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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB

CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA - DEM

HENRIQUE VIEIRA PLÁCIDO - 11405404


CEZAR AUGUSTO COMPAGNON - 11318760

PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE UM EQUIPAMENTO HIPOTÉTICO PARTE II

JOÃO PESSOA
2019
HENRIQUE VIEIRA PLÁCIDO - 11405404
CEZAR AUGUSTO COMPAGNON - 11318760

PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE UM EQUIPAMENTO HIPOTÉTICO -


PARTE II

Trabalho de análise de falha para um


equipamento hipotético apresentado a
disciplina de manutenção industrial como parte
dos requisitos necessários à obtenção da
aprovação no programa proposto ao longo do
semestre 2019.1.

Professor(a): Dr. Virgílio Mendonça da


Costa e Silva
Disciplina: Manutenção Industrial
Turma: 01
JOÃO PESSOA
2019
Lista de ilustrações
Figura 1 – Dados gerados a partir do método de distribuição Log - Normal . . . 11
Figura 2 – Valores obtidos pelo método empírico de Herd - Jhonson. . . . . . . 13

Figura 3 – Gráfico da função cumulativa de falhas com relação ao tempo (F(t)). 14

Figura 4 – Gráfico da função de taxas de falha com relação ao tempo ( λ(t)). . . 14

Figura 5 – Gráfico da função confiabilidade com relação ao tempo (R(t)). ... 14


Figura 6 – Gráfico da função densidade de falha com relação ao tempo (f(t)2). 15
Figura 7 – Resultado dos testes de aderência realizados no Proconf®, para os
dados de falha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Figura 8 – Função cumulativa de falha, f(t). .................... 17
Figura 9 – Função confiabilidade R(t). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Figura 10 – Função densidade de falhas f(t). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18


Figura 11 – Função taxa de falhas h(t). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Figura 12 – Resultado dos testes de aderência realizados no Proconf®, para os
dados de reparo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

Figura 13 – Função densidade de probabilidade do reparo m(t). . . . . . . . . . 19


Figura 14 – Função manutenabilidade M(t). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Figura 15 – Comparação da disponibilidade operacional utilizando os dois méto-
dos: empírico e estimação de parâmetros. . . . . . . . . . . . . . . . 20
Figura 16 – Valores obtidos com a aplicação da regressao linear para as falhas. 22
Figura 17 – Gráfico gerado pela regressão linear aplicada. ............ 23
Figura 18 – Função taxa de falha - mínimos quadrados .............. 23
Figura 19 – Função densidade - mínimos quadrados . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Figura 20 – Função cumulativa de falhas - mínimos quadrados . . . . . . . . . . 24

Figura 21 – Função confiabilidade - mínimos quadrados . . . . . . . . . . . . . . 24


Figura 22 – Valores obtidos pela regressão linear para os reparos. . . . . . . . . 26
Figura 23 – Comparação dos resultados obtidos através da técnica de máxima
verossimilhança e mínimos quadrados. ................ 26
Figura 24 – Manutenabilidade acumulativa pro reparo - mínimos quadrados. .. 27

Figura 25 – Densidade dos reparos - mínimos quadrados. . . . . . . . . . . . . . 27


Figura 26 – Contagem de valores observados entre os limites - Falhas. ..... 28
Figura 27 – Valor esperado e nível de significância - Falhas. ........... 29
Figura 28 – Contagem de valores observados entre os limites - Reparos. .... 29

Figura 29 – Valor esperado e nível de significância - Reparos. .......... 30


Figura 30 – Resultados do teste de aderência Qui-quadrado - Falhas estimadas
sob uma distribuição de Weibull. .................... 31
Figura 31 – Resultados do teste de aderência Qui-quadrado - Reparos estimados
sob uma distribuição Log-Normal. ................... 31

Figura 32 – Relações Cmp/Cmc para valores de Kp/Kc. . . . . . . . . . . . 33

Figura 33 – Gráfico comparativo da relação entre o custo horário da manutenção


preventiva e o custo horário da manutenção corretiva. . . . . . . . . 34

Figura 34 – Intervalos ideais para manutenção preventiva sistemática (por tempos). 35


Figura 35 – Intervalos ideais para manutenção preventiva sistemática (por idade). 37
Figura 36 – Tempo de falha (em horas) gerado por Monte Carlo, em ordem cres-
cente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Figura 37 – Tempo de reparo (em horas) gerado por Monte Carlos, em ordem

crescente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Figura 38 – 66 valores dos tempos entre falha com relação aos tempos de reparo. 42
Figura 39 – Disponibilidade obtida. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Figura 40 – Dados censurados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

Figura 41 – Ajuste de rank para dados censurados. ................ 45


Figura 42 – Valores das funções de falha para os dados censurados. . . . . . . 46
Figura 43 – Função cumulativa de falhas F(t), para dados censurados. . . . . . 46
Figura 44 – Função confiabilidade R(t), para dados censurados. . . . . . . . . . 47

Figura 45 – Função taxa de falha λ(t), para dados censurados. . . . . . . . . . . 47

Figura 46 – Função densidade de falha f(t), para dados censurados. . . . . . . . 47


Figura 47 – Valores das funções de reparos para os dados censurados. . . . . . 48
Figura 48 – Função manutenabilidade M(t). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Figura 49 – Função taxa de reparo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

Figura 50 – Função densidade do reparo M(t). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49


Figura 51 – Disponibilidade para dados censurados. . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Figura 52 – Resultado da máxima verossimilhança para dados de falha censurados. 50
Figura 53 – Resultado da máxima verossimilhança para dados de reparo censu-

rados. ................................... 51
Figura 54 – Linearização dos dados censurados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Figura 55 – Valores dos parâmetros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Figura 56 – Gráfico de linearização - Mínimos quadrados. . . . . . . . . . . . . . 53
Figura 57 – Parâmetros - Mínimos quadrados. ................... 53

Figura 58 – Gráfico da taxa de falha - Mínimos quadrados. ............ 53


Figura 59 – Gráfico de densidade - Mínimos quadrados. . . . . . . . . . . . . . . 54
Figura 60 – Gráfico da função cumulativa - Mínimos quadrados. ......... 54
Figura 61 – Gráfico da confiabilidade - Mínimos quadrados. . . . . . . . . . . . . 54

Figura 62 – Linearização dos dados censurados - Mínimos quadrados. ..... 55


Figura 63 – Parâmetros dos reparos censurados - Mínimos quadrados. ..... 55
Figura 64 – Função de reparos - Mínimos quadrados. ............... 56
Figura 65 – Gráfico da função manutenabilidade acumulativa pra reparo (censu-

rada) - Mínimos quadrados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57


Figura 66 – Gráfico da densidade do reparo (censurado) - Mínimos quadrados. . 57
Sumário

1 PRIMEIRA QUESTÃO .......................................................................................................................... 9


2 SEGUNDA QUESTÃO ........................................................................................................................ 11
3 TERCEIRA QUESTÃO ........................................................................................................................ 12

3.1 Métodos empíricos ...................................................................................................................... 12


3.1.1 Rank médio de Herd - Johnson .............................................................................................. 12

3.1.1.1 Falhas ....................................................................................................................................... 12


3.1.2 Gráficos de função cumulativa de falhas, confiabilidade, taxa de falhae função
densidade de falha .............................................................................................................................. 13

3.1.3 Cálculo do MTBF, MTTR e disponibilidade operacional do equipamento ........................ 15


4 QUARTA QUESTÃO ........................................................................................................................... 16

4.1 Técnica da Máxima Verossimilhança - FALHAS ....................................................................... 16


4.2 Técnica da máxima verossimilhança - REPAROS ..................................................................... 19
5 QUINTA QUESTÃO ............................................................................................................................ 21
5.1 Técnica dos mínimos quadrados - FALHAS............................................................................... 21

5.2 Técnica dos mínimos quadrados - REPAROS............................................................................ 25


6 SEXTA QUESTÃO ............................................................................................................................... 28
6.1 Teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov (K-S) ................................................................. 28
6.2 Teste de aderência para as falhas .............................................................................................. 28
6.3 Teste de aderência para os reparos........................................................................................... 29

6.4 Teste de aderência Qui-quadrado ............................................................................................. 30


6.5 Teste de aderência Qui-quadrado - FALHAS ............................................................................ 30
6.6 Teste de aderência Qui-quadrado - REPAROS ......................................................................... 31
7 SÉTIMA QUESTÃO ............................................................................................................................ 32

7.1 Custos da Manutenção Preventiva x Corretiva ....................................................................... 32


8 OITAVA QUESTÃO ............................................................................................................................. 35
8.1 Períodos Ótimos Para Realização da Manutenção Preventiva ............................................ 35
8.1.1 Modelo Baseado no Tempo .................................................................................................... 35

8.2 Modelo baseado na idade .......................................................................................................... 35


9 NONA QUESTÃO ............................................................................................................................... 37

10 DÉCIMA QUESTÃO ......................................................................................................................... 40


11 DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO ...................................................................................................... 42
11.1 Análise para amostra de dados censurada ............................................................................ 42
11.1.1 Método de ajuste de rank ...................................................................................................... 43

11.1.2 Funções de falhas e valor de disponibilidade para dados censurados ............................ 44

11.1.3 Funções de reparo e valor de disponibilidade para dados censurados ........................... 46

11.2 Método da máxima verossimilhança ..................................................................................... 49

11.3 Método dos mínimos quadrados ............................................................................................ 50


11.3.1 Falha .......................................................................................................................................... 50

11.3.2 Reparos ..................................................................................................................................... 53


9
1 PRIMEIRA QUESTÃO

Para o equipamento hipotético, gerar 40 dados de falhas através da Distribuição de


Weibull e de reparos através da Distribuição Lognormal.
Sabe-se que a confiabilidade é dada por:

(1.1)

Aplicando logaritimo natural de ambos os lados da equação, temos:

(1.2)

Trazemos o parâmetro β do equipamento para o outro lado da equação, tem-se:

(1.3)
Por fim, isolamos o tempo entre falhas t, obtendo:
1

t = η((−lnR))β + to (1.4)
Feito as relações acima, podemos utilizar o excel para gerar os dados da confiabilidade
R, tempo de reparo tr, e com a confiabilidade, encontram-se os tempos entre as falhas.
Para gerarmos os dados, será feito uso dos seguintes comandos no excel:

• Confiabilidade R : =(ALEATORIOENTRE(50,90);+ALEATÓRIO())/100;

• Tempo de reparo tr: =INVLOG(ALEATÓRIO();ALEATÓRIO();ALEATÓRIO());

• Põe-se a confiabilidade em ordem decrescente e calcula-se um tempo entre falha para


cada R;

• Tempo entre falha Tef=$C$3*((-LN(E3))ˆ(1/$B$3))+$A$3.

Para os comandos acima foram usados:

• to =0 horas;
Capítulo 1. PRIMEIRA QUESTÃO
10
• β =2,21;

• η =322 horas.

Feito isso, os dados serão gerados na próxima questão.


11
2 SEGUNDA QUESTÃO

De acordo com os dados gerados, montar uma tabela mostrando as datas e horas das
falhas do equipamento hipotético, considerando que o equipamento é novo e foi posto para
funcionamento em 01 de março 2017 às 09:00 horas.
Na figura 1, inserimos uma imagem com os dados pedidos no enunciado:

Figura 1 – Dados gerados a partir do método de distribuição Log - Normal

Fonte: Autores, 2019.


12
3 TERCEIRA QUESTÃO

Com os dados de falhas e reparos, do item anterior plotar as curvas referente à


confiabilidade, função cumulativa de falhas, função densidade de probabilidade, função
taxa de falhas e calcular os Indicadores MTBF, MTTR e Disponibilidade Operacional do
hipotético equipamento, através de Métodos Empíricos.

3.1 Métodos empíricos

3.1.1 Rank médio de Herd - Johnson

Os métodos empíricos foram utilizados para uma estimativa inicial dos parâmetros
das distribuições tanto de tempos de falhas quanto nos tempos de reparos. Como primeira
hipótese foi suposto que os 40 dados não sofreram censura e, dessa forma os rank’s médio e
mediano puderam ser utilizados.

3.1.1.1 Falhas

O rank médio é comumente utilizado para estimar o desenvolvimento da função


cumulativa de falha F(t) que é função apenas da posição do dado depois de ordenados de
forma crescente, expressa por:

(3.1)

Sendo n o número de falhas no intervalo observado e i à posição da falha nos dados


ordenados. A confiabilidade, portanto, é dada por:

(3.2)

Para a caracterização da distribuição de probabilidade foi estimada a função densidade


de probabilidade dada pela equação:

(3.3)

Com isso obtém-se a taxa de falha, expressa por:

(3.4)
Capítulo 3. TERCEIRA QUESTÃO 13

O tempo médio entre falhas (TMEF) foi estimado através da equação:

(3.5)

Os valores obtidos pelas estimativas são mostrados na figura 2:

Figura 2 – Valores obtidos pelo método empírico de Herd - Jhonson.

Fonte: Autores, 2019

3.1.2 Gráficos de função cumulativa de falhas, confiabilidade, taxa de falha e função


densidade de falha

A seguir, nas figuras 3, 4, 5 e 6 encontram-se as fotos dos gráficos obtidos por métodos
empíricos gerados pela figura 2:
Capítulo 3. TERCEIRA QUESTÃO 14

Figura 3 – Gráfico da função cumulativa de falhas com relação ao tempo (F(t)).

Fonte: Autores, 2019.

Figura 4 – Gráfico da função de taxas de falha com relação ao tempo (λ(t)).

Fonte: Autores, 2019.

Figura 5 – Gráfico da função confiabilidade com relação ao tempo (R(t)).

Fonte: Autores, 2019.


Figura 6 – Gráfico da função densidade de falha com relação ao tempo (f(t)2).
Capítulo 3. TERCEIRA QUESTÃO 15

Fonte: Autores, 2019.

3.1.3 Cálculo do MTBF, MTTR e disponibilidade operacional do equipamento

O indicador MTBF (Mean Time Between Failures, ou Tempo Médio Entre


Falhas TMEF) é calculado como uma média simples dos valores de Tempo Entre Falhas, em
horas, portanto:

(3.6)

Já o indicador MTTR (Mean Time To Repair, ou Tempo Médio Para Reparo, ou TMPR),
é calculado como uma média simples dos valores de Tempo de Reparo, em horas:

(3.7)

O último indicador é o A (Availability, ou Disponibilidade Intrínseca) do


equipamento, em porcentagem:

(3.8)

ou, 95,29%.
16

4 QUARTA QUESTÃO

Repetir o item 3 através do Método de Estimação dos Parâmetros de distribuições


usando a Técnica de Máxima Verossimilhança. Sugestão: Use o Proconf® ou qualquer outro
software estatístico.

4.1 Técnica da Máxima Verossimilhança - FALHAS

Os dados de falha gerados foram inseridos e processados no Proconf ® e, em seguida, o


próprio software indicou os seguintes resultados nos testes de aderência (Kolmogorov –
Smirnov e χ² ), encontrados na figura 7:
Figura 7 – Resultado dos testes de aderência realizados no Proconf®, para os dados de falha.

Fonte: Autores, 2019.

Devido sua alta significância e para facilitar os cálculos futuros, escolheu-se a


distribuição de Weibull como a que melhor representa os dados de falha de tal forma que,
pela Técnica da Máxima Verossimilhança, assumindo uma vida mínima de t0 = 0 horas, a vida

característica calculada foi de η=226,29 horas e o fator de forma β = 5,6147, portanto, a


função cumulativa de falha é:

(4.1)

E seu gráfico está representado na figura 8, na próxima página:

Figura 8 – Função cumulativa de falha, f(t).


Capítulo 4. QUARTA QUESTÃO 17

Fonte: Autores, 2019.

A função de confiabilidade está representada na figura 9:

(4.2)

Figura 9 – Função confiabilidade R(t).

Fonte: Autores, 2019

A função de densidade de falhas está representada na figura 10:

(4.3)

Figura 10 – Função densidade de falhas f(t).


Capítulo 4. QUARTA QUESTÃO 18

Fonte: Autores, 2019

E por fim, a função da taxa de falhas está representada na figura 11:

(4.4)

Figura 11 – Função taxa de falhas h(t).

Fonte: Autores, 2019.

O indicador MTBF (Tempo Médio Entre Falhas), calculado em horas, é calculado como:

(4.5)
Capítulo 4. QUARTA QUESTÃO 19

4.2 Técnica da máxima verossimilhança - REPAROS

Os tempos de reparo gerados foram inseridos e processados no Proconf® e, em


seguida, o próprio software indicou os seguintes resultados nos testes de aderência
(Kolmogorov – Smirnov e χ2), na figura 12:
Figura 12 – Resultado dos testes de aderência realizados no Proconf®, para os dados de reparo.

Fonte: Autores, 2019

Devido sua alta significância, a distribuição Log-normal é a que melhor representa os


dados de reparo fornecidos. Os parâmetros calculados pela Técnica da Máxima
Verossimilhança foram uma média de μ = 2,1691 e desvio padrão σ = 0,6109, portanto, a
função densidade de probabilidade de reparo está representada na figura 13:

(4.6)

Figura 13 – Função densidade de probabilidade do reparo m(t).

Fonte: Autores, 2019

A função de manutenabilidade está representada na figura 14:


Capítulo 4. QUARTA QUESTÃO 20

(4.7)

Figura 14 – Função manutenabilidade M(t).

Fonte: Autores, 2019

O indicador MTTR (Tempo Médio Para Reparo), calculado em horas é dado como:

(4.8)

Com esses dados, pode-se calcular a Disponibilidade:

(4.9)
Ou, 95,27%.

Comparando, a figura 15 mostra que a disponibilidade é igual para os dois métodos:


Figura 15 – Comparação da disponibilidade operacional utilizando os dois métodos: empírico e estimação de
parâmetros.

Fonte: Autores, 2019


21

5 QUINTA QUESTÃO

Repetir o item 3 usando a Técnica de Mínimos Quadrados para as distribuições, do


item 4, que melhor se ajustaram aos dados, ou seja: distribuições exponencial, weibull,
normal e lognormal.

5.1 Técnica dos mínimos quadrados - FALHAS

Como verificado na técnica de verossimilhança (item 4), a distribuição que mais se


ajusta aos dados de tempo entre as falhas é a distribuição de Weibull. Logo, aplicouse a
regressão linear por mínimos quadrados para obtençao do β e do η, visando uma posterior
comparação entre os valores fornecidos pelo Proconf® e pelo excel®.

(5.1)
Na formula linear, tem-se:

ln(−ln[1 − F(ti)]) = βln(ti − to) − βln(η) (5.2)


Logo, para obter-se a forma linear: (Y = aX + b) é necessário utilizar as seguintes
equações:

Y = ln(−ln[1 − F(ti)]) (5.3)

X = ln(ti − to) (5.4)

(5.5)

(5.6)

−b
(5.7)
η=e β

Os valores obtidos estão tabelados na figura 16:

Figura 16 – Valores obtidos com a aplicação da regressao linear para as falhas.


Capítulo 5. QUINTA QUESTÃO 22

Fonte: Autores, 2019.

Através desses valores, obtemos o gráfico que está representado na figura 17:

Figura 17 – Gráfico gerado pela regressão linear aplicada.


Capítulo 5. QUINTA QUESTÃO 23

Fonte: Autores, 2019.

Assim, realizando os cálculos, tem-se: a = 5,8185, b = −31,556, β = 5,8185 e η


=226,6464.
Nas figuras 18, 19, 20 e 21, a seguir, pode-se observar os gráficos para as falhas:
Na figua 18, temos o gráfico de taxa de falhas:

Figura 18 – Função taxa de falha - mínimos quadrados

Fonte: Autores, 2019.

Na figura 19, temos o gráfico de densidade de falhas:

Figura 19 – Função densidade - mínimos quadrados


Capítulo 5. QUINTA QUESTÃO 24

Fonte: Autores, 2019.

Na figura 20, temos a função cumulativa de falhas:

Figura 20 – Função cumulativa de falhas - mínimos quadrados

Fonte: Autores, 2019.

Na figura 21, temos a função confiabilidade:

Figura 21 – Função confiabilidade - mínimos quadrados

Fonte: Autores, 2019.


Capítulo 5. QUINTA QUESTÃO 25

5.2 Técnica dos mínimos quadrados - REPAROS

Sabendo que os reparos seguem uma distribuição Log-normal, primeiro encontrase sua
forma linear de expressar a função manutenabilidade:

(5.8)

(5.9)

Portanto, fazendo uma regressão linear da função: Y = aX + b, temos:

(5.10)

(5.11)

Portanto, calculando os valores úteis (através do rank mediano de Bernard), na figura


22:

Figura 22 – Valores obtidos pela regressão linear para os reparos.


Capítulo 5. QUINTA QUESTÃO 26

Fonte: Autores, 2019.

Fazendo os cálculos, temos: σ =0,60836 e µ =2,16924.


A título comparativo observa-se na figura 23:

Figura 23 – Comparação dos resultados obtidos através da técnica de máxima verossimilhança e mínimos
quadrados.

Fonte: Autores, 2019.


Capítulo 5. QUINTA QUESTÃO 27

Nas figuras 24 e 25, apresentamos os gráficos para o reparo relacionado ao método dos
mínimos quadados.
Na figura 24, apresenta-se o gráfico de manutenabilidade acumulativa:

Figura 24 – Manutenabilidade acumulativa pro reparo - mínimos quadrados.

Fonte: Autores, 2019.

Na figura 25 apresenta-se o gráfico de densidade dos reparos:

Figura 25 – Densidade dos reparos - mínimos quadrados.

Fonte: Autores, 2019


28

6 SEXTA QUESTÃO

Intervale os dados de falhas e reparos do item 1 e faça o cálculo do teste de aderência


através dos métodos de Qui-Quadrado e o Método de KolmogorovSmirnov, e compare com
os resultados, do item 4, obtidos através do uso de software.

6.1 Teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov (K-S)

Para uma dada amostra de dados agrupados, consiste no cálculo e posterior


comparação com os valores críticos tabelados do parâmetro D, expresso por:

(6.1)

Onde:

• Ek- Número de falhas ou reparos esperados na k-ésima classe; • Ok - Número


de falhas ou reparos observados na k-ésima classe;

• Dcrt - Parâmetro D crítico de Kolmogorov - Smirnov.

6.2 Teste de aderência para as falhas

O maior e o menor valor de falha são, respectivamente 268,9855 horas e


113,0267 horas.
Pela regra de Sturges, o número de intervalos a ser dividida a amostra é:

k = [1 + 3,3log1035] = 6 (6.2)

Assim, na planilha do excel, verifica-se na figura 26:


Figura 26 – Contagem de valores observados entre os limites - Falhas.

Fonte: Autores, 2019.

Onde cada limite superior é definido da seguinte forma:


Capítulo 6. SEXTA QUESTÃO 29

(6.3)

E para a distribuição normal de Weibull está representada na figura 27:

Figura 27 – Valor esperado e nível de significância - Falhas.

Fonte: Autores, 2019.

Vê-se: DN = 0,079 < DNcrit, que para α = 0,1, N = 40, DNcrit =


0,189, onde DN é calculado e DNcrit é tabelado.
Ou seja, pelo Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S), a distribuição de Weibull para as
falhas não podam ser rejeitada, como também não foi na Técnica da Máxima
Verossimilhança.

6.3 Teste de aderência para os reparos

O maior e o menor valor de tempo de reparo são, respectivamente: 34,4506 horas e


1,2876 horas.
De forma análoga à subseção anterior, para k =6 temos a figura 28:
Figura 28 – Contagem de valores observados entre os limites - Reparos.

Fonte: Autores, 2019.

E para a distribuição Log-normal tem-se a figura 29:

Figura 29 – Valor esperado e nível de significância - Reparos.


Capítulo 6. SEXTA QUESTÃO 30

Fonte: Autores, 2019.

Vê-se: DN = 0,100 < DNcrit, que paraα = 0,1e N = 40, DNcrit =


0,189. Onde DN foi calculado e DNcrit foi tabelado.
Ou seja, pelo Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S), a distribuição Log-normal para os
tempos de reparo não pode ser rejeitada, como também não foi na Técnica da Máxima
Verossimilhança.

6.4 Teste de aderência Qui-quadrado

O teste do qui-quadrado consiste na subdivisão dos dados em classes, e em seguida, na


estimativa do grau de aproximação entre a frequência de dados em um determinado intervalo
e a frequência esperada - estatisticamente - para aquele intervalo. Matematicamente, temos:

(6.4)

Onde:

• Oi - Número de falhas ou reparos observados na i-ésima classe;

• Ei - Número de falhas ou reparos esperados na i-ésima classe;

• K - Número de classes.

6.5 Teste de aderência Qui-quadrado - FALHAS

Agrupou-se a primeira com a segunda célula e a terceira com a quarta célula. A tabela
a seguir mostra os resultados com base em valores esperados sob uma distribuição de Weibulln
na figura 30:
Capítulo 6. SEXTA QUESTÃO 31

Figura 30 – Resultados do teste de aderência Qui-quadrado - Falhas estimadas sob uma distribuição de
Weibull.

Fonte: Autores, 2019.

Note que: χ2 = 2,52 < 2.71, onde χ2crit = 2,71, para uma significância de α =10%.

E um único grau de liberdade: GL = K−1−NP =4células −1−

2 parâmetros estimados.

6.6 Teste de aderência Qui-quadrado - REPAROS

De forma análoga à subseção anterior, a tabela a seguir mostra os resultados com base
em valores esperados sob uma distribuição Log-normal, na figura 31:

Figura 31 – Resultados do teste de aderência Qui-quadrado - Reparos estimados sob uma distribuição Log-
Normal.

Fonte: Autores, 2019.

Note que: χ2 = 0,37 < 2,71 onde χ2crit = 2,71para uma significância de α =10%
e um único grau de liberdade.
32
7 SÉTIMA QUESTÃO

Para valores de taxas de custos de uma intervenção de manutenção preventiva com


relação uma intervenção de manutenção corretiva, iguais a 0.6, 0.4, 0.2 e 0.1, observar se
existe período ótimo para realização de manutenção Preventiva Sistemática.

7.1 Custos da Manutenção Preventiva x Corretiva

Sabendo que o modelo de distribuição temporal entre as falhas seguem rigorosamente


o modelo distributivo de Weibull, o equacionamento realiza a comparação entre os custos de
manutenção corretiva (Cmc) com a preventiva (Cmp), e é expressada por:

(7.1)
Consequentemente o desvio padrão determina-se por:

σ = η[Γ(1 + 2β−1) − Γ2(1 + β−1)]0,5 (7.2)


Considere o μ sendo o TMEF, Kp o custeamento para uma manutenção preventiva e

Kc o custo de uma manutenção corretiva, para valores de taxas de custos com a relação
iguais a: 0,6; 0,4; 0,2 e 0,1, obtemos a relação como mostrado na figura 32 e na figura 33
temos os gráficos comparativos entre o custo horário da manutenção preventiva o custo
horário da manutenção corretiva:
Capítulo 7. SÉTIMA QUESTÃO

Figura 32 – Relações Cmp/Cmc para valores de Kp/Kc.


33

Fonte: Autores, 2019.


34
Capítulo 7. SÉTIMA QUESTÃO

Figura 33 – Gráfico comparativo da relação entre o custo horário da manutenção preventiva e o custo horário
da manutenção corretiva.

Fonte: Autores, 2019.

A relação de custo foi plotada versus os tempos entre falhas disponíveis. Pela análise
Kp/Kc iguais a 0,1 e 0,2 a manutenção preventiva é mais
do gráfico, percebe-se que para
econômica até um tempo de, cerca de, 220h e para Kp/Kc igual a 0,4 a manutenção
preventiva é mais econômica até um tempo de, cerca de, 205h.

Já para Kp/Kc igual a 0,6, a manutenção preventiva é mais econômica apenas para
tempos entre falha de 140h a 180h. Por ser um intervalo bastante restrito, adota-se, para Kp/Kc
igual a 0,6, a manutenção corretiva como a mais econômica.
35
8 OITAVA QUESTÃO

Calcular os períodos ótimos para realização da manutenção preventiva, por tempo e


por idade, considerando e não considerando a duração dos reparos.

8.1 Períodos Ótimos Para Realização da Manutenção Preventiva

8.1.1 Modelo Baseado no Tempo

O período “T”, considerando uma política de manutenção preventiva sistemática que


tem por objetivo minimizar os gastos relacionados a manutenção do componente ou
equipamento é feita em dois estágios. O primeiro, deve atender a seguinte condição:

(8.1)

A segunda condição está equacionada a seguir:

(8.2)

Da Equação 8.2 tem-se:σ = 41,84 horas e oµ, calculado anteriormente, é: µ


=210,03 horas. Daí, substituindo-se na equação 9.1, encontra-se:Kp/Kc = 0,48.
Considerando Kp/Kc < 0,48, o tempo ótimo pode ser verificado na figura
34:
Figura 34 – Intervalos ideais para manutenção preventiva sistemática (por tempos).

Fonte: Autores, 2019.

8.2 Modelo baseado na idade

No caso que está sendo tratado neste item os intervalos temporais podem ser definidos
através da idade do componente, não permanecendo constantes, ao contrário do método que
se baseia no tempo. Em um intervalo de comprimento tp, entre substituições preventivas, duas
possibilidades podem ser consideradas:

Capítulo 8. OITAVA QUESTÃO


36
1) O componente apresenta falhas ao longo do intervalo;

2) O componente não apresenta falhas aleatórias ao longo do intervalo.

Os eventos citados acima estão ligados às funções de falha como F(t) e f(t). O custo
total de um intervalo deve abranger de forma probabilisticamente, às duas probabilidades, e
nesse sentido, chega-se em:

(8.3)

Para analisar o comportamento de custeio total, utilizou-se o MATLAB™, e os gráficos


foram apresentados a partir do script, no qual o valor de custeio da manutenção preventiva foi
estimado em R$ 1500 (o custo não altera qualitativamente o formato da curva, nem o ponto
de mínimo, que é o que se busca). O fator multiplicador de Cf foi modificado para 0,1; 0,2; 0,4
e 0,6. O código está descrito em 9.1:

Código 8.1 – Script inserido no Matlab do modelo baseado na idade

%% Custo e tempo mínimos por idade

Cp=1500;%custo de manuteção preventiva


Cf1=Cp*(1/0.1);
Cf2=Cp*(1/0.2);
Cf3=Cp*(1/0.4);
Cf4=Cp*(1/0.6); %custo de manut corretiva beta=5.8185;
%fator de forma eta=226.6464; %fator de escala mintp=10;
%menor intervalo considerado maxtp=1500; %maior
intervalo considerado
tp=mintp:1:maxtp; %valores de intervalo possíveis na análise
R=exp(-(tp./eta).^beta); %confiabilidade no tempo tp
CtpNUM1=Cp.*R+Cf1.*(1-R);
CtpNUM2=Cp.*R+Cf2.*(1-R);
CtpNUM3=Cp.*R+Cf3.*(1-R);
CtpNUM4=Cp.*R+Cf4.*(1-R);

Fun=@(x) exp(-(x./eta).^beta);
Denom1=integral(Fun,0,mintp); for
i=mintp+1:1:maxtp
Denom2=integral(Fun,0,i);
Denom1=[Denom1,Denom2]; end

Custo1=CtpNUM1./Denom1;
Custo2=CtpNUM2./Denom1;
Custo3=CtpNUM3./Denom1;
37
Custo4=CtpNUM4./Denom1;
Capítulo 8. OITAVA QUESTÃO

intervalo1=tp+mintp; fprintf(’Intervalo ideal


0,1:’);
disp(intervalo1); [Custo2,tp]=min(Custo2);
intervalo2=tp+mintp; fprintf(’Intervalo ideal
0,2:’);
disp(intervalo2); [Custo3,tp]=min(Custo3);
intervalo3=tp+mintp; fprintf(’Intervalo ideal
0,4:’);
disp(intervalo3); [Custo4,tp]=min(Custo4);
intervalo4=tp+mintp; fprintf(’Intervalo ideal
0,6:’); disp(intervalo4);

Os tempos onde ocorre o menor custo total para cada curva estão mostrados na figura
35:

Figura 35 – Intervalos ideais para manutenção preventiva sistemática (por idade).

Fonte: Autores, 2019.

9 NONA QUESTÃO

Simular através do Método Monte Carlo, com o auxílio do MATLAB® ou qualquer


software, o funcionamento do equipamento para o mesmo período de coleta de dados,
considerando que o mesmo está submetido a manutenções preventivas com os tempos
calculados no item anterior.
O equipamento hipotético foi submetido a uma simulação de duração total de
8800 horas, considerando o intervalo ideal para manutenção preventiva sistemática de 131 h
(tempo ótimo obtido para Kp/Kc =0,2).

Para cálculo do TEF foram usados os parâmetros β, η obtidos anteriormente

(Distribuição Weibull) e para cálculo do TPR foram usados os parâmetros α, β_log obtidos
anteriormente (Distribuição Lognormal). O script do MATLAB® seguiu a lógica de que: Com o
tempo ótimo estabelecido, calcula-se inicialmente o TEF. Se ele retornar um valor inferior ao
tempo ótimo, é calculado o TPR. Ou seja, os TEF e TPR são calculados até atingirem o valor de
131 horas.
38
Quando esse valor é alcançado, existe um Tp (Tempo de manutenção preventiva),
estabelecido como 0,8*TPR. Depois de contabilizado o Tp, um novo intervalo de 131 horas é
estabelecido para cálculo de novos TEF e TPR. Esses procedimentos são efetuados até ser
atingido o tempo de duração da simulação. O código está representado em 10.1:

Código 9.1 – Método de Monte Carlo


MONTE CARLO

clear all close all


clc

TMPR=10.38; %Tempo Médio Para Reparo


Ts=8800; % Tempo de Simulação
Tot=131; % Intervalo Ótimo To=0; %Tempo Inicial
do Intervalo rel=0; % Tempo Corrido
cont=0.00000001; %Contador
Tfalha=0; %Tempo de Falha em To Treparo=0; %Tempo de
Reparo em To neta=226.646; % Fator de Escala beta=5.818;
%Fator de forma
gamma=0.9261; %Função gama para beta igual a 2,264 alfa =0.592;
%Parâmetro lognormal betalog=8.631; %Parâmetro lognormal

while rel<Ts if
To<cont<Tot
Capítulo 9. NONA QUESTÃO

r=rand(1);
tef= log(1+r)*(neta*gamma); TEF=tef+To;
if TEF>Tot
TT=Tot;
TR=r*betalog*exp(alfa^2/2); TR1=0;
elseif To<TEF<Tot
TR=r*betalog*exp(alfa^2/2);
TR1=TR;
TT=TEF+TR1; end

cont=[cont,TT]; Tfalha=[Tfalha,TEF];
Treparo=[Treparo,TR];
Tp1=0.8*Treparo; end

Tp=0.8*TR;
To=To+(131+Tp);
Tot=Tot+(131+Tp);
rel=rel+(131+Tp); end
39
Os valores obtidos pelo método de Monte Carlo para falha, foram inseridos na figura a
36:
Figura 36 – Tempo de falha (em horas) gerado por Monte Carlo, em ordem crescente.

Fonte: Autores, 2019.


40
Capítulo 9. NONA QUESTÃO

Os valores obtidos pelo método de Monte Carlo para reparo, foram inseridos na figura
a 37:

Figura 37 – Tempo de reparo (em horas) gerado por Monte Carlos, em ordem crescente.

Fonte: Autores, 2019.

10 DÉCIMA QUESTÃO

Fazer uma análise comparativa dos resultados obtidos anteriormente através dos
métodos e técnicas diferentes.

Uma vez que o tempo da falha é:

Tn = Tn−1 + Tefn + TRn−1 (10.1)

Onde Tefn é o n-ésimo tempo entre falha e TRn−1 é o tempo de reparo anterior. Daí,
tem-se que:
41
Tefn = Tn − Tn−1 − TRn−1 (10.2)

Assim, para os 66 valores gerados através do Método de Monte Carlo no capítulo


anterior, obtém-se os seguintes tempos entre falha (em ordem cronológica) e seus respectivos
tempos de reparo, como pode ser observado na figura 38, na próxima página:

Capítulo 10. DÉCIMA QUESTÃO

Figura 38 – 66 valores dos tempos entre falha com relação aos tempos de reparo.

Fonte: Autores, 2019.

Tais dados resultam nos seguintes Tempo Médio Entre Falhas, Tempo Médio Para
Reparo e Disponibilidade, da figura 39:

Figura 39 – Disponibilidade obtida.


42
Por fim, nota-se que a implementação de uma manutenção preventiva com período
ótimo previamente calculado resulta em um aumento de disponibilidade operacional, de
95,29% para 96,12%.

11 DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO

Censure o segundo, terceiro, décimo segundo, décimo oitavo, vigésimo primeiro e


vigésimo quarto dados de tempo de falhas do item 1 e recalcule os itens 3, 4 e 5. Sugestão:
Use a Técnica de Ajuste de Rank e Rank Mediano de
Bernard.

11.1 Análise para amostra de dados censurada

A censura defini-se como um conjunto de dados que estarão ausentes na análise, pois
dados de falha ou reparo podem vir ser perdidos durante a análise da amostragem, ou até
mesmo ocorrer à censura direita, resultado de pausas em testes de falha.
Considerando o hipotético equipamento visto nesse relatório assume-se que os dados
censurados surgiram devido à perca dos mesmos. Seguindo esse raciocínio, a maior parte das
análises feitas anteriormente para os dados completos foram desenvolvida novamente, para
seis dados censurados, mostrados na figura 40 (A censura está marcado em vermelho):
Figura 40 – Dados censurados.

Fonte: Autores, 2019.


Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 43

11.1.1 Método de ajuste de rank

Considerando que dados censurados esão sendo analisados, os métodos de rank


mediano e médio não são eficazes para caracterizar funções de falha, visto que, a presença
dos dados além de não retornarem a informação desejada, também colocam em conflito o
posicionamento dos demais dados, quando ordenados.
O método de ajuste de rank torna-se empírico, aproximando-se mais destes casos. Ele
consiste em ajustar índices de dados ordenados, fazendo uso das seguintes equações:

Incremento de rank = ti−1 (11.1)


1 + nmero de unidades alem da censura

iti+1 = iti−1 + incremento de rank (11.2)


(n + 1) − i

O método de ajuste de rank para dados censurados encontra-se na figura 41, na


próxima página:
Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 44

Figura 41 – Ajuste de rank para dados censurados.

Fonte: Autores, 2019.

Utilizando os novos índices, as funções relacionadas a falha e reparo foram novamente


calculadas e plotadas.

11.1.2 Funções de falhas e valor de disponibilidade para dados censurados

Os valores das funções de falha para dados censurados estão na figura 42:

Figura 42 – Valores das funções de falha para os dados censurados.


Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 45

Fonte: Autores, 2019.

A função cumulativa de falhas está na figura 43:

Figura 43 – Função cumulativa de falhas F(t), para dados censurados.

Fonte: Autores, 2019.

A função confiabilidade está na figura 44:

Figura 44 – Função confiabilidade R(t), para dados censurados.


Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 46

Fonte: Autores, 2019.

A função de taxa de falha está na figura 45:

Figura 45 – Função taxa de falha λ(t), para dados censurados.

Fonte: Autores, 2019.

A função de densidade de falhas está na figura 46:

Figura 46 – Função densidade de falha f(t), para dados censurados.

Autores, 2019.

11.1.3 Funções de reparo e valor de disponibilidade para dados censurados

Os valores para as funções de reparo estão representadas na figura 47:

Figura 47 – Valores das funções de reparos para os dados censurados.


Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 47

Fonte: Autores, 2019.


A função manutenabilidade está na figura 48:
Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 48

Figura 48 – Função manutenabilidade M(t).

Fonte: Autores, 2019.

A função de taxa de reparo está na figura 49:

Figura 49 – Função taxa de reparo.

Fonte: Autores, 2019.

A função de densidade de reparo está na figura 50:

Figura 50 – Função densidade do reparo M(t).

Fonte: Autores, 2019.

Pode-se observar que a integridade das funções foi mantida, sem o aparecimento de
lacunas que surgiram no eixo das abcissas por conta dos dados censurados. Também pode-se
visualizar a semelhança das curvas das funções com relação à aquelas obtidas nos rank
mediano e médio, uma vez que se trata de valores iniciais
(empíricos).
Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 49

O conjunto censurado tem 34 dados. As equações que foram usadas para calcular o
TMPR e o TMEF que foram previamente estabelecidas, foram utilizadas para estimarmos a
disponibilidade. O valor da disponibilidade encontra-se na imagem 51:

Figura 51 – Disponibilidade para dados censurados.

Fonte: Autores, 2019.

11.2 Método da máxima verossimilhança

O mesmo procedimento adotado anteriormente para obtenção dos dados pelo


método da verossimilhança, sobre os dados adquiridos pelo Proconf que sofreram a censura.
Dessa maneira, os resultados são apresentados nas figuras 52 e 53:

Figura 52 – Resultado da máxima verossimilhança para dados de falha censurados.

Fonte: Autores, 2019.

Figura 53 – Resultado da máxima verossimilhança para dados de reparo censurados.


Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 50

Fonte: Autores, 2019.

Como pode ser visualizado, tanto os dados de falha quanto os de reparo adequam-se à
distribuição de weibull.

11.3 Método dos mínimos quadrados

11.3.1 Falha

Os dados de falha censurados estão representados na figura 54, na próxima página:


Figura 54 – Linearização dos dados censurados.

Fonte: Autores, 2019.

Os valores dos parâmetros estão na figura 55:


Figura 55 – Valores dos parâmetros.
Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 51

Fonte: Autores, 2019.

Os gráficos de linearização de dados censurados, parâmetros, taxa de falha, densidade


de falha, função cumulativa, e confiabilidade estão representados nas figuras 56, 57, 58, 59,
60, e 61, respectivamente:

Figura 56 – Gráfico de linearização - Mínimos quadrados.

Fonte: Autores, 2019.

Figura 57 – Parâmetros - Mínimos quadrados.

Fonte: Autores, 2019.

Figura 58 – Gráfico da taxa de falha - Mínimos quadrados.


Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 52

Fonte: Autores, 2019.

Figura 59 – Gráfico de densidade - Mínimos quadrados.

Fonte: Autores, 2019.

Figura 60 – Gráfico da função cumulativa - Mínimos quadrados.

Fonte: Autores, 2019.

Figura 61 – Gráfico da confiabilidade - Mínimos quadrados.


Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 53

Fonte: Autores, 2019.

11.3.2 Reparos

Para dados de reparo censurados, as equações de linearização para distribuição


Lognormal foram utilizadas. A linearização Log-normal, os parâmetros e as funções de reparo,
ambas para o método de mínimos quadrados encontram-se nas figuras 62, 63 e 64
respectivamente:
Figura 62 – Linearização dos dados censurados - Mínimos quadrados.
Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 54

Fonte: Autores, 2019.

Figura 63 – Parâmetros dos reparos censurados - Mínimos quadrados.

Fonte: Autores, 2019.


Figura 64 – Função de reparos - Mínimos quadrados.
Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 55

Fonte: Autores, 2019


Os gráficos das funções manutenabilidade e densidade do reparo estão nas figuras 65
e 66, da próxima página, respectivamente:
Figura 65 – Gráfico da função manutenabilidade acumulativa pra reparo (censurada) - Mínimos quadrados.
Capítulo 11. DÉCIMA PRIMEIRA QUESTÃO 56

Fonte: Autores, 2019

Figura 66 – Gráfico da densidade do reparo (censurado) - Mínimos quadrados.

Fonte: Autores, 2019.

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