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Aula 06 – Estrutura do EFD - Guia Prático EFD ICMS IPI – v. 2.0.22.

Registros da EFD (Blocos 0, C, E, G, H). Identificação das principais


divergências fiscais, utilizando conhecimento em Sistemas
Gerenciadores de Banco de Dados (SGBD) e nos layouts da EFD e da
NFe: Crédito de ICMS sobre aquisições para uso e consumo, ativo
imobilizado ou submetidas a saídas isentas e não tributadas.
Crédito de ICMS em valor superior ao permitido pela legislação
tributária. Verificação da alíquota ou base de cálculo utilizada pelo
contribuinte com aquelas previstas na legislação tributária.
Cotejamento do ICMS devido nas operações submetidas à
substituição tributária e o declarado no documento fiscal.

Sumário
1. BLOCO H – INVENTÁRIO FÍSICO ................................................. 4
1.1. Registro H005 ..................................................................................................................... 4
1.2. Registro H010 ..................................................................................................................... 4
1.3. Registro H020 ..................................................................................................................... 5
2. BLOCO K – CONTROLE DA PRODUÇÃO E DO ESTOQUE ................. 6
2.1. Registro K100 ..................................................................................................................... 9
2.2. Registro K200 ..................................................................................................................... 9
2.3. Registro K280 ................................................................................................................... 13
3. MALHAS FISCAIS ....................................................................... 14
3.1. Relações entre NF-e e NF-e .............................................................................................. 14
3.2. Relações entre NF-e e EFD ............................................................................................... 17
3.3. Relações entre EFD e EFD................................................................................................. 21
3.4. Relação entre Registros Pais e Filhos da EFD ................................................................... 25
4. QUESTÕES COMENTADAS .......................................................... 28
5. LISTA DE EXERCÍCIOS ............................................................... 42
6. GABARITO ................................................................................. 49

Índice de Esquematizações
Esquema 1. Cronograma Bloco K 7
Esquema 2. Tipos de Itens Informados no K200 10
Esquema 3. Estoque Final 11
Esquema 4. Grupo B - natOP 14
Esquema 5. Grupo B – tpNF 15
Esquema 6. Grupo B – idDest 15

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Esquema 7. Grupo B – finfe 15
Esquema 8. Grupo C e Grupo E – CNPJ 16
Esquema 9. Grupo C - CRT 16
Esquema 10. Grupo I - cEAN 16
Esquema 11. Grupo I - NCM 16
Esquema 12. Grupo I – qCom 17
Esquema 13. NF-e vs. EFD - Grupo B 18
Esquema 14. NF-e vs. EFD - Grupo C ou E 18
Esquema 15. NF-e vs. EFD - Grupo H 19
Esquema 16. NF-e vs. EFD - Grupo I 20
Esquema 17. NF-e vs. EFD - Grupo N 21
Esquema 18. NF-e vs. EFD - Grupo W 21
Esquema 19. EFD - Registro 0000 22
Esquema 20. EFD - Registro 0150 22
Esquema 21. EFD - Registro 0200 23
Esquema 22. EFD - Registro 0220 23
Esquema 23. EFD - Registro 0300 23
Esquema 24. Registro C100 23
Esquema 25. Registros E113 e E240 24
Esquema 26. Registro G125 24
Esquema 27. Registro G130 25
Esquema 28. Registro G140 25

Opa, pessoas!
Reforçando o que já havia dito: a parte final prevista para o curso, que
trata dos testes de auditoria, foram pinceladas ao longo de todo o curso.
Obviamente, iremos ver mais disto nesta aula e farei um resumo dos
principais cruzamentos entre dados de NF-e e EFD, bem como pontos chaves
em testes de auditoria da EFD.
Veremos ainda a parte final da EFD, especificamente o Bloco H e o Bloco
K.
Vamos lá fechar o curso e, tomara, fechar a sua prova :D
Leonardo Coelho

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1. BLOCO H – INVENTÁRIO FÍSICO

No bloco H encontramos o inventário físico do estabelecimento. Isto


significa que o controle de entradas e saídas de itens se encontra aqui e deve
estar em consonância com todos os demais eventos registrados em nome da
empresa. Vejamos mais detalhes.

1.1. Registro H005

O Registro H005 nos mostra os Totais do Inventário.


É um sumarizador do total de determinado item. Repare que este registro
é um totalizador, com informações gerais do inventário levantado. Nos demais
registros que veremos detalhes do inventário de cada item do contribuinte.

Note os motivos para apresentação do inventário. Esta pode ser uma boa
fonte de questão teórica em sua prova.
 VL_INV
Este campo deve ser igual à soma do campo VL_ITEM do registro H010.

1.2. Registro H010

O Registro H010 representa o Inventário propriamente dito.


È aqui que encontraremos as informações de cada item no estoque do
estabelecimento. Este é o registro principal, mais utilizado em testes de
auditoria de estoque de contribuintes.

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Como podemos utilizar este registro para fins de análise
fiscal? Tomando por base o período do inventário, podemos cotejar as entradas
e saídas de cada item (conforme o campo COD_ITEM) do registro C100 e
contabilizar o suposto estoque com base nas notas fiscais. Estes valores devem
ser próximos ou idênticos aos valores apresentados no inventário.
Uma outra forma de fazer seria utilizar-se diretamente das informações
das NF-e, o que nos daria ainda mais poder de comparação de possíveis falhas.
No entanto, não poderíamos lançar mão do código do item, uma vez ser
diferente da NF-e e EFD.
Uma forma de fazer isto pode ser com base no NCM do item, caso ele não
se confunda com o NCM de outro item comumente utilizado pelo
estabelecimento. Lembrando que o NCM concentra itens similares, mas por
vezes um mesmo NCM é aplicado para diversos itens, inviabilizando este tipo
de análise. Note que para buscamos o NCM no EFD, teríamos de utilizar o
COD_ITEM para buscar a informação de NCM dentro do registro 0200 e então
poder comparar com as NF-e.

1.3. Registro H020

O Registro H020 serve para a escrituração da Informação


Complementar do Inventário.
Este registro será preenchido quando o campo MOT_INV do H005 for de
02 a 05 (mais fácil lembrar que não se aplica para inventário no final do período
– 01).

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Os campos informados neste registro são facilmente compreendidos.

2. BLOCO K – CONTROLE DA PRODUÇÃO E DO ESTOQUE

Este é um bloco bastante controverso. Isto porque a indústria como um


todo faz um esforço muito grande para postergar sua informação ao longo de
alguns anos.
O CPE traz o fluxo do processo interno das empresas, relacionando os itens
de estoque e sua transformação, passando pelo processo de produção.
Numa empresa mais simples, é quase trivial relacionar os itens utilizados
no processo de produção e seu resultado final. Por exemplo, uma bicicleta possui
diversos componentes facilmente identificáveis que são aplicados para sua
produção. No entanto, uma variedade muito grande de indústrias possui
dificuldades sérias de fazer esta correlação, não havendo, por vezes, uma
relação direta entre os insumos utilizados e o resultado final. Isto é bastante
destacado em indústrias químicas, por conta do processo de transformação.
Do ponto de vista da Auditoria Tributária, acredita-se que a entrada em
vigor deste bloco abrirá uma ‘caixa de pandora’, com possibilidades muito
grandes de fiscalização e controle, ampliando fortemente o poder de ação do
Fisco.
Apesar destas dificuldades, a partir de 2017, parte do bloco K passou a ser
obrigatório e se encontra em vigor o Ajuste SINIEF 01/16, alterando o Ajuste
SINIEF 02/08, justamente no que tange ao bloco K:
§ 7º A escrituração do Livro de Registro de Controle da Produção e do Estoque será
obrigatória na EFD a partir de:
I - para os estabelecimentos industriais pertencentes a empresa com faturamento
anual igual ou superior a R$300.000.000,00:
a) 1º de janeiro de 2017, restrita à informação dos saldos de estoques escriturados nos
Registros K200 e K280, para os estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10 a 32 da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE);
b) 1º de janeiro de 2019, correspondente à escrituração completa do Bloco K, para os
estabelecimentos industriais classificados nas divisões 11, 12 e nos grupos 291, 292 e 293 da
CNAE;
c) 1º de janeiro de 2020, correspondente à escrituração completa do Bloco K, para os
estabelecimentos industriais classificados nas divisões 27 e 30 da CNAE;

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d) 1º de janeiro de 2021, correspondente à escrituração completa do Bloco K, para os
estabelecimentos industriais classificados na divisão 23 e nos grupos 294 e 295 da CNAE;
e) 1º de janeiro de 2022, correspondente à escrituração completa do Bloco K, para os
estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 24,
25, 26, 28, 31 e 32 da CNAE.
II - 1º de janeiro de 2018, restrita à informação dos saldos de estoques escriturados
nos Registros K200 e K280, para os estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10 a 32
da CNAE pertencentes a empresa com faturamento anual igual ou superior a R$78.000.000,00, com
escrituração completa conforme escalonamento a ser definido;
III - 1º de janeiro de 2019, restrita à informação dos saldos de estoques escriturados
nos Registros K200 e K280, para os demais estabelecimentos industriais classificados nas divisões
10 a 32; os estabelecimentos atacadistas classificados nos grupos 462 a 469 da CNAE e os
estabelecimentos equiparados a industrial, com escrituração completa conforme escalonamento a
ser definido.
Ou seja, vamos traduzir isto de forma clara, para que entenda o que vale
a respeito do bloco K.

K200

K280
Obrigação
Industriais > R$
Iniciais do Bloco 01.17
300M
K CNAE divisão 10
a 32
Industriais > R$
01.18
78M
Cronograma
Demais
industriais

Atacadistas
01.19 CNAE grupos 462
a 469

Equiparados a
industrais

Esquema 1. Cronograma Bloco K

Repare que ignorei as alíneas b), c), d) e e) do Inciso I, acima. Além de


ser muito detalhe que dificilmente você irá decorar, existe grande chance de
isto mudar até a data de sua vigência, afinal, como disse, há uma grande
pressão do mercado para postergar a adoção deste bloco.
Apenas para que você compreenda o contexto, vale explicar o que é CNAE.
CNAE é um instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade
econômica, utilizado pelos órgãos de Administração Tributária. A sigla significa
Classificação Nacional de Atividades Econômicas e se aplica a todos os agentes

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econômicos engajados na produção de bens e serviços. Vale para
estabelecimentos agrícolas, entidades públicas e privadas, instituições sem fins
lucrativos e agentes autônomos.
O CNAE é uma tabela grande com o detalhamento das atividades das
organizações. Organizado numa estrutura hierárquica, com uma estrutura de 7
dígitos, é obrigatório para todas as empresas, que definem seu CNAE principal
e vários secundários. O setor de cadastro das Secretarias de Fazenda costuma
controlar e exigir este dado das empresas.
Para você ter uma ideia, seguem exemplos:
Note a estrutura hierárquica:

Que se desdobra para especificar melhor cada atividade:

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As divisões do CNAE citadas no Ajuste Sinief fazem referência à estrutura
hierárquica, mostrada acima.
Então, voltando ao bloco K, note que apenas a partir de 2017 podemos
fiscalizar estas operações a partir da EFD. E mesmo assim para um conjunto
bem limitado de estabelecimentos, em função do alto faturamento exigido. Em
tese, a partir de 2019 um número grande de empresas serão enquadradas.
Diante deste cenário, portanto, vamos focar no que pode ser cobrado,
afinal, apenas 2 registros do bloco K estão disponíveis para análise.

2.1. Registro K100

O Registro K100 traz o Período de Apuração do ICMS/IPI. Via de regra,


este período coincide com a competência da EFD, mas pode haver casos raros
de mais de um período de apuração do ICMS dentro de uma mesma
escrituração.
Este registro é bem simples, como pode ser visto a seguir:

2.2. Registro K200

Adianto uma coisa importante: poucos auditores possuem experiência


auditando estes registros. Não acredito que o examinador irá explorar aspectos
muito avançados deles, portanto. Vamos aos básicos e adicionarei comentários
quando conveniente.
A ideia do K200 é representar o Estoque Escriturado. Isto significa
informar o estoque final escriturado no período (o período é informado no
K100). A escrituração é informada por tipo de estoque e por participante. Vai
ficar mais claro de compreender isto quando visualizarmos os campos, abaixo.
As mercadorias que devem ser controladas no estoque dependem do seu
tipo, conforme informado no campo TIPO_ITEM do Registro 0200. Segue no
esquema:

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00 –
Mercadoria
para revenda
10 – 01 –
Outros Matéria-
Insumos Prima

06 – Produto Mercadorias 02 -
Intermediário no K200 Embalagem

03 –
05 – Produtos
Subproduto em
Processo
04 –
Produto
Acabado

Esquema 2. Tipos de Itens Informados no K200

Informações omitidas indicam que o estoque equivale a 0 (Zero). A


unidade utilizada neste registro deve ser a mesma utilizada no registro 0200,
no campo UNID_INV. Via de regra, as empresas evitam fazer várias conversões
de medidas, até para facilitar seu controle.
O estoque que aparece no K200 indica a quantidade existente da
mercadoria na data final do período de apuração informado no K100. E leva em
consideração todas as movimentações e operações, tais como estoque inicial,
entradas, produção, consumo, saídas e movimentações internas.
A fórmula para cálculo é a seguinte:

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Estoque
Inicial

Entradas

Produção

Movimentação Estoque
Interna
Final

Saída

Consumo

Movimentação
interna

Esquema 3. Estoque Final

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Note o campo IND_EST. Ele indica o tipo de estoque e é bem intuitivo,
visto que o produto pode estar em posse/propriedade do próprio declarante ou
de terceiros. Em virtude disto, para cada produto, separa-se a informação
prestada para que o fisco tenha clareza da quantidade em cada caso, por tipo e
por mercadoria. Sempre que o tipo de estoque envolver terceiros, a informação
do COD_PART é obrigatória para identificar quem é ele.

Ok, mas então como utilizamos isto para um teste de


auditoria de fato? Repare que temos os dados de estoque de cada item. As
informações de entrada destes itens proveem das NF-e, constantes do registro
C100. Com base nas informações do C100, portanto, podemos totalizar a
quantidade de itens que dão entrada e saída num período. Com isto, temos 2
variáveis da equação mostrada no Esquema 3.
O estoque final de um período é o estoque inicial do período seguinte,
portanto, com isto conseguimos mais 1 variável da equação.
Resta-nos, portanto, identificar o consumo, produção e movimentação
interna. No entanto, estes dados são informados em registros hoje não
obrigatórios, que são os registros K210 (Desmontagem de Mercadorias – Item
de Oritem), K220 (Outras Movimentação Internas entre Mercadorias), K230
(Itens Produzidos), K235 (Insumos Consumidos), dentre outros registros
necessários para traçarmos estas informações.
Ou seja, no cenário atual, o máximo que podemos acompanhar em testes
de auditoria é se o estoque final e inicial do contribuinte está coerente, mas as
movimentações e transformações por que os itens passam ao longo de sua
operação ainda não ficam registradas na EFD, impossibilitando-nos montar um
processo de teste de auditoria completo.

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Observe que as informações de entrada e saída seriam mais
fundamentadas se obtidas diretamente da base de NF-e e não da EFD. No
entanto, teremos um problema similar ao que vimos com o inventário: a forma
de conectar os dados entre a NF-e e a EFD não poderá ser a informação de
COD_ITEM, mas algo como o NCM, suscetível a erros, como já mencionado.
Neste ponto, o dado de GTIN (vimos no estudo de NF-e) é bem promissor,
possibilitando no futuro termos informações mais precisas para uma situação
como esta.

2.3. Registro K280

O registro K280 traz a Correção de Apontamento – Estoque


Escriturado.
A ideia é corrigir o que foi indicado em períodos anteriores. Deve ser feito
necessariamente entre o levantamento de 2 inventários (informação do campo
DT_INV do Registro H005). Isto tem uma lógica: a ideia é que o ajuste seja
feito antes de fecharmos o inventário do período seguinte.

 QTD_COR_POS e QTD_COR_NEG

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A ideia é que apenas um destes campos seja informado, sempre com
valores positivos. Se o primeiro for informado, a quantidade será somada deste
valor. Se for informado o segundo, a quantidade será subtraída deste valor.

3. MALHAS FISCAIS

O objetivo deste tópico é congregar boa parte do que falamos ao longo do


curso em termos de testes de auditoria, as chamadas malhas fiscais. O foco
aqui, na verdade, será correlacionar fontes de dados e informações, indicando
potenciais cruzamentos para validar as operações dos contribuintes.

3.1. Relações entre NF-e e NF-e

Na prática, não faremos muitas verificações diretas entre campos da


própria NF-e, mas muitos deles nos serão úteis para compreender determinados
cenários e direcionar nossos testes de auditoria. Vou destacar alguns casos
adicionais e relembrar alguns que tratamos ao longo do curso.

Grupo B - natOP

•Natureza da Operação
•Nos informa a natureza da operação realizada, como venda, compra,
transferência, devolução, importação, consignação, remessas
•Filtrar este campo pode nos direcionar para um subconjunto de notas fiscais
que nos permitam um trabalho mais assertivo nos Testes de Auditoria
•Exemplo:
•Verificação de Créditos Indevidos em Transferências Interestaduais
•Podemos filtrar a natureza Transferências de Mercadorias e similares, dentro
do contexto analisado

Esquema 4. Grupo B - natOP

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Grupo B - tpNF

•Tipo de Operação (entrada ou saída)


•O interessante deste campo é observador a perspectiva de quem estamos
analisando.
•Os dados informados são sempre da perspectiva do informante, ou seja, do
emissor da NF-e
•Se analisamos as NF-e de saída de um certo contribuinte, teremos a maioria das
NF-e emitidas por ele mesmo
•Se analisamos as NF-e de entrada do contribuinte, teremos a maioria das NF-e
emitidas por terceiros
•Neste caso, este campo indicará uma saída (perspectiva do informante)

Esquema 5. Grupo B – tpNF

Grupo B - idDest

•Identificador do Local de Destino da Operação


•Outro campo válido para tornar a ação fiscal mais assertiva
•Permite filtrar as NF-e de foco
•Exemplo:
•Auditoria de Operações de Saída Interestadual
•Vale congregar com o campo UF do grupo E, que indica a UF do destinatário

Esquema 6. Grupo B – idDest

Grupo B - finNFe

•Finalidade de Emissão da NF-e


•Permite-nos separar as NF-e de emissão normal das NF-e complementar, de
ajuste e devolução
•Importante destacar o caso de testes de auditoria no caso de diferença entre
valores declarados e recolhidos em virtude de NF-e Complementares emitidas
para ajustar o imposto.
•Exemplo:
•Valores aferidos para ICMS abaixo do recolhido pelo contribunte
•Justificativa: NF-e complementar emitida na competência seguinte em virtude
de algum normativo específico

Esquema 7. Grupo B – finfe

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Grupo C e Grupo E - CNPJ

•CNPJ do Emitente/ Destinatário


•Campo fundamental para focarmos nas NF-e de determinado contribuinte
emissor ou destinatário
•Se trabalhamos as NF-e de entrada, há vários casos de testes de auditoria em
que iremos focar em determinado fornecedor do contribuinte para análise das
operações

Esquema 8. Grupo C e Grupo E – CNPJ

Grupo C - CRT

•Código de Regime Tributário


•Nos permite identificar se o emissor da NF-e se encontra no Simples Nacional,
no SN com excesso de sublimite ou no Regime Normal
•Esta informação comumente está disponível em base de dados de cadastro da
Sefaz, mas a informação da NF-e pode facilitar os trabalhos de análise, além de
apontar incoerências entre o cadastro do contribuinte e o dado informado na
NF-e

Esquema 9. Grupo C - CRT

Grupo I - cEAN

•Código do produto ou serviço


•Este campo é informado na perspectiva do emissor
•No entanto, se ele usar o padrão GTIN, este é um código universal, possível de
ser usado em cruzamentos com a EFD de outros contribuintes, por exemplo
•É um campo de uso recente, poucas empresas o aplicam, mas tende a se tornar
padrão de mercado, o que facilitará sensivelmente os cruzamentos de dados

Esquema 10. Grupo I - cEAN

Grupo I - NCM

•Código NCM com 8 dígitos


•O código NCM identifica o grupo de produtos
•Ele é falho para individualizar um item, uma vez que vários produtos diferentes
podem ter o mesmo NCM
•Mas dependendo do produto em foco, é viável utilizá-lo para identificar
unicamente o produto

Esquema 11. Grupo I - NCM

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Grupo I - qCom

•Quantidade comercial do produto


•Esta é a quantidade do produto que será considerada para fins de
escrituração/inventário do destinatário
•Note que a unidade (uCom) pode ser diferente entre o que o emitente e
destinatário consideram para fins de escrituração, demandando conversões a
serem feitas pelo destinatário
•Exemplo: o emissor pode vender em Toneladas e o destinatário escriturar em
Quilogramas

Esquema 12. Grupo I – qCom

3.2. Relações entre NF-e e EFD

Vejamos agora algumas relações diretas (e outras nem tão diretas) entre
campos da NF-e e EFD. Meu foco aqui não será criar consultas em SQL, já
fizemos isto ao longo do curso. A ideia é relacionar os campos e seus
significados.
Grupo/Campo Registro/Campo Observações
da NF-e da EFD
Grupo B/cUF 0000/UF Se estivermos comparando os dados
do emissor da NF-e com sua própria
EFD, basta utilizar diretamente o
campo UF do registro 0000.
Porém, se compararmos a NF-e com a
EFD do destinatário, será preciso fazer
alguns cruzamentos adicionais:
 Identificar o COD_PART no
Registro C100
 Obter a informação do
campo COD_MUN do
Registro 0150
 A partir do COD_MUN
identificar o Estado (2
primeiros dígitos nos dá o
código do Estado)
Grupo B/mod C100/COD_MOD -
Grupo B/serie C100/SER -
Grupo B/nNF C100/NUM_DOC -
Grupo B/dhEmi C100/DT_DOC -
Grupo C100/DT_E_S Se for uma nota fiscal de saída e
B/dhSaiEnt estivermos contrapondo a NF-e com a
EFD do destinatário: os campos da NF-

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e e da EFD possivelmente não irão
coincidir, pois a NF-e tem a perspectiva
do emissor da NF-e, enquanto a EFD
traz a perspectiva do destinatário.
Grupo B/tpNF C100/IND_OPER Mesmo caso acima: os campos não
coincidirão se estivermos cotejando a
NF-e do emissor com a EFD do
destinatário, por termos enfoques
diferentes em cada documento.
Status da NFe C100/COD_SIT Aqui vale ressaltar um dado que não
comentei nas aulas passadas e pode
ser importante num cruzamento.
O Status da NF-e nos diz se ela foi
autorizada, denegada, cancelada ou
rejeitada. Esta informação se reflete na
EFD e, obviamente, deve ser a mesma.
O lance é que a informação de Status
da NF-e não se encontra exatamente
no leiaute da NF-e, mas no XML dos
eventos relacionados a ela. O
Cancelamento, por exemplo, é um
evento da NF-e. Estes eventos são
também carregados nas bases de
dados da Sefaz e estão disponíveis
para consulta, permitindo-nos
proceder ao cruzamento de dados, por
exemplo.
Naturalmente, eles ficarão registrados
em tabelas auxiliares, que fazem
menção à identificação de cada NF-e e
podem ser acessadas para consulta.
Esquema 13. NF-e vs. EFD - Grupo B

Grupo/Campo Registro/Campo Observações


da NF-e da EFD
Grupo C ou 0000/CNPJ ou Se comparamos a NF-e do emissor com
E/CNPJ 0150/CNPJ sua própria EFD, basta utilizar o CNPJ
constante do registro 0000.
Mas se comparamos com a EFD do
destinatário da NF-e, teremos de partir do
registro C100, obter o campo COD_PART
e buscar a informação do CNPJ no registro
0150.
O mesmo vale para os campos CPF,
Nome, IE, UF e IM
Esquema 14. NF-e vs. EFD - Grupo C ou E

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Grupo/Campo Registro/Campo Observações
da NF-e da EFD
Grupo H/nItem C170/NUM_ITEM O número do item é um registro
numérico que lista os itens da NF-e na
ordem. Ou seja, se existem 3 itens na
NF-e, eles serão numerados na
sequência: 1, 2 e 3.
Esta relação é relativamente fraca na
prática, infelizmente, pois muitos
contribuintes erram ao cadastrar esta
informação da EFD. Cabe Auto de
Infração por conta deste erro.
Esquema 15. NF-e vs. EFD - Grupo H

Grupo/Campo Registro/Campo da Observações


da NF-e EFD
Grupo I/cProd C170/COD_ITEM Note que estes campos são
informados no enfoque do declarante.
Ou seja, comparar os dados do
emissor da NF-e com o EFD do
destinatário da NF-e não irá garantir
que estes dados sejam iguais.
Grupo I/cEAN 0200/COD_BARRA Se o contribuinte utiliza padrões de
mercado como o GTIN, este código
deverá ser o mesmo, ou seja, não
importa o enfoque da declaração.
No entanto, este código ainda é
novidade e muitos contribuintes o
ignoram.
Repare que será preciso cruzar os
dados da NF-e com o registro C100. E
a partir do C100 obter os dados do
registro C170 e, então, buscar o 0200
por meio do campo COD_ITEM.
Grupo I/xProd 0200/DESCR_ITEM Novamente, nada garante que a
descrição na NF-e seja a mesma da
EFD, nem se consideramos o próprio
contribuinte emissor da NF-e neste
caso (embora provavelmente seja
igual).
Por ser um campo de texto livre, é
bastante desaconselhável utilizá-lo
como base em cruzamento de dados.
Repare que será preciso cruzar os
dados da NF-e com o registro C100. E
a partir do C100 obter os dados do

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registro C170 e, então, buscar o 0200
por meio do campo COD_ITEM.
Grupo I/NCM 0200/COD_NCM O NCM é um campo que deve coincidir,
não importa o enfoque do declarante.
O mal dele é justamente o fato de não
identificar de forma única todos os
itens, visto que há casos em que vários
produtos se enquadram no mesmo
NCM.
Repare que será preciso cruzar os
dados da NF-e com o registro C100. E
a partir do C100 obter os dados do
registro C170 e, então, buscar o 0200
por meio do campo COD_ITEM.
Grupo I/CFOP C170/CFOP Os dados irão coincidir apenas se
compararmos a NF-e com o EFD do
emissor. O CFOP muda para a
perspectiva do destinatário e não há
uma correlação tão direta entre CFOPs
de saída e CFOPs de entrada,
inviabilizando o cruzamento (embora
tenham de fazer sentido do ponto de
vista prático).
Grupo I/uCom C170/UNID Na prática, é comum que o
contribuinte utilize um código
padronizado para as unidades, de
forma que se apliquem códigos
comumente utilizados no mercado. No
então, não duvide esperar ver códigos
como ‘Lts’ indicando Litros ou ‘kilo’
indicando quilogramas.
Ou seja, infelizmente, não nos dá
confiabilidade para cruzar os dados ao
mudarmos o enfoque do declarante.
Grupo I/vProd C170/VL_ITEM -
Grupo I/vDesc C170/VL_DESC -
Esquema 16. NF-e vs. EFD - Grupo I

Grupo/Campo Registro/Campo Observações


da NF-e da EFD
Grupo N/vBC C170/VL_BC_IC Observe que o Grupo N detalha dados
MS dos itens da NF-e, por isto os
relacionamos ao registro C170.
Repare que será preciso cruzar os dados
da NF-e com o registro C100. E a partir
do C100 obter os dados do registro
C170.

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Grupo N/pICMS C170/VL_BC_IC -
MS
Grupo N/vICMS C170/VL_ICMS -
Grupo N/CST C170/CST_ICMS -
Grupo N/vBCST C170/VL_BC_IC -
MS_ST
Grupo C170/VL_ICMS_ -
N/vICMSST ST
Grupo N/pICMS C170/ALIQ_ICMS -
Grupo C170/ALIQ_ST -
N/pICMSST
Esquema 17. NF-e vs. EFD - Grupo N

Grupo/Campo Registro/Campo da Observações


da NF-e EFD
Grupo W/vBC C100/VL_BC_ICMS Observe que o Grupo W detalha
dados totais da NF-e, por isto os
relacionamos ao registro C100.
Grupo C100/VL_ICMS -
W/vICMS
Grupo C100/VL_BC_ICMS_ST -
W/vBCST
Grupo W/vST C100/VL_ICMS_ST -
Grupo W/vProd C100/VL_MERC -
Grupo C100/VL_FRT -
W/vFrete
Grupo W/vSeg C100/VL_SEG -
Grupo C100/VL_DESC -
W/VDesc
Grupo W/vNF C100/VL_DOC -
Esquema 18. NF-e vs. EFD - Grupo W

3.3. Relações entre EFD e EFD

Vejamos agora algumas relações entre campos da EFD para possíveis


testes de auditoria.
Registro/Campo Registro/Campo Observações
0000/COD_FIN - Registro importante para filtrar a
última EFD válida na base de dados.
Note que uma informação de data de
envio deve ser utilizada.
Normalmente existe um campo

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adicional na base informando a data
de recepção do arquivo, bastando,
portanto, selecionar o último dos
arquivos retificadores.
0000/DT_INI e - Registros utilizados para englobar
DT_FIN períodos específicos de escrituração
digital, foco da ação fiscal.
0000/CNPJ ou CPF - Dado importante para selecionar o
foco dos testes de auditoria
0000/HASH_CODE - Este não é um campo previsto na
EFD, mas como citado anteriormente,
é um código único associado a cada
arquivo EFD enviado pelo
contribuinte. E por conta disto, é
normal que o modelo da base atrele a
cada tabela (registro) o hash code, de
forma a identificar a qual arquivo EFD
aquele dado pertence.
Por conseguinte, podemos utilizar o
hash code como chave para conectar
registros diferentes de um mesmo
arquivo em cruzamentos.
Esquema 19. EFD - Registro 0000

Registro/Campo Registro/Campo Observações


0150/COD_PART DIVERSOS Este campo aparece em diversos
registros da EFD, apontando o
participante na operação com o
contribuinte responsável pela EFD. A
partir do cruzamento com o registro
0150 é possível obter informações
sobre o participante, como seu CNPJ,
Nome, IE, etc.
Esquema 20. EFD - Registro 0150

Registro/Campo Registro/Campo Observações


0200/UNID_INV 0190/UNID Relacionamento importante para
obtermos a descrição da unidade
utilizada para registro dos itens no
0200. A descrição existe apenas no
registro 0190.
Para casos triviais como Litros, Kg,
Tonelada, etc. não se faz necessário,
mas há casos bem específicos que a
descrição detalha do que se trata.
Exemplo: Unidade ‘Pacote’. Descrição
‘caixa com 12 unidades’.

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0200/COD_ITEM DIVERSOS Cruzamento entre diversos registros
(como o C170, C197, E240) e o 0200
quando necessitamos obter dados
mais detalhados sobre os itens da NF-
e, tais como a descrição do item, o
código de barras, o tipo de item, o
código NCM, etc.
Esquema 21. EFD - Registro 0200

Registro/Campo Registro/Campo Observações


0220/UNID_CONV 0190/UNID A unidade que será convertida a partir
da definição no 0220 deve estar
descrita no 0190. E a partir deste
cruzamento, podemos obter a
descrição do que significa a unidade,
como vimos acima.
Esquema 22. EFD - Registro 0220

Registro/Campo Registro/Campo Observações


0300/COD_PRNC 0300/COD_IND_BEM Há uma relação dentro do
próprio registro, visto que
estamos relacionando um bem
ou componente a um bem
principal, também descrito no
registro 0300.
Esquema 23. EFD - Registro 0300

Registro/Campo Registro/Campo Observações


C100/COD_PART 0150/COD_PART Como já citado algumas vezes, é a
única forma de encontrarmos o
participante da operação. Se for
uma nota de saída, trata-se do
destinatário. Se for uma nota de
entrada, trata-se do emissor. Em
ambos os casos, precisaremos
recorrer ao registro 0150 para obter
os dados deste participante,
incluindo seu CNPJ, Nome, IE, etc.
Esquema 24. Registro C100

Registro/Campo Registro/Campo Observações


E113/CHV_DOCe C100/CHV_NFE ou Na verdade, temos outros registros
ou D100/CHV_CTE que também listam documentos
E240/CHV_DOCe fiscais que podem influenciar na
apuração. Mas para simplificar com

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o foco de nosso curso, vamos focar
no C100 e D100.
Com base nas informações do
E113, podemos cruzar com os
demais registros para buscar mais
informações acerca dos
documentos fiscais e validar os
dados de ajuste informados na
apuração.
Esquema 25. Registros E113 e E240

Registro/Campo Registro/Campo Observações


G125/COD_IND_BEM 0300/COD_IND_ Todos os itens informados no
BEM CIAP devem estar listados no
0300, onde encontramos
informações detalhadas a seu
respeito, tal como sua descrição
e número de parcelas passíveis
de apropriação. Ainda, a partir
do filho do 0300, o registro
0305, podemos identificar a
informação de centro de custo,
funcionalidade e vida útil do
bem, dados que nos permitem
avaliar sua utilidade no processo
produtivo da empresa como
ativo efetivamente.
G125/VL_IMOB_ICMS_ C170/VL_ICMS O valor do ICMS lançado como
OP crédito no CIAP deve ser igual ou
menor ao valor informado no
documento fiscal a que ele se
refere. A pegadinha é que o
G125 não contém a informação
de qual documento fiscal se
trata, nos obrigando a recorrer
ao seu filho, G130, para obter
esta informação e poder cruzar
os dados.
G125/VL_IMOB_ICMS_ C170/VL_ICMS_ Idem ao caso acima.
OP_ST ST
Esquema 26. Registro G125

Registro/Campo Registro/Campo Observações


G130/CHV_NFE_CTE C100/CHV_NFE ou -
D100/CHV_CTE
G130/NUM_DOC C100/NUM_DOC Esta informação pode ser útil para
ou ser congregada com outros dados
D100/NUM_DOC do documento fiscal e permitir o
cruzamento de informações, pois

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a chave de acesso muitas vezes é
ignorada por alguns contribuintes
no registro G130. Cabe Auto de
Infração pela omissão, claro.
Esquema 27. Registro G130

Registro/Campo Registro/Campo Observações


G140/NUM_ITEM C170/NUM_ITEM -
Esquema 28. Registro G140

3.4. Relação entre Registros Pais e Filhos da EFD

Aqui vou explorar um ponto mais conceitual do modelo de bases de dados


das Secretarias de Fazenda para a EFD, considerando o leiaute do arquivo e as
informações prestadas pelos contribuintes.
A ideia aqui é reforçar algo que já comentei no curso, mas ir um pouco
além para tornar mais clara a ideia e garantir sua capacidade de entendimento
de possíveis questões mais complexas na prova, que explorem consultas SQL
aos dados dos contribuintes.
Comentei nas aulas iniciais que ao definirmos o modelo da base de dados
da EFD, alguns ajustes deverão ser feitos para o cenário de um modelo de dados
relacional. Isto ocorre porque numa base relacional precisamos relacionar as
tabelas por meio de chaves primárias e chaves estrangeiras. Assim, no caso
mais trivial para trabalharmos, precisaremos indicar na base de dados qual a
relação entre um registro C170 e um registro C100, de forma a podermos linkar
uma linha do C170 com uma linha do C100, por se tratarem de informações de
uma mesma nota fiscal1.
Para exemplificar melhor isto, veja o trecho de uma EFD:

Não expus todos os dados de cada linha (a imagem está cortada) para
poder ficar legível para você. Isto não afeta o que trataremos aqui.

1
Isto ocorre para toda relação pai-filho entre os registros, mas vou utilizar o C100/C170 como exemplo para
compreendermos o caso.

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Note no primeiro C100 que aparece que existem 2 registros C170 logo
abaixo dele. Como vimos, esta sequência indica a relação pai-filho da EFD, ou
seja, os 2 C170 abaixo do primeiro C100 são seus filhos, indicando que este
documento fiscal possui 2 itens, descritos nos 2 C170 citados.
Mas então como então transpomos esta relação pai-filho para um modelo
de base de dados relacional, de forma a nos possibilitar uma consulta que
retorne os documentos fiscais e seus respectivos itens?
Veja uma proposta de modelo relacional simplificado, para que você
entenda como isto acontecerá:

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O modelo acima está simplificado, não indicando os tipos dos campos e
não englobando a totalidade dos campos nos registros (ia ficar enorme e pouco
legível, por isto omiti). É suficiente para tratar o que estamos abordando aqui.
Primeiro note a relação 1:N que detalha a relação entre o C100 e o C170:

Note que foi incluído um campo HASH_CODE em cada um dos registros.


Este campo provém do arquivo EFD enviado pelo contribuinte e o identifica de
forma única. Todas as linhas da base de dados com um determinado hash code
indicam ser provenientes de um único arquivo EFD. Isto nos dá coerência aos
dados e permite isolá-los quando necessário.
Como um modelo relacional tradicional, todas as tabelas possuem uma
chave única, denominada no exemplo PK_C100 e PK_C170, para cada uma das
tabelas. Esta chave pode ser gerada de forma automática pelo banco de dados
ou de outra forma pelo administrador do banco de dados.
Agora note a chave estrangeira FK_C100 presente na tabela C100. Esta
chave é usada justamente para linkar os registros. No exemplo que dei com
base na EFD mostrada, os 2 registros filhos receberiam a chave estrangeira
apontando para o seu registro pai, permitindo-nos conectar as tabelas e fazer
consultas utilizando JOIN, como vimos ao longo do curso.

Pois é isto, pessoal. Fechamos a parte teórica de nosso curso, mas


idealmente é preciso exercitar muito, pois o assunto aqui tratado é bem amplo
e cheio de detalhes. Pratique com o máximo possível de questões para
consolidar o aprendizado. No Exponencial temos simulados e cadernos de
questões extras para seu aprendizado. Aproveite para revisar também todas as
questões do nosso material!
E não deixe de enviar suas dúvidas no fórum do nosso curso! E dê uma
lida lá nas dúvidas de outros alunos, nosso fórum está riquíssimo e
complementa o curso!

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4. QUESTÕES COMENTADAS

Questões Inéditas criadas pelo professor Leonardo Coelho.

1. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Em qual registro da EFD se


encontra o inventário físico do contribuinte?
a) H010
b) K200
c) C100
d) 0200
e) 0300
Comentários:
Questão simples e direta que reforça a importância de compreendermos a
função dos principais registros da EFD.
Vejamos:
H010: Inventário, nossa resposta!
K200: Estoque.
C100: Documentos Fiscais (NF-e, NFC-e e outros)
0200: Tabela de Identificação dos itens
0300: Cadastro de Bens ou Componentes do Ativo Permanente
Resposta: A.

2. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) São motivações para a


escrituração do Inventário pelo contribuinte na EFD, exceto:
a) Final do período.
b) Mudança de forma de tributação da mercadoria
c) Solicitação de inscrição estadual
d) Solicitação de baixa cadastral
e) Determinação do fisco
Comentários:
Vamos lá, pessoal. A questão trata de um ponto teórico. Você tem 2
caminhos para acertar: decorar as motivações ou estar preparado para analisar
a questão.
A alternativa incorreta é bem óbvia. Na letra C, falamos de solicitação de
inscrição estadual, ou seja, estamos tratando do início da operação da empresa,
o que não faz sentido para exigir o inventário. A ideia do inventário é agir como

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um fechamento de estágio, aplicado no final de período determinado ou em
circunstâncias que denotam o término de uma situação, passando para outra.
De forma mais específica, veja os motivos na tabela abaixo:

Resposta: C.

3. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) São itens considerados para


fins de Estoque no registro K200, exceto:
a) Mercadorias para revenda
b) Peças para construção de ativos do estabelecimento
c) Matérias-primas
d) Embalagens
e) Produtos em processo
Comentários:
Mais uma questão mais teórica acerca da EFD em que você tem 2 opções:
decorar os detalhes dos registros ou compreender a lógica deles para se virar
na hora da prova. Vamos explorar isto.
Vimos que itens do ativo se concentram no CIAP (bloco G), sendo listados
no registro 0300. A letra B nos aponta peças para construção de ativos, ou seja,
são partes de ativos, ou mais precisamente, componentes. Estes itens fazem
parte do ativo, portanto, serão listados no registro 0300 e considerados no CIAP.
Todos os demais itens fazem parte do conceito de mercadorias para
controle de estoque e estarão presentes no registro K200, conforme vimos no
esquema a seguir:

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00 –
Mercadoria
para revenda
10 – 01 –
Outros Matéria-
Insumos Prima

06 – Produto Mercadorias 02 -
Intermediário no K200 Embalagem

03 –
05 – Produtos
Subproduto em
Processo
04 –
Produto
Acabado

Resposta: B.

4. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Agenildo é auditor fiscal recém-


aprovado na Sefaz SC e recebeu a missão de analisar o estoque de alguns
contribuintes com faturamento acima de R$ 500 milhões por ano. Na Ação
Fiscal que recebeu consta que o período de análise deve se estender de 2014
até meados de 2018.
Agenildo executa esta análise, comparando exclusivamente as informações
de notas fiscais e EFD do contribuinte, com o que conclui, mais provavelmente:
a) haver divergências e incoerências no processo produtivo do
contribuinte, apontando possíveis perdas ou extravios de insumos, não
escrituradas.
b) haver um descompasso entre a quantidade de insumo utilizada e os
produtos finais escriturados, resultado de movimentações internas ou consumo
informados erroneamente.
c) haver divergência entre o estoque final e inicial em várias competências
ao longo de todo o período da ação fiscal
d) não ser capaz de analisar detalhes do processo produtivo para os anos
de 2013 a 2016.

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e) não ser capaz de traçar conclusões sobre o processo produtivo em todo
o período da ação fiscal.
Comentários:
Lembre-se: o bloco K ainda está sendo apresentado incompleto (apenas
os registros K200 e K280). E mesmo assim, apenas para empresas com
faturamento elevado no momento. Além disto, iniciou apenas em 2017 para
empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões por ano.
Ou seja, as conclusões apresentadas nas letras A, B e C serão factíveis de
se obter um dia, mas impossíveis no momento atual, visto não conseguirmos
analisar por completo o processo produtivo apenas com base na EFD e NF-e do
contribuinte.
A letra D poderia estar correta, mas note que ela implica dizer que
conseguimos analisar detalhes do processo produtivo a partir de 2017, o que
também não é verdade, infelizmente.
A letra E é a mais coerente, visto não ser possível traçar conclusões mais
detalhadas para todo o período de análise, apenas auditando EFD e NF-e.
Resposta: E.

5. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Fazem parte do SPED os


seguintes projetos, exceto:
a) EFD ICMS IPI
b) NFC-e
c) NF-e
d) eSocial
e) ePagamentos
Comentários:
Não deixe de dar uma passadinha no site do SPED:
http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/964
Lá no site, no menu da esquerda você visualiza diversos dos projetos que
compõem o SPED:

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Dê uma lida básica no que significa cada um deles para se situar.
Estudamos com afinco o EFP ICMS IPI e a NF-e em nosso curso. A NFC-e
é a nota fiscal ao consumidor eletrônica. E o eSocial é o Sistema de Escrituração
Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, para permitir a
comunicação ao governo de dados de empregados de forma unificada.
O ePagamento é o único perdido ali, inventado pelo seu digníssimo
professor :D
Resposta: E.

6. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Analista as assertivas a seguir,


a respeito da EFD:
I – Numa Ação Fiscal, o auditor fiscal poderá solicitar documentos que
comprovem os dados apresentados na escrituração fiscal, devendo o
contribuinte possuir os devidos documentos.
II – Para envio do arquivo EFD, o contribuinte deverá validá-lo,
necessariamente utilizando o Programa Validador disponibilizado pela Receita
Federal do Brasil.
III – Campos da EFD indicados com a informação de obrigação do tipo OC
são informados em situações excepcionais, conforme critério adotado pelo
contribuinte.
Estão corretas, apenas:
a) I e II
b) I e III

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c) I
d) II e III
e) I, II e III
Comentários:
I – Correta. Com a ressalva de que a exigência deve ser feita apenas para
o prazo legal previsto em legislação, comumente de 5 anos.
II – Incorreta. De fato, o arquivo deverá ser validado, mas o contribuinte
não é obrigado a utilizar o Programa Validador, podendo utilizar-se de software
próprio ou de terceiros para tal.
III – Incorreta. Estes campos não são obrigatórios, a menos que exista
dados a serem informados. Neste caso, passam a ser obrigatórios.
Resposta: C.

7. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) É dito que a EFD possui a


totalidade das informações fiscais do contribuinte. Isto significa conter as
seguintes informações, exceto:
a) Entradas e saídas de mercadorias
b) Quantidade, descrição e valores de mercadorias, matérias-primas,
produtos intermediários, materiais de embalagem, produtos manufaturados e
produtos em fabricação.
c) Produção de produtos em processo e produtos acabados e respectivos
consumos de insumos
d) Informações relativas ao Livro Diário e Razão
e) Inventário físico e contábil
Comentários:
Pessoal, um dos projetos do SPED é justamente o ECD – Escrituração
Contábil Digital, que engloba os seguintes livros:
I - Livro Diário e seus auxiliares, se houver;
II - Livro Razão e seus auxiliares, se houver;
III - Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento
comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.
É bom você saber isto, pois com o avanço do trabalho dos auditores fiscais
sobre a EFD, muitos já se debruçam sobre a ECD para ir além no esforço de
compreender as operações das empresas. Note que isto nos leva à letra D como
resposta, visto não ser um dado da EFD.
Todas as demais informações fazem parte da EFD, como vimos no
esquema a seguir:

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Entradas e saídas e detalhamento dos itens

Totalidade das Informações


Detalhamento do processo ainda que em poder de
de produção terceiros

Detalhamento do estoque e
incluindo se fora do
consumo de matérias
estabelecimento
primas

inventário

Informações que
apuração
repercurtam em

pagamento de tributos

Resposta: D.

8. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Acerca da EFD, considere a


estrutura dos registros C100 e C170, a seguir:

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Observe o trecho da EFD abaixo:

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Qual tributação do ICMS aplicada na NF-e número 1704468?
a) Tributada integralmente
b) Tributada e com cobrança do ICMS por ST
c) Com redução de base de cálculo
d) ICMS cobrado anteriormente por ST
e) Não tributada
Comentários:
Pessoal, questão bem difícil, para treinar vários pontos do aprendizado
sobre documentos fiscais digitais.
Primeiramente, o pedido da questão é que você verifique a informação do
CST aplicado. Lembremos a tabela do CST:

Tabela -Tributação pelo ICMS

• 00 – Tributada integralmente
• 10 – Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária
• 20 – Com redução de base de cálculo
• 30 – Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária
• 40 – Isenta
• 41 – Não tributada
• 50 – Suspensão
• 51 – Diferimento
• 60 – ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária
• 70 – Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária
• 90 – Outras

Ou seja, vamos precisar identificar na EFD qual tributação foi aplicada. Se


você olhar o modelo do C100, verá que o campo NUM_DOC (número do
documento) é o oitavo campo. Portanto, temos de ler o extrato da EFD mostrado
para verificar o 8º campo dele, veja:
|C100|0|1|3427423300958480175442|55|00||1704468| ...

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Se você observar, este é o segundo C100 que aparece na imagem acima.
Observe então que esta NF-e tem apenas um item, visto ter apenas um
item C170 abaixo dele. E no leiaute do C170, o CST é o 10º campo da tabela,
portanto:
|C170|1|000024|GASOLINA TIPO C (MISTURADA) ONU1203 CL3
GRP.EMB.II|10000|LT|31184|0|0|060|1652...
Conseguimos identificar que o valor 060 foi informado para esta NF-e,
correspondendo ao caso de ICMS cobrado anteriormente por substituição
tributária, letra D.
Uma forma bem simples de você acertar esta questão (ou chegar perto
disto) seria pensar no seu aprendizado sobre LTE. Derivados de petróleo têm o
imposto recolhido anteriormente, sendo posteriormente acertado entre os
Estados por meio de repasses e ressarcimentos de ICMS ST. Cheguei até a
comentar no meu curso acerca do sistema SCANC, responsável por implementar
este controle entre os Estados e as empresas.
Portanto, por se tratar de Gasolina (campo 4 do C170, facilmente
identificável acima), ficaríamos em dúvida entre as letras B e D, ou seja,
reduzindo para 50% as chances de acerto, mesmo sem saber os detalhes a mais
que comentei da questão!
Resposta: D.

9. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) O contribuinte está tendo


problemas na validação da EFD e entra em contato com o plantão fiscal para
tentar sanar o problema. Você é o responsável neste dia
Ele lhe envia o arquivo EFD não assinado, que está tentando enviar para a
Sefaz. Ele desconfia de alguns pontos que podem estar dando problema,
destacado abaixo:
|0000|009|0|01012018|31012018|CARUARU COMERCIO DE FLORES| E DISTRIBUIÇÃO DE
ALIMENTOS |00647154001141||RJ|86683555|3301702|||A|1|
|0001|0|
|0005|DUQUE DE CAXIAS|25225040|RUA COSMOS|810|SL 02|VILA
ÉDEN|02127766984||fiscal@caruaru.com|
|0100|ROSANGELA ALVES|78732816634|13209||38180500|AVENIDA AV JOSE 5005|-
||SÃO GERALDO|3436694233|3436694233|rosangela.alves@caruaru.com|3104007|

(...)
|0150|003716220001262429173440025|PONTO ESPERA FELIZ
LTDA.ME|1058|00371622000126||2429173440024|3124203||RODOVIA BR|S/N||TREVO|

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|0150|0049802100026080605166|MARGARIDA & RIO CLARO FLORES E
COMÉRCIO|1058|00498021000260||80605161|3304409||RODOVIA FRANCISCO
BRAGA|32|A|LIDICE|
|0150|0110512500014986592295| DOURO LITORAL DAS FLORES
LTDA|1058|01105125000149||86592290|3304557||RUA JOSE VICENTE|525||VILA SÉSAMO|
(...)
|D100|0|1|0346719700016178338326|57|00|||21333|331511034671970001615700000
00213331000233939|13112015|23112015|0||100|0|1|100|0|0|100|||
|D190|041|1353|0|100|0|0|0||
|D100|0|1|0346719700016178338326|57|00|||21120|331511034671970001615700000
00211201000231546|07112015|23112015|0||408,8|0|1|408,8|0|0|408,8|||
|D190|041|1353|0|408,8|0|0|0||
Você analisa estes trechos e observa um erro bem evidente, que é:
a) No registro D100, o separador de milhar usado foi a vírgula, em vez de
ponto.
b) No registro 0000, houve o uso indevido de pipe (|) no nome da
organização.
c) No registro 0005, houve uso indevido do acento no termo ´ÉDEN’. Isto
se repete no termo ‘SÉSAMO’, no registro 0150 e outros casos.
d) No registro 0150, houve o uso de caractere não permitido, o e-comercial
(&)
e) No registro 0150, houve o uso incorreto de . (ponto) no nome da
organização (LTDA.ME).
Comentários:
Pessoal, lembre-se do que pode ou não pode ser informado no documento
EFD:

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Campos Alfanuméricos (C) Campos numéricos (N)

•Podem ser usados todos os •Apenas números


caracteres •Se há indicação de casas
•Exceção: decimais
•I (pipe) •Não há separadores de
•caracteres não imprimíveis milhar ou sinais
•Tamanho máximo de 255 •Vírgula é separador
caracteres decimal
•Exceto se especificado de •Não há limite de
outra forma caracteres
•Sem espaço em branco no •Se há *, significa que o
começo e fim tamanho do campo deve
•Não há distinção entre ser exatamente o
letras maiúsculas e informado
minúsculas •Casas decimais tem
tamanho definido
•Valores percentuais, sem
indicação de %

Repare que a única exceção, dentre os citados nas alternativas, é o uso de


pipe (|). E por que não podemos usar pipes? Porque justamente eles são os
separadores de campos da EFD. Então, se usarmos, irá confundir o leitor do
arquivo, inviabilizando a validação dele.
Resposta: B.

10. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Dentre as propostas de


cruzamentos de informações a seguir, qual delas nos possibilita identificar
que uma NF-e foi escriturada com destaque de imposto a maior?
a) Comparação entre os campos CST da NF-e e CST do registro C100
b) Comparação entre os campos CST da NF-e e CST do registro C170
c) Comparação entre os campos vICMS do grupo N da NF-e e VL_ICMS do
registro C100
d) Comparação entre os campos vICMS do grupo W da NF-e e VL_ICMS do
registro C170
e) Comparação entre os campos vICMS do grupo W da NF-e e VL_ICMS do
registro C100
Comentários:
Questão mais delicada, boa de ser cobrada em sua prova pois não é das
mais difíceis e entra no detalhe do cotejamento de informações entre os
documentos fiscais.

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A comparação entre CST não é uma informação confiável para verificar se
o contribuinte se creditou erroneamente. Obviamente, havendo diferença, é um
possível indício de fraude ou erro, mas por si só não vai nos dizer se houve
impacto na arrecadação do Estado. Vale ressaltar que o CST está associado aos
itens do documento fiscal, portanto, não faz sentido a comparação da letra A,
associando-o ao registro C100. De toda forma, a letra B também não se encaixa.
Na letra C, estamos usando o valor do ICMS informado no grupo N da NF-
e, ou seja, o ICMS de um determinado item da nota fiscal. Não faz sentido
comparar isto com as informações existentes no registro C100, que trata do
valor total da NF-e. Este mesmo problema acontece na letra D, agora ao
contrário: o valor do ICMS no grupo W da NF-e é relativo ao total do documento,
enquanto os dados do C170 dizem respeito aos itens.
A letra E nos dá uma resposta coerente: comparamos o valor do ICMS total
da NF-e e o valor do ICMS total registrado no C100.
Resposta: E.

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5. LISTA DE EXERCÍCIOS

1. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Em qual registro da EFD se


encontra o inventário físico do contribuinte?
a) H010
b) K200
c) C100
d) 0200
e) 0300

2. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) São motivações para a


escrituração do Inventário pelo contribuinte na EFD, exceto:
a) Final do período.
b) Mudança de forma de tributação da mercadoria
c) Solicitação de inscrição estadual
d) Solicitação de baixa cadastral
e) Determinação do fisco

3. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) São itens considerados para


fins de Estoque no registro K200, exceto:
a) Mercadorias para revenda
b) Peças para construção de ativos do estabelecimento
c) Matérias-primas
d) Embalagens
e) Produtos em processo

4. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Agenildo é auditor fiscal recém-


aprovado na Sefaz SC e recebeu a missão de analisar o estoque de alguns
contribuintes com faturamento acima de R$ 500 milhões por ano. Na Ação
Fiscal que recebeu consta que o período de análise deve se estender de 2014
até meados de 2018.
Agenildo executa esta análise, comparando exclusivamente as informações
de notas fiscais e EFD do contribuinte, com o que conclui, mais provavelmente:
a) haver divergências e incoerências no processo produtivo do
contribuinte, apontando possíveis perdas ou extravios de insumos, não
escrituradas.

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b) haver um descompasso entre a quantidade de insumo utilizada e os
produtos finais escriturados, resultado de movimentações internas ou consumo
informados erroneamente.
c) haver divergência entre o estoque final e inicial em várias competências
ao longo de todo o período da ação fiscal
d) não ser capaz de analisar detalhes do processo produtivo para os anos
de 2013 a 2016.
e) não ser capaz de traçar conclusões sobre o processo produtivo em todo
o período da ação fiscal.

5. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Fazem parte do SPED os


seguintes projetos, exceto:
a) EFD ICMS IPI
b) NFC-e
c) NF-e
d) eSocial
e) ePagamentos

6. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Analista as assertivas a seguir,


a respeito da EFD:
I – Numa Ação Fiscal, o auditor fiscal poderá solicitar documentos que
comprovem os dados apresentados na escrituração fiscal, devendo o
contribuinte possuir os devidos documentos.
II – Para envio do arquivo EFD, o contribuinte deverá validá-lo,
necessariamente utilizando o Programa Validador disponibilizado pela Receita
Federal do Brasil.
III – Campos da EFD indicados com a informação de obrigação do tipo OC
são informados em situações excepcionais, conforme critério adotado pelo
contribuinte.
Estão corretas, apenas:
a) I e II
b) I e III
c) I
d) II e III
e) I, II e III

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7. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) É dito que a EFD possui a
totalidade das informações fiscais do contribuinte. Isto significa conter as
seguintes informações, exceto:
a) Entradas e saídas de mercadorias
b) Quantidade, descrição e valores de mercadorias, matérias-primas,
produtos intermediários, materiais de embalagem, produtos manufaturados e
produtos em fabricação.
c) Produção de produtos em processo e produtos acabados e respectivos
consumos de insumos
d) Informações relativas ao Livro Diário e Razão
e) Inventário físico e contábil

8. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Acerca da EFD, considere a


estrutura dos registros C100 e C170, a seguir:

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Observe o trecho da EFD abaixo:

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Qual tributação do ICMS aplicada na NF-e número 1704468?
a) Tributada integralmente
b) Tributada e com cobrança do ICMS por ST
c) Com redução de base de cálculo
d) ICMS cobrado anteriormente por ST
e) Não tributada

9. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) O contribuinte está tendo


problemas na validação da EFD e entra em contato com o plantão fiscal para
tentar sanar o problema. Você é o responsável neste dia
Ele lhe envia o arquivo EFD não assinado, que está tentando enviar para a
Sefaz. Ele desconfia de alguns pontos que podem estar dando problema,
destacado abaixo:
|0000|009|0|01012018|31012018|CARUARU COMERCIO DE FLORES| E DISTRIBUIÇÃO DE
ALIMENTOS |00647154001141||RJ|86683555|3301702|||A|1|
|0001|0|
|0005|DUQUE DE CAXIAS|25225040|RUA COSMOS|810|SL 02|VILA
ÉDEN|02127766984||fiscal@caruaru.com|
|0100|ROSANGELA ALVES|78732816634|13209||38180500|AVENIDA AV JOSE 5005|-
||SÃO GERALDO|3436694233|3436694233|rosangela.alves@caruaru.com|3104007|
(...)
|0150|003716220001262429173440025|PONTO ESPERA FELIZ
LTDA.ME|1058|00371622000126||2429173440024|3124203||RODOVIA BR|S/N||TREVO|
|0150|0049802100026080605166|MARGARIDA & RIO CLARO FLORES E
COMÉRCIO|1058|00498021000260||80605161|3304409||RODOVIA FRANCISCO
BRAGA|32|A|LIDICE|
|0150|0110512500014986592295| DOURO LITORAL DAS FLORES
LTDA|1058|01105125000149||86592290|3304557||RUA JOSE VICENTE|525||VILA SÉSAMO|
(...)

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|D100|0|1|0346719700016178338326|57|00|||21333|331511034671970001615700000
00213331000233939|13112015|23112015|0||100|0|1|100|0|0|100|||
|D190|041|1353|0|100|0|0|0||
|D100|0|1|0346719700016178338326|57|00|||21120|331511034671970001615700000
00211201000231546|07112015|23112015|0||408,8|0|1|408,8|0|0|408,8|||
|D190|041|1353|0|408,8|0|0|0||

Você analisa estes trechos e observa um erro bem evidente, que é:


a) No registro D100, o separador de milhar usado foi a vírgula, em vez de
ponto.
b) No registro 0000, houve o uso indevido de pipe (|) no nome da
organização.
c) No registro 0005, houve uso indevido do acento no termo ´ÉDEN’. Isto
se repete no termo ‘SÉSAMO’, no registro 0150 e outros casos.
d) No registro 0150, houve o uso de caractere não permitido, o e-comercial
(&)
e) No registro 0150, houve o uso incorreto de . (ponto) no nome da
organização (LTDA.ME).

10. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Dentre as propostas de


cruzamentos de informações a seguir, qual delas nos possibilita identificar
que uma NF-e foi escriturada com destaque de imposto a maior?
a) Comparação entre os campos CST da NF-e e CST do registro C100
b) Comparação entre os campos CST da NF-e e CST do registro C170
c) Comparação entre os campos vICMS do grupo N da NF-e e VL_ICMS do
registro C100
d) Comparação entre os campos vICMS do grupo W da NF-e e VL_ICMS do
registro C170
e) Comparação entre os campos vICMS do grupo W da NF-e e VL_ICMS do
registro C100

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6. GABARITO

01 A
02 C
03 B
04 E
05 E
06 C
07 D
08 D
09 B
10 E

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