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GOIÂNIA – GO
2017
JOSÉ OTÁVIO MATIAS
LEONARDO DE PAULA OLIVEIRA
MARCOS ANDRÉ HOLANDA RODRIGUES
GOIÂNIA – GO
2017
JOSÉ OTÁVIO MATIAS
LEONARDO DE PAULA OLIVEIRA
MARCOS ANDRÉ HOLANDA RODRIGUES
Aprovada em:
BANCA EXAMINADORA
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.1 OBJETIVOS GERAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3 VARIÁVEIS DO PROCESSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1 PRESSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.2 NÍVEL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.3 TEMPERATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.4 VAZÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4 CONTROLE DE PROCESSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.1 SISTEMA DE CONTROLE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.2 TIPOS DE CONTROLE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5 MICROCONTROLADORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
5.1 ARDUINO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.1.1 PWM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.1.2 Microcontrolador x CLP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
6 MONTAGEM E PLANTA EM GERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6.1 TANQUE INFERIOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6.2 TUBULAÇÃO DE RECALQUE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
6.3 TANQUE SUPERIOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
6.4 TUBULAÇÃO DE RETORNO AO TANQUE INFERIOR . . . . . . . . . . 47
6.5 TUBULAÇÃO DE DRENO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
6.6 QUADRO DE COMANDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
6.6.1 Placa Controladora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
6.6.2 Operação do Quadro de Comando . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
6.7 SISTEMA DE SUPERVISÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
7 CRONOGRAMA E RESULTADOS PARCIAIS . . . . . . . . . . . . . . . 55
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
GLOSSÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
9
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 VARIÁVEIS DO PROCESSO
3.1 PRESSÃO
“Pressão pode ser definida como a ação de uma força contra uma força contrária.
Ela tem a natureza de um empuxo distribuído uniformemente sobre uma superfície plana no
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interior de um recipiente fechado” (BEGA, 2006, p. 21). Pressão então é definida como força
por unidade de área:
F
P= A (1)
A pressão é medida com relação a um nível de referência. Segundo Fox & Mc-
Donald (2001), se o nível de referência escolhido para medir pressão for o vácuo, então as
pressões medidas serão denominadas “absolutas”. Se a medida de pressão for feita em relação a
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pressão do ambiente, usualmente a pressão atmosférica, então essas pressões são denominadas
“manométricas”. Existe também a pressão diferencial, que é a diferença entre duas pressões,
normalmente utilizada para medições de nível, vazão e claro, de pressão.
As unidades de pressão usadas hoje, são diversas, tais como: psi (libras por polegada
quadrada), bar, atm (atmosfera), Pa (Pascal, que corresponde a N/m²), mca (metro coluna
d’água) entre outras. No Brasil, desde 1978, é adotado o Sistema Internacional de Unidades
(SI). Segundo as o sistema internacional, pressão é expressa em Pascal (Pa). O que acontece
é que os instrumentos utilizados na aferição de pressão, podem ser graduados em bar, psi ou
Pascal. Devido a esse problema com os vários tipos de unidades usuais, há uma tabela de simples
conversão entre as unidades de pressão.
3.2 NÍVEL
Assim como pressão, nível é uma das variáveis mais utilizadas em diversos tipos de
processos industriais. BEGA(2006, p. 143) afirma que “A medição de nível é definida como a
determinação da posição de uma interface entre dois meios.” Esses meios podem ser líquidos,
sólidos ou gasosos. DUNN(2005) afirma que a interface de medição pode ser entre dois líquidos,
um sólido e um líquido, um gás e um sólido ou um gás e um líquido. A medição de nível,
depende das características de cada aplicação e do tipo de produto onde se quer obter a medição.
Segundo BEGA(2006), a medição de nível pode ser feita de duas formas: direta e indireta.
Quando o instrumento está diretamente em contato com a superfície do produto a ser medido ou
quando a medida pode ser feita de maneira visual, a forma direta da medição de nível está sendo
usada. Existe uma grande variedade de instrumentos capazes de medir nível de forma direta.
Dentre essas, destacam-se: bóias, visores de vidro, trenas, bastões graduados entre outros. A
escolha do instrumento vai depender do orçamento, precisão, escalas, entre outros fatores.
A medição também pode ser feita de maneira indireta. BEGA (2006), afirma que a
medição indireta de nível, é feita através da medida de outras grandezas físicas. Pode-se fazer a
medição de nível através de pressão, empuxo, sensores ultra sônicos ou sondas capacitivas.
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Dentro das medições diretas e indiretas, existem dois tipos de medições: contínua
e discreta. A medida contínua de nível é feita em tempo real e mede com precisão e exatidão
o nível do recipiente em dado instante. A medida de forma pontual ou ON/OFF só passa a
informação se o nível atingir um patamar alto ou baixo de um recipiente. A medição de forma
pontual, é usada para prevenir transbordamento ou esvaziamento do recipiente monitorado.
No presente trabalho, serão usados os dois tipos de medições de nível - forma pontual
e contínua, além de obter a medição de nível também da forma direta e indireta, já explicadas
anteriormente.
Para a forma direta (ver figura 6), serão usados medidores ON/OFF que indicarão se
o tanque está cheio ou vazio, para que seja acionada uma bomba que levará água ao recipiente
desejado. Para medir nível de forma contínua, o método de medição indireta será utilizado.
O método da pressão diferencial é o escolhido, usando o sensor de pressão MPX5010DP
apresentado anteriormente.
BEGA (2006, p.174), afirma que para a medição de nível utilizando pressão di-
ferencial, o seguinte procedimento deve ser utilizado: “mede-se a pressão da coluna líquida
desenvolvida pelo líquido confinado do equipamento cujo nível se deseja medir. A medição é
feita utilizando-se o sensor de pressão diferencial.” A pressão exercida pela coluna líquida é dada
por:
Pressao
Altura da coluna liquida = Densidade (3)
3.3 TEMPERATURA
∆ Q = m ∗ c ∗ ∆ T (4)
As escalas de medição mais empregadas são: Celsius (ºC), Fahrenheit (ºF) e a escala
Kelvin (K). A escala Celsius é utilizada atualmente pelo SI. Nos países de língua inglesa, a
escala Fahrenheit é adotada. Já a escala Kelvin, segundo Bega (2006), é chamada de escala
absoluta, empregada nas expressões físicas termodinâmicas e também em laboratórios. O valor
0 K é chamado de zero absoluto e corresponde à menor temperaturapossível de uma substância,
equivalente a aproximadamente -273,15 ºC.
Segundo Bassalo (1995), a ideia de adotar um ponto zero nos termômetros, surgiu
por volta de 1665, diante das propostas feitas por Robert Boyle (1627-1691), Robert Hooke
(1635-1703) e Christiaan Huygens (1629-1695). A figura 7 ilustra a diferença nos valores entre
as três escalas usuais de temperatura.
Existem vários tipos de termopares, tais como: tipo K, tipo J, tipo E, tipo G entre
outros. O tipo do termopar depende dos metais que são usados em sua construção, o que
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influencia também, na gama de temperatura que eles atingem. A tabela 1 ilustra bem os tipos de
termopares existente.
3.4 VAZÃO
“Vazão é definida como a quantidade de fluido que passa pela seção reta de um duto,
por unidade de tempo.” (BEGA, 2006, p.49). Um fluido não é necessariamente apenas um tipo
de líquido, pode ser também um gás ou vapor.
Segundo CASSIOLATO (sem data), vazão é a terceira grandeza mais medida nas
indústrias, ficando atrás apenas de pressão e temperatura porém a frente de nível (todas já
explicadas anteriormente).
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m
Qm = t (5)
Qv = Vt (6)
4 CONTROLE DE PROCESSO
operação, segurança, entre outros. De acordo com JÚNIOR(2010) o controlador produz um sinal
de controle que é chamado de ação de controle. Entre as diversas ações de controle destacam-se,
os controladores:
1. Controladores Liga-Desliga;
2. Controladores Proporcionais (P);
3. Controladores Proporcionais-Integrativos (PI);
4. Controladores Proporcionais-Integrativos-Derivativos (PID)
Segundo OGATA(2010) nos dias atuais, mais da metade dos controladores em uso
são PID ou PID modificados, sendo que muitas regras de ajustes são aplicadas pelo fato de
serem regulados no local em que se encontram. Entretanto, com o avanço da tecnologia foram
desenvolvidos alguns métodos de ajustes automáticos, fazendo com que o PID possa realizar o
ajuste on-line.
“A utilidade dos controladores PID reside na sua aplicabilidade geral à maioria dos
sistemas de controle. Em particular, quando o modelo matemático da planta não é conhecido e,
por conseguinte, métodos de concepção analítica não podem ser utilizados, os controladores PID
revelam-se mais úteis”.(OGATA,2010).
O controle PID é interessante, pois representa a junção das três ações de controle
(P + I + D). Desse modo, reúne os pontos positivos e negativos de cada modelo de controlador
individualmente. Dentre essas caracter´sticas, tem-se:
• P - Correção proporcional ao erro. A medida que o erro cresce, maior terá que ser a
correção para tentar manter a variável estabiliza. Isso é dado pela fórmula:
Kp · E (4.1)
Onde MV é a variável manipulada e Kp,Ki e Kd suas parcelas. Abaixo tem-se a que representa o
modo de um sistema de PID básico atuando sobre um processo.
Conforme destacam Cardoso e Santos (sem data), o PID é um tipo de controle fácil
de implementar e confiável. Entretanto, possui restrições, como sua difícil sintonização e não
compatibilidade com qualquer sistema, em função de não linearidades, folgas, atrito, entre outras
coisas.
Apesar do controle PID ser o mais completo, a maior parte das aplicações industriais
utiliza apenas o controle PI, eliminando a ação derivativa da técnica de controle. Isso acontece,
por que a correção derivativa, pode ocasionar distúrbios no sistema quando a variável não evolui
no tempo de forma linear, já que a ação derivativa tenta corrigir a última alteração na variável
manipulada.
Segundo GONÇALVES (2003),no tipo de controle PI tem-se a ação de dois tipos,
o integral e o proporcional, em que o objetivo principal é corrigir os desvios instantâneos e
eliminar ao longo do tempo qualquer desvio que permaneça. Desta forma, a ação integral vai
acelerar o movimento do processo em direção ao set-point, onde elimina o erro que ocorre com
o controlador puramente proporcional.
NI(2014) afirma que, o controle PID funciona melhor com sistemas que possuem
apenas uma entra e uma saída. Assim, se tem apensa uma variávvel de controle e uma atuação
para se fazer. Além disso, outro desafio que pode ser encontrado é que a planta pode não
se comportar de forma linear, ou seja, não exibe uma resposta linear, devido a zonas mortas,
saturaçoes e hestereses. Outro ponto de destaque, é que a dinâmica da planta pode também variar
ao longo do tempo, que pode ser ocasionada por variações nas cargas da planta, desgaste, ou
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5 MICROCONTROLADORES
5.1 ARDUINO
O Arduíno, figura 20, surgiu em 2005 com Mossimo Banzi na Itália,que inicialmente
tinha a idéia de buscar interações em projetos escolares com ferramentas fáceis e acessíveis
de maneira a reduzir custos nos sistemas de prototipagem da época, tornando a robótica mais
acessível. Constituído de uma placa única, é projetado com um microcontrolador Atmel AVR
de 8 bits, portas de entradas e saídas digitais e analógicas(6 para saída PWM) e um USB que
conecta realiza a comunicação com o computador (interação e programação em tempo real).
De acordo com SOARES (2013), o mesmo possui um código aberto que pode dar
origem a outros “ino” - como Netduino, Produino, entre outros. Além disso a sua fonte de
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alimentação possui uma tensão de 7-35 volts, e um corrente de no mínimo 300mA. Ainda
embutido nele tem-se um firmware o qual combina a memória ROM para leitura e um programa
gravado neste tipo de memória, que é carregado na memória da placa controladora, que é
compatível com Windows, Linux e Mac OS x.
A placa do Arduíno em si não apresenta recurso de rede, porém é possível combinar
um ou mais arduínos utilizando extensões compatíveis que são as chamadas shields(módulos).
McRoberts (2011) diz que, o arduino pode ser estendido utilizando-se shields(escudos),
que são placas de circuitos que contém outros dispositivos como receptores GPS,displays de
LCD, módulos Ethernet, dentre outros. As shields se conectam ao arduino de forma a obter mais
funcionalidades. Elas também estendem os pinos até o topo de suas placas de circuito, para
continuar tendo acesso às mesmas.
5.1.1 PWM
Um tipo de sinal muito utilizado nos Arduinos é o PWM, que no Arduíno UNO
possui pinos específicos para este tipo de saída, em que são identificados pelo caractere “ ˜ ” na
frente do número.
Segundo Hirzel(sem data), PWM vem do inglês Pulse Width Modulation, que é uma
técnica para se obter resultados analógicos com meios digitais. O controle digital é usado para
gerar uma onda quadrada. Este padrão de ligar / desligar pode simular tensões entre a plena
entrada (5 Volts) e desligado (0 Volts), alterando a porção do tempo que o sinal gasta em relação
ao tempo que o sinal não gasta. A duração do “tempo certo” é chamada de largura de pulso.
Desta forma, para se obter valores de variáveis analógicas altera-se ou modula essa largura de
pulso.
SOUZA(2011), explica que a técnica do PWM consiste em manter a frequência de
uma onda quadrada fixa e se variar o tempo em que o sinal estiver em nível lógico alto. Esse
tempo chamado de duty cycle, é o ciclo ativo da forma de onda.
Analisando a figura 24, é perceptível que a frequência da forma de onda tem o
mesmo valor e varia o duty cycle da forma de onda. Assim, quando o duty cicle está em 0% o
valor médio da saída encontra-se em 0 V e consequentemente para um duty cycle de 100% a
saída assume seu valor máximo, que no caso é 5V. O valor médio da tensão de saída de um sinal
PWM pode-se utilizar a seguinte equação:
duty cycle
Vout = ( ) ·V cc (5.1)
100
Em que:
• Vout é a tensão de saída em V;
• duty cycle é o valor do ciclo ativo do PWM em %;
• Vcc a tensão de alimentação em V.
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O PWM pode ser usado para diversas aplicações de acordo com SOUZA(2011), por
exemplo:
• controle de velocidade de motores;
• geração de sinais analógicos;
• geração de sinais de áudio.
relação ao CLP pelo custo e tamanho reduzido, praticidade que não tem-se muitos problemas
como em outros circuitos, fácil manutenção e modificação por se tratar de um software interno.
Já PALMIERE (2016) afirma que, o alto custo do CLP, o torna inviável para aplicações caseiras
ou mais simples.
De acordo com MELLO ( sem data), existe uma grande dificuldade para realizar a
comunicação entre CLP’s. Isso existe, devido aos inúmeros protocolos existentes, dentre eles os
mais comuns são:
1. Modbus (Modicon - Schneider Eletric);
2. EtherCAT (Beckhoff), Profibus (Siemens);
3. Unitelway (Telemecanique - Schneider Eletric);
4. DeviceNet (Allen Bradley);
5. RAPIEnet (LSis - LGis).
Assim, cada fabricante determina um protocolo para fazer com seus equipamen-
tos troquem informações entre si. Dessa forma, cada CLP fica restrito a poderem realizar a
comunicação apenas com outros do mesmo fabricante.
Ao contrário, os microcontroladores tem uma maior facilidade de comunicação entre
si. Através de uma comunicação serial, por exemplo, é possível integrar um microcontrolador
com outro. Isso torna possível elaborar redes inteligentes para controle de diferentes partes da
planta ou até mesmo plantas diferentes. Eles também, podem aceitar alguns tipos de protocolos
seriais mais específicos como Ethernet, SPI, I2C, dentre outros.
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A ideia básica da planta, é utilizar uma bomba d’água para realocar a água do
reservatório inferior para o reservatório superior. O reservatório inferior irá possuir apenas
dois sensores de nível digital que irão indicar os níveis de tanque vazio e de tanque cheio. O
reservatório superior irá conter em sua montagem elementos de controle de programação mais
complexa. Todo controle analógico, como os controles de nível, temperatura, pressão e fluxo da
tubulação, será feito no reservatório superior.
Pretende-se com o projeto, simular uma produção em que seu objetivo é transportar
o fluído de um local para o outro e fazer o controle do fluído no reservatório a ser controlado
(superior). As variáveis de controle mais comuns, compreendidas na indústria, estarão presentes
na projeto da planta. Serão utilizados os métodos de controle mais usuais da atualidade, como o
PID, por exemplo, além de controles complexos como a lógica Fuzzy.
Todos os sensores do reservatório de controle (superior) serão do tipo analógico, de
modo a permitir o uso dos métodos de controle mais modernos e que forneçam uma resposta
mais próxima da variável física medida. O controlador a ser utilizado será um ATMEGA2560, o
mesmo utilizado nas placas Arduino MEGA.
Todas as variáveis da planta serão exibidas em um supervisório executado no compu-
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tador, que acompanha o projeto. Além das variáveis presentes na planta, serão expostos também
na tela do supervisório, parâmetros de controles e set-points para ajustes.
O tanque inferior tem a simples função de repouso e troca do fluído de controle, por
este motivo, ele possui apenas os sensores digitais que indicam nível alto e baixo. O volume do
tanque será um total de 12L, 2L a mais que o tanque superior, operando assim como fluído de
segurança. O material do tanque é composto de polietileno, um material mais resistente e rígido
que o policarbonato empregado no tanque superior. No entanto, como se trata de uma peça opaca,
a visualização do operador quanto ao conteúdo interno do tanque é bloqueada. Além de disso,
por ser um material mais rígido e inflexível, a realização de furos e instalação de equipamentos
em suas faces se torma mais difícil.
O sensor de nível utilizado é o sensor de água com bóia horizontal e com atuação
on-off. Seu funcionamento se dá por um contato que se fecha quando o fluído atinge o nível do
sensor, movendo mecanicamente uma pequena haste e fechando através de um sensor reed o
contato do sensor. O contato possui uma tensão de isolação de 250V e permite uma corrente de
no máximo 0,5A.
Uma bomba d’água qualquer, possui sempre dois dutos principais, o primeiro cha-
mado duto de sucção por onde o fluido será extraído e retirado e o segundo, duto de recalque,
que é para onde destina-se o fluido extraído. À tubulação conectada ao duto de recalque dá-se o
nome de tubulação de recalque. A tubulação nesse projeto conterá, além da bomba d’água, o
sensor de fluxo, de modo a permitir a medição da vazão com que a bomba impulsiona o fluído
e preenche o reservatório superior. A bomba utilizada para sucção e elevação do líquido é a
Eletrobomba Invensys BAV1002, com uma potência de 34W, alimentação 220VAC e possui
diâmetro de entrada de 25mm.
O sensor de Fluxo utilizado será o Sea YF-S201. Possui diâmetro de Entrada e Saída
20mm, tensão de trabalho de 4,5V e corrente de 15mA, permite uma leitura de Fluxo de 1 a
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30L/min.
Esse será o tanque de controle, contendo a maioria dos dispositivos instalados e onde
serão implementadas as técnicas de controle (PID e Fuzzy). No Fundo do tanque será instalado
um sensor de pressão MPX5010DP da NXP Semiconductors. SIGHIERI (2003) explica o
funcionamento desse tipo de sensor de forma bem didática. Segundo ele, a diferença de pressão
existente no sensor, movimenta uma boia que através de um mecanismo especial, transmite esse
movimento da forma mais conveniente.
No caso desse sensor em especial, a transmissão é feita por um sinal analógico de
tensão. Como são variáveis correlacionadas, esse dispositivo será responsável por medir tanto
a pressão quanto o nível de líquido do tanque. O MPX5010DP tem range de 0 a 10kPa ou 0 a
1mca, gerando um sinal linear de 0 a 5V na saída. Fazendo-se uma estimativa prévia do sinal
que será medido de pressão no tanque, através da expressão 6.1 tem-se um sinal em resposta a
uma pressão máxima de 4kPa, caso instale-se o sensor junto ao fundo do tanque.
No entanto, pretende-se instalar o sensor a 30cm abaixo do tanque, de forma a levá-lo
a um local de trabalho mais agradável e de melhor manuseio. Para isso, deve ser levado um duto
do fundo do tanque ao terminal de medida do sensor. Instalado dessa forma, o sinal que se obterá
terá uma variação de 3kPa à 7kPa, ou variação na leitura do controlador em cerca de 1,5V à 3,5V.
A figura 33 exibe o comportamento do sensor de pressão MPX5010DP.
Haverá uma tubulação de dreno que retira o líquido do tanque superior para o tanque
inferior, de forma que seja possível retornar o líquido para o estado inicial e refazer o processo de
recalque ou drená-lo para fora da planta. O acionamento deste dreno poderá ser feito de maneira
automática ou manual.
Para acionamento automático será utilizado a Válvula Solenóide Nascimetal 1/2".
Este equipamento é de acionamento a 12V e permite uma vazão máxima de 40L/min. O Diâmetro
48
Para acionamento Manual será empregado uma válvula manual simples, como
utilizado em encanações comum. O modelo empregado será a Válvula MGA 15515 da figura 43
com diâmetro ½” e acionamento por manopla.
diferente de 5V. Como descrito anteriormente a Válvula de Dreno possui acionamento 12V
digital, A célula Peltier 12V analógico e a Resistência de Aquecimento do líquido e a bomba
d’água dispõe de alimentação 220VAC. Por este motivo todos os elementos de Saída terão que
conter circuitos de interface como ilustrado na imagem 44.
Para a saída da Válvula de Dreno poderá ser empregado um relé de acionamento de
bobina 5V e contatos que permitam uma tensão de 12V e uma corrente de 0,5A. Isto pode ser
aplicado já que a Válvula não requer um acionamento tão rápido e não terá comutações repetidas
em pequenos intervalos de tempo.
Para todo sistema de controle que trabalham com várias variáveis, ou com equipa-
mentos diferentes, existe a necessidade de um sistema supervisório que exibe o funcionamento
em tempo real da planta. Esse sistema de supervisão deve auxiliar os operadores a atuar sobre
o sistema de controle, alterando seus parâmetros, verificando sua produção, ou diagnosticando
estado de máquinas e parâmetros. Moraes (2001) defende que tal sistema deve ser desenvolvido
com interface amigável e ergonômica, de forma a facilitar ao máximo o trabalho do operador,
que nem sempre se trata de alguém com conhecimentos técnicos sobre a planta industrial.
O sistema supervisório deve suprir não apenas as necessidades do operador, mas
também fornecer informações sobre todo o sistema, como produção atual, ritmo de produção,
estado de máquinas e outras informações que são essenciais ao controle da Planta. Além disso
Softwares Supervisórios pode ser utilizados para parametrização das máquinas e planta em geral,
“Um recurso interessante disponível nas IHM é o armazenamento de conjunto de setpoints[...]
que ao serem enviados ao controlador, definem diversas parametrizações do sistema”(SILVEIRA,
1998).
No projeto a ser desenvolvido, será implementado um supervisório que dê acesso
às variáveis manipuladas no projeto, e permite alterar parâmetros de controle. Será também
possível, obter gráficos em tempo real de evolução das variáveis e dessa forma conseguir os
gráficos típicos das técnicas de controle comparando a resposta real com a ideal(degrau ao nível
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requerido).
No sistema de supervisão, será possível alterar a forma como atua o sistema e operar
de forma manual, dessa forma operar os atuadores da forma e com potência que desejar, ainda
sendo possível visualizar as variáveis em evolução.
O trabalho a ser desenvolvido acarreta em diversas atividades, que vão desde projeto
de toda estrutura, projeto de escolha e correta utilização dos dispositivos, compra dos materiais
até o confeccionamento dos tanques e instalação dos equipamentos no devidos lugares.
Até o presente momento algumas dessas atividades já foram elaboradas. Destaca-se
entre elas leituras dos sensores, acionamento dos atuadores, implementação de Web-Server e
gravação dos dados em arquivo txt. Através destes passos foi possível compreender mais a fundo
o funcionamento prático e detalhes técnicos de cada dispositivo.
Outra atividade que foi parcialmente elaborada é o confeccionamento do tanque
de controle(superior), resolvemos utilizar para este tanque placas de policarbonato, este ma-
terial possui grau de dureza elevado e tenacidade relativamente baixa. Estas características
proporcionam à placa facilidade de manuseio e criação de furos sem que danifiquem a placa.
No Entanto alguns problemas foram detectados nesta atividade, principalmente na
colagem das partes que montariam a estrutura completa. Utilizando cola do mesmo tipo usada
em encanamentos verificou-se que esta não aderiu-se as placas resultando em pouca aglutinação
e possibilidade de rompimento quando recipiente estiver cheio de líquido. Para vedação foi utili-
zado silicone, que apesar de vedar corretamente os espaços de possíveis vazamentos proporciona
um aspecto visual desagradável e não satisfatório.
Diante dos problemas enfrentados, outras possibilidades para confeccionamento do
tanque foram discutidas, uma delas é a compra do material já confeccionado em acrílico por
profissionais, o problema enfrentado se dá por razões financeiras.
Abaixo segue quadro com cronograma de atividades e destaque para atividades já
elaboradas.
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS