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Foz do Iguaçu
Junho de 2017
Alexandre Marcondes
Foz do Iguaçu
Junho de 2017
Resumo
Sumário
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1 Interpolação Polinomial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1.1 Resolução do Sistema Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1.2 Forma de Lagrange . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.1.3 Forma de Newton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.1.4 Estimativa de erro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2 Funções Spline . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3 Método dos Mínimos Quadrados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3.1 Caso Discreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3.2 Caso Contínuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1 Exercício 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2 Exercício 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.3 Exercício 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.4 Exercício 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5
1 Introdução
1.1 Objetivos
Este trabalho tem como objetivo a resolução de alguns problemas relacionados
aos métodos numéricos de interpolação polinomial e ajuste de curvas, utilizando para
tal programas desenvolvidos no software MatLab. Além deste objetivo principal, tem-
se também como objetivo a apresentação dos principais aspectos teóricos utilizados no
desenvolvimento dos programas.
6
2 Metodologia
Assim, para se obter pn (x) devem ser obtidos os coeficientes a0 , a1 ,...,an . Sabendo que o
polinômio em cada ponto xk é igual a f (xk ), pode-se pontar o seguinte sistema linear:
a0 + a1 x0 + a2 x20 + .. + an xn0 = f (x0 )
a0 + a1 x1 + a2 x21 + .. + an xn1 = f (x1 )
(2.3)
...
a0 + a1 x + a2 xn + .. + an xnn = f (xn )
2
Capítulo 2. Metodologia 7
Observa-se que para k pontos, o grau n do polinômio será igual a k-1. Ou seja, para 3
pontos o polinômio interpolante será de grau 2, para 4 pontos o polinômio terá grau 3 e
assim sucessivamente.
Assim, tem-se que para a forma de Lagrange o polinômio interpolador é dado por:
n
X
pn (xi ) = y k Lk (2.6)
k=0
.........
Observa-se que utiliza-se a diferença dividida em n-1 para a estimativa do erro. Ou seja,
para se obter uma estimativa de erro por este método, n+1 pontos devem estar disponíveis.
Este método também foi implementado neste trabalho e é utilizado para o cálculo de erro
em um dos problemas que são apresentados na sequência.
Capítulo 2. Metodologia 9
gk
bk = (2.15)
2
" #
yk − yk−1 2hk gk + gh−1 hk
ck = + (2.16)
hk 6
dk = y k (2.17)
Onde as funções gk são as derivadas segundas de cada um dos polinômio sk são Após
algumas condições assumidas, e reorganização dos termos, a seguinte relação é obtida
para se obter um sistema de equações onde as variáveis serão as funções gk (RUGGIERO;
LOPES, 1998):
!
yk+1 − yk yk − yk−1
hk gk−1 + 2(hk + hk+1 )gk + hk+1 gk+1 =6 − (2.18)
hk+1 hk
Capítulo 2. Metodologia 10
• Deseja-se extrapolar os dados, ou seja, obter um dado fora daquele intervalo tabelado
• Quando os valores são experimentais, contendo erros que não são previsíveis.
Para estes casos recomenda-se o método dos mínimos quadrados (MMQ), o qual
permite a extrapolação dos dados tabelados com uma boa margem de segurança.
Foram desenvolvidos programas para o MMQ do caso contínuo e discreto, porém nos
exercícios apresentados posteriormente neste trabalho somente o caso discreto é abordado.
Para o programa de MMQ caso discreto desenvolvido para, são requisitadas as seguintes
entradas:
As saídas serão a função de ajuste calculada e também o valor da função calculada para
um ponto específico, caso requisitado.
Que é um sistema com n equações e n variáveis (os n valores de α que devem ser calculados).
Para a obtenção da função g(x), recomenda-se a observação do diagrama de
dispersão dos dados. Através deste diagrama, que nada mais é do que os pontos dispostos
em um gráfico, pode se ter uma noção do formato original da função que representa estes
pontos. Assim, como exemplo, caso a função se aproxime de uma parábola que passa
pela origem, g(x) pode ser x2 ; já caso o mapa de dispersão indique que os dados tem
comportamento exponencial, a função ex pode ser a g(x), e assim por diante.
No caso contínuo é desenvolvido um sistema bem similar ao caso discreto, porém neste
calculam-se integrais e não fazem-se somatórias. O sistema de equações para o caso contínuo
do MMQ é dado por:
"Z b # "Z
b
# Z b
g1 (x)g1 (x) α1 + ... + gn (x)g1 (x) αn = f (x)g1 (x)
a a a
"Z # "Z #
b b Z b
g1 (x)g2 (x) α1 + ... + gn (x)g2 (x) αn = f (x)g2 (x)
a a a
. (2.22)
.
"Z # "Z
. #
b b Z b
gn (k)g1 (x) α1 + ... + gn (x)gn (x) αn = f (x)gn (x)
a a a
Capítulo 2. Metodologia 12
Observa-se então que, para funções g(x) dadas, pode-se calcular uma aproximação
para f(x) em um intervalo no MMQ caso contínuo através da solução do sistema acima
para os valores de α.
13
3 Resultados e Discussão
3.1 Exercício 1
Descrição do exercício:
Considere a Tabela 1 que representa a deflexão em cm de uma prancha de saltos,
em um salto de um atleta olímpico, em vários instantes de tempo de preparação. Calcule os
valores de a e b de forma que a deflexão f(t) corresponda a um polinômio de grau menor
ou igual a 2. Em seguida, construa o polinômio interpolador.
t 0 0,5 1,5 2 4
f(t) a 1,75 -1,25 -2 0 b
Fonte: Exercício exposto em aula.
Resolução e discussão:
Observando a Equação 2.10, nota-se que para que o polinômio interpolador na
forma de Newton seja necessariamente de grau 2, as diferenças divididas de ordem 3
devem ser nulas. Para que as diferenças divididas de ordem 3 sejam nulas, as diferenças
de ordem 2 devem ser iguais, assim os numeradores das diferenças de ordem serão nulos.
Para verificar os valores de a e b, constrói-se a tabela de diferenças divididas, apresentada
na Tabela 2.
Observa-se que, para que os numeradores das próximas diferenças divididas (de
ordem 3) sejam nulos, os valores que dependem de a e de b devem ser iguais aos valores
abaixo e acima deles respectivamente, ou seja, devem ser iguais a 1. Assim, tem-se que:
1,75−a
−3 − 0,5
=1 (3.1)
1, 5
b
−1 2
=1 (3.2)
4
Resolvendo as duas equações acima obtem-se valores de a=4 e b=10. Assim, para que
o polinômio na forma de Newton tenha grau 2, mesmo utilizando todos os pontos, é
Capítulo 3. Resultados e Discussão 14
p2 (x) = x2 − 5x + 4 (3.3)
Capítulo 3. Resultados e Discussão 15
Executa-se agora, para fins de comparação, o programa do MMQ discreto para a resolução
deste problema. Consideram-se três funções auxiliares: g1 (x) = 1, g2 (x) = x e g1 (x) = x2 .
Ao executar o programa e inserir os dados de entrada requisitados, as seguintes linhas são
exibidas:
Observa-se que a função ajustada pelo MMQ é a mesma que a Equação 3.3 obtida pelo
método de Newton. Conclui-se assim a resolução deste exercício.
3.2 Exercício 2
Descrição do exercício:
A tabela Tabela 3 apresenta a velocidade de queda de um paraquedista em função do
tempo. Estime o valor da velocidade no instante de tempo t=10s, utilizando um polinômio
interpolador de grau 3. Calcula uma aproximação do erro cometido.
t(s) 1 3 5 7 20
v(cm/s) 800 2310 3090 3940 8000
Fonte: Exercício exposto em aula.
Resolução e discussão:
Como se trata de um polinômio interpolador de grau 3, são necessários 3 pontos
da tabela. Como deseja-se calcular o polinômio para t=10s, escolhem-se os pontos ao
redor desse valor. Portanto, são selecionados os pontos t de 3, 5, 7 e 20 segundos, com as
respectivas velocidades medidas em cada tempo. Soluciona-se o problema primeiramente
através da solução do sistema linear. Ao executar o programa e inserir os dados de entrada
requisitados, as seguintes linhas são exibidas:
Capítulo 3. Resultados e Discussão 16
Observa-se que o polinômio obtido e o valor no ponto t=10s são iguais para os dois
métodos. O polinômio obtido foi o seguinte (arredondando alguns decimais):
973.9194
>>
Observa-se nas linhas de código que o erro estimado é de 973,92, o que é um valor bastante
grande. Observa-se também que além do cálculo do erro, o programa tem também como
saída toda a tabela de diferenças divididas.
3.3 Exercício 3
Descrição do exercício:
O consumo de gás natural sofre uma redução significativa durante os meses do
verão. Na Tabela 4estão registrados alguns valores recolhidos durante o ano de 2006. Uma
companhia de gás sugeriu um modelo do tipo
1
M (x, c2 , c2 ) = c1 x2 + c2 (3.5)
x
para estimar o consumo de gás em qualquer altura do ano. No sentido dos mínimos
quadrados e considerando a amostra de seis pontos, comece por apresentar o sistema de
equações lineares que deve construir para calcular os parâmetros c1 e c2 , em função de A.
Considerando A=15, apresentar o modelo sugerido.
Resolução e discussão:
Capítulo 3. Resultados e Discussão 18
Mês 1 3 4 6 9 12
Consumo 20 7,5 6,5 7 10 A
Fonte: Exercício exposto em aula.
3.4 Exercício 4
Descrição do exercício:
O preço de um veículo usado é função de diversos fatores, entre os quais figuram-se
os seguintes: o modelo de veículo em causa, o modelo de veículo novo, a idade do veículo
usado, o seu estado de conservação e a relação procura/oferta no mercado de veículos em
segunda mão. Considerando apenas o caso dos veículos devidamente conservados e supondo
que o fator procura/oferta do mercado em segunda mão não variou significativamente,
o preço de um veículo usado de determinado modelo pode ser explicado através de uma
relação do tipo
PV U
f (I) = (3.9)
PV N
Em que PVU é o preço do veículo usado, PVN é o preço do veículo novo e I é a idade do
veículo usado. Na Tabela 5 apresentam-se valores de f e I para veículos de um determinado
modelo, que se supõem obtidos nas condições acimas mencionadas. Determine o modelo do
tipo
M (I, c1 , c2 ) = c1 + c2 e−0,1I (3.10)
que melhor se ajusta a função f(I) no sentido dos mínimos quadrados. Nestes cálculos
utilize apenas a informação relativa aos três pontos da tabela que correspondam a I=1,3,6.
Resolução e discussão:
I(anos) 1 2 3 4 5 6
f(I) 0,843 0,753 0,580 0,520 0,452 0,414
Fonte: Exercício exposto em aula.
e elas são g1 (I) = 1 e g2 (I) = e−0,1I . O sistema de equações obtém o seguinte formato
(considerando que somente 3 dos dados serão utilizados):
3 3 3
! !
−0,1I
X X X
1.1 c1 + 1.e c2 = f (xk ).1
k=1 k=1 k=1
(3.11)
3 3 3
! !
1.e−0,1I c1 + e−0,1I e−0,1I c2 = f (xk )e−0,1I
X X X
k=1 k=1 k=1
O problema será resolvido para I=1,3 e 6 e seus respectivos valores de f(I) no programa
desenvolvido para o MMQ discreto. Executando o programa e inserindo os valores de
entrada, as seguintes linhas são exibidas:
4 Conclusão
Referências
CHAPRA, E. C.; CANALE, R. P. Métodos Numéricos para Engenharia. 5. ed. São Paulo:
McGrawHill, 2011. Citado 2 vezes nas páginas 5 e 8.