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Aula 03 – Escrituração Fiscal Digital.

Sumário
1. BLOCO D – DOCUMENTOS FISCAIS II – SERVIÇOS (ICMS) .......... 5
1.1. Registro D100 ..................................................................................................................... 5
1.2. Registro D500 ..................................................................................................................... 8
2. BLOCO E – APURAÇÃO DO ICMS E DO IPI .................................... 9
2.1. Registro E001.................................................................................................................... 10
2.2. Registro E100.................................................................................................................... 10
2.3. Registro E110.................................................................................................................... 11
2.4. Registro E111.................................................................................................................... 15
2.5. Registro E112.................................................................................................................... 16
2.6. Registro E113.................................................................................................................... 17
2.7. Registro E116.................................................................................................................... 18
2.8. Registro E200.................................................................................................................... 19
2.9. Registro E210.................................................................................................................... 20
2.10. Registro E220................................................................................................................ 21
2.11. Registro E230................................................................................................................ 22
2.12. Registro E240................................................................................................................ 22
2.13. Registro E250................................................................................................................ 23
2.14. Registro E300................................................................................................................ 23
3. BLOCO G – Controle do Crédito do ICMS do Ativo Permanente
(CIAP) ............................................................................................... 24
3.1. Registro G001 ................................................................................................................... 25
3.2. Registro G110 ................................................................................................................... 25
3.3. Registro G125 ................................................................................................................... 28
3.4. Registro G126 ................................................................................................................... 32
3.5. Registro G130 ................................................................................................................... 32
3.6. Registro G140 ................................................................................................................... 33
4. BLOCO H – INVENTÁRIO FÍSICO ............................................... 37
4.1. Registro H005 ................................................................................................................... 38
4.2. Registro H010 ................................................................................................................... 38
4.3. Registro H020 ................................................................................................................... 40
5. BLOCO K – CONTROLE DA PRODUÇÃO E DO ESTOQUE ............... 40

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5.1. Registro K100 ................................................................................................................... 45
5.2. Registro K200 ................................................................................................................... 45
5.3. Registro K280 ................................................................................................................... 49
6. MALHAS FISCAIS ....................................................................... 50
6.1. Relações entre NF-e e NF-e .............................................................................................. 50
6.2. Relações entre NF-e e EFD ............................................................................................... 53
6.3. Relações entre EFD e EFD................................................................................................. 58
6.4. Relação entre Registros Pais e Filhos da EFD ................................................................... 61
7. QUESTÕES COMENTADAS .......................................................... 65
8. LISTA DE EXERCÍCIOS ............................................................... 81
9. GABARITO ................................................................................. 86

Índice de Esquematizações
Esquema 1. Ajustes da Apuração do ICMS Próprio 12
Esquema 2. COD_AJ_APUR 16
Esquema 3. CFOPs de Devoluçao e Retorno 21
Esquema 4. Registros de Apuração do FECP 24
Esquema 5. Movimentações no CIAP 29
Esquema 6. Movimentações do CIAP - Detalhamentos 31
Esquema 7. CIAP - Valor do ICMS 31
Esquema 8. Motivos de Apresentação do Inventário 38
Esquema 9. Cronograma Bloco K 42
Esquema 10. Bloco K Obrigatório - Cronograma 42
Esquema 11. Tipos de Itens Informados no K200 46
Esquema 12. Estoque Final 47
Esquema 13. Grupo B - natOP 50
Esquema 14. Grupo B – tpNF 51
Esquema 15. Grupo B – idDest 51
Esquema 16. Grupo B – finfe 51
Esquema 17. Grupo C e Grupo E – CNPJ 52
Esquema 18. Grupo C - CRT 52
Esquema 19. Grupo I - cEAN 52
Esquema 20. Grupo I - NCM 52
Esquema 21. Grupo I – qCom 53
Esquema 22. NF-e vs. EFD - Grupo B 54
Esquema 23. NF-e vs. EFD - Grupo C ou E 55
Esquema 24. NF-e vs. EFD - Grupo H 55
Esquema 25. NF-e vs. EFD - Grupo I 56
Esquema 26. NF-e vs. EFD - Grupo N 57
Esquema 27. NF-e vs. EFD - Grupo W 57

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Esquema 28. EFD - Registro 0000 58
Esquema 29. EFD - Registro 0150 59
Esquema 30. EFD - Registro 0200 59
Esquema 31. EFD - Registro 0220 59
Esquema 32. EFD - Registro 0300 59
Esquema 33. Registro C100 60
Esquema 34. Registros E113 e E240 60
Esquema 35. Registro G125 61
Esquema 36. Registro G130 61
Esquema 37. Registro G140 61

Opa, pessoas!
Nesta aula vamos fechar nosso estudo sobre a EFD. Se segura aí que temos
muita coisa importante para ver!!
Leonardo Coelho

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1. BLOCO D – DOCUMENTOS FISCAIS II – SERVIÇOS (ICMS)

O Bloco D trata de operações de transportes em geral, bem como serviços


de comunicação. Veremos mais especificamente aquelas que tratam de
operações relacionadas ao CT-e, tema presente em muitas provas e bastante
comum no dia a dia dos Auditores Fiscais.

1.1. Registro D100

O D100 inclui as Notas Fiscais de Serviço de Transporte (código 07)


e Conhecimentos de Transporte Rodoviário de Cargas (código 08),
Conhecimentos de Transporte de Cargas Avulso (código 8b), Aquaviário
de Cargas (código 09), Aéreo (código 10), Ferroviário de Cargas (código
11), Multimodal de Cargas (código 26), Nota Fiscal de Transporte
Ferroviário de Carga (código 27), Conhecimento de Transporte
Eletrônico – CT-e (código 57), Conhecimento de Transporte Eletrônico
para Outros Serviços - CT-e OS (código 67) e Bilhete de Passagem
Eletrônico – BP-e (código 63).
O mais importante deles foi destacado em vermelho acima. O CT-e é o
mais comumente usado em ações fiscais e tem boa relação com os conceitos da
NF-e, portanto, vale tratarmos um pouco a respeito dele.
A ideia é que estes registros sejam apresentados por todos os adquirentes
ou prestadores de serviços que utilizem os documentos especificados que,
conforme você visualiza facilmente, estão relacionados a serviços de
transportes.

Uma falha possível é o contribuinte escriturar um


documento de transporte num registro diferente do D100. Pequenos
contribuintes com uma contabilidade não muito estruturada costumam cometer
este erro ainda hoje. Assim, um CT-e de serviço adquirido, por exemplo,
aparece escriturado no registro C100, que trata de notas fiscais e não de
serviços de transportes.
Qual o impacto disto?
Para o contribuinte, relativamente pequeno: ele consegue fazer a
declaração de débitos e créditos de forma adequada. Não há impacto direto em
outros registros, pois a sumarização dos valores do C100 é similar à do D100
no que tange à apuração. No entanto, para testes de auditoria, podemos ter um
problema sério, visto que a chave de acesso de um serviço de transporte será
buscada sempre no Bloco D e você pode se deparar com um indício de operação
não escriturada por conta disto.

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Repare que o contribuinte para cometer este erro precisará escriturar o
documento no registro errado e indicar um modelo errado para ele. Ele tem de
fazer um certo esforço para errar! E claro, está sujeito a um Auto de Infração
por conta de Obrigações Acessórias, além de possíveis débitos equivocados, se
for o caso.
Vejamos então os campos deste registro:

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Assim como no C100, o registro D100 traz informações de valores de Base
de Cálculo e Valor do Imposto. E como no registro C100, para documentos de
entrada, estes dados só devem ser informados se o contribuinte for se
aproveitar do crédito. Ou seja, se há a informação, significa que ela será
computada como crédito para o contribuinte. Então, é bom que ele faça jus a
este crédito ou pode estar sujeito a um Auto de Infração por crédito indevido...
Repare que este registro é muito utilizado por empresas que fornecem
serviços de transporte. Mas ele invariavelmente aparece em empresas de outros
setores, pois elas também contratam serviços de transportes e por vezes se
aproveitam o crédito do ICMS embutido neste serviço.
• COD_MOD
Note que os modelos de documentos fiscais são códigos estruturados numa
tabela presente no Manual da EFD e definida em Ato Cotepe. A informação
inserida neste campo se refere ao código definido para cada caso e presente
nesta tabela. Abaixo um recorte dela:

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Não se preocupe em decorar os códigos desta tabela, apenas tenha em
mente que não se trata dos modelos em si, mas de um código estruturado nesta
tabela. O que quero dizer exatamente é que o campo COD_MOD não receberia
a informação “1A' ao se tratar de um documento modelo 1A, mas receberia o
código ‘01’, conforme consta na tabela.

1.2. Registro D500

Este é o Registro da Nota Fiscal de Serviço de Comunicação (Código


21) e Nota Fiscal de erviço de Telecomunicações (Código 22).
Aqui temos os registros de notas fiscais de serviços de comunicações, tanto
por quem recebe os serviços (clientes) quanto os prestadores de serviço (desde
que enquadrados e conforme o Convênio ICMS 115/03).
De forma similar ao que já vimos antes, para documentos de entrada os
dados de imposto, base de cálculo e alíquota somente são informados nos casos
em que o contribuinte tem direito à apropriação do crédito.
Vejamos os campos desta tabela:

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Não vou adentrar em mais detalhes, visto que este bloco não é dos mais
cobrados pelas bancas.

2. BLOCO E – APURAÇÃO DO ICMS E DO IPI

Chegamos ao conjunto de dados que consolida a apuração do contribuinte.


Informações de Apuração são importantes para cruzar com informações de

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declarações do contribuinte fora da EFD1, bem como identificar se os valores
declarados correspondem aos efetivamente pagos.

2.1. Registro E001

O Registro E001 é a Abertura do Bloco E.


Este registro é importante por nos informar se há movimento ou não.

Ainda que não haja movimento, os registros E100 e E110 devem ser
informados. O E500 (Período e Apuração do IPI) também deverá ser informado
para os casos de Industrial ou equiparado a industrial.

2.2. Registro E100

O Registro E100 representa o Período de Apuração do ICMS.


A ideia deste registro é apenas informar o período de Apuração do ICMS.
Pode haver mais de um período informado, embora seja situação rara. Eu
mesmo nunca me deparei com algo do tipo na fiscalização de empresas do RJ.

Embora seja um dado relevante, se houver apenas um


registro informado no E100, o esperado é que este período aqui informado seja
o mesmo presente no registro 0000, que informa a competência a que se refere
a EFD. Via de regra, em cruzamentos, até ignoramos este registro por conta
disto.

1
Apesar de os dados de apuração estarem consolidados na EFD, muitos Estados ainda mantêm declarações
paralelas utilizadas para homologar os valores devidos pelos contribuintes. No RJ ainda tivemos a GIA-ICMS
até meados de 2019. Em SC ainda existe a DIME (Declaração do ICMS e do Movimento Econômico). Outros
Estados possuem casos similares, mas a maioria está sendo descontinuada para concentrar as informações
na EFD.

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2.3. Registro E110

O Registro E110 é a Apuração do ICMS – Operações Próprias.


Aqui de fato temos os valores de apuração do ICMS no que tange às
operações próprias. Mesmo sem movimento, este registro deve ser informado,
com tudo zerado neste caso.

Este registro é um pouco complexo, vamos compreender seus detalhes.


• VL_TOT_DEBITOS
Aqui temos a soma de todos os débitos de ICMS em documentos fiscais
de saída, excluindo os documentos extemporâneos, complementares
extemporâneos e transferência de saldo devedor do ICMS (CFOP 5605)2.
Somam-se ainda os documentos de entrada com CFOP 1605, que equivale ao
recebimento, por transferência, de saldo devedor de ICMS.
O valor aqui equivale à soma do campo VL_ICMS dos seguintes registros:
C190, C320, C390, C490, C590, C690, C790, C850, C890, D190, D300, D390,

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Este documento, apesar de ser um documento de saída, não gera uma obrigação de pagar o ICMS
destacado, visto ser uma transferência de saldo devedor.

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D410, D590, D690, D696 com datas de documentos dentro do período
informado no E1003.
• VL_AJ_DEBITOS
Lembra do C197? Assim como ele, existe ainda o D197 que não vimos,
mas tem a mesma ideia para o caso de CT-e e afins. Se não está lembrado da
ideia do C197, volte lá e releia, é importante. No C197 destacamos que todos
os itens ali informados possuem um VL_ICMS que corresponde ao valor de
ajuste a ser feito na apuração e um COD_AJ, que nos diz como deve ser feito
este ajuste (volte lá e veja uma tabela grande especificando a estrutura deste
código).
Pois bem, então, se o C197 tiver no COD_AJ o 3º caractere igual a 3, 4 ou
5 (débito) e o 4º caractere igual a 0, 3, 4, 5, 6 ou 7 (operações próprias), o
valor do C197 será somado no campo VL_AJ_DEBITOS do registro E110.
São excluídos documento extemporâneos. Estes são informados no
campo DEB_ESP, junto com outros valores extra-apuração.
E claro, sempre considerando documentos dentro do período de apuração
informado no E100.
• VL_TOT_AJ_DEBITOS
Então, que fique claro: o contribuinte pode fazer ajustes do ICMS nos
próprios documentos fiscais, informando no C197, por exemplo. E isto se reflete
na apuração no campo acima, VL_AJ_DEBITOS. Mas o contribuinte pode
também fazer ajustes direto na sua apuração e isto se reflete (no que tange aos
débitos) no campo VL_TOT_AJ_DEBITOS.

C197 - diretamente
nos documentos
fiscais E111 - diretamente na
apuração

Esquema 1. Ajustes da Apuração do ICMS Próprio

3
Sem desespero, não tente decorar estes registros. A ideia é que você compreenda que todos os registros
que listam documentos fiscais do contribuinte e que geram débitos vão ser somados agora para fechar a
apuração. Repare especificamente no C190 e no D190, que trazem o registro analítico das NF-e e CT-e.

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O valor deste campo é a soma dos valores VL_AJ_APUR dos registros
E111 que, como veremos, são ajustes feitos direto na apuração. Mas
também tem uma pegadinha, o valor só vem somado para este campo se o
COD_AJ_APUR tiver o 3º e 4º caracteres iguais a ‘0’. Veremos a regra para este
código quando analisarmos o E111. É bem similar ao caso do COD_AJ que vimos
para o C197.
Note que isto vai ocorrer para vários registros: os valores informados no
E111 serão somados em determinados campos do E110 sob certas condições,
que se referem ao motivo daquele crédito ou débito ter sido informado na
escrituração.
• VL_ESTORNOS_CRED
Aqui temos o somatório do campo VL_AJ_APUR dos E111 quando, no
COD_AJ_APUR tivermos: 3º caractere igual a 0 e 4º caractere igual 1.
• VL_TOT_CREDITOS
Este campo é similar ao VL_TOT_DEBITOS, mas com a visão dos créditos
do contribuinte. Portanto, soma todos os valores dos campos VL_ICMS dos
registros C190, C590, D190 e D590 que equivalem a crédito, em
documentos de entrada. Mas devem ser excluídos os documentos fiscais
com CFOP 1605, que são os recebimentos, por transferência, de saldo
devedor do ICMS (este valor deve ser lançado como débito como vimos
antes!). E de forma similar, devem ser incluídos os documentos com CFOP
5605, que são as transferências de saldo devedor.
Excluem-se documentos extemporâneos.
• VL_AJ_CREDITOS
Similar ao VL_AJ_DEBITOS, agora na perspectiva dos créditos. Somam-se
os campos VL_ICMS dos registros C197, C597 e D197 quando COD_AJ tiver: 3º
caractere igual a 0, 1 ou 2 e 4º caractere igual a 0, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8.
Excluem-se documentos extemporâneos.
• VL_TOT_AJ_CREDITOS
Idem ao VL_TOT_AJ_DEBITOS, agora para créditos. Somamos os valores
do E111 quando COD_AJ_APUR tiver: 3º caractere igual a 0 e 4º caractere igual
a 2.
• VL_ESTORNOS_DEB
Aqui somamos os valores do E111 quando COD_AJ_APUR tiver: 3º
caractere igual a 0 e 4º caractere igual a 3.
• VL_SLD_APURADO
Este campo equivale à formula:
+VL_TOT_DEBITOS
+VL_AJ_DEBITOS

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+VL_TOT_AJ_DEBITOS
+VL_ESTORNOS_CRED
-VL_TOT_CREDITOS
-VL_AJ_CREDITOS
-VL_TOT_AJ_CREDITOS
-VL_ESTORNOS_DEB
-VL_SLD_CREDOR_ANT
Esta conta é intuitiva se você compreender o significado de cada um dos
campos, afinal, estamos apenas somando todos os débitos e reduzindo de todos
os créditos.
• VL_TOT_DED
Aqui somamos os valores do campo VL_ICMS dos registros C197 e D197
E111 quando COD_AJ tiver: 3º caractere igual a 6 e 4º caractere igual a 0. E
ainda somamos os valores nos registros E111 quando COD_AJ_APUR tiver: 3º
caractere igual a 0 e 4º caractere igual a 4.
Excluem-se documentos extemporâneos.
• VL_ICMS_RECOLHER
Aqui finalmente chegamos ao valor que será recolhido pelo contribuinte no
período. Fazemos uma conta simples agora:
+VL_SLD_APURADO –VL_TOT_DED
Se o resultado desta conta for maior que 0, então informamos o valor
resultante neste campo, indicando que há ICMS em débito. Por conseguinte, o
valor de VL_SLD_CREDOR_TRANSPORTAR será 0.
Já se for menor que 0, não há débito de imposto e o valor absoluto
resultante da conta é informado no campo VL_SLD_CREDOR_TRANSPORTAR,
indicando saldo credor a ser transportado para o período seguinte.4

O valor da soma VL_ICMS_RECOLHER +


DEB_ESP deve ser equivalente à soma dos valores do campo VL_OR do registro
E116, que será o valor efetivamente pago pelo contribuinte e existente nos
sistemas de arrecadação da Sefaz.
• DEB_ESP
Neste campo entram situações especiais, tais como:
✓ ICMS de documentos fiscais extemporâneos

4
Lembre o básico do básico do ICMS e seu sistema de débitos e créditos. Se há crédito para o contribuinte,
ele não vai se beneficiar de imediato, mas fazer uma reserva que poderá ser utilizada nas próximas
competências, abatendo o imposto a ser pago.

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✓ Ajustes do VL_ICMS nos registros C197 e D197 quando COD_AJ
tiver: 3º caractere igual a 7 (débitos especiais) e 4º caractere igual
a 0 (operações próprias)
✓ Ajustes do campo VL_AJ_APUR do registro E111 quando
COD_AJ_APUR tiver: 3º caractere igual a 0 (ICMS próprio) e 4º
caractere igual a 5 (débito especial).

2.4. Registro E111

O Registro E111 concentra os Ajustes/Benefícios/Incentivos da


Apuração do ICMS.
Como citado ao estuarmos o Registro E110, aqui vamos informar ajustes
gerais da apuração do ICMS próprio. Temos as informações que vão para os
seguintes campos do E110: VL_TOT_AJ_DEBITOS, VL_ESTORNOS_CRED,
VL_TOT_AJ_CREDITOS, VL_ESTORNOS_DEB, VL_TOT_DED e DEB_ESP.
Portanto, fique ligado: os campos acima citados são discriminados nos
filhos do E110. A partir dos filhos que poderemos compreender melhor os dados
informados neles.

• COD_AJ_APUR
Este código vai nos dizer como os valores aqui informados serão aplicados
na apuração. Assim como o COD_AJ foi detalhado no Ato COTEPE 09/08, este
também o foi. Cada Sefaz divulga sua tabela, seguindo o padrão definido no Ato
COTEPE citado.
Ele possui 8 caracteres, mas para simplificar, vamos nos ater apenas ao
3º e 4º caractere que nos importam para compreender a apuração dos
contribuintes.

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0 = ICMS Próprio
3º Caractere

COD_AJ_APUR
1 = ICMS ST

0 - Outros débitos;

1 - Estorno de
créditos;
2 - Outros
créditos;
4º Caractere
3 - Estorno de
débitos;
4 - Deduções do
imposto apurado.
5 - Débitos
Especiais

Esquema 2. COD_AJ_APUR

Compreenda a lógica deste registro. De acordo com ao combinação do 3º


e 4º caractere que vimos no esquema, este campo será sumarizado por um
determinado campo do registro E110, indicando os créditos e débitos específicos
da apuração do contribuinte.
Este é um registro comumente avaliado em ações de fiscalização, para
identificar possíveis comportamentos inadequados de contribuintes, lançando
créditos indevidos em sua apuração como forma de minimizar o imposto a
recolher.

2.5. Registro E112

O Registro E112 traz Informações Adicionais dos Ajustes da


Apuração do ICMS.
Aqui temos informações complementares, que podem ser úteis numa Ação
Fiscal para compreendermos o motivo da existência dos ajustes. Os dados aqui
existentes são fáceis de compreender, veja:

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2.6. Registro E113

O Registro E113 consolida as Informações Adicionais dos Ajustes da


Apuração do ICMS – Identificação dos Documentos Fiscais.
Este registro é bastante subutilizado. Tanto por Auditores Fiscais que não
o exploram muito, quanto por empresas que simplesmente o ignoram. Note
abaixo que a maioria dos dados é de Obrigação ‘OC’, ou seja, devem ser
informados se há dados. Então, se omitidos, pode ocasionar um Auto de
Infração por obrigação acessória. E na minha experiência em Testes de Auditoria
da EFD, atrapalha muito a sua ausência!
A ideia deste campo é simplesmente detalhar os documentos fiscais a que
se referem os ajustes do campo E1115. E isto é fundamental para que o Auditor
possa verificar a memória de cálculo e validade dos ajustes lançados, a fim de
validar a Apuração do contribuinte.

5
Repare que o nível deste registro é 5, enquanto o E111 é 4. Ou seja, o registro E113 é filho do E111 e o
detalha.

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• COD_ITEM
Este campo só é informado caso o ajuste se refira a um item específico do
documento fiscal.

Note que este registro é riquíssimo e dá base para o Auditor analisar o


detalhe de quais documentos compõem o ajuste informado, permitindo validar
a informação e verificar erros. O fato de termos a chave de acesso aqui,
inclusive, nos permite cruzar com outras tabelas para obter informações
adicionais sobre a operação.
Um detalhe importante é que a exigência de inclusão da chave de acesso
dos documentos fiscais a que se referem os ajustes só passou a ser exigida
recentemente. Sempre foi exigida para o modelo 55 (NF-e), no caso de CT-e
(modelo 57), a partir de 01/01/2017. Para CT-e OS (modelo 67), a partir de
01/04/2017. E para Bilhete de Passagem Eletrônico (modelo 63), a partir de
01/01/2018.
Mais uma vez ressalto: apesar desta exigência, trata-se de um campo com
obrigatoriedade definida como OC, o que leva a maioria dos contabilistas
ignorarem sua informação, dando azo à ação do fisco em autuar o
estabelecimento.

2.7. Registro E116

O Registro E116 detalha as Obrigações do ICMS Recolhido ou a


Recolher – Operações Próprias.

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Neste registro se encontram os pagamentos realizados ou a realizar e deve
haver uma correlação direta entre estes valores e o que consta na base de dados
de arrecadação da Sefaz6.

• VL_OR
Equivale à soma dos campos VL_ICMS_RECOLHER e DEB_ESP do registro
E110.

2.8. Registro E200

O Registro E200 traz o Período de Apuração do ICMS ST.


Agora veremos um repeteco de tudo que vimos nos registros anteriores,
mas com foco no ICMS ST. Serei mais sucinto desta vez, ok?
Este registro deve ser informado também pelo substituído, se ele for
responsável pelo recolhimento do imposto devido nas operações subsequentes,
quando recebe mercadoria de outra unidade da federação, sujeita ao regime de
ST, na hipótese de o remetente não estar obrigado à retenção do imposto.
Note que este registro é apresentado ‘por UF’, uma vez que a declaração
é feita na visão de cada UF para a qual é devido o imposto. Então, se há
substituição em operações internas, ele será informado normalmente para a UF
de jurisdição do declarante. Porém, se há substituição numa operação para
outro Estado, o contribuinte irá apresentar este registro para a UF para a qual
tenha comercializado e não tenha inscrição de substituto.

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Cada Sefaz tem uma estrutura diferente, mas sempre possui algum sistema concentrador dos pagamentos
realizados pelo contribuinte.

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2.9. Registro E210

O Registro E210 detalha a Apuração do ICMS ST.

• VL_DEVOLV_ST
Aqui são informados casos de devolução de mercadorias que implicam no
abatimento do débito do ICMS ST. Corresponde à soma do campo VL_ICMS_ST
do registro C190 nos casos em que o CFOP apresentado seja específico de uma
devolução: 1410, 1411, 1414, 1415, 1660, 1661, 2410, 2411, 2414. E claro,
dentro do período de apuração do registro E200.

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Apenas a título de informação, veja na tabela a seguir o significado destes
CFOPs:
CFOP DESCRIÇÃO
1.410 Devolução de venda de mercadoria, de produção do estabelecimento,
sujeita ao regime de substituição tributária
1.411 Devolução de venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em
operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária
1.414 Retorno de mercadoria de produção do estabelecimento, remetida para
venda fora do estabelecimento, sujeita ao regime de substituição tributária
1.415 Retorno de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, remetida para
venda fora do estabelecimento em operação com mercadoria sujeita ao
regime de substituição tributária
1.660 Devolução de venda de combustível ou lubrificante destinados à
industrialização subseqüente
1.661 Devolução de venda de combustível ou lubrificante destinados à
comercialização
2.410 Devolução de venda de produção do estabelecimento, quando o produto
estiver sujeito ao regime de substituição tributária
2.411 Devolução de venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em
operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária
2.414 Retorno de produção do estabelecimento, remetida para venda fora do
estabelecimento, quando o produto estiver sujeito ao regime de
substituição tributária
Esquema 3. CFOPs de Devoluçao e Retorno

2.10. Registro E220

O Registro E220 nos dá os Ajustes/Benefícios/Incentivos da


Apuração do ICMS ST.
Aqui temos as informações dos seguintes campos do registro E210:
VL_OUT_CRED_ST, VL_OUT_DEB_ST, VL_DEDUÇOES_ST e DEB_ESP_ST.

Tal qual no registro E111, de acordo com o código do campo COD_AJ_APUR


este valor será sumarizado no respectivo campo do registro E210.

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2.11. Registro E230

O Registro E230 detalha as Informações Adicionais dos Ajustes da


Apuração do ICMS ST.

2.12. Registro E240

O Registro E240 traz as Informações Adicionais dos Ajustes da


Apuração do ICMS ST – Identificação dos Documentos Fiscais.
Da mesma forma que citei para o E113, o E240 é bastante importante para
compreendermos a origem das informações prestados nos ajustes da apuração,
uma vez que podemos ir no detalhe de cada documento fiscal que a justifica.

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2.13. Registro E250

O Registro E250 lista as Obrigações do ICMS ST Recolhido ou a


Recolher.
É similar ao registro E116 e traz os dados de pagamentos realizados ou a
realizar, no que tange ao ICMS ST.

• VL_OR
De forma similar, este campo equivale à soma dos campos
VL_ICMS_RECOL_ST e DEB_ESP_ST do registro E210.

2.14. Registro E300

A família de registro E3XX traz as informações da Apuração do FECP ou


FCP, o Fundo de Combate à Pobreza e do ICMS Diferencial de Alíquota
– UF Origem/Destino da EC 87/15.
Neste material, não vou entrar no detalhe de cada um dos campos, apenas
citá-los aqui para que saiba de sua existência e significado. Não vemos questões
aprofundadas nas provas a ponto de o examinador se aventurar em registros
específicos como estes, mas é bom que saiba de sua existência.
Até 2015 a apuração do FECP era feita em conjunta com o ICMS. Era um
rolo danado, sendo lançadas as informações como débitos especiais e
controladas pelas Sefaz em documentos declaratórios diversos. A partir de 2016
este conjunto de registros foi incluído na EFD para ‘organizar melhor o coreto’.

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Vejamos os principais registros, como disse, apenas como informação para
você:
REGISTRO DESCRIÇÃO
E300 Período de apuração do fundo de
combate à pobreza e do ICMS
diferencial de alíquota – UF
origem/destino EC 87/15
E310 Apuração do ICMS diferencial de
alíquota – UF Origem/destino EC
87/15. (válido até 31/12/2016)
E311 Ajuste/benefício/incentivo da
apuração do fundo de Combate à
pobreza e do ICMS diferencial de
alíquota UF Origem/destino EC 87/15
E312 Informações adicionais dos ajustes da
apuração do Fundo de combate à
pobreza e do ICMS diferencial de
alíquota UF Origem/destino EC 87/15
E313 Informações adicionais dos ajustes da
apuração do Fundo de combate à
pobreza e do ICMS diferencial de
alíquota UF Origem/destino EC 87/15
- identificação dos documentos fiscais
E316 Obrigações recolhidas ou a recolher –
fundo de Combate à pobreza e ICMS
diferencial de alíquota UF
origem/destino EC 87/15
Esquema 4. Registros de Apuração do FECP

3. BLOCO G – Controle do Crédito do ICMS do Ativo


Permanente (CIAP)

Então, se o negócio já estava tenso, agora a chapa vai esquentar de


verdade!
O CIAP é uma das frentes de fiscalização mais proeminentes para
exploração pelas Autoridades Tributárias pelo Brasil. Quando em papel, o
auditor fiscal sempre teve muita dificuldade de se aprofundar nestas
informações adequadamente. No mundo digital, abre-se uma seara de
oportunidades para validar os dados e ‘enquadrar’ as empresas que
historicamente informavam os dados de forma equivocada, quer seja por
despreparo, quer seja por má-fé.
No entanto, o desafio é grande, pois além de ser um conjunto de dados
complexos, poucos Auditores possuem proficiência suficiente para fazê-lo. E o

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histórico de decisões administrativas e judiciais acerca do tema ainda está sendo
construído, o que irá balizar as diretrizes de ação da fiscalização.
Então, vamos em frente. Compreender os registros em si é relativamente
fácil. Vai complicar mesmo quando começarmos a ver os cruzamentos que
devem ser realizados para que os testes de auditoria deste bloco possam ser
realizados a contento.

3.1. Registro G001

O Registro G001 é a Abertura do Bloco G.


Registro bem simples, como as demais aberturas de blocos:

3.2. Registro G110

O Registro G110 traz o ICMS de Ativo Permanente - CIAP.


Você deve lembrar-se de seu estudo de Legislação Tributária: quando da
entrada de um item considerado ativo permanente, a empresa pode se creditar
do ICMS destacado, na base de 1/48 por mês, ao longo de 48 meses, na
proporção do crédito passível de apropriação7.
O legislador muitas vezes tem ideias mirabolantes que, na prática, geram
um trabalho enorme para o controle e gestão das empresas. Esta história de
crédito em 48 meses é um típico caso. A lógica é até simples, basta pegar o
ICMS, dividir por 48 e multiplicar pelo fator de apropriação a cada mês. Mas se
você já tem certa experiência e vem acompanhando minha aula, deve se
perguntar: ok, mas como registrar e controlar isto? Afinal, o contribuinte pode
ter milhares de registros deste tipo e controlar isto ao longo de 4 anos não é
trivial, nem do lado do contribuinte nem do fisco.

7
Não vou entrar nos detalhes disto aqui, mas estou me referindo ao Inciso III do Art. 20 da Lei Kandir, vai lá
no seu material de Legislação Tributária para ficar por dentro disto: III – para aplicação do disposto nos
incisos I e II deste parágrafo, o montante do crédito a ser apropriado será obtido multiplicando-se o valor
total do respectivo crédito pelo fator igual a 1/48 (um quarenta e oito avos) da relação entre o valor das
operações de saídas e prestações tributadas e o total das operações de saídas e prestações do período,
equiparando-se às tributadas, para fins deste inciso, as saídas e prestações com destino ao exterior ou as
saídas de papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.

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Bom, minha resposta é bem direta para isto: realmente não é trivial e se
trata de mais um ‘custo Brasil’ para as empresas. Por mais que elas se creditem
do imposto neste caso, o gasto com um setor contábil confiável para cumprir
estas e outras obrigações acessórias é pesado e acaba se refletindo nos preços,
é a lógica pura e simples de mercado. E se cometem um erro, o fisco pode ir lá
e autuá-las, normalmente cobrando uma multa pesada sobre o ICMS
indevidamente aproveitado.
Pois bem, para viabilizar este controle, nosso Bloco G traz uma série de
registros que se tornam obrigatórios para o contribuinte informar, a fim de
tornar viável o aproveitamento de crédito de ativos permanentes.
O primeiro deles é o G110 que traz as informações gerais do ICMS de
Ativos Permanentes no período. Vejamos:

• SALDO_IN_ICMS
Soma dos valores de créditos de ICMS de Ativos Imobilizados de períodos
anteriores e que já tiveram parcela do crédito apropriado. Soma os valores dos
campos VL_IMOB_ICMS_OP + VL_IMOB_ICMS_ST + VL_IMOB_ICMS_FRT +
VL_IMOB_ICMS_DIF de tais registros.

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Estes bens ou componentes8 serão informados com o tipo de
movimentação SI – Saldo Inicial de Bens Imobilizados no registro G125, com
data de movimentação igual ao início do período de apuração.

Uma pegadinha boa de prova: o saldo inicial


não inclui o ICMS escriturado em período anterior com tipo de movimentação
IA – Imobilização em Andamento. Neste caso, os créditos serão apropriados a
partir da conclusão do bem principal – provavelmente é o caso de um
componente utilizado na construção de um ativo da empresa. Seu crédito será
apropriado apenas quando da construção do bem.

A lógica do CIAP é a seguinte, para que entenda bem:


quando o item entra no ativo iremos registrar o crédito referente à primeira
parcela9. Neste momento (ou seja, nesta competência), teremos TODAS as
informações referentes ao item do ativo, como a nota fiscal a que se refere e o
detalhamento do item. Nos demais meses, apenas faremos uma referência a
este registro inicial e computaremos o valor acumulado. Compreender isto é
assaz relevante, pois numa Ação Fiscal, precisaremos buscar a competência
inicial de cada item para poder levantar seus dados completos. Veremos isto se
refletindo nos demais registros e trataremos do caso adiante.
• SOM_PARC
Soma dos valores das parcelas de ICMS passíveis de apropriação. É a soma
do campo VL_PARC_PASS do Registro G125. Ou seja, o G125 irá listar todos os
bens que entraram no CIAP na competência e no G110 totalizamos o valor do
campo VL_PARC_PASS.
• VL_TRIB_EXP
Este campo é base para calcularmos o índice de apropriação citado pela lei
Kandir. Aqui somamos o total de operações e/ou prestações tributadas pelo
ICMS e o valor total das operações e/ou prestações relativas ao ICMS destinadas
ao exterior.
• VL_TOTAL
Outro campo para calcularmos o índice de apropriação citado pela lei
Kandir. Agora somamos o total das operações e/ou prestações relativas ao ICMS
realizadas no período de apuração.
• IND_PER_SAI

8
Lembre-se, itens do ativo podem ser bens ou partes usadas para sua construção (componentes).
9
O contribuinte não necessariamente irá se creditar de 48 parcelas. Imagine que ele pode estar
transferindo um ativo de um estabelecimento para outro, já tendo se creditado de algumas parcelas no
primeiro estabelecimento. O estabelecimento que recebe este ativo irá se creditar apenas das parcelas
restantes.

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Este é o índice de apropriação citado pela Lei Kandir, calculado a cada
competência, para verificarmos o quanto de cada parcela dos ativos será de fato
apropriada pelo estabelecimento.
Representa o % das operações que geram ICMS ou são destinadas ao
Exterior. Equivale à conta VL_TRIB_EXP/VL_TOTAL.
• ICMS_APROP
Este aqui é o ICMS que será efetivamente apropriado pelo contribuinte em
relação ao Ativo Permanente, no período em questão. Este valor será lançado
nos Ajustes de Apuração, com código específico definido por cada UF.
O valor deste campo equivale à multiplicação SOM_PARC * IND_PER_SAI.

Fique atento que o simples fato de o contribuinte ter


informado o bloco G não garante que ele tenha se creditado. Ele precisará lançar
o valor do crédito nos Ajustes do ICMS, no registro E111. Assim, estes valores
irão se refletir na sua apuração.
Por outro lado, ele não poderá simplesmente lançar o ajuste de apuração
e ignorar as informações do bloco G, afinal, elas que dão base para que ele
tenha direito a este crédito!
• SOM_ICMS_OC
Aqui constam outros créditos de Ativo Permanente, provenientes do
Registro G126 e relativo a créditos extemporâneos, por exemplo. Este valor
também deve ser lançado como ajuste da apuração.
Este campo equivale à soma dos campos VL_PARC_APROP dos registros
G126.

3.3. Registro G125

O Registro G125 identifica a Movimentação de Bem ou Componente


do Ativo Imobilizado.
Todos os bens ou componentes que ainda geram parcelas de crédito de
ICMS serão informados neste registro, informando sua movimentação mensal.
Quando falamos em movimento no CIAP, falamos do seguinte:

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entrada de bem ou componente no CIAP

saída de bem ou componente do CIAP

baixa de bem ou componente do CIAP

entrada no CIAP pela conclusão de bem que estava sendo construído pelo
contribuinte (exceto quando o bem ou componente gerar créditos a partir do
momento de sua entrada).

Esquema 5. Movimentações no CIAP

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• COD_IND_BEM

Muita atenção com este campo. Assim como o 0200


detalha os itens listados nas NF-e, o 0300 detalha os itens do Ativo Permanente.
Todo cruzamento necessário para analisar as características dos bens ou
componentes requererão cruzarmos os dados do bloco G com o registro 0300.
É lá que vamos encontrar informações detalhadas do que se trata o bem em
questão.
• TIPO_MOV

Outro campo crucial para compreendermos como


identificar os itens no bloco G. Este campo identifica o movimento de cada item.
No esquema a seguir, detalho os principais pontos acerca deles:

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SI - Saldo Inicial de Bens Imobilizados
•Estes itens já tiveram parcelas apropriadas no passado e ainda restam parcelas
a apropriar
•Compõem o campo SALDO_IN_ICMS do Registro G100
•DT_MOV deve ser igual ao campo DT_INI do G110

IM - Imobilização do bem individual


•Delimita a entrada do bem no Ativo do estabelecimento
•Será creditada a primeira parcela referente a este item
•Estes itens terão todos os detalhamentos na apuração deste período

MC - Imobilização oriunda do Ativo Circulante


•Entrada de bem ou componente proveniente do estoque do Ativo Circulante

BA - Baixa do Bem - Fim do período de apropriação


•Representa o último período em que o item será creditado
•Neste período, haverá movimentação do tipo BA e outra do tipo SI
•para constar do Saldo Inicial do G110, visto ser creditada a última parcela neste
período

AT, PE ou OT
•Representam saídas dos itens
•AT - Alienação ou Transferência
•PE - Perecimento, Extravio ou Deterioração
•OT - Outras Saídas do Imobilizados
•Assim como BA, há uma movimentação de um destes tipos e outra do tipo SI

CI - Conclusão de Imobilização em Andamento - Bem Resultante


•Para este tipo de movimentação, considera-se o valor do ICMS do somatório
dos seus respectivos componentes

Esquema 6. Movimentações do CIAP - Detalhamentos

• VL_IMOB_ICMS_OP, VL_IMOB_ICMS_ST, VL_IMOB_ICMS_FRT e


VL_IMOB_ICMS_DIF
O significado destes campos é de fácil entendimento, veja na tabela acima.
Mas vale entendermos algumas nuances de seu preenchimento, conforme a
movimentação do CIAP:

SI, IM, IA e MC CI

• Deve-se considerar o valor do ICMS • Deve-se considerar a soma do ICMS


original do documento fiscal dos seus respectivos componentes

Esquema 7. CIAP - Valor do ICMS

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Fique atento, pois para validarmos o valor do ICMS do
ativo permanente iremos recorrer às informações dos documentos fiscais,
normalmente uma NF-e. E os documentos fiscais serão detalhados a seguir, no
registro G130. Esta informação pode ser facilmente cruzada com dados da NF-
e, permitindo-nos proceder a testes de auditorias sobre a EFD.
• VL_PARC_PASS
Este valor normalmente equivale ao famoso 1/48 do ICMS. Se este valor
for informado, significa que será computado no crédito de Ativo Permanente.

3.4. Registro G126

O Registro G126 traz os Outros Créditos do CIAP.


Este registro permite a inclusão de créditos não aproveitados em períodos
anteriores. Valores altos nestes registros costumam ser foco de malhas fiscais,
pois precisam ser validados pela Administração Tributária para garantir sua
correção.

3.5. Registro G130

O Registro G130 nos dá a Identificação do Documento Fiscal.


A ideia aqui é termos acesso ao documento fiscal que acobertou a entrada
ou saída do item do CIAP.

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Lembre-se que somente em alguns casos
este registro estará presente. São os casos de TIPO_MOV = MC, IM, IA ou
AT. Em todo caso, este registro será informado uma única vez para cada
documento fiscal.

Reforço aqui a importância e o complicador que esta


restrição gera: para podermos validar os dados da NF-e de um item do ativo,
portanto, precisaremos ir atrás do período em que o seu registro G140 foi
informado. Isto cria uma restrição importante nas consultas e cruzamentos a
serem feitos. Fique atento/a, pois é comum fiscalizarmos um período de até 5
anos, mas quando adentramos o CIAP, pode ser necessário ir mais para trás
para poder analisar a origem de certos créditos.

3.6. Registro G140

O Registro G140 nos informa a Identificação do Item do Documento


Fiscal.
Você já deve estar acostumado, pois viu esta separação quando estudou a
NF-e e viu novamente quando observamos o C100 e o C170. A ideia aqui é
similar, apenas detalhar os itens de cada documento fiscal listado no G130.

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 33 de 86


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Ok, vamos então para um caso concreto para você
entender a ‘treta’ que é o bloco G.
Imagine a situação em que você deseja identificar os créditos apropriados
por um contribuinte decorrentes de um determinado CFOP. Por qualquer motivo
que o valha, este CFOP indica operações que não deveriam ser creditadas no
ativo e você deseja identificar se o contribuinte em apreço se aproveitou disto.
Considere que você tem acesso à base de notas fiscais eletrônicas e ao
EFD. Considere ainda que o modelo de dados prevê chaves interligando os
registros pais e filhos, além do hash_code em cada registro, como já estamos
acostumados.
Vejamos como seria uma consulta do tipo:
SELECT R0000.DT_INI,
NFE.CHAVE_ACESSO,
NFE.NNF,
NFE.SERIE,
R0000.CNPJ,
R0000.NOME,
NFE.CNPJ_EMITENTE,
NFE.XNOME_EMITENTE,
NFE.NATOP,

Profs. Leonardo Coelho e Raphael Senra 34 de 86


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NFE.DHEMI,
G125.DT_MOV,
NFE.UF_EMITENTE,
G110.IND_PER_SAI,
G125.COD_IND_BEM,
G125.NUM_PARC,
G125.TIPO_MOV,
ITEM.VICMS,
G125.VL_IMOB_ICMS_OP,
ITEM.XPROD,
ITEM.CFOP
FROM NFE
RIGHT OUTER JOIN ITEM ON NFE.SQ_NF = ITEM.SQ_NF
LEFT OUTER JOIN REGISTRO_G130 G130
ON ((G130.CHV_NFE_CTE = NFE.CHAVE_ACESSO) OR (G130.DT_DOC = NFE.DHEMI AND
G130.NUM_DOC = NFE.NNF))
LEFT OUTER JOIN REGISTRO_G125 G125 ON G130.SQ_MOVIMENTACAO_BEM =
G125.SQ_MOVIMENTACAO_BEM
RIGHT JOIN REGISTRO_G140 G140
ON (G140.SQ_IDENTIFICAO_DOC_FISCAL =
G130.SQ_IDENTIFICAO_DOC_FISCAL AND G140.NUM_ITEM = ITEM.NITEM)
JOIN REGISTRO_G110 G110 ON G110.SQ_CIAP = G125.SQ_CIAP
LEFT JOIN REGISTRO_0000 R0000 ON G110.ID_HASH_CODE = R0000.ID_HASH_CODE
WHERE R0000.CNPJ = '99999999999999'
AND (NFE.CNPJ_EMITENTE = R0000.CNPJ OR NFE.CNPJ_DEST = R0000.CNPJ)
AND ITEM.CFOP = '6552'
AND G125.TIPO_MOV IN ('IM', 'MC', 'IA')
AND R0000.DT_INI BETWEEN TO_DATE ('01/01/2017', 'dd/mm/yyyy') AND TO_DATE
('31/12/2017', 'dd/mm/yyyy')

Para que você entenda a ideia geral: esta consulta pega as NF-e de um
determinado contribuinte, num determinado período, com um determinado
CFOP. E então cruzamos com os registros do Bloco G, para verificar quais delas
estão lá presentes. O resultado gerado nos permite analisar o que o contribuinte
escriturou, para verificarmos se ele se creditou destas operações.

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Vamos dissecar esta consulta. Primeiro, note que delimitamos os campos
de interesse de cada tabela, mas poderíamos simplesmente pegar tudo com um
asterisco (SELECT *).
• RIGHT OUTER JOIN ITEM ON NFE.SQ_NF = ITEM.SQ_NF
Aqui cruzamos a NF-e com seus detalhamentos, numa tabela com os itens.
O nome da chave SQ_NF é criada para conectar o item a sua NF-e, por isto
usada para este exemplo. Fazemos um right outer join pois a tabela de itens é
maior que a tabela de NF-e, i.e., para cada NF-e pode haver diversos itens.
Então, nosso desejo é que venham todos os itens associados a suas respectivas
notas fiscais. Ou seja, o resultado pode trazer diversas linhas com informações
de uma mesma nota, cada linha com o detalhamento de um determinado item
da nota fiscal. Esta é a ideia do right outer join, lembre-se disto lá das aulas de
TI se preciso10.
• LEFT OUTER JOIN REGISTRO_G130 G130
O resultado anterior (NF-e + Itens) é cruzado com o G130. Note que agora
fazemos um left outer join, indicando que queremos manter TODAS as linhas
do que fizemos antes (NF-e + Itens), mesmo que não sejam encontradas
algumas delas no G130. Isto significa que, para os casos em que não
encontrarmos elementos no G130, virão algumas colunas vazias, mas ainda
teremos os dados completos do primeiro cruzamento.
• ON ((G130.CHV_NFE_CTE = NFE.CHAVE_ACESSO) OR
(G130.DT_DOC = NFE.DHEMI AND G130.NUM_DOC = NFE.NNF))
Esta condição delimita o cruzamento entre as NF-e e o G130. Note que
usamos dois possíveis filtros neste cruzamento. Primeiro, tentamos pela chave
de acesso. Se ela der certo, já encontramos a nota fiscal. Mas se não der certo,
tentamos verificar pela data do documento e o número da nota fiscal. Esta
segunda tentativa não é totalmente correta, pois pode haver dubiedade, mas
tende a ajudar bastante na prática e servir adequadamente para maior parte
dos casos. Ela é usada por um caso prático que ocorre: muitas empresas
ignoram a chave de acesso no Bloco G, inviabilizando este cruzamento. Note
que elas estão sujeitas a um Auto de Infração por obrigação acessória, visto
que este dado é obrigatório quando disponível.
• LEFT OUTER JOIN REGISTRO_G125 G125 ON
G130.SQ_MOVIMENTACAO_BEM =
G125.SQ_MOVIMENTACAO_BEM
O resultado do que temos até aqui então é cruzado com o G125. Mantemos
a mesma ideia do left outer join. O intuito é buscar informações complementares
do item para fins de análise, pois alguns dados se encontram apenas neste
registro, como vimos acima.

10
É bem comum que nossa matéria caia em provas em que a cobrança de TI é bem avançada. Se não é o
caso, apenas acredite no que estou falando para entender o contexto e bola pra frente :D

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A chave usada neste join é uma chave criada pela Sefaz. Num exemplo de
sua prova pode ser algo diferente, mas o examinador deverá indicar isto
claramente. Este campo não existe na EFD, como já deve ter notado.
• RIGHT JOIN REGISTRO_G140 G140 ON
(G140.SQ_IDENTIFICAO_DOC_FISCAL =
G130.SQ_IDENTIFICAO_DOC_FISCAL AND G140.NUM_ITEM =
ITEM.NITEM)
Agora cruzamos com o G140, nos moldes do que fizemos entre NF-e e
Itens, fazendo um right outer join. Note que temos de fixar como base para este
cruzamento não apenas uma chave que liga o G140 ao G130
(SQ_IDENTIFICAO_DOC_FISCAL, campo também não existente na EFD e criado
direto no modelo da base para conectar ambas as tabelas). Neste caso, temos
de fixar também o número do item pois uma nota fiscal, como sabemos, pode
ter vários itens.
Aqui, reforço um problema que pode ocorrer na prática: muitos
contribuintes simplesmente erram a escrituração dos números de itens11,
impactando negativamente o resultado de uma consulta como esta. Novamente,
ficam sujeitos a Autos de Infração por Obrigação Acessória.
• JOIN REGISTRO_G110 G110 ON G110.SQ_CIAP = G125.SQ_CIAP
Aqui linkamos o que temos até agora com o registro G110. A chave
utilizada também é criada diretamente na base pelo DBA (Administrador do
Banco de Dados).
• AND (NFE.CNPJ_EMITENTE = R0000.CNPJ OR NFE.CNPJ_DEST =
R0000.CNPJ)
Aqui buscamos NF-e emitidas de e para o contribuinte, no intuito de
também considerar possíveis notas de entrada emitidas por ele mesmo. Pense
que um ativo fixo pode ter sido adquirido de uma empresa estrangeira,
portanto, o documento fiscal de entrada será emitido por ele mesmo a fim de
escriturar corretamente o bem.

4. BLOCO H – INVENTÁRIO FÍSICO

No bloco H encontramos o inventário físico do estabelecimento. Isto


significa que o controle de entradas e saídas de itens se encontra aqui e deve
estar em consonância com todos os demais eventos registrados em nome da
empresa. Vejamos mais detalhes.

11
Uma NF-e possui todos seus itens numerados de 1 até n. Por exemplo, se você recebe uma NF-e de venda
de 3 livros diferentes, cada um deles será numerado na listagem de produtos, como 1, 2 e 3. Esta
numeração deve ser mantida na escrituração da EFD, o que muitos contabilistas insistem em negligenciar.

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4.1. Registro H005

O Registro H005 nos mostra os Totais do Inventário.


É um sumarizador do total de determinado item. Repare que este registro
é um totalizador, com informações gerais do inventário levantado. Nos demais
registros veremos detalhes do inventário de cada item do contribuinte.

Note os motivos para apresentação do inventário. Esta pode ser uma boa
fonte de questão teórica em sua prova (campo 04 da tabela acima):

Final do período

Mudança de forma de tributação de mercadoria (ICMS)

Solicitação de baixa cadastral, paralisação temporária e outras situações

Alteração de regime de pagamento - condição do contribuinte

Determinação dos fiscos

Esquema 8. Motivos de Apresentação do Inventário

• VL_INV
Este campo deve ser igual à soma do campo VL_ITEM do registro H010.

4.2. Registro H010

O Registro H010 representa o Inventário propriamente dito.

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É aqui que encontraremos as informações de cada item no estoque do
estabelecimento. Este é o registro principal, mais utilizado em testes de
auditoria de estoque de contribuintes.

Como podemos utilizar este registro para fins de análise


fiscal? Tomando por base o período do inventário, podemos cotejar as entradas
e saídas de cada item (conforme o campo COD_ITEM) do registro C100 e
contabilizar o suposto estoque com base nas notas fiscais. Estes valores devem
ser próximos ou idênticos aos valores apresentados no inventário.
Uma outra forma de fazer seria utilizar-se diretamente das informações
das NF-e, o que nos daria ainda mais poder de comparação de possíveis falhas.
No entanto, não poderíamos lançar mão do código do item, uma vez ser
diferente da NF-e e EFD.
Uma forma de fazer isto pode ser com base no NCM do item, caso ele não
se confunda com o NCM de outro item comumente utilizado pelo
estabelecimento. Lembrando que o NCM concentra itens similares, mas por
vezes um mesmo NCM é aplicado para diversos itens, inviabilizando este tipo
de análise. Note que para buscamos o NCM na EFD, teríamos de utilizar o
COD_ITEM para buscar a informação de NCM dentro do registro 0200 e então
poder comparar com as NF-e.
Uma terceira maneira de cruzar as notas com a EFD para fins de inventário
seria buscar a informação do GTIN dos produtos, caso exista. Esta informação
também é registrada na EFD, no registro 0200, no campo COD_BARRA. É de se
ressaltar que este código ainda não é prevalente o suficiente e pode não atender
todos os casos em análise.

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4.3. Registro H020

O Registro H020 serve para a escrituração da Informação


Complementar do Inventário.
Este registro será preenchido quando o campo MOT_INV do H005 for de
02 a 05 (mais fácil lembrar que não se aplica para inventário no final do período
– 01).

Os campos informados neste registro são facilmente compreendidos.

5. BLOCO K – CONTROLE DA PRODUÇÃO E DO ESTOQUE

Este é um bloco bastante controverso. Isto porque a indústria como um


todo faz um esforço grande para postergar sua informação ao longo de alguns
anos.
O CPE traz o fluxo do processo interno das empresas, relacionando os itens
de estoque e sua transformação, passando pelo processo de produção.
Numa empresa mais simples, é quase trivial relacionar os itens utilizados
no processo de produção e seu produto final. Por exemplo, uma bicicleta possui
diversos componentes facilmente identificáveis que são aplicados para sua
produção. No entanto, uma variedade muito grande de indústrias possui
dificuldades sérias de fazer esta correlação, não havendo, por vezes, uma
relação tão direta entre os insumos utilizados e o resultado gerado. Isto é
bastante destacado em indústrias químicas, por conta do processo de
transformação.
Do ponto de vista da Auditoria Tributária, acredita-se que a entrada em
vigor deste bloco abrirá uma ‘caixa de pandora’, com possibilidades muito
grandes de fiscalização e controle, ampliando fortemente o poder de ação do
Fisco.
Apesar destas dificuldades, a partir de 2017, parte do bloco K passou a ser
obrigatório e se encontra em vigor os Ajustes SINIEF 01/16, 25/16 e 27/20,
alterando o Ajuste SINIEF 02/09, justamente no que tange ao bloco K:
§ 7º A escrituração do Livro de Registro de Controle da Produção e do Estoque será
obrigatória na EFD a partir de:

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I - para os estabelecimentos industriais pertencentes a empresa com faturamento
anual igual ou superior a R$300.000.000,00:
a) 1º de janeiro de 2017, restrita à informação dos saldos de estoques escriturados nos
Registros K200 e K280, para os estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10 a 32 da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE);
b) 1º de janeiro de 2019, correspondente à escrituração completa do Bloco K, para os
estabelecimentos industriais classificados nas divisões 11, 12 e nos grupos 291, 292 e 293 da
CNAE;
c) 1º de janeiro de 2020, correspondente à escrituração completa do Bloco K, para os
estabelecimentos industriais classificados nas divisões 27 e 30 da CNAE;
d) 1º de janeiro de 2022, correspondente à escrituração completa do Bloco K, para os
estabelecimentos industriais classificados na divisão 23 e nos grupos 294 e 295 da CNAE;”.
e) 1º de janeiro de 2022, correspondente à escrituração completa do Bloco K, para os
estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 24,
25, 26, 28, 31 e 32 da CNAE.
II - 1º de janeiro de 2018, restrita à informação dos saldos de estoques escriturados
nos Registros K200 e K280, para os estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10 a 32
da CNAE pertencentes a empresa com faturamento anual igual ou superior a R$78.000.000,00, com
escrituração completa conforme escalonamento a ser definido;
III - 1º de janeiro de 2019, restrita à informação dos saldos de estoques escriturados
nos Registros K200 e K280, para os demais estabelecimentos industriais classificados nas divisões
10 a 32; os estabelecimentos atacadistas classificados nos grupos 462 a 469 da CNAE e os
estabelecimentos equiparados a industrial, com escrituração completa conforme escalonamento a
ser definido.
Ou seja, vamos traduzir isto para que entenda o que vale a respeito do
bloco K.

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Faturamento >=
78M
1.18
Estabelecimentos
industriais
Informação
CNAE divisão 10
parcial: K200 e
a 32 Demais
K280
estabelecimentos

Inclui atacadistas
1.19
CNAE 462 a 469
Obrigações Iniciais
do Bloco K
Industriais > R$ Escalonamento a
01.17
300M ser definido

Industriais > R$
01.18
78M
Cronograma
Demais
industriais

Atacadistas CNAE
01.19
grupos 462 a 469

Equiparados a
industrais

Esquema 9. Cronograma Bloco K

Receita > R$
300M
01.19 CNAE 11, 12 grupos 291 a 293
Estabelecimentos
Bloco K Completo
Industriais
01.20 CNAE 27 a 30

Cronograma

01.22 CNAE 23 grupos 294 e 295

CNAE 10, 13 a 22,


01.22 24 a 26, 28, 31 e
32

Esquema 10. Bloco K Obrigatório - Cronograma

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Não se prenda aos detalhes destes 2 esquemas. Além de ser muito detalhe
que dificilmente você irá decorar, existe grande chance de isto mudar até a data
de sua vigência, afinal, como disse, há uma grande pressão do mercado para
postergar a adoção deste bloco. Esta pressão foi acolhida pelo Governo
Bolsonaro que sancionou a Lei 13.874/19, conversão da MP 881/19 (Medida
Provisória da Liberdade Econômica). O enfoque desta MP é simplificação das
exigências governamentais para a operação do livre mercado e impacta diversos
aspectos que atingem o empresariado, incluindo legislação trabalhista,
previdenciária e fiscal.
Em particular, a MP referia-se à extinção do Bloco K. No entanto, com sua
conversão em lei, o que predominou foi o conceito de ‘simplificação’ deste
registro. Portanto, na atual conjuntura é incerto prever o desenrolar desta
história, pois envolve questões políticas que vão além de meros critérios
técnicos.
E para que você compreenda o contexto destes cronogramas, vale explicar
o que é CNAE.
CNAE é um instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade
econômica, utilizado pelos órgãos de Administração Tributária. A sigla significa
Classificação Nacional de Atividades Econômicas e se aplica a todos os agentes
econômicos engajados na produção de bens e serviços. Vale para
estabelecimentos agrícolas, entidades públicas e privadas, instituições sem fins
lucrativos e agentes autônomos.
O CNAE é uma tabela grande com o detalhamento das atividades das
organizações. Organizado numa estrutura hierárquica, com uma estrutura de 7
dígitos, é obrigatório para todas as empresas, que definem seu CNAE principal
e vários secundários. O setor de cadastro das Secretarias de Fazenda costuma
controlar e exigir este dado das empresas.
Para você ter uma ideia, seguem exemplos.
Note a estrutura hierárquica:

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Que se desdobra para especificar melhor cada atividade:

As divisões do CNAE citadas no Ajuste Sinief fazem referência à estrutura


hierárquica, mostrada acima.
Então, voltando ao bloco K, note que apenas a partir de 2017 podemos
fiscalizar estas operações a partir da EFD. E mesmo assim para um conjunto
bem limitado de estabelecimentos, em função do alto faturamento exigido. A
partir de 2019 um número maior de empresas foram enquadradas.
Diante deste cenário, portanto, vamos focar no que pode ser cobrado,
afinal, apenas 2 registros do bloco K estão disponíveis para análise.

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5.1. Registro K100

O Registro K100 traz o Período de Apuração do ICMS/IPI. Via de regra,


este período coincide com a competência da EFD, mas pode haver casos raros
de mais de um período de apuração do ICMS dentro de uma mesma
escrituração.
Este registro é bem simples, como pode ser visto a seguir:

5.2. Registro K200

Adianto uma coisa importante: poucos auditores possuem experiência


auditando estes registros. Não acredito que o examinador irá explorar aspectos
muito avançados deles, portanto. Vamos aos básicos e adicionarei comentários
quando conveniente.
A ideia do K200 é representar o Estoque Escriturado. Isto significa
informar o estoque final escriturado no período (o período é informado no
K100). A escrituração é informada por tipo de estoque e por participante. Vai
ficar mais claro de compreender isto quando visualizarmos os campos, abaixo.
As mercadorias que devem ser controladas no estoque dependem do seu
tipo, conforme informado no campo TIPO_ITEM do Registro 0200. Segue no
esquema:

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00 –
Mercadoria
para revenda
10 – 01 –
Outros Matéria-
Insumos Prima

06 – Produto Mercadorias 02 -
Intermediário no K200 Embalagem

03 –
05 – Produtos
Subproduto em
Processo
04 –
Produto
Acabado

Esquema 11. Tipos de Itens Informados no K200

Informações omitidas indicam que o estoque equivale a 0 (Zero). A


unidade utilizada neste registro deve ser a mesma utilizada no registro 0200,
no campo UNID_INV. Via de regra, as empresas evitam fazer várias conversões
de medidas, até para facilitar seu controle.
O estoque que aparece no K200 indica a quantidade existente da
mercadoria na data final do período de apuração informado no K100. E leva em
consideração todas as movimentações e operações, tais como estoque
inicial, entradas, produção, consumo, saídas e movimentações internas.
A fórmula para cálculo é a seguinte:

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Estoque
Inicial

Entradas

Produção

Movimentação Estoque
Interna
Final

Saída

Consumo

Movimentação
interna

Esquema 12. Estoque Final

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Note o campo IND_EST. Ele indica o tipo de estoque e é bem intuitivo,
visto que o produto pode estar em posse/propriedade do próprio declarante ou
de terceiros. Em virtude disto, para cada produto, separa-se a informação
prestada para que o fisco tenha clareza da quantidade em cada caso, por tipo e
por mercadoria. Sempre que o tipo de estoque envolver terceiros, a informação
do COD_PART é obrigatória para identificar quem é ele.

Ok, mas então como utilizamos isto para um teste de


auditoria de fato? Repare que temos os dados de estoque de cada item. As
informações de entrada destes itens proveem das NF-e, constantes do registro
C100. Com base nas informações do C100, portanto, podemos totalizar a
quantidade de itens que dão entrada e saída num período. Com isto, temos 2
variáveis da equação mostrada no Esquema 12.
O estoque final de um período é o estoque inicial do período seguinte,
portanto, com isto conseguimos mais 1 variável da equação.
Resta-nos, portanto, identificar o consumo, produção e movimentação
interna. No entanto, estes dados são informados em registros hoje não
obrigatórios para todos os contribuintes, que são os registros K210
(Desmontagem de Mercadorias – Item de Oritem), K220 (Outras Movimentação
Internas entre Mercadorias), K230 (Itens Produzidos), K235 (Insumos
Consumidos), dentre outros registros necessários para traçarmos estas
informações.
Ou seja, no cenário atual, o máximo que podemos acompanhar em testes
de auditoria é se o estoque final e inicial do contribuinte está coerente, mas as
movimentações e transformações por que os itens passam ao longo de sua
operação ainda não ficam registradas na EFD, impossibilitando-nos montar um
processo de teste de auditoria completo.

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Observe que as informações de entrada e saída seriam mais
fundamentadas se obtidas diretamente da base de NF-e e não da EFD. No
entanto, teremos um problema similar ao que vimos com o inventário: a forma
de conectar os dados entre a NF-e e a EFD não poderá ser a informação de
COD_ITEM, mas algo como o NCM, suscetível a erros, como já mencionado.
Neste ponto, o dado de GTIN (vimos no estudo de NF-e) é bem promissor,
possibilitando no futuro termos informações mais precisas para uma situação
como esta.

5.3. Registro K280

O registro K280 traz a Correção de Apontamento – Estoque


Escriturado.
A ideia é corrigir o que foi indicado em períodos anteriores. Deve ser feito
necessariamente entre o levantamento de 2 inventários (informação do campo
DT_INV do Registro H005). Isto tem uma lógica: a ideia é que o ajuste seja
feito antes de fecharmos o inventário do período seguinte.

• QTD_COR_POS e QTD_COR_NEG

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A ideia é que apenas um destes campos seja informado, sempre com
valores positivos. Se o primeiro for informado, a quantidade será somada deste
valor. Se for informado o segundo, a quantidade será subtraída deste valor.

6. MALHAS FISCAIS

O objetivo deste tópico é congregar boa parte do que falamos ao longo do


curso em termos de testes de auditoria, as chamadas malhas fiscais. O foco
aqui, na verdade, será correlacionar fontes de dados e informações, indicando
potenciais cruzamentos para validar as operações dos contribuintes.

6.1. Relações entre NF-e e NF-e

Na prática, não faremos muitas verificações diretas entre campos da


própria NF-e, mas muitos deles nos serão úteis para compreender determinados
cenários e direcionar nossos testes de auditoria. Vou destacar alguns casos
adicionais e relembrar alguns que tratamos ao longo do curso.

Grupo B - natOP

•Natureza da Operação
•Nos informa a natureza da operação realizada, como venda, compra,
transferência, devolução, importação, consignação, remessas
•Filtrar este campo pode nos direcionar para um subconjunto de notas fiscais
que nos permitam um trabalho mais assertivo nos Testes de Auditoria
•Exemplo:
•Verificação de Créditos Indevidos em Transferências Interestaduais
•Podemos filtrar a natureza Transferências de Mercadorias e similares, dentro
do contexto analisado

Esquema 13. Grupo B - natOP

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Grupo B - tpNF

•Tipo de Operação (entrada ou saída)


•O interessante deste campo é observador a perspectiva de quem estamos
analisando.
•Os dados informados são sempre da perspectiva do informante, ou seja, do
emissor da NF-e
•Se analisamos as NF-e de saída de um certo contribuinte, teremos a maioria das
NF-e emitidas por ele mesmo
•Se analisamos as NF-e de entrada do contribuinte, teremos a maioria das NF-e
emitidas por terceiros
•Neste caso, este campo indicará uma saída (perspectiva do informante)

Esquema 14. Grupo B – tpNF

Grupo B - idDest

•Identificador do Local de Destino da Operação


•Outro campo válido para tornar a ação fiscal mais assertiva
•Permite filtrar as NF-e de foco
•Exemplo:
•Auditoria de Operações de Saída Interestadual
•Vale congregar com o campo UF do grupo E, que indica a UF do destinatário

Esquema 15. Grupo B – idDest

Grupo B - finNFe

•Finalidade de Emissão da NF-e


•Permite-nos separar as NF-e de emissão normal das NF-e complementar, de
ajuste e devolução
•Importante destacar o caso de testes de auditoria no caso de diferença entre
valores declarados e recolhidos em virtude de NF-e Complementares emitidas
para ajustar o imposto.
•Exemplo:
•Valores aferidos para ICMS abaixo do recolhido pelo contribunte
•Justificativa: NF-e complementar emitida na competência seguinte em virtude
de algum normativo específico

Esquema 16. Grupo B – finfe

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Grupo C e Grupo E - CNPJ

•CNPJ do Emitente/ Destinatário


•Campo fundamental para focarmos nas NF-e de determinado contribuinte
emissor ou destinatário
•Se trabalhamos as NF-e de entrada, há vários casos de testes de auditoria em
que iremos focar em determinado fornecedor do contribuinte para análise das
operações

Esquema 17. Grupo C e Grupo E – CNPJ

Grupo C - CRT

•Código de Regime Tributário


•Nos permite identificar se o emissor da NF-e se encontra no Simples Nacional,
no SN com excesso de sublimite ou no Regime Normal
•Esta informação comumente está disponível em base de dados de cadastro da
Sefaz, mas a informação da NF-e pode facilitar os trabalhos de análise, além de
apontar incoerências entre o cadastro do contribuinte e o dado informado na
NF-e

Esquema 18. Grupo C - CRT

Grupo I - cEAN

•Código do produto ou serviço


•Este campo é informado na perspectiva do emissor
•No entanto, se ele usar o padrão GTIN, este é um código universal, possível de
ser usado em cruzamentos com a EFD de outros contribuintes, por exemplo
•É um campo de uso recente, poucas empresas o aplicam, mas tende a se tornar
padrão de mercado, o que facilitará sensivelmente os cruzamentos de dados

Esquema 19. Grupo I - cEAN

Grupo I - NCM

•Código NCM com 8 dígitos


•O código NCM identifica o grupo de produtos
•Ele é falho para individualizar um item, uma vez que vários produtos diferentes
podem ter o mesmo NCM
•Mas dependendo do produto em foco, é viável utilizá-lo para identificar
unicamente o produto e fazer cruzamentos de dados

Esquema 20. Grupo I - NCM

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Grupo I - qCom

•Quantidade comercial do produto


•Esta é a quantidade do produto que será considerada para fins de
escrituração/inventário do destinatário
•Note que a unidade (uCom) pode ser diferente entre o que o emitente e
destinatário consideram para fins de escrituração, demandando conversões a
serem feitas pelo destinatário
•Exemplo: o emissor pode vender em Toneladas e o destinatário escriturar em
Quilogramas

Esquema 21. Grupo I – qCom

6.2. Relações entre NF-e e EFD

Vejamos agora algumas relações diretas (e outras nem tão diretas) entre
campos da NF-e e EFD. Meu foco aqui não será criar consultas em SQL, já
fizemos um pouco disto ao longo do curso. A ideia é correlacionar os campos e
seus significados.
Grupo/Campo Registro/Campo Observações
da NF-e da EFD
Grupo B/cUF 0000/UF Se estivermos comparando os dados
do emissor da NF-e com sua própria
EFD, basta utilizar diretamente o
campo UF do registro 0000.
Porém, se compararmos a NF-e com a
EFD do destinatário, será preciso fazer
alguns cruzamentos adicionais:
• Identificar o COD_PART no
Registro C100
• Obter a informação do
campo COD_MUN do
Registro 0150
• A partir do COD_MUN
identificar o Estado (2
primeiros dígitos nos dá o
código do Estado)
Grupo B/mod C100/COD_MOD -
Grupo B/serie C100/SER -
Grupo B/nNF C100/NUM_DOC -
Grupo B/dhEmi C100/DT_DOC -
Grupo C100/DT_E_S Se for uma nota fiscal de saída e
B/dhSaiEnt estivermos contrapondo a NF-e com a
EFD do destinatário: os dados da NF-e

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e da EFD possivelmente não irão
coincidir, pois a NF-e tem a perspectiva
do seu emissor, enquanto a EFD traz a
perspectiva do destinatário, que gera a
escrituração fiscal.
Grupo B/tpNF C100/IND_OPER Mesmo caso acima: os campos não
coincidirão se estivermos cotejando a
NF-e do emissor com a EFD do
destinatário, por termos enfoques
diferentes em cada documento.
Status da NFe C100/COD_SIT Aqui vale ressaltar um dado que não
comentei nas aulas passadas e pode
ser importante num cruzamento.
O Status da NF-e nos diz se ela foi
autorizada, denegada, cancelada ou
rejeitada. Esta informação se reflete na
EFD e, obviamente, deve ser a mesma.
O lance é que a informação de Status
da NF-e não se encontra exatamente
no leiaute da NF-e, mas no XML dos
eventos relacionados a ela. O
Cancelamento, por exemplo, é um
evento da NF-e. Estes eventos são
também carregados nas bases de
dados da Sefaz e estão disponíveis
para consulta, permitindo-nos
proceder ao cruzamento de dados, por
exemplo.
Naturalmente, eles ficarão registrados
em tabelas auxiliares, que fazem
menção à identificação de cada NF-e e
podem ser acessadas para consulta.
Esquema 22. NF-e vs. EFD - Grupo B

Grupo/Campo Registro/Campo Observações


da NF-e da EFD
Grupo C ou 0000/CNPJ ou Se comparamos a NF-e do emissor com
E/CNPJ 0150/CNPJ sua própria EFD, basta utilizar o CNPJ
constante do registro 0000.
Mas se comparamos com a EFD do
destinatário da NF-e, teremos de partir
do registro C100, obter o campo
COD_PART e buscar a informação do
CNPJ no registro 0150.
Isto também vale para os campos CPF,
Nome, IE, UF e IM

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Esquema 23. NF-e vs. EFD - Grupo C ou E

Grupo/Campo Registro/Campo Observações


da NF-e da EFD
Grupo H/nItem C170/NUM_ITEM O número do item é um registro
numérico que lista os itens da NF-e na
ordem. Ou seja, se existem 3 itens na
NF-e, eles serão numerados na
sequência: 1, 2 e 3.
Esta relação é relativamente fraca na
prática, infelizmente, pois muitos
contribuintes erram ao cadastrar esta
informação da EFD. Cabe Auto de
Infração por conta deste erro.
Esquema 24. NF-e vs. EFD - Grupo H

Grupo/Campo Registro/Campo Observações


da NF-e da EFD
Grupo I/cProd C170/COD_ITEM Note que estes campos são
informados no enfoque do declarante.
Ou seja, comparar os dados do
emissor da NF-e com o EFD do
destinatário da NF-e não irá garantir
que estes dados sejam iguais.
Grupo I/cEAN 0200/COD_BARRA Se o contribuinte utiliza padrões de
mercado como o GTIN, este código
deverá ser o mesmo, ou seja, não
importa o enfoque da declaração.
No entanto, este código ainda é
novidade e muitos contribuintes o
ignoram.
Repare que será preciso cruzar os
dados da NF-e com o registro C100. E
a partir do C100 obter os dados do
registro C170 e, então, buscar o 0200
por meio do campo COD_ITEM e assim
obter este código na EFD.
Grupo I/xProd 0200/DESCR_ITEM Novamente, nada garante que a
descrição na NF-e seja a mesma da
EFD, nem se consideramos o próprio
contribuinte emissor da NF-e neste
caso (embora provavelmente seja
igual).
Por ser um campo de texto livre, é
bastante desaconselhável utilizá-lo
como base em cruzamento de dados.
Repare que será preciso cruzar os
dados da NF-e com o registro C100. E

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a partir do C100 obter os dados do
registro C170 e, então, buscar o 0200
por meio do campo COD_ITEM, onde
encontraremos a descrição do
produto.
Grupo I/NCM 0200/COD_NCM O NCM é um campo que deve coincidir,
não importa o enfoque do declarante.
O mal dele é justamente o fato de não
identificar de forma única todos os
itens, visto que há casos em que vários
produtos se enquadram no mesmo
NCM.
Repare que será preciso cruzar os
dados da NF-e com o registro C100. E
a partir do C100 obter os dados do
registro C170 e, então, buscar o 0200
por meio do campo COD_ITEM. É no
0200 que encontraremos a informação
do NCM.
Grupo I/CFOP C170/CFOP Os dados irão coincidir apenas se
compararmos a NF-e com o EFD do
emissor. O CFOP muda para a
perspectiva do destinatário e não há
uma correlação tão direta entre CFOPs
de saída e CFOPs de entrada,
inviabilizando o cruzamento (embora
tenham de fazer sentido do ponto de
vista prático).
Grupo I/uCom C170/UNID Na prática, é comum que o
contribuinte utilize um código
padronizado para as unidades, de
forma que se apliquem códigos
comumente utilizados no mercado. No
então, não duvide esperar ver códigos
como ‘Lts’ indicando Litros ou ‘kilo’
indicando quilogramas.
Ou seja, infelizmente, não nos dá
confiabilidade para cruzar os dados ao
mudarmos o enfoque do declarante.
Grupo I/vProd C170/VL_ITEM -
Grupo I/vDesc C170/VL_DESC -
Esquema 25. NF-e vs. EFD - Grupo I

Grupo/Camp Registro/Camp Observações


o da NF-e o da EFD

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Grupo N/vBC C170/VL_BC_IC Observe que o Grupo N detalha dados
MS dos itens da NF-e, por isto os
relacionamos ao registro C170.
Repare que será preciso cruzar os dados
da NF-e com o registro C100. E a partir
do C100 obter os dados do registro
C170.
Grupo N/pICMS C170/VL_BC_IC -
MS
Grupo N/vICMS C170/VL_ICMS -
Grupo N/CST C170/CST_ICMS -
Grupo N/vBCST C170/VL_BC_IC -
MS_ST
Grupo C170/VL_ICMS_ -
N/vICMSST ST
Grupo N/pICMS C170/ALIQ_ICMS -
Grupo C170/ALIQ_ST -
N/pICMSST
Esquema 26. NF-e vs. EFD - Grupo N

Grupo/Campo Registro/Campo da Observações


da NF-e EFD
Grupo W/vBC C100/VL_BC_ICMS Observe que o Grupo W detalha
dados totais da NF-e, por isto os
relacionamos ao registro C100 e
não ao C170.
Grupo C100/VL_ICMS -
W/vICMS
Grupo C100/VL_BC_ICMS_ST -
W/vBCST
Grupo W/vST C100/VL_ICMS_ST -
Grupo W/vProd C100/VL_MERC -
Grupo C100/VL_FRT -
W/vFrete
Grupo W/vSeg C100/VL_SEG -
Grupo W/VDesc C100/VL_DESC -
Grupo W/vNF C100/VL_DOC -
Esquema 27. NF-e vs. EFD - Grupo W

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6.3. Relações entre EFD e EFD

Vejamos agora algumas relações entre campos da EFD para possíveis


testes de auditoria.
Registro/Campo Registro/Campo Observações
0000/COD_FIN - Registro importante para filtrar a
última EFD válida na base de dados.
Note que uma informação de data
de envio deve ser utilizada.
Normalmente existe um campo
adicional na base informando a data
de recepção do arquivo, bastando,
portanto, selecionar o último dos
arquivos retificadores.
0000/DT_INI e - Registros utilizados para englobar
DT_FIN períodos específicos de escrituração
digital, foco da ação fiscal. É
comum utilizá-los nos filtros para
delimitar o escopo da fiscalização e
otimizar as consultas.
0000/CNPJ ou CPF - Dado importante para selecionar o
foco dos testes de auditoria e
otimizar as consultas.
0000/HASH_CODE - Este não é um campo previsto na
EFD mas, como citado amplamente
no curso, é um código único
associado a cada arquivo EFD
enviado pelo contribuinte. E por
conta disto, é normal que o modelo
da base atrele a cada tabela
(registro) o hash code, de forma a
identificar a qual arquivo EFD
aquele dado pertence.
Por conseguinte, podemos utilizar o
hash code como chave para
conectar registros diferentes de um
mesmo arquivo em cruzamentos.
Esquema 28. EFD - Registro 0000

Registro/Campo Registro/Campo Observações


0150/COD_PART DIVERSOS Este campo aparece em diversos
registros da EFD, apontando o
participante na operação com o
contribuinte responsável pela EFD.
A partir do cruzamento com o
registro 0150 é possível obter
informações mais detalhadas sobre

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o participante, como seu CNPJ,
Nome, IE, etc.
Esquema 29. EFD - Registro 0150

Registro/Campo Registro/Campo Observações


0200/UNID_INV 0190/UNID Relacionamento importante para
obtermos a descrição da unidade
utilizada para registro dos itens no
0200. A descrição existe apenas no
registro 0190.
Para casos triviais como Litros, Kg,
Tonelada etc. não se faz necessário,
mas há casos bem específicos em
que a descrição detalha do que se
trata.
Exemplo: Unidade ‘Pacote’.
Descrição ‘caixa com 12 unidades’.
0200/COD_ITEM DIVERSOS Cruzamento entre diversos
registros (como o C170, C197,
E240) e o 0200 quando
necessitamos obter dados mais
detalhados sobre os itens da NF-e,
tais como a descrição do item, o
código de barras, o tipo de item, o
código NCM etc.
Esquema 30. EFD - Registro 0200

Registro/Campo Registro/Campo Observações


0220/UNID_CONV 0190/UNID A unidade que será convertida a
partir da definição no 0220 deve
estar descrita no 0190. E a partir
deste cruzamento, podemos obter a
descrição do que significa a
unidade, como vimos acima.
Esquema 31. EFD - Registro 0220

Registro/Campo Registro/Campo Observações


0300/COD_PRNC 0300/COD_IND_BEM Há uma relação dentro do
próprio registro, visto que
estamos relacionando um bem
ou componente a um bem
principal, também descrito no
registro 0300.
Esquema 32. EFD - Registro 0300

Registro/Campo Registro/Campo Observações


C100/COD_PART 0150/COD_PART Como já citado algumas vezes, é a
única forma de encontrarmos o

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participante da operação. Se for
uma nota de saída, trata-se do
destinatário. Se for uma nota de
entrada, trata-se do emissor. Em
ambos os casos, precisaremos
recorrer ao registro 0150 para obter
os dados deste participante,
incluindo seu CNPJ, Nome, IE,
endereço etc.
Esquema 33. Registro C100

Registro/Campo Registro/Campo Observações


E113/CHV_DOCe C100/CHV_NFE ou Na verdade, temos outros registros
ou D100/CHV_CTE que também listam documentos
E240/CHV_DOCe fiscais que podem influenciar na
apuração. Mas para simplificar com
o foco de nosso curso, vamos focar
no C100 e D100.
Com base nas informações do
E113, podemos cruzar com os
demais registros para buscar mais
informações acerca dos
documentos fiscais e validar os
dados de ajuste informados na
apuração.
Esquema 34. Registros E113 e E240

Registro/Campo Registro/Campo Observações


G125/COD_IND_BEM 0300/COD_IND_ Todos os itens informados no
BEM CIAP devem estar listados no
0300, onde encontramos
informações detalhadas a seu
respeito, tal como sua descrição
e número de parcelas passíveis
de apropriação. Ainda, a partir
do filho do 0300, o registro
0305, podemos identificar a
informação de centro de custo,
funcionalidade e vida útil do
bem, dados que nos permitem
avaliar sua utilidade no processo
produtivo da empresa como
ativo efetivamente.
G125/VL_IMOB_ICMS_ C170/VL_ICMS O valor do ICMS lançado como
OP crédito no CIAP deve ser igual ou
menor ao valor informado no
documento fiscal a que ele se
refere. A pegadinha é que o
G125 não contém a informação
de qual documento fiscal se

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trata, nos obrigando a recorrer
ao seu filho, G130, para obter
esta informação e poder cruzar
os dados.
G125/VL_IMOB_ICMS_ C170/VL_ICMS_ Idem ao caso acima.
OP_ST ST
Esquema 35. Registro G125

Registro/Campo Registro/Campo Observações


G130/CHV_NFE_CTE C100/CHV_NFE ou -
D100/CHV_CTE
G130/NUM_DOC C100/NUM_DOC Esta informação pode ser útil para
ou ser congregada com outros dados
D100/NUM_DOC do documento fiscal e permitir o
cruzamento de informações, pois
a chave de acesso muitas vezes é
ignorada por alguns contribuintes
no registro G130. Cabe Auto de
Infração pela omissão, claro.
Esquema 36. Registro G130

Registro/Campo Registro/Campo Observações


G140/NUM_ITEM C170/NUM_ITEM -
Esquema 37. Registro G140

6.4. Relação entre Registros Pais e Filhos da EFD

Aqui vou explorar um ponto mais conceitual do modelo de bases de dados


das Secretarias de Fazenda para a EFD, considerando o leiaute do arquivo e as
informações prestadas pelos contribuintes.
A ideia neste ponto é reforçar algo que já comentei no curso, mas ir um
pouco além para tornar mais claro este conceito e garantir sua capacidade de
entendimento de possíveis questões mais complexas na prova.
Comentei nas aulas iniciais que ao definirmos o modelo da base de dados
da EFD, alguns ajustes deverão ser feitos para o cenário de um modelo de dados
relacional. Isto ocorre porque numa base relacional precisamos relacionar as
tabelas por meio de chaves primárias e chaves estrangeiras. Assim, no caso
mais trivial para trabalharmos, precisaremos indicar na base de dados qual a
relação entre um registro C170 e um registro C100, de forma a podermos linkar
uma linha do C170 com uma linha do C100, por se tratar de informações de
uma mesma nota fiscal12.

12
Isto ocorre para toda relação pai-filho entre os registros, mas vou utilizar o C100/C170 como exemplo
para compreendermos o caso.

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Para exemplificar melhor isto, veja o trecho de uma EFD:

Não expus todos os dados de cada linha (a imagem está cortada) para
poder ficar legível para você. Isto não afeta o que trataremos aqui.
Note no primeiro C100 que aparece na imagem que existem 2 registros
C170 logo abaixo dele. Como vimos, esta sequência indica a relação pai-filho da
EFD, ou seja, os dois C170 abaixo do primeiro C100 são seus filhos, indicando
que este documento fiscal possui 2 itens, descritos nos dois C170 citados.
Mas então como então transpomos esta relação pai-filho para um modelo
de base de dados relacional, de forma a nos possibilitar uma consulta que
retorne os documentos fiscais e seus respectivos itens?
Veja uma proposta de modelo relacional simplificado, para que você
entenda como isto acontecerá:

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O modelo acima está simplificado, não indicando os tipos dos campos e
não englobando a totalidade dos campos nos registros (ia ficar enorme e pouco
legível, por isto omiti). É suficiente para tratar o que estamos abordando aqui.
Primeiro note a relação 1:N que detalha a relação entre o C100 e o C170:

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Note que foi incluído um campo HASH_CODE em cada um dos registros.
Este campo provém do arquivo EFD enviado pelo contribuinte e o identifica de
forma única. Todas as linhas da base de dados com um determinado hash code
indicam ser provenientes de um único arquivo EFD. Isto nos dá coerência aos
dados e permite isolá-los quando necessário.
Como um modelo relacional tradicional, todas as tabelas possuem uma
chave única, denominada no exemplo PK_C100 e PK_C170, para cada uma das
tabelas. Esta chave pode ser gerada de forma automática pelo banco de dados
ou de outra forma pelo administrador do banco de dados.
Agora note a chave estrangeira FK_C100 presente na tabela C100. Esta
chave é usada justamente para linkar os registros. No exemplo que dei com
base na EFD mostrada, os 2 registros filhos receberiam a chave estrangeira
apontando para o seu registro pai, permitindo-nos conectar as tabelas e fazer
consultas utilizando JOIN, como vimos ao longo do curso.

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7. QUESTÕES COMENTADAS

Questões Inéditas criadas pelo professor Leonardo Coelho.

Pessoal, atendendo a pedidos de alunos e pensando na possibilidade de


termos uma prova mais conceitual, estou incorporando algumas questões mais
simples e diretas para abranger uma possível postura da banca em relação aos
nossos temas.
1. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Em qual registro da
EFD o Auditor Fiscal encontra o detalhamento dos itens de uma NF-
e modelo 55?
a) C100
b) D100
c) C110
d) C170
e) C190
Comentários:
Vamos direto à resposta: C170 é o registro que detalha os itens da NF-e,
lembrando que é obrigatório apenas para os registros de entrada. No caso de
registros de saída, teremos de utilizar o registro C190 (Registro Analítico dos
Documentos) ou lançar mão das informações diretas das NF-e.
O C100 e o D100 contêm informações gerais dos documentos fiscais, NF-
e e CT-e, respectivamente. Neles não constam informações dos itens dos
documentos.
O C110 traz informações complementares da NF-e.
Resposta: D.

2. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) O contribuinte notou


a necessidade de fazer o ressarcimento de ICMS ST para o Estado
do PR, em virtude de uma operação ocorrida com um contribuinte
do Estado. O imposto a ser ressarcido já foi recolhido por este
contribuinte anteriormente.
Ao lançar as informações na EFD, quais dados o Auditor Fiscal poderá
conferir para validar a operação de ressarcimento?
a) O Registro C100 conterá as informações do documento fiscal relativo ao
ressarcimento, com indicação de natureza da operação Transferência de
Créditos.

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b) O Registro C100 conterá informações de documento fiscal emitido para
o contribuinte do Paraná. O documento fiscal original será referenciado no
registro C176, fazendo menção à operação de ressarcimento do ICMS ST.
c) Será preciso analisar o registro C195 com as informações do lançamento
fiscal indicando o ressarcimento de ICMS ST.
d) As informações serão lançadas diretamente no registro C400,
correlacionando os dados com o cupom fiscal emitido pelo contribuinte.
e) Os dados devem ser lançados diretamente na apuração do ICMS,
portanto veremos esta informação presente no registro E111, em termos de
ajustes do ICMS do período analisado, havendo referência do documento fiscal
no registro E113.
Comentários:
Pessoal, dei uma boa viajada aqui, tem nem muito que comentar acerca
das demais alternativas, pois não fazem muito sentido.
O Ressarcimento de ICMS ST é tratado no Registro C176. Para o caso
apresentado, o contribuinte deverá emitir uma NF-e para a empresa no PR com
destaque do imposto, para que ele possa se creditar do imposto pago
indevidamente. E estes dados são lançados no registro C176, como vimos com
mais detalhes no curso. Volte lá se ficou na dúvida. De forma simplificada, é o
que trata a letra B.
Lembre-se do que significa cada um dos demais registros para você não
se confundir:
C195 contém informações do lançamento fiscal para fins de ajustes nos
documentos fiscais, informações sobre diferencial de alíquota, antecipação de
imposto e outras situações.
O C400 tem nada a ver com a situação, é o cadastro de equipamentos ECF.
O Registro E111 é usado para ajustes diretos na apuração, o que não é o
caso, pois precisamos ajustar uma operação específica e proceder ao
ressarcimento do imposto, que deve estar detalhado e envolve documentos
fiscais emitidos para suportar a operação.
Resposta: B.

3. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Zero Bala, novo


Auditor do ICMS XX, acaba de receber sua primeira Ação Fiscal e já
se depara com uma intercorrência dos sistemas da secretaria de
fazenda: o acesso aos documentos de NF-e estão temporariamente
bloqueados por conta de upgrades do sistema.
No entanto, querendo mostrar serviço, ele se dispõe a adiantar o trabalho
na medida do possível, mesmo acessando apenas a EFD do contribuinte.

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O primeiro caso que ele tem em mãos requer a verificação do imposto
recolhido em operações de saída interestadual, num conjunto específico de
CFOPs detalhados na Ação Fiscal que recebeu.
Zero Bala então decide que irá inicialmente analisar o ICMS recolhido
nestes CFOP listados, de forma a ver se o contribuinte realizou o destaque de
forma correta.
Onde ele poderá obter tais informações?
a) Zero Bala poderá carregar as informações do C100 e então filtrar os
CFOPs de interesse para análise do ICMS destacado.
b) Zero Bala irá direto no C170, onde poderá filtrar os CFOPs desejados e
analisar o ICMS destacado.
c) Zero Bala isolará os CFOPs em foco no registro C190, agrupando-os
conforme o CST e Alíquota, podendo analisar o ICMS destacado e comparar com
a situação de cada caso.
d) Zero Bala irá buscar os dados informados na apuração, identificando os
valores de ICMS destacado no registro E100.
e) Zero Bala irá carregar os dados das NF-e e filtrar os CFOPs de interesse,
cotejando o ICMS destacado com o previsto na legislação para cada situação.
Comentários:
Bom, primeiro vamos estar atentos: a letra E é uma ação correta, mas o
enunciado nos diz que não temos acesso às NF-e, portanto, ela está descartada.
A letra A faz referência ao C100, onde não temos o dado de CFOP, visto
tratarmos das informações gerais da NF-e e não dos itens.
A letra D fala da apuração, que consolida o imposto relativo a todas as
operações, ou seja, não será possível individualizar as operações desejadas.
A letra B estaria correta se não estivéssemos tratando de notas fiscais de
saída. Para estes casos, as informações do C170 serão omitidas, inviabilizando
de trabalharmos com este registro.
Por sua vez, a letra C é o único caminho que teremos para ter uma noção
geral da situação, mas lembre-se que os dados ali são agrupados por CST,
Alíquota e CFOP, mas teremos todas as informações necessárias para ao menos
validar os valores do imposto destacado.
Resposta: C.

4. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Qual registro da EFD


permite fazer ajustes do imposto recolhido num documento fiscal?
a) C100
b) C170

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c) E113
d) C195
e) C197
Comentários:
Questão simples, mas com uma possível controvérsia, vejamos:
O C100 e o C170 trazem as informações original do documento fiscal,
portanto, não estamos falando aqui de ajustes.
O E113 traz informações de ajustes da APURAÇÃO e não de um documento
em si.
Agora vem a possível controvérsia: para proceder a um ajuste em
documento fiscal, iremos informar os dados diretamente no C197, que é o
registro destinado a isto. No entanto, o C197 é filho do C195, que trata de
Observações do Documento Fiscal (ajustes, dentre elas). Portanto, ele também
tem a ver com a situação. Mas convenhamos, o C197 é uma melhor resposta,
pois detalha estes ajustes, como podemos ver nos seus campos:

Resposta: E.

5. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Qual o bloco de


informações da EFD que contém dados da Apuração do contribuinte?
a) Bloco C
b) Bloco D
c) Bloco E
d) Bloco G
e) Bloco H
Comentários:
Questão bem literal, pessoal. Se cair uma desta na prova é para acertar
com menos de 30s e ganhar tempo para sua prova!
Lembre-se do esquema que vimos em aulas passadas:

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Bloco 0
Abertura, Identificação e Referências

Bloco C
Documentos Fiscais I – Mercadorias (ICMS/IPI)

Bloco D
Documentos Fiscais II – Serviços (ICMS)

Bloco E
Apuração do ICMS e do IPI

Bloco G
Controle do Crédito de ICMS do Ativo Permanente – CIAP

Bloco H
Inventário Físico

Bloco K
Controle da Produção e do Estoque

Bloco 1
Outras Informações

Bloco 9
Controle e Encerramento do Arquivo Digital

Resposta: C.

6. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Na sua Ação Fiscal,


você observa que o contribuinte erroneamente se creditou de ICMS
próprio de algumas notas fiscais em fevereiro de 2016.
Além de aplicar um Auto de Infração por crédito indevido, com as devidas
correções monetárias, você solicita que o contribuinte faça o ajuste de seus
créditos na competência atual, lançando as informações diretamente na sua

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apuração, retificando a EFD recém-apresentada. Com os ajustes, o contribuinte
deverá um montante significativo de imposto para o Estado.
Para proceder a isto da maneira como você está orientando, o contribuinte
irá informar dados em qual/quais registro/s?
a) E110
b) E110, E111
b) E110, E111, E112
c) E110, E111, E112, E113
d) E110, E111, E112, E113, E116
e) E111, E112, E113, E116
Comentários:
Pessoal, questão mais difícil, embora relativamente simples de explicar.
A verdade é que o auditor poderia tomar outras providências para acertar
este crédito, como solicitando o reenvio de todas as EFD do contribuinte desde
a data do erro até o momento, fazendo os ajustes nos créditos mês a mês. A
forma como ele solicitou é simples e resolve, porém depende de a Sefaz em
questão aceitar este procedimento.
Vamos um a um:
• O registro E110 deverá ser alterado, visto que a apuração será
impactada com o ajuste a ser feito.
• O registro E111 deverá ser informado para permitir incluir o ajuste
da apuração
• O registro E112 será informado, indicando a solicitação da Sefaz
para fazer o ajuste
• O registro E113 vai justamente detalhar as notas fiscais envolvidas
no problema, que dão base para o cálculo do imposto a ser ajustado
• O registro E116 aponta as obrigações de recolhimento do imposto e
deverá ser acertado também, refletindo os ajustes feitos.
Portanto, todos eles deverão ser informados/ajustados.
Resposta: D.

7. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Em qual registro da


EFD se encontra o inventário físico do contribuinte?
a) H010
b) K200
c) C100

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d) 0200
e) 0300
Comentários:
Questão simples e direta que reforça a importância de compreendermos a
função dos principais registros da EFD.
Vejamos:
H010: Inventário, nossa resposta!
K200: Estoque.
C100: Documentos Fiscais (NF-e, NFC-e e outros)
0200: Tabela de Identificação dos itens
0300: Cadastro de Bens ou Componentes do Ativo Permanente
Resposta: A.

8. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) São motivações para


a escrituração do Inventário pelo contribuinte na EFD, exceto:
a) Final do período.
b) Mudança de forma de tributação da mercadoria
c) Solicitação de inscrição estadual
d) Solicitação de baixa cadastral
e) Determinação do fisco
Comentários:
Vamos lá, pessoal. A questão trata de um ponto teórico. Você tem 2
caminhos para acertar: decorar as motivações ou estar preparado para analisar
a questão.
A alternativa incorreta é bem óbvia. Na letra C, falamos de solicitação de
inscrição estadual, ou seja, estamos tratando do início da operação da empresa,
o que não faz sentido para exigir o inventário. A ideia do inventário é agir como
um fechamento de estágio, aplicado no final de período determinado ou em
circunstâncias que denotam o término de uma situação, passando para outra.
De forma mais específica, veja os motivos na tabela abaixo:

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Resposta: C.

9. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) São itens


considerados para fins de Estoque no registro K200, exceto:
a) Mercadorias para revenda
b) Peças para construção de ativos do estabelecimento
c) Matérias-primas
d) Embalagens
e) Produtos em processo
Comentários:
Mais uma questão mais teórica acerca da EFD em que você tem 2 opções:
decorar os detalhes dos registros ou compreender a lógica deles para se virar
na hora da prova. Vamos explorar isto.
Vimos que itens do ativo se concentram no CIAP (bloco G), sendo listados
no registro 0300. A letra B nos aponta peças para construção de ativos, ou seja,
são partes de ativos, ou mais precisamente, componentes. Estes itens fazem
parte do ativo, portanto, serão listados no registro 0300 e considerados no CIAP.
Todos os demais itens fazem parte do conceito de mercadorias para
controle de estoque e estarão presentes no registro K200, conforme vimos no
esquema a seguir:

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00 –
Mercadoria
para revenda
10 – 01 –
Outros Matéria-
Insumos Prima

06 – Produto Mercadorias 02 -
Intermediário no K200 Embalagem

03 –
05 – Produtos
Subproduto em
Processo
04 –
Produto
Acabado

Resposta: B.

10. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Agenildo é auditor


fiscal recém-aprovado na Sefaz XX e recebeu a missão de analisar
o estoque de alguns contribuintes com faturamento acima de R$ 500
milhões por ano. Na Ação Fiscal que recebeu consta que o período
de análise deve se estender de 2014 até meados de 2018.
Agenildo executa esta análise, comparando exclusivamente as informações
de notas fiscais e EFD do contribuinte, com o que conclui, mais provavelmente:
a) haver divergências e incoerências no processo produtivo do
contribuinte, apontando possíveis perdas ou extravios de insumos, não
escrituradas.
b) haver um descompasso entre a quantidade de insumo utilizada e os
produtos finais escriturados, resultado de movimentações internas ou consumo
informados erroneamente.
c) haver divergência entre o estoque final e inicial em várias competências
ao longo de todo o período da ação fiscal
d) não ser capaz de analisar detalhes do processo produtivo para os anos
de 2013 a 2016.

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e) não ser capaz de traçar conclusões sobre o processo produtivo em todo
o período da ação fiscal.
Comentários:
Lembre-se: o bloco K ainda está sendo apresentado incompleto (apenas
os registros K200 e K280). E mesmo assim, apenas para empresas com
faturamento elevado no momento. Além disto, iniciou apenas em 2017 para
empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões por ano.
Ou seja, as conclusões apresentadas nas letras A, B e C serão factíveis de
se obter um dia, mas impossíveis no momento atual, visto não conseguirmos
analisar por completo o processo produtivo apenas com base na EFD e NF-e do
contribuinte.
A letra D poderia estar correta, mas note que ela implica dizer que
conseguimos analisar detalhes do processo produtivo a partir de 2017, o que
também não é verdade, infelizmente.
A letra E é a mais coerente, visto não ser possível traçar conclusões mais
detalhadas para todo o período de análise, apenas auditando EFD e NF-e.
Resposta: E.

11. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Fazem parte do


SPED os seguintes projetos, exceto:
a) EFD ICMS IPI
b) NFC-e
c) NF-e
d) eSocial
e) ePagamentos
Comentários:
Não deixe de dar uma passadinha no site do SPED:
http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/964
Lá no site, no menu da esquerda você visualiza diversos dos projetos que
compõem o SPED:

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Dê uma lida básica no que significa cada um deles para se situar.
Estudamos com afinco o EFP ICMS IPI e a NF-e em nosso curso. A NFC-e
é a nota fiscal ao consumidor eletrônica. E o eSocial é o Sistema de Escrituração
Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, para permitir a
comunicação ao governo de dados de empregados de forma unificada.
O ePagamento é o único perdido ali, inventado pelo seu digníssimo
professor :D
Resposta: E.

12. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Analise as assertivas


a seguir, a respeito da EFD:
I – Numa Ação Fiscal, o auditor fiscal poderá solicitar documentos que
comprovem os dados apresentados na escrituração fiscal, devendo o
contribuinte possuir os devidos documentos.
II – Para envio do arquivo EFD, o contribuinte deverá validá-lo,
necessariamente utilizando o Programa Validador disponibilizado pela Receita
Federal do Brasil.
III – Campos da EFD indicados com a informação de obrigação do tipo OC
são informados em situações excepcionais, conforme critério adotado pelo
contribuinte.
Estão corretas, apenas:
a) I e II
b) I e III

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c) I
d) II e III
e) I, II e III
Comentários:
I – Correta. Com a ressalva de que a exigência deve ser feita apenas para
o prazo legal previsto em legislação, comumente de 5 anos.
II – Incorreta. De fato, o arquivo deverá ser validado, mas o contribuinte
não é obrigado a utilizar o Programa Validador, podendo utilizar-se de software
próprio ou de terceiros para tal.
III – Incorreta. Estes campos não são obrigatórios, a menos que exista
dados a serem informados. Neste caso, passam a ser obrigatórios.
Resposta: C.
O arquivo digital EFD ICMS/IPI é constituído de blocos, cada qual com um
registro de abertura, com registros de dados e com um registro de
encerramento, referindo-se cada um deles a um agrupamento de documentos
e de outras informações econômico-fiscais. O Bloco H tem por objetivo a reunião
de informações relativas a
(A) emissão ou recebimento de documentos fiscais referentes às entradas
e saídas de mercadorias.
(B) abertura do arquivo, identificação das entidades, contabilistas e
participantes e outras referências.
(C) divulgação do inventário físico do estabelecimento, nos casos e prazos
previstos na legislação pertinente.
(D) emissão ou recebimento de documentos fiscais que acobertam as
prestações de serviços de comunicação, transporte intermunicipal e
interestadual.
(E) apuração do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI).
Gabarito: C.

13. (Ano: 2018 Bancas: FCC Órgãos: SEFAZ-SC Provas: Auditor-


Fiscal da Receita Estadual - Auditoria e Fiscalização (Prova
3)) Análises a partir de cruzamentos eletrônicos de informações
permitem identificar divergências entre os arquivos XML da NF-e e
os documentos escriturados da EFD-ICMS/IPI. Por exemplo,
registros do grupo de informações “N − ICMS Normal e Substituição

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Tributária” podem ser extraídos do sistema de NF-e para serem
comparados com registros de escrituração EFD-ICMS/IPI
que estão gravados no bloco
(A) E.
(B) C.
(C) H.
(D) K.
(E) D.
Comentário:
Opa!!! Ou estou olhando o gabarito errado ou já está tarde demais e não
entendi qual foi a do examinador, mas não faz sentido ser o bloco E. Ou melhor,
que fique claro: até poderia ser o bloco E, mas com uma leve forçada de barra,
pois precisaríamos consolidar os dados de todas as NF-e para então validar com
os totalizadores indicados na Apuração (Bloco E). O mais normal é associar a
informação constante acerca do ICMS na NF-e com as informações lançadas no
bloco C, mais precisamente com o registro C170 neste caso, já que estamos
falando do grupo N que traz os dados de imposto dos itens da NF-e.
Portanto, cabe recurso aqui, indicando que os dados no bloco E dizem
respeito à apuração, congregando as informações de todos os documentos
fiscais, enquanto que as informações no bloco C individualizam cada NF-e,
permitindo uma comparação mais direta e clara das informações presentes em
ambos os documentos fiscais.
Para corroborar, seguem os dados constantes no grupo N da NF-e e no
registro C170 da EFD:

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Gabarito: A

14. (Ano: 2020 Bancas: CESPE/ CEBRASPE Órgãos: SEFAZ-DF


Provas: Auditor Fiscal) Ao fiscalizar determinada empresa, um
auditor-fiscal do GDF verificou que ela aproveitava crédito do ICMS
oriundo de aquisição de ativo permanente. O auditor, então,
concluiu a fiscalização e apresentou notificação de algumas
operações.

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A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais,
normativos ou técnicos a ela relacionados, julgue o item seguinte, que se refere
ao procedimento de fiscalização.

Infere-se que o auditor-fiscal considerou os demais créditos de ICMS


porque os ativos imobilizados dos quais foram originados são todos utilizados
no processo produtivo, além de terem sido adquiridos nos últimos doze meses.
Comentário:
A questão trata do CIAP (Bloco G da EFD) e demos ênfase em vários
momentos neste assunto em nosso curso. Está com uma redação um tanto
confusa, vou ser sincero, não entendi exatamente o que o examinador quis dizer
não, ahaha.
Lembre-se da LC 87/03:
Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado
ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em
operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica,
no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo
permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal ou de comunicação.
(...)
§ 5o Para efeito do disposto no caput deste artigo, relativamente aos
créditos decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas
ao ativo permanente, deverá ser observado:
(...)
III – para aplicação do disposto nos incisos I e II deste parágrafo, o
montante do crédito a ser apropriado será obtido multiplicando-se o valor total
do respectivo crédito pelo fator igual a 1/48 (um quarenta e oito avos) da
relação entre o valor das operações de saídas e prestações tributadas e o total
das operações de saídas e prestações do período, equiparando-se às tributadas,
para fins deste inciso, as saídas e prestações com destino ao exterior ou as
saídas de papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos;
Note que o enunciado diz que o auditor concluiu sua ação fiscal e
apresentou notificação de algumas operações, entende-se, com
divergências/problemas encontrados. E se o examinador disse que os ativos
foram devidamente utilizados no processo produtivo e foram adquiridos nos
últimos 12 meses, está tudo ok com os créditos de CIAP, restando, portanto,
problemas em outros créditos que não provenientes do CIAP em si.
Repare, no entanto, que o examinador deixou uma brecha aqui. A análise
do CIAP não se restringe unicamente a identificar que os ativos foram
comprados em menos de 48 meses ou que tenham sido utilizados no processo

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produtivo. Outros problemas podem ser identificados na Auditoria Fiscal, como
exemplo:
• Parcelas de créditos de ativos podem ser lançadas repetidamente
(exemplo: lançar duas vezes a parcela 11 dos 1/48 de crédito a que
faz jus)
• O percentual de aproveitamento mensal pode ser calculado de forma
incorreta
• O número de parcelas a que faz jus se creditar pode ser menor de
48 (esta informação vem no registro 0300 e ocorre, por exemplo,
quando há transferência de ativo)
E por aí vai. Ou seja, a conclusão que o examinador propôs não
necessariamente está correta para todo caso. Faz sentido, mas não está
plenamente correta, cabendo recurso e uma sugestão pra que aprenda mais da
prática de Auditoria Fiscal :D
Gabarito: Certo.

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8. LISTA DE EXERCÍCIOS

1. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Em qual registro da


EFD o Auditor Fiscal encontra o detalhamento dos itens de uma NF-
e modelo 55?
a) C100
b) D100
c) C110
d) C170
e) C190

2. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) O contribuinte notou


a necessidade de fazer o ressarcimento de ICMS ST para o Estado
do PR, em virtude de uma operação ocorrida com um contribuinte
do Estado. O imposto a ser ressarcido já foi recolhido por este
contribuinte anteriormente.
Ao lançar as informações na EFD, quais dados o Auditor Fiscal poderá
conferir para validar a operação de ressarcimento?
a) O Registro C100 conterá as informações do documento fiscal relativo ao
ressarcimento, com indicação de natureza da operação Transferência de
Créditos.
b) O Registro C100 conterá informações de documento fiscal emitido para
o contribuinte do Paraná. O documento fiscal original será referenciado no
registro C176, fazendo menção à operação de ressarcimento do ICMS ST.
c) Será preciso analisar o registro C195 com as informações do lançamento
fiscal indicando o ressarcimento de ICMS ST.
d) As informações serão lançadas diretamente no registro C400,
correlacionando os dados com o cupom fiscal emitido pelo contribuinte.
e) Os dados devem ser lançados diretamente na apuração do ICMS,
portanto veremos esta informação presente no registro E111, em termos de
ajustes do ICMS do período analisado, havendo referência do documento fiscal
no registro E113.

3. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Zero Bala, novo


Auditor do ICMS XX, acaba de receber sua primeira Ação Fiscal e já
se depara com uma intercorrência dos sistemas da secretaria de
fazenda: o acesso aos documentos de NF-e estão temporariamente
bloqueados por conta de upgrades do sistema.

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No entanto, querendo mostrar serviço, ele se dispõe a adiantar o trabalho
na medida do possível, mesmo acessando apenas a EFD do contribuinte.
O primeiro caso que ele tem em mãos requer a verificação do imposto
recolhido em operações de saída interestadual, num conjunto específico de
CFOPs detalhados na Ação Fiscal que recebeu.
Zero Bala então decide que irá inicialmente analisar o ICMS recolhido
nestes CFOP listados, de forma a ver se o contribuinte realizou o destaque de
forma correta.
Onde ele poderá obter tais informações?
a) Zero Bala poderá carregar as informações do C100 e então filtrar os
CFOPs de interesse para análise do ICMS destacado.
b) Zero Bala irá direto no C170, onde poderá filtrar os CFOPs desejados e
analisar o ICMS destacado.
c) Zero Bala isolará os CFOPs em foco no registro C190, agrupando-os
conforme o CST e Alíquota, podendo analisar o ICMS destacado e comparar com
a situação de cada caso.
d) Zero Bala irá buscar os dados informados na apuração, identificando os
valores de ICMS destacado no registro E100.
e) Zero Bala irá carregar os dados das NF-e e filtrar os CFOPs de interesse,
cotejando o ICMS destacado com o previsto na legislação para cada situação.

4. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Qual registro da EFD


permite fazer ajustes do imposto recolhido num documento fiscal?
a) C100
b) C170
c) E113
d) C195
e) C197

5. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Qual o bloco de


informações da EFD que contém dados da Apuração do contribuinte?
a) Bloco C
b) Bloco D
c) Bloco E
d) Bloco G
e) Bloco H

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6. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Na sua Ação Fiscal,
você observa que o contribuinte erroneamente se creditou de ICMS
próprio de algumas notas fiscais em fevereiro de 2016.
Além de aplicar um Auto de Infração por crédito indevido, com as devidas
correções monetárias, você solicita que o contribuinte faça o ajuste de seus
créditos na competência atual, lançando as informações diretamente na sua
apuração, retificando a EFD recém-apresentada. Com os ajustes, o contribuinte
deverá um montante significativo de imposto para o Estado.
Para proceder a isto da maneira como você está orientando, o contribuinte
irá informar dados em qual/quais registro/s?
a) E110
b) E110, E111
b) E110, E111, E112
c) E110, E111, E112, E113
d) E110, E111, E112, E113, E116
e) E111, E112, E113, E116

7. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Em qual registro da


EFD se encontra o inventário físico do contribuinte?
a) H010
b) K200
c) C100
d) 0200
e) 0300

8. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) São motivações para


a escrituração do Inventário pelo contribuinte na EFD, exceto:
a) Final do período.
b) Mudança de forma de tributação da mercadoria
c) Solicitação de inscrição estadual
d) Solicitação de baixa cadastral
e) Determinação do fisco

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9. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) São itens
considerados para fins de Estoque no registro K200, exceto:
a) Mercadorias para revenda
b) Peças para construção de ativos do estabelecimento
c) Matérias-primas
d) Embalagens
e) Produtos em processo

10. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Agenildo é auditor


fiscal recém-aprovado na Sefaz XX e recebeu a missão de analisar
o estoque de alguns contribuintes com faturamento acima de R$ 500
milhões por ano. Na Ação Fiscal que recebeu consta que o período
de análise deve se estender de 2014 até meados de 2018.
Agenildo executa esta análise, comparando exclusivamente as informações
de notas fiscais e EFD do contribuinte, com o que conclui, mais provavelmente:
a) haver divergências e incoerências no processo produtivo do
contribuinte, apontando possíveis perdas ou extravios de insumos, não
escrituradas.
b) haver um descompasso entre a quantidade de insumo utilizada e os
produtos finais escriturados, resultado de movimentações internas ou consumo
informados erroneamente.
c) haver divergência entre o estoque final e inicial em várias competências
ao longo de todo o período da ação fiscal
d) não ser capaz de analisar detalhes do processo produtivo para os anos
de 2013 a 2016.
e) não ser capaz de traçar conclusões sobre o processo produtivo em todo
o período da ação fiscal.

11. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Fazem parte do


SPED os seguintes projetos, exceto:
a) EFD ICMS IPI
b) NFC-e
c) NF-e
d) eSocial
e) ePagamentos

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12. (Inédita – Prof. Leonardo Coelho – 2018) Analise as assertivas
a seguir, a respeito da EFD:
I – Numa Ação Fiscal, o auditor fiscal poderá solicitar documentos que
comprovem os dados apresentados na escrituração fiscal, devendo o
contribuinte possuir os devidos documentos.
II – Para envio do arquivo EFD, o contribuinte deverá validá-lo,
necessariamente utilizando o Programa Validador disponibilizado pela Receita
Federal do Brasil.
III – Campos da EFD indicados com a informação de obrigação do tipo OC
são informados em situações excepcionais, conforme critério adotado pelo
contribuinte.
Estão corretas, apenas:
a) I e II
b) I e III
c) I
d) II e III
e) I, II e III

13. (Ano: 2018 Bancas: FCC Órgãos: SEFAZ-SC Provas: Auditor-


Fiscal da Receita Estadual - Auditoria e Fiscalização (Prova
3)) Análises a partir de cruzamentos eletrônicos de informações
permitem identificar divergências entre os arquivos XML da NF-e e
os documentos escriturados da EFD-ICMS/IPI. Por exemplo,
registros do grupo de informações “N − ICMS Normal e Substituição
Tributária” podem ser extraídos do sistema de NF-e para serem
comparados com registros de escrituração EFD-ICMS/IPI
que estão gravados no bloco
(A) E.
(B) C.
(C) H.
(D) K.
(E) D.

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9. GABARITO

01 D 13 A
02 B
03 C
04 E
05 C
06 D
07 A
08 C
09 B
10 E
11 E
12 C

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