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Parte 2
Simone Batista
Conteúdo
2 Função Modular 44
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
2.2 A função modular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
ii
2.3 Domı́nio de funções modulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
2.4 Imagem de funções modulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
2.5 Gráfico de funções modulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
2.6 Equações modulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
2.7 Exercicios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
1
Capı́tulo 1
As funções polinomiais estão entre as funções mais familiares em nosso dia-a-dia. Essas
funções podem e são usadas para descrever e modelar diversas situações e sistemas do
cotidiano.
O estudo das funções polinomiais é de extrema importância, mas para estudarmos
as funções polinomiais e trabalharmos com elas precisamos primeiro definirmos o que
é um polinômio e aprendermos a operar com eles. Assim, neste capı́tulo, estudaremos
os polinômios, as operações com polinômios, as funções polinomiais em geral e, mais
especificamente, as funções polinomiais de primeiro e de segundo graus.
1.1 Polinômios
1.1.1 Definição
Um polinômio na variável real x é uma expressão composta pela soma de produtos de
constantes por potências inteiras positivas de x e sempre pode ser escrito na forma:
P (x) = an xn + an−1 xn−1 + . . . + a2 x2 + a1 x + a0
onde n ∈ IN; ai (com i = 0, 1, 2, . . . , n) são números reais chamados coeficientes; e as
parcelas ai xi são chamados termos do polinômio.
Podemos citar como exemplos de polinômios:
c) P (x) = −3x2 + π
2
d) P (x) = 0
b) f (x) = x−3 + 2x + 1
Nos dois casos acima temos expoentes de x que não são números naturais, portanto
estas expressões não representam polinômios.
a) x = 2;
Resolução: Fazendo as contas temos:
P (2) = 3 · 23 − 4 · 22 + 1 = 3 · 8 − 4 · 4 + 1 = 9
1
b) x = − ;
2
Resolução: Fazendo as contas temos:
( ) ( )3 ( )2
1 1 1 3 1 3 3
P − =3 − −4· − +1=− −4· +1=− −1+1=−
2 2 2 8 4 8 8
c) x = 0;
Resolução: Fazendo as contas temos:
P (0) = 3 · 03 − 4 · 02 + 1 = 0 − 0 + 1 = 1
d) x = 1;
Resolução: Fazendo as contas temos:
P (1) = 3 · 13 − 4 · 12 + 1 = 3 − 4 + 1 = 0
3
1.1.3 Polinômio nulo
Polinômio nulo ou Polinômio identicamente nulo é aquele em que todos os seus
coeficientes são iguais a zero (an = an−1 = . . . = a2 = a1 = a0 = 0) e, portanto, P (x) = 0.
Exemplo: Supondo que o polinômio P (x) = (a − 7)x3 − 4(2 − b)x2 + 6(c + 2)x − d
é identicamente nulo, determine os valores de a, b, c e d.
Resolução: Se cada coeficiente do polinômio deve ser nulo, temos que:
a3 = 0 =⇒ a − 7 = 0 ⇒ a = 7
a = 0 =⇒ −4(2 − b) = 0 ⇒ b = 2
2
a1 = 0 =⇒ 6(c + 2) = 0 ⇒ c = −2
a0 = 0 =⇒ −d = 0 ⇒ d = 0
a) P (x) = 5x3 − 3x + 1;
Resposta: O grau do polinômio P (x) é 3, ou seja, gr(P (x)) = 3
b) P (x) = 9x9 − 2;
Resposta: gr(P (x)) = 9.
c) P (x) = −2x;
Resposta: gr(P (x)) = 1.
d) P (x) = 7;
Resposta: gr(P (x)) = 0.
4
1.1.5 Igualdade de polinômios
Dois polinômios P (x) e Q(x) são iguais ou idênticos, P (x) = Q(x), quando todos os
seus coeficientes são ordenadamente iguais.
a) Adição de polinômios
(P + Q)(x) = (an + bn )xn + (an−1 + bn−1 )xn−1 + . . . + (a2 + b2 )x2 + (a1 + b1 )x + (a0 + b0 )
5
b) Diferença de polinômios
(P − Q)(x) = (an − bn )xn + (an−1 − bn−1 )xn−1 + . . . + (a2 − b2 )x2 + (a1 − b1 )x + (a0 − b0 )
(k · P )(x) = k · P (x)
(k · P )(x) = (−5)(3x4 − 8x3 + x2 − 3x)
(k · P )(x) = (−5)3x4 + (−5)(−8)x3 + (−5)x2 + (−5)(−3)x
(k · P )(x) = −15x4 + 40x3 − 5x2 + 15x
6
d) Multiplicação de polinômios
e) Divisão de polinômios
A divisão do polinômio D(x), dividendo, pelo polinômio d(x), divisor, não nulo, sig-
nifica que temos que determinar o polinômio quociente, q(x), e o polinômio resto, r(x),
tais que:
Obs.: Se r(x) = 0, dizemos que D(x) é divisı́vel por d(x) ou que a divisão é exata.
7
A divisão pode ser feita por meio de um algoritmo simples, que simula a divisão de
números inteiros, conhecido como método da chave. Este algoritmo pode ser descrito
pelas seguintes etapas:
i) divide-se o termo de mais alto grau do polinômio dividendo pelo termo de maior
grau do divisor;
iii) repete-se o processo até se obter um polinômio de grau menor que o divisor. Este
último polinômio será o resto da divisão.
A divisão feita na ‘conta’ acima pode ser descrita nos seguintes passos.
8
b) D(x) = x4 − 3x2 + 5x + 1 e d(x) = x − 2
Neste caso, temos que:
1. (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
2. (a − b)2 = a2 − 2ab + b2
9
3. a2 − b2 = (a + b) · (a − b)
6. a3 + b3 = (a + b) · (a2 − ab + b2 )
7. a3 − b3 = (a − b) · (a2 + ab + b2 )
9. (x − a) · (x − b) = x2 − (a + b)x + ab
10. (x + a) · (x + b) = x2 + (a + b)x + ab
11. (x + a) · (x − b) = x2 + (a − b)x − ab
Apresentados os principais produtos notáveis, vamos fazer alguns exemplos para fixar-
mos em nossas mentes a forma desses produtos notáveis, principalmente, dos primeiros 3
produtos notáveis da lista.
Exemplo:
a) (2x − y)2
Resolução: Desenvolvendo a multiplicação temos que:
10
Usando o produto notável temos que:
a) x2 + 8x
Resolução: Podemos comparar esta expressão com o produto notável (a+b)2 ,
pois o coeficiente do termo em x é positivo. Assim:
(a + b)2 = a2 +2ab +b2
x2 +6x
Comparando as expressões acima temos que a = x e 2ab = 8x. Portanto, temos
que 2b = 8 ⇒ b = 4 ⇒ b2 = 16. Desta forma, o produto notável completo
seria:
(x + 4)2 = x2 + 8x + 16
11
b) x2 − x + 3
Resolução: Para completar quadrado nesta expressão vamos, primeiro, des-
considerar a constante e completar quadrado da expressão x2 − x.
A expressão x2 − x pode ser comparada com (a − b)2 , pois o coeficiente do
termo em x é negativo. Assim:
(a − b)2 = a2 −2ab +b2
x2 −x
Comparando as expressões acima vemos que a = x e que 2ab = x. desta forma,
1 1
temos que 2b = 1 ⇒ b = ⇒ b2 = .
2 4
Assim, temos que:
( )2
1 1
x −x= x+
2
−
2 4
Substituindo este valor na expressão original temos:
( )2
1 1
x − x + 3 = (x − x) + 3 = x +
2 2
− +3
2 4
O que nos dá, finalmente:
( )2
1 11
x − x + 3 = (x − x) + 3 =
2 2
x+ −
2 4
1.3.3 Fatoração
Fatorar um polinômio significa reescrevê-lo como produto de outros polinômios.
Esta operação pode ser efetuada dividindo-se por outro polinômio ou pondo um termo
em evidência e/ou comparando com algum dos produtos notáveis.
Vamos demonstrar esta operação no exemplo a seguir.
a) P (x) = 2x + 2
Resposta: Podemos fatorar este polinômio pondo o coeficiente a1 = a2 = 2 em
evidência. Assim:
P (x) = 2x + 2 = 2(x + 1)
b) P (x) = x3 − x
Resposta: Podemos fatorar este polinômio pondo o x em evidência e, depois,
comparando um dos polinômios do produto com os produtos notáveis. Assim:
12
c) P (x) = x4 − 5x2
Resposta: Neste caso, temos que:
√ √
P (x) = x4 − 5x2 = x2 (x2 − 5) = x2 (x + 5)(x − 5)
d) P (x) = x4 − 1
Resposta: Neste caso, temos que:
e) P (x) = x3 + 8
Resposta: Neste caso, temos que:
P (x) = x3 + 8 = (x + 2)(x2 + 2x + 4)
f) P (x) = x6 − 27
Resposta: Neste caso, temos que:
13
A partir desta definição para as funções polinomiais devemos fazer os seguintes lem-
bretes ao estudante.
Exemplo: Quais das funções a seguir são funções polinomiais? Para as funções
polinomiais, defina o coeficiente principal e o grau da função.
1
a) f (x) = 3x5 − 4x2 +
3
Resposta: Esta é uma função polinomial de grau n = 5 e coeficiente principal
a5 = 3.
b) f (x) = 7x−4 − 8
Resposta: Esta NÃO é uma função polinomial, pois uma das potências de x é um
coeficiente negativo.
√
c) f (x) = 9x4 + 16x2
Resposta: Esta NÃO é uma função polinomial, pois a função está dentro de um
radical e não é possı́vel extrai-la do radical de forma que ela tenha a estrutura de
um polinômio.
14
f) f (x) = ax + b
Resposta: Esta é uma função polinomial de grau n = 1 se a ̸= 0 e de grau n = 0
se a = 0.
g) f (x) = ax2 + bx + c
Resposta: Esta é uma função polinomial de grau: n = 2 se a ̸= 0; de grau n = 1
se a = 0 e b ̸= 0; e de grau n = 0 se a = b = 0.
Nas seções seguintes deste capı́tulo vamos estudar apenas dois tipos de funções poli-
nomiais: as funções polinomiais de 1o grau; e as funções polinomiais de 2o grau. Outras
funções polinomiais serão estudadas em um texto mais avançado.
y = f (x) = mx + b
com m, b ∈ IR e m ̸= 0
A equação da função y = f (x) = mx + b, nesta forma, também é chamada de forma
reduzida ou forma padrão da função de 1o grau.
O coeficiente principal da função, m, é chamado de coeficiente angular da função.
O número b é chamado coeficiente linear da função.
A função de primeiro grau tem como gráfico uma reta. Por mais que o estudante já
esteja familiarizado às funções de primeiro grau, vale enfatizar alguns pontos importantes
sobre as funções deste tipo.
15
função de primeiro grau, mas uma função constante que também é representada por
uma reta.
16
Exemplos
1. Encontre a forma reduzida e o zero das funções de primeiro grau dadas pelas ex-
pressões a seguir e faça um esboço de seu gráfico.
Para a análise do sinal da função f (x) = x − 7, o que pode ser feito levando-se
em consideração: o coeficiente angular da função e sua raiz; ou, equivalen-
temente, o gráfico esboçado para a função. Desta análise do sinal da função
temos:
17
f (x) < 0 ⇐⇒ x < 7
f (x) = 0 ⇐⇒ x = 7
f (x) > 0 ⇐⇒ x > 7
O que também pode ser representado pela figura:
b) f (x) = 2 − 5x
Resolução: A função já está em sua forma padrão, apenas teve seus termos
escritos em ordem trocada. Assim, podemos escrever que:
f (x) = −5x + 2
Onde m = −5 e b = 2.
Por cálculo
( )análogo ao do item anterior, vemos que os pontos P = (0, 2) e
2
Q = , 0 obedecem à equação da função e, portanto, pertencem ao seu
5
gráfico.
O esboço do gráfico da função y = f (x) = −5x + 2 é mostrado na figura a
2
seguir, onde levamos em consideração que = 0, 4.
5
f (x) = 0 ⇐⇒ x = 52
f (x) > 0 ⇐⇒ x > 25
18
O que também pode ser representado pela figura:
x+3 x+2
c) f (x) = − − 12
2 3
Resolução: Abrindo as multiplicações e somas de frações na expressão da
função:
x 3 x 2 1 3x − 2x 9 − 4 + 1
f (x) = + − − + = +
2 2 3 3 6 6 6
x
f (x) = +1 (1.2)
6
que é a expressão da função de primeiro grau y = f (x) na forma padrão, onde
1
m = e b = 1.
6
Usando cálculo análogo ao dos itens anteriores percebemos que os pontos P =
(0, 1) e Q = (−6, 0) pertencem ao gráfico da função e, portanto, o esboço do
gráfico da função é mostrado na figura a seguir.
x
Para a análise do sinal da função f (x) = + 1, temos:
6
f (x) < 0 ⇐⇒ x < −6
f (x) = 0 ⇐⇒ x = −6
f (x) > 0 ⇐⇒ x > −
O que também pode ser representado pela figura:
19
2. O gráfico da função f (x) é a reta que passa nos pontos P = (−2, 2) e Q = (2, 0).
Determine o valor de f (1/2).
Resolução: Sabemos que o coeficiente angular de uma reta pode ser definido em
termos das coordenadas de dois pontos pertencentes à reta como:
∆y y2 − y1
m= =
∆x x2 − x1
Assim:
y2 − y1 2 − (−2) 4
m= = = = −2
x2 − x 1 −2 −2
Desta forma:
y = −2x + b
2 = −2(−2) + b =⇒ b = 2 − 4 =⇒ b = −2
Portanto:
y = f (x) = −2x − 2
E:
( ) ( )
1 1 1
f = −2 · − 2 =⇒ f = −3
2 2 2
Exemplos
20
de primeiro grau, considerando que a parte que Paulo vai pagar do valor carro vale
x.
3
Assim, Pedro pagará x e temos que:
4
3
x + x = 9.870, 00
4
Para sabermos quanto cada irmão pagou pelo carro temos que resolver a equação
3
acima, que dará o valor pago por Paulo, e depois multiplicar este resultado por
4
(ou subtrai-lo do valor total) para obtermos o valor pago por Pedro.
Assim, temos:
( )
x + 34 x = 9.870, 00 ⇒ 1 + 34 x = 9.870, 00 ⇒ 74 x = 9.870, 00 ⇒
x= 4
7
· 9.870, 00 ⇒ x = 5.640, 00
Desta forma, Paulo pagou R$ 5.640,00. E Pedro, por sua vez, pagou y = 9.870, 00 −
3
5.640, 00 = 4.230, 00 ou y = · 9.870, 00 = 4.230, 00.
4
2) Carlos e Ana são casados. Ele é 5 anos mais velho que ela e a soma de suas idades
é igual a 51 anos.
21
b) determinar há quantos anos Carlos tinha o dobro da idade de Ana.
Resolução: Neste caso, reescrevemos a equação para as idades considerando
que a diferença de idade entre eles sempre foi de 5 anos. Assim, em algum
momento do passado a idade de Carlos era 2y e também era igual à idade de
Ana adicionada de 5 anos, y + 5. Então:
2y = y + 5 ⇒ 2y − y = 5 ⇒ y = 5
Desta forma, quando a idade dele era o dobro da dela eles tinham 10 e 5 anos,
respetivamente. Como, hoje, Carlos tem 28 anos, isto ocorreu há 18 anos.
y = f (x) = ax2 + bx + c
com a, b, c ∈ IR e a ̸= 0
A função de segundo grau pode ser usada para modelar diversas situações do cotidi-
ano. Estudar uma função de segundo grau é estudar o problema/situação que pode ser
modelado por ela.
A função de segundo grau tem como gráfico uma parábola. Por isto que também é
chamada de função parabólica.
Vamos determinar, nos exemplos a seguir, o gráfico de algumas funções quadráticas
usando a estratégia aprendida no Ensino Médio.
1. y = f (x) = x2 + x
Resolução: Escolhendo alguns valores para a variável independente x e calculando
os valores da função nestes valores temos, por exemplo, a tabela a seguir:
22
x f (x) = x2 + 2x
−2 0
−1 −1
0 0
1 3
2 8
A partir destes dados, podemos traçar a curva mostrada no gráfico da figura a seguir
onde foram marcados os pontos da tabela e a curva ligando estes pontos.
2. y = f (x) = −2x2 + 1
Resolução: Escolhendo alguns valores para a variável independente x e calculando
os valores da função nestes valores temos, por exemplo, a tabela a seguir.
x f (x) = −2x2 + 1
−2 −7
−1 −1
0 0
1 1
2 −7
23
A partir dos dados da tabela, traçamos o esboço do gráfico mostrado na figura
seguinte.
Ao fazermos os esboços dos gráficos das funções de segundo grau acima, percebemos
algumas coisas importantes e interessantes sobre as funções de segundo grau.
24
1.6.2 Zeros da função de 2o grau
Chamamos de zeros ou raı́zes da função de segundo grau, os números reais x que
satisfazem à equação: f (x) = 0.
As raı́zes da equação de segundo grau são dadas pela fórmula de Baskara:
√
−b ± b2 − 4ac
x=
2a
Para relembrarmos a determinação das raı́zes de equações de segundo grau vamos
resolver as equações do exemplo a seguir. Devemos lembrar que a fórmula de Baskara para
equações de segundo grau vale sempre, mas para equações de segundo grau incompletas
(b = 0 ou c = 0) não é necessário aplicar esta fórmula para resolver tal equação.
a) f (x) = x2 − 5x + 6
Resolução: Tomando a equação x2 − 5x + 6 = 0 e resolvendo-a pela fórmula
de Baskara, temos que:
√ √
−b ± b2 − 4ac −(−5) ± (−5)2 − 4 · 1 · 6 5±1
x = = =
2a 2·1 2
Portanto, temos:
5+1
x′ = =3
2
e
5−1
x′′ = =2
2
Portanto, x′ = 3 e x′′ = 2 são as raı́zes da função de segundo grau f (x) =
x2 − 5x + 6
b) f (x) = 4x2 − 4x + 1
Resolução: Tomando a equação x2 − 5x + 6 = 0 e resolvendo-a pela fórmula
de Baskara, temos:
√ √
−b ± b2 − 4ac −(−4) ± (−4)2 − 4 · 4 · 1 4±0 1
x = = = =
2a 2·4 8 2
1
Neste caso, a função de segundo grau tem apenas uma raiz: x′ = x′′ = .
2
25
c) f (x) = 2x2 + 3x + 4
Resolução: Tomando a equação x2 − 5x + 6 = 0 e resolvendo-a pela fórmula
de Baskara, temos:
√ √ √
−b ± b2 − 4ac −(−5) ± (−5)2 − 4 · 2 · 4 4 ± −7
x = = = ⇒ @x ∈ IR
2a 2·2 4
Neste caso, a função de segundo grau não possui raı́zes reais: x′ , x′′ ̸∈ IR. Isto
quer dizer que o gráfico da função f (x) = 2x2 + 3x + 4 não interceptará o eixo
das abcissas.
d) f (x) = 4x2 − 1
Resolução: Tomando a equação 4x2 − 1 = 0, vemos que esta equação de
segundo grau está incompleta, portanto podemos resolvê-la diretamente sem
aplicar a fórmula de Baskara. Assim:
√ {
1 1 x′ = 12
4x − 1 = 0 ⇒ 4x = 1 ⇒ x = ⇒= ±
2 2 2
⇒
4 4 x′′ = − 21
e) f (x) = 4x2 + 2x
Resolução: Tomando a equação 4x2 + 2x = 0, vemos que esta equação de
segundo grau está incompleta, portanto podemos resolvê-la diretamente sem
aplicar a fórmula de Baskara. Assim:
4x2 + 2x = 0 ⇒ 2x(x + 2) = 0
Em alguns casos, para estudar função quadrática ou o problema por ela modelado,
faz-se necessário usar as relações entre a soma e o produto das raı́zes de uma equação de
segundo grau. Essas relações são:
b
x′ + x′′ = −
a
′ ′′ c
x ·x =
a
26
Exemplo: Determine a função quadrática cujo produto das raı́zes é 6 e cuja soma
é 5 e que tem a = 3.
Resolução: Usando as expressões para o produto e soma das raı́zes de uma equação
de segundo grau temos
c b
x′ + x′′ = − ⇒ − = 5 ⇒ b = −5a
a a
′ ′′ c c
x · x = ⇒ = 6 ⇒ c = 6a
a a
Usando que a = 3 nas expressões acima, obtemos que b = −15 e c = 18, portanto a
equação de segundo grau que satisfaz as condições do enunciado é
3x3 − 15x + 18 = 0
Comparando a equação acima com a função quadrática em sua forma padrão, temos:
27
b
b = −2ah ⇒ h = −
2a
E também:
( )2
b b2
c = ah + k = a −
2
+k = +k
2a 4a
Que nos fornece:
4ac − b2
k=
4a
Portanto, as coordenadas do
( vértice da parábola
) ( são: )
b 4ac − b2 b ∆
PV = − , = − ,−
2a 4a 2a 4a
Embora seja interessante deduzirmos as coordenadas do vértice da parábola para qual-
quer função de segundo grau, não precisamos desta dedução para determinar as coorde-
nadas do vértice da parábola das funções que possuem raizes reais (uma ou duas). Nestes
casos, só precisamos saber que a coordenada xV é a média das raı́zes da função de segundo
grau e que a coordenada yV é o valor da função para x = xV , ou seja:
x′ + x′′
xV = ; yV = f (xV )
2
No caso em que x′ = x′′ , temos que
xV = x′ ; yV = f (xV )
a) f (x) = x2 − 5x + 6
Resolução a.1: Tomando as coordenadas do vértice da parábola, temos:
b −5 5
xV = − = − =
2a 2·1 2
e
4ac − b2 4 · 1 · 6 − (−5)2 1
yV = = =−
4a 4·1 4
( )
5 1
Portanto, o vértice da parábola é o ponto PV = ,− .
2 4
Resolução a.2: Tomando a equação x2 − 5x + 6 = 0 e resolvendo-a pela
fórmula de Baskara, temos:
√ √ {
−b ± b2 − 4ac −(−5) ± (−5)2 − 4 · 1 · 6 5±1 x′ = 3
x = = = ⇒
2a 2·1 2 x′′ = 2
28
x′ + x′′ 3+2 5
xV = = =
2 2 2
e
( ) ( )2 ( )
5 5 5 25 25 25 − 50 + 24 1
yV = f (xV ) = f = −5 +6 = − +6 = =−
2 2 2 4 2 4 4
( )
5 1
Portanto, o vértice da parábola é o ponto PV = ,− .
2 4
b) f (x) = 4x2 − 4x + 1
Resolução b.1: Tomando as coordenadas do vértice da parábola, temos:
b (−4) 4 1
xV = − = − = =
2a 2·4 8 2
e
4ac − b2 4 · 4 · 1 − (−4)2 16 − 16 0
yV = = = = =0
4a 4·4 16 16
( )
1
Portanto, o vértice da parábola é o ponto PV = ,0 .
2
Resolução b.2: Tomando a equação 4x2 − 4x + 1 = 0 e resolvendo-a pela
fórmula de Baskara, temos:
√ √
−b ± b2 − 4ac −(−4) ± (−4)2 − 4 · 4 · 1 −(−4) ± 0 1
x = = = =
2a 2·4 8 2
′ ′′
Como a função de segundo grau tem apenas uma raiz, temos ( que)xV = x = x
1
e yV = 0. Portanto, o vértice da parábola é o ponto PV = ,0 .
2
c) f (x) = x2 + 5x + 7
Resolução c.1: Tomando as coordenadas do vértice da parábola, temos:
b 5 5
xV = − = − =−
2a 2·1 2
e
4ac − b2 4 · 1 · 7 − (5)2 28 − 25 3
yV = = = =
4a 4·1 4 4
( )
5 3
Portanto, o vértice da parábola é o ponto PV = − , .
2 4
29
Resolução c.2: Tomando a equação x2 + 5x + 7 = 0 e resolvendo-a pela
fórmula de Baskara, temos:
√ √ √
−b ± b2 − 4ac −5 ± 52 − 4 · 1 · 7 −5 ± −2
x = = = ⇒ @x ∈ IR
2a 2·1 2
Como a função de segundo grau não tem raı́zes reais, não podemos deteminar
as coordenadas de seu vértice usando suas raı́zes.
2. Escreva a equação da função quadrática que tem por vértice o ponto PV = (1, 3) e
passa no ponto P = (0, 5)
Resolução: Considerando a função de segundo grau na sua forma canônica:
Vale lembrar que poderı́amos também, ter resolvido este exemplo partindo da função
de segundo grau na forma padrão, ao invés da forma canônica, e determinando os
coeficientes a, b e c da função. Fica para o estudante resolver esse exemplo por esta
forma.
30
1.6.4 Imagem e estudo do sinal da função quadrática
O conjunto imagem de uma função, como já vimos em um dos capı́tulos anteriores, é
o conjunto dos valores que a função pode assumir.
Para as funções quadráticas, há duas possibilidades:
{ } { }
4ac − b2 4ac − b2
Imf = y ∈ IR|y ≥ yV = = y ∈ IR|y ≥
4a 4a
{ } { }
4ac − b2 4ac − b2
Imf = y ∈ IR|y ≤ yV = = y ∈ IR|y ≤
4a 4a
i) tem duas raı́zes reais distintas e x′ < x′′ , o valor da função será: positivo para
x < x′ e para x > x′′ ; negativo para x′ < x < x′′ ; nulo para x = x′ e para
x = x′′ .
ii) tem uma raiz real (x′ = x′′ ), o valor da função será: positivo para x ̸= x′ ; nulo
para x = x′ .
iii) não possui raiz real, o valor da função será sempre positivo.
i) tem duas raı́zes reais distintas e x′ < x′′ , o valor da função será: negativo para
x < x′ e para x > x′′ ; positivo para x′ < x < x′′ ; nulo para x = x′ e para
x = x′′ .
ii) tem uma raiz real (x′ = x′′ ), o valor da função será: negativo para x ̸= x′ ; nulo
para x = x′ .
31
iii) não possui raiz real, o valor da função será sempre negativo.
a) f (x) = x2 − 5x + 6
Resolução:
Temos que a = 1 > 0, portanto a parábola tem concavidade voltada para cima.
Determinando as raı́zes desta equação de segundo grau via fórmula de Baskara,
obtemos que x′ = 3 e x′′ = 2.
( )
Desta forma, o vértice da parábola é o ponto de coordenadas PV = 25 , − 14 .
Para x = 0 temos que f (0) = 6.
Portanto, o esboço do gráfico da função f (x) = x2 + 5x + 6, traçado a partir das
informações acima, é mostrado na figura a seguir.
32
Usando a análise do sinal da função f (x) = x2 − 5x + 6, podemos escrever que:
f (x) > 0 ⇐⇒ x < 2 ou x > 3
f (x) = 0 ⇐⇒ x = 2 ou x = 3
f (x) < 0 ⇐⇒ 2 < x < 3
b) f (x) = −4x2 + 4x − 1
Resolução:
Temos que a = −4 < 0, portanto a parábola tem concavidade voltada para baixo.
Determinando as raı́zes desta equação de segundo grau via fórmula de Baskara,
1
obtemos que x′ = x′′ = .
2
( )
Desta forma, o vértice da parábola é o ponto de coordenadas PV = 21 , 0 .
Para x = 0 temos que f (0) = −1.
Portanto, o esboço do gráfico da função f (x) = −4x2 + 4x − 1, traçado a partir das
informações acima, é mostrado na figura a seguir.
33
Usando a análise do sinal da função f (x) = −4x2 + 4x − 1, podemos escrever que:
{
f (x) < 0 ⇐⇒ x < 12 ou x > 12
f (x) = 0 ⇐⇒ x = 21
c) f (x) = x2 + 5x + 7
Resolução:
Temos que a = 1 > 0, portanto a parábola tem concavidade voltada para cima.
Determinando as raı́zes desta equação de segundo grau via fórmula de Baskara,
obtemos que x′ , x′′ ̸∈ IR.
34
Calculando, por outro lado, o vértice da parábola obtemos o ponto de coordenadas
( )
PV = − 25 , 34 .
E, para x = 0, temos que f (0) = 7.
Portanto, o esboço do gráfico da função f (x) = x2 + 5x + 7, traçado a partir das
informações acima, é o esboço mostrado na figura a seguir.
f (x) > 0 ⇐⇒ x ∈ IR
35
1.6.6 Modelando problemas com funções de 2o grau
Diversos problemas e situações do cotidiano podem ser modelados em termos de
funções de segundo grau. O estudo destas situações resume-se ao estudo da função de
segundo grau que as modelam, suas raizes e ou imagens.
Nos exemplos a seguir vamos descrever dois problemas que podem ser modelados
por equações de segundo grau e resolvê-los. Nos exercı́cios desta seção há alguns outros
problemas deste tipo.
Exemplos
1. Entre todos os retângulos cujos perı́metros são iguais a 100 centı́metros, encontre
as dimensões do que tem a área máxima.
Resolução: Podemos considerar um retângulo geral de base igual a y e altura igual
a x. Desta forma, sua área pode ser escrita como:
A = xy
O perimetro ou soma do comprimento dos lados deste retângulo deve ser igual a
100, portanto temos que:
2x + 2y = 100
2x + 2y = 100 ⇒ x + y = 50 ⇒ y = 50 − x
Substituindo este valor na expressão para a área dos retângulos, ficamos com:
Como o coeficiente a = −1 < 0, esta função tem concavidade voltada para baixo e
possui um máximo no vértice de sua parábola, que é a área máxima.
Atenção à notação usada neste exemplo!
A função A = f (x) é a função quadrática estudada.
Lembrando que o xV é a média das raı́zes da função de segundo grau, vamos deter-
minar as raı́zes e o xV e a área do retângulo de área máxima.
Assim:
{
x′ = 0
A(x) = x(50 − x) = 0 ⇒
x′′ = 50
Então:
36
x′ + x′′ 0 + 50
xv = = = 25
2 2
E, desta forma:
O que nos diz que o retângulo de perı́metro igual a 100 cm que tem área máxima é
o quadrado de lado igual a 25 cm.
Detemine:
a) a expressão de y em função de x;
Resolução: Pela figura e usando semelhança de triângulos, podemos escrever:
y 20 20
= ⇒ y = (30 − x)
30 − x 30 30
O que nos dá para y como função de x, ou seja, y = f (x):
2
y(x) = (30 − x)
3
b) a área da casa, A, como função de x;
Resolução: A área da casa será:
A = xy
37
2 2x
A(x) = x (30 − x) ⇒ A(x) = (30 − x)
3 3
Ou ainda:
2x2
A(x) = 20x −
3
c) a área da casa, A, como função de y;
Resolução: Podemos inverter a equação encontrada no item a para escrever-
mos x = f (y). Ou, ainda, podemos observar pela figura, que podemos escrever:
x 20 2
= ⇒ x = (20 − y)
20 − y 30 3
Ou seja:
2
x(y) = (20 − y)
3
Substituindo a expressão encontrada para x(y) na expressão para a área da
casa:
2
A = xy =⇒ A(y) = (20 − y)y
3
Portanto:
40y 2y 2
A(y) = −
3 3
d) o valor de x para que a área ocupada pela casa seja máxima.
Resolução: A expressão da área da casa em função de x (resposta do item b)
2
é uma função de segundo grau com coeficiente a = − < 0, portanto a função
3
A(x) tem concavidade voltada para baixo e um máximo em seu vértice.
Encontrando as raı́zes da função:
{
2x x′ = 0
A(x) = (30 − x) = 0 ⇒
3 x′′ = 30
Portanto:
x′ + x′′ 0 + 30
xv = = = 15
2 2
E, desta forma:
2 · 15 30
A(15) = (30 − 15) = (15) = 150 m2
3 3
Perceba que, neste exemplo, o terreno ocupado pela casa é um retângulo que
tem comprimento x = 15 m e largura y = 10 m.
38
1.7 Exercı́cios
1. Determine quais expressões a seguir são polinômios.
a) y = 3x6 + 5x4 − x3 + 9
2
b) y = x 3 − 5x + 3
√
c) y = (a + 2)x4 − (a2 − 1)x2 − 2
d) y = (4x2 − 3)12
e) y = 3x−2 + 2x−1 − 1
f) y = π 3
a) P (x) = x4 − 2x3 + 1
b) P (x) = 3x3 − 2x2
c) P (x) = x2 + 3x − 10
d) P (x) = 2ax3 − (3 − a)x2 + 5
39
9. Dados os polinômios P (x) = 12x5 − 32x4 + x3 − 40x2 − 2x − 12, Q(x) = 4x2 − 5
e S(x) = x − 2 e k = −2 e m = 3, realize as seguintes operações envolvendo
polinômios:
a) P (x) + Q(x)
b) P (x) − Q(x)
c) P (x) + S(x)
d) Q(x) − S(x)
e) k · P (x)
f) k · Q(x) − m · S(x)
P (x)
g)
Q(x)
P (x)
h)
S(x)
Q(x)
i0)
S(x)
a) z = x2 + 3
b) z = 2x2 + 4
c) z = 3x2 + 3y 2
d) z = x2 + x + 9
e) z = 3x2 + y
f) z = x2 − 3x
x2 −3x
g) z = 2
h) z = x − 9x2
i) z = x4 − 2x2 + 2
j) z = x4 − 3x2
a) a2 − b2 = (a + b) · (a − b)
b) (a + b)3 = a3 + 3a2 b + 3ab2 + b3
c) (a − b)3 = a3 − 3a2 b + 3ab2 − b3
40
d) a3 + b3 = (a + b) · (a2 − ab + b2 )
e) a3 − b3 = (a − b) · (a2 + ab + b2 )
f) (a + b + c)2 = a2 + b2 + c2 + 2ab + 2ac + 2bc
g) (x − a) · (x − b) = x2 − (a + b)x + ab
h) (x + a) · (x + b) = x2 + (a + b)x + ab
i) (x + a) · (x − b) = x2 + (a − b)x − ab
a) z = (2x − y)3
b) z = (x + 4y)2
c) z = (3x − 4) · (3x + 5)
c) z = (3x − 4) · (3x + 4)
a) y = 6x + x2
b) y = x2 − 25
c) y = 16x4 − a4
d) y = x7 − 1
e) y = x6 + 2x4 + x2
f) y = x5 − 6x3 + 9x
14. Escreva cada uma das funções de primeiro grau a seguir em sua forma padrão e
esboce seus gráficos.
a) f (x) = (3x + 2) − 2x
x+1 x−1 x+3
b) f (x) = + −
3 2 4
c) f (x) = x − (x − 3)
2 2
15. Encontre a função de primeiro grau tal que f (−1) = 2 e f (3) = −2.
16. Determine o número real x tal que sua metade mais a sua terça parte é igual a -5.
41
18. Paulo e Pedro recebem o mesmo salário por hora de trabalho. Após Paulo ter
trabalhado 4 horas e Pedro 3 horas e 20 minutos, Paulo tinha a receber R$ 15,00 a
mais que Pedro. Quanto eles ganham por hora de trabalho?
19. Dona Maria, de 52 anos, tem dois filhos: João de 23 anos e Pedro de 26 anos.
a) Há quanto tempo a soma das idades dos três era igual a 71 anos?
b) Daqui a quanto tempo a soma das idades dos três será igual a 131 anos?
21. Determine as raı́zes reais de cada uma das funções quadráticas dadas:
a) f (x) = x2 − 3x + 2
b) f (x) = 3x2 − 7x + 2
3
c) f (x) = −x2 − x + 1
2
d) f (x) = x − 2x
2
e) f (x) = −3x2 + 6
√ √
f) f (x) = x2 + (1 − 3)x − 3
√
g) f (x) = x2 − 4 3 + 12
h) f (x) = (2 − x)(2x − 5)
22. Determine os valores de m, com m ∈ IR, de modo que a a função f (x) seja uma
função de segundo grau.
a) f (x) = (m − 1)x2 + 2x − 3
b) f (x) = (m2 − 5m + 4)x2 − 4x + 5
23. Determine o valor de p para o qual a função quadrática f (x) = x2 + (3p + 2)x +
(p2 + p + 2) tenha uma única raiz.
24. As raı́zes da função f (x) = x2 − 2px + 8 são positivas e uma é o dobro da outra.
Qual o valor de p?
42
25. Determine o parâmetro m de modo que a função f (x) = x2 + mx + (m2 − m − 12),
de modo que ela tenha uma raiz nula e outra positiva.
26. Determine o valor de m da função real f (x) = −3x2 + 2(m − 1)x + m + 1, para que
o valor máximo da função seja 2.
27. Determine o perı́metro do retângulo de área máxima que pode ser inscrito em um
triângulo isóceles de base igual a 4 cm e altura igual a 6 cm.
∗ ∗ ∗
43
Capı́tulo 2
Função Modular
2.1 Introdução
Em Matemática e Fı́sica, muitas vezes trabalhamos com funções definidas por sentenças
matemáticas diferentes em intervalos diferentes.
44
{
1, se x < 0
2) f (x) =
x + 1, se x ≥ 0
Resposta: O gráfico desta função está representado na figura a seguir, onde temos:
(a) o gráfico da função no intervalo x < 0; (b) o gráfico da função no intervalo x ≥ 0;
e (c) o gráfico da função em todo o seu domı́nio.
x + 2, se x ≤ −1
3) f (x) = 1, se − 1 < x < 0
2
x + x, se x ≥ 0
Resposta: O gráfico desta função está representado na figura a seguir, onde temos:
(a) o gráfico da função no intervalo x ≤ −1; (b) o gráfico da função no intervalo
−1 < x < 0; (c) o gráfico da função para x ≥ 0; e (d) o gráfico da função em todo
o seu domı́nio.
45
2.2 A função modular
A função modular é um tipo especial de função definida por sentenças matemáticas
diferentes em mais de um intervalo. Com a diferença que, com o uso de módulos, ela pode
ser apresentada em termos de uma única expressão.
Vejamos como isto ocorre.
A função modular é a função dada por:
f (x) = |x|
Esta função pode ser escrita, em termos de sentenças matemáticas diferentes definidas
em dois intervalos diferentes. Ou seja, podemos escrever que:
{
−x, se x < 0
f (x) = |x| =
x, se x ≥ 0
Esta função tem gráfico mostrado na figura a seguir:
Neste livro vamos tratar, também, como função modular toda função na qual apareça
a variável independente, x, ou combinações envolvendo-a, dentro de um módulo. Assim,
chamaremos de função modular as funções definidas por sentenças matemáticas diferentes
em intervalos diferentes como, entre outras, as funções dadas a seguir:
f (x) = |x2 − x|
g(x) = 3x − |x3 + 5|
3
h(x) = + 7x3
1 − |x|
As funções escritas acima e todas as funções escritas em termos de módulos podem
ser escritas em termos de diferentes sentenças matemáticas em intervalos diferentes.
Vejamos alguns exemplos de como escrever uma função modular em termos de suas
expressões nos diferentes intervalos.
46
Exemplo: Considere as funções modulares a seguir e escreva-as em termos de suas
expressões matemáticas em cada intervalo.
a) f (x) = |2x|
Resolução: O argumento do módulo desta função é uma função linear, portanto
ela troca de sinal uma única vez e isto acontece no ponto em que
2x = 0 ⇒ x = 0
f (x) = 2x se x ≥ 0
E, para x < 0 o argumento do módulo será negativo, por isto, para escrevermos a
expressão matemática da função sem o módulo temos que multiplicar o argumento
do módulo por −1. Ou seja:
b) g(x) = |4 − 2x|
Resolução: Neste caso, o argumento do módulo da função também é uma função
linear, mas ele irá trocar de sinal em:
4 − 2x = 0 ⇒ 2x = 4 ⇒ x = 2
E, para x < 2 o argumento do módulo será positivo, por isto, para escrevermos a
expressão matemática da função sem o módulo basta retirar o módulo. Ou seja:
g(x) = 4 − 2x se x < 2
47
{
4 − 2x, se x < 2
g(x) = |4 − 2x| =
−4 + 2x, se x ≥ 2
c) h(x) = 3x − |x2 − 1|
Resolução: Neste caso, o argumento do módulo é uma função quadrática que: (i)
se tiver duas raı́zes reais irá trocar de sinal duas vezes; (ii) se tiver uma raiz real ou
nenhuma raiz real não irá trocar de sinal
Verificando a função e calculando suas raı́zes, temos:
x2 − 1 = 0 ⇒ x2 = 1 ⇒ x = ±1
Portanto, o argumento do módulo tem duas raı́zes reais e irá trocar de sinal duas
vezes.
Como o coeficiente do x2 é a = 1 > 0, a concavidade da parábola é voltada para
cima e, portanto, temos que para valores de x menores que o valor da primeira raiz
o argumento do módulo é positivo e podemos retirar o módulo. O mesmo acontece
para valores de x maiores que o valor da segunda raiz. Já para valores de x entre os
valores das duas raizes, o argumento do módulo é negativo e só podemos remover o
módulo multiplicando seu argumento por −1.
Assim, temos que:
(i) para x < −1 ⇒ h(x) = 3x − x2 + 1;
(ii) para x > 1 ⇒ h(x) = 3x − x2 + 1; e
(iii) para −1 ≤ x ≤ 1 ⇒ h(x) = 3x − [−(x2 + 1)] = 3x + x2 − 1.
Portanto, temos que:
{
3x − x2 + 1, se x < −1 ou se x > 1
h(x) = 3x − |x2 − 1| =
3x + x2 − 1, se − 1 ≤ x ≤ 1
48
x
d) r(x) = 3 −
|x2 − 16|
Resolução: Neste caso também temos, no argumento do módulo, uma função de
segundo grau com concavidade voltada para cima e com duas raı́zes reais (x = ±4).
No entanto, na hora de fazermos a análise devemos excluir do intervalo onde a
função está definida os pontos em que o argumento do módulo se anula, pois nestes
pontos a função não está definida por serem pontos que anulariam o denominador
de uma fração.
Assim:
(i) para x < −4 e para x > 4 temos que a função pode ser escrita como:
x x
r(x) = 3 − = 3 −
|x2 − 16| x2 − 16
49
Exemplo: Determine o domı́nio das funções modulares dadas a seguir.
a) f (x) = |2x + 1|
Resolução: Esta função modular não tem a variável independente no denominador
de frações e tão pouco no radicando de raı́zes n-ésimas de ı́ndice par e nem outros
tipos de estruturas que possam indeterminar a função para qualquer valor de x ∈ IR.
Portanto:
Df = {x ∈ IR}
1
b) f (x) =
|x|
Resolução: Neste caso há, na função, denominador de fração que contém a variável
independente. Explicitamente, temos como denominador de fração |x|. Desta forma:
|x| ̸= 0 ⇐⇒ x ̸= 0
Portanto:
Df = {x ∈ IR| x ̸= 0}
Esta função pode ser escrita em termos de suas expressões definidas para intervalos
distintos como:
{
1 − x1 , se x < 0
g(x) = =
|x| 1
x
, se x > 0
Onde percebe-se que, na expressão acima, está explı́cito o domı́nio de f (x) pois não
definimos a função para x = 0.
x
c) f (x) = 3 −
|x2
− 16|
Resolução: Neste caso a restrição do domı́nio de f (x) é que
|x2 − 16| ̸= 0 ⇐⇒ x2 − 16 ̸= 0 ⇐⇒ x2 ̸= 16 ⇐⇒ x ̸= ±4
Portanto
Df = {x ∈ IR| x ̸= −4 e x ̸= 4}
50
Lembre que quando escrevemos esta função em termos de suas expressões em in-
tervalos diferentes, na seção anterior, falamos destes pontos de indeterminação e os
excluimos da expressão da função qeu foi escrita como:
3 − x2 −16
x
, se x < −4
x
f (x) = 3 − 2 = x
3 + x2 −16 , se − 4 < x < 4
|x − 16|
3 − x2 −16 , se x > 4
x
|x2 − 1|
d) f (x) =
|x − 1|
Resolução: Para esta função modular temso que:
|x − 1| ̸= 0 ⇐⇒ x ̸= 1
Df = {x ∈ IR| x ̸= 1}
Para esta função temos que ficar atentos ao fato que, ao escrever suas espressões
para vários intervalos, ela pode ser simplificada de forma que, para x < 1:
|x2 − 1| (x + 1)(x − 1)
f (x) = = =⇒ f (x) = −(x + 1)
|x − 1| −(x − 1)
e para x > 1
|x2 − 1| (x + 1)(x − 1)
f (x) = = =⇒ f (x) = x + 1
|x − 1| (x − 1)
De forma que:
{
|x2 − 1| −(x + 1), se x < 1
f (x) = =
|x − 1| x + 1, se x > 1
√
e) f (x) = x2 + 4x + |5x|
Resolução: No caso desta função modular podemos dividir a nossa análise em duas
partes.
Primeiro, para x < 0, temos que a função pode ser escrita como
√ √ √
f (x) = x2 + 4x + |5x| = x2 + 4x − 5x = x2 − x
Analisando a equação de segundo grau x2 − x = 0, vemos que ela tem raizes reais
dadas por x′ = 0 e x′′ = 1. e como sua concavidade é voltada para cima, temos que
51
o argumento da raiz de f (x) só será negativo para 0 < x < 1. No entanto, nossa
análise está sendo feita para x < 0 e, neste intervalo, o argumento da raiz não será
negativo e a função f (x) não apresenta qualquer restrição.
Em segundo, para x > 0 temos que
√ √ √
f (x) = x2 + 4x + |5x| = x2 + 4x + 5x = x2 + 9x
Analisando a equação de segundo grau x2 + 9x = 0, vemos que ela tem raizes reais
dadas por x′ = −9 e x′′ = 0. e como sua concavidade também é voltada para
cima, temos que o argumento da raiz de f (x) só será negativo para −9 < x < 0.
No entanto, nossa análise está sendo feita para x > 0 e, também neste intervalo,
o argumento da raiz não será negativo e a função f (x) não apresenta qualquer
restrição.
Perceba que no ponto x = 0 a função f (x) pode ser definida pela expressão para
x < 0 e também pela expressão para x > 0 e, portanto, o valor de x = 0 também
pertence ao domı́nio da função. desta forma:
Df = {x ∈ IR}
52
Vamos determinar, usando a expressão da função, a imagem de algumas funções mod-
ulares no exemplo a seguir para entendermos essas determinações.
a) f (x) = 3 − |x|
Resolução: Olhando a expressão da função modular percebemos que, para qual-
quer valor de x ∈ IR, −|x| ≤ 0. Portanto a função f (x) = 3 − |x| pode assumir
qualquer valor real menor ou igual a 3. Ou seja, f (x) ≤ 3, de forma que podemos
escrever que
Imf = {y ∈ IR| y ≤ 3}
√
b) f (x) = x2 + 4x + |5x|
Resolução: Olhando a a expressão da f (x) percebemos, imediatamente, que esta
função só assume valores não negativos. Assim:
Imf = {y ∈ IR| y ≥ 0}
x2 − 1
c) f (x) =
|x − 1|
Resolução: Reescrevendo a função em termos de suas expressões em intervalos
distintos:
{
|x2 − 1| −(x + 1), se x < 1
f (x) = =
|x − 1| x + 1, se x > 1
Percebemos que, para x < 1, com a função definida por f (x) = −x − 1, os valores
que a função assume no intervalo de x considerado são f (x) > −2. E para x > 1,
com a função definida porf (x) = x+1, os valores que a função assume são f (x) > 2.
Combinando as duas informações da análise acima, temos que:
Vale ressaltar que, mesmo sem fazer o gráfico de f (x), percebemos que a função
deste exemplo tem uma descontinuidade de salto em x = 2.
53
2.5 Gráfico de funções modulares
O gráfico de uma função modular, assim como o gráfico de qualquer função definida
por expressões diferentes em intervalos distintos, é determinado a partir do gráfico de suas
partes.
Assim, vamos determinar alguns gráficos de funções modulares para familiarizar o
estudante com esses gráficos.
Exemplo: Reescreva cada uma das funções modulares a seguir em termos de suas
expressões em intervalos distintos, desenhe o esboço de seu gráfico e, a partir desse,
determine a sua imagem.
a) f (x) = 3 − |x|
Resolução: Reescrevendo essa função, obtemos:
{
3 + x, se x < 0
f (x) = 3 − |x| =
3 + x, se x ≥ 0
Fazendo o gráfico a partir do esboço de cada uma das espresões em temos o esboço
mostrado na figura a seguir, onde do lado esquerdo, no mesmo plano cartesiano,
temos representado o esboço das retas y = 3 − x e y = 3 + x. Já no plano cartesiano
da direita temos o esboço do gráfico de y = f (x) = 3 − |x|.
Este esboço também poderia ser obtido analisando-se a função f (x) = 3−|x| a parte
de seus núcleos e traçando o gráfico de suas partes. Por este procedimento terı́amos
a sequência de gráficos mostrados na figura a seguir, onde o gráfico mais à esquerda
representa o esboço de y = |x|, o gráfico do meio representa o esboço de y = −|x|, e
o gráfico mais à direita representa o esboço da curva da função y = f (x) = 3 − |x|.
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Olhando o gráfico de f (x) percebemos, imediatamente, que a imagem da função é
dada por:
Imf = {y ∈ IR| y ≤ 3}
b) f (x) = 2x|x|
Resolução: Reescrevendo a expressão da função:
{
−2x2 , se x < 0
f (x) = 2x|x| =
2x2 , se x ≥ 0
Neste caso não é trivial traçarmos o gráfico de f (x) a partir do gráfico de seus
núcleo, pois terı́amos que fazer os gráficos de y = |x| e de y = 2x e multiplicarmos
um pelo outro em todos os pontos do domı́nio de f (x) para obtermos o gráfico desta
última. Portanto, vamos exemplificar o esboço do gráfico de f (x) apenas a partir
dos gráficos de suas expressões nos intervalos distintos.
Por outro lado, olhando o gráfico de f (x) percebemos, imediatamente, que a imagem
da função é dada por:
Imf = {y ∈ IR}
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c) f (x) = 2 − |x2 − 4|
Resolução: Reescrevendo a função em termos de suas expressões em intervalos
distintos:
{
−x2 + 6, se x < −2 ou se x > 2
f (x) = 2 − |x2 − 4| =
x2 − 2, se − 2 ≤ x ≤ 2
Pelas expressões para f (x) em intervalos distintos, percebemos que traça o esboço
do gráfico da função a partir dos gráficos de y = −x2 + 6 e de x2 − 2 nos intervalos
considerados deve ser um pouco trabalhoso.
No entanto, se pensarmos na função f (x) a partir de cada um de seus fatores
podemos traçar o esboço de seu gráfico muito mais rapidamente. O esboço do
gráfico de f (x) traçado por este procedimento é mostrado na figura a seguir, onde
no gráfico: (a) é mostrado o esboço de y = x2 − 4; (b) é mostrado o esboço de
y = |x2 − 4|; (c) é mostrado o esboço de y = −|x2 − 4|; (d) é mostrado o esboço de
f (x) = 2 − |x2 − 4|.
Pelo esboço do gráfico de f (x) (esboço do gráfico (d) da figura acima) percebemos,
imediatamente, que a imagem da função é dada por:
Imf = {y ∈ IR| y ≤ 2}
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O esboço do gráfico de combinações das funções elementares pode ser feito, sem o uso
do cálculo de limites e derivadas, utilizando-se esta estratégia: fazemos o gráfico da função
elementar que conhecemos o comportamento e é núcleo principal da função e completamos
a análise até chegarmos ao esboço da função f (x) cujo gráfico queremos determinar. Nos
próximos capı́tulos, após estudarmos o comportamentos das funções elementares e de
seus gráficos, faremos diversos outros exemplos de determinação de esboços de gráficos
por esta estratégia e também poderemos fazer esboços de gráficos de funções modulares
que envolvam nos argumentos de seus módulos, outros tipos de funções.
a) |3x − 2| = 3
Resolução: Para resolvermos esta equação vamos considerar dois casos: (i) o caso
em que o argumento do módulo é positivo, o que nos permite escrever diretamente
a equação sem o módulo; e (ii) o caso em que o argumento do módulo é negativo,
onde para retirarmos o módulo multiplicamos seu argumento por −1.
−(3x − 2) = 3 ⇒ −3x + 2 = 5 ⇒ 3x = −3 ⇒ x = −1
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b) |2x − 1| = |x + 3|
Resolução: Para resolvermos esta equação vamos considerar dois casos: (i) o caso
em que os argumentos dos módulos são positivos, o que nos permite escrever dire-
tamente a equação sem os módulos; e (ii) o caso em que o argumento de um dos
módulos é positivo e o argumento do outro é negativo, onde para retirarmos os
módulos vamos multiplicar um dos argumentos por −1.
2x − 1 = x + 3 ⇒ x = 4
c) |x2 + 3| = |4x − 1|
Resolução: Para resolvermos esta equação vamos considerar, novamente, dois ca-
sos: (i) o caso em que os argumentos dos módulos são positivo, o que nos permite
escrever diretamente a equação sem o módulo; e (ii) o caso em que o argumento de
um dos módulos é positivo e o argumento do outro é negativo, onde para retirarmos
os módulos vamos multiplicar um dos argumentos por −1.
x2 + 3 = 4x − 1 ⇒ x2 − 4x + 4 = 0
Resolvendo esta equação de segundo grau por Baskara, obtemos que x′ = x′′ =
2
ii) No segundo caso, temos que:
x2 + 3 = −(4x − 1) ⇒ x2 + 4x + 2 = 0
√
Resolvendo esta equação de segundo grau por Baskara, obtemos que x′ = 2+ 2
√
x′′ = 2 − 2.
{ √ √ }
Portanto, S = 2 − 2, 2, 2 + 2 .
Ao término deste capı́tulo, sugerimos aos estudantes que refaçam todos os exemplos
deste e, só depois, siga para os exercı́cios a seguir.
58
2.7 Exercicios
1. Determine, eliminando os módulos, o valor de x nas expressões a seguir:
√
a) x = 2−1
√
b) x = 2− 5
√ √
c) x = 3 2−4 3
√ √
d) x = 3−1 − 1− 3
√ √
c) x = 2− 1− 2
1 2x
a) f (x) = +
|x| |x + 2|
2
− 3x
b) f (x) =
x|9 − x2 |
2 |3 + x|
c) f (x) = √ + 3
4
2x x + 2x2
√
d) f (x) = |5 − 3x| − 9
x−3
e) f (x) = √
|x − 4|
|x − 5|
f) f (x) = √
1 − |x|
5
g) f (x) = − √
5
1 − |x|
x2 − 3x − 9
h) f (x) =
|2x + 1| − 3
a) f (x) = |5x|
b) f (x) = |2x − 3|
c) f (x) = |3x + 5|
|x − 2|
d) y = 1 +
x−2
e) f (x) = |x2 − 9|
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f) f (x) = |25 − x2 |
g) f (x) = 2 − |x2 + 4x|
h) f (x) = |x| − 3
i) f (x) = |x| + x
j) f (x) = |x − 3| + (x − 2)
k) f (x) = −3x|x|
|x|
l) f (x) =
x
4. Resolva as equações modulares a seguir:
a) |x − 2| = 5
b) |2x + 5| = |x + 3|
c) |x − 5| = −2x + 3
x−1
d) =4
2x + 3
e) |x|2 − 4|x| + 4 = 0
∗ ∗ ∗
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