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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECATRÔNICA

DESIDRATADOR HÍBRIDO COM CONTROLE DE


TEMPERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso

ALAILSON FEITOSA

Natal
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECATRÔNICA

ALAILSON FEITOSA

DESIDRATADOR HÍBRIDO COM CONTROLE DE


TEMPERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso


de Engenharia Mecatrônica da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos
para a obtenção do título de Engenheiro Mecatrônico,
orientado pelo Prof. Dr. Márcio Valério de Araújo

Orientador(a): Prof. Dr. Márcio Valério de Araújo

Natal
2022
ALAILSON FEITOSA

DESIDRATADOR HÍBRIDO COM CONTROLE DE


TEMPERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao curso de Engenharia Mecatrônica da Univer-
sidade Federal do Rio Grande do Norte como
parte dos requisitos para a obtenção do título
de Engenheiro Mecatrônico, orientado pelo Prof.
Dr. Márcio Valério de Araújo

Trabalho aprovado. Natal, 21 de dezembro de 2022:

Prof. Dr. Márcio Valério de Araújo


Orientador

Prof. Avaliador

Prof. Avaliador

Natal
2022
Dedico esta monografia ao meu pai, o senhor Arlindo Feitosa Pinheiro, que foi um homem de
grande caráter e simplicidade, a quem devo tudo que conquistei e que mesmo depois de sua
partida ainda é, e sempre será, a fonte de minha coragem e inspiração.
Agradecimentos

Agradeço aos meus familiares em especial a minha mãe, a senhora Maria Wiliane
Umbelino, que sempre me incentivou a prosseguir com os estudos, a minha madrasta, a senhora
Aide Alves Feitosa Pinheiro que sempre fez tudo aquilo que estava em seu alcance para me ajudar
em todos os aspectos possíveis, aos meus irmãos que sempre me apoiaram e acreditaram no meu
sonho, aos meus amigos, em especial a Kimberly que passou inúmeras horas por noite estudando
e debatendo assuntos pertinentes a minha formação, a minha companheira Suellen que aguentou
todas as noites de estudo que foram necessárias e por fim a todo o corpo docente da UFRN, em
especial os professores Márcio Valério de Araújo e Samaherni Morais Dias, que sempre foram
de grande importância para minha formação.
Resumo
O objetivo desse trabalho é projetar e construir um desidratador híbrido munido de um sistema
de controle. É iniciado apresentando os projetos já conhecidos e suas características especificas
como fonte de calor, gasto energético, médias de temperaturas e temperaturas máximas. A seguir
apresento alguns equipamentos que fazem parte do projeto, como sensores de temperatura e
sensores de umidade, controladores e atuadores. A partir da elaboração do projeto em solidworks,
parto para a sua construção e em sequência a análise dos dados produzidos com o equipamento
projetado. A partir da análise dos dados, foi possível verificar que o projeto se fez eficaz ao poder
reproduzir trabalhos científicos já existentes.

Palavras-chave: Híbrido. Controle. Temperatura. Coletor. Sensor. Desidratador.


Abstract
The objective of this work is to design and build a hybrid dehydrator equipped with a control
system. part of the project, such as temperature sensors and humidity sensors, controllers and
actuators. From the elaboration of the project in solidworks, it starts with its construction and, in
sequence, the analysis of the data produced with the designed equipment. possible to verify if the
project became effective by being able to reproduce existing scientific works.

Keywords: Hybrid. Control. Temperature. Collector. Sensor.Dehydrator.


Lista de ilustrações

Figura 1 – Exemplo de alimentos desidratados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14


Figura 2 – Curva de secagem de diferentes produtos a 60°c. . . . . . . . . . . . . . . . 16
Figura 3 – Desidratador solar direto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Figura 4 – Desidratador solar indireto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Figura 5 – Mapeamento da irradiação solar no nordeste brasileiro. . . . . . . . . . . . 18
Figura 6 – PREVISÃO DE RADIAÇÃO SOLAR INCIDENTE NO ESTADO DO CEARÁ. 19
Figura 7 – Nesco Desidratador de alimentos Gardenmaster Pro FD-1018A. . . . . . . . 19
Figura 8 – Máquina desidratadora doméstica da marca FANGX (FANGX, 20 out. 2022). 20
Figura 9 – Bandeja de aço inoxidável 18 Desidratador de alimentos da marca KONGWU. 20
Figura 10 – CS (câmara de secagem), Rn (resistências elétricas), DJ (disjuntor termo-
magnético), PA (placa absorvedora), CT (controlador de temperatura), Rede
(alimentação elétrica). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Figura 11 – Desidratador híbrido (solar e gás). A(câmara de secagem), B(coletor solar),
C(dutos condutores), D(sistema GLP)(NETO, 2013). . . . . . . . . . . . . 22
Figura 12 – Esquema demonstrativo do funcionamento do secador híbrido (NETO, 2013). 23
Figura 13 – Sensor de Temperatura - Termístor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Figura 14 – Sensor de Temperatura - Termopar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Figura 15 – Sensor de Umidade - HS1101. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Figura 16 – Ventilador Cooler Painel Elétrico 110/220V. . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Figura 17 – Sonoff Basic para Automação Residencial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Figura 18 – CLP da Schneider Electric - M221 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Figura 19 – Termostato W3001 110v ou 220v . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Figura 20 – Projeto do desidratador híbrido com controle de temperatura. . . . . . . . . 29
Figura 21 – Caixa de Madeira com abertura para ventilação sendo pintada de preto . . . 30
Figura 22 – Fita de vedação de frestas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Figura 23 – Suporte para Estufa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 24 – Estufa com Suporte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 25 – Ventoinha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Figura 26 – Resistência Elétrica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Figura 27 – Bandeja Perfurada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Figura 28 – Motor de 5 rotações por minuto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Figura 29 – Eixo de Aluminio Desenvolvido para o Projeto. . . . . . . . . . . . . . . . 36
Figura 30 – Peças de União Entre a Bandeja e o Eixo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Figura 31 – Ilustração do acoplamento do sistema de bandeja rotativa. . . . . . . . . . . 37
Figura 32 – Apoio da bandeja. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Figura 33 – Interruptor TH origin wifi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Figura 34 – Sensor de Temperatura e Umidade THS01. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Figura 35 – Chave seletora de 3 posições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Figura 36 – Aplicativo ewelink. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Figura 37 – Esquema elétrico com automação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Figura 38 – Conjunto de LEDs e Chave Seletora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Figura 39 – Equipamento durante utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Figura 40 – Curvas de Temperatura e Umidade - Experimento 1, dia 1. . . . . . . . . . . 44
Figura 41 – Curvas de Temperatura e Umidade - Experimento 1, dia 2. . . . . . . . . . . 44
Figura 42 – Curvas de Temperatura e Umidade - Experimento 2. . . . . . . . . . . . . . 45
Figura 43 – Curvas de Temperatura e Umidade - Experimento 3. . . . . . . . . . . . . . 46
Figura 44 – Curva de Temperatura e Umidade - Experimento 4 - set point em 40°C . . . 47
Figura 45 – Curva de Temperatura e Umidade - Experimento 4 - set point em 50°C . . . 47
Figura 46 – Curva de Temperatura e Umidade - Experimento 4 - set point em 60°C . . . 48
Figura 47 – Banana antes e depois do processo de desidratação . . . . . . . . . . . . . . 48
Figura 48 – Parte interna do Desidratador Híbrido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Lista de tabelas

Tabela 1 – Classificação dos Desidratadores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15


Tabela 2 – Custo de Material. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Sumário

1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.1 Objetivos gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.2 Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

2 Revisão Bibliográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.1 Processo de Desidratação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.1.1 Cinética de Secagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2 Desidratador Solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2.1 Coletor Solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2.2 Energia solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.3 Desidratador Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.4 Desidratador Híbrido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.5 Elementos Utilizados em Desidratadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.5.1 Sensores de Temperatura e Umidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.5.2 Atuadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.5.3 Controladores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

3 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.1 Desidratador híbrido controlado por aplicativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.2 Projeto do Desidratador híbrido controlado por aplicativo . . . . . . . . . . . . 28
3.3 Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.3.1 Estufa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.3.2 Suporte para Estufa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.3.3 Sistema de ventilação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.3.4 Sistema de Aquecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.3.5 Sistema de Bandeja Rotativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.3.6 Sistema de Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

4 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.1 Experimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.1.1 Experimento 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.1.2 Experimento 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
4.1.3 Experimento 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
4.1.4 Experimento 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4.2 Dados do Desidratador Híbrido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
5.1 Sugestões para trabalhos futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
12

1
Introdução

Os produtores de frutas por todo o mundo compartilham de um mesmo problema: as


massivas perdas em todas as etapas da cadeia produtiva da fruta. De todas as perdas possíveis
durante esse processo, uma das que impactam consideravelmente os produtores são as pós-
colheita, que segundo estudos realizados pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura
e Alimentação (FAO) em 2022, por volta de 14% da produção é perdida na etapa entre a colheita
e o momento que chegam às lojas e em torno de 17% de perda nas etapas entre os lojistas e os
consumidores finais (BRASIL, 2022).
Com o objetivo de diminuir essas perdas pode ser realizado o processo de desidratação
de frutas, que consiste em remover parte da água de sua constituição, ou completamente, por
meio da evaporação (COSMO, 2017). Inúmeras vezes as frutas são descartadas pelo simples fato
de conter na sua superfície pequenas manchas ou pequenas partes amassadas, afim de conter
esse desperdício pode-se efetuar o processo de desidratação. A desidratação destas é altamente
recomendado por não perder os nutrientes e vitaminas das frutas frescas, mesmo depois do
processamento, tornando-as mais duradouras, além de aumentar as possibilidades de novas
receitas com o mesmo teor nutritivo. Um outro ponto positivo deve-se ao fato que o volume e
peso dos alimentos que passam por esse processo tendem a diminuir significativamente o que
vai impactar diretamente no transporte, podendo assim aumentar a quantidade de nutrientes
literalmente transportados pelo mesmo meio utilizado. Um ponto de atenção é que ao ingerir as
frutas desidratadas, é importante lembrar de repor a água que deixou de ser ingerida, levando em
conta que as frutas são meios vitais para reidratação do corpo, principalmente as mais aquosas.
Para ter o controle sobre o processo de desidratação utiliza-se um equipamento chamado
desidratador, que pode ser classificado e encontrado de formas variadas, o mercado geralmente
diferencia pela quantidade de bandejas e pelo tipo da fonte de calor.
Em relação às fontes de calor, classificam-se em solar, elétrico, híbrido ou à gás. De
forma intuitiva, o que fundamenta a diferença entre eles, é a fonte de calor primária para realizar o
processo. O desidratador solar utiliza da radiação solar para a secagem, de forma que o processo
só ocorre de forma eficiente em momentos do dia em que essa radiação está incidindo sobre o
produto a ser desidratado, conforme o desidratador solar sustentável de A. P. C. de Almeida
(ALMEIDA, 2021). Já o desidratador elétrico utiliza os fundamentos de resistência, indução
Capítulo 1. Introdução 13

e condução de calor eletricamente gerados de tal forma que pode obter esse calor a qualquer
momento do dia em troca de um gasto energético, como é o Modelo DS-800 da empresa DAS
(DAS, 2022). Já o desidratador a gás utiliza geralmente o gás GLP para aquecer o ar e utiliza do
conceito de convecção térmica ou de um exaustor para fazer esse ar quente passar pelo alimento,
dessa forma o desidratando. A temperatura nesse caso pode ser controlada através da quantidade
de gás disponibilizado para queima, ou de um exaustor responsável pela retirada do ar interno
modificando também o fluxo de ar. Um exemplo desse tipo de desidratador podem ser os modelos
DES-30 e DES-50 da empresa Tomasi (TOMASI, 2021). O desidratador híbrido, entretanto,
mistura as duas fontes de calor geralmente para obter o melhor custo-benefício. Um exemplo
pode ser o uso da fonte de calor solar com a fonte de calor elétrica, fazendo uso de sua parte
solar apenas nos momentos em que a radiação solar está sendo efetiva e nos outros momentos
utiliza-se da eletricidade para diminuir o tempo total do processo de desidratação, um modelo
que também utiliza desse método é o GP-200 da empresa Good Paper (PAPER, 2022).
Cada um dos tipos de desidratadores citados apresenta uma desvantagem em relação aos
outros, o do tipo solar por exemplo sofre com a variação do clima ou seja a produção através
desse tipo fica inviabilizada quando a incidência solar é baixa o que acontece quando o tempo
está nublado ou está no período noturno ou até mesmo dependendo do local está em um período
do ano com menor incidência solar. Já o elétrico assim como o a gás terá sua desvantagem
atrelada ao custo para fornecer o calor necessário para o processo, o que a depender o custo torna
o processo inviável economicamente. O projeto aqui abordado utiliza um sistema híbrido entre a
fonte de calor solar e a fonte de calor elétrica para controlar a temperatura na estufa, de modo a
minimizar as desvantagens de cada tipo.

1.1 Objetivos gerais


Projetar, desenvolver e testar um desidratador híbrido capaz de controlar a temperatura e
o tempo total de duração do processo, sendo ambos definido pelo usuário. O sistema também e
composto de um sensor de temperatura e umidade que ajudam no controle de qualidade e no
monitoramento.

1.2 Objetivos específicos


Construir uma estufa para desidratar frutas. Projetar, instalar e testar o sistema de controle
o qual tem como parte os sensores e atuadores. Desenvolver um sistema de bandeja rotativa para
homogeneizar a secagem das frutas dentro da estufa.
14

2
Revisão Bibliográfica

2.1 Processo de Desidratação


A origem do processo de desidratação vem desde a antiguidade, é um dos métodos mais
antigos de preservação de alimentos e foi usada por povos pré-históricos para preservar seus
alimentos, utilizando a técnica ao ar livre.
O ato de desidratar é de vital importância, já que reduzir a disponibilidade de água
diminui consequentemente a quantidade de reação de deterioração do alimento, o que resulta em
poder armazená-lo por mais tempo sem ser necessário seu consumo ou que o mesmo estrague. A
qualidade do produto final vai depender basicamente dos aspectos relacionados à qualidade da
matéria-prima, e dos cuidados que se deve ter durante as etapas do processo(FIB, 2013). A figura
1 apresenta exemplos de alimentos desidratados.

Figura 1 – Exemplo de alimentos desidratados.

Fonte:(FIB, 2013).
Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 15

2.1.1 Cinética de Secagem


A cinética de secagem que significa a velocidade em que o alimento perde umidade varia
de acordo com as temperaturas incidem sobre o alimento, pela velocidade e umidade relativa do
ar que passa pelo alimento e pela própria característica do mesmo (COSTA, 2010). No processo
de secagem o ar quente e seco interage com a superfície do alimento que está frio e úmida,
aquecendo e removendo sua umidade.
A secagem de frutas pode ocorrer tanto ao ar livre como inicialmente era feito como
também em ambientes controlados como estufas ou equipamentos destinados para tal finalidade.
A secagem ao ar livre tem vários problemas, como o alimento fica exposto ao clima, ao vento, a
poeira e a diversos tipos de animais e micro-organismos que podem atacar os alimentos, fazem
com que essa tática de usar ao ar livre seja mais propenso à contaminação. Com o objetivo de
superar esses problemas é desenvolvido um equipamento para abrigar os alimentos de forma a
preservá-los. Podemos classificar os equipamentos como mostra a tabela 1.

Tabela 1 – Classificação dos Desidratadores.

Fonte:(FIRMO, 2020).

O tempo necessário para realizar o processo de desidratação varia de acordo com alguns
fatores, como por exemplo a temperatura da massa de ar quente que passa sobre o alimento , a
umidade dessa massa de ar , a velocidade dessa massa de ar ,a superfície de contato entre a massa
de ar e o alimento e as características próprias do alimento ,como por exemplo a densidade .Na
figura 2 pode-se observar o gráfico de secagem por tempo de alguns alimentos quando expostos
a uma massa de ar quente com temperatura à 60°C.
Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 16

Figura 2 – Curva de secagem de diferentes produtos a 60°c.

Fonte:(INGREDIENTES, 2009).

2.2 Desidratador Solar


O desidratador solar utiliza da radiação provida do sol para aquecer o ar que irá circular
entre os alimentos retirando dos mesmos a umidade. É perceptível desse ponto que fazendo uso
da radiação solar, em momentos do dia em que ela não incide sobre o equipamento então o
mesmo não estaria funcionando ativamente, o que aumenta o tempo necessário para terminar o
processo, porém seu grande ponto positivo é o fato de que essa fonte de calor não gera maiores
gastos.
O desidratador solar pode ser classificado como direto ou indireto. No caso do equipamento
classificado como direto sua composição é feitar pela bandeja de alimentos e pela estufa que
também serve como coletor solar além de conter a entrada e saída de ar, nesse caso a radiação
incide diretamente sobre os alimentos, aquecendo tanto o ar que está em volta dos alimentos
quanto o mesmo porém isso pode ser prejudicial para o alimento pois dependendo do grau de
radiação pode alterar sua estrutura molecular. Os desidratadores indiretos são compostos por
um coletor solar, uma câmara de descanso para os alimentos com bandejas e podendo contar
até mesmo com exaustores, nessa classificação o ar é aquecido no coletor solar em sequencia e
forçado a passar pela câmara onde fica os alimentos para poder efetuar o processo de desidratação.
Conforme o artigo científico (ALMEIDA, 2020) pode-se observar a montagem de um
desidratador solar direto com a utilização de uma gaveta, uma tampa de vidro e uma superfície de
alumínio perfurada de tal modo que os itens formam uma estufa. Existe ainda furos de entrada e
saída de ar além de peças responsáveis pela inclinação do desidratador, o que permite a existência
de um fluxo de ar entre os furos de entrada e saída.Pode-se ressaltar que em alguns modelos
Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 17

não existe a utilização da inclinação e alguns outros fazem a utilização de uma tinta preta para
absorver uma maior quantidade de radiação. A figura 3 trata-se do desidratador solar direto
realizado no artigo científico (ALMEIDA, 2020).

Figura 3 – Desidratador solar direto.

Fonte:(ALMEIDA, 2020).

No artigo científico (MACHADO, 2011) que se trata da analise de um desidratador solar


indireto nota-se que o mesmo conta com o coletor solar, com a câmara de secagem e com um
exaustor eólico. Nesse caso a conexão entre a o coletor e a câmara se da pela parte inferior da
câmara e o fluxo de ar corre diretamente para o exaustor, em outros projetos entretanto pode
ocorrer dessa conexão ser feita pela parte superior da câmara tornando-se necessário que exista
um mecanismo interno que force o ar quente a passar por todo o recipiente antes de sair do mesmo.
A figura 4 trata-se do desidratador solar indireto analisado no artigo científico (MACHADO,
2011).

Figura 4 – Desidratador solar indireto.

Fonte:(MACHADO, 2011).
Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 18

2.2.1 Coletor Solar


O coletor solar é a parte do equipamento responsável por absorver a energia proveniente
do sol, necessária para desidratar o alimento.Geralmente tem suas superfícies pintadas de preto
para absorver uma maior quantidade de radiação elevando a temperatura em seu interior.

2.2.2 Energia solar


A incidência solar sobre os países tropicais devido a suas posições geográficas tornam o
projeto de um desidratador solar bastante favorável pois contam com uma constância provida
dessa energia por quase o ano inteiro. No nordeste brasileiro por exemplo os dados climáticos
mostram que grande parte da região tem como principal característica o elevado potencial médio
anual de energia solar como demonstra a figura 5 que mapeia a irradiação da região do nordeste
brasileiro de acordo com a média anual em kWh/m².

Figura 5 – Mapeamento da irradiação solar no nordeste brasileiro.

Fonte:(MORAES, 2019).

Com relação aos horários do dia em que a radiação solar é mais eficaz está a depender do
local e da época do ano, porém como na região nordeste a variação tenda a ser miníma a radiação
diária tende a seguir a media anual. Como a figura 6 mostra, tem-se o pico de radiação entre os
horários de 12 às 13 horas e seu valor e torna considerável entre os horários 10 as 15 horas.
Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 19

Figura 6 – PREVISÃO DE RADIAÇÃO SOLAR INCIDENTE NO ESTADO DO CEARÁ.

Fonte: (COUTO, 2019).

2.3 Desidratador Elétrico


Os desidratadores elétricos são fabricados no mundo todo pelas mais diversas marcas, cada
uma com suas características quem podem envolver desde volume, potência, preço, temperaturas
de operação, utilização de resistência para aquecimento ou até mesmo a existência de um
temporizador. Sua principal vantagem é poder desidratar o alimento à qualquer momento, com
tempo de processo muito menor que o desidratador solar, já sua principal desvantagem se da
pelo gasto de energia elétrica durante o processo.
A figura 7 mostra um desidratador elétrico da marca Nesco que tem a capacidade de
operar com até 30 bandejas, com 39 centímetros de diâmetro cada, com uma faixa de temperatura
de 35°C à 71°C sem temporizador e o preço médio de R$ 2.468,88.

Figura 7 – Nesco Desidratador de alimentos Gardenmaster Pro FD-1018A.

Fonte:(NESCO, 20 out. 2022).


Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 20

A figura 8 mostra um desidratador elétrico da marca FANGX que tem a capacidade de


operar com 4 bandejas de aço inoxidável, com uma faixa de temperatura de operação de 35°C à
80°C com temporizador e o preço médio de R$ 1.484,99.

Figura 8 – Máquina desidratadora doméstica da marca FANGX (FANGX, 20 out. 2022).

Fonte:(FANGX, 20 out. 2022).

A figura 9 mostra um desidratador elétrico industrial da marca KONGWU que tem a


capacidade de operar com 18 bandejas de 39 centímetros de largura por 37 centímetros de
comprimento, com uma faixa de temperatura de operação de 30°C à 90°C com temporizador e o
preço médio de R$8.378,31.

Figura 9 – Bandeja de aço inoxidável 18 Desidratador de alimentos da marca KONGWU.

Fonte:(KONGWU, 20 out. 2022).


Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 21

2.4 Desidratador Híbrido


O desidratador híbrido como o próprio nome já pressupõe utiliza de duas ou mais fontes
de calor para obter o melhor custo-benefício possível. Usualmente uma de suas fontes de calor é
obtida através da radiação solar e a outra fonte provém de resistências elétricas ou da utilização
de algum tipo de gás.
A figura 10 mostra um exemplo de desidratador híbrido que faz uso das fontes de calor
solar e elétrica e faz parte do trabalho (EUGÊNIO, 2018). Esse desidratador pode atingir um
limite de temperatura quando em modo de operação de 70°C. Esse projeto não faz uso de
ventiladores externos para gerar o fluxo de ar, o mesmo é gerado pelo conceito de convecção
térmica espontânea. O desidratador foi projetado para atingir uma potência de aproximadamente
2.660 Watts fazendo uso de um disjuntor termomagnético para proteção do equipamento, de
uma câmara de secagem, de resistências elétricas em série, de um controlador de temperatura e
de uma placa absorvedora de radiação solar. O processo inicia quando o ar frio e úmido passa
pela placa absorvedora onde dependendo do grau de radiação solar irá atingir uma determinada
temperatura, caso seja necessário esse ar ainda terá sua temperatura elevada pela resistência
elétrica que está localizada entre a placa absorvedora e a câmara de secagem, após passar por
esse aquecimento o ar agora quente e com menos umidade entra em contato com os alimentos
retirando dos mesmos a umidade e em sequencia leva essa umidade através da abertura de 15
centímetros na parte superior da câmara de secagem. Esse trabalho sinaliza como temperatura
ideal para desidratação a faixa de 60°C à 70°C.
Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 22

Figura 10 – CS (câmara de secagem), Rn (resistências elétricas), DJ (disjuntor termomagnético),


PA (placa absorvedora), CT (controlador de temperatura), Rede (alimentação elétrica).

Fonte:(EUGÊNIO, 2018).

A figura 11 retrata um desidratador híbrido que faz uso da fonte de calor solar e da fonte de
calor a gás (NETO, 2013). Faz parte do conjunto desse desidratador, um sistema de acionamento
por temperatura, válvula solenoide, bateria, mini fogão, chama piloto, dutos condutores, fonte de
gás GLP, coletor solar e a câmara de secagem. Com capacidade para 3 bandejas, temperatura de
operação de 45°C à 70°C ,velocidade do fluxo de ar de 1,4 a 1,6 m/s.

Figura 11 – Desidratador híbrido (solar e gás). A(câmara de secagem), B(coletor solar), C(dutos
condutores), D(sistema GLP)(NETO, 2013).

Fonte:(NETO, 2013).

A figura 12 relata o esquema de funcionamento do secador híbrido (NETO, 2013). Para


iniciar o processo o sensor de temperatura interno enviar um sinal para abrir ou fechar a válvula de
Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 23

acordo com a temperatura interna, caso seja enviado o comando para abrir a válvula existirá um
fluxo de gás até a boca do fogão onde já terá uma chama piloto que dará início ao funcionamento
no modo a gás, caso seja fechada a válvula será interrompido o fluxo de gás mantendo ligado
apenas a chama piloto.

Figura 12 – Esquema demonstrativo do funcionamento do secador híbrido (NETO, 2013).

Fonte:(NETO, 2013).

2.5 Elementos Utilizados em Desidratadores


2.5.1 Sensores de Temperatura e Umidade
Conforme (WENDLING, 2010) o sensor é um dispositivo sensível a alguma forma de
energia do ambiente seja luminosa , térmica ou cinética ,relacionando informações sobre grandeza
física que pode ser medida.Os sensores podem ser divididos em grupos de sensores analógicos e
sensores digitais.Os sensores analógicos são aqueles que podem assumir qualquer valor de sinal
ao longo do tempo desde que esteja na sua faixa de operação.Os sensores digitais são aqueles
que podem assumir apenas 2 status ao longo do tempo. Existem diversos tipos de sensores como
por exemplo sensor elétrico capaz de detectar variação de corrente ou tensão, sensor acústico
capaz se orientar pelo eco propagado na velocidade do som, sensor magnético capaz de utilizar
Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 24

ímãs para fornecer um sinal até mesmo sensor térmico capaz de detectar variação de temperatura
no ambiente entre outros.
O sensor térmico ou sensor de temperatura pode subdividir-se em alguns tipos como por
exemplo os termístores ou os termopares entre outros.Os termístores como demonstra a figura 13
funcionam como uma resistência elétrica de varia de acordo com a temperatura. Os termopares
ilustrado na figura 15 funcionam gerando uma diferença de potencial elétrico (tensão) que ocorre
pela diferença de materiais metálicos que estão na mesma temperatura.

Figura 13 – Sensor de Temperatura - Termístor.

Fonte:Site Omega (OMEGA, 30 OUT.2022).

Figura 14 – Sensor de Temperatura - Termopar.

Fonte:Site da Wise Automação (WISE, 01 NOV.2022).

O sensor de umidade relativa do ar funciona utilizando duas placas metálicas que são
capazes de gerar um potencial elétrico entre si e entre elas um material responsável por captar a
umidade do ar, quando existir uma variação de umidade nesse material as placas metálicas geram
uma variação de potencial elétrico.
Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 25

Figura 15 – Sensor de Umidade - HS1101.

Fonte:Site da TMGELETRONICA (TMGELETRONICA, 29 OUT.2022).

2.5.2 Atuadores
Os atuadores são elementos capazes de transformar energia em movimento. A função de
um atuador é realizar a movimentação mecânica, tal movimento pode acontecer na horizontal, na
vertical, pode ser giratório ou oscilatório. O atuador elétrico funciona de forma simplificada como
motor elétrico conectado a um interruptor e tem como principal vantagem uma alta precisão e
um baixo nível de ruido. A figura 16 que é um ventilador cooler (ventoinha) que pode ser descrita
como um atuador elétrico capaz de transformar energia elétrica em movimento circular.

Figura 16 – Ventilador Cooler Painel Elétrico 110/220V.

Fonte:Site da Eletrorastro (ELETRORASTRO, 25 OUT.2022).

2.5.3 Controladores
Os controladores são dispositivos com a capacidade de armazenamento de informação e
com elementos para acionar remotamente outros dispositivos. Pode-se citar como controlador
dispositivos como CLPs exemplificada na figura 18. Pode-se citar também os sistemas de
Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 26

automação residencial como os dispositivos da Sonoff ilustrado na figura 17 que são capazes de
controlar remotamente o acionamento de um interruptor de acordo com uma programação que
pode ser definida de forma simplificada por celular ou no site especificado pelo fabricante. Ainda
falando sobre controladores pode-se citar também o termostato como mostra a figura 19 que é
um equipamento capaz de ler uma temperatura é de acordo com essa temperatura acionar um
sistema para ligar ou desligar um determinado dispositivo.

Figura 17 – Sonoff Basic para Automação Residencial.

Fonte:Site da Sonoff (SONOFF, 10 NOV.2022).

Figura 18 – CLP da Schneider Electric - M221

Fonte:Site da Schneider Electric.(ELETRIC, 12 NOV.2022)


Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 27

Figura 19 – Termostato W3001 110v ou 220v

Fonte: Site da Casa da Robótica.(ROBóTICA, 10 NOV.2022)


28

3
Metodologia

Neste capítulo será abordado o método e os materiais necessários para o desenvolvimento


do projeto.

3.1 Desidratador híbrido controlado por aplicativo


O desidratador híbrido proposto foi construído a partir de compensado, utilizando como
tampa da estufa um vidro temperado. O sistema elétrico por sua vez foi proposto para ter uma
média de temperatura quando ligado de 60°C, pois o estudo (DELFINO, 2019), que servirá de
comparação para os resultados, utiliza esse valor de temperatura.
Na tabela 2 pode-se observar o custo de cada material utilizado para desenvolver o
desidratador híbrido com controle de temperatura.

Tabela 2 – Custo de Material.


Material Valor(R$)
Vidro Temperado R$ 120
Folha de Madeira para a Estufa R$ 160
Suporte para a Estufa R$ 50
2 Ventoinhas R$ 80
Resistência para Churrasqueira R$ 40
Sensor de Temperatura e Umidade THS01 R$ 60
Interruptor TH origin wifi R$ 30
2 Motores DC 24V R$ 45
2 Bandejas de alumínio R$ 60
4 Peças de União Entre Bandeja e Eixo R$ 80
2 Eixos de alumínio R$ 30
8 Apoios para bandeja R$ 30
Fonte:O autor 2022.

3.2 Projeto do Desidratador híbrido controlado por aplicativo


O projeto foi desenvolvido utilizando o software solidworks .Fazem parte do projeto
a estufa ,o suporte para estufa ,sistema de ventilação , sistema de aquecimento , sistema de
Capítulo 3. Metodologia 29

bandeja rotativa e o sistema de automação e esse conta com sensores ,atuadores e o controlador.A
estufa projetada tem dimensões de 100 centímetros de comprimento por 50 centímetros de
largura por 15 centímetros de profundidade .Existe na estufa aberturas para entrada e saída de ar
,para a conexão do resistor com o sistema elétrico e para a conexão do sensor de temperatura e
umidade com o controlador .O suporte da estufa permite a existência de uma angulação com a
horizontal .As ventoinhas que fazem parte do sistema de ventilação estão instaladas na entrada
de ar .A resistência elétrica que faz parte do sistema de aquecimento está localizada próximo a
extremidade de entrada de ar .O sensor de temperatura está localizado no meio da estufa para
assim obter uma média de temperatura do ambiente.A figura 20 monstra o projeto sendo realizado
contando com a resistência , a caixa , as bandejas , os ventiladores ,o suporte onde a caixa fica
apoiada , o vidro e a grade para impedir entradas de insetos na saída de ar.A bandeja nessa figura
não está perfura porém a bandeja utilizada na construção é perfurada.

Figura 20 – Projeto do desidratador híbrido com controle de temperatura.

Fonte:O autor 2022.

3.3 Fabricação
3.3.1 Estufa
O objetivo da estufa é absorver o calor externo e mantê-lo condicionado em seu interior,
além de manter os insectos e animais longe do alimento a ser desidratado. Para sua construção
foram utilizados os seguintes materiais.
Capítulo 3. Metodologia 30

1. Caixa de madeira compensada.

• A caixa de madeira tem dimensões de 100 centímetros x 50 centímetros x 15


centímetros .Tem como finalidade abrigar e proteger o alimento e absorver a radiação
solar.

2. Vidro temperado.

• O vidro temperado tem dimensões de 100 centímetros x 50 centímetros x 0.8


centímetros .O vidro é temperado para aguentar uma maior variação de temperatura
e tem como finalidade permitir que a radiação solar entre na estufa mas impedir que
a mesma saia.

3. Fita de vedação de frestas.

• A fita de vedação de frestas e instalada entre a caixa de madeira e o vidro temperado


e tem como objetivo impedir a perda de calor do ambiente interno para o ambiente
externo.

4. Tinta preta para madeira.

• A tinta preta tem como objetivo aumentar a absorção da radiação pela estufa .Toda
caixa de madeira utiliza faz uso da cor preta.

A figura 21 é a caixa de madeira com as abertura de entrada e saída de ar passando pelo


processo de pintura.A figura 22 é uma fita de vedação de frestas como a que foi utilizada no
projeto.

Figura 21 – Caixa de Madeira com abertura para ventilação sendo pintada de preto

Fonte:O autor 2022.


Capítulo 3. Metodologia 31

Figura 22 – Fita de vedação de frestas.

Fonte:O autor 2022.

3.3.2 Suporte para Estufa


O suporte para estufa além de permitir ao usuário conforto ao manusear o equipamento
como um todo também permite a inclinação da estufa o que facilita a direcionar a estufa no
objetivo de obter maior radiação solar .Tal inclinação também pode influenciar no fluxo do ar
dentro da estufa ocasionado pelo processo de convecção térmica .A figura 23 ilustra o suporte
utilizado porém a esse suporte foi adicionado uma cantoneira de aço entre as extremidade
para aumentar a estabilidade do conjunto suporte e estufa.A figura 24 trata-se da estufa em
conjunto com o suporte ,vale ressaltar que nessa figura o suporte ainda não conta com a adição
da cantoneira de aço.
Capítulo 3. Metodologia 32

Figura 23 – Suporte para Estufa.

Fonte:O autor 2022.

Figura 24 – Estufa com Suporte.

Fonte:O autor 2022.


Capítulo 3. Metodologia 33

3.3.3 Sistema de ventilação


O sistema de ventilação é composto por 2 ventoinhas que estão instaladas na entrada
de ar da estufa .As ventoinhas funcionam a partir de um motor elétrico que transforma energia
elétrica em movimento rotativo ,com a adição de pás de ventilação esse movimento rotativo gera
um fluxo de ar .A tensão nominal das ventoinhas utilizadas pode ser de 110 ou 220 volts com
uma potência de 22 Watts, pode-se obter uma velocidade de 2100 rotações por minuto e uma
vazão de 156m³/h por cada ventoinha.É importante destacar que o sistema de ventilação está
ligado em paralelo com o sistema de aquecimento e o sistema de bandeja rotativa.

Figura 25 – Ventoinha.

Fonte:O autor 2022.

3.3.4 Sistema de Aquecimento


O sistema de aquecimento é composto por uma resistência elétrica como mostra a figura
26 de 2000 Watts de potência para uma tensão de entrada de 220 volts .Ao ligar os polos da
tensão de 220 volts na resistência elétrica irá gerar uma corrente interna que será responsável
pela liberação de calor no condutor ,esse fenômeno pode ser chamado de aquecimento Joule .O
calor gerado será proporcional a corrente que passa pelo condutor.
Capítulo 3. Metodologia 34

Figura 26 – Resistência Elétrica.

Fonte:O autor 2022.

3.3.5 Sistema de Bandeja Rotativa


Faz parte do sistema de bandeja rotativa , duas bandejas perfuradas de 45 centímetros
de diâmetro cada como mostrado na figura 27 , dois motores de 220 volts de 5 a 6 rotações
por minuto com uma potência de até 4 watts conforme figura 28 ,dois eixos de alumínio de 10
centímetros de comprimento com um diâmetro ajustável de acordo com o eixo do motor conforme
a figura 29 e peças de acoplagem para facilitar o manejo quando for necessário a retirada das
bandejas para limpeza conforme a figura 30 .Vale ressaltar que a bandeja necessita ser perfurada
pois ao ser perfurada permite a retirada de umidade da parte do alimento que está em contato
com a bandeja .O sistema funciona transferindo o movimento gerado pelo motor através do eixo
de alumínio para as peças de acoplagem que por sua vez encaixam com a bandeja perfurada
conforme ilustrado na figura 31.
Capítulo 3. Metodologia 35

Figura 27 – Bandeja Perfurada

Fonte:O autor 2022.

Figura 28 – Motor de 5 rotações por minuto.

Fonte:O autor 2022.


Capítulo 3. Metodologia 36

Figura 29 – Eixo de Aluminio Desenvolvido para o Projeto.

Fonte:O autor 2022.

Figura 30 – Peças de União Entre a Bandeja e o Eixo.

Fonte:O autor 2022.


Capítulo 3. Metodologia 37

Figura 31 – Ilustração do acoplamento do sistema de bandeja rotativa.

Fonte:O autor 2022.

A bandeja por sua vez tem apoios que são presos na caixa para dar sustentação de forma
que o peso da bandeja não force o motor. A figura 32 retrata essa peça.

Figura 32 – Apoio da bandeja.

Fonte:O autor 2022.


Capítulo 3. Metodologia 38

3.3.6 Sistema de Controle


O sistema de controle é composto por um Interruptor TH origin wifi indicado na figura
33, um sensor de temperatura e umidade THSO1 como pode ser visto na figura 34, uma chave
seletora de 3 posições ilustrada na figura 35 e dois LEDs de indicação de funcionamento.
O sensor de temperatura e umidade THS01 que tem a faixa de medição de temperatura de
-40℃ a +85℃ e faixa de medição de umidade de 0 a 100%RH, fica localizado no meio da estufa
para obter uma média de temperatura, o mesmo envia as informações para o Interruptor TH
origin wifi que faz o papel de controlador, analisando os dados e de acordo com a programação
interna que o usuário faz no aplicativo ou no site disponibilizado pelo fabricante o mesmo irá
acionar ou não seu relé de saída, o TH origin wifi pode ainda gerar e exportar gráficos dos dados
analisados. A chave seletora serve para definir o modo de funcionamento entre desligado, ligado
em modo local ou ligado em modo remoto.

Figura 33 – Interruptor TH origin wifi.

Fonte:Site da Sonoff (SONOFF, 10 NOV.2022).


Capítulo 3. Metodologia 39

Figura 34 – Sensor de Temperatura e Umidade THS01.

Fonte:Site da Sonoff (SONOFF, 10 NOV.2022).

Figura 35 – Chave seletora de 3 posições

Fonte:O autor 2022.

Para definir a programação é necessário acessar o aplicativo ewelink como mostra a


figura 36 e configurar o dispositivo Interruptor TH origin wifi para que ele ligue e desligue o relé
Capítulo 3. Metodologia 40

de saída de acordo com os cenários que se quer, como por exemplo:


-Cenário 1: ligar as 11 horas e somente quando a temperatura estiver acima de 50℃ e
desligar sempre que a temperatura atingir 55℃ ou assim que o horário atual for superior a 17
horas.
-Cenário 2: ligar sempre que a temperatura estiver abaixo de 59℃ e desligar acima de
61℃ .

Figura 36 – Aplicativo ewelink.

Fonte:O autor 2022.

A figura 37 demonstra como funciona o diagrama de ligação do sistema de controle,


levando em conta a chave seletora de 3 posições (desligado,local e remoto). Na figura 37 a parte
de equipamentos faz referencia aos ventiladores, a resistência elétrica e aos motores, na mesma
figura o nome SONOFF é referente ao TH origin wifi. Quando a chave seletora está na posição
desligado a mesma abre o contado das ventoinhas, da resistência e dos motores impedindo assim
que os mesmos sejam ligados. Quando na posição local, a chave seletora fecha apenas o contato
de ligar as ventoinhas, a resistência e os motores dessa forma todos esses equipamentos serão
ligados.Na posição remoto, a chave seletora fecha apenas o contado do TH origin wifi permitindo
assim que o mesmo seja ligado e que através dele seja possível ligar as ventoinhas, a resistência e
os motores.
Capítulo 3. Metodologia 41

Figura 37 – Esquema elétrico com automação.

Fonte:O autor 2022.

Os LEDs de indicação possuem os seguintes significados:

1. Apenas LED verde ligado: Sistema ligado no modo manual;

2. Apenas LED branco lidado: Sistema em modo remoto porém desligado;

3. LED verde e LED branco ligados: Sistema ligado em modo remoto pelo aplicativo;

4. Ambos LEDs desligados: Sistema no modo desligado.

Pode-se observar o conjunto de LEDs e chave seletora na figura 38, onde a chave seletora está na
posição remoto e os LEDs verde e branco estão ligado, indicando que o sistema está em modo
ligado em modo remoto.
Capítulo 3. Metodologia 42

Figura 38 – Conjunto de LEDs e Chave Seletora.

Fonte: O autor (2022).


43

4
Resultados

Nesse capitulo será apresentado os gráficos de temperatura e umidade em função do


tempo no processo de desidratação da banana.
A banana foi escolhida para ser a fruta base de todos os testes realizado por já ser bem
documentada na literatura. O objetivo desse processo é comparar os resultados obtidos nesse
trabalho com resultados obtidos em outros trabalhos científicos.

4.1 Experimentos
Foram feitos vários experimentos com os objetivos de verificar se o sistema funciona
apenas com a parte solar, se funciona apenas com a parte elétrica, se a parte elétrica e solar
funciona em conjunto, foram feitos também experimentos para verificar qual temperatura ideal
de funcionamento para o sistema.
Para ter um padrão, todos os experimentos envolvendo banana foram realizados com 527
gramas de banana cortadas em rodelas variando de 10 a 12 milímetros de largura com o diâmetro
variando de 25 a 33 milímetros. Todos os experimentos foram realizados das 8 às 16 horas afim
de comparar os resultados minimizando os efeitos adversos do clima. Na figura 40 pode-ser
observar as bananas cortadas dentro do desidratador durante o processo de desidratação.

Figura 39 – Equipamento durante utilização

Fonte: O autor (2022).


Capítulo 4. Resultados 44

4.1.1 Experimento 1
O experimento 1 tem como finalidade verificar se o desidratador atinge os níveis mínimos
de desidratação do alimento apenas com a energia solar. Para isso as bananas foram colocadas na
bandeja, a chave seletora foi colocada na função remoto porém a configuração do controlador
foi deixada desligada,após isso o desidratador foi colocado em um local de maior incidência
solar. Para repetir o estudo realizado por (DELFINO, 2019) esse experimento durou 8 horas
por dia durante dois dias. A figura 40 mostra a curva de temperatura e umidade no interior do
desidratador ao longo do processo no primeiro dia e a figura 41 mostra as curvas do segundo dia.

Figura 40 – Curvas de Temperatura e Umidade - Experimento 1, dia 1.

Fonte: O autor (2022).

Figura 41 – Curvas de Temperatura e Umidade - Experimento 1, dia 2.

Fonte: O autor (2022).


Capítulo 4. Resultados 45

Ao final do experimento o peso total das bananas foi de 155 gramas o que representa
uma perda de 69% da massa inicial, resultando na validação do processo em comparação com o
estudo citado.

4.1.2 Experimento 2
O experimento 2 tem como finalidade verificar se o desidratador atinge os níveis mínimos
utilizando apenas calor proveniente da energia elétrica. Para isso o desidratador foi colocado
em um local onde sofre o mínimo possível de influencia da radiação solar e foi programado
para ficar ligado direto conseguindo atingir uma temperatura máxima de 63,4°C. Foi repetido
o experimento realizado por (DELFINO, 2019) porém dessa vez após o primeiro dia a banana
já encontrava-se desidratada logo o experimento terminou antes do segundo dia. A curva de
temperatura e umidade pode ser observada na figura 42.

Figura 42 – Curvas de Temperatura e Umidade - Experimento 2.

Fonte: O autor (2022).

Ao final do experimento o peso total das bananas foi de 134,5 gramas o que representa
uma perda de 73.1% da massa inicial, resultando assim na validação do processo em comparação
com o estudo citado.

4.1.3 Experimento 3
O experimento 3 tem como finalidade verificar o funcionamento do desidratador utilizando
tanto a energia proveniente do sol quanto a energia elétrica. Para isso foi programado no controlador
para ligar sempre que a temperatura ficar abaixo de 59°C e desligar sempre que a temperatura
estiver acima de 60°C.O desidratador nesse caso foi colocado no mesmo local do experimento 1.
Repetindo o experimento realizado por (DELFINO, 2019) porém assim como no experimento
Capítulo 4. Resultados 46

2 após o primeiro dia a banana encontrava-se desidratada. Pode ser observado a curva de
temperatura e umidade durante o processo na figura 43.

Figura 43 – Curvas de Temperatura e Umidade - Experimento 3.

Fonte: O autor (2022).

Ao final do experimento o peso total das bananas foi de 127 gramas o que representa uma
perda de 74,6% da massa inicial, resultando novamente na validação do processo em comparação
com o estudo citado. Um dado importante de citar nesse experimento é o fato de que o sistema
elétrico ficou desligado entre os horários de 11 às 14 horas pois apenas a radiação solar já era
capaz de elevar a temperatura acima de 60°C.

4.1.4 Experimento 4
O experimento 4 que tem como finalidade verificar a temperatura ideal de funcionamento
do sistema. Para realizar o experimento foi definido um set point na programação para que acima
desse valor o equipamento desligue e abaixo desse valor o equipamento ligue, vale ressaltar que
o local realizado nesse experimento e o mesmo do experimento 1. Esse experimento foi repetido
3 vezes em 3 temperaturas diferentes sendo elas 40°C ,50°C e 60°C. A análise do resultado
foi obtida tendo em vista os gráficos de variação de temperatura em cada um dos set points
predefinidos. O processo durou 8 horas para cada uma das temperaturas. Observando as figuras
48, 47, 46 que mostram as curvas de temperatura e umidade em cada um dos set points, pode-se
fazer a analise de variação de temperatura e constatar que a variação de temperatura foi menor
quando o experimento estava a 60°C, logo essa temperatura foi definida como temperatura ideal
para o funcionamento do equipamento.
Capítulo 4. Resultados 47

Figura 44 – Curva de Temperatura e Umidade - Experimento 4 - set point em 40°C

Fonte: O autor (2022).

Figura 45 – Curva de Temperatura e Umidade - Experimento 4 - set point em 50°C

Fonte: O autor (2022).


Capítulo 4. Resultados 48

Figura 46 – Curva de Temperatura e Umidade - Experimento 4 - set point em 60°C

Fonte: O autor (2022).

4.2 Dados do Desidratador Híbrido


O desidratador aqui projetado e construído demonstrou ter uma capacidade de operação
de aproximadamente 1 quilograma por bandeja quando em funcionamento com bananas cortadas
em rodelas, o limite ocorre devido superfície que a banana cortada ocupa. A consumo do
desidratador quando ativo no modo de funcionamento elétrico consome aproximadamente 2100
watts de potência por hora. Na figura 47 pode-se observar o antes e depois do processo de
desidratação e na figura 48 pode-ser observar a parte interna do equipamento.

Figura 47 – Banana antes e depois do processo de desidratação

Fonte: O autor (2022).


Capítulo 4. Resultados 49

Figura 48 – Parte interna do Desidratador Híbrido

Fonte: O autor (2022).


50

5
Conclusão

Os experimentos realizados comprovaram que o equipamento desenvolvido funciona


tanto com o sistema solar quanto com sistema elétrico. O sistema de controle desenvolvido
garante uma temperatura media durante o processo de desidratação de acordo com um valor
pre-programado, o que favorece a qualidade do produto final, o controlador também garante
que o tempo necessário para o processo ocorrer seja cumprido rigorosamente. O equipamento
demonstrou funcionar com uma menor variação ao utilizar o sistema híbrido quando setado
para 60°C o que vai de encontro aos estudos aqui abordados em que sinaliza uma temperatura
entre 60°C e 70°C como temperatura ideal para desidratar a banana. Os sistemas de temperatura
e ventilação demonstram ser efetivos, haja vista os gráficos de temperatura e umidade dos
experimentos. O sistema de bandeja rotativa demonstrou ser efetivo no objetivo de obter a
homogeneidade do alimento final, haja visto que ao final de cada experimento as amostras
estavam todas desidratadas.

5.1 Sugestões para trabalhos futuros


a) Realizar um estudo com o objetivo de analisar o sistema de ventilação forçada
considerando a possibilidade de desacoplar o mesmo dos demais sistemas;
b) Implementar um sistema capaz de mover o equipamento junto ao movimento do sol;
c) Realizar um estudo levando em consideração a adição de outras resistências elétricas
e outros sensores de temperatura para verificar a homogeneidade de temperatura interna do
desidratador.
d) Realizar um estudo de viabilidade econômica do equipamento .
51

Referências

ALMEIDA, A. P. C. de. Desidratador Solar Sustentável. 2020. Citado 2 vezes nas páginas 16
e 17.

ALMEIDA, A. P. C. de. Desidratador Solar Sustentável. 2021. Disponível em:


<https://cursos.ufrrj.br/posgraduacao/ppgao/files/2021/12/desidratadorsunstentavelV2.pdf>.
Citado na página 12.

BRASIL, N. U. FAO combate desperdício de frutas e hortaliças. 2022. Disponível em:


<https://brasil.un.org/pt-br/201527-fao-combate-desperdicio-de-frutas-e-hortalicas>. Citado na
página 12.

COSMO, B. M. N. et al. Produção de frutas desidratadas: Estado atual, procedimentos e


perspectivas futuras. 2017. Disponível em: <https://semanaacademica.org.br/system/files/
artigos/producao_de_frutas_desidratadas_-_estado_atual_procedimento_e_perspectivas_
futuras_0.pdf>. Citado na página 12.

COSTA, C. S. M. Princípios de Secagem de Alimentos. [Livro]. - Planaltina, DF: Embrapa


Cerrados. 2010. Citado na página 15.

COUTO, H. J. B. PREVISÃO DE RADIAÇÃO SOLAR INCIDENTE NO ESTADO DO CEARÁ


- BRASIL. 2019. Disponível em: <https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/
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DAS. Desidratador de Alimentos – Modelo DS-800. 2022.


Disponível em: <https://dasdesidratadores.com.br/produto/
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13.

DELFINO, M. L. CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DO DESEMPEMNHO DE UM SECADOR


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