Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EXÉRCITO BRASILEIRO
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
( Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, 1792 )
SEÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
RIO DE JANEIRO
2014
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
Rio de Janeiro
2014
c2014
CDD 629.892
i
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
Rio de Janeiro
2014
ii
RESUMO
iii
ABSTRACT
This project fits into the development of a quadcopter for remote surveilance
by video camera, with the following specifications: that can be piloted re-
motely, conduct video recording and have hardware available for the auto-
matic control of attitude. Specifically this project aims to design and selec-
tion of parts and components; mounting hardware and systems of sensors
and actuators; and embedded system programming.
iv
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1 Contextualização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.4 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.5 Estrutura da monografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 PROPOSTA DE PROJETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
v
4.5 Controlador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5 MODELAGEM E CONTROLE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5.1 Modelo Físico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5.2 Algoritmo de Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5.3 Controlador PID . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5.3.1 Análise da malha PID para ROLL e P IT CH . . . . . . . . . . . . . . . . 28
5.3.2 Análise da malha PID para Y AW . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
6 IMPLEMENTAÇÃO DO CONTROLE . . . . . . . . . . . . . . . . 34
6.1 Programação da Placa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
6.2 Programa de Comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
6.3 Programa de interface com os sensores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
6.4 Programa de Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
6.5 Programa de interface com os motores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
7 TESTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
7.1 Testes Simulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
7.2 Testes Práticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
8 CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
8.1 Pontos abordados e contribuições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
8.2 Limitações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
8.3 Perspectivas de trabalhos futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
9 REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
vi
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
vii
e P IT CH em diagrama de blocos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
FIG.6.2 Representação do algoritmo de controle PID para ROLL
e P IT CH em diagrama de blocos, componentes pro-
porcional, derivativa e integral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
FIG.6.3 Representação do algoritmo de controle PID para ROLL
e P IT CH em diagrama de blocos, malha de ajuste
dos sinais proporcional e integral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
FIG.6.4 Representação do algoritmo de controle PID para ROLL
e P IT CH em diagrama de blocos, malha de com-
posição de ajuste dos sinais proporcional e integral . . . . . . 39
FIG.6.5 Representação do algoritmo de controle PID para Y AW
em diagrama de blocos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
FIG.6.6 Numeração das hélices do quadricóptero no programa . . . . 40
viii
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
1
mundial, em que a corrida por tecnologia dos exércitos permitiu um melhor
desenvolvimento.
A história dos VANT no Brasil começou com o BQM1BR (3) , cujo protótipo
produzido pela CBT( Companhia Brasileira de Tratores), levantou voo em
1983. Atualmente existem vários VANT produzidos pelo Brasil, inclusive um
deles desenvolvido no IME (Instituto Militar de Engenharia).
1.2 MOTIVAÇÃO
2
diversas áreas de importância nos dias de hoje como controle, microcontro-
ladores, automação e monitoramento remoto. Portanto, o grande potencial
do quadricóptero e suas contribuições para o avanço tecnológico do país foram
os grandes motivantes deste projeto.
1.3 OBJETIVOS
1.4 METODOLOGIA
3
O segundo capítulo resume a proposta da monografia
4
2 PROPOSTA DE PROJETO
Deve-se mencionar que ainda existe grande espaço para adições ao projeto
como um sistema de localização por GPS, inclusão de câmeras de vídeo para
realização de monitoramentos à distância, dentre outros.
5
FIG. 2.1: Layout do projeto
6
3 ESCOLHA E DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS
3.1 HÉLICES
7
qual o peso da aeronave, qual o torque do motor e a velocidade máxima
desejada.
3.2 MOTORES
8
um motor pouco eficiente e pouco durável. Além disso, evita-se o uso desses
motores em projetos de aeromodelismo, pois o contato da escova com o rotor
gera vibrações, dificultando o controle da aeronave.
9
3.3 DIMENSIONAMENTO DO PAR MOTOR-HÉLICE
TAB. 3.1: Tabela com relação potência-peso do site Aeromodelismo Online (9)
10
Tendo o peso aproximado da aeronave projetada (1100g), optou-se por
buscar um par motor-hélice com empuxo próximo ao do peso. Com isto,
busca-se uma boa relação controle-velocidade como a apresentada na mono-
grafia quadricóptero (8) . O par utilizado foi escolhido com base na tabela
disponibilizada pelo fornecedor do motor (7) ( TAB 3.2 ) com as estimativas
de empuxo para certas hélices fornecidas pelo mesmo.
Dados de Desempenho
Tensão Corrente hélice Empuxo
11.1V 12.3A 10x60 800g
11.1V 16.3A 10x70 970g
11.1V 17.9A 11x47 1040g
TAB. 3.2: Tabela com relação corrente, hélice, empuxo do site Hobby King (7)
3.4 ESC
11
operação específicos para helicópteros ( Transições suaves de velocidade e
partida controlada do motor ).
3.5 FRAME
12
por uma hélice sobre a outra, contribuindo para uma maior estabilidade do
quadricóptero.
Este frame foi escolhido por ser um produto nacional e barato. Outra
vantagem que influenciou na escolha deste produto foi que o frame já vem com
toda a furação para a fixação dos motores, da bateria e da placa controladora,
facilitando a montagem e o balanceamento das peças.
3.6 SENSORES
13
3.7 PLACA CONTROLE
14
3.8 BATERIA
15
3.9 PEÇAS ADQUIRIDAS
16
4 CONDICIONAMENTO DAS PEÇAS
4.1 HÉLICES
17
a haste, a hélice irá rodar em busca de um ponto de maior estabilidade.
Ou seja, a hélice só será considerada balanceada se esta permanecer imóvel,
independente da posição de suas pás.
18
4.2 MOTOR
Assim como as hélices, motores mais baratos não são adquiridos balancea-
dos. Como seu centro de massa não está alinhado com o eixo do motor, ao
girar, o motor tende a vibrar. Essas vibrações podem forçar os parafusos de
fixação do motor, o encaixe da hélice e, em alguns casos, até entortar o eixo.
Portanto, não deve ser ignorado o balanceamento dos motores, mesmo em
projetos que não exijam grande controle.
19
FIG. 4.2: Exemplo do balanceador de motores utilizado
4.3 ESC
20
O cutoff threshold define qual tensão de fonte a bateria é considerada como
descarregada. Assim, para cada tipo de bateria, o ESC possui um valor pré-
definido e transparente ao usuário que ele define como alto, médio ou baixo.
No projeto, utilizou-se a configuração padrão, ao atingir a tensão média entre
em modo cutoff.
4.4 FRAME
21
Antes de fixar qualquer componente, é preciso definir como cada um será
preso ao frame. Normalmente, os motores e a placa controladora são parafu-
sados, para uma maior estabilidade, e os demais componentes são presos por
fitas, elásticos ou velcros, por não possuírem espaço destinados a parafusos.
Para a parte parafusada, são necessários furos precisos e condizentes com
as peças escolhidas. Portanto, costuma-se pedir para o fabricante do frame
fazer os furos para as peças escolhidas com ferramentas de alta precisão.
4.5 CONTROLADOR
22
5 MODELAGEM E CONTROLE
23
também, que os motores pares serão os que giram no sentido anti-horário. O
esquema do modelo escolhido está representado na FIG 5.1.
L
φ̈ = (F1 − F2 − F3 + F4 )
Jx
L
θ̈ = (F1 + F2 − F3 − F4 )
Jy
K
ψ̈ = (F1 − F2 + F3 − F4 )
Jz
cos(φ) cos(θ)
Z̈ = (F1 + F2 + F3 + F4 ) − g
m
Onde φ, θ e ψ são os ângulos de rolagem, arfagem e guinada; Z é a altitude do
centro de massa da aeronave; m é a massa do quadricóptero; L é o tamanho
24
de um braço do frame; K é a constante que relaciona os empuxos com os
torques de guinada; Jx ,Jy e Jz são os momentos de inércia em torno dos eixos
Xq, Yq e Zq, respectivamente e g é aceleração da gravidade.
25
antes, mas obviamente sempre após o cálculo do termo do erro feito na FIG
5.2 pelo primeiro somador (Com somente duas entradas, sendo uma delas
subtrativa). A magnitude do ganho proporcional determina a velocidade
de resposta do sistema, isto é, quanto maior o valor de Kc , mais rápido
o sistema irá responder, porém deve-se tomar cuidado pois um aumento
exagerado desse mesmo termo pode provocar uma resposta oscilatória muito
brusca causando instabilidade no sistema. Uma solução de compromisso é
recomendada.
Por fim, temos a componente derivativa, na FIG 5.2 ela resulta do ramo
composto por um bloco de ganho Td em série com um derivador. Normal-
mente o termo derivativo tem caráter de antecipação da velocidade da re-
sposta do sistema, ou seja, seu crescimento fará com que o sistema reaja
mais agressivamente a variações nos parâmetros do erro. Infelizmente isso
também, tornará o sistema extra sensível a ruído e poderá torná-lo instável.
Assim, a maioria dos sistemas com termo derivativo é projetado de forma a
ter seu ganho Td baixo.
26
FIG. 5.2: Diagrama de blocos de um controlador PID básico (Fonte:
ClassicalP IDControl )
27
É importante ressaltar a adimensionalidade dos sinais envolvidos. Os di-
agramas de blocos são meras representações do funcionamento da lógica do
algoritmo de controle PID utilizado e de forma alguma representam sinais
elétricos reais em portas lógicas. Dessa forma, os números e ordens de
grandeza neles representados são inerentes a lógica do programa.
28
FIG. 5.3: Representação do algoritmo de controle PID para ROLL e P IT CH
em diagrama de blocos
A malha vista pela figura 5.5 é responsável pelos ajustes mais finos do
sistema e está relacionada a variações dos ângulos medidos pelos sensores.
Ela só entra em operação quando a variação exigida pelo sistema é menor
do que um limiar superior. Isso é garantido pelo saturador na entrada da
malha e pelo anulador na malha da figura 5.4 analisada anteriormente. O erro
angular é utilizado para gerar duas saídas: uma proporcional (PTerm_ang)
e uma integral (ITerm_ang), sendo a integral novamente controlada por um
saturador.
Por último, a malha da figura 5.6 combina as saídas das malhas anteriores
em uma média ponderada através de uma entrada proporcional, utilizada
29
FIG. 5.4: Representação do algoritmo de controle PID para ROLL e P IT CH
em diagrama de blocos, componentes proporcional, derivativa e integral
30
bém associada a velocidade angular. O sinal de erro é calculado através da
diferença entre a entrada e a realimentação e é utilizado para gerar as com-
ponente integral e proporcional da saída, sendo a integral também limitada
via saturador. A componente proporcional (PTerm) e a integral (ITerm) são
combinadas através de um somador e o sinal de saída é gerado.
31
FIG. 5.6: Representação do algoritmo de controle PID para ROLL e P IT CH
32
em diagrama de blocos, malha de composição de ajuste dos sinais propor-
cional e integral
FIG. 5.7: Representação do algoritmo de controle PID para Y AW em dia-
grama de blocos
33
6 IMPLEMENTAÇÃO DO CONTROLE
Além disso, decidiu-se por utilizar o código open source Multiwii (11) para
acelerar a realização das atribuições. Esse código já possui arquivos fontes
34
para quase todas as atribuições do projeto precisando, contudo, de pequenas
adaptações.
Os dados obtidos nestes sensores são muito ruidosos, por isso não servem
diretamente para realizar o controle do quadricóptero. Para o tratamento
destes, é feito em imu.cpp por médias móveis, e armazenado no vetor global
imu.gyroData[axis], o qual guarda os valores que serão utilizados pelo pro-
grama de controle.
35
6.4 PROGRAMA DE CONTROLE
Como foi ressaltado, a análise da malha da figura 6.1 será dividida em três
partes vistas nas figuras 6.2, 6.3 e 6.4.
36
ajuste os sinais ITerm e PTerm são adicionados e o sinal DTerm é subtraido
ao sinal de saída axisPID[axis] que está associado ao sinal elétrico PWM
posteriormente enviado aos motores pelo ESC.
O sinal PID que será enviado aos motores após a lei de controle ser aplicada,
ficará contido no vetor axisPID[axis] onde cada posição contem o sinal de
um eixo.
37
FIG. 6.1: Representação do algoritmo de controle PID para ROLL e P IT CH
em diagrama de blocos
38
FIG. 6.3: Representação do algoritmo de controle PID para ROLL e P IT CH
em diagrama de blocos, malha de ajuste dos sinais proporcional e integral
39
FIG. 6.5: Representação do algoritmo de controle PID para Y AW em dia-
grama de blocos
motor[0] = PIDMIX(-1,+1,-1);
motor[1] = PIDMIX(-1,-1,+1);
motor[2] = PIDMIX(+1,+1,+1);
motor[3] = PIDMIX(+1,-1,-1);
40
diminuindo 0 e 1. E o axisPID[PITCH] será negativo, acarretando a desacel-
eração do motor 0 e 2 e aumentando o 1 e 3.
41
7 TESTES
Assim ao inclinar o bico do veículo para baixo, esperava-se que os sinais que
iriam para os motores da frente aumentassem e os que iam para os motores
detrás diminuíssem.
42
7.2 TESTES PRÁTICOS
Após verificar com os testes anteriores que a malha de controle gera re-
spostas satisfatórias, foi testado se após colocado numa posição e ligado, ele
conseguiria ficar horizontal nesta.
Para isto ele foi preso ao teto por cordas e também ao chão ( este último
para segurança do equipamento e pessoal envolvido no teste).
43
8 CONCLUSÕES
O primeiro deles foi a escolha das peças que eram necessárias às necessi-
dades de nosso projeto. Seguido pela correta montagem e configuração dos
diversos componentes.
A malha PID que foi implementada na placa controladora teve que ser
adaptada para o nosso modelo de quadricóptero.
Por fim foi possível, com o projeto, ver limitações de material do labo-
ratório que virão a ser sanadas no futuro.
8.2 LIMITAÇÕES
Grande parte das peças que eram necessárias a plena realização do projeto
só eram obtidas no exterior, inclusive com escassez de alguns materiais.
44
Outra dificuldade encontrada se refere ao laboratório em que trabalhamos,
por ser ainda novo e em desenvolvimento, não possuía todas as ferramentas
necessárias para a montagem de nosso projeto. O que foi facilmente solu-
cionado com a ajuda dos outros diversos laboratórios do IME, porém gerou
uma certa barreira.
45
9 REFERÊNCIAS
[10] João Paulo Ferreira Guimarães, Armando Sanca Sanca, Michel Santana
de Deus, Tania Luna Laura, Alessandro Nakoneczny Schildt, Ade-
lardo Adelino Dantas de Medeiros, Pablo Javier Alsina; ESTRATÉ-
GIA DE ESTABILIZAÇÃO PARA UM HELICÓPTERO QUADRI-
ROTOR; Instituto Anais do XIX Congresso Brasileiro de Automática,
CBA 2012.
46