática, no entanto, este evento nem é muito usado, pois o destinatário
comumente recebe do fornecedor o XML por e-mail ou por outro meio, então
nem para ele mesmo tem muita utilidade.
E pior: a legislação exige que após um determinado período, a NF-e com
Ciência da Emissão tenha registrado um dos eventos finais (Confirmação da
Operação, Desconhecimento da Operação ou Operação não Realizada).

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 39 de 72


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4.5. Mudança da Manifestação do Destinatário

Guarde aí as regras:

Destinatário pode enviar uma


única mensagem de
Ciência da Emissão não pode
Confirmação da Operação,
ser emitida após uma
Desconhecimento da Operação
manifestação final do
ou Operação não Realizada
destinatário
• Vale a última registrada

Esquema 26. Mudança da Manifestação

Ou seja, o contribuinte pode desconhecer uma operação e em seguida


confirma-la. Ou confirmar uma operação e depois manifestar operação não
realizada.

4.6. Obrigatoriedade da Manifestação do Destinatário

O Ajuste SINIEF 07/2005 traz alguns casos de obrigatoriedade que se


refletem nas legislações tributárias dos Estados. É o caso de toda NF-e que exige
o preenchimento do grupo ‘Detalhamento Específico de Combustíveis’. O MOC
traz uma lista de CFOP nestes casos, mas creio ser desnecessário entrarmos
neste detalhe7.

7
Pessoal, neste assunto, alguns Estados deliberam de forma diferente, aumentando o rol de
obrigatoriedades. Vou dar ainda uma pesquisada nesta parte da legislação de SC para deixar claro o tema.

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 40 de 72


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5. QUESTÕES COMENTADAS

Questões Inéditas criadas pelo professor Leonardo Coelho.

1. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) As Administrações


Tributárias são representadas em diversos encontros nacionais.
Estes encontros levam a decisões em conjunto de processos,
procedimentos e tecnologias que envolvem os diversos Estados da
Federação.
Dentre os listados abaixo, qual deles diz respeito ao grupo de trabalho do
Projeto da Nota Fiscal Eletrônica?
a) ENCAT
b) CONFAZ
c) GT-30
d) ANFIP
e) SINDIFISCO
Resposta: A.
O ENCAT é o Encontro Nacional dos Coordenadores de Administrações
Tributárias. Ocorrem normalmente 3 reuniões por ano, em diferentes estados
do país com o objetivo de discutir e deliberar assuntos de natureza econômica,
fiscal e tributária. A ideia é a troca de experiências entre os fiscos e serve para
discussão de temas relacionados ao Projeto da Nota Fiscal Eletrônica (mas não
limitado a ele).
O CONFAZ é o colegiado formado pelos Secretários de Fazenda, Finanças
ou Tributação dos Estados e DF, com reuniões presididas pelo Ministro de Estado
de Fazenda, competindo-lhe, precipuamente, celebrar convênios para efeito de
concessão ou revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais e financeiros
do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de
Comunicação – ICMS (Constituição, art. 155, inciso II e § 2° , inciso XII, alínea
g e Lei Complementar n° 24, de 7.1.1975).
(https://www.confaz.fazenda.gov.br/acesso-a-
informacao/institucional/CONFAZ )
GT-30 é possivelmente o nome de algum grupo de trabalho da
administração tributária dos estados. Existem vários GT formados dentro das
próprias secretarias de fazenda e entre elas, envolvendo outras instituições
externas em alguns casos. A ideia de um GT é reunir pessoas qualificadas para
discutir determinado problema, estudar mais detidamente a legislação ou casos
práticos e propor soluções. É muito comum a formação de um GT para propor
mudanças na legislação, por exemplo.

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 41 de 72


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ANFIP é a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do
Brasil. Ficou muito conhecida recentemente com a divulgação de dados
refutando o rombo da Previdência que, na visão da ANFIP, apresenta números
diferentes do divulgado pelo Governo Federal. A ANFIP é uma associação
longeva (desde 1950) e bastante ativa e, conforme seu sítio “Atua, representa
e defende, em todo o território nacional, como representante ou substituta
processual, os servidores públicos federais ocupantes do cargo de Auditor Fiscal
da Receita Federal do Brasil (AFRFB) da carreira Auditoria da Receita Federal do
Brasil, do quadro da Secretaria da Receita Federal do Brasil, subordinada ao
Ministério da Fazenda”.
O termo Sindifisco é usado para denominar vários sindicatos de
profissionais da área fiscal. Vale aqui ressaltar o Sindifisco-SC
(http://www.sindifisco.org.br) que é o “Sindicato dos Fiscais da Fazenda do
Estado de Santa Catarina, fundado em 22 de outubro de 1988, com sede e foro
em Florianópolis”, “organização sindical, sem fins lucrativos, representativa da
categoria profissional dos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Estado de
Santa Catarina”.

2. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Cada Documento


Fiscal possui seu próprio código de modelo, identificando sua
finalidade. Correlacione as colunas abaixo:
Documento Fiscal Modelo
1 – Nota Fiscal Eletrônica a) 58
2 – Nota Fiscal do Consumidor b) 57
Eletrônica
3 – Conhecimento de Transporte c) 55
Eletrônico
4 – Manifesto de Documentos Fiscais d) 01
Eletrônicos
5 – Nota Fiscal e) 65

A correlação correta é?
a) 1-a, 2-b, 3-c, 4-e, 5-e
b) 1-b, 2-a, 3-e, 4-c, 5-d
c) 1-c, 2-e, 3-b, 4-a, 5-d
d) 1-e, 2-a, 3-d, 4-c, 5-b
e) 1-c, 2-b, 3-d, 4-e, 5-a
Resposta: C.

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 42 de 72


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Fique atento: na sua prova não veio explicitamente os documentos fiscais
citados nos itens 3 e 4. No entanto, é um conhecimento que tangencia tudo que
estamos vendo, portanto, é relevante ao menos saber do que se trata. Vejamos
cada um deles:
1 – Nossa famosa NF-e que estamos vendo no material. Lembre-se que
seu modelo é o 55. Portanto, temos 1-c.
2 – A NFC-e é um documento fiscal destinado a operações comerciais de
venda presencial ou entrega em domicílio. Ela substitui a nota fiscal de venda
ao consumidor, modelo 2 e o cupom fiscal emitido por ECF para os Estados que
aderirem. Lembre-se que SC não aderiu e ainda usa o ECF. Ela tem uma
vantagem enorme frente ao ECF: as impressoras não precisam ser
credenciadas, o que facilita a vida do comerciante. O modelo da NFC-e é o 65.
Portanto, temos 2-e.
3 – O CT-e documenta, para fins fiscais, uma prestação de serviço de
cargas feito por qualquer modal. Modais são os meios de transporte disponíveis,
tais como rodoviário, aéreo, ferroviário, aquaviário e dutoviário. O CT-e substitui
vários modelos em papel antigos. O modelo do CT-e é o 57. Temos então 3-b.
4 – O MDF-e substitui a emissão do Manifesto de Carga, antigo modelo 25.
A ideia é viabilizar a fiscalização, reduzindo o tempo de parada em postos fiscais
(você já deve ter observado na estrada que há pontos específicos em que os
caminhões são parados para a fiscalização estadual). No MDF-e há um breve
resumo da operação, com dados do veículo, motorista, destino, origem e
documentos originários de transporte, como CT-e ou NF-e. O modelo do MDF-e
é o 58, o que nos leva a 4-a.
5 – A Nota Fiscal é nosso antigo documento em papel originário, basicão e
substituído pela NF-e. O modelo da Nota Fiscal é o 1. Lembre que ainda
tínhamos a Nota Fiscal Avulsa, modelo 1B, também substituído pela NF-e.
Com isto, temos o gabarito, letra C: 1-c, 2-e, 3-b, 4-a, 5-d.

3. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Durante a sua


fiscalização, você enfrentou problemas nos sistemas da Secretaria
de Fazenda, tendo de solicitar ao contribuinte o envio de suas notas
fiscais eletrônicas por meio de uma mídia digital (CD ou DVD).
Ocorre que, sem que você saiba, o contribuinte fraudou alguns dos
arquivos antes de lhe entregar, alterando dados dos valores do ICMS,
informações dos destinatários, data de emissão, dentre outros campos
existentes nas informações das notas fiscais.
De posse dos arquivos XML das notas fiscais eletrônicas solicitadas, você
inicia a carga destes dados no sistema disponível para sua análise fiscal.
Assuma que:

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 43 de 72


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 O sistema utilizado faz a validação de TODO o documento fiscal
 O sistema utilizado não se conecta a nenhuma base de dados
externa
Diante deste cenário, o que mais provavelmente ocorrerá:
a) O arquivo será carregado normalmente e você fará uma análise baseada
em dados errôneos.
b) O sistema irá travar, não carregando as notas fiscais.
c) O sistema irá acusar a falha, apontando os dados que foram alterados
pelo contribuinte e o valor correto que deveriam constar nas notas fiscais.
d) O sistema irá apontar possíveis divergências na validade jurídica dos
documentos fiscais
e) Os dados serão carregados, mas o sistema irá cruzar as informações
para lhe dar os dados corretamente para a análise.
Resposta: D.
Pessoal, cada SEFAZ possui sistemas distintos e assim que você assumir
no cargo provavelmente irá se familiarizar com elas. Algumas são mais
avançadas na automatização, outras menos.
Para análise da questão, os pressupostos são importantes, explico:
- Ao analisar TODO o documento fiscal, significa que, com certeza, será
analisada a Assinatura Digital do Documento. A assinatura digital do documento
garante a sua integridade, como vimos no Esquema 4. Isto significa que, ao
burlar o documento, a assinatura digital não será mais válida e sua análise
apontará para uma possível divergência no conteúdo do documento analisado.
Ou seja, o sistema poderá informar a fraude existente neste caso.
- E pelo fato de o sistema não se conectar com outras bases de dados,
significa que ele terá disponível apenas os documentos do contribuinte para
tomar uma decisão sobre o que é certo ou errado. E se ele foi alterado, não tem
como o sistema ‘tirar da cartola’ as informações corretas dos documentos
fiscais. Isto já nos leva a eliminar as alternativas C e E.
Pois bem, vejamos as demais alternativas:
A – Muito provavelmente, o sistema irá carregar sim os dados das NF-e (a
menos que a fraude seja tão grosseira a ponto de tornar os arquivos ilegíveis,
o que nem faria sentido, né?!). No entanto, como o sistema analise a validade
jurídica dos arquivos, você será avisado e não entrará nesta de gastar seu
tempo com dados errados, certo? Possivelmente, o caminho a ser seguido é
investigar o motivo deste problema e, se descoberta a fraude, autuar o
contribuinte devidamente pelo ocorrido.
B – Isto até pode ocorrer na prática, mas não há qualquer indício na
questão que nos leve a crer que isto seja uma verdade. Como dito acima, se o

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 44 de 72


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contribuinte está fraudando o documento, espera-se minimamente que o faça
direito, ou seja, que os arquivos XML entregues tenham um formato válido para
ser lido por um sistema. Note que ter o formato válido significa que podem ser
lidos, mas fraudar a assinatura digital já são ‘outros quinhentos’ e não será
possível.
C – A validade jurídica do documento se baseia na Autorização de Uso e
na Assinatura Digital do Emitente. A Assinatura depende das informações
presentes no arquivo, quando a NF-e foi autorizada e qualquer mudança do
conteúdo gerará incoerência com a assinatura realizada.
Só para fechar a explicação, pessoal. Este cenário não é o considerado
ideal. Numa ação fiscal, idealmente, usaremos os dados fiscais existentes na
própria base de dados da SEFAZ onde trabalhamos. E então a preocupação com
a validade jurídica dos documentos não existe, afinal, ele já foi verificado ao ser
inserido na base de dados. Mas há casos e casos e você precisa estar ciente do
que pode acontecer em cenários como este.
Além disto, é comum que os sistemas façam a correlação com dados de
outras bases, para ajudar no trabalho de cruzamento de informações. Mas isto
também não é garantido em todos os casos.

4. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Você recebe um


processo fiscal para responder a uma solicitação do Estado do
Paraná a respeito de uma operação de um contribuinte de SC.
Segundo a redação no processo, o contribuinte de SC realizou uma
operação interestadual de remessa de mercadoria para o Paraná,
mas o contribuinte do PR alega ter recusado a operação, por isto
não a escriturou em seus livros fiscais. Não há quaisquer outras
informações além disto. A solicitação no processo é que você
esclareça o que houve.
A respeito da situação, podemos comentar:
a) Como houve a recusa da operação, o contribuinte do PR emitiu uma
nota de devolução, que deve existir na base de dados da Sefaz SC.
b) Como se trata de uma operação interestadual, as informações da NF-e
emitidas da empresa de SC para a empresa do PR devem estar disponíveis tanto
para a fiscalização de SC quanto a do PR.
c) A recusa da operação desobriga do contribuinte de SC a escriturar a NF-
e, impossibilitando você de obter informações relevantes na base de dados da
Fazenda Estadual.
d) A única forma que você tem de saber como a informação foi escriturada
pelo contribuinte do Paraná é pelas informações constantes no processo.
e) Este tipo de processo está fora de sua alçada como Auditor Fiscal,
cabendo despacho de devolução de pronto.

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Resposta: B.
A autoridade tributária do PR, neste exemplo que criei, foi bem sucinta,
né? Ela poderia ter dito mais a respeito da operação e de como foi escriturada
pelos contribuintes. Na verdade, isto facilitaria sua vida, mas toda esta
informação está disponível na base da Sefaz SC também, haja vista ela ser uma
das partes interessadas na operação. Ou seja, você pode consultar
tranquilamente os dados. Vejamos as alternativas:
A – Lembre a diferença que vimos de Recusa e Devolução de mercadorias
no Esquema 25. Na recusa, a empresa do PR simplesmente anota no DANFE a
recusa e manda o entregador voltar! Ou seja, não existe nota de devolução, o
que só ocorre na devolução mesmo.
B – Lembre-se que as notas fiscais emitidas devem ficar na base da Sefaz
do Estado emitente, do Estado destino e também da RFB. Além de outros órgãos
de interesse, como vimos no Esquema 7.
C – Ao ocorrer a recusa, a empresa de SC deverá emitir uma nova nota
fiscal de entrada para si mesma, anulando a saída da nota fiscal que foi
recusada, de forma a não impactar informações de estoque e débito/crédito de
ICMS. Na prática, para você entender: se a nota fiscal de saída (que foi
recusada) tinha um débito de R$ 100,00 de ICMS, a nota fiscal de entrada dará
um crédito de R$ 100,00, zerando a conta.
D – Aqui levantamos um assunto ainda não visto, que trata sobre EFD e
OIE. Veremos isto adiante, mas a ideia é bem parecida com o que temos para
NF-e. O EFD são os arquivos que representam a escrituração fiscal digital do
contribuinte. É óbvio que a Sefaz da jurisdição do contribuinte deverá ter estes
arquivos. Mas e quando há, por exemplo, uma operação interestadual como a
citada na questão? Aí entra em cena o OIE – Operação Interestadual. O OIE é
um ‘pedaço’ dos arquivos EFD que interessam a outros estados a respeito de
uma determinada operação.
Desta forma, o Estado de SC terá informações acerca da escrituração da
empresa de PR quando ela escriturar uma nota fiscal vinda de SC, por exemplo.
Então, no caso em tela, olhando no sistema você veria que a nota fiscal
realmente não existe no OIE do contribuinte do PR, denotando que ele não
escriturou a nota e corroborando a ideia de recusa dela.
E – No passado, este tipo de solicitação de informações era algo bem mais
comum. Como boa parte das informações ainda eram em papel, não havia como
um outro Estado ter acesso a certos dados de contribuintes de outra jurisdição.
Com o advento dos documentos fiscais eletrônicos e a integração das bases de
dados, esta limitação se tornou bem menor, fazendo com que hoje em dia sejam
mais raros os casos de pedidos de informações como o citado no enunciado.
Ainda assim, é papel da Administração Tributária responder a estes
processos a contento, até mesmo para manter a reciprocidade no atendimento,
quando se precisa solicitar algo a outro Estado.

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5. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) A respeito do DANFE,
assinale a alternativa incorreta:
a) Apresenta a chave de acesso da nota fiscal correspondente
b) É uma representação gráfica sucinta da NF-e
c) Obrigatório para acompanhar o trânsito de mercadorias sujeitas ao ICMS
d) Traz o protocolo de Autorização de Uso da NF-e
e) Se necessário, substitui a NF-e para fins fiscais
Resposta: E.
Atenção nisto aí, povo! DANFE não substitui NF-e em hipótese alguma, é
uma mera representação dela! Todas as demais alternativas estão certinhas,
como víamos em nosso curso. Releia o item 1.6. DANFE se teve dificuldades
nesta questão.

6. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Hoje é seu último dia


antes de entrar de férias e, para adiantar o trabalho, você está
preparando várias intimações de seus contribuintes para que eles
possam adiantar os trabalhos até sua volta e não impactar o curso
das ações fiscais de sua responsabilidade.
Ocorre que justamente hoje foi programada uma manutenção preventiva nos
servidores da Secretaria de Fazenda e alguns sistemas estão inoperantes,
impactando o desenvolvimento do seu trabalho.
Um dos casos em que você está trabalhando se refere a uma nota fiscal única,
na qual você apenas precisa identificar alguns dados para poder dar
continuidade ao seu trabalho.
Diante da impossibilidade de acessar os sistemas, você decide abrir o arquivo
no Bloco de Notas mesmo para poder adiantar seu trabalho e identificar os
dados de que precisa. Observe o arquivo aberto, abaixo:
<NFexmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe">
<infNFeId="NFe35080599999090910270550010000000015180051273"versao=
"1.10">
<ide>
<cUF>35</cUF>
<cNF>518005127</cNF>
<natOp>Venda a vista</natOp>
<indPag>0</indPag>
<mod>55</mod>
<serie>1</serie>
<nNF>1</nNF>
<dEmi>2008-05-06</dEmi>
<dSaiEnt>2008-05-06</dSaiEnt>
<tpNF>0</tpNF>
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<tpImp>1</tpImp>

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 47 de 72


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<tpEmis>1</tpEmis>
<cDV>3</cDV>
<tpAmb>2</tpAmb>
<finNFe>1</finNFe>
<procEmi>0</procEmi>
<verProc>NF-eletronica.com</verProc>
</ide>
<emit>
<CNPJ>99999090910270</CNPJ>
<xNome>NF-e Associacao NF-e</xNome>
<xFant>NF-e</xFant>
<enderEmit>
<xLgr>Rua Central</xLgr>
<nro>100</nro>
<xCpl>Fundos</xCpl>
<xBairro>Distrito Industrial</xBairro>
<cMun>3502200</cMun>
<xMun>Angatuba</xMun>
<UF>SP</UF>
<CEP>17100171</CEP>
<cPais>1058</cPais>
<xPais>Brasil</xPais>
<fone>1733021717</fone>
</enderEmit>
<IE>123456789012</IE>
</emit>
<dest>
<CNPJ>00000000000191</CNPJ>
<xNome>DISTRIBUIDORA DE AGUAS MINERAIS</xNome>
<enderDest>
<xLgr>AV DAS FONTES</xLgr>
<nro>1777</nro>
<xCpl>10 ANDAR</xCpl>
<xBairro>PARQUE FONTES</xBairro>
<cMun>5030801</cMun>
<xMun>Sao Paulo</xMun>
<UF>SP</UF>
<CEP>13950000</CEP>
<cPais>1058</cPais>
<xPais>BRASIL</xPais>
<fone>1932011234</fone>
</enderDest>
<IE> </IE>
</dest>
<retirada>
<CNPJ>99171171000194</CNPJ>
<xLgr>AV PAULISTA</xLgr>
<nro>12345</nro>
<xCpl>TERREO</xCpl>
<xBairro>CERQUEIRA CESAR</xBairro>
<cMun>3550308</cMun>
<xMun>SAO PAULO</xMun>
<UF>SP</UF>
</retirada>
<entrega>
<CNPJ>99299299000194</CNPJ>
<xLgr>AV FARIA LIMA</xLgr>
<nro>1500</nro>
<xCpl>15 ANDAR</xCpl>
<xBairro>PINHEIROS</xBairro>

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 48 de 72


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<cMun>3550308</cMun>
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<ICMS00>
<orig>0</orig>
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<modBC>0</modBC>
<vBC>10000000.00</vBC>
<pICMS>18.00</pICMS>
<vICMS>1800000.00</vICMS>
</ICMS00>
</ICMS>
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<PISAliq>
<CST>01</CST>
<vBC>10000000.00</vBC>
<pPIS>0.65</pPIS>
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</PISAliq>
</PIS>
<COFINS>
<COFINSAliq>
<CST>01</CST>
<vBC>10000000.00</vBC>
<pCOFINS>2.00</pCOFINS>
<vCOFINS>200000.00</vCOFINS>
</COFINSAliq>
</COFINS>
</imposto>
</det>
<total>
<ICMSTot>
<vBC>20000000.00</vBC>
<vICMS>1800000.00</vICMS>
<vBCST>0</vBCST>
<vST>0</vST>
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<vFrete>0</vFrete>
<vSeg>0</vSeg>
<vDesc>0</vDesc>
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<vIPI>0</vIPI>
<vPIS>130000.00</vPIS>
<vCOFINS>400000.00</vCOFINS>
<vOutro>0</vOutro>
<vNF>20000000.00</vNF>
</ICMSTot>
</total>
<transp>
<modFrete>0</modFrete>
<transporta>
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Ltda.</xNome>
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Industrial</xEnder>
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eletronica.com</infAdFisco>
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tificate>
</X509Data>
</KeyInfo>
</Signature>
</NFe>8

Você então consegue visualizar o CNPJ do Destinatário, o Valor da NF-e e


sua Data de Emissão, que são, respectivamente:
a) 00.000.000/0001-91, R$ 20.000.000,00 e 06/05/2008
b) 99.999.090/9102-70, R$ 1.800.000.00 e 05/06/2008
c) 99.171.171/0001-94, R$ 10.000.000.00 e 06/05/2008
d) 99.299.299/0001-94, R$ 20.000.000.00 e 05/06/2008
e) 00.000.000/0001-91, R$ 20.000.000.00 e 05/06/2008
Resposta: A.
Pessoal, esta é uma questão para ‘quebrar o gelo’, mas bem no meu estilo,
já com pé na porta, kkk
Para quem não está acostumado com os arquivos da NF-e, bem provável
tenha boiado um pouco, pois ainda não vimos isto no nosso curso e fiz apenas

8
NF-e disponível em https://www.webdanfe.com.br/danfe/ExemploXml.aspx

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uma introdução do tema e apresentei como ler um arquivo XML. E acredite:
apenas com isto você acerta esta questão!
Mas claro, com as próximas aulas ficará ainda mais simples matar uma
questão deste tipo.
Vamos então considerar seu pouco conhecimento na matéria ainda, então
não vou entrar em super detalhes do modelo da NF-e, visto que veremos isto
adiante. Como você então se ‘viraria’ nesta questão?
Primeiro, seja estratégico. São 3 itens que você precisa responder. Este
tipo de questão é muito comum e o examinador não consegue inventar muito.
Se você consegue identificar um deles, já aumenta consideravelmente suas
chances de chute na questão.
O mais fácil de encontrar é o CNPJ do Destinatário. Note o trecho:
<dest>
<CNPJ>00000000000191</CNPJ>
<xNome>DISTRIBUIDORA DE AGUAS MINERAIS</xNome>
<enderDest>
<xLgr>AV DAS FONTES</xLgr>
<nro>1777</nro>
<xCpl>10 ANDAR</xCpl>
<xBairro>PARQUE FONTES</xBairro>
<cMun>5030801</cMun>
<xMun>Sao Paulo</xMun>
<UF>SP</UF>
<CEP>13950000</CEP>
<cPais>1058</cPais>
<xPais>BRASIL</xPais>
<fone>1932011234</fone>
</enderDest>
<IE> </IE>
</dest>
O trecho delimitado pela TAG <dest> traz informações gerais do
destinatário. E nele temos logo de pronto o CNPJ, 00000000000191. No
enunciado, ele foi disposto com os separadores, ficando assim:
00.000.000/0001-91.
Repare que temos agora apenas 2 alternativas viáveis: A e E. Entre estas
opções, já sabemos que o ICMS é R$ 20.000,00. Você pode conferir isto no
trecho abaixo:
<total>
<ICMSTot>
<vBC>20000000.00</vBC>
<vICMS>1800000.00</vICMS>
<vBCST>0</vBCST>
<vST>0</vST>
<vProd>20000000.00</vProd>
<vFrete>0</vFrete>
<vSeg>0</vSeg>
<vDesc>0</vDesc>
<vII>0</vII>
<vIPI>0</vIPI>
<vPIS>130000.00</vPIS>

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<vCOFINS>400000.00</vCOFINS>
<vOutro>0</vOutro>
<vNF>20000000.00</vNF>
</ICMSTot>
</total>
A TAG <vNF> contém o valor total da Nota Fiscal, exatamente o valor
citado.
Então nos resta saber a Data de Emissão. Esta é super fácil de encontrar,
você mesmo já deve ter visto lá no comecinho: <dEmi>2008-05-06</dEmi>
Mas a grande dúvida é: estamos falando de 05 de Junho ou 06 de Maio?
Note que as letras A e E exploram justamente este problema.
Esteja ciente que as datas no modelo da NF-e são escritas no seguinte
formato: AAAA-MM-DD. Ou seja, 4 dígitos do no seguidos de 2 dígitos do mês
e então os 2 dígitos do dia. Ou seja, no nosso caso, estamos falando de 6 de
Maio de 2008! O que nos leva à letra A.
Mas professor, que absurdo! Você nem falou do modelo de NF-e e vem
com uma questão desta! Que didática ruim!!!!
Meu caro/a, vou ser bem sincero com você. Concurseiro não tem muita
‘querer’ não. Concurseiro aprende o que tem de aprender e é aprovado. O
quanto antes, de preferência. Brigar com a banca ou com o absurdo da prova
só vai fazer você perder seu tempo precioso de estudo. E nada garante que o
examinador vai seguir estritamente o edital, muitas vezes há extrapolações,
ainda mais para uma matéria tão nova como esta. E, infelizmente, nem sempre
a banca tem o bom senso de anular a questão ou mudar o gabarito,
prejudicando muitos bons alunos. Então, bora brigar a briga e aprender fazer
prova com o conhecimento que você tem, expandindo para os diferentes
cenários que aparecem diante de nós, como foi com esta questão.
Mas não se preocupe, falaremos destes detalhes todos aí com muito
cuidado nas próximas aulas :D

7. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Ao emitir uma NF-e,


o contribuinte poderá receber diferentes mensagens do resultado de
sua solicitação, por meio dos WebServices do Fisco.
A respeito destas mensagens de retorno, assinale a opção correta:
a) Uma nota fiscal pode ser rejeitada, situação na qual a SEFAZ armazena
os dados da NF-e e retorna mensagem com a informação de rejeição
b) Uma nota fiscal denegada não possui chave de acesso
c) Uma nota fiscal autorizada recebe a Chave de Acesso quando a
mercadoria é enviada ao destinatário.
d) Uma nota fiscal rejeitada pode ser retransmitida para o Fisco.

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 54 de 72


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e) Uma nota fiscal denegada não precisa ser armazenada na base de dados
do Fisco.
Resposta: D.
Pessoal, guardem o Esquema 20 com carinho. Vejamos as alternativas:
A – uma nota fiscal rejeitada nem precisa ser armazenada, é ignorada.
B – uma nota fiscal denegada é gerada com todas as informações e
armazenada na base de dados, inclusive a chave de acesso
C – não faz sentido algum. A Chave de Acesso é gerada no momento de
geração da Nota Fiscal, independentemente de a operação ocorrer de fato ou
não.
D – Correto! Como as informações da nota rejeitada são ignoradas, o
contribuinte pode acertar os problemas que geraram a rejeição e enviar
novamente para o Fisco.
E – pelo contrário, o Fisco armazena estas informações na base.

8. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Hoje é dia de seu


plantão fiscal na Sefaz SC. Você é a pessoa responsável por prestar
atendimentos aos contribuintes. E para sua sorte, os sistemas da
fazenda estão com algum tipo de intermitência, gerando falhas na
comunicação entre os sistemas do contribuinte e o Fisco.
A consequência disto é uma enxurrada de ligações e tentativas de contato
direto com a Sefaz nos diversos canais, inclusive na sua repartição, onde hoje,
você é o principal responsável.
Um contribuinte está tendo problemas sérios para a emissão de notas
fiscais eletrônicas. Ele alega ter acabado de contratar uma empresa
especializada para a emissão de notas fiscais e o serviço não está funcionando.
Infelizmente, ele já está sobressaltado, pois tentou contato com outras
áreas da Sefaz e não obteve uma posição sobre o possível motivo do problema.
Ele alega que a equipe de TI da empresa contratada explicou-lhe que há alguma
falha na comunicação entre o sistema e os WebServices da Sefaz-SC, tornando
inviável a emissão de documentos eletrônicos.
Você busca ajudar o contribuinte a identificar possíveis motivos para a
falha, dentre os quais não se enquadra:
a) A empresa de TI está fazendo chamadas a WebServices no endereço
errado.
b) Os serviços da Sefaz Virtual do RS estão apresentando problemas
c) Há problemas na autorização do contribuinte para a emissão de
documentos fiscais eletrônicos
d) A assinatura digital do contribuinte é inválida

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 55 de 72


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e) A empresa de TI não é homologada pela Sefaz-SC
Resposta: E.
Pessoal, o enunciado é confuso de propósito, dá pistas de diversos
possíveis casos e não necessariamente todos têm a ver com o problema. Na
prática, não dá para saber qual o problema. Como numa situação real, é preciso
investigar todas as possíveis causas (olhae, vale um diagrama de Ishikawa, para
meus alunos de Administração!).
Então, a ideia aqui é levantar possíveis problemas para um sistema não
conseguir emitir notas fiscais eletrônicas. Vejamos as alternativas:
A – Lembre-se que um WebService é uma comunicação de uma ponta a
outra, do contribuinte para o Fisco. E para isto é preciso fazer ‘chamadas’ a este
serviço por meio da Internet, por meio de uma URL específica divulgada pelo
Fisco. Se a empresa de TI utiliza os endereços errados, o serviço não vai
funcionar de fato.
B – A Sefaz-SC lança mão dos serviços da Sefaz Virtual do RS, portanto,
se eles tiverem problemas, isto afetará os contribuintes do SC. Na prática, isto
é algo raro, mas não custa estar atento.
C – O controle de contribuintes autorizados a emitir documentos fiscais
eletrônicos é feito na sua jurisdição, ou seja, a Sefaz SC mantém este controle
para seus contribuintes. Se há algum problema na sua autorização, o
contribuinte pode não ser capaz de emitir notas fiscais, por exemplo.
Normalmente, isto está associado ao cadastro regular do contribuinte no Estado.
D – Lembre-se que o contribuinte deve obter um Certificado Digital junto
a uma Autoridade Certificadora credenciada pela Infraestrutura de Chaves
Públicas Brasileiras – ICP-Brasil. Certificados possuem validade, em geral de 12
a 36 meses. Se está vencido, por exemplo, o contribuinte não conseguirá
assinar seus documentos digitais e os mesmos não serão validados pelo Fisco.
E – Errado! Empresas de TI que desenvolvem sistemas para emissão de
notas fiscais eletrônicas não precisam ser homologadas. Elas devem seguir o
padrão definido no MOC e nas Notas Técnicas disponíveis no site do Projeto da
Nota Fiscal Eletrônica.

9. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) E lá está você


novamente no plantão fiscal. Pelo visto você não é uma pessoa com
muita sorte, pois sempre aparecem uns casos ‘cabeludos’ para
serem resolvidos.
Logo cedo, ao chegar na Sefaz-SC, você verifica no seu e-mail que está
havendo manutenções nos sistemas e isto pode afetar os serviços oferecidos
aos contribuintes. Seu dia será divertido.

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 56 de 72


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E menos de 10 minutos após sua chegada, um contribuinte entra em
contato alegando que o sistema da Sefaz-SC está com problemas e não deixa
ele realizar cancelamento de uma Nota Fiscal Eletrônica cuja operação,
conforme diz, não foi concretizada.
Você pede ao contribuinte a Chave de Acesso da Nota Fiscal e verifica as
seguintes informações no Portal Nacional da NF-e
(http://www.nfe.fazenda.gov.br):

Com base nestas informações, você responde ao contribuinte o seguinte:


a) Pede-lhe que espere um pouco enquanto entra em contato com as áreas
responsáveis na Secretaria de Fazenda para saber o que está acontecendo com
os serviços oferecidos aos contribuintes e se isto está afetando a operação em
questão.
b) Pede mais informações ao contribuinte e se ele conseguiu efetuar o
cancelamento de alguma nota fiscal recentemente, para poder comparar a
situação e investigar melhor o caso.
c) Informa ao contribuinte que os sistemas estão com problemas no dia de
hoje e pede-lhe que tente novamente mais tarde.
d) Explica ao contribuinte que ele o sistema respondeu de forma adequada,
visto que ele não pode cancelar esta nota fiscal.
e) Informa ao contribuinte que ele não poderá cancelar a nota fiscal, visto
que já houve Ciência da Operação.
Resposta: D.
O ponto desta questão é: a nota fiscal pode ou não pode ser cancelada?
(Independentemente de sistemas estarem ou não funcionando!).
A resposta para isto está na verificação dos eventos associados à NF-e,
que são mostrados na imagem. Note que houve vários eventos importantes:
 Ciência da Operação
 CT-e Autorizado

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 57 de 72


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 Confirmação da Operação
 Registro de Passagem
Vimos alguns deles em nossa aula, vale complementar os demais, embora
não sejam objeto de mais detalhes em nosso curso.

CT-e Autorizado

• O CT-e é documento emitido para documentar (para fins fiscais) a


prestação de serviços de cargas
• O Evento CT-e Autorizado é atrelado à NF-e quando o CT-e associado a
ela é autorizado
• Um CT-e autorizado sempre está associado a uma NF-e (ou várias)
• Então a NF-e recebe um evento chamado 'NF-e Referenciado em CT-e'
e fica registrado na Sefaz como 'CT-e Autorizado'
• Uma NF-e com CT-e Autorizado não pode ser cancelada, visto que isto
indica ter havido circulação das mercadorias

Esquema 27. CT-e Autorizado

Registro de Passagem

• Evento registrado pela Sefaz no CT-e referente à passagem do MDF-e no


Posto Fiscal
• Indica que a mercadoria passou por determinada localidade, o que
significa que o transporte se realizou
• Se existe este evento, houve circulação da mercadoria e a NF-e não pode
ser cancelada

Esquema 28. Registro de Passagem

Pois bem, note que a Nota Fiscal em questão tem vários eventos que a
impedem de ser cancelada: Registro de Passagem, CT-e Autorizado e
Confirmação de Operação. Ou seja, a alegação do contribuinte de que o sistema
está com problemas não faz sentido (pode até estar, mas mesmo se estivesse
funcionando, ele não conseguiria cancelar a tal nota fiscal). Com isto já
eliminamos as letras A, B e C. Vejamos as demais.
A letra E indica que a nota fiscal não pôde ser cancelada por existir o evento
Ciência da Operação. Ora, vimos no curso que este evento não indica ter
ocorrido a operação, tampouco o transporte. Então, com sua mera existência,
não há qualquer óbice ao cancelamento da nota fiscal e isto não nos responde.
A letra D, ainda que não especifique o motivo, está correta. O sistema irá
de fato proibir que seja feito o cancelamento da nota fiscal, visto que temos
vários eventos que indicam que a operação ocorreu e o fisco não pode aceitar
seu cancelamento.

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 58 de 72


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Apenas para complementar, no caso real, se o contribuinte quiser ‘ajustar’
a sua escrituração para anular a operação, ele terá de fazê-lo por meio da
emissão de uma nota fiscal com a operação contrária. Se ele recebeu a
mercadoria, deve emitir uma nota fiscal de devolução. Se ele enviou a
mercadoria, deve emitir uma nota fiscal de entrada (ou pedir para o destinatário
enviar uma nota de devolução e escriturar esta nota fiscal).

10. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Existem diversos


sistemas disponíveis para uso do contribuinte que não tem
condições de desenvolver ou adquirir seu próprio sistema.
Assinale a alternativa correta acerca destes sistemas:
a) O Visualizador de DF-e permite cruzar notas fiscais eletrônicas com a
escrituração fiscal digital do contribuinte de forma a identificar falhas de
escrituração.
b) O Assinador viabiliza o envio das notas fiscais emitidas pelo contribuinte
para o fisco.
c) O Manifestador de NF-e permite o download do arquivo XML da NF-e.
d) O Emissor Gratuito de NF-e permite assinar digitalmente o arquivo XML
da NF-e.
e) O ReceitaNet permite o envio de NF-e para o Fisco.
Resposta: C.
Pessoal, vou ser bem sincero. Não acho que este assunto caia na sua
prova. Não está explícito no edital e está fora do escopo do MOC e do manual
da EFD. Mas vai que, né... Então criei esta questão e vou falar numa outra
questão de alguns dos outros programas relacionados ao EFD. A ideia é que
você pelo menos tenha uma noção destes sistemas para não ter surpresas na
prova, ok? Então, não espere muitos detalhes, vamos direto ao mais
importante:
A – Não existe programa disponibilizado pelos Fiscos para cruzar dados de
documentos fiscais. Isto normalmente são sistemas internos para as análises
fiscais, que você deverá usar bastante no seu trabalho como auditor fiscal. O
Visualizador de DF-e lhe permite apenas visualizar documentos fiscais
eletrônicos, como NF-e e CT-e. O download está disponível aqui:
http://www.cte.fazenda.gov.br/portal/listaConteudo.aspx?tipoConteudo=F+LZ
7kF1I4U=
B – O Assinador é um software disponível para assinar digitalmente o
arquivo XML dos documentos fiscais, utilizando o certificado digital do
contribuinte. Download disponível em:
http://www.cte.fazenda.gov.br/portal/listaConteudo.aspx?tipoConteudo=B7kL
1rP5cbU=

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 59 de 72


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C – O Manifestador de NF-e é um software desenvolvido pela Sefaz-SP
para eminentemente permitir a manifestação pelo destinatário dos diversos
eventos da NF-e, a saber:
 Ciência da Emissão
 Confirmação da Operação
 Desconhecimento da Operação
 Operação não Realizada
Ocorre que este sistema também permite:
 Download de arquivo XML da NF-e
 Validação de arquivo XML da NF-e recebido do emitente
 Exportação do arquivo XML
 Geração e restauração de arquivo de backup
D – O Emissor Gratuito de NF-e foi um software inicialmente desenvolvido
pela Sefaz-SP para permitir que contribuintes emitissem as notas fiscais de
forma gratuita, sem requerer a aquisição ou desenvolvimento de sistemas para
lhes permitir fazer isto. Ocorre que este sistema foi descontinuado pela Sefaz-
SP e a partir de 01/01/17 a Sefaz-MA passou a dar continuidade a ele. Seu
intuito, portanto, é atender aos requisitos das notas técnicas do CONFAZ a
respeito da NF-e, de forma que os contribuintes consigam emitir suas NF-e por
meio dele.
E – O ReceitaNet permite a transmissão, via internet, das declarações de
impostos e contribuições federais de pessoas físicas e jurídicas. Permite o
download dos arquivos enviados também.

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6. LISTA DE EXERCÍCIOS

1. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) As Administrações


Tributárias são representadas em diversos encontros nacionais.
Estes encontros levam a decisões em conjunto de processos,
procedimentos e tecnologias que envolvem os diversos Estados da
Federação.
Dentre os listados abaixo, qual deles diz respeito ao grupo de trabalho do
Projeto da Nota Fiscal Eletrônica?
a) ENCAT
b) CONFAZ
c) GT-30
d) ANFIP
e) SINDIFISCO

2. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Cada Documento


Fiscal possui seu próprio código de modelo, identificando sua
finalidade. Correlacione as colunas abaixo:
Documento Fiscal Modelo
1 – Nota Fiscal Eletrônica a) 58
2 – Nota Fiscal do Consumidor b) 57
Eletrônica
3 – Conhecimento de Transporte c) 55
Eletrônico
4 – Manifesto de Documentos Fiscais d) 01
Eletrônicos
5 – Nota Fiscal e) 65

A correlação correta é?
a) 1-a, 2-b, 3-c, 4-e, 5-e
b) 1-b, 2-a, 3-e, 4-c, 5-d
c) 1-c, 2-e, 3-b, 4-a, 5-d
d) 1-e, 2-a, 3-d, 4-c, 5-b
e) 1-c, 2-b, 3-d, 4-e, 5-a

3. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Durante a sua


fiscalização, você enfrentou problemas nos sistemas da Secretaria

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de Fazenda, tendo de solicitar ao contribuinte o envio de suas notas
fiscais eletrônicas por meio de uma mídia digital (CD ou DVD).
Ocorre que, sem que você saiba, o contribuinte fraudou alguns dos
arquivos antes de lhe entregar, alterando dados dos valores do ICMS,
informações dos destinatários, data de emissão, dentre outros campos
existentes nas informações das notas fiscais.
De posse dos arquivos XML das notas fiscais eletrônicas solicitadas, você
inicia a carga destes dados no sistema disponível para sua análise fiscal.
Assuma que:
 O sistema utilizado faz a validação de TODO o documento fiscal
 O sistema utilizado não se conecta a nenhuma base de dados
externa
Diante deste cenário, o que mais provavelmente ocorrerá:
a) O arquivo será carregado normalmente e você fará uma análise baseada
em dados errôneos.
b) O sistema irá travar, não carregando as notas fiscais.
c) O sistema irá acusar a falha, apontando os dados que foram alterados
pelo contribuinte e o valor correto que deveriam constar nas notas fiscais.
d) O sistema irá apontar possíveis divergências na validade jurídica dos
documentos fiscais
e) Os dados serão carregados, mas o sistema irá cruzar as informações
para lhe dar os dados corretamente para a análise.

4. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Você recebe um


processo fiscal para responder a uma solicitação do Estado do
Paraná a respeito de uma operação de um contribuinte de SC.
Segundo a redação no processo, o contribuinte de SC realizou uma
operação interestadual de remessa de mercadoria para o Paraná,
mas o contribuinte do PR alega ter recusado a operação, por isto
não a escriturou em seus livros fiscais. Não há quaisquer outras
informações além disto. A solicitação no processo é que você
esclareça o que houve.
A respeito da situação, podemos comentar:
a) Como houve a recusa da operação, o contribuinte do PR emitiu uma
nota de devolução, que deve existir na base de dados da Sefaz SC.
b) Como se trata de uma operação interestadual, as informações da NF-e
emitidas da empresa de SC para a empresa do PR devem estar disponíveis tanto
para a fiscalização de SC quanto a do PR.

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c) A recusa da operação desobriga do contribuinte de SC a escriturar a NF-
e, impossibilitando você de obter informações relevantes na base de dados da
Fazenda Estadual.
d) A única forma que você tem de saber como a informação foi escriturada
pelo contribuinte do Paraná é pelas informações constantes no processo.
e) Este tipo de processo está fora de sua alçada como Auditor Fiscal,
cabendo despacho de devolução de pronto.

5. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) A respeito do DANFE,


assinale a alternativa incorreta:
a) Apresenta a chave de acesso da nota fiscal correspondente
b) É uma representação gráfica sucinta da NF-e
c) Obrigatório para acompanhar o trânsito de mercadorias sujeitas ao ICMS
d) Traz o protocolo de Autorização de Uso da NF-e
e) Se necessário, substitui a NF-e para fins fiscais

6. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Hoje é seu último dia


antes de entrar de férias e, para adiantar o trabalho, você está
preparando várias intimações de seus contribuintes para que eles
possam adiantar os trabalhos até sua volta e não impactar o curso
das ações fiscais de sua responsabilidade.
Ocorre que justamente hoje foi programada uma manutenção preventiva nos
servidores da Secretaria de Fazenda e alguns sistemas estão inoperantes,
impactando o desenvolvimento do seu trabalho.
Um dos casos em que você está trabalhando se refere a uma nota fiscal única,
na qual você apenas precisa identificar alguns dados para poder dar
continuidade ao seu trabalho.
Diante da impossibilidade de acessar os sistemas, você decide abrir o arquivo
no Bloco de Notas mesmo para poder adiantar seu trabalho e identificar os
dados de que precisa. Observe o arquivo aberto, abaixo:
<NFexmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe">
<infNFeId="NFe35080599999090910270550010000000015180051273"versao=
"1.10">
<ide>
<cUF>35</cUF>
<cNF>518005127</cNF>
<natOp>Venda a vista</natOp>
<indPag>0</indPag>
<mod>55</mod>
<serie>1</serie>
<nNF>1</nNF>
<dEmi>2008-05-06</dEmi>

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 63 de 72


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<dSaiEnt>2008-05-06</dSaiEnt>
<tpNF>0</tpNF>
<cMunFG>3550308</cMunFG>
<tpImp>1</tpImp>
<tpEmis>1</tpEmis>
<cDV>3</cDV>
<tpAmb>2</tpAmb>
<finNFe>1</finNFe>
<procEmi>0</procEmi>
<verProc>NF-eletronica.com</verProc>
</ide>
<emit>
<CNPJ>99999090910270</CNPJ>
<xNome>NF-e Associacao NF-e</xNome>
<xFant>NF-e</xFant>
<enderEmit>
<xLgr>Rua Central</xLgr>
<nro>100</nro>
<xCpl>Fundos</xCpl>
<xBairro>Distrito Industrial</xBairro>
<cMun>3502200</cMun>
<xMun>Angatuba</xMun>
<UF>SP</UF>
<CEP>17100171</CEP>
<cPais>1058</cPais>
<xPais>Brasil</xPais>
<fone>1733021717</fone>
</enderEmit>
<IE>123456789012</IE>
</emit>
<dest>
<CNPJ>00000000000191</CNPJ>
<xNome>DISTRIBUIDORA DE AGUAS MINERAIS</xNome>
<enderDest>
<xLgr>AV DAS FONTES</xLgr>
<nro>1777</nro>
<xCpl>10 ANDAR</xCpl>
<xBairro>PARQUE FONTES</xBairro>
<cMun>5030801</cMun>
<xMun>Sao Paulo</xMun>
<UF>SP</UF>
<CEP>13950000</CEP>
<cPais>1058</cPais>
<xPais>BRASIL</xPais>
<fone>1932011234</fone>
</enderDest>
<IE> </IE>
</dest>
<retirada>
<CNPJ>99171171000194</CNPJ>
<xLgr>AV PAULISTA</xLgr>
<nro>12345</nro>
<xCpl>TERREO</xCpl>
<xBairro>CERQUEIRA CESAR</xBairro>
<cMun>3550308</cMun>
<xMun>SAO PAULO</xMun>
<UF>SP</UF>
</retirada>
<entrega>
<CNPJ>99299299000194</CNPJ>

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 64 de 72


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<xLgr>AV FARIA LIMA</xLgr>
<nro>1500</nro>
<xCpl>15 ANDAR</xCpl>
<xBairro>PINHEIROS</xBairro>
<cMun>3550308</cMun>
<xMun>SAO PAULO</xMun>
<UF>SP</UF>
</entrega>
<det nItem="1">
<prod>
<cProd>00001</cProd>
<cEAN></cEAN>
<xProd>Agua Mineral</xProd>
<CFOP>5101</CFOP>
<uCom>dz</uCom>
<qCom>1000000.0000</qCom>
<vUnCom>1</vUnCom>
<vProd>10000000.00</vProd>
<cEANTrib></cEANTrib>
<uTrib>und</uTrib>
<qTrib>12000000.0000</qTrib>
<vUnTrib>1</vUnTrib>
</prod>
<imposto>
<ICMS>
<ICMS00>
<orig>0</orig>
<CST>00</CST>
<modBC>0</modBC>
<vBC>10000000.00</vBC>
<pICMS>18.00</pICMS>
<vICMS>1800000.00</vICMS>
</ICMS00>
</ICMS>
<PIS>
<PISAliq>
<CST>01</CST>
<vBC>10000000.00</vBC>
<pPIS>0.65</pPIS>
<vPIS>65000</vPIS>
</PISAliq>
</PIS>
<COFINS>
<COFINSAliq>
<CST>01</CST>
<vBC>10000000.00</vBC>
<pCOFINS>2.00</pCOFINS>
<vCOFINS>200000.00</vCOFINS>
</COFINSAliq>
</COFINS>
</imposto>
</det>
<det nItem="2">
<prod>
<cProd>00002</cProd>
<cEAN></cEAN>
<xProd>Agua Mineral</xProd>
<CFOP>5101</CFOP>
<uCom>pack</uCom>
<qCom>5000000.0000</qCom>

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 65 de 72


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<vUnCom>2</vUnCom>
<vProd>10000000.00</vProd>
<cEANTrib></cEANTrib>
<uTrib>und</uTrib>
<qTrib>3000000.0000</qTrib>
<vUnTrib>0.3333</vUnTrib>
</prod>
<imposto>
<ICMS>
<ICMS00>
<orig>0</orig>
<CST>00</CST>
<modBC>0</modBC>
<vBC>10000000.00</vBC>
<pICMS>18.00</pICMS>
<vICMS>1800000.00</vICMS>
</ICMS00>
</ICMS>
<PIS>
<PISAliq>
<CST>01</CST>
<vBC>10000000.00</vBC>
<pPIS>0.65</pPIS>
<vPIS>65000</vPIS>
</PISAliq>
</PIS>
<COFINS>
<COFINSAliq>
<CST>01</CST>
<vBC>10000000.00</vBC>
<pCOFINS>2.00</pCOFINS>
<vCOFINS>200000.00</vCOFINS>
</COFINSAliq>
</COFINS>
</imposto>
</det>
<total>
<ICMSTot>
<vBC>20000000.00</vBC>
<vICMS>1800000.00</vICMS>
<vBCST>0</vBCST>
<vST>0</vST>
<vProd>20000000.00</vProd>
<vFrete>0</vFrete>
<vSeg>0</vSeg>
<vDesc>0</vDesc>
<vII>0</vII>
<vIPI>0</vIPI>
<vPIS>130000.00</vPIS>
<vCOFINS>400000.00</vCOFINS>
<vOutro>0</vOutro>
<vNF>20000000.00</vNF>
</ICMSTot>
</total>
<transp>
<modFrete>0</modFrete>
<transporta>
<CNPJ>99171171000191</CNPJ>
<xNome>Distribuidora de Bebidas Fazenda de SP
Ltda.</xNome>

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 66 de 72


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<IE>171999999119</IE>
<xEnder>Rua Central 100 - Fundos - Distrito
Industrial</xEnder>
<xMun>SAO PAULO</xMun>
<UF>SP</UF>
</transporta>
<veicTransp>
<placa>BXI1717</placa>
<UF>SP</UF>
<RNTC>123456789</RNTC>
</veicTransp>
<reboque>
<placa>BXI1818</placa>
<UF>SP</UF>
<RNTC>123456789</RNTC>
</reboque>
<vol>
<qVol>10000</qVol>
<esp>CAIXA</esp>
<marca>LINDOYA</marca>
<nVol>500</nVol>
<pesoL>1000000000.000</pesoL>
<pesoB>1200000000.000</pesoB>
<lacres>
<nLacre>XYZ10231486</nLacre>
</lacres>
</vol>
</transp>
<infAdic>
<infAdFisco>Nota Fiscal de exemplo NF-
eletronica.com</infAdFisco>
</infAdic>
</infNFe>
<Signaturexmlns="http://www.w3.org/2000/09/xmldsig#">
<SignedInfo>
<CanonicalizationMethodAlgorithm="http://www.w3.org/TR/20
01/REC-xml-c14n-20010315"></CanonicalizationMethod>
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sig#rsa-sha1"></SignatureMethod>
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<TransformAlgorithm="http://www.w3.org/2000/
09/xmldsig#enveloped-signature"></Transform>
<TransformAlgorithm="http://www.w3.org/TR/20
01/REC-xml-c14n-20010315"></Transform>
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mldsig#sha1"></DigestMethod>
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<SignatureValue>Iz5Z3PLQbzZt9jnBtr6xsmHZMOu/3plXG9xxfFjRCQYGnD
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MwbXG7+0LYgkwPFiPCao2S33UpZe7MneaxcmKQGKQZw1fP8fsWmaQ4cczZ
T8=</SignatureValue>
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<X509Data>

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 67 de 72


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<X509Certificate>MIIEuzCCA6OgAwIBAgIDMTMxMA0GCSq
GSIb3DQEBBQUAMIGSMQswCQYDVQQGEwJCUjELMAkGA1UE
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hcNMDkwNDMwMjM1OTU5WjCBnjELMAkGA1UECBMCUlMxHT
AbBgNVBAsTFFRlc3RlIFByb2pldG8gTkZlIFJTMR0wGwYDVQQK
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DkwOTEwMjcwoBcGBWBMAQMHoA4EDDAwMDAwMDAwMDA
wMIEfZmVybmFuZG8tYWx0QHByb2NlcmdzLnJzLmdvdi5icjAg
BgNVHSUBAf8EFjAUBggrBgEFBQcDAgYIKwYBBQUHAwQwUw
YDVR0fAQEABEkwRzBFoEOgQYY/aHR0cDovL25mZWNlcnRpZ
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cmlhMzguY3JsMA0GCSqGSIb3DQEBBQUAA4IBAQCNPpaZ3By
u3/70nObXE8NiM53j1ddIFXsb+v2ghCVd4ffExv3hYc+/a3lfgV
8H/WfQsdSCTzS2cHrd4Aasr/eXfclVDmf2hcWz+R7iysOHuT6B
6r+DvV3JcMdJJCDdynR5REa+zViMnVZo1G3KuceQ7/y5X3WF
NVq4kwHvonJ9oExsWyw8rTwUK5bsjz0A2yEwXkmkJIngnF41s
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ZrgSZWRQy6mU224sX3HTArHahmLJ9Iw+WYAua5qBJsiN6PC
7v5tfhrEQFpcG39yMnOecxvkkPolDUyBa7d7xwgm</X509Cer
tificate>
</X509Data>
</KeyInfo>
</Signature>
</NFe>9

Você então consegue visualizar o CNPJ do Destinatário, o Valor da NF-e e


sua Data de Emissão, que são, respectivamente:
a) 00.000.000/0001-91, R$ 20.000.000,00 e 06/05/2008
b) 99.999.090/9102-70, R$ 1.800.000.00 e 05/06/2008
c) 99.171.171/0001-94, R$ 10.000.000.00 e 06/05/2008
d) 99.299.299/0001-94, R$ 20.000.000.00 e 05/06/2008
e) 00.000.000/0001-91, R$ 20.000.000.00 e 05/06/2008

9
NF-e disponível em https://www.webdanfe.com.br/danfe/ExemploXml.aspx

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 68 de 72


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7. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Ao emitir uma NF-e,
o contribuinte poderá receber diferentes mensagens do resultado de
sua solicitação, por meio dos WebServices do Fisco.
A respeito destas mensagens de retorno, assinale a opção correta:
a) Uma nota fiscal pode ser rejeitada, situação na qual a SEFAZ armazena
os dados da NF-e e retorna mensagem com a informação de rejeição
b) Uma nota fiscal denegada não possui chave de acesso
c) Uma nota fiscal autorizada recebe a Chave de Acesso quando a
mercadoria é enviada ao destinatário.
d) Uma nota fiscal rejeitada pode ser retransmitida para o Fisco.
e) Uma nota fiscal denegada não precisa ser armazenada na base de dados
do Fisco.

8. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Hoje é dia de seu


plantão fiscal na Sefaz SC. Você é a pessoa responsável por prestar
atendimentos aos contribuintes. E para sua sorte, os sistemas da
fazenda estão com algum tipo de intermitência, gerando falhas na
comunicação entre os sistemas do contribuinte e o Fisco.
A consequência disto é uma enxurrada de ligações e tentativas de contato
direto com a Sefaz nos diversos canais, inclusive na sua repartição, onde hoje,
você é o principal responsável.
Um contribuinte está tendo problemas sérios para a emissão de notas
fiscais eletrônicas. Ele alega ter acabado de contratar uma empresa
especializada para a emissão de notas fiscais e o serviço não está funcionando.
Infelizmente, ele já está sobressaltado, pois tentou contato com outras
áreas da Sefaz e não obteve uma posição sobre o possível motivo do problema.
Ele alega que a equipe de TI da empresa contratada explicou-lhe que há alguma
falha na comunicação entre o sistema e os WebServices da Sefaz-SC, tornando
inviável a emissão de documentos eletrônicos.
Você busca ajudar o contribuinte a identificar possíveis motivos para a
falha, dentre os quais não se enquadra:
a) A empresa de TI está fazendo chamadas a WebServices no endereço
errado.
b) Os serviços da Sefaz Virtual do RS estão apresentando problemas
c) Há problemas na autorização do contribuinte para a emissão de
documentos fiscais eletrônicos

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 69 de 72


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d) A assinatura digital do contribuinte é inválida
e) A empresa de TI não é homologada pela Sefaz-SC

9. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) E lá está você


novamente no plantão fiscal. Pelo visto você não é uma pessoa com
muita sorte, pois sempre aparecem uns casos ‘cabeludos’ para
serem resolvidos.
Logo cedo, ao chegar na Sefaz-SC, você verifica no seu e-mail que está
havendo manutenções nos sistemas e isto pode afetar os serviços oferecidos
aos contribuintes. Seu dia será divertido.
E menos de 10 minutos após sua chegada, um contribuinte entra em
contato alegando que o sistema da Sefaz-SC está com problemas e não deixa
ele realizar cancelamento de uma Nota Fiscal Eletrônica cuja operação,
conforme diz, não foi concretizada.
Você pede ao contribuinte a Chave de Acesso da Nota Fiscal e verifica as
seguintes informações no Portal Nacional da NF-e
(http://www.nfe.fazenda.gov.br):

Com base nestas informações, você responde ao contribuinte o seguinte:


a) Pede-lhe que espere um pouco enquanto entra em contato com as áreas
responsáveis na Secretaria de Fazenda para saber o que está acontecendo com
os serviços oferecidos aos contribuintes e se isto está afetando a operação em
questão.
b) Pede mais informações ao contribuinte e se ele conseguiu efetuar o
cancelamento de alguma nota fiscal recentemente, para poder comparar a
situação e investigar melhor o caso.
c) Informa ao contribuinte que os sistemas estão com problemas no dia de
hoje e pede-lhe que tente novamente mais tarde.

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 70 de 72


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d) Explica ao contribuinte que ele o sistema respondeu de forma adequada,
visto que ele não pode cancelar esta nota fiscal.
e) Informa ao contribuinte que ele não poderá cancelar a nota fiscal, visto
que já houve Ciência da Operação.

10. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Existem diversos


sistemas disponíveis para uso do contribuinte que não tem
condições de desenvolver ou adquirir seu próprio sistema.
Assinale a alternativa correta acerca destes sistemas:
a) O Visualizador de DF-e permite cruzar notas fiscais eletrônicas com a
escrituração fiscal digital do contribuinte de forma a identificar falhas de
escrituração.
b) O Assinador viabiliza o envio das notas fiscais emitidas pelo contribuinte
para o fisco.
c) O Manifestador de NF-e permite o download do arquivo XML da NF-e.
d) O Emissor Gratuito de NF-e permite assinar digitalmente o arquivo XML
da NF-e.
e) O ReceitaNet permite o envio de NF-e para o Fisco.

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 71 de 72


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7. GABARITO

01 A
02 C
03 D
04 B
05 E
06 A
07 D
08 E
09 D
10 C

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 72 de 72


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